ANÁLISE DA PERSONALIDADE DE INDIVÍDUOS dos Cinco Grandes Fatores (CGF) de...

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ANÁLISE DA PERSONALIDADE DE INDIVÍDUOS COM DIFERENTES DIAGNÓSTICOS DE DISFONIA Autores: ANNA ALICE FIGUEIREDO DE ALMEIDA, LARISSA NADJARA ALVES ALMEIDA, DENISE BATISTA DA COSTA, RAYNERO AQUINO DE ARAÚJO, RAFAEL NÓBREGA BANDEIRA, Palavras-Chave: Voz; Disfonia; Personalidade INTRODUÇÃO A personalidade compreende uma construção pessoal ao longo da vida e é um produto do ambiente social em que se insere o indivíduo (1,2) . Atualmente, as dimensões básicas da personalidade humana são descritas pelo modelo dos Cinco Grandes Fatores (CGF) de personalidade, que propõe fatores denominados extroversão, socialização, realização, neuroticismo e abertura para novas experiências (3) . Aspectos psicológicos assumem papel importante na formação dos padrões comunicativos de um sujeito, como a escolha do tipo de voz, articulação, fluência da fala e linguagem. Além disso, ajustes motores para a produção vocal se relacionam com as características da personalidade do falante e ao efeito causado no ouvinte (1,5,6) . Estudos (7-12) apontam que há interferência das emoções na produção da voz e que as estruturas que compõem o trato vocal podem sofrer essa influência, que resulta na modificação da emissão da voz, podendo implicar no desenvolvimento de uma disfonia (13) . Pesquisa (14) associa o traço de personalidade neuroticismo e introversão ao desenvolvimento da disfonia funcional; e que a personalidade extrovertida está relacionada aos nódulos vocais. Outro estudo (15) associa personalidade hiperativa e impulsiva à presença de disfonia organofuncional, especialmente com diagnósticos de nódulos vocais, ressaltando que um programa terapêutico

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ANÁLISE DA PERSONALIDADE DE INDIVÍDUOS COM DIFERENTES

DIAGNÓSTICOS DE DISFONIA

Autores: ANNA ALICE FIGUEIREDO DE ALMEIDA, LARISSA NADJARA

ALVES ALMEIDA, DENISE BATISTA DA COSTA, RAYNERO AQUINO DE

ARAÚJO, RAFAEL NÓBREGA BANDEIRA,

Palavras-Chave: Voz; Disfonia; Personalidade

INTRODUÇÃO

A personalidade compreende uma construção pessoal ao longo da vida e

é um produto do ambiente social em que se insere o indivíduo(1,2). Atualmente,

as dimensões básicas da personalidade humana são descritas pelo modelo

dos Cinco Grandes Fatores (CGF) de personalidade, que propõe fatores

denominados extroversão, socialização, realização, neuroticismo e abertura

para novas experiências(3).

Aspectos psicológicos assumem papel importante na formação dos

padrões comunicativos de um sujeito, como a escolha do tipo de voz,

articulação, fluência da fala e linguagem. Além disso, ajustes motores para a

produção vocal se relacionam com as características da personalidade do

falante e ao efeito causado no ouvinte(1,5,6).

Estudos(7-12) apontam que há interferência das emoções na produção da

voz e que as estruturas que compõem o trato vocal podem sofrer essa

influência, que resulta na modificação da emissão da voz, podendo implicar no

desenvolvimento de uma disfonia(13).

Pesquisa(14) associa o traço de personalidade neuroticismo e introversão

ao desenvolvimento da disfonia funcional; e que a personalidade extrovertida

está relacionada aos nódulos vocais. Outro estudo(15) associa personalidade

hiperativa e impulsiva à presença de disfonia organofuncional, especialmente

com diagnósticos de nódulos vocais, ressaltando que um programa terapêutico

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bem elaborado deve focar nos aspectos de personalidade, emoção e estilo de

vida do paciente.

Observa-se que tanto a emoção interfere no aparecimento de uma

alteração vocal, como disfonia pode gerar comprometimento emocional. Busca-

se melhorar a compreensão dessa relação e da influência das características

da personalidade sobre o comportamento vocal, assim como o papel de tais

aspectos na gênese e/ou manutenção dos diferentes tipos de disfonia.

OBJETIVOS

Identificar possíveis diferenças entre traços de personalidade em grupos

de pacientes com disfonias distintas.

MÉTODOS

A presente pesquisa é quantitativa, transversal e explicativa, foi

aprovada no Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Centro de

Ciências da Saúde de uma instituição de ensino superior (IES), sob protocolo

nº 39145/12.

Participaram do estudo 76 indivíduos que passaram por avaliação de

voz e personalidade no Laboratório de Voz do Departamento de

Fonoaudiologia de uma IES. Os voluntários atenderam aos seguintes critérios

de elegibilidade: (1) possuir laudo laringoscópico; (2) ter diagnóstico de disfonia

e (3) ausência de qualquer comorbidade que afete a cognição, comunicação e

voz.

Os participantes foram alocados em quatro grupos, de acordo com o tipo

de disfonia, segundo classificação de Behlau(16): Grupo de indivíduos com

disfonia funcional (G1), com disfonia organofuncional (G2), com disfonia

orgânica (G3) e um grupo de sujeitos com alteração estrutural mínima (AEM;

G4). Optou-se por selecionar pacientes com as alterações de maior prevalência

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em cada tipo de disfonia: laringe normal ou fenda glótica, nódulos vocais,

paralisia unilateral de prega vocal e cisto epidermóide, respectivamente.

Todos os indivíduos foram solicitados a ler e assinar um Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido, em seguida, responderam à Bateria

Fatorial de Personalidade (BFP)(2). A BFP é um instrumento de avaliação da

personalidade criado com base na Teoria dos CGF: Extroversão, Socialização,

Abertura, Neuroticismo e Realização. Contém 126 afirmações respondidas em

uma escala tipo “Likert” de 7 pontos, sendo 1 equivalente a “descreve-me muito

mal” e 7 a “descreve-me muito bem”. Os pontos percentílicos da BFP dividem-

se em faixas, estas se classificam por: pontuações até 14 (Muito baixo); 15 até

29 (Baixo); 30 até 70 (Médio); 71 até 85 (Alto) e pontuações maiores de 85

(Muito alto)(2).

Os dados foram organizados em uma planilha digital para a análise

estatística descritiva e inferencial. Utilizou-se o software Statistical Package for

Social Sciences (SPSS), versão 22 e os dados foram considerados

significativos quando o p<0,05.

Utilizou-se o teste de Análise de Variância (ANOVA) para comparação

dos traços de personalidade dos grupos, ou seu correspondente não-

paramétrico Kruskal-Wallis, se necessário. Seguiu com o pós-teste Tukey ou

teste de comparações múltiplas baseado no Kruskal-Wallis para verificar em

quais grupos estariam as diferenças.

RESULTADOS

Os participantes do estudo dividiram-se em 40,8% (n=31) no G2, 28,9%

(n=22) no G1, 19,7% (n=15) ao G4 e 10,5% (n=8) ao grupo G3. Eles

apresentaram idade média de 39,36 (+12,68) anos, sendo o G1 o grupo de

maior média de idade 41,47 (±9,68) anos e o G4 de menor média de idade

35,55 (±14,54) anos. Viu-se que os quatro grupos tinham perfis

sociodemográficos semelhantes, o que trouxe homogeneidade para os

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mesmos. Maioria era do sexo feminino 73,7% (n=56), corroborando com a

literatura, que afirma que mulheres são mais propensas à alteração vocal(17,18).

A Tabela 1 apresenta a descrição dos fatores de personalidade de

indivíduos com diferentes diagnósticos de disfonia. Percebeu-se que os 4

grupos foram classificados como grau médio na escala da BFP para os fatores

extroversão, socialização, realização e neuroticismo; exceto o G4 que

apresentou alto grau de neuroticismo.

O fator neuroticismo tem relação com o comportamento emocional.

Pessoas com alto grau de nesse fator podem ser vulneráveis, instáveis

emocionalmente, passivos e com tendência a desenvolver ansiedade e

depressão(2). Características que podem ser marcantes em indivíduos

disfônicos, principalmente nos que desenvolvem disfonia funcional secundária

a AEM, segundo os achados no presente estudo.

Em relação ao fator abertura, o grupo G3 possuiu uma pontuação muito

baixa, seguida dos grupos G4 e G2 com baixa abertura. Valores baixos para

este fator caracterizam indivíduos convencionais em suas crenças e atitudes,

pouco curiosas, conservadoras em suas preferências e mais rígidas em seus

posicionamentos(2,19). Essas características são mais equilibradas no G1 do

que nos demais.

A Tabela 2 mostra as médias das facetas de personalidade de indivíduos

com diferentes diagnósticos de disfonia. Observou-se que o grupo G1 não

apresentou facetas de personalidade alteradas. Verificou-se que o G2

apresentou baixo grau de abertura a ideias; G3 alto grau de passividade, de

depressão; baixo grau de interações sociais, de confiança nas pessoas, de

abertura a novas ideias e muito baixo para busca por novidades; e G4 alto grau

de vulnerabilidade, de depressão; e baixo grau de confiança nas pessoas.

A comparação de fatores e facetas de personalidade de indivíduos com

diferentes diagnósticos de disfonia é demonstrada na Tabela 3. Percebeu-se

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que os grupos não se diferem em nenhum dos cinco grandes fatores presentes

na BFP, mas sim em algumas facetas.

A faceta abertura a ideias (fator abertura) demonstra que os indivíduos do

G1 se comportam de forma diferente dos do G4 e G2. A faceta busca por

novidades (fator abertura) diferencia o G3 dos demais grupos. O fator abertura

juntamente com as suas facetas diferem os diferentes tipos de disfonia.

Verificou-se que o G4 e G2 apresentaram baixas médias para abertura a

ideias, o que os torna pouco curiosos para conhecer novos temas e

conservadores, com postura rígida quanto a seus conceitos. O G1 mostra-se

mais aberto a ideias em relação aos demais. O G3 apresentou baixos níveis de

busca por novidades, e assim podem ser pessoas que se sentem

desconfortáveis com a quebra de rotina e tem pouco interesse para fazer

coisas que nunca fizeram antes, por exemplo, conhecer novos lugares e

objetos(2).

Os grupos G1 e G4 são diferentes ainda em relação à confiança nas

pessoas (fator socialização). Indivíduos com escores baixos nesta faceta

apresentam-se desconfiados, paranoicos, ciumentos e com dificuldades em

manter relações saudáveis(2,20). A partir dos resultados, sabe-se que sujeitos do

G4 têm estas características mais marcantes do que os do G1.

Percebeu-se assim que sujeitos com diagnóstico de AEM se diferenciam

dos outros grupos por questões de socialização, e os com disfonia orgânica por

serem resistentes a mudanças. Já os com alterações funcionais se diferem por

serem mais equilibrados em relação aos fatores, e facetas de personalidade.

Conhecer as características predominantes na personalidade de

pacientes com disfonia pode direcionar a terapia de forma mais efetiva,

ajudando-os a incorporar à proposta terapêutica.

O fato de sujeitos diagnosticados com AEM serem mais desconfiados,

requer maior manejo do terapeuta em sua conduta. Pacientes com disfonia

orgânica, que não gostam de mudanças, podem preferir executar o mesmo

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exercício por semanas, ao perceber que o mesmo é efetivo para melhorar sua

qualidade vocal, ou serem mais resistentes a mudanças de comportamento

necessárias na reabilitação vocal, por exemplo. Desta forma, o fonoaudiólogo

deve focar na mudança de comportamento e gerenciamento das emoções dos

pacientes durante a terapia, além de intervir na produção vocal.

Já com indivíduos do grupo diagnosticado com disfonia funcional, o

terapeuta pode intervir de forma mais direta, focando na melhoria da qualidade

vocal propriamente dita, visto que esses se adaptam melhor a mudanças, são

mais abertos a ideias e confiam mais nas pessoas, bem como são mais

equilibrados no que se refere aos fatores de personalidade. O fato de pessoas

mais equilibradas emocionalmente estarem agrupadas no grupo funcional pode

sugerir que aqueles com fatores e facetas de personalidade mais alteradas

evoluem com outros tipos de disfonia.

CONCLUSÕES

Não há diferença entre fatores de personalidade em indivíduos com

diferentes diagnósticos de disfonia, mas sim entre suas facetas. Sujeitos com

diagnóstico de AEM confiam menos nas pessoas, os com disfonia orgânica são

mais resistentes a mudanças. Já os com disfonia funcional tem aspectos de

personalidade mais equilibrados.

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REFERÊNCIAS

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7. Souza, O.C. & Hanayama, E.M. Fatores psicológicos associados a disfonia funcional e a nódulos vocais em adultos. Rev CEFAC. 2005, 7(3), 388-97.

8. Dietrich M, Abbott KV, Gartner-Schmidt J, Rosen CA. The Frequency of Perceived Stress, Anxiety, and Depression in Patients With Common Pathologies Affecting Voice. J Voice 2008;22(4):472-88.

9. Cassol M, Reppold TC, Ferrão Y, Gurgel LG, Almada CP. Análise de características vocais e de aspectos psicológicos em indivíduos com transtorno obsessivo-compulsivo. Rev Soc Bras Fonoaudiol 2010;15(4):491-6.

10. Almeida AAF, Behlau M, Leite JR. Correlação entre ansiedade e performance comunicativa. Rev Soc Bras de Fonoaudiol 2011;16(4):384-9.

11. COSTA, Denise Batista da et al. Fatores de risco e emocionais na voz de professores com e sem queixas vocais. Rev. CEFAC [online]. 2013, vol.15, n.4, pp. 1001-1010. ISSN 1982-0216.

12. ALMEIDA, Larissa Nadjara Alves et al. Características vocais e emocionais de professores e não professores com baixa e alta ansiedade. Audiol., Commun. Res. [online]. 2014, vol.19, n.2, pp. 179-185. Epub Abr-2014. ISSN 2317-6431.

13. Jung, CR. O estresse e a voz, [Monografia] - Porto Alegre: Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica voz – CEFAC; 1999.

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14. Roy N. Functional dysphonia. Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg 2003; 11(3):144-8.

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16. Behlau, M. Voz O livro do especialista. Volume I. Rio de Janeiro. Editora Revinter. 2008.

17. Beber BC, Cielo CA, Siqueira MA. Lesões de Borda de pregas vocais e tempos máximos de Fonação. Rev CEFAC 2009;11(1):134-41.

18. Cielo CA, Gonçalves BFT, Lima JPM, Christmann MK. Afecções laríngeas, tempos máximos de fonação e capacidade vital em mulheres com disfonia organofuncional. Rev CEFAC 2012;14(3):481-488.

19. Bueno JMH, Oliveira SMSS, Oliveira JCS. Um estudo correlacional entre habilidades sociais e traços de personalidade. Psico-USF 2001;6(1);31-38.

20. Nunes, C.H.S. & Hutz, C.S. Construção e Validação da Escala Fatorial de Socialização. Psicologia: Reflexão e Crítica. 2007, 20 (1), 20- 25.

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TABELAS

Tabela 1. Descrição dos fatores de personalidade de indivíduos com diferentes

diagnósticos de disfonia

Legenda: G1= Grupo de pacientes com Disfonia Funcional; G2= Grupo de pacientes com

Disfonia Organofuncional; G3= Grupo de pacientes com Disfonia Orgânica; G4= Grupo de

pacientes com diagnóstico de Alterações Estruturais Mínimas de Cobertura de pregas vocais

(AEM)

Variável Grupo Média

Desvio-

Padrão Percentis Classificação

Neuroticismo

G1 3,44 1,09 60 MÉDIO

G2 3,67 0,90 65 MÉDIO

G3 3,81 1,53 70 MÉDIO

G4 3,97 1,10 75 ALTO

Extroversão

G1 4,44 0,75 50 MÉDIO

G2 4,56 0,97 55 MÉDIO

G3 4,37 0,92 45 MÉDIO

G4 4,70 0,80 65 MÉDIO

Socialização

G1 5,53 0,59 55 MÉDIO

G2 5,31 1,07 45 MÉDIO

G3 5,00 0,79 30 MÉDIO

G4 5,13 0,50 35 MÉDIO

Realização

G1 5,14 0,92 55 MÉDIO

G2 5,11 0,82 50 MÉDIO

G3 5,18 0,95 55 MÉDIO

G4 5,42 0,64 65 MÉDIO

Abertura

G1 4,55 0,81 40 MÉDIO

G2 4,16 0,77 20 BAIXO

G3 3,77 0,62 5 MUITO BAIXO

G4 4,13 0,88 20 BAIXO

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Tabela 2: Descrição das facetas de personalidade de indivíduos com diferentes

diagnósticos de disfonia

Legenda: G1= Grupo de pacientes com Disfonia Funcional; G2= Grupo de pacientes com

Disfonia Organofuncional; G3= Grupo de pacientes com Disfonia Orgânica; G4= Grupo de

pacientes com diagnóstico de Alterações Estruturais Mínimas de Cobertura de pregas vocais

(AEM)

Variável Grupo Média Desvio-Padrão Percentis Classificação

Vulnerabilidade

G1 3,89 1,28 65 MÉDIO G2 3,83 1,24 60 MÉDIO G3 3,91 1,57 65 MÉDIO G4 4,50 1,31 75 ALTO

Passividade

G1 4,21 1,03 70 MÉDIO G2 3,90 0,95 60 MÉDIO G3 4,37 1,46 75 ALTO G4 4,18 1,09 70 MÉDIO

Depressão

G1 2,51 1,27 65 MÉDIO G2 2,77 1,39 70 MÉDIO G3 3,44 1,40 80 ALTO G4 3,35 1,46 80 ALTO

Altivez

G1 3,85 0,96 55 MÉDIO G2 4,17 1,08 70 MÉDIO G3 4,23 1,01 70 MÉDIO G4 4,50 1,32 75 ALTO

Interações sociais

G1 4,88 1,13 50 MÉDIO G2 4,51 1,38 35 MÉDIO G3 4,28 1,64 25 BAIXO G4 4,66 1,07 40 MÉDIO

Confiança nas pessoas

G1 4,90 1,14 50 MÉDIO G2 4,41 1,07 35 MÉDIO G3 4,00 0,96 20 BAIXO G4 3,83 0,95 15 BAIXO

Abertura a ideias

G1 4,63 1,04 50 MÉDIO G2 3,88 0,94 20 BAIXO G3 3,92 1,12 25 BAIXO G4 3,55 0,92 15 BAIXO

Busca por novidades

G1 4,51 0,82 45 MÉDIO G2 4,16 1,38 30 MÉDIO G3 2,13 1,33 5 MUITO BAIXO G4 4,39 1,24 40 MÉDIO

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Tabela 3. Comparação fatores e facetas de personalidade de indivíduos com diferentes

diagnósticos de disfonia

Variáveis

Diferenças entre grupos Comparações múltiplas

Estatística do

teste

Significância Grupos Erro-

padrão

Significância

Neuroticismo 0,799

ANOVA (F) 0,498 Iguais

Extroversão 0,356

ANOVA (F) 0,785 Iguais

Socialização 1,125

ANOVA (F) 0,345 Iguais

Realização 0,506

ANOVA (F) 0,679 Iguais

Abertura 2,223

ANOVA (F) 0,093 Iguais

Confiança nas

pessoas

3,469

ANOVA (F) 0,020* G4 x G1 0,35 0,018

Abertura a

ideias

4,129

ANOVA (F) 0,009*

G4 x G1 0,33 0,009

G2 x G1 0,27 0,041

Busca por

novidades

13,655

Kruskal-Wallis (Q2) 0,003*

G4 x G3 0,53 0,001

G2 x G3 0,48 0,001

G1 x G3 0,50 0,001

Legenda: Legenda:G1= Grupo de pacientes com Disfonia Funcional; G2= Grupo de pacientes

com Disfonia Organofuncional; G3= Grupo de pacientes com Disfonia Orgânica; G4= Grupo de

pacientes com diagnóstico de Alterações Estruturais Mínimas de Cobertura de pregas vocais

(AEM); Teste estatístico: ANOVA; Kruskal Wallis; *Significância p<0,05