ANÁLISE DA RUGOSIDADE SUPERFICIAL DO ESMALTE DENTAL …
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http://dx.doi.org/10.35265/2236-6717-211-9291
FORTALEZA-CE. EDIÇÃO 211. V.9. ANO 2021.
ANÁLISE DA RUGOSIDADE SUPERFICIAL DO ESMALTE DENTAL
HUMANO SUBMETIDO AO CLAREAMENTO COM PERÓXIDO DE
HIDROGÊNIO A 7,5% E COM PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO
A 7,5% COM CÁLCIO. [ver artigo online]
Mariane Aparecida Bernardo1
RESUMO
O clareamento dental a cada dia que passa, tem sido mais solicitado pelos pacientes, por ser uma técnica
minimamente invasiva aos elementos dentários. Porém os agentes clareadores podem provocar várias
alterações na estrutura dental. Acredita-se que a incorporação do cálcio no gel clareador pode minimizar
o processo de alteração da microdureza do esmalte dental. O objetivo deste estudo foi avaliar a
morfologia do esmalte dental antes e após a ação de agentes clareadores, por meio da mensuração de
rugosidade superficial. As superfícies vestibulares e palatinas/linguais de dez terceiros molares foram
seccionadas obtendo-se dois fragmentos de cada dente. Estes foram posicionados sobre resina acrílica
incolor e armazenados em água destilada. As amostras foram divididas em dois grupos experimentais:
Grupo 1 – gel peróxido de hidrogênio a 7,5% e Grupo 2 – gel peróxido de hidrogênio a 7,5% com cálcio.
As medições da rugosidade foram realizadas em rugosímetro Mitutoyo SJ-210, duas vezes em cada
grupo, antes da aplicação do gel clareador e após quatro semanas. Pelos resultados obtidos, foi possível
observar que houve diferença estatística entre as rugosidades finais dos grupos 1 e 2, e ocorreu menor
alteração de rugosidade superficial nos espécimes do grupo 2 em comparação com aqueles do grupo 1.
Desta forma, pode-se concluir que o gel clareador peróxido de hidrogênio a 7,5% com cálcio promoverá
menor rugosidade superficial do esmalte dentário.
Palavras-chave: Clareamento dental; Remineralização dentária; Gel clareador com cálcio.
1 Cirurgiã-Dentista, Pós-graduada em Prótese Dentária pela Associação Brasileira de Odontologia de Niterói (ABO),
marybenranrdo1@@gmail.com.
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ANALYSIS OF SURFACE ROUGHNESS OF HUMAN TOOTH ENAMEL
BLEACHED WITH 7.5% HYDROGEN PEROXIDE AND 7.5%
HYDROGEN PEROXIDE WITH CALCIUM.
ABSTRACT
Tooth bleaching every passing day has been most requested by patients because it is a minimally
invasive technique to dental elements. But bleaching agents can cause several changes in tooth structure.
It is believed that the incorporation of calcium in the whitening gel can minimize the change process of
the hardness of dental enamel. The objective of this study was to evaluate the morphology of dental
enamel before and after the action of bleaching agents, by measuring surface roughness. The buccal
surfaces and palatal / lingual ten third molars were sectioned yielding two fragments of each tooth. These
were placed on colorless acrylic resin and stored in distilled water. The samples were divided in two
experimental groups: Group 1 - gel hydrogen peroxide at 7,5% and Group 2 - hydrogen peroxide gel at
7,5% with calcium. The roughness measurements were made in rugosimeter Mitutoyo SJ-210, twice in
each group before the application of the bleaching gel and after four weeks. By the results obtained, it
was observed that there was a statistical difference between the final roughness of the groups 1 and 2,
and there was minor variation of surface roughness in group 2 specimens compared to those in group 1.
So, it can be concluded that the bleaching agent hydrogen peroxide at 7,5% with calcium promote minor
surface roughness of tooth enamel.
Keywords: Tooth whitening; tooth remineralization; whitening gel with calcium.
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1. INTRODUÇÃO
Fatores extrínsecos e intrínsecos produzem variadas alterações de cor nos elementos
dentais. O manchamento interno pode ter origem nas etapas pré e pós-eruptivas dos dentes
(PAIVA e ANTONIAZZE, 1988 e FALLEIROS JR. e AUN, 1990). As manchas dentais
reconhecidamente extrínsecas têm como característica a precipitação de substâncias químicas
pigmentadas na superfície do esmalte dental.
A dentina e o esmalte são estruturas permeáveis ou semipermeáveis, assim o peróxido de
hidrogênio, por ter baixo peso molecular, é capaz de difundir-se livremente através destas
estruturas e, com isso, é concebível que alterações na superfície e subsuperfície do esmalte
dental possam ocorrer (HEGEDUS et al, 1999).
O tratamento clareador é uma alternativa conservadora, simples e de baixo custo, para a
resolução destas alterações de cor. A técnica caseira descrita por Haywood e Heymann em 1989
destaca-se pela segurança, na qual agentes clareadores em baixa concentração são aplicados em
uma moldeira individual, e obtêm-se resultados efetivos entre 2 e 6 semanas de tratamento.
Haywood e Heymann (1989), avaliando algumas técnicas de clareamento caseiro,
verificaram que o esmalte clareado com peróxido de hidrogênio a 5,3% resultou em áreas de
erosão, efeito este não uniforme, ocorrendo com intensidade variável em todos os espécimes
submetidos ao procedimento.
Os agentes clareadores podem provocar várias alterações na estrutura dental, dentre elas:
aumento de porosidade no esmalte, aumento da permeabilidade do esmalte, diminuição dos
valores de microdureza tanto em esmalte quanto em dentina e mudanças no conteúdo mineral.
Estas alterações caracterizam um processo químico de dissolução da porção mineralizada
dos dentes resultando em perda de estrutura dental (PINHEIRO et al, 2011).
A incorporação do cálcio pode minimizar o processo de alteração da microdureza do
esmalte dental e colaborar como dessensibilizante durante o uso do agente clareador.
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2. DESENVOLVIMENTO
A dentina e o esmalte são estruturas permeáveis ou semipermeáveis (HEGEDUS et al,
1999). Spitzer e Ten Bosch (1975) e Ten Bosch e Coops (1995) afirmaram que a determinação
da cor dos dentes é medida, fundamentalmente, em função da dentina, cabendo ao esmalte
contribuir apenas com a dispersão dos fótons que constituem o feixe luminoso.
Fatores extrínsecos e intrínsecos produzem variadas alterações de cor nos elementos
dentais. O manchamento interno pode ter origem nas etapas pré e pós-eruptivas dos dentes
(PAIVA e ANTONIAZZE,1988).
As manchas dentais reconhecidamente extrínsecas têm como característica a precipitação
de substâncias químicas pigmentadas na superfície do esmalte dental.
A relativa permeabilidade do esmalte dental, agravada pela ocorrência de poros favorece
a agregação e deposição de substâncias de baixo peso molecular, como aquelas presentes no
café, no chá preto, no tabaco, em vinhos tintos, no chimarrão, na beterraba e em bebidas à base
de cola (ARAÚJO; LIMA E ARAÚJO, 2007).
A rugosidade da própria superfície, a porosidade interna, a presença de trincas e a
ocorrência de fendas, sulcos e depressões, presentes na estrutura superficial do esmalte dental
contribuem para o seu manchamento externo (WATTS e ADDY, 2001; PONTEFRACT, 2004).
Em 1989, Haywood, Heymann publicaram um artigo que constituiu um marco inicial
sobre o clareamento dental caseiro e o uso dos clareadores, tornando-se um norteador para esse
procedimento até os dias atuais.
O clareamento dental é um procedimento que vem se tornando o tratamento estético
odontológico mais popular na atualidade, principalmente devido à sua capacidade de favorecer
o restabelecimento e preservação da autoestima dos pacientes.
Pozzobon, Bevilacqua e Vilela de Sales (1997) enfatizaram que a mudança de cor dos
dentes, em especial em decorrência do escurecimento, influencia negativamente o
comportamento das pessoas acometidas, interferindo, inclusive, no inter-relacionamento social.
Essa desarmonia estética tem motivado a busca pelo clareamento dental, uma solução
relativamente segura para o problema.
O clareamento dental é um método eficiente, apto a restabelecer a estética de dentes
escurecidos e a harmonia do sorriso uma vez que consegue promover a remoção de manchas,
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com consequentes alterações da cor, sem acarretar maiores prejuízos ao esmalte dental
(GOLDSTEIN et al., 1995).
Trata-se de um procedimento conservador se comparado a outras modalidades de
tratamento estético, como facetas e coroas totais, procedimentos protéticos que impõem um
considerável desgaste da estrutura dental (SPALDING, 2000).
Assim sendo, o profissional deve conhecer os diferentes agentes clareadores, técnicas de
aplicação e seus efeitos sobre a estrutura dental, para que obtenha sucesso ao final do tratamento
(HAYWOOD, 1992; MONDELLI, 2003).
O clareamento dentário destaca-se por ser uma técnica não-invasiva, efetiva e de
execução simples, podendo ser realizado em consultório ou ser de uso caseiro, em que são
empregados agentes a base de peróxidos de hidrogênio ou carbamida (RIEHL et al., 2008).
O tratamento clareador dental caseiro é uma alternativa conservadora, simples e de baixo
custo dentre os tratamentos estéticos. A técnica caseira descrita por Haywood e Heymann em
1989 destaca-se pela segurança, na qual agentes clareadores em baixa concentração são
aplicados em uma moldeira individual, e obtêm-se resultados efetivos entre 2 e 6 semanas de
tratamento.
Atualmente, o clareamento dental é parte integrante do tratamento restaurador e da
reabilitação estética apresentando como vantagem ser uma técnica simples, conservadora e de
resultados comprovados, quando realizado e indicado corretamente (CARDOSO et al., 2012).
O clareamento pode ser proposto antes de outros procedimentos odontológicos, como
facetas ou coroas totais em resina ou cerâmica, uma vez que o clareamento preserva as
estruturas dentárias quando comparado com estas técnicas mais radicais (GOLDSTEIN, 1997;
McEVOY, 1989).
Apesar das inúmeras vantagens como tratamento estético, o clareamento também possui
limitações e riscos sendo fundamental que o profissional conheça seu mecanismo de ação e a
segurança biológica dos agentes clareadores de modo a ser capaz de indicá-los corretamente
(CONCEIÇÃO, 2000).
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O clareamento pode ser indicado para:
• Dentes que apresentam uma coloração amarelada ou escurecida;
• Dentes manchados ou escurecidos pela deposição de corantes
provenientes de dieta, fumo, entre outros fatores;
• Dentes que apresentam manchamento moderado por tetraciclina;
• Dentes com alteração de cor originada por traumatismo;
• Dentes que apresentam escurecimento em função da perda parcial de
esmalte pela idade, ou seja, por desgaste fisiológico;
• Dentes manchados por fluorose;
• Dentes com necrose pulpar e que apresentam escurecimento da
coroa dental. (CONCEIÇÃO, 2000).
Hanks, Fat e Corcoran (1993) afirmaram que o clareamento só é possível devido à
permeabilidade da estrutura dental que permite tanto a absorção dos pigmentos e corantes
responsáveis pelo escurecimento quanto a absorção dos agentes clareadores. Estes têm a
capacidade de se difundir livremente através do esmalte e da dentina, alcançando a intimidade
orgânica dessas estruturas e promovendo o clareamento.
O êxito do clareamento resulta da soma do grau de penetração do produto clareador na
estrutura dental com o seu tempo de permanência na área tratada, período esse definido como
o tempo necessário à remoção da mancha (ARAÚJO, LIMA e ARAÚJO, 2007).
Figura 1: Esquema do mecanismo de ação do agente clareador.
(Fonte: Guia Prático – Clareamento Dental – Revista FGM)
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A oxidação parcial provoca ruptura das cadeias carbônicas cíclicas dos compostos
pigmentados, tornando-as acíclicas, insaturadas, com duplas ligações, resultando em produtos
com tonalidades mais claras. Com a intensificação da oxidação, as ligações duplas são rompidas
e incorporadas a hidroxilas, o que resulta em compostos ainda mais claros (PÉCORA et al.,
1994).
Dietschi, Rossier e Krejci (2006) concluiram que durante o processo de clareamento, os
agentes oxidantes reagem com os radicais dos cromóforos (determinantes do escurecimento)
causando a clivagem dessas substâncias e assim, promovendo o efeito clareador.
O clareamento dental é realizado com produtos químicos oxidantes, no qual ocorre uma
reação de óxido-redução iniciada pela decomposição do peróxido de hidrogênio. O peróxido de
hidrogênio é utilizado como agente de clareamento dental há mais de 130 anos seja em sua
forma pura ou como produto de outra formulação como o peróxido de carbamida (MARSHALL
et al., 1995).
A reação de oxidação dos agentes clareadores não é específica e a matriz orgânica e
inorgânica do esmalte e dentina podem ser oxidadas, ocasionando efeitos indesejáveis, como
alterações da morfologia superficial, com a redução da microdureza pela perda de minerais
(BEM-AMAR et al. 1995; AKAL et al., 2001; BASTING et al., 2003).
Segundo Hegedus et al. (1999), os agentes clareadores podem romper lipídeos e proteínas
que constituem os componentes orgânicos dos tecidos dentais. Como o peróxido de hidrogênio
oxida uma grande variedade de compostos orgânicos e inorgânicos, talvez os agentes
clareadores não oxidem apenas os cromóforos, mas também reajam com a parte orgânica da
estrutura dental.
O peróxido de carbamida 10%, quando degradado se decompõe liberando peróxido de
hidrogênio 3% e ureia 7% (LOPES et al., 2002). O peróxido de hidrogênio, por sua vez, se
quebra em oxigênio e água, enquanto a ureia se quebra em amônia e dióxido de carbono.
Portanto, o peróxido de carbamida 10% equivale à aproximadamente 3,3% de peróxido de
hidrogênio (MARSHALL et al. 1995).
O peróxido de hidrogênio pode ser utilizado para clareamento dental em concentrações
até 35%, porém as concentrações entre 3% e 10% são consideradas mais estáveis e seguras para
o clareamento de dentes vitais pela técnica caseira (LOPES et al., 2002).
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O peróxido de carbamida decompõe-se em ureia e peróxido de hidrogênio, que penetram
no esmalte e na dentina devido ao seu baixo peso molecular. O peróxido de hidrogênio é
decomposto em H2O e O-, atua sobre os pigmentos levando substâncias complexas compostas
de anéis de carbonos (pigmentos) a se converterem em substâncias abertas mais simples e mais
claras resultando na diminuição do índice de absorção de luz pela estrutura dental, e
consequentemente no clareamento do dente (McEVOY, 1989; RIEHL, 2002).
Figura 2: Mecanismo de ação do Peróxido de Carbamida
No período inicial da clareação, os compostos pigmentados de anéis de carbono são
abertos e convertidos em compostos duplos de carbono, geralmente pigmentados de amarelo,
sendo posteriormente, convertidos em grupos hidroxila. Esse processo continua até que seja
atingido um ponto de saturação, correspondente ao ponto máximo da clareação (SPALDING,
2000).
Baratieri e colaboradores (2001) advertem que é necessário um rigoroso controle
profissional desse ponto de saturação, pois se for ultrapassado, o procedimento passa a se tornar
lesivo podendo resultar na degradação da matriz de esmalte.
Lizarelli (1994) verificou possíveis efeitos adversos na estrutura dental (perda de
substância) e nos tecidos moles circunvizinhos (irritação e descamação).
Os agentes clareadores afetam a microdureza, a rugosidade e a morfologia superficial do
esmalte dental, tanto no nível nanoestrutural como no nível macroestrutural. O principal fator
de degradação da superfície dental não é apenas a concentração da substância empregada e sim,
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o período de exposição da superfície do esmalte (WORSCHECH, 2003; WIEGAND, OTTO e
ATTIN, 2004).
Segundo Miranda e colaboradores (2005), as alterações mais frequentemente observadas
na morfologia da estrutura do esmalte dental são áreas de depressão, com formação de crateras,
além da exposição dos prismas, naquelas superfícies que se mostram mais acentuadamente
afetadas.
Para Bistey et al. (2007), as alterações em esmalte são proporcionais ao tempo de
tratamento e a concentração de peróxido utilizado.
Os efeitos de agentes clareadores caseiros, em baixa concentração, geralmente são
depressões rasas, aumento de porosidades e leve erosão (BEM-AMAR et al., 1995; BITTER,
1992).
O uso de agentes clareadores em maior concentração, causa alterações morfológicas
severas na superfície do esmalte havendo um aumento da porosidade e rugosidade dessa
estrutura, as quais podem ser responsáveis pela diminuição da microdureza do esmalte (RIEHL,
2002).
Outros autores, no entanto, afirmam que o uso dos agentes clareadores em altas
concentrações não causa alterações na textura superficial do esmalte, porém torna a sua
superfície mais propícia às alterações de desgaste e rugosidade superficial quando do processo
de abrasão (SULIEMAN et al., 2004).
Alguns trabalhos não evidenciaram alterações ou qualquer efeito significativo
clinicamente dos agentes clareadores sobre as superfícies dentárias após a clareação, pois há o
relato de que a diminuição da dureza do esmalte clareado pode ser revertida por
remineralizações após a clareação e que os defeitos macroestruturais do esmalte podem ser
reparados pelos componentes da saliva, como cálcio e fosfato (ESBERARD et al., 2004).
Josey et al. (1996), por meio de uma análise por microscopia de luz polarizada, detectaram
a presença de estrias de Retzius mal definidas e de escurecimento na zona subsuperficial do
esmalte, sugerindo perda mineral nessa região.
Potocnik et al. (2000), relataram uma grande diminuição na concentração cálcio nos
dentes clareados avaliados em microscópio eletrônico de varredura e notaram um aumento na
concentração deste mineral no gel clareador, sugerindo uma perda de mineral para o gel.
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A adição de cálcio ou flúor na composição dos clareadores é uma alternativa para reduzir
os efeitos adversos por peróxidos durante o clareamento. Assim, o objetivo da formulação de
agentes com adição de flúor e cálcio, é o de aumentar a saturação do gel com íons, reduzindo
perdas minerais e aumentando a resistência do esmalte à desmineralização causadas por
peróxidos (GIANNINI et al., 2006).
Os íons de flúor e o cálcio aumentam a saturação de gel clareador de modo que uma
menor perda de minerais pode ocorrer reduzindo ou superando os efeitos adversos do
tratamento clareador (AMARAL et al., 2010).
Segundo Soares et al., (2008) independente da técnica e do agente utilizado, após o
clareamento são observadas porosidades, depressões, erosões e desmineralizações dos prismas
periféricos de esmalte e diminuição das forças de tensão do esmalte. A adição de íons cálcio e
fluoreto ao gel diminuiriam a perda mineral aumentando a resistência à desmineralização.
Segundo Giannini et al. (2006), se íons forem adicionados ao gel durante o clareamento
e a troca iônica, talvez eles possam ser captados e aumentar a resistência do esmalte à
desmineralização. Como íons de flúor e o cálcio aumentam a saturação de gel clareador, uma
menor perda de minerais pode ocorrer durante o clareamento, portanto, géis com adição de flúor
e cálcio poderiam reduzir ou superar os efeitos adversos do tratamento clareador.
O efeito de clareadores caseiros adicionados de flúor e cálcio vem sendo estudado e estes,
têm apresentado resultados benéficos quanto a remineralização do esmalte, prevenindo a
redução da microdureza, minimizando os efeitos adversos de desmineralização reduzindo a
progressão da profundidade da lesão (CAVALLI et al., 2011).
O agente clareador White Class com cálcio é um sistema de clareamento dental caseiro à
base de Peróxido de Hidrogênio nas concentrações de 4%, 6%, 7,5% e 10% fabricado pela
FGM. O diferencial deste produto é a adição de Cálcio à sua formulação, que tem a finalidade
de minimizar o processo de desmineralização e de alteração da microdureza do esmalte dental.
2.1. METODOLOGIA DE PESQUISA
Dez terceiros molares oriundos do banco de dentes da UERJ (Biobanco/UERJ), foram
seccionados longitudinalmente em duas partes (vestibular e lingual/palatina) utilizando- se
disco diamantado dupla face (KG Sorensen) montado em mandril para peça de mão em baixa
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rotação sob irrigação constante de jatos de água. Cada fragmento obtido de um dente participou
de um grupo experimental distinto, de modo que os dois grupos tivessem fragmentos oriundos
do mesmo dente.
Um template de silicone de condensação base pesada foi confeccionado, seus casulos
foram preenchidos com resina acrílica autopolimerizável incolor (JET – Artigos Odontológicos
Clássico LTDA, Campo Limpo Paulista, SP, Brasil) e os fragmentos dentários incluídos nesta
resina com a face de esmalte (vestibular ou lingual/palatina) voltada para a superfície externa.
As vinte amostras foram armazenadas em água destilada e vinte e quatro horas após a
polimerização da resina acrílica passaram por um processo de acabamento e polimento com
lixas d’água. A lixa de granulação 320 foi utilizada para exposição da superfície do esmalte e
as de granulação 400, 600, 1200 e 1500, para planificarem os corpos de prova. Cada lixa foi
utilizada por um tempo de sessenta segundos.
Após lavagem abundante, os corpos de prova foram divididos em dois grupos: no Grupo
1 os espécimes foram tratados com gel clareador, Peróxido de Hidrogênio 7.5% (Clareador
Total Blanc Home – Nova DFL – Lote: 14121947) durante uma hora diariamente por quatro
semanas. A aplicação era feita, com a própria ponta aplicadora do produto, sobre a superfície
do espécime formando uma camada de gel de aproximadamente 1 mm de espessura. Após uma
hora, aspirava-se o gel com a cânula de aspiração e depois lavava-se a superfície com água da
seringa tríplice. No Grupo 2 , os espécimes foram tratados com gel clareador, Peróxido de
Hidrogênio 7.5% com cálcio (White Class com cálcio – FGM – Lote: 060715) seguindo o
mesmo protocolo do Grupo 1. Todos os corpos foram armazenados em água destilada.
A análise estrutural do esmalte dentário foi realizada por rugosímetro (SJ-201, Mitutoyo
Corporation, Tokyo, Japão), pertencente ao Laboratório Analítico de Biomateriais
Restauradores – LABiom-R, da Universidade Federal Fluminense. A ponta analisadora de
superfície foi calibrada para aferir a leitura dos corpos de prova com comprimento de 4mm e
"cut-off" de 0,25 mm. Esta ponta ativa de diamante mensura quantitativamente a rugosidade
superficial.
Na análise da rugosidade da superfície avalia-se superfície real em relação à superfície
geométrica ideal. Quando se mede a rugosidade, o aparelho mostrará o perfil composto da
rugosidade e das ondulações.
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Para a medição da rugosidade, esta deve ser separada da ondulação através da filtragem.
Um filtro de rugosidade separa o perfil de rugosidade dos demais desvios de forma. O
comprimento de onda do filtro, chamado de "cut-off", determina o que deve passar e o que não
deve passar. O sinal da rugosidade apresenta altas frequências (pequenos comprimentos de onda)
e as ondulações e demais erros de forma apresentam sinais com baixas frequências (altos
comprimentos de ondas).
Para cada amostra foram realizadas três leituras aleatórias da rugosidade superficial em
uma área demarcada de 4mm x 4mm na superfície de esmalte e a seguir, calculava-se a média.
O parâmetro utilizado para a obtenção da rugosidade superficial foi a rugosidade aritmética (Ra)
resultante da média (μm) de três leituras realizadas em todas as distâncias do perfil de
rugosidade.
Para a análise dos dados foi utilizado o teste de Análise de Variância (ANOVA) utilizando
o Windows Microsoft Excel, considerando significativos valores de p < 0,05 e, o teste de
tamanho do efeito de Cohen.
Este trabalho foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Serra
dos Órgãos sob o protocolo n° 1.146.244 e, estando de acordo com a Resolução 466/2012 do
Conselho Nacional de Saúde/MS, foi aprovado em 02/07/2015.
2.2. RESULTADO
Os dados encontrados de Ra, rugosidade média, antes e após a aplicação dos agentes
clareadores, foram analisados estatisticamente sendo utilizados o teste da Análise de Variância
(ANOVA) a dois critérios (tipo de gel e fase de avaliação – antes e pós tratamento),
considerando significativos valores de p < 0,05 e, o teste do tamanho do efeito de Cohen.
Os dados utilizados foram os valores descritos na tabela 1 como MI (Média Inicial) e MF
(Média Final) para cada espécime, ou seja, o valor de antes e depois da aplicação do agente
clareador para cada espécime.
A análise da variância sobre a alteração superficial de rugosidade não mostrou diferença
estatisticamente significante entre a rugosidade inicial e após o clareamento em ambos os
tratamentos. No entanto, mostrou diferença significante para a alteração de rugosidade
superficial entre os espécimes tratados com agente clareador sem cálcio e os tratados com
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agente clareador com cálcio. Este último promoveu menor alteração da rugosidade superficial
com valores significantes estatisticamente com p = 0,00023 para um p valor < 0,05 e F =
16,69701 para um F crítico de 4,11316.
Após a análise variância, foi realizada a avaliação do tamanho de efeito pelo Teste de
Cohen. Este, é uma estatística descritiva que serve como complemento ao teste de significância
estatística de modo a determinar o quanto a utilização do gel clareador com cálcio é mais
favorável que a utilização do gel clareador sem cálcio. O valor encontrado no teste de Cohen =
0,705491 permite afirmar a real significância clínica do agente clareador com cálcio.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados desta pesquisa, respaldados pela literatura revisada, demonstraram não
haver alteração estatisticamente significante na rugosidade superficial do esmalte dentário
humano quando comparado o antes e o pós clareamento. No entanto, há diferença
estatisticamente significante entre as rugosidades de superfície dos espécimes tratados com
peróxido de hidrogênio a 7,5% acrescido de cálcio e aqueles sem cálcio. Ocorre menor alteração
da rugosidade superficial do esmalte no grupo tratado com peróxido de hidrogênio a 7,5%
acrescido de cálcio. Esta diferença estatística também demonstrou ser uma diferença
clinicamente significante de modo que é viável a indicação deste agente clareador em
detrimento do peróxido de hidrogênio a 7,5% sem cálcio.
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