ANÁLISE DA PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA NAS … · Na tabela de composições utilizada, os...
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¹Acadêmico de Engenharia Civil, da Universidade Paranaense, Campus Toledo. E-mail: [email protected] ² Prof.(a) Orientador(a), Especialista, do curso de Engenharia Civil, da Universidade Paranaense, Campus Toledo. E-mail: [email protected]
1
ANÁLISE DA PRODUTIVIDADE DA MÃO DE OBRA NAS ATIVIDADES DA
REFORMA DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE
TOLEDO-PR
Gustavo André Varaschim de Oliveira¹
Ana Claudia Bergmann²
RESUMO
O constante crescimento e desenvolvimento do ramo da construção civil, faz com que
empresas busquem cada vez mais a excelência e a qualidade nos serviços prestados,
implementando e desenvolvendo novas técnicas de gerenciamento e planejamento, como
registros internos, fluxogramas e outras metodologias de gestão, visando crescer ou
simplesmente se mantendo dentro desde mercado competitivo. A produtividade dentro da
construção civil é um dos principais indicadores de sucesso, sendo através dele possível
distinguir o bom do mal desempenho. Desta maneira é necessário que as empresas
implementem cada vez mais procedimentos e metodologias que visem orientar no sentido de
fazer mais e melhor, buscando desempenho sem perder a qualidade. Contudo, através do
acompanhamento da execução de uma reforma em uma obra pública em Toledo, foi realizado
o levantamento da produtividade esperada por planilhas orçamentarias e comparado estes
valores ao realizados, nota-se que, a partir de diretrizes de gestão, diversas atividades são
passíveis de redução de custos, aumentando a eficiência e garantindo uma elevada
produtividade das equipes.
Palavras-chave: Registro Interno. Qualidade. Gestão. Planejamento. Tempo.
ABSTRACT
The constant growth and development of the construction industry, companies increasingly
seek excellence and quality in the services provided by implementing and developing new
techniques of management and planning, as records interns, flowcharts and other management
methodologies, in order to grow or simply keeping within from the competitive market.
Productivity within the construction industry is one of the key indicators of success, being
through it possible to distinguish the good from the bad performance. This way is necessary
for companies to implement more and more procedures and methodologies aiming to steer in
order to do more and better, seeking performance without losing the quality. However,
through the monitoring of the implementation of a reform in a public work in Toledo, was
conducted the survey expected productivity for spreadsheets and projects budget files
compared these values when realized, it should be noted that, from management guidelines,
various activities are capable of reducing costs, increasing efficiency and ensuring a high
productivity-of-teams.
Key-words: Internal Record. Quality. Management. Planning. Time.
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
UNIVERSIDADE PARANAENSE, CAMPUS DE TOLEDO/PR
TRABALHO FINAL DE CURSO - TFC
2
1 INTRODUÇÃO
A mão de obra é o recurso mais utilizado e com um dos maiores valores dentro da
construção civil. Considerando sua mensuração como tarefa de grande relevância, estudos
voltados a area da gestão, controle e planejamento de atividades podem gerar bons resultados
financeiros.
O acompanhamento continuo da produção, desde o início da execução é de grande
importância, para que todas as etapas ocorram conforme o planejado, a fim de cumprir prazos
e corrigir eventuais problemas.
Segundo Mattos (2010), o planejamento e o controle permitem uma visão real da obra,
servindo de base para decisões gerenciais. Conforme o autor, os itens são de suma
importância, sendo imprescindível a implantação de novos fluxos e registros internos
buscando agilidade e confiança nos resultados obtidos. Com isso, a análise e implantação das
técnicas de controle e planejamento, desenvolvem o mercado da construção civil.
A constante coleta de dados e medições podem formar relatórios sobre o andamento
da obra, os quais são muito importantes para o seu sucesso. Para que o gerenciamento seja
bom, é necessário comparar o desempenho da obra com o que foi planejado, monitorar riscos
e mudanças no projeto (XAVIER; XAVIER; MELO, 2014).
O constante aperfeiçoamento de fluxos e registros internos, buscando a qualidade,
tende a melhorar os serviços prestados, como também diminuir perdas e discrepâncias. Um
bom controle de atividades como utilização de cronograma e diário de obra, pode gerar
informações que possibilitam identificar a eficiência e produtividade dos funcionários
envolvidos na mesma, assim como ter um conhecimento do andamento da empreita.
Analisando a produtividade, é possível desenvolver um melhor gerenciamento,
planejamento e controle, possibilitando também expor ao cliente, de forma clara e
transparente, o andamento da obra em seu estágio atual, prevendo possíveis desvios de tempo
a tempo hábil para solucioná-los.
Dessa forma, o presente trabalho tem por objetivo medir a produtividade da mão de
obra em algumas atividades da reforma da unidade básica de saúde do Bairro Industrial em
Toledo-PR.
3
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Gerenciamento
O gerenciamento da obra procura assegurar que a construção será realizada dentro do
prazo antecipadamente estipulado, atendendo os custos previstos, os padrões de qualidade e o
desempenho esperados pelo cliente. A partir do momento que o gerenciamento não ocorre,
possivelmente ocorrerão perdas financeiras, tendo um possível impacto até no produto final,
conforme Silva (2015).
Uma vez que o trabalho seja executado da maneira correta, com a devida atenção e
cuidado, os atrasos irão minimizar-se, consequentemente gerando para as construtoras e
incorporadoras o equilíbrio entre custo, prazo e qualidade, que são uns dos principais
objetivos de todas as empresas (MOLINARI, 2010).
2.2 Cronograma
De acordo com Oliveira (2003), o cronograma de um projeto é a referência para seu
gerenciamento, porém se trata de um processo dinâmico, no qual o planejamento inicial
precisa ser ajustado conforme o andamento das atividades e com o passar do tempo. Estas
atualizações e análises regulares do cronograma impedirão surpresas e viabilizarão ações
corretivas a tempo.
Sendo citado como “instrumento do planejamento no dia a dia da obra”, o
cronograma, para Mattos (2010), é a base para programar as atividades da equipe, assim como
instrui-las, realizar pedidos de materiais, alugar equipamentos, recrutar operários, aferir
progresso de atividades, monitorar atrasos ou adiantamentos, replanejar a obra e pautar
reuniões.
Conforme o PMI (2013), o cronograma é desenvolvido a partir de uma análise da
sequência das atividades, suas respectivas durações e recursos necessários e seu controle é
realizado a partir do monitoramento do andamento das mesmas.
2.3 Planejamento
O planejamento é, para Arantes (2008) entre as funções gerenciais, a principal, visto
que tanto as funções de direção quanto as de controle dependem do planejamento.
Para Mattos (2010), o planejamento também trata-se de um dos principais aspectos do
gerenciamento, envolvendo orçamento, compras, gestão de pessoas, comunicação, etc. Ao
planejar e acompanhar o andamento dos serviços, comparando o estágio da obra com a linha
4
de base referencial é possível tomar providencias em tempo hábil quando algum desvio é
localizado.
De acordo com Novais (2000), o planejamento e o controle trabalham como garantia
de que a produção seja eficaz e produza os serviços assim como foram projetados, requerendo
assim, que os recursos produtivos estejam disponíveis, na quantidade adequada, no momento
adequado e no nível de qualidade adequado.
2.4 Produtividade
Carneiro (2010) cita que os indicadores de produtividade são tradicionalmente
representados por composições individuais de cada serviço, indicando além de consumos
médios de mão de obra, de material e equipamentos por unidade de produto final.
Mattos (2010) define a produtividade como taxa de produção de pessoa, equipe,
equipamento ou material realizado em um intervalo de tempo. Quanto maior a produtividade,
mais será realizado no tempo; quanto mais produtivo o recurso, menos tempo ele gasta na
realização da tarefa. A produtividade também pode ser definida como eficiência de
transformar recursos em produtos, de acordo com a TCPO (2013).
Para o PMI (2013), além de representar a velocidade em que as entregas de uma
equipe são produzidas, a produtividade é um dado que promove a capacidade de planejar
futuros trabalhos conforme rendimento já levantado.
2.5 Medição de produtividade
Conforme o Souza (2017), para a medição de horas gastas da mão de obra em uma
atividade, é utilizado um indicador denominado RUP (razão unitária de produção), este
medido através da seguinte formula:
𝑅𝑈𝑃 =∑𝐻ℎ
𝑄𝑠
Sendo:
Hh: homens-hora (quantidade de pessoas previstas na equipe multiplicada pelo tempo
gasto por cada uma).
Qs: quantidade de serviço realizado.
5
2.6 Diário de obra
Conforme Corsini (2011) e o DNIT (2007), o diário de obra é um documento que tem
a função de registrar todos os acontecimentos, atividades e demais informações importantes
ocorridos durante o dia no canteiro, devendo ser preenchido por pessoas capacitadas.
A resolução nº 1.094 do CONFEA (2017), em seu artigo 4º, define que fica a cargo do
responsável técnico, registrar todas as ocorrências relevantes no diário, porém segundo
Corsini (2011), geralmente os relatórios (diários de obra) são preenchidos manualmente ou
por meio eletrônico por qualquer funcionário do setor responsável, o qual emite uma cópia
para o cliente que assina e devolve a empresa uma cópia para arquivamento.
2.6.1 Informações sobre o diário de obra
Segundo a resolução nº 1.094 do CONFEA (2017), o diário de obra ou livro de ordem
deverá conter o registro, a cargo do responsável técnico, de informações relevantes ao
empreendimento, servindo de subsidio para:
1. Comprovar autoria de trabalhos;
2. Garantir o cumprimento das instruções, tanto técnicas como administrativas;
3. Dirimir dúvidas sobre a orientação técnica relativa à obra;
4. Avaliar motivos de eventuais falhas técnicas, gastos imprevistos e acidentes de
trabalho.
5. Eventual fonte de dados para trabalhos estatísticos.
Ainda conforme a resolução Nº 1.094 (CONFEA, 2017), “O Livro de Ordem será
obrigatório para a emissão de Certidão de Acervo Técnico - CAT aos responsáveis pela
execução e fiscalização de obras iniciadas a partir de 1º de janeiro de 2018.”, sendo este não
padronizado, porém sendo obrigatório o registro das seguintes informações:
1. Dados do empreendimento, de seu proprietário, do responsável técnico e da
respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica;
2. As datas de início e de previsão da conclusão da obra ou serviço;
3. As datas de início e de conclusão de cada etapa programada;
4. A posição física do empreendimento no dia de cada visita técnica;
5. Orientação de execução, mediante a determinação de providências relevantes
para o cumprimento dos projetos e especificações;
6. Nomes de empreiteiras ou subempreiteiras, caracterizando as atividades e seus
encargos, com as datas de início e conclusão e números das ARTs respectivas;
6
7. Acidentes e danos materiais ocorridos durante os trabalhos;
8. Os períodos de interrupção dos trabalhos e seus motivos, quer de caráter
financeiro ou meteorológico, quer por falhas em serviços de terceiros não
sujeitas à ingerência do responsável técnico;
9. As receitas prescritas para cada tipo de cultura nos serviços de Agronomia; e
10. Outros fatos e observações que, a juízo ou conveniência do responsável técnico
pelo empreendimento, devam ser registrados.
3 METODOLOGIA
Para a medição da produtividade dos serviços acompanhados na reforma da Unidade
Básica da Saúde do bairro Industrial, localizada na Rua Santo Ângelo, esquina com a rua
Mauá, 289 em Toledo, Paraná, fora realizado o devido registro no diário de obras. O
acompanhamento que compreendeu os dias 17/09/2018 à 16/10/2018, garantiu o
levantamento de dados referente às atividades de pintura, instalações hidráulicas e sanitárias e
atividades de limpeza. Cabe mencionar que esta obra possui predefinição de recursos de mão
de obra, sendo de 2 pedreiros e 2 serventes, observa-se que os pedreiros além de executar sua
própria função, também realizam atividades relacionadas a eletricistas, pintores e
encanadores.
3.1 Base de dados
Para a obtenção de dados relacionados às atividades, foram estudadas tabelas de
composições de custos unitários pela Caixa Econômica Federal (SINAPI - Sistema Nacional
de Preços e Índices para a Construção Civil) e fornecidas pela Editora PINI (TCPO – Tabela
de composições de preços para orçamentos), estas estabelecem índices de consumo médio em
diversas atividades.
3.1.1 Apresentação das informações
Na tabela de composições utilizada, os valores são disponibilizados por índices de
utilização pela unidade de medida definida da atividade. Estes valores estão relacionados a
mão de obra, materiais e ferramentas a serem utilizadas para a realização de cada uma.
A tabela TCPO, além dos índices, como mostra a Figura 1, indica também as etapas
consideradas do serviço, critérios para medições, procedimentos e normas a serem utilizados,
7
realizados e respeitados, sendo estas informações utilizados para realização das atividades e
para realização das medições.
Figura 1 – Tabela de composição da TCPO (insumos)
Fonte: TCPO 2013
CONTEÚDO DO SERVIÇO
1) Considera material e mão-de-obra para lixar a superfície, aplicação de líquido preparador
(selador) e pintura de parede externa com látex acrílico. Não inclui serviço de emassamento.
2) Látex acrílico: indicado para o revestimento (pintura, decoração e proteção) de superfícies
externas e internas de alvenaria, concreto, massa acrílica ou corrida, telhas e blocos de
cimento e PVC.
CRITÉRIO DE MEDIÇÃO
Pela área, não descontar vãos de até 2,00 m². Para vãos superiores a 2,00 m², descontar
apenas o que exceder, em cada vão, a essa área.
PROCEDIMENTO EXECUTIVO
1) A superfície deve estar firme, coesa, limpa, seca e isenta de gordura, graxa ou mofo.
2) Aplicar sobre o reboco selador e aguardar a cura e secagem por no mínimo 30 dias.
3) Concreto, gesso ou blocos de concreto, aplicar previamente fundo preparador.
4) Aplicar com rolo de lã.
5) Intervalo entre as demãos de quatro horas.
NORMAS TÉCNICAS
NBR 11702 - Tintas para edificações não industriais
NBR 15079 - Tintas para construção civil - Especificação doos requisitos mínimos de
desempenho de tintas para edificações não industriais - Tinta látex econômica nas cores
claras
NBR 15381 - Tintas para construção civil
NBR 15382 - Tintas para construção civil
NBR 12311 -Segurança no trabalho de pintura
NBR 13245 -Execução de pinturas em edificações não industriais
Para procedimento executivo, consultar também a seguinte literatura:
A Técnica de Edificar, item 17.2.
CÓDIGO COMPONENTES UNID.
DUAS TRÊS
09115.8.11.1 09115.8.11.2
01270.0.1.19 Ajudante de pintor h 0,35 0,4
01270.0.41.1 Pintor h 0,4 0,5
09906.3.3.1 Líquido preparador para superficies lata 18 l l 0,12 0,12
09910.3.30.1 Lixa para superfícies madeira/ grana 100 un 0,25 0,25
09910.3.7.2 Tinta látex acrilica (tipo de acabamento: fosco) l 0,17 0,24
CONSUMOS
Nº DE DEMAOS
09115.8.11._ PINTURA COM TINTA LÁTEX ACRÍLICA em parede externa, sem massa
corrida - unidade: m²
8
Já a tabela SINAPI que possui atualização mensal, fornecendo preços e índices
atualizados, sendo a partir destes, levantados os valores de produtividade média, conforme
observado na Figura 2.
Figura 2 – Tabela de composição da SINAPI
97622
DEMOLIÇÃO DE ALVENARIA DE BLOCO FURADO, DE FORMA MANUAL, SEM REAPROVEIRAMENTO M3
COMPOSIÇÃO 88309 PEDREIRO COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 0,225
COMPOSIÇÃO 88316 SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 2,3248
Fonte: SINAPI 09/2018
3.1.2 Definição de produtividade média
A produtividade média fora calculada pela seguinte fórmula:
𝑃𝑟𝑜𝑑.𝑀𝑒𝑑.=1
∑Hh
Sendo:
∑Hh: somatória dos índices de horas gastas, retirado da Sinapi (09/2018).
Assim obtendo um valor de produtividade por homem-hora, podendo também ser
transformado para produtividade por hora, dividindo a somatória de homem-hora pelo número
de pessoas necessárias para realização da atividade.
3.1.3 Lista de atividades
Utilizando o software EXCEL, foram listadas as atividades realizadas (conforme
Apêndice C), sendo as informações dispostas conforme apresentado na Figura 3.
Figura 3 – Cabeçalho planilha de atividades
Fonte: O autor, 2018
Sendo:
1. Código Atividade. (ex: 1; 2)
9
2. Descrição: descrição da atividade (ex.: escavação de valeta)
3. Desempenho esperado (U.M/Hh): desempenho esperado na unidade de medida
por homem-hora (ex..: 15 m²/Hh)
4. Desempenho esperado (U.M/h): desempenho esperado na unidade de medida
por hora (ex..: 12 m²/h)
5. Quantidade de recursos: quantidade por função previsto para realização do
desempenho esperado (ex.: 2 serventes e 1 pedreiro)
6. Tempo por recursos: quantidade tempo previsto por função para realização do
desempenho esperado (ex.: 0,2 hora)
3.2 Acompanhamento e registro da obra
O acompanhamento da obra foi feito diariamente, onde o registro de diário de obra foi
preenchido para posterior interpretação. Foram descritas, além das atividades realizadas,
quem realizou as atividades, as atividades programadas, os terceiros que estiveram presentes
no dia, o clima, os problemas encontrados, os tempos gastos e demais informações
importantes sobre o andamento das atividades.
O registro do diário de obra desenvolvido, é composto por duas páginas, sendo a
primeira geral da obra, não sendo necessária sua atualização diária e a segunda o relato do dia,
sendo esta atualizada, dispondo das seguintes informações e sendo apresentado conforme
apêndices A e B disponibilizados:
Conforme apresentado, a primeira página contempla as informações da obra, de modo
a identificá-la de forma clara.
1. ENDEREÇO: endereço da obra;
2. PROPRIETÁRIO: nome do proprietário;
3. TELEFONE: numero de telefone de contato do proprietário;
4. RESPONSÁVEL TÉCNICO DA EXECUÇÃO: nome do responsável técnico, assim
como seu número do CREA e ART vinculada à obra;
5. DATA DE INICIO DA OBRA: data de inicio das atividades;
6. DATA PREVISTA DE CONCLUSÃO: data prevista de conclusão conforme
cronograma;
7. ETAPAS DA OBRA: descrição das etapas da obra, assim como previsão de início e
fim;
10
8. AUTORES DOS PROJETOS: Autoria dos projetos que serão executados, assim como
respectivos números do CREA e ART dos projetos.
Já a segunda página contempla o registro referente ao dia de trabalho, incluindo
horários reais de atuação dos colaboradores e direcionamento das equipes. Além de
contemplar as informações referente às atividades realizadas, de modo a quantificar a
atividade em questão. Nessa página é possível identificar as ocorrências do dia, sendo de
extrema importância para verificar os motivos de paralização do time e extrair dados
essenciais para uma reformulação do planejamento da obra.
INFORMAÇÕES DO DIA:
9. DATA: dia, mês e ano da realização das atividades descritas no registro;
10. HORA INÍCIO; SAÍDA (ALMOÇO); RETORNO (ALMOÇO); HORA FIM: horário
de realização da atividade informa tempo gasto para realização das atividades
descritas;
11. RELAÇÃO FUNCIONÁRIO X EQUIPE: alocação de funcionário em equipes;
ATIVIDADES REALIZADAS
12. EQUIPE: equipe que realizou a atividade;
13. COD. ATIV.: código da atividade executada;
14. ATIVIDADE SEM DESCRIÇÃO: atividade fora da lista de atividades que não possui
produtividade prevista, precisa descrever;
15. QNT. ENTREG.: quantidade entregue respeitando unidades de medida;
ETAPAS ADICIONAIS
16. COD.: código da atividade adicional realizada; ex.: “1;3;5”;
17. SOMA TEMPOS: soma de tempos gastos nas atividades adicionais citadas em
“COD”;
PARALIZAÇÕES
18. MOTIVO: motivos de parada da atividade, não vinculado a etapas adicionais e
intervalo;
19. PERIODO: período no qual atividade permaneceu parada devido motivo citado;
11
20. ETAPAS ADICIONAIS: lista de atividades adicionais, que desempenham tempo, fora
a realização da atividade foco;
INFORMAÇÕES
21. ORIENTAÇÕES TÉCNICAS: informações técnicas repassadas pelo responsável
técnico aos funcionários no início e durantes as atividades;
22. PARECER TÉCNICO: parecer do responsável sobre o atual estágio da obra;
23. OCORRÊNCIAS: acontecimentos importantes que ocorreram durante o dia, caso
tenha paralisado alguma atividade, será citado resumidamente em “MOTIVO” e
também o “PERÍODO” no qual aconteceu; (ex.: chegada de materiais, acidentes, etc.);
24. TERCEIROS: nome da empresa, atividade, previsão de início e fim de serviços de
terceiros.
3.3 Planilha para verificação da produtividade
Foi confeccionada uma planilha para análise dos dados obtidos com o
acompanhamento da obra. Esta foi atualizada diariamente e através da fórmula anteriormente
citada (RUP), a qual calcula a produtividade e a compara com a esperada (conforme apêndice
D).
Figura 4 – Cabeçalho planilha de verificação
Fonte: O autor, 2018
Sendo:
1. Código Atividade. (ex.: 1; 2);
2. Descrição: descrição da atividade (ex.: escavação de valeta);
3. Data: dias onde a atividade foi executada (ex.: 16/09/2018);
4. Equipes: quantidade de equipes que executou a atividade, comparando a
equipe prevista pelas planilhas orçamentarias (ex.: se era prevista para a
atividade um pedreiro e um servente e esta foi realizada por um pedreiro e dois
serventes, 1,5 equipes, caso fosse executada por um pedreiro e um servente, 1
equipe.);
5. Tempo previsto: tempo previsto para a(s) equipe(s) realizar(em) a atividade
levando em consideração a quantidade realizada e a produtividade prevista na
planilha orçamentaria. (ex.: 1,23 hora);
PROD.
PREV.
PRODUTIVIDADE
REALIZADACOD. DESC.
QUANTIDADE
EXECUTADADATA EQUIPES
TEMPO
PREV
TEMPO
REAL
12
6. Tempo real: tempo real utilizado pela(s) equipe(s) para executar a atividade
(ex.: 0,2 hora);
7. Quantidade executada: quantidade de atividade que foi executada (ex.: 23 m²);
8. Produtividade prevista: produtividade prevista em planilha orçamentaria para a
execução da atividade. (ex.: 0,5 m²/h);
9. Produtividade realizada: produtividade realizada, obtida através da equação:
PRODReal=QNT. EXECUTADA÷TEMPO REAL÷EQUIPES (ex.: 0,5m²/h);
4 RESULTADOS E ANÁLISES
Ao analisar e verificar as atividades realizadas tendo como base de fonte de dados,
comparando as planilhas orçamentarias e o real acompanhamento da obra, obteve-se as
informações contidas na tabela 2 (apêndice D), a qual demonstra quais atividades atingiram a
meta de produtividade e quais não atingiram, incluindo informações das datas observadas.
No entanto, a figura 5 ilustra o resultado comparativo entre as produtividades
realizadas e previstas das atividades observadas.
Primeiramente, verifica-se que a atividade de código 1, retirada de aparelhos
sanitários, tinha como produtividade esperada 3,85 un/h. Durante o acompanhamento, esta
atividade foi realizada apenas uma vez, porém não atingiu a produtividade prevista, sendo
realizado 2 un/h. Tal produtividade ocorreu devido à falta de pessoas capacitadas para
executar a atividade, uma vez que foi executada por um pedreiro e um servente, onde se tinha
previsto um encanador e um servente.
Percebe-se que atividade de código 2, lixamento de pinturas existentes, não tinha
produtividade prevista estabelecida pois não foi encontrada atividade compatível nas
referências utilizadas. Durante o acompanhamento, esta atividade foi realizada em 4 dias,
gerando uma produtividade média de 13,52 m²/h, sendo que apenas em um dos dias, a média
não foi atingida. Cabe mencionar que nos dias em que a atividade de lixamento de pintura
existente foi executada, não foram realizadas outras atividades, elevando a produção.
Verifica-se que a atividade de código 3, aplicação de massa e lixamento em paredes,
com produtividade prevista de 6,67 m²/h, durante o acompanhamento, foi realizada em 8 dias,
gerando uma produtividade média de 5,23 m²/h, sendo que em apenas dois dias esta média foi
excedida e também que em nenhum dia havia mão de obra ideal para atividade, sendo o pintor
substituído por um pedreiro. Em um dos dias que a produtividade não foi alcançada, as
alvenarias, onde foram executadas esta atividade, possuíam várias aberturas para esquadrias,
13
dificultando a atividade e nos demais dias que não foi alcançada, além de não ser executada
por um pintor, foi alocado um servente que não possuía prática na atividade.
Figura 5 – Comparativo Produtividade Prevista x Produtividade Realizada
Fonte: O autor, 2018
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Prevista Realizada
14
Nota-se que a atividade de código 4, referente aplicação de massa e lixamento em laje,
com produtividade prevista de 2,18 m²/h, durante o acompanhamento, foi realizada em apenas
um dia, gerando uma produtividade de 1,73 m²/h, sendo que da mesma maneira da atividade
3, não havia mão de obra ideal para atividade sendo o pintor substituído por um pedreiro.
Já a atividade de código 5, referente aplicação de pintura em paredes, com
produtividade prevista de 7,81m²/h, durante o acompanhamento, foi realizada em dois dias,
gerando uma produtividade de 12,01 m²/h, sendo que da mesma maneiras da atividades 3 e 4,
não havia mão de obra ideal para atividade sendo o pintor substituído por um pedreiro, porém
nestes dias houve o acompanhamento do responsável da empresa.
Constatou-se que a atividade de código 6, referente aplicação de pintura em laje, com
produtividade prevista de 6,01m²/h, durante o acompanhamento, foi realizada em apenas um
dia, gerando uma produtividade de 3,3 m²/h, sendo que da mesma maneira das atividades 3,4
e 5, não havia mão de obra ideal para atividade sendo o pintor substituído por um pedreiro.
A atividade de código 7, referente ao assentamento de pastilhas em paredes, com
produtividade prevista de 1,03m²/h, durante o acompanhamento, foi realizada em apenas um
dia, gerando uma produtividade de 1,05 m²/h, sendo aplicado pela mão de obra correta.
Já a atividade de código 8, relacionada a pintura de portas internas, com produtividade
prevista de 2,86m²/h, durante o acompanhamento, foi realizada em dois dias, gerando uma
produtividade média de 3,03 m²/h, com um dia de produtividade prevista alcançada, sendo
que da mesma maneira das atividades 3, 4, 5, e 6, não havia mão de obra ideal para atividade
sendo o pintor substituído por um pedreiro.
Observa-se que a atividade de código 9, referente ao assentamento de piso cerâmico,
com produtividade prevista de 2,3m²/h, durante o acompanhamento, foi realizada em dois
dias, gerando uma produtividade de 1,97 m²/h, sendo aplicado pela mão de obra correta,
porém para o assentamento destes, foi necessário um grande número de recortes devido a
disposição da sala.
A atividade de código 10, referente a confecção de calha de concreto, com
produtividade prevista de 3,3m/h, durante o acompanhamento, foi realizada em apenas um
dia, gerando uma produtividade de 1,89 m/h, sendo aplicado pela mão de obra correta, mas
devido a falta de comprometimento dos envolvidos, a atividade não atingiu a produtividade
prevista.
Foi constatado que a atividade de código 11, relacionada a instalação de bacia com
caixa acoplada, tinha como produtividade esperada 1,64 un/h. Durante o acompanhamento,
15
esta atividade foi realizada apenas uma vez, porém não atingiu a produtividade prevista, sendo
realizado 0,67 un/h. Tal produtividade ocorreu devido falta de pessoal capacitado para
executar tal, sendo que foi executada por um pedreiro e um servente sendo que para tal, era
previsto um encanador e um servente.
Enquanto a atividade de código 12, relacionada a instalação de cuba em tampo de
granito, tinha como produtividade esperada 1,38 un/h. Durante o acompanhamento, esta
atividade foi realizada apenas uma vez porem não atingiu a produtividade prevista, sendo
realizado 1,05 un/h. Da mesma maneira que a atividade de código 11, a produtividade ocorreu
devido falta de pessoal capacitado para executar tal, sendo que foi executada por um pedreiro
e um servente sendo que para tal, era previsto um encanador e um servente.
Já atividade de código 13, relacionada a instalação de tampo de granito, tinha como
produtividade esperada 0,28 m/h. Durante o acompanhamento, esta atividade foi realizada
apenas uma vez, contudo por pouco não atingiu a produtividade prevista, sendo realizado 0,26
un/h. Possivelmente o problema se deu devido a incorreta instalação dos suportes na primeira
tentativa, sendo necessário refazer os furos para deixar na altura correta.
Observa-se atividade de código 14, relacionada a limpeza de forro, tinha como
produtividade esperada 0,67 m²/h. Durante o acompanhamento, esta atividade foi realizada
apenas uma vez e atingiu a produtividade prevista, sendo realizado 1,83 m²/h. Tal
produtividade se deu devido o forro não estar totalmente sujo, facilitando sua limpeza.
Já a atividade de código 15, relacionada a limpeza com maquina de alta pressão, tinha
como produtividade esperada 10 m²/h. Durante o acompanhamento, esta atividade foi
realizada apenas uma vez porem por pouco não atingiu a produtividade prevista, sendo
realizado 9,17 m²/h.
A Figura 6 ilustra que apesar de apenas 5 das 15 atividades foram realizadas dentro ou
acima da produtividade esperada, sendo a atividade de limpeza de forro a que apresentou
174% de velocidade em comparação com o previsto. Entretanto, os restantes das atividades
apontaram produtividade menor que a esperada.
16
Figura 6 – Comparativo percentual da Produtividade realizada x Produtividade prevista
Fonte: O autor, 2018
Por meio do acompanhamento da obra, fora possível constatar possíveis melhoras no
processo de gestão da empresa, o qual afetaria de forma positiva no rendimento dos
funcionários. As melhoras se resumem em:
Disponibilização de recursos certos, na hora e locais adequados.
Realizar compras programadas, estabelecer cronograma e atualizá-lo conforme o
andamento da obra, evitando surpresas com faltas de material. Obstrução espaços devido
excesso de materiais podem atrapalhar na passagem e na produtividade.
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0%
50%
100%
150%
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17
Diminuir quantidade de atividades realizadas no dia
É possível visualizar que os dias onde houveram diferentes tipos de atividades a
produtividade foi menor, visto que cada nova atividade demanda novas ferramentas e matéria
prima que precisam ser separados.
Disposição de funcionários
Realizar rodízio entre os funcionários de cada equipe pode diminuir conversas
paralelas e ajuda no aprendizado de todos, fazendo com que todos conheçam um pouco de
cada atividade, possibilitando substituições devido a faltas ou atestados.
Acompanhamento de responsável
O acompanhamento de um responsável o dia todo na obra, evita desperdício de tempo
e faz com que os funcionários se dediquem mais as atividades.
Bônus e plano de premiação:
O estabelecimento de metas de produtividade e pagamento de bônus por cumprimento
destas tende a melhorar o rendimento das atividade, contudo, com isto, é necessário um
acompanhamento maior dos responsáveis para garantir que a qualidade seja mantida.
4 CONCLUSÃO
A compreensão de produtividade não deve ser limitada ao conceito de eficiência de
execução de atividades, devendo ser vista também como artificio para avaliação de custos e
decisões quanto à organização dos serviços.
Apesar de ter como função, registrar acontecimentos, atividades, orientações, avaliar
eventuais falhas, gastos imprevistos e acidentes de trabalho, corretamente preenchido, o diário
de obra pode fornecer uma visão do andamento da obra, possibilitando também ao
gerenciador uma melhor gestão, organização e execução.
Entende-se que para o sucesso de um empreendimento, o gerenciamento é
imprescindível, sendo este o responsável por buscar as resoluções para os problemas
encontrados durante a execução da obra.
A partir do acompanhamento realizado na obra de reforma da Unidade Básica de
Saúde do Jardim Industrial do município de Toledo-PR, observando-se as divergências nos
valores estimados por tabelas e pela real situação, constata-se que a mensuração e o
18
entendimento da produtividade da mão de obra devem ser estudados e constantemente
analisados, uma vez que os valores historicamente tabelados podem não se enquadrar
totalmente com as metodologias diferentes de trabalho, diversidades construtivas, interação da
equipe, disposição de funcionários, disponibilidade de recursos e demais característica
especifica de cada projeto.
Dessa forma, destaca a importância de uma gestão presente no acompanhamento
diário das atividades, concluindo que atividades como: disponibilização de recursos certos, na
hora e locais adequados, diminuição da variedade de atividades realizadas no dia, disposição
adequada de funcionários, acompanhamento de responsável e atitudes que garantam bônus e
plano de premiação para equipes, são medidas efetivas no processo gerencial. De modo que
sejam reduzidos custos de produção, uma vez que a produtividade do time aumente.
5 REFERÊNCIAS
ARANTES, N. Sistema de gestão empresarial: conceito permanente na administração de
empresas válidas. São Paulo: Atlas, 2008.
BRASÍLIA. Resolução nº 1.094, de 31 de OUTUBRO de 2017. Dispõe sobre a adoção do Livro de
Ordem de obras e serviços das profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea. Disponível em:
<http://normativos.confea.org.br/downloads/1094-17.pdf > Acesso em: mar. 2018
CARNEIRO, Nuno Barata da Rocha Falcão. Controle de Produtividade em obra de construção
no Brasil - Estudo de caso. 2010. 101 f. Dissertação (Mestre em Engenharia Civil)- U.Porto, Porto,
Portugal, 2010.
CORSINI, Rodnei. Diário de Obra. Equipe de Obra. São Paulo, n. 38, p. 20-22, ago. 2011.
DNIT. Elaboração do Diário de Obra do DNIT. Disponível em:
<http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT097_2007_PRO.pdf>. Acesso em: mar. 2018.
GUIA PMBOK. Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento. 5. ed. Pensilvânia: Project
Management Institute - PMI, 2013.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Indicadores IBGE: Sistema Nacional de
Pesquisa de Custos e Indices da Construção Civil – SINAPI. Ministerio do Planejamento,
Orçamento e Gestão. Julho 2018. Disponível em:
<http://www.caixa.gov.br/site/Paginas/downloads.aspx#categoria_655>. Acesso em: setembro.
2018.
MATTOS, Aldo Dórea. Planejamento e Controle de Obras. 1. ed. São Paulo: Pini, 2010. 420 p.
MOLINARI, Leonardo. Gestão de Projetos – Teoria, Técnicas e Práticas. 1. ed. São Paulo:
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NOVAIS, Sandra Gaspar. Aplicação de ferramentas para o aumento da transparência no
processo de planejamento e controle de obra na construção civil. Dissertação de Mestrado em
19
Engenharia – Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Civil. 2000, 100 p.
OLIVEIRA, Rodrigo César Franceschini de. Gerenciamento de projetos e a aplicação da analise
de valor agregado em grandes projetos. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo. Departamento de Engenharia Naval e Oceânica. POLI – UPS, São
Paulo, 2003. 128p.
SILVA, M. V. B. Gestão do tempo na construção civil e sua relação com as demais áreas da gestão
de projetos. Revista On-Line IPOG. Goiânia, v.01, n.010, p. 1-14, jan. 2015. Disponível em:
<http://docplayer.com.br/10869228-Gestao-do-tempo-na- construcao-civil-e-sua-relacao-com-as-
demais-areas-da-gestao-de-projetos.html>.Acessado em mar. 2018.
SOUZA, Ubiraci Espinelli Lemes de; MORASCO, Felipe Germano; RIBEIRO, Guilherme Nicacio
Brito. Manual básico de indicadores de produtividade na construção civil. 1. ed. Brasília-DF,
CBIQ, 2017.
TCPO: Tabelas de composições de preços para orçamentos, 13" ed. São Pauto: Pini, 2013.
XAVIER, Carlos Magno da Silva; XAVIER, Luiz Fernando da Silva; MELO, Maury.
Gerenciamento de Projetos de Construção Civil: Uma Adaptação da Metodologia Basic
Methodware. 1. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2014. 272 p.
15
ANEXOS/APÊNDICES
APÊNDICE A – Registro diário de obra folha 1
ENDEREÇO:
PROPRIETÁRIO:
RESPONSÁVEL TÉCNICO DA EXECUÇÃO: Nº CREA: Nº ART:
DATA DE INICIO DA OBRA: DATA PREVISTA DE CONCLUSÃO:
INICIO N° CREA N° ART
NOME DA OBRA:
Nº TELEFONE:
PROFISSIONALDESCRIÇÃO
ETAPAS DA OBRA
PREVISÃO FIM
ASSINATURA DO RESP. TECNICO
____________________________
ASSINATURA DO PROPRIETARIO
____________________________
AUTORES DOS PROJETOS
PROJETO
INFORMAÇÕES GERAIS DA OBRA
15
APÊNDICE B – Registro diário de obra folha 2
15
APÊNDICE C – Lista de atividades com produtividades previstas
Cod.
Ativ.Descrição atividade
Desempenho
esperado
(U.M./Hh)
Desempenho
esperado
(U.M/h)
Qnt.
total a
ser
realiza
da
U.M. SERVENTE PEDREIRO SERVENTE PEDREIRO
1RETIRADA DE APARELHOS
SANITARIOS1,92 3,85 2,00 UN 1 1 0,34 0,18
2
LIXAMENTO DE PINTURA EXISTENTE
(INCLUSO PAREDES E LAJES,
INTERNA E EXTERNA)
3,14 3,14 1.237,68 M² 1 0 0,16 0,16
3
APLICAÇÃO E LIXAMENTO DE MASSA
LÁTEX EM PAREDES P/ CORREÇÃO DE
IMPERFEIÇÕES (PAREDES
EXISTENTES E NOVAS), UMA DEMÃO.
3,33 6,67 1.145,86 M² 1 1 0,15 0,15
4
APLICAÇÃO E LIXAMENTO DE MASSA
LÁTEX EM TETO PARA CORREÇÕES DE
IMPERFEIÇÕES, UMA DEMÃO.
1,09 2,18 239,22 M² 1 1 0,25 0,67
5
APLICAÇÃO MANUAL DE PINTURA COM
TINTA LÁTEX ACRÍLICA EM
PAREDES, DUAS DEMÃOS.
3,91 7,81 1.145,86 M² 1 1 0,07 0,19
6
APLICAÇÃO MANUAL DE PINTURA COM
TINTA LÁTEX ACRÍLICA EM TETO,
DUAS DEMÃOS.
3,00 6,01 239,22 M² 1 1 0,09 0,24
7
REVESTIMENTO CERÂMICO PARA
PAREDES EXTERNAS EM PASTILHAS
DE PORCELANA 5 X 5 CM (PLACAS
DE 30 X 30 CM), ALINHADAS A
PRUMO, APLICADO EM PANOS COM
VÃOS.
0,52 1,03 52,59 M² 1 1 0,65 1,29
8
PINTURA ESMALTE ACETINADO EM
PORTAS INTERNAS DE MADEIRA,
DUAS DEMAOS
1,43 2,86 103,95 M² 1 1 0,30 0,40
9
ASSENTAMENTO DE REVESTIMENTO
CERÂMICO PARA PISO COM PLACAS
TIPO GRÊS DE DIMENSÕES 45X45 CM
APLICADA EM AMBIENTES DE ÁREA
ENTRE 5 M2 E 10 M2.
1,16 2,33 82,84 M² 1 1 0,25 0,61
10CALHA EM CONCRETO SIMPLES, EM
MEIA CANA, DIAMETRO 200 MM1,67 3,33 24,20 M 1 1 0,40 0,20
QNT. RECURSOS TEMPO POR RECURSOS
16
11BACIA SIFON.LOUÇA BCA C/CX
ACOPL. C/ASSENTO. COMPLETA0,82 1,64 1,00 UN 1 1 0,44 0,78
12CUBA LOUÇA P/ TAMPO GRANITO +
FUROFIX/VALV/SIFÃO0,69 1,38 2,00 UN 1 1 0,35 1,10
13
TAMPO DE GRANITO CINZA
ANDORINHA E=3CM - L=50CM,
ACABAMENTO POLIDO E BORDAS
ARREDONDADAS, PINGADEIRAS E
RODAPIAS H=5CM, COM ABERTURA
PARA CUBA EMBUTIDA
(LOUÇAS/INOX) E MÃOS FRANCESAS
METÁLICAS PARA APOIO
0,14 0,28 1,50 M 1 1 2,30 4,80
14 LIMPEZA DE FORROS 0,67 0,67 60,00 M² 1 0 1,50 0
15LIMPEZA MAQUINA DE PRESSÃO DE
AR E AGUA10,00 10,00 320,00 M² 1 0 0,10 0
17
APÊNDICE D – Lista de atividades com produtividades previstas e realizadas
COD. DESC. DATA EQUIPES TEMPO
PREV
TEMPO
REAL
QUANTIDADE
EXECUTADA
PROD.
PREV.
PRODUTIVIDADE
REALIZADA
1 RETIRADA DE APARELHOS SANITARIOS 19/09/2018 1,00 0,26 0,5 1 3,85 2,00
2 LIXAMENTO DE PINTURA EXISTENTE
26/09/2018 2,00 16,12 7,63 218
13,52
14,29
27/09/2018 1,50 12,13 7,63 164 14,33
01/10/2018 1,50 11,46 7,63 155 13,54
02/10/2018 2,00 13,46 7,63 182 11,93
3
APLICAÇÃO E LIXAMENTO DE MASSA LÁTEX EM
PAREDES P/ CORREÇÃO DE IMPERFEIÇÕES UMA
DEMÃO.
17/09/2018 2,00 3,75 3,82 25
6,67
3,27
18/09/2018 1,00 8,25 7,63 55 7,21
19/09/2018 1,00 6,45 7,63 43 5,64
05/10/2018 1,00 9,00 7,63 60 7,86
08/10/2018 1,00 4,95 7,63 33 4,33
09/10/2018 1,00 5,70 7,63 38 4,98
10/10/2018 1,00 5,25 7,63 35 4,59
11/10/2018 1,00 4,50 7,63 30 3,93
4
APLICAÇÃO E LIXAMENTO DE MASSA LÁTEX EM
TETO PARA CORREÇÕES DE IMPERFEIÇÕES, UMA
DEMÃO.
28/09/2018 1,50 0,96 5 13 2,18 1,73
5
APLICAÇÃO MANUAL DE PINTURA COM TINTA
LÁTEX ACRÍLICA EM PAREDES, DUAS DEMÃOS.
AF_06/2014
15/10/2018 1,50 9,24 7,63 125 7,81
10,92
16/10/2018 1,50 11,09 7,63 150 13,11
6
APLICAÇÃO MANUAL DE PINTURA COM TINTA
LÁTEX ACRÍLICA EM TETO, DUAS DEMÃOS.
AF_06/2014
28/09/2018 1,50 2,16 2,63 13 6,01 3,30
18
7
INSTALAÇÃO DE REVESTIMENTO CERÂMICO PARA
PAREDES EXTERNAS EM PASTILHAS DE
PORCELANA 5 X 5 CM (PLACAS DE 30 X 30
CM)
17/09/2018 1,00 3,88 3,82 4 1,03 1,05
8 PINTURA ESMALTE ACETINADO EM PORTAS
INTERNAS DE MADEIRA, DUAS DEMAOS
17/09/2018 1,00 4,41 3,82 12,6 2,86
3,30
20/09/2018 1,00 7,34 7,63 21 2,75
9
REVESTIMENTO CERÂMICO PARA PISO COM
PLACAS TIPO GRÊS DE DIMENSÕES 45X45 CM 24/09/2018 1,00 5,43 7,63 12,49
2,3 1,64
25/09/2018 2,00 15,22 7,63 35 2,29
10 CALHA EM CONCRETO SIMPLES, EM MEIA CANA,
DIAMETRO 200 MM 18/09/2018 1,00 4,38 7,63 14,45 3,3 1,89
11 BACIA SIFON.LOUÇA BCA C/CX ACOPL.
C/ASSENTO. COMPLETA 19/09/2018 1,00 0,61 1,5 1 1,64 0,67
12 CUBA LOUÇA P/ TAMPO GRANITO +
FUROFIX/VALV/SIFÃO 20/09/2018 1,00 1,45 1,91 2 1,38 1,05
13
TAMPO DE GRANITO CINZA ANDORINHA E=3CM -
L=50CM, ACABAMENTO POLIDO E BORDAS
ARREDONDADAS, PINGADEIRAS E RODAPIAS
H=5CM, COM ABERTURA PARA CUBA EMBUTIDA
(LOUÇAS/INOX) E MÃOS FRANCESAS METÁLICAS
PARA APOIO - CONFORME PROJETO
20/09/2018 1,00 5,36 5,73 1,5 0,28 0,26
14 LIMPEZA FORRO 03/10/2018 2,00 2,07 7,63 28 0,67 1,83
15 LIMPEZA DE SUPERFICIES COM JATO DE ALTA
PRESSAO DE AR E AGUA 04/10/2018 2,00 10,35 7,63 140 10 9,17