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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA ANÁLISE DE CONFIGURAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA PREDIAL DE APROVEITAMENTO DE ÁGUA PLUVIAL EM EDIFICAÇÕES DE UM CAMPUS UNIVERSITÁRIO ANDREIA CRISTINA FONSECA ALVES RENATA BENFICA LIMA E SILVA GOIÂNIA 2015

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL

CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA

ANÁLISE DE CONFIGURAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA PREDIAL DE

APROVEITAMENTO DE ÁGUA PLUVIAL EM EDIFICAÇÕES DE UM CAMPUS

UNIVERSITÁRIO

ANDREIA CRISTINA FONSECA ALVES

RENATA BENFICA LIMA E SILVA

GOIÂNIA

2015

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ANDREIA CRISTINA FONSECA ALVES RENATA BENFICA LIMA E SILVA

ANÁLISE DE CONFIGURAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA PREDIAL DE

APROVEITAMENTO DE ÁGUA PLUVIAL EM EDIFICAÇÕES DE UM CAMPUS

UNIVERSITÁRIO

Monografia apresentada ao Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Federal de Goiás para obtenção do título de Engenheiro Ambiental e Sanitarista.

Orientador: Prof. Dr. Marcus André Siqueira Campos

GOIÂNIA 2015

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos, primeiramente, à Deus pela vida e por ter iluminado nossa

trajetória, nos proporcionando força, coragem e sabedoria.

Agradecemos aos nossos familiares pelos ensinamentos, pelo apoio moral,

amoroso, financeiro e por acreditarem sempre em nós. Amamos vocês.

Agradecemos aos nossos amigos que, amorosamente, compreenderam nossas

ausências e mantiveram o carinho e amizade, mesmo à distância.

Agradecemos ao nosso orientador Prof. Dr. Marcus André pela oportunidade,

atenção, confiança, paciência, carinho e pelos ensinamentos ao longo deste ano.

Agradecemos a nossa colega de pesquisa, Engenheira Civil Gabriela Pacheco,

pela parceria ao longo deste trabalho.

Por fim, agradecemos à todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram não só

com o desenvolvimento deste trabalho, mas também com a nossa formação acadêmica.

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RESUMO

Os significativos impactos ambientais, ocasionados pela crescente urbanização, têm

incentivado a busca pelo uso racional dos recursos, assim como fontes alternativas de

consumo de água. Diante deste cenário, o aproveitamento de água pluvial se apresenta como

uma solução, podendo proporcionar a redução do escoamento de água na superfície e

possibilitando uma significativa economia de água potável. Contudo, a implantação destes

sistemas deve se mostrar viável e atrativa, economicamente, para o investidor. Assim, a

análise da qualidade econômica do investimento, deve ser realizada para demonstrar a opção

mais viável, possibilitando ganho ambiental e econômico. Logo, o dimensionamento do

reservatório de água pluvial é um ponto crucial desta análise, uma vez que é o componente

mais representativo, tanto do ponto de vista técnico quanto econômico. Dessa forma, o

presente trabalho visa analisar a viabilidade de um sistema de água pluvial para edificações

destinadas a atividades de ensino, a partir da avaliação de dois cenários de implantação para

três edificações de um campus universitário. O primeiro considera a implantação isolada em

cada uma das edificações e o outro seria um sistema coletivo para todas as três edificações.

Estes sistemas foram dimensionados a partir da ferramenta Netuno. Uma vez definido os

sistemas foram levantados custos e retornos econômicos obtidos com ele, possibilitando a

determinação do Valor Presente líquido de cada situação. Os resultados obtidos indicam que,

para as configurações analisadas, a solução de um sistema para as três edificações é o mais

viável, tanto do ponto de vista econômico como ambiental.

Palavras-chave: Sistemas prediais, qualidade de investimentos, aproveitamento de água

pluvial, dimensionamento de reservatórios.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1: Interface da ferramenta Netuno ......................................................................... 18

Figura 2.2: Exemplo de Fluxograma empregado para a determinação do VPL de um SPAAP

............................................................................................................................................ 20

Figura 31: Fluxograma da metodologia de pesquisa ............................................................ 25

Figura 4.1: Croqui de determinação do posicionamento do reservatório inferior – Cenário 2 ............................................................................................................................................ 32

Figura 4.2: Precipitação média anual do município de Jataí ................................................ 33

Figura 4.3: Porcentagem das demandas de água pluvial para cada edificação ................... 46

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LISTA DE TABELAS

Tabela 2.1: Frequência de manutenção.................................................................................15

Tabela 2.2: Estimativa da demanda de água pluvial para usos não potáveis em edifícios ...17

Tabela 3.1: Indicadores de consumo para edificação escolar................................................28

Tabela 4.1: Dados considerados na estimativa da demanda na edificação

Biomedicina............................................................................................................................ 34

Tabela 4.2: Dados considerados na estimativa da demanda na edificação da Fisioterapia............................................................................................................................. 35 Tabela 4.3: Dados considerados na estimativa da demanda na edificação da Medicina.......35

Tabela 4.4: Demanda diária de água pluvial da edificação Biomedicina.................................36

Tabela 4.5: Demanda diária de água pluvial da edificação Fisioterapia...................................36

Tabela 4.6: Demanda diária de água pluvial da edificação Medicina......................................36

Tabela 4.7: Demanda diária de água pluvial das três edificações do Cenário 2.....................37

Tabela 4.8: Dados de simulação do dimensionamento – Cenário 1.......................................37

Tabela 4.9: Simulação - Cenário 1..........................................................................................38

Tabela 4.10: Dados de simulação do dimensionamento – Cenário 2.....................................38

Tabela 4.11: Simulação – Cenário 2.......................................................................................38

Tabela 4.12: Dimensionamento de tubulações – Cenário 1...................................................39

Tabela 4.13: Dimensionamento de tubulações - Cenário 2....................................................39

Tabela 4.14: Dimensionamento da bomba – Cenário 1..........................................................39

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Tabela 4.15: Dimensionamento da bomba - Cenário 2...........................................................40

Tabela 4.16: Custos de instalação – Cenário 1 ....................................................................40

Tabela 4.17: Custos de manutenção e operação – Cenário 1 .............................................41

Tabela 4.18: Custos de instalação – Cenário 2 ....................................................................41

Tabela 4.19: Custos de manutenção e operação – Cenário 2 .............................................41

Tabela 4.20: Preços e reajustes da água para a categoria Pública........................................42

Tabela 4.21: Economia de água potável – Biomedicina.........................................................43

Tabela 4.22: Economia de água potável – Fisioterapia..........................................................43

Tabela 4.23: Economia de água potável – Medicina..............................................................44

Tabela 4.24: Economia de água potável – Cenário 2.............................................................44

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LISTA DE ABREVIATURAS

RAIN TOOLBOX Rainwater Harvesting Artificial Intelligence Toolbox

SPAAP Sistema Predial de Aproveitamento de Água Pluvial

TMA Taxa Mínima de Atratividade

VPL Valor Presente Líquido

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SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 ....................................................................................................................................... 11

INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 11

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA ....................................................................... 11

1.2 OBJETIVOS ............................................................................................................................. 13

CAPÍTULO 2 ....................................................................................................................................... 14

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................................ 14

2.1 SISTEMA PREDIAL DE APROVEITAMENTO DE ÁGUA PLUVIAL (SPAAP) ........... 14

2.2.1 Componentes do Sistema ............................................................................................ 14

2.2.2 Dimensionamento de reservatórios de SPAAP ..................................................... 16

2.2 AVALIAÇÃO ECONÔMICA .................................................................................................. 19

2.3 VIABILIDADE DO SPAAP ..................................................................................................... 21

CAPÍTULO 3 ....................................................................................................................................... 25

MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................................. 25

3.2 DEFINIÇÃO DO ESTUDO DE CASO .................................................................................. 26

3.3 DEFINIÇÃO DA ESTRUTURA DE IMPLANTAÇÃO ........................................................ 26

3.3.1 Cenários de Implantação .............................................................................................. 26

3.4 DIMENSIONAMENTO DOS SISTEMAS ............................................................................. 27

3.4.1 Oferta ................................................................................................................................. 27

3.4.2 Demanda ........................................................................................................................... 27

3.4.3 Dimensionamento do reservatório ............................................................................ 28

3.4.4 Dimensionamento da tubulação e bomba ............................................................... 29

3.5 CÁLCULO DA VIABILIDADE ECONÔMICA ..................................................................... 29

3.5.1 Determinação dos custos ............................................................................................ 29

3.5.2 Determinação das receitas .......................................................................................... 30

3.5.3 Cálculo do Valor Presente Líquido ............................................................................ 30

3.8 ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................................ 30

CAPÍTULO 4 ....................................................................................................................................... 31

RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................................... 31

4.1 ESTUDO DE CASO ................................................................................................................ 31

4.2 DESCRIÇÃO DOS CENÁRIOS DE IMPLANTAÇÃO ....................................................... 31

4.2.1 Cenário 1 – Sistema Individual ................................................................................... 31

4.2.2 Cenário 2 – Sistema Coletivo ...................................................................................... 32

4.3 DIMENSIONAMENTO DOS SISTEMAS ............................................................................. 33

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4.3.1 Oferta ................................................................................................................................. 33

4.3.2 Demanda ........................................................................................................................... 34

4.3.3 Dimensionamento dos reservatórios ........................................................................ 37

4.3.4 Dimensionamento da tubulação e bomba ............................................................... 38

4.4 CÁLCULO DA VIABILIDADE ............................................................................................... 40

4.4.1 Determinação dos custos ............................................................................................ 40

4.4.2 Determinação das receitas .......................................................................................... 42

4.4.3 Cálculo do Valor Presente Líquido ............................................................................ 44

4.5 ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................................ 45

CAPÍTULO 5 ....................................................................................................................................... 48

CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 48

REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 50

ANEXOS .............................................................................................................................................. 54

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CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO

Neste primeiro capítulo é apresentada a contextualização da temática deste

trabalho, bem como a justificativa do estudo, além do objetivo.

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA

A crescente urbanização provoca diversos problemas de caráter social, ambiental,

econômico e de uso e ocupação do solo. Os problemas de coleta e transporte de resíduos,

consumo de insumos naturais, poluição do ar, água e solo, entre outros, são exemplos de

impactos ambientais originados pela urbanização.

Nesse contexto, o equilíbrio de diversos sistemas ambientais é comprometido pelo

processo de urbanização. Um exemplo são as alterações no ciclo hidrológico natural, o qual

é afetado pelas externalidades oriundas deste processo. Segundo Tucci e Bertoni (2003,

p.12):

O ciclo hidrológico natural é constituído por diferentes processos físicos, químicos e biológicos. Quando o homem entra dentro deste sistema e se concentra no espaço, produz grandes alterações que modificam dramaticamente este ciclo e trazem consigo impactos significativos (muitas vezes de forma irreversível) no próprio homem e na natureza.

De acordo com Fritzen e Binda (2011), o ciclo hidrológico no meio urbano sofre

alterações devido a: impermeabilização do solo, remoção da vegetação, alterações

morfológicas na topografia, obras de engenharia nos canais fluviais e deposição irregular de

resíduos. Dentre estes, a impermeabilização e a retirada da cobertura vegetal são fatores

que influenciam diretamente as condições naturais de infiltração e drenagem superficial das

águas, acarretando problemas de inundações, assoreamento e erosão.

Segundo Tundisi (2003a) a redução e a apropriação dos recursos hídricos em

escala maior e mais rápida produz grandes alterações nos ciclos hidrológicos regionais como

a elevação da taxa de evaporação, desequilíbrios no balanço hídrico e a diminuição do volume

de rios e lagos.

Essas alterações ocasionam impactos diretos na qualidade de vida da população,

principalmente no que diz respeito ao abastecimento de água. Uma vez que ocorre o

impedimento ou a redução da infiltração, a recarga dos reservatórios subsuperficiais ficam

comprometidas, ocasionando a redução do volume de água necessário para a manutenção

da vida e dos ecossistemas.

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Além disso, o volume que infiltrava e, por vezes, ficava retido nas plantas, passa

a escoar na superfície ocasionando problemas como enchentes de áreas urbanas, bem como

a degradação da água devido ao carreamento de poluentes presentes na superfície,

requerendo investimentos em infraestruturas de micro e macrodrenagem.

Em outra esfera, o aumento da população, ocasionado pela urbanização, eleva a

demanda de água para o desenvolvimento das atividades socioeconômicas. De acordo com

Tundisi (2003b), à medida que a economia foi se tornando mais complexa e diversificada, os

recursos hídricos superficiais e subterrâneos foram ganhando variados usos. Além do

doméstico e pessoal, a água ganha uso considerável também em atividades como por

exemplo, agricultura, pecuária, indústria, recreação e turismo.

Rebouças (2001) afirma que a demanda de água no mundo aumenta mais

rapidamente do que a população, sob a pressão das mudanças dos hábitos de higiene e da

necessidade de se alcançar uma produtividade cada vez maior de alimentos e de produtos

industriais, principalmente.

Diante deste cenário, torna-se necessário a busca pelo uso racional dos recursos

naturais disponíveis assim como fontes alternativas de uso e consumo de água. No que diz

respeito ao abastecimento de água, o reuso e o aproveitamento de água pluvial tem se

tornado uma fonte alternativa de conservação de água. (SAUTCHUK et al., 2006).

Embora essas alternativas sejam, majoritariamente, para fins não potáveis

(lavagem de carros e pisos, descarga de bacias sanitárias, irrigação de jardins, etc),

proporcionam uma redução significativa no consumo de água potável proveniente do sistema

de abastecimento público acarretando uma economia considerável para o usuário

(MARINOSKI, 2007). Em diversos países, essa economia de água é usualmente superior a

30%, dependendo de diversos fatores como demanda, área de telhado e precipitação (LIMA

et al., 2011).

Os benefícios provenientes da captação e consumo de água pluvial são

significativos no que diz respeito ao escoamento superficial de água, uma vez que contribui

para a redução do volume de água pluvial que seria lançado na rede pública, funcionando

como uma medida estrutural de drenagem.

Diante das vantagens apresentadas, o aproveitamento de água pluvial se mostra

como uma forma de amenizar dois aspectos negativos da urbanização: escassez de água

para abastecimento e a drenagem urbana.

Apesar de ser uma prática usual, a garantia da qualidade desta água, o

dimensionamento adequado do reservatório, o tipo de edificação, tipo do material da

superfície de captação de água pluvial, o regime pluviométrico entre outros, são fatores

limitantes para a viabilidade de um sistema de aproveitamento de água pluvial (CAMPOS,

2004).

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De acordo com Maia e Minikowski (2009), o bom funcionamento de um sistema

de aproveitamento de água pluvial depende da quantidade de água que pode ser captada e

utilizada para o atendimento da demanda, sendo este atendimento função das características

pluviométricas da região, da área impermeável de captação e do volume do reservatório de

armazenamento.

Visto que o custo do reservatório pode variar de 50% a 85% do custo total de um

sistema de aproveitamento de água pluvial (TOMAZ, 2005), determinar o volume ótimo deste

reservatório é fundamental para viabilidade técnico- econômica da implantação de um

Sistema Predial de Aproveitamento de Água Pluvial (SPAAP). Entretanto, algumas situações

de projeto podem melhorar a qualidade do investimento.

1.2 OBJETIVOS

Este trabalho tem como objetivo geral a análise econômica de implantação de um

sistema de aproveitamento de água pluvial para edificações de um campus universitário

verificando a qualidade econômica a partir do comparativo entre diferentes configuração de

implantação.

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CAPÍTULO 2

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capítulo é apresentada uma revisão de literatura dos temas abordados no

trabalho. São apresentadas pesquisas referentes à avaliação econômica de investimentos,

algumas tipologias de sistemas de aproveitamento de água pluvial, os principais componentes

e equipamentos, dimensionamento e análise de viabilidade destes sistemas.

2.1 SISTEMA PREDIAL DE APROVEITAMENTO DE ÁGUA PLUVIAL (SPAAP)

Nesta seção são apresentados os elementos que compõem um SPAAP. Além

disso também serão discutidos os métodos aplicados no dimensionamento de reservatórios

deste sistema.

2.2.1 Componentes do Sistema

A composição de um sistema de captação e aproveitamento de água pluvial

relaciona-se, dentre alguns fatores, com os recursos disponíveis para implantação do sistema

e com a finalidade de uso da água. Pode se dividir o sistema nos seguintes elementos:

reservatório, elementos de transporte e elementos de tratamento. São elementos de

transporte as calhas, condutores horizontais e condutores verticais. (HERNANDES;

CAMPOS; AMORIM, 2004).

Os elementos de tratamento são implantados no SPAAP com o objetivo de facilitar

a operação e manutenção do sistema e/ou aprimorar a qualidade da água obtida. São eles:

filtros, freios de água, bombas, esterilizadores, válvula de descarte do primeiro fluxo de chuva,

entre outros (CAMPOS; ILHA; GRANJA, 2007).

Para Campos e Amorim (2004), a área de captação é um ponto crítico do ponto

de vista quantitativo e qualitativo. Sob o primeiro ponto de vista, influencia na quantidade

possível de água a ser captada, sendo este um fator crucial para um dimensionamento correto

do sistema.

Já para aspectos qualitativos, a área de captação é um ponto crítico devido

possíveis contaminações que pode ocorrer no sistema tanto devido ao próprio material

constituinte desta área, quanto devido a sua exposição a poluentes, comprometendo a

qualidade da água captada.

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Outro ponto crítico é a contaminação que pode ocorrer devido ao próprio material

constituinte desta área e, também, devido a exposição da área a poluentes, comprometendo

a qualidade da água captada.

A coleta de água pluvial pode ser feita por meio de superfícies impermeabilizadas

como pisos pavimentados, que apresentam uma grande quantidade possível de captação

(MAY, 2004). Entretanto, os telhados destacam-se como o tipo principal de captação no uso

residencial já que a NBR 15527 (2007) restringe-se ao uso de coberturas como áreas de

captação.

Vale ressaltar que a realização de manutenção e limpeza dos elementos de

transporte reduz riscos de contaminação da água pluvial. De acordo com a NBR 15527

(ABNT, 2007) a manutenção em todo sistema de aproveitamento de água pluvial deve ocorrer

frequentemente de acordo com a Tabela 2.1.

Tabela 2.1: Frequência de Manutenção. Fonte: ABNT, 2007

Componente Frequência de manutenção

Dispositivo de descarte de detritos Inspeção mensal

Limpeza trimestral

Dispositivo de descarte de escoamento inicial Limpeza mensal

Calhas, condutores verticais e horizontais Semestral

Dispositivo de desinfecção Mensal

Bombas Mensal

Reservatório Limpeza e desinfecção anual

Segundo Campos (2004), o que determina a eficiência destes elementos é o

dimensionamento adequado seguindo a NBR 10844 (ABNT, 1989) que dispõe sobre

Instalações prediais de águas pluviais, permitindo reduzir riscos na perda de água por

extravasamento. Além do dimensionamento adequado, a manutenção constante é outro fator

que contribui com a eficiência do sistema, pois além de reduzir riscos de contaminação, reduz

entupimentos, contribuindo com a melhor qualidade da água captada.

De acordo com Annecchini (2005), o reservatório é o componente mais oneroso

do sistema e seu custo varia de acordo com o tipo e a dimensão do mesmo e devem ser

construídos com material inerte, evitando assim uma possível contaminação da água

armazenada. Podem ser construídos com materiais como plásticos, fibra de vidro, concreto,

argamassa armada, alvenaria, madeira, ferro galvanizado entre outros. Além de ser

determinante no custo do sistema, o material empregado no projeto de reservatórios é

importante por assegurar uma qualidade mínima da água captada, garantindo assim a

eficiência do mesmo (UNEP, 2002).

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Os reservatórios de água pluvial devem ser construídos com material inerte,

evitando assim uma possível contaminação da água armazenada. Podem ser construídos

com materiais como plásticos, fibra de vidro, concreto, argamassa armada, alvenaria,

madeira, ferro galvanizado entre outros. Além de ser determinante no custo do sistema, o

material empregado no projeto de reservatórios é importante por assegurar uma qualidade

mínima da água captada, garantindo assim a eficiência do mesmo (UNEP, 2002).

2.2.2 Dimensionamento de reservatórios de SPAAP

Um ponto crucial a ser considerado na implantação de um Sistema Predial de

Aproveitamento de Água Pluvial é o dimensionamento do reservatório, por ser o componente

mais representativo, tanto do ponto de vista técnico como econômico (CAMPOS, 2012). Além

disso, segundo Rupp, Munarim e Ghisi (2011), é o principal fator de influência na

confiabilidade do sistema, ou seja, desempenha um papel importante em evitar ocorrências

em que a quantidade de água no reservatório é insuficiente para atender à demanda.

O dimensionamento deve buscar a obtenção de um volume otimizado que atenda

às necessidades de demanda e que considere a relação custo/benefício. Uma vez que o

reservatório seja superdimensionado acarretará maiores gastos de implantação e

manutenção do sistema e requerendo maior área no terreno. Caso seja subdimensionado, o

sistema não suprirá adequadamente a demanda estimada, tornando o sistema tecnicamente

inviável (ANNECCHINI, 2005; AMORIM; PEREIRA, 2008).

Dessa forma, o dimensionamento de um reservatório depende de fatores como:

demanda de água pluvial, áreas de captação, precipitação pluviométrica e custos totais de

implantação (BRAGA, 2008).

A demanda de água pluvial está relacionada com a utilização que será feita da

água captada. De acordo com a NBR 15527 (ABNT,2007), que dispõe sobre o aproveitamento

de água pluvial de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis, a água captada pode

admitir usos como: descargas em bacias sanitárias, irrigação de gramados e plantas

ornamentais, lavagem de veículos, limpeza de calçadas e ruas, limpeza de pátios, espelhos

d’água e usos industriais.

Campos (2012) estima a demanda para uso não potável interno e externo que

pode ser suprida por água pluvial, de acordo com a Tabela 2.2.

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Tabela 2.2: Estimativa da demanda de água pluvial para usos não potáveis em edifícios.

Fonte: Campos (2012)

Uso de água potável Volume Frequência de uso/ realização da

atividade

Descarga de bacias sanitárias

- 6,8 L/descarga (bacias com volume único); - Até 4,5 e 6,8 L/descarga (bacias de duplo

acionamento)

- Residencial: 5 a 8 usos/ pessoa.dia; - Comercial: 3 usos/ pessoa.dia

Lavagem de pisos 1 a 2 L/m² Residencial: 1 lavagem/ semana

Irrigação de jardins 1 a 2 L/m² Residencial: 1 irrigação a cada 2 dias,

dependendo da época do ano.

Os métodos empregados para o dimensionamento de reservatórios para o

aproveitamento de água pluvial, os quais variam em complexidade e grau de sofisticação,

podem ser classificados, de acordo com o cálculo, em métodos gráficos, métodos práticos,

métodos baseados no diagrama de massas, métodos de simulação (LIAW; TSAI, 2004).

Quanto à utilização dos dados e apresentação dos resultados, podem ser

estocásticos e determinísticos. Os métodos estocásticos utilizam o cálculo da probabilidade

de ocorrer falha em um dado evento; os métodos determinísticos abordam os resultados de

forma única, baseados em séries históricas (BRAGA, 2008). Dentre os métodos

determinísticos podem ser citados, o método de Rippl, método Azevedo Neto, método prático

inglês e o método prático australiano, estes sugeridos pela NBR 15527 (ABNT, 2007).

De acordo com Campos (2012), para sistemas prediais de aproveitamento de

água de chuva, no Brasil tem-se utilizado com maior frequência o método baseado no

diagrama de massas, mais especificamente o método de Rippl. Entretanto, Ghisi, Tavares e

Rocha (2009) relatam que tal método resulta em reservatórios superdimensionados, por ser

um método indicado para regularização de vazão em rios.

Atualmente foram desenvolvidos programas computacionais para o

dimensionamento do reservatório. Dentre os modelos computacionais utilizados para o

dimensionamento de reservatório de SPAAP, Campos (2012) descreve o processo teórico

referente à ferramenta Rainwater Ravesting Artificial Intelligence Toolbox (Rain Toolbox) que

determina o volume de armazenamento de sistemas de captação de água pluvial em função

da otimização da função do VPL.

A ferramenta proposta apresenta uma técnica de otimização denominada Particle

Swarm Optimization (“otimização por enxame de partículas”), possibilitando a maximização

do valor presente líquido do investimento para a construção do reservatório do sistema de

aproveitamento de água pluvial, complementando a análise do seu comportamento em

relação à demanda e oferta de água pluvial. Além disso, devido a sua flexibilidade e

modelagem aberta, a ferramenta possibilita a inserção de outras variáveis importantes para

avaliar a qualidade de investimentos em sistemas de aproveitamento de água pluvial.

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Análise de configurações para implantação de um Sistema Predial de Aproveitamento de Água Pluvial... 18

A. C. F. ALVES; R. B. L. SILVA

Ghisi, Tavares e Rocha (2009) propõem o programa computacional denominado

Netuno, onde a partir da demanda de água potável, que pode ser fixa ou variável ao longo do

tempo, estima-se a porcentagem de água potável a ser substituída por água pluvial. Em

seguida, com a entrada dos dados pluviométricos e da área de captação, o programa

determina o volume do reservatório, em função da diferença de potencial de economia de

água potável.

O algoritmo desta ferramenta considera dados diários de precipitação e demanda,

que são inseridos no programa por meio de um arquivo externo no formato CSV (Valores

Separados por Vírgulas) e de vetor-coluna, ou seja, um dado por linha. Após inserido o vetor

com os dados de precipitação, o número de registros é preenchido automaticamente de

acordo com a quantidade de dados de precipitação existente no arquivo. Em seguida, insere-

se a data de início da série pluviométrica e o descarte da precipitação inicial. A Figura 2.1

apresenta a interface da ferramenta com as entradas de dados.

Figura 2.1: Interface da ferramenta Netuno. Fonte: Ghisi e Cordova (2014).

O resultado da simulação, para este caso, será um gráfico de potencial de

economia de água potável em função dos diversos volumes do reservatório inferior. Além

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Análise de configurações para implantação de um Sistema Predial de Aproveitamento de Água Pluvial... 19

A. C. F. ALVES; R. B. L. SILVA

disso é possível também gerar gráficos de consumo de água pluvial, volume extravasado e

atendimento da demanda de água pluvial.

2.2 AVALIAÇÃO ECONÔMICA

A tomada de decisão sobre um determinado investimento necessita, sobretudo,

da análise da qualidade econômica do mesmo. Dessa forma, é necessário compreender este

conceito e as variáveis que o delimitam para que seja possível determinar o real potencial de

retorno do investimento.

Os métodos mais comuns para avaliação econômica analisam a relação custo

benefício de um investimento e são baseados no fluxo de caixa descontado, tais como: o

Método do Valor Presente Líquido, o Método da taxa interna de retorno e o payback

(CAMPOS, 2012).

A valoração do dinheiro ao longo do tempo é a base para a metodologia do fluxo

de caixa descontado, onde é considerada a somatória de todos os valores de entrada e saída

de um investimento. De acordo com Kassai et al. (2000), no Fluxo de Caixa Descontado, os

valores encontram-se todos descontados para a data presente por meio de uma taxa de

desconto definida para o investimento. Geralmente, esta é a Taxa Mínima de Atratividade

(TMA) para o investimento, ou seja, é a taxa de juros referente à rentabilidade mínima

aceitável de qualquer aplicação financeira (HAUSER, 2005).

Na Figura 2.2, exemplifica-se um fluxo de caixa de um investimento em um

sistema de aproveitamento de água pluvial, utilizado em Campos (2012). Observa-se neste

fluxo de caixa:

investimento inicial;

saídas: custos de manutenção mensais, bimestrais, semestrais e anuais;

entradas: economias, em termos mensais, geradas pelo consumo de água

pluvial na edificação.

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Análise de configurações para implantação de um Sistema Predial de Aproveitamento de Água Pluvial... 20

A. C. F. ALVES; R. B. L. SILVA

Figura 2.2: Exemplo de Fluxograma empregado para a determinação do VPL de um SPAAP

. E–Entrada mensal – proveniente da economia na conta d´água; n = número de meses da vida útil, i = tarifa de

reajuste. Fonte: Campos (2012).

No Método do Valor Presente Líquido todos os valores de fluxo de caixa sejam de

entrada, saída e saldo são trazidos para uma única data, descontando a TMA (GREER;

KOLBE, 2003). Para o cálculo do Valor Presente Líquido (VPL), utiliza-se a seguinte equação:

VPL= ∑ Fn × n0 (1+i)

-n (2.1)

Onde:

Fn – entrada ou saída do fluxo de caixa no instante “n”;

i – taxa de desconto, que será igual a Taxa Mínima de Atratividade

n – número de meses da vida útil.

Van Groenendall (1998) considera o Método do Valor Presente Líquido como um

dos principais indicadores para a tomada de decisões, sendo, em princípio, atendido o critério

de viabilidade econômico-financeira quando o VPL é positivo, o que sugere que as entradas

de capital no fluxo de caixa são superiores às saídas.

Para Oliveira (1982) a taxa interna de retorno de um projeto é a taxa de juros para

a qual o valor presente das receitas torna-se igual ao dos desembolsos. Deverá ser utilizada

para que os valores presentes de entrada e saída de um determinado fluxo se igualem. Dessa

forma, para que um investimento se torne viável a taxa interna de retorno deve ser maior que

a taxa mínima de atratividade.

Outro método de avaliação econômica é o payback, que de acordo com Abensur

(2012), determina o tempo necessário ou o prazo de retorno para recuperar os recursos

investidos em um período. Neste método, o investimento se apresenta viável quando o

payback é inferior ao tempo limite estabelecido pelo investidor.

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Análise de configurações para implantação de um Sistema Predial de Aproveitamento de Água Pluvial... 21

A. C. F. ALVES; R. B. L. SILVA

Embora o cálculo do payback seja simples e rápido, este não considera o valor do

dinheiro no tempo. Monteiro (2003) argumenta que está deficiência neste método pode ser

amenizada por meio do cálculo do payback atualizado, que considera o espaço de tempo

entre o início de projeto e o momento quando os fluxos de caixa trazidos a valor presente

tornam-se positivos, ou seja, considerando os fluxos de caixa descontados do investimento.

Para avaliação da qualidade econômica de investimentos deve-se buscar a

metodologia que apresente simplicidade na obtenção de dados e que apresente um resultado

possível de comparação. Assim, dentre os métodos apresentados anteriormente o do VPL se

torna o mais aplicável para esta avaliação requerida neste trabalho. Ainda de acordo com

Monteiro (2003) as principais vantagens de utilização deste método são: utiliza o fluxo de

caixa descontado, reconhece o valor do dinheiro no tempo e possibilita a comparação entre

dois projetos de investimentos.

2.3 VIABILIDADE DO SPAAP

O estudo de viabilidade econômico-financeira visa caracterizar um

empreendimento que proporcione um lucro aos investidores ao final do negócio, buscando

evitar saldos negativos e proporcionando, consequentemente, um fluxo de caixa positivo em

qualquer momento do empreendimento. No entanto, além de aspectos econômicos e

financeiros esta análise deve considerar também os fatores técnicos que influenciam na

qualidade dos indicadores do resultado final do empreendimento (SILVA, 1995).

O volume do reservatório, a demanda de água pluvial, a área de captação, o

reajuste tarifário, o regime pluviométrico e a qualidade da água captada, que interfere no custo

de tratamento, são fatores técnicos inerentes ao SPAAP e que devem ser considerados na

análise de viabilidade. Além disso, a análise deve avaliar também a qualidade da água

armazenada. Assim, diversos estudos foram realizados observando a sensibilidade destes

fatores.

Campos e Amorim (2005) analisaram o custo de implantação de um sistema de

aproveitamento de água pluvial para uma edificação residencial multifamiliar na cidade de São

Carlos. A área de captação utilizada foi o telhado, possuindo um total de 630 m². O volume

total útil da cisterna era de 14,5 m³, sendo que deste total, 9 m³ são para armazenamento,

1m³ para o reservatório superior e os outros 4,5 m³ restantes funcionarão como combate a

enchentes.

A demanda mensal de água não potável para esta edificação foi estimada em 7,27

m³ /mês. Em relação aos benefícios obtidos, estima-se que o edifício sem o aproveitamento

consuma cerca de 798 m³/mês de água potável. Com a implantação do sistema, haverá uma

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Análise de configurações para implantação de um Sistema Predial de Aproveitamento de Água Pluvial... 22

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redução de 7,3 m³ por mês da demanda potável, contribuindo para uma redução de R$ 37,41

na conta do condomínio. Com a amortização deste valor, à taxa de 1% mensal, na quantia

teoricamente investida, ter-se-ia um payback atualizado em torno de 10 anos e 6 meses, o

que pode ser desinteressante para alguns investidores, uma vez que sistemas como este tem

tido vida útil em torno de 20 anos (CAMPOS, 2012).

Contudo, a análise de viabilidade não deve ser realizada considerando apenas

esta variável, visto que o payback atualizado, além de não mensurar a qualidade econômica

do investimento, apresenta apenas uma análise superficial do investimento. Visando

aprimorar a confiabilidade dessa análise, diversos estudos foram realizados considerando

também as variáveis técnicas como o volume do reservatório, a demanda e o reajuste tarifário

de água.

Campos et al. (2007) realizaram um estudo da implantação de um SPAAP para

uma edificação residencial multifamiliar no município de Campinas, com demanda mensal de

7,5 m³. Para a avaliação econômica foi considerando o payback atualizado, o VPL e a TIR. A

avaliação da viabilidade econômica foi efetuada considerando-se os seguintes cenários: três

volumes de cisterna (5, 10 ou 15 m³), as tarifas mínimas, médias e máximas observadas entre

o ano de 2001 e 2006 e dois períodos para a vida útil do sistema: 10 anos e 20 anos.

Nesse estudo, observou-se que para a grande maioria dos cenários, o

investimento não foi atrativo, quer seja pela análise do VPL como da TIR, com exceção da

situação em que o aumento anual seria de 19,71% e vida útil do sistema de 20 anos.

Nota-se que a incorporação de mais variáveis nesta análise proporciona uma

avaliação mais completa do sistema quando se estabelece cenários variáveis de acordo com

o tempo de vida útil, os reajustes tarifários e o volume do reservatório, obtém-se diferentes

valores de VPL e TIR que permitem a escolha do cenário mais atrativo ou a decisão por não

realizar o investimento.

O estudo de Morales-Pinzón et al. (2014) analisa a viabilidade econômica de

substituir água potável por água pluvial em máquinas de lavar roupas em Portugal. Como

objeto de estudo, analisaram algumas cidades, incorporando diversas variáveis e diferentes

escalas urbanas, sendo: duas casas individuais, grupo de oito casas individuais, apartamento

de um edifício e grupo de apartamentos. O dimensionamento do reservatório incorporou

variáveis como a precipitação, a área de captação, a demanda e também o tipo de telhado da

área de captação e para a análise de viabilidade foi considerada uma vida útil do sistema de

50 anos

Para a avaliação econômica, os autores consideraram o VPL, o Retorno do

Investimento, a Relação Custo-Benefício e o payback. Considerou-se uma taxa de desconto

de 5% e uma inflação anual para os preços da água, energia e custos de 3%. Neste estudo

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Análise de configurações para implantação de um Sistema Predial de Aproveitamento de Água Pluvial... 23

A. C. F. ALVES; R. B. L. SILVA

considerou-se ainda que os custos de manutenção e operação eram de 2% em relação ao

investimento inicial e foi aplicado durante 5 anos (MORALES-PINZÓN, 2014).

Dessa forma, cidades como Toledo, que apresenta baixa precipitação anual e

baixos preços de água, apresentaram VPL negativo para o grupo de casas individuais. Os

melhores resultados foram obtidos para a implantação em grupos de apartamentos onde a

precipitação variava de 400 a 700 mm/ano e o reajuste tarifário da água era maior que 5%.

Neste caso, o VPL variou de 29300 a 50400 euros com um período de retorno de,

aproximadamente, 6 anos.

Yoshino et al. (2013) analisaram um estudo da implantação de um SPAAP em

banheiros coletivos da Universidade Federal do Pará, um no campus I e outros no campus II

da universidade, ambos localizados no município de Belém – PA.

Para avaliação econômica do foi considerado payback descontado e o VPL. A

avaliação foi efetuada considerando uma área de captação igual a 253,82 m², referente a área

de telhado e igual para os dois banheiros, demanda mensal de 157,25 m³ para o banheiro do

campus I e 254,5 m³ para o banheiro do campus II, precipitação média anual de

aproximadamente 2970 mm, custos de energia para funcionamento do sistema, taxa mínima

de atratividade igual a 13,28% ao ano, sendo está o valor adotado referente soma da

remuneração sobre o capital e o custo de oportunidade. O período de vida útil do sistema em

estudo foi de 20 anos.

O dimensionamento do reservatório resultou em um volume de 123 m³ tanto para

o campus I, quanto para o campus II, capazes de atender a demanda dos banheiros.

Entretanto, para este estudo foi adotado uma confiabilidade do sistema igual 75% o que

resultou em reservatórios de 70 m³. A confiabilidade adotada indica que o sistema foi

considerado tolerável, com probabilidade de falha de apenas 25%.

Utilizando o volume de 70 m³ para os reservatórios, foi possível atender 38,88%

da demanda do campus I e 16,53% da demanda do campus II, representando uma economia

no consumo de água potável de 28,80% no banheiro coletivo do campus I e 15,24% no

banheiro coletivo do campus II.

Entretanto, ao analisar os aspectos econômicos o investimento não se mostrou

atrativo levando em conta o período de retorno do sistema para um tempo de vida útil de 20

anos. Para o campus I o SPAAP apresentou um VPL de – R$ 36.562,13 e o do campus II um

VPL de – R$ 39.096,14.

Silva, Sousa e Carvalho (2015) realizaram um estudo em Portugal nas cidades de

Porto e Almada com o intuito de analisar a viabilidade da implantação de um SPAAP em

residências unifamiliares. O sistema abasteceria apenas usos não potáveis como descargas

de bacias sanitárias, lavagem de piso e irrigação de jardins. Além disso, observaram a

sensibilidade de

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Análise de configurações para implantação de um Sistema Predial de Aproveitamento de Água Pluvial... 24

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variáveis como precipitação e o volume do reservatório frente à economia de água e o

payback.

Em relação à área de captação, os autores adotaram três valores diferentes

(A = 78,6 m², B = 103,4 m² C = 131,4 m²) para analisar a influência deste parâmetro frente

às demais variáveis. Para a análise de custos, foram considerados custos de instalação,

bombeamento e o custo do reservatório, incorporando a esta análise as taxas de água. O

volume do reservatório foi definido com base na disponibilidade de mercado, objetivando

determinar o mínimo período de retorno e não foi estabelecido um critério de

dimensionamento.

A eficiência do sistema foi analisada considerando a relação água captada x água

da chuva disponível. O estudo demonstra que este indicador aumenta com a capacidade do

reservatório e diminui com a área de coleta, sendo este resultado aceitável, uma vez que, o

aumento da área de coleta proporciona maiores derramamentos da água da chuva disponível

para coleta. Por outro lado, o aumento da área de captação e do volume do reservatório

culminam em maiores poupança de água.

Em outro aspecto, observou-se que, em Almada, o período de retorno é maior

quando comparado a Porto. Os autores demonstram que, o payback está diretamente ligado

com os valores de taxa de água, já que em Almada estes são menores. Dessa forma, a análise

de sensibilidade mostrou que, para as cidades analisadas, um aumento de 50% nas taxas de

água levam a uma diminuição de 35% do período de retorno.

Diante do exposto, a viabilidade econômica do sistema de aproveitamento de

água pluvial é uma análise pontual e, segundo Dornelles (2012) é obtida especificamente para

cada local de aproveitamento, para as características particulares do sistema e deve-se evitar

a generalização de resultados pontuais para regiões ou outros países. Dessa forma, as

metodologias de análise de viabilidade não excluem a avaliação específica para cada cenário

com variáveis e resultados bem definidos.

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CAPÍTULO 3

MATERIAL E MÉTODOS

Neste capítulo são apresentados os procedimentos e análises necessárias para o

cumprimento do objetivo deste trabalho. A metodologia foi dividida nas etapas demonstradas

na Figura 3.1.

Figura 3.1: Fluxograma da metodologia de pesquisa.

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Análise de configurações para implantação de um Sistema Predial de Aproveitamento de Água Pluvial... 26

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3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Nesta etapa foi realizada a revisão de literatura para compreensão do conteúdo

deste trabalho por meio do levantamento de estudos e pesquisas que abordam a temática do

aproveitamento de água pluvial como alternativa de investimento. O conteúdo teórico,

referente ao dimensionamento do reservatório de água pluvial e as variáveis intrínsecas a

este processo, foi embasado pela metodologia proposta por Rocha (2014). Dessa forma, por

meio da determinação de parâmetros e métodos de análise de viabilidade, o produto desta

etapa foi a determinação de um modelo de dimensionamento do reservatório, as variáveis

inerentes à análise de viabilidade e influência da configuração do sistema na viabilidade de

um investimento.

3.2 DEFINIÇÃO DO ESTUDO DE CASO

O estudo de caso deste trabalho analisou a viabilidade econômica de implantação

de um SPAAP para usos não potáveis. Seguindo a linha de pesquisa proposta por Campos

(2012), a área de estudo abordou edificações da Universidade Federal de Goiás, localizadas

em Jataí, no campus Jatobá. Para a escolha dos prédios, levou-se em consideração os

seguintes critérios:

Disponibilidade de informações – foram escolhidas as edificações que

dispunham de projetos arquitetônicos, estruturais e hidráulicos de livre acesso. Além

disso, estas edificações apresentaram possibilidade de desmembramento para a

implantação do SPAAP.

Viabilidade técnica – as edificações escolhidas apresentaram uma

oferta de água capaz de atender ao perfil de consumo e condições de aproveitamento

de água de chuva adequadas ao uso de água não potável.

3.3 DEFINIÇÃO DA ESTRUTURA DE IMPLANTAÇÃO

Nesta etapa foram definidos os cenários de implantação e o posicionamento dos

reservatórios.

3.3.1 Cenários de Implantação

A implantação do SPAAP foi definida para dois cenários:

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Análise de configurações para implantação de um Sistema Predial de Aproveitamento de Água Pluvial... 27

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Cenário 1 - Sistema Individual

Neste cenário, os prédios de aula escolhidos apresentarão reservatórios de água

pluvial individualizados. Ou seja, cada edificação será abastecida por seu próprio reservatório.

Cenário 2 - Sistema Coletivo

Neste cenário, a demanda de água pluvial de todos os prédios será suprida por

um único reservatório coletivo inferior.

3.3.2 Posicionamento dos reservatórios

A localização dos reservatórios (individuais e coletivo) levou em consideração a

topografia e o menor gasto com tubulações.

3.4 DIMENSIONAMENTO DOS SISTEMAS

3.4.1 Oferta

Para a estimativa da oferta foi feita uma análise das características do regime

pluviométrico da área de estudo. As séries pluviométricas foram de 20 anos com dados

diários, obtidas por meio do banco de dados do Sistema de Monitoramento Agrometeorológico

(AGRITEMPO, 2015). Foram avaliadas nestas séries as médias diárias mensais, dias de

estiagem e frequência de ocorrência.

3.4.2 Demanda

Para ambos os cenários, a demanda de água não potável é variável ao longo dos

meses e foi estimada a partir das seguintes variáveis:

- Determinação da área de captação de água pluvial: foi obtida conforme as

diretrizes da NBR 10844 (ABNT, 1989).

- Quantificação dos usuários: para contabilizar os usuários foram considerados

apenas a quantidade de alunos que frequentam cada edificação, visto que a unidade de

medida do indicador de consumo referente à descarga de bacias sanitárias é medida em

descarga/aluno/dia. O levantamento do número de alunos foi obtido através da quantificação

estimada de alunos por m² de área. No Cenário 2, os usuários correspondem à soma dos

alunos de cada um dos prédios.

- Determinação da frequência de uso: foi determinada a partir de indicadores

correspondentes à tipologia da edificação, apresentados na Tabela 3.1.

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Análise de configurações para implantação de um Sistema Predial de Aproveitamento de Água Pluvial... 28

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Tabela 3.1: Indicadores de consumo para edificação escolar. Fonte: Campos (2012).

Indicadores para demanda diária de água para os usos considerados

Descarga de bacia sanitária: 0,9 descarga/aluno/dia, com volume total de 6,8 L/descarga;

Irrigação de jardim: 1L/m² 3 vezes por semana; Lavagem de pisos: 0,5 L/m² com pano e balde de segunda a sexta e

1,0 L/m² com balde e rodo aos sábados.

- Levantamento da demanda de água não potável: após definir que os usos não

potáveis seriam referentes a irrigação de jardim, lavagem de pisos e descarga de bacia

sanitária, levantou-se o volume de água pluvial a ser consumido, cujos valores foram obtidos

a partir de indicadores de consumo. O cálculo da demanda corresponde à soma diária do

volume necessário para suprir todos os usos considerados. No Cenário 1, o cálculo da

demanda foi feito para cada edificação, separadamente. No Cenário 2, a demanda

corresponde à soma das demandas do Cenário 1.

3.4.3 Dimensionamento do reservatório

Para o dimensionamento do reservatório de água pluvial de ambos os cenários

utilizou-se a ferramenta Netuno e alguns dos dados de entrada estão descritos a seguir:

- Precipitação diária média da série pluviométrica: os dados foram inseridos no

programa por meio de um arquivo externo no formato CSV (Valores Separados por Vírgulas)

e de vetor-coluna, ou seja, um dado por linha. Após inserir o vetor com os dados de

precipitação, o número de registros foi preenchido automaticamente de acordo com a

quantidade de dados de precipitação existente no arquivo.

- Data de início da série: data do primeiro dia do ano de início da série.

- Descarte inicial de precipitação: foi definido 1 mm.

- Área de captação: foram inseridos os valores correspondentes às áreas de

captação de cada cenário.

- Demanda total de água: correspondeu apenas à demanda de água para usos

não potáveis.

- Percentual da demanda total a ser substituída por água pluvial: representou a

porcentagem da demanda de água que deseja-se suprir por água pluvial.

- Coeficiente de escoamento superficial: representou o percentual do volume total

de precipitação que é coletado pelo sistema de água pluvial, desconsiderando as perdas por

absorção e evaporação ao atingir a superfície de captação.

- Determinação do volume do reservatório superior: correspondeu a 40% da

demanda diária máxima.

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- Determinação da tipologia e o intervalo da simulação do reservatório inferior: foi

escolhida a tipologia de simulação para reservatórios com diversos volumes; e o intervalo de

simulação foi definido aleatoriamente.

No Cenário 2, as entradas de dados do Netuno foram as mesmas do Cenário 1,

com exceção da área de captação e demanda total de água, cujos dados referem-se à soma

dos valores do Cenário 1.

3.4.4 Dimensionamento da tubulação e bomba

Nesta etapa, foram definidas 4 categorias de tubulações para serem

dimensionadas:

- Subsistema de coleta de água pluvial: condutores verticais, calhas e condutores

horizontais.

- Subsistema de alimentação do reservatório superior: coluna de recalque.

- Subsistema de distribuição de água não potável: barrilete, ramal e coluna de

distribuição

Para o dimensionamento das bombas, no Cenário 1, foram calculadas as alturas

manométricas e vazão de recalque, para cada edificação. No Cenário 2, foi considerado o

maior valor de altura manométrica entre as três edificações e a vazão correspondeu à soma

das vazões de recalque do Cenário 1. A potência da bomba foi obtido por meio de ábacos

que correlacionavam essas duas variáveis.

3.5 CÁLCULO DA VIABILIDADE ECONÔMICA

3.5.1 Determinação dos custos

Nesta etapa, foi realizado o levantamento dos custos de instalação e manutenção,

visando a determinação da função custo do SPAAP. A descrição dos serviços e materiais foi

baseada nas planilhas orçamentárias dos projetos realizados pelo CEGEF.

Levantou-se os custos referentes à mão de obra, material e custos de operação e

manutenção, cujos valores de referência foram os catálogos de composições oneradas do

Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI,2015), da

Agência Goiana de Transportes e Obras (AGETOP,2014) ou obtidos por meio de cotação.

Também foi determinada a periodicidade de manutenção do sistema.

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Análise de configurações para implantação de um Sistema Predial de Aproveitamento de Água Pluvial... 30

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3.5.2 Determinação das receitas

A determinação das receitas do investimento foi realizada considerando as

economias geradas pela redução do consumo de água potável através da substituição desta

por água pluvial.

O valor da redução do consumo de água potável foi obtido pela porcentagem de

substituição desta por água pluvial obtida na utilização do programa Netuno, considerando a

tipologia da edificação e a faixa de consumo, descontando as tarifas de esgoto e afastamento.

Ao multiplicar este valor pela tarifa da concessionária de água e esgoto, SANEAGO, obteve-

se a receita mensal do sistema. Vale salientar que considerou-se que a tarifa de água sofrerá

reajustes idênticos aos praticados pela SANEAGO nos últimos 20 anos.

3.5.3 Cálculo do Valor Presente Líquido

O cálculo do VPL foi feito a partir do fluxo de caixa descontado, onde as entradas

e saídas foram trazidas para o momento inicial do investimento, descontando a Taxa Mínima

de Atratividade obtida conforme apresentada na revisão de literatura sugerida por Campos

(2012). Considerou-se no cálculo:

- Investimento inicial;

- Saídas: custos de manutenção mensais, bimestrais, semestrais e anuais;

- Entradas: economias, em termos mensais, geradas pelo consumo de água

pluvial na edificação.

Para a construção do fluxo de caixa, a duração do projeto levou em consideração

o tempo de vida útil do reservatório, que foi determinado de acordo com a NBR 15575 (ABNT,

2010), após a definição do material do reservatório.

3.8 ANÁLISE DOS RESULTADOS

A partir dos resultados foi feita a comparação do VPL obtido para cada cenário

analisado, com o intuito de verificar a influência da configuração, individual ou coletiva, na

viabilidade de implantação do sistema.

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CAPÍTULO 4

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste capítulo será apresentado: o estudo de caso, a descrição dos cenários de

implantação, o dimensionamento dos sistemas, o cálculo da viabilidade e a análise dos

resultados.

4.1 ESTUDO DE CASO

Para a análise da viabilidade de implantação do SPAAP, foram utilizadas três

edificações da Universidade Federal de Goiás (UFG), Campus Jatobá, em Jataí-GO. A

escolha deste campus foi motivada pelo fato de já existir trabalhos anteriores que abordaram

a temática da implantação de um SPAAP. Após o estudo de projetos disponíveis no Centro

de Gestão do Espaço Físico da UFG (CEGEF), selecionou-se os prédios referentes às

Faculdades de Biomedicina, Fisioterapia e Medicina, que foram escolhidos por apresentarem

informações à nível arquitetônico, estrutural e hidráulico e por estarem todas em fase de

projeto. Além disso, apresentaram estruturas de captação e abastecimento de água não

potável dimensionadas e disponíveis para serem implantadas separadas do sistema de

abastecimento de água potável.

4.2 DESCRIÇÃO DOS CENÁRIOS DE IMPLANTAÇÃO

Visando analisar a configuração mais viável para a implantação de um SPAAP,

foram definidos dois cenários: um sistema individual e um sistema coletivo.

4.2.1 Cenário 1 – Sistema Individual

O Cenário 1 refere-se à implantação do sistema individual de aproveitamento de

água pluvial. Neste cenário, as edificações escolhidas (Faculdade de Biomedicina, Faculdade

de Fisioterapia e Faculdade de Medicina) possuirão seus próprios reservatórios.

Para ambos os cenários, a localização dos reservatórios inferiores levou em

consideração a topografia, para que o transporte da água captada fosse feito por gravidade,

e o menor gasto com tubulações e junções. No Cenário 1, o dimensionamento dos

reservatórios foi individualizado e o volume de reservação atenderá à demanda específica de

cada prédio.

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4.2.2 Cenário 2 – Sistema Coletivo

Neste Cenário, foi considerado apenas um reservatório inferior que irá abastecer

os reservatórios superiores de todas as edificações analisadas. Dessa forma, toda água

pluvial captada nas áreas de cobertura de cada prédio será transportada para este

reservatório coletivo, e a demanda a ser suprida refere-se à soma das demandas não potáveis

de cada uma das edificações.

No Cenário e, para a escolha do melhor local, foram determinados quatro pontos

(Figura 4.1) localizados ao longo da curva de nível mais próxima das três edificações e, cuja

cota fosse inferior à cota dos condutores horizontais localizados no térreo, proporcionando o

transporte por gravidade.

Figura 4.1: Croqui de determinação do posicionamento do reservatório inferior – Cenário 2.

Por fim, escolheu-se o Ponto 4 que apresentou menor distância entre os três

prédios, significando em menor gasto com tubulações e junções.

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4.3 DIMENSIONAMENTO DOS SISTEMAS

4.3.1 Oferta

O banco de dados do Sistema de Monitoramento Agrometeorológico

(AGRITEMPO, 2015) possibilita o acesso a diversas características meteorológicas de todo

Brasil. Neste trabalho foram utilizados dados de precipitação média diária e mensal referentes

a Estação Meteorológica Jataí – JATAI/INMET:01/11/78 – 14/05/2015 localizada dentro do

Campus em estudo. As séries pluviométricas foram de 20 anos, com início em 01/01/1994 e

término em 31/12/2014.

Vale salientar que a distribuição da chuva ao longo do tempo exerce maior

influência sobre volume a ser reservado do que a quantidade de chuva ao longo período

chuvoso. Em Jataí, o período de estiagem se inicia no mês de Abril e se estende até Agosto

e a estação chuvosa compreende os períodos de Setembro e Março, como pode ser

observado na Figura 4.2.

Figura 4.2: Precipitação média anual do município de Jataí.

Historicamente, a série apresentou um número máximo de 133 dias de estiagem,

que ocorreu apenas uma vez, em Outubro de 1995. Verificou-se que cerca de 90% dos

períodos entre duas precipitações consecutivas contemplam aproximadamente 48 dias. E o

evento com maior número de ocorrência correspondeu ao período de 4 dias de estiagem.

239.33228.49

264.81

126.10

47.38

20.216.39 12.29

56.63

122.03

204.27

263.17

0

50

100

150

200

250

300

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Pre

cip

itaç

ão m

éd

ia m

en

sal (

mm

)

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4.3.2 Demanda

A demanda diária de água pluvial foi estimada em função dos usos atendidos:

irrigação de jardins, lavagem de pisos e descargas de bacias sanitárias. Devido as edificações

serem do tipo escolar, o levantamento da demanda foi feito de acordo com as atividades

realizadas em cada edificação.

Para as edificações da Biomedicina e Medicina, foram considerados dois

períodos:

- Período letivo, compreendeu os meses de março a junho, primeira quinzena de

julho, de agosto a novembro e os primeiros 20 dias de dezembro. Neste período, a demanda

foi calculada considerando 100% dos usuários para todos os usos definidos;

- Período de recesso: compreendeu os demais dias do ano. Para os meses de

janeiro, fevereiro e a segunda quinzena de julho, a demanda para descarga de bacia sanitária

foi calculada considerando que apenas 20% dos usuários utilizariam o prédio. A demanda

para irrigação e lavagem de piso se manteve constante. Nos últimos 11 dias do mês de

dezembro, considerou-se apenas a irrigação de jardim e lavagem de piso para o cálculo da

demanda.

A edificação da Fisioterapia além de ser um prédio de aulas, também realiza

consultas à comunidade, portanto o período de recesso desta edificação compreende apenas

aos últimos 11 dias do mês de dezembro, onde considerou-se nulo o gasto de água pluvial

para descarga de bacia sanitária. Para os demais usos, como irrigação de jardim e lavagem

de piso, foi mantida a demanda constante ao longo de todo o ano.

Nas Tabelas 4.1, 4.2 e 4.3 são apresentados: os indicadores de consumo de água

para os usos considerados, caracterização das 3 edificações compreendendo a quantidade

de sanitários, áreas de jardim e de lavagem de piso e a quantidade de usuários ao longo do

ano.

Tabela 4.1: Dados considerados na estimativa da demanda na edificação da Biomedicina.

Caracterização -Edificação da Biomedicina

Edifício de uma instituição de ensino superior; com um único 1 pavimento que possui dois banheiros individuais, sendo um feminino e um masculino, e dois banheiros coletivos, feminino e masculino;

Todos os banheiros possuem bacia sanitária com válvula de descarga. Área de jardim: 1.949,13 m² Área de lavagem de piso: 1.011,65 m²

População

Período letivo: 158 usuários de segunda a sexta e aproximadamente 30 usuários aos sábados.

Período de recesso: aproximadamente 30 usuários de segunda a sábado, exceto nos últimos 11 dias do mês de dezembro, sendo nulo o número de usuários.

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Tabela 4.2: Dados considerados na estimativa da demanda na edificação da Fisioterapia.

Caracterização - Edificação da Fisioterapia

Edifício de uma instituição de ensino superior; com um único 1 pavimento que possui quatro banheiros coletivos: dois femininos e dois masculinos;

Todos os banheiros possuem bacia sanitária com válvula de descarga. Área de jardim: 310,89 m² Área de lavagem de piso: 894,67 m²

População

Período letivo: 106 usuários de segunda a sexta e aproximadamente 30 usuários aos sábados.

Período de recesso: aproximadamente 20 usuários de segunda a sábado, exceto nos últimos 11 dias do mês de dezembro, sendo nulo o número de usuários.

Tabela 4.3: Dados considerados na estimativa da demanda na edificação da Medicina.

Caracterização - Edificação da

Medicina

Edifício de uma instituição de ensino superior; com 1 pavimento térreo, 1 primeiro pavimento e quatro pavimentos-tipo;

Pavimento térreo: possui dois banheiros individuais, sendo um feminino e um masculino, e dois banheiros coletivos: feminino e masculino;

Primeiro pavimento: possui dois banheiros coletivos: feminino e masculino;

Pavimento tipo: cada pavimento possui dois banheiros coletivos: feminino e masculino, totalizando oito banheiros.

Todos os banheiros possuem bacia sanitária com válvula de descarga. Área de jardim: 208,2 m² Área de lavagem de piso: 6.252 m²

População

Período letivo: 1.255 usuários de segunda a sexta e 251 aos sábados. Período de recesso: 251 usuários de segunda a sábado, exceto nos

últimos 11 dias do mês de dezembro, sendo nulo o número de usuários.

O valor das demandas de água pluvial correspondeu à soma das demandas

diárias necessárias para atender os usos previstos. Os critérios analisados para este

levantamento foram os mesmos para ambos os cenários, variando apenas os valores, já que

no Cenário 2 a demanda correspondeu à somatória das demandas do Cenário 1.

Cenário 1

Nas Tabelas 4.4, 4.5 e 4.6 são apresentados os resultados de demanda diária de água

pluvial do Cenário 1, considerando cada período analisado.

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Tabela 4.4: Demanda diária de água pluvial da edificação Biomedicina.

Mês Demanda Diária Estimada (L)

Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom

Janeiro e Fevereiro 2648,347 699,217 2648,347 699,217 2648,347 1205,042 0

Março a Junho e Agosto a Novembro - Semestre letivo

3421,915 1472,785 3421,915 1472,785 3421,915 1205,042 0

Julho 01 a 15 3421,915 1472,785 3421,915 1472,785 3421,915 1205,042 0

16 a 31 2648,347 699,217 2648,347 699,217 2648,347 1205,042 0

Dezembro 01 a 20 3421,915 1472,785 3421,915 1472,785 3421,915 1205,042 0

21 a 31 2454,955 505,825 2454,955 505,825 2454,955 1011,65 0

Tabela 4.5: Demanda diária de água pluvial da edificação Fisioterapia.

Mês Demanda Diária Estimada (L)

Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom

Janeiro e Fevereiro 1406,945 1096,055 1406,945 1096,055 1406,945 1024,414 0

Março a Junho e Agosto a Novembro - Semestre letivo

1406,945 1096,055 1406,945 1096,055 1406,945 1024,414 0

Julho 01 a 15 1406,945 1096,055 1406,945 1096,055 1406,945 1024,414 0

16 a 31 1406,945 1096,055 1406,945 1096,055 1406,945 1024,414 0

Dezembro 01 a 20 1406,945 1096,055 1406,945 1096,055 1406,945 1024,414 0

21 a 31 758,225 447,335 758,225 447,335 758,225 894,67 0

Tabela 4.6: Demanda diária de água pluvial da edificação Medicina

Mês Demanda Diária Estimada (L)

Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom

Janeiro e Fevereiro 4870,32 4662,12 4870,32 4662,12 4870,32 7788,12 0

Março a Junho e Agosto a Novembro - Semestre letivo

11014,8 10806,6 11014,8 10806,6 11014,8 7788,12 0

Julho 01 a 15 11014,8 10806,6 11014,8 10806,6 11014,8 7788,12 0

16 a 31 4870,32 4662,12 4870,32 4662,12 4870,32 7788,12 0

Dezembro 01 a 20 11014,8 10806,6 11014,8 10806,6 11014,8 7788,12 0

21 a 31 3334,2 3126 3334,2 3126 3334,2 6252 0

Cenário 2

Na Tabela 4.7 é apresentado os resultados de demanda diária de água pluvial do

Cenário 2, correspondente a soma das demandas das edificações da Biomedicina, Medicina

e Fisioterapia, considerando cada período do ano analisado.

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Tabela 4.7: Demanda diária de água pluvial das três edificações do Cenário 2.

Mês Demanda Diária Estimada (L)

Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom

Janeiro e Fevereiro 8925,612 6457,392 8925,612 6457,392 8925,612 10017,58 0

Março a Junho e Agosto a Novembro - Semestre letivo

15843,66 13375,44 15843,66 13375,44 15843,66 10017,58 0

Julho 01 a 15 15843,66 13375,44 15843,66 13375,44 15843,66 10017,58 0

16 a 31 8925,612 6457,392 8925,612 6457,392 8925,612 10017,58 0

Dezembro 01 a 20 15843,66 13375,44 15843,66 13375,44 15843,66 10017,58 0

21 a 31 6547,38 4079,16 6547,38 4079,16 6547,38 8158,32 0

4.3.3 Dimensionamento dos reservatórios

O volume dos reservatórios foi determinado para que fosse capaz de atender a

demanda durante todo o período de estiagem. Em ambos os cenários de implantação, o

dimensionamento foi realizado através da ferramenta Netuno e seguem as mesmas etapas

de simulação, variando apenas os valores dos dados de entrada.

Para a simulação dos reservatórios foi escolhida a opção para dimensionamento

com diversos volumes. Nesta opção, a ferramenta calcula o volume do reservatório que

possua maior potencial de utilização de água pluvial, de acordo com a diferença entre

potenciais de economia de água potável, cujo valor adotado foi 0,2. Para realizar a simulação,

definiu-se o volume máximo igual a 100.000 litros, com intervalos de 500 litros.

O arquivo de dados de precipitação é comum para a simulação dos dois cenários

e se refere às médias diárias da série pluviométrica analisada, de 1994 a 2014.

Na entrada de dados correspondente a demanda total de água foi inserido um

arquivo que continha apenas as demandas diárias de água pluvial, para cada um dos

cenários. Dessa forma, o percentual da demanda total de água não potável a ser substituída

por água pluvial será de 100%.

Cenário 1

A Tabela 4.8 refere-se aos dados de entrada para a simulação de cada uma das

edificações.

Tabela 4.8: Dados de simulação do dimensionamento – Cenário 1

Biomedicina Fisioterapia Medicina

Data de início da série 01/01/1994 01/01/1994 01/01/1994

Descarte inicial de precipitação 1 mm 1 mm 1 mm

Área de Captação (m²) 931 861,9 1335

Percentual da demanda total a ser substituída por água pluvial

100% 100% 100%

Coeficiente de escoamento superficial 0,8 0,8 0,8

Reservatório Superior (L) 1000 1000 1000

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Os resultados das simulações e o potencial de utilização de água pluvial de cada

edificação, obtidos por meio da ferramenta Netuno, estão apresentados na Tabela 4.9.

Tabela 4.9: Simulação - Cenário 1

Cenário 1 Reservatório Inferior (m³) Potencial de utilização de água pluvial (%)

Biomedicina 34,5 66,14

Fisioterapia 90,0 91,91

Medicina 40,5 39,89

Visto que a demanda de água corresponde apenas à demanda de água pluvial, o

valor de potencial de utilização de água pluvial apresentado pela ferramenta já corresponde

ao percentual, efetivo, de aproveitamento.

Cenário 2

A Tabela 4.10 refere-se aos dados de entrada para a simulação do Cenário 2.

Tabela 4.10: Dados de simulação do dimensionamento – Cenário 2

Data de início da série 01/01/1994

Descarte inicial de precipitação 1 mm

Área de Captação (m²) 3127,9

Percentual da demanda total a ser substituída por água pluvial

100%

Coeficiente de escoamento superficial 0,8

Reservatório Superior (L) 4.000

O resultados da simulação e o potencial de utilização de água pluvial do Cenário

2, obtidos por meio da ferramenta Netuno, estão apresentados na Tabela 4.11.

Tabela 4.11: Simulação – Cenário 2

Cenário 2 Reservatório Inferior (m³) Potencial de utilização de água

pluvial (%)

Biomedicina, Fisioterapia e Medicina

54 47,58

4.3.4 Dimensionamento da tubulação e bomba

As tubulações de captação e abastecimento já estavam previstas no projeto,

dispensando o dimensionamento. O dimensionamento das demais foi feito baseado na NBR

10.844 (ABNT,1989) e NBR 5.626 (ABNT,1998). Os diâmetros e comprimento dos trechos de

cada cenários estão demonstradas nas Tabelas 4.12 e 4.13.

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Cenário 1

Tabela 4.12: Dimensionamento de tubulações – Cenário 1

Biomedicina Fisioterapia Medicina

Categoria da tubulação

Diâmetro nominal (mm)

Comprimento (m) Diâmetro nominal

(mm) Comprimento

(m) Diâmetro Nominal

(mm) Comprimento

(m)

Subsistema de coleta de água pluvial

100 203,62 100 93,00 100 156,08

Subsistema de alimentação do

reservatório superior 25 64,26 25 69,35 32 43,55

Subsistema de distribuição de água

não potável Dados de projeto Dados de projeto Dados de Projeto

Cenário 2

Tabela 4.13: Dimensionamento de tubulações - Cenário 2

Categoria da tubulação Diâmetro Nominal (mm) Comprimento (m)

Subsistema de coleta de água pluvial 100 806,34

Subsistema de alimentação do

reservatório superior

Biomedicina 25 161,72

Fisioterapia 25 263,08

Medicina 32 164,21

Subsistema de distribuição de água não potável

Dados de projeto

As bombas d’água foram dimensionadas a partir da vazão de recalque e da altura

manométrica calculada para cada cenário. No Cenário 1, foi dimensionada uma bomba para

cada edificação, como demonstrado na Tabela 4.14.

Tabela 4.14: Dimensionamento da bomba – Cenário 1

Biomedicina Fisioterapia Medicina

Vazão de Recalque (m³/h) 0,568 0,234 1,84

Altura Manométrica (mca) 12,53 9,36 31,48

Potência da Bomba (cv) 1/4 1/4 1

DN recalque (mm) 25 25 32

DN sucção (mm) 25 25 32

No Cenário 2, para o dimensionamento da bomba, considerou-se o trecho de

recalque que apresentou maior altura manométrica e a vazão correspondeu à soma das

vazões de recalque das edificações do Cenário 1. Os dados referentes à bomba estão

descritos na Tabela 4.15.

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Tabela 4.15: Dimensionamento da bomba - Cenário 2

Vazão de Recalque (m³/h) 2,64

Altura Manométrica (mca) 44,05

Potência da Bomba (cv) 4

DN recalque (mm) 40

DN sucção (mm) 32

4.4 CÁLCULO DA VIABILIDADE

4.4.1 Determinação dos custos

O valor do investimento corresponde aos gastos para a implantação do sistema,

incluindo materiais utilizados, escavações e custos de mão de obra. Na manutenção e

operação foram definidos custos mensais, bimestrais, semestrais e anuais referentes a

consumo de energia, limpeza dos filtros e reservatórios e ensaios previstos pela norma. As

Tabelas 4.16 a 4.19 descrevem o levantamento do custo de cada cenário.

Cenário 1

Tabela 4.16: Custos de instalação - Cenário 1

Custo (R$)

Biomedicina Fisioterapia Medicina

Sistema de Captação 7.354,57 6.484,23 6.606,42

Filtros 12.300,00 8.250,00 14.850,00

Reservatório Inferior 24.746,36 44.842,94 30.262,07

Bombeamento 1.461,22 1.597,27 1.905,33

Reservatório Superior 896,52 896,52 1.480,23

Investimento Total 46.758,68 62.070,96 55.104,05

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Tabela 4.17: Custos de manutenção e operação - Cenário 1

Descrição Periodicidade Critérios Custos

Biomedicina Fisioterapia Medicina

Consumo de energia Mensal Conjunto motor-

bomba R$ 14,20 R$ 9,47 R$ 39,45

Consumo de produto de desinfecção

Mensal

4g para cada 1000 L de água

R$ 19,90 R$ 19,90 R$ 19,90 Balde de 1 kg de

cloro

Realização de ensaios previstos pela ABNT

(2007) Mensal

Cloro R$ 5,00 R$ 5,00 R$ 5,00

pH R$ 15,00 R$ 15,00 R$ 15,00

Turbidez R$ 5,00 R$ 5,00 R$ 5,00

Cor R$ 5,00 R$ 5,00 R$ 5,00

Limpeza do filtro Bimestral Mão de obra (meia

diária de um servente)

R$ 41,16 R$ 41,16 R$ 41,16

Realização de ensaios previstos pela ABNT

(2007)

Semestral Coliformes totais e

termotolerantes R$ 30,00 R$ 30,00 R$ 30,00

Manutenção (limpeza do reservatório e bomba)

Anual Mão de obra (meia

diária de um eletricista)

R$ 62,04 R$ 62,04 R$ 62,04

Cenário 2

Tabela 4.18: Custos de instalação - Cenário 2

Sistema de Captação 70.817,99

Filtros 35.400,00

Reservatório Inferior 33.799,41

Bombeamento 10.339,70

Reservatório Superior 3.273,27

Investimento Total 153.630,37

Tabela 4.19: Custos de manutenção e operação - Cenário 2

Descrição Periodicidade Critérios CUSTOS

Consumo de energia Mensal Conjunto motor-bomba R$ 116,06

Consumo de produto de desinfecção

Mensal

4g para cada 1000 L de água R$ 19,90

Balde de 1 kg de cloro

Realização de ensaios previstos pela ABNT (2007)

Mensal

Cloro R$ 5,00

pH R$ 15,00

Turbidez R$ 5,00

Cor R$ 5,00

Limpeza do filtro Bimestral Mão de obra (meia diária

de um servente) R$ 41,16

Realização de ensaios previstos pela ABNT (2007)

Semestral Coliformes totais e

termotolerantes R$ 30,00

Manutenção (limpeza do reservatório e bomba)

Anual Mão de obra (meia diária

de um eletricista) R$ 62,04

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4.4.2 Determinação das receitas

Para a determinação dos valores de água economizado referentes aos diferentes

cenários avaliados, foi considerada a estrutura tarifária aplicada pela SANEAGO, nos

períodos de 1995 a 2015. As edificações do presente estudo se enquadram na categoria

pública e as tarifas e reajustes consideradas se referem à faixa de consumo para mais de

10 m³. O comportamento do preço da água e dos reajustes tarifários está apresentado na

Tabela 4.20.

Tabela 4.20: Preço e reajuste da água para a categoria Pública

Ano Categoria Faixas de

consumo (m³) Reajuste por ano

Preço da água (R$)

Preço da água após reajuste (R$)

1995 Pública +10 1,14% 0,88 0,89

1996 Pública +10 15,17% 0,89 1,03

1997 Pública +10 11,36% 1,03 1,15

1998 Pública +10 3,48% 1,15 1,19

1999 Pública +10 2,52% 1,19 1,22

2000 Pública +10 9,02% 1,22 1,33

2001 Pública +10 22,56% 1,33 1,63

2002 Pública +10 42,33% 1,63 2,35

2003 Pública +10 26,38% 2,35 2,97

2004 Pública +10 11,51% 2,97 3,31

2005 Pública +10 6,04% 3,31 3,51

2006 Pública +10 5,41% 3,51 3,7

2007 Pública +10 4,32% 3,7 3,86

2008 Pública +10 4,15% 3,86 4,02

2009 Pública +10 6,22% 4,02 4,27

2010 Pública +10 3,04% 4,27 4,4

2011 Pública +10 5,91% 4,4 4,66

2012 Pública +10 8,42% 4,66 5,06

2013 Pública +10 3,69% 5,06 5,24

2014 Pública +10 5,53% 5,24 5,53

2015 Pública +10 2,35% 5,53 5,66

O primeiro ano do projeto corresponde ao ano de 2015, cujo preço da água é

R$ 5,66. Para os reajustes futuros do preço, considerou-se, portanto, o mesmo fluxo de

comportamento histórico dos reajustes verificados entre os anos de 1995 e 2015, até que se

atingisse a vida útil do sistema.

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Em termos de economia de água potável, os sistemas dependem do potencial de

utilização de água pluvial, ou seja, a porcentagem da demanda necessária que será

substituída por água pluvial. Este potencial varia de acordo com o volume do reservatório

inferior e, a partir da simulação realizada no Netuno, obtém-se o maior potencial possível de

utilização de água pluvial. As Tabelas 4.21, 4.22, 4.23 e 4.24 relacionam a demanda de água

não potável, o potencial de substituição e o volume de água potável, efetivamente

economizado.

Tabela 4.21: Economia de água potável - Biomedicina

Volume do reservatório inferior (m³) 34,50

Potencial de utilização de água pluvial (%) 66,14

Mês Demanda de água não potável (m³) Volume de água potável

economizado (m³)

Jan 46,05 30,46

Fev 42,19 27,91

Mar 64,03 42,35

Abr 62,29 41,20

Mai 62,56 41,38

Jun 62,56 41,38

Jul 54,56 36,08

Ago 65,98 43,64

Set 62,56 41,38

Out 62,29 41,20

Nov 62,56 41,38

Dez 55,64 36,80

Tabela 4.22: Economia de água potável - Fisioterapia

Volume do reservatório inferior (m³) 90,00

Potencial de utilização de água pluvial (%) 91,91

Mês Demanda de água não potável (m³) Volume de água potável

economizado (m³)

Jan 32,18 29,58

Fev 29,75 27,34

Mar 33,35 30,65

Abr 32,18 29,58

Mai 32,25 29,64

Jun 32,25 29,64

Jul 32,18 29,58

Ago 33,66 30,94

Set 32,25 29,64

Out 32,18 29,58

Nov 32,25 29,64

Dez 27,83 25,58

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Tabela 4.23: Economia de água potável - Medicina

Volume do reservatório inferior (m³) 40,50

Potencial de utilização de água pluvial (%) 39,89

Mês Demanda de água não potável (m³) Volume de água potável

economizado (m³)

Jan 139,55 55,67

Fev 126,89 50,62

Mar 282,41 112,65

Abr 268,60 107,14

Mai 271,60 108,34

Jun 271,60 108,34

Jul 207,14 82,63

Ago 282,62 112,74

Set 271,60 108,34

Out 268,60 107,14

Nov 271,60 108,34

Dez 214,88 85,71

Cenário 2

Tabela 4.24: Economia de água potável - Cenário 2

Volume do reservatório inferior (m³) 54,00

Potencial de utilização de água pluvial (%) 47,58

Mês Demanda de água não potável (m³) Volume de água potável

economizado (m³)

Jan 217,78 103,62

Fev 198,84 94,61

Mar 379,79 180,71

Abr 363,06 172,74

Mai 366,42 174,34

Jun 366,42 174,34

Jul 293,88 139,83

Ago 382,26 181,88

Set 366,42 174,34

Out 363,06 172,74

Nov 366,42 174,34

Dez 298,34 141,95

4.4.3 Cálculo do Valor Presente Líquido

O Valor Presente Líquido (VPL) é um método de avaliação econômica que permite

a quantificação da real vantagem econômica de um investimento. Equivalente à soma

algébrica dos valores do fluxo de um projeto, com as taxas futuras atualizadas à taxa de

desconto, este indicador monetário permite avaliar o empreendimento como sendo viável ao

se apresentar VPL positivo (YWASHIMA, 2005).

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Como já apresentado no Capítulo 2, a equação utilizada no cálculo do VPL

considera a taxa de desconto (taxa mínima de atratividade), entradas e saídas do fluxo de

caixa no instante “n” e a duração do projeto (“n”).

Seguindo a pesquisa desenvolvida por Campos (2012), selecionou-se, para o

estudo de caso deste trabalho, uma taxa de atratividade de 10% ao ano, o equivalente 0,83%

ao mês. Tal valor foi estipulado ao considerar semelhanças nos trabalhos como: investimentos

em tecnologias que promovem a sustentabilidade, longo período de retorno dos investimentos

(20 anos) e a incerteza dos valores econômicos projetados para o futuro.

Logo, para os dois cenários avaliados, obteve-se os seguintes VPL:

Cenário 1

Neste cenário, o VPL foi positivo e igual a R$ 28.422,86, sendo - R$ 3.550,62 para

a Biomedicina, - R$ 31.198,52 para a Fisioterapia e R$ 63.172,00 para a Medicina.

Cenário 2

A configuração deste cenário resultou em um VPL positivo e igual a R$ 42.583,88.

4.5 ANÁLISE DOS RESULTADOS

A partir dos resultados apresentados, nota-se que, para ambas as configurações,

é necessário um alto valor de investimento, R$ 163.933,69 para o Cenário 1 e R$ 153.630,37

para o Cenário 2. Sendo assim, essa é a primeira condicionante para a viabilidade de

implantação de qualquer um dos cenários. O investidor deve analisar, primeiramente, a

disponibilidade de capital para investir.

Em um segundo momento, a configuração de implantação torna-se limitante para

a viabilidade do investimento, uma vez que condiciona o retorno econômico e o volume de

água potável economizado.

Considerando as edificações do Cenário 1 sem aproveitamento, estima-se um

consumo de 3.962,68 m³ de água por ano, para usos não potáveis, sendo 703,28 m³/ano para

Biomedicina, 382,32 m³/ano para Fisioterapia e 2.877,08 m³/ano para Medicina. A Figura 4.3

representa a demanda de cada edificação em termos de porcentagem.

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Figura 4.3: Porcentagem das demandas de água pluvial para cada edificação

Com a implantação do SPAAP, neste cenário, seria possível uma redução de

465,15 m³/ano para Biomedicina, 321,81 m³/ano para Fisioterapia e 1.147,67m³/ ano para

Medicina, totalizando 1.934,63 m³/ano, correspondendo a uma economia total de R$

10.950,00, no primeiro ano de implantação.

No Cenário 2, a demanda de água para uso não potável é igual ao consumo total

do Cenário 1 (3.962,68 m³ de água por ano). Com a implantação do SPAAP, é possível uma

redução de 1.885,44 m³/ ano que, de acordo com a faixa de consumo, representará uma

redução de R$ 10.671,00, no primeiro ano de implantação.

No entanto, observa-se que ao final do tempo de vida útil do sistema no Cenário

1, no prédio da Biomedicina e Fisioterapia, as receitas são baixas, ocasionando um VPL

negativo por serem insuficientes para suprir o valor do investimento das mesmas, R$

46.759,18 e R$ 62.010,97, respectivamente. Contudo, o VPL total, correspondente às três

edificações isoladamente é positivo e igual a R$ 28.422,88.

Os valores de VPL negativos, neste Cenário, podem ter sido ocasionados pela

baixa demanda requerida nos prédios da Biomedicina e Fisioterapia, em conjunto com os

volumes elevados de reservatório. No caso da medicina, a demanda desta edificação é alta e

o volume de reservação é baixo, quando comparados aos demais, o que resulta em valores

de receitas superiores aos custos de investimento e manutenção, proporcionando um VPL

positivo.

O Cenário 2 representa uma configuração única, cujos valores de área de

captação e demanda são elevados, implicando em um volume do reservatório relativamente

baixo, quando comparado aos volumes dos reservatórios individuais. Assim, apesar do alto

custo de investimento, ao final do tempo de vida útil do sistema, as entradas são superiores

às saídas, proporcionando um VPL positivo de R$ 42.583,88.

17.75%

9.65%

72.60%

Demanda de água para usos não potáveis

Biomedicina Fisioterapia Medicina

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Analisando as duas configurações, a economia de água é menor, 2,5%, no

sistema coletivo do que no sistema individual. Por outro lado, requer menor investimento,

apresentando um ganho econômico 49,82% maior no VPL. Assim, para o estudo de caso

deste trabalho, o Cenário 2 mostrou-se o mais viável, tanto em termos econômicos quanto

ambientais.

Considerando uma situação em que o investidor não tenha capital suficiente para

investir na implantação dos cenários avaliados, observa-se a possibilidade de investir em uma

terceira opção, onde o sistema seria individual e implantado apenas no prédio da Medicina.

Neste caso, o valor do investimento seria cerca de 34% menor do que o do Cenário 1. No

entanto, apesar de apresentar um VPL de R$ R$ 63.172,00, o ganho ambiental é mais baixo,

uma vez que a economia de água corresponde à 1147,67 m³/ano, sendo 60% da economia

apresentada no Cenário 1.

Uma outra alternativa de investimento, à longo prazo, seria optar pelo sistema

coletivo, implantado em fases. Ou seja, dimensionando todo o sistema, o investidor tem um

gasto único com o reservatório e as próximas etapas de instalação seriam feitas à medida em

que as variáveis econômicas, como os reajustes tarifários, se apresentassem favoráveis ao

investimento.

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CAPÍTULO 5

CONCLUSÃO

O uso de sistemas prediais de aproveitamento de água pluvial tem se tornado uma

alternativa eficiente na mitigação das externalidades decorrentes das alterações no ciclo

hidrológico. No entanto, é de suma importância analisar a viabilidade de implantação, já que

o sistema deve oferecer, além do benefício ambiental, um retorno econômico atrativo para o

empreendedor. Assim, ao considerar duas situações de implantação, o presente trabalho

buscou identificar a influência das configurações na viabilidade.

Ao analisar diferentes cenários, é possível identificar a combinação de variáveis

que interferem no dimensionamento e na viabilidade dos sistemas. Utilizando o método do

Valor Presente Líquido para a comparação dos dois cenários, identifica-se nas entradas e

saídas o que inviabiliza o investimento e, assim, é possível correlacionar estas variáveis com

os dados de entrada do dimensionamento.

O fluxo de caixa descontado, utilizado no cálculo do VPL, proporciona a

identificação da característica de projeto que está inviabilizando o investimento. No caso da

implantação do Cenário 1, os baixos valores de economia encontrados na simulação da

edificação da Fisioterapia, por exemplo, estão relacionados com os baixos valores de água

potável poupados decorrentes da baixa demanda exigida por este prédio. Por outro lado, na

edificação da Medicina, o elevado volume, necessário para suprir a demanda de usos não

potáveis, proporciona altos volumes de água poupados, gerando maiores economias.

Assim, o VPL negativo ocorrido para as edificações da Biomedicina e Fisioterapia

demonstra que a implantação destas edificações, separadamente, são inviáveis. Contudo, o

VPL positivo do prédio da Medicina é capaz de suavizar estes valores negativos, tornando o

somatório dos VPLs das três edificações positivo.

Por outro lado, o sistema coletivo representado no Cenário 2, além de

proporcionar um alto VPL, implica na poupança de um grande volume de água. É importante

ressaltar que fontes alternativas de uso e consumo de água tem sido incentivada,

principalmente em edificações públicas, a partir da publicação da Portaria Nº 23, de 12 de

fevereiro de 2015 pelo governo público federal, que estimula boas práticas de gestão e uso

de energia elétrica e água (BRASIL, 2015).

Vale lembrar que a ferramenta utilizada no dimensionamento dos reservatórios

não incorpora variáveis econômicas e, portanto, não correlaciona os dados de entrada para

que o volume dimensionado seja otimizado. Assim, para trabalhos futuros, sugere-se o estudo

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de outras ferramentas de dimensionamento que permitam a análise, não só de diferentes

configurações como da sensibilidade de cada dado de entrada na avaliação econômica dos

sistemas. Além disso, faz-se necessário o estudo de implantação de SPAAP através de

etapas de implantação como forma de escolha da melhor opção de investimento.

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Análise de configurações para implantação de um Sistema Predial de Aproveitamento de Água Pluvial... 52

A. C. F. ALVES; R. B. L. SILVA

MINIKOWSKI, M.; MAIA. A. G. Sistemas de aproveitamento de àgua de chuva no município de Irati (Pr). Revista Acadêmica Ciências Agrárias e Ambientais. 2009, Curitiba, v. 7, n. 2, p. 181–188, abr./jun. 2009. MONTEIRO, R. C. Contribuições da abordagem de avaliação de opções reais em ambientes econômicos de grande volatilidade - uma ênfase no cenário latino americano. 2003. 200 f. Dissertação (Mestrado em Controladoria e Contabilidade) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003. MORALES-PINZÓN, T.; LURUÊNA, R.; GABARRELL, X.; GASOL, C. M.; RIERADEVALL, J. Financial and environmental modelling of water hardness - Implications for utilising harvested rainwater in washing machines. Science of The Total Environment, v. 470–471, p. 1257–1271, 2014. OLIVEIRA, J. A. N. Métodos para comparação entre alternativas de investimento. In: Engenharia Econômica: Uma abordagem às decisões de investimento. São Paulo: Mc Graw-Hill do Brasil, 1982. REBOUÇAS, A. DA C. Água e desenvolvimento rural. Estudos Avançados, v. 15, n. 43, p. 327–344, dez. 2001. ROCHA, L. V. Validação do algoritmo do programa Netuno para avaliação do potencial de economia de água potável e dimensionamento de reservatórios de sistemas de aproveitamento de água pluvial em edificações. 2009. 166 f. Dissertação ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2009. RUPP, R. F.; MUNARIM, U.; GHISI, E. Comparison of methods for rainwater tank sizing. Ambiente Construído, v. 11, n. 4, p. 47–64, dez. 2011. SAUTCHUK, C. FARINA, H.; HESPANHOL, I.; OLIVEIRA, L. H.; COSTI, L. O.; ILHA, M. S. O.; GONÇALVES, O. M.; MAY, S.; BONI, S. S. N.; SHMIDT, W. Conservação e Reuso da Água em Edificações. São Paulo, 2006. SILVA, M. B. Planejamento financeiro para o setor da construção civil. Texto técnico 11 (TT/PCC/11). São Paulo: EPUSP, 1995. Resources, Conservation and Recycling, v. 54, n. 2, p. 79–85, dez. 2009. SILVA, C. M.; SOUSA, V.; CARVALHO, N. V. Evaluation of rainwater harvesting in Portugal: Application to single-family residences. Resources, Conservation and Recycling, v. 94, p. 21–34, 2015. SINAPI, Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – Relatório de Custos de Composições Abril/2015 – Caixa Econômica Federal - 2015 TOMAZ, P. Aproveitamento de água de chuva: aproveitamento de água de chuva para Áreas urbanas e fins não potáveis. 1ª Edição ed. Rio de Janeiro. Navegar Editora, 2005. 180p. TUCCI, C. E. M.; BERTONI, J, C. Inundações Urbanas na América do Sul. 1º Edição ed. Porto Alegre. ABRH Editora, 2003. p.12. TUNDISI, J. G. Ciclo hidrológico e gerenciamento integrado. Ciência e Cultura, v. 55, n. 4, p. 31–33, dez. 2003a.

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Análise de configurações para implantação de um Sistema Predial de Aproveitamento de Água Pluvial... 53

A. C. F. ALVES; R. B. L. SILVA

TUNDISI, J. G. Água no século XXI: Enfrentando a Escassez. São Carlos: RiMa, IIE, 2003b. p. 28-32. UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME (UNEP). Rainwater Harvesting and Utilisation. (2002). Disponível em: <http://www.unep.or.jp/Ietc/Publications/ Urban/UrbanEnv-2/index.asp>. Acesso em: 07 Nov. 2014. VAN GROENENDALL, W. J. H. Estimating NPV variability for deterministic models. European Journal of Operational Research, n. 107, p. 202-213, 1998.

YOSHINO, G. H.; FERNANDES, L. L.; ISHIARA, J. H.; SILVA; A. I. M. et al. Use of rainwater for non-potable purposes in the Amazon. Environment, Development and Sustainability, v. 16, n. 2, p. 431–442, 2013.

YWASHIMA, L. A. Avaliação do uso de água em edifícios escolares públicos e análise de viabilidade econômica da instalação de tecnologias economizadoras nos pontos de consumo. Dissertação de Mestrado. Campinas: UNICAMP, 2005.

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Análise de configurações para implantação de um Sistema Predial de Aproveitamento de Água Pluvial... 54

A. C. F. ALVES; R. B. L. SILVA

ANEXO

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INCC

ITEM REFERÊNCIA CÓDIGO DESCRIÇÃO QUANT. UN. R$ M.D.O.R$

MATERIAL

R$ TOTAL MÃO

DE OBRA

R$ TOTAL

MATERIAL

R$ TOTAL

SERVIÇO

PREÇO

SINAPI

1 SISTEMA DE CAPTAÇÃO

1.2 SINAPI 74104/001

CAIXA DE INSPEÇÃO EM ALVENARIA DE TIJOLO 60X60CM, REVESTIDA INTERNAMENTE COM BARRA

LISA (CIMENTO E AREIA, TRAÇ 1:4) E=2,0CM, COM TAMPA PRÉ-MOLDADA DE CONCRETO E FUNDO DE

CONCRETO 15MPA TIPO C - ESCAVAÇÃO E CONFECÇÃO

15,00 UN 34,91 81,46 523,67 1.221,89 1.745,55 116,37

1.3 AGETOP 82304 TUBO DE PVC RIGIDO SÉRIE"A" ESGOTO SANITÁRIO Ø 100 MM 204,69 M 12,71 7,58 2601,6099 1551,5502 4153,1601 -

1.4 SINAPI 79517/001 ESCAVACAO MANUAL DE CAVAS (ATÉ 1,50 M) PARA PASSAGEM DE TUBULAÇÕES 68,07 M³ 6,05 14,12 411,89 961,08 1.372,97 20,17

1.5 SINAPI 79488 REATERRO MANUAL DE VALAS 15,64 M³ 1,59 3,71 24,87 58,02 82,89 5,3

2 TRATAMENTO

2.1 COTAÇÃO FILTRO VORTEX WFF 150 (ATÉ 500M²) AQUASTOCK 1 UN. 2.400,00 2.400,00 2.400,00 -

2.2 FILTRO VORTEX WFF 150 (ATÉ 200M²) AQUASTOCK 6 UN. 1.650,00 9.900,00 9.900,00 -

3 RESERVATÓRIO INFERIOR

3.1 AGETOP 51036 CONCRETO USINADO CONVENCIONAL FCK=25 MPA (OB.C.) 14,5 M³ 276,68 4011,86 4011,86 -

3.2 AGETOP 060801 LANÇAMENTO/APLICAÇÃO DE CONCRETO - (OBRAS CIVIS) 14,50 KG 152,74 2.214,73 - 2.214,73 -

3.3 SINAPI 74254/002 AÇO CA 50A 10.0MM - FORNECIMENTO/CORTE (C/ PERDA DE 10%)/DOBRA/COLOCAÇÃO 1.305,00 KG 2,34 5,45 3.049,79 7.116,17 10.165,95 7,79

3.4 SINAPI 74066/001 IMPERMEABILIZACAO DE SUPERFICIE, COM IMPERMEABILIZANTE FLEXIVEL A BASE DE ELASTOMERO 65,12 M² 13,37 31,21 870,91 2.032,13 2.903,05 44,583.5 AGETOP 082304 TUBO DE PVC RÍGIDO SÉRIE "A" ESGOTO SANITÁRIO Ø 100 MM (FREIO DE ÁGUA) 2,30 M 12,71 7,58 29,23 17,43 46,67 -

3.6 SINAPI 89584 JOELHO 90 GRAUS, PVC, SÉRIE R, ÁGUA PLUVIAL, DN 100MM, INSTALADO E RAMAL OU SUBRAMAL DE ÁGUA FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO (FREIO DE ÁGUA) 3 UN. 6,858 16,002 20,57 48,01 68,58 22,86

3.7 SINAPI 84218 FORMA PARA ESTRUTURAS DE CONCRETO (PILAS, VIGAS E LAJES) EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA PLASTIFICADA 1,10X2,20M, 12MM, 03 UTILIZAÇÕES (FABRICAÇÃO/MONTAGEM/DESMONTAGEM)145,04 M² 11,037 25,753 1.600,81 3.735,22 5.336,02 36,79

4 SUCÃO

4.1 SINAPI 89356TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM, INSTALADO E RAMAL OU SUBRAMAL DE ÁGUA FORNECIMENTO E

INSTALAÇÃO3,55 M 3,624 8,456 12,87 30,02 42,88 12,08

4.1 SINAPI 89362 JOELHO 90 GRAUS, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM, INSTALADO 1,00 UN. 1,413 3,297 1,41 3,30 4,71 4,71

5 BOMBEAMENTO

5.1 LEROY MERLIM 86636452 BOMBA D'ÁGUA CENTRÍFUGA PRATIKA CP-4R ¼CV 250V(220V) Dancor 1,00 UN. 360,9 - 360,90 360,90 -

5.3 SINAPI 89382 UNIÃO, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM, INSTALADO 2,00 UN. 2,352 5,488 4,70 10,98 15,68 7,84

5.5 SINAPI 73795/002 VÁLVULA DE RETENÇÃO VERTICAL Ø 25MM (1") - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO 1,00 UN. 11,334 26,446 11,33 26,45 37,78 37,78

5.6 SINAPI 89363 JOELHO 45 GRAUS, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM, INSTALADO 2,00 UN. 1,554 3,626 3,11 7,25 10,36 5,18

5.7 SINAPI 89440 TE, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM, INSTALADO 2,00 UN. 1,452 3,388 2,90 6,78 9,68 4,84

5.8 AGETOP 080903 REGISTRO DE GAVETA BRUTO 1" 3,00 UN. 12,19 29,18 36,57 87,54 124,11

5.9 SINAPI 89362 JOELHO 90 GRAUS, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM, INSTALADO 2,00 UN. 1,413 3,297 2,83 6,59 9,42 4,71

5.10 SINAPI 89383 DAPTADOR CURTO COM BOLSA E ROSCA PARA REGISTRO, PVC, SOLDÁVEL, DN 25M 2,00 UN. 1,14 2,66 2,28 5,32 7,60 3,8

5.11 SINAPI 89356TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM, INSTALADO E RAMAL OU SUBRAMAL DE ÁGUA FORNECIMENTO E

INSTALAÇÃO2 M 3,624 8,456 7,25 16,91 24,16 12,08

6 RECALQUE

6.1 SINAPI 89356TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM, INSTALADO E RAMAL OU SUBRAMAL DE ÁGUA FORNECIMENTO E

INSTALAÇÃO64,26 M 3,624 8,456 232,88 543,38 776,26 12,08

6.2 SINAPI 89362JOELHO 90 GRAUS, PVC, SOLDÁVEL, DN 32MM, INSTALADO E RAMAL OU SUBRAMAL DE ÁGUA

FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO8 M 1,413 3,297 11,30 26,38 37,68 4,71

7 RESERVATÓRIO SUPERIOR

7.1 SINAPI 88503 CAIXA D'ÁGUA EM POLIETILENO, 1000 LITROS COM ACESSÓRIOS 1,00 UN. 175,11 408,60 175,11 408,60 583,71 583,71

7.2 SINAPI 72784 ADAPTADOR PVC SOLDAVEL COM FLANGES E ANEL PARA CAIXA D'AGUA 25MMX3/4 3,00 UN. 4,15 9,67 12,44 29,02 41,46 13,82

7.3 SINAPI 74058/003 TORNEIRA BÓIA Ø 1" mm 3,00 UN 21,14 49,32 63,41 147,95 211,35 70,45

7.5 ICOS LA26M-40 SENSORES 2,00 UN. 30,00 60,00 60,00 -

11.928,47 34.830,71 46.759,18 -

PLANILHA ORÇAMENTÁRIA - BIOMEDICINA

CUSTO DA OBRA

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INCC

ITEM REFERÊNCIA CÓDIGO DESCRIÇÃO QUANT. UN. R$ M.D.O. R$ MATERIALR$ TOTAL MÃO

DE OBRA

R$ TOTAL

MATERIAL

R$ TOTAL

SERVIÇO

Preço

SINAPI

1 SISTEMA DE CAPTAÇÃO

1.1 AGETOP 082304 TUBO DE PVC RÍGIDO SÉRIE "A" ESGOTO SANITÁRIO Ø 100 MM 93 M 12,71 7,58 1182,03 704,94 1886,97 -

1.2 SINAPI 74104/001

CAIXA DE INSPEÇÃO EM ALVENARIA DE TIJOLO 60X60CM, REVESTIDA INTERNAMENTE COM BARRA LISA

(CIMENTO E AREIA, TRAÇ 1:4) E=2,0CM, COM TAMPA PRÉ-MOLDADA DE CONCRETO E FUNDO DE

CONCRETO 15MPA TIPO C - ESCAVAÇÃO E CONFECÇÃO

7 UN. 34,911 81,459 244,377 570,213 814,59 116,37

1.3 SINAPI 79517/001 ESCAVACAO MANUAL DE CAVAS (ATÉ 1,50 M) PARA PASSAGEM DE TUBULAÇÕES 183,43 M³ 6,051 14,119 1109,93493 2589,84817 3699,7831 20,17

1.4 SINAPI 79488 REATERRO MANUAL DE VALAS 15,64 M³ 1,59 3,71 24,87 58,02 82,89 5,3

2 TRATAMENTO

2.1 COTAÇÃO FILTRO VORTEX WFF 100 (ATÉ 200M²) AQUASTOCK 5 UN. 1.650,00 - 8.250,00 8.250,00 -

3 RESERVATÓRIO INFERIOR

3.1 AGETOP 051036 CONCRETO USINADO CONVENCIONAL FCK=25 MPA (OB.C.) 28,8 M³ 276,68 7968,384 7968,384 -

3.2 AGETOP 060801 LANÇAMENTO/APLICAÇÃO DE CONCRETO - (OBRAS CIVIS) 28,8 M³ 152,74 4398,912 4398,912 -

3.4 SINAPI 74254/002 AÇO CA 50A 10.0MM - FORNECIMENTO/CORTE (C/ PERDA DE 10%)/DOBRA/COLOCAÇÃO 2592 kg 1,99 4,64 5.158,08 12.026,88 17.184,96 -

3.6 SINAPI 84218

FORMA PARA ESTRUTURAS DE CONCRETO (PILAS, VIGAS E LAJES) EM CHAPA DE MADEIRA

COMPENSADA PLASTIFICADA 1,10X2,20M, 12MM, 03 UTILIZAÇÕES

(FABRICAÇÃO/MONTAGEM/DESMONTAGEM)

288 M² 9,68 22,58 2787,84 6503,04 9290,88 -

3.7 AGETOP 082304 TUBO DE PVC RÍGIDO SÉRIE "A" ESGOTO SANITÁRIO Ø 100 MM (FREIO DE ÁGUA) 2,30 M 12,71 7,58 29,23 17,43 46,67 -

3.8 SINAPI 89584JOELHO 90 GRAUS, PVC, SÉRIE R, ÁGUA PLUVIAL, DN 100MM, INSTALADO E RAMAL OU SUBRAMAL DE

ÁGUA FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO (FREIO DE ÁGUA) 3 UN. 6,858 16,002 20,57 48,01 68,58 22,86

3.5 SINAPI 74066/001 IMPERMEABILIZACAO DE SUPERFICIE, COM IMPERMEABILIZANTE FLEXIVEL A BASE DE ELASTOMERO 132,00 M² 13,37 31,21 1.765,37 4.119,19 5.884,56 44,58

4 SUCÇÃO

4.1 SINAPI 89356TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM, INSTALADO E RAMAL OU SUBRAMAL DE ÁGUA FORNECIMENTO E

INSTALAÇÃO3,55 M 3,624 8,456 12,87 30,02 42,88 12,08

4.2 SINAPI 89362 JOELHO 90 GRAUS, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM, INSTALADO 1,00 UN. 1,26 4,71 1,26 4,71 5,97 4,2

5 BOMBEAMENTO

5.1 LEROY MERLIM 86636452 BOMBA D'ÁGUA CENTRÍFUGA PRATIKA CP-4R ¼CV 250V(220V) Dancor 1,00 0 360,9 - 360,90 360,90

5.3 SINAPI 89382 UNIÃO, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM, INSTALADO 2,00 UN. 2,352 5,488 4,70 10,98 15,68 7,84

5.5 SINAPI 73795/002 VÁLVULA DE RETENÇÃO VERTICAL Ø 25MM (1") - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO 1,00 UN. 11,334 26,446 11,33 26,45 37,78 37,78

5.6 SINAPI 89363 JOELHO 45 GRAUS, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM, INSTALADO 2,00 UN. 1,554 3,626 3,11 7,25 10,36 5,18

5.7 SINAPI 89440 TE, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM, INSTALADO 2,00 UN. 1,452 3,388 2,90 6,78 9,68 4,84

5.8 AGETOP 080903 REGISTRO DE GAVETA BRUTO 1" 3,00 UN. 12,19 29,18 36,57 87,54 124,11 -

5.9 SINAPI 89362 JOELHO 90 GRAUS, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM, INSTALADO 9,00 UN. 1,26 4,71 11,34 42,39 53,73 4,2

5.10 SINAPI 89383 DAPTADOR CURTO COM BOLSA E ROSCA PARA REGISTRO, PVC, SOLDÁVEL, DN 25M 2,00 UN. 1,14 2,66 2,28 5,32 7,60 3,8

5.11 SINAPI 89356TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM, INSTALADO E RAMAL OU SUBRAMAL DE ÁGUA FORNECIMENTO E

INSTALAÇÃO2 M 3,624 8,456 7,25 16,91 24,16 12,08

6 RECALQUE

6.1 SINAPI 89356TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM, INSTALADO E RAMAL OU SUBRAMAL DE ÁGUA FORNECIMENTO E

INSTALAÇÃO69,35 M 3,624 8,456 251,32 586,42 837,75 12,08

6.2 SINAPI 89362JOELHO 90 GRAUS, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM, INSTALADO E RAMAL OU SUBRAMAL DE ÁGUA

FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO8 M 3,624 4,71 28,99 37,68 66,67 12,08

7 RESERVATÓRIO SUPERIOR

7.1 SINAPI 88503 CAIXA D'ÁGUA EM POLIETILENO, 1000 LITROS COM ACESSÓRIOS 1,00 UN. 175,11 408,60 175,11 408,60 583,71 583,71

7.2 SINAPI 72784 ADAPTADOR PVC SOLDAVEL COM FLANGES E ANEL PARA CAIXA D'AGUA 25MMX3/4 3,00 UN. 4,15 9,67 12,44 29,02 41,46 13,82

7.3 SINAPI 74058/003 TORNEIRA BÓIA Ø 1" mm 3,00 UN 21,14 49,32 63,41 147,95 211,35 70,45

7.4 ICOS LA26M-40 SENSORES 2,00 UN. 30,00 60,00 60,00 -

17.346,10 44.664,87 62.070,97 -

PLANILHA ORÇAMENTÁRIA - FISIOTERAPIA

CUSTO DA OBRA

Page 58: ANÁLISE DE CONFIGURAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE ...LISE_DE...De acordo com Fritzen e Binda (2011), o ciclo hidrológico no meio urbano sofre alterações devido a: impermeabilização

INCC

ITEM REFERÊNCIA CÓDIGO DESCRIÇÃO QUANT. UN. R$ M.D.O. R$ MATERIAL

R$ TOTAL

MÃO DE

OBRA

R$ TOTAL

MATERIAL

R$ TOTAL

SERVIÇO

R$ TOTAL

SERVIÇO

1 CAPTAÇÃO

1.1 AGETOP 082304 TUBO DE PVC RÍGIDO SÉRIE "A" ESGOTO SANITÁRIO Ø 100 MM 156,08 M 12,71 7,58 1.983,76 1.183,08 3.166,84

1.2 SINAPI 74104/001

CAIXA DE INSPEÇÃO EM ALVENARIA DE TIJOLO 60X60CM, REVESTIDA INTERNAMENTE COM

BARRA LISA (CIMENTO E AREIA, TRAÇ 1:4) E=2,0CM, COM TAMPA PRÉ-MOLDADA DE

CONCRETO E FUNDO DE CONCRETO 15MPA TIPO C - ESCAVAÇÃO E CONFECÇÃO

10,00 UN. 34,91 81,46 349,11 814,59 1.163,70 116,37

1.3 SINAPI 79517/001 ESCAVACAO MANUAL DE CAVAS (ATÉ 1,50 M) PARA PASSAGEM DE TUBULAÇÕES 108,73 M³ 6,05 14,12 657,90 1.535,09 2.192,99 20,17

1.5 SINAPI 79488 REATERRO MANUAL DE VALAS 15,64 M³ 1,59 3,71 24,87 58,02 82,88 5,3

2 TRATAMENTO

2.1 COTAÇÃO FILTRO VORTEX WFF 100 (ATÉ 200M²) AQUASTOCK 9 UN. 1.650,00 - 14.850,00 14.850,00 -

3 RESERVATÓRIO INFERIOR

3.1 AGETOP 051036 CONCRETO USINADO CONVENCIONAL FCK=25 MPA (OB.C.) 17,10 M³ 276,68 - 4.731,23 4.731,23 -

3.2 AGETOP 060801 LANÇAMENTO/APLICAÇÃO DE CONCRETO - (OBRAS CIVIS) 17,10 KG 152,74 2.611,85 - 2.611,85 -

3.3 SINAPI 74254/002ARMACAO ACO CA-50, DIAM. 6,3 (1/4) À 12,5MM(1/2) -FORNECIMENTO/ CORTE (PERDA DE

10%) / DOBRA / COLOCAÇÃO1.539,00 KG 2,34 5,45 3.596,64 8.392,17 11.988,81 7,79

3.4 SINAPI 84218

FORMA PARA ESTRUTURAS DE CONCRETO (PILARES, VIGAS E LAJES) EM CHAPA DE

MADEIRA COMPENSADA PLASTIFICADA 1,10X2,20M, 12MM, 03 UTILIZAÇÕES

(FABRICAÇÃO/MONTAGEM/DESMONTAGEM)

190,36 M² 11,04 25,75 2.101,00 4.902,34 7.003,34 36,79

3.5 SINAPI 74066/001IMPERMEABILIZACAO DE SUPERFICIE, COM IMPERMEABILIZANTE FLEXIVEL A BASE DE

ELASTOMERO85,50 M² 13,37 31,21 1.143,48 2.668,11 3.811,59 44,58

3.6 AGETOP 082304 TUBO DE PVC RÍGIDO SÉRIE "A" ESGOTO SANITÁRIO Ø 100 MM (FREIO DE ÁGUA) 2,30 M 12,71 7,58 29,23 17,43 46,67 -

3.7 SINAPI 89584JOELHO 90 GRAUS, PVC, SÉRIE R, ÁGUA PLUVIAL, DN 100MM, INSTALADO E RAMAL OU

SUBRAMAL DE ÁGUA FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO (FREIO DE ÁGUA) 3 UN. 6,858 16,002 20,57 48,01 68,58 22,86

4 SUCÇÃO

4.1 SINAPI 89357TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 32MM, INSTALADO E RAMAL OU SUBRAMAL DE ÁGUA

FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO2,55 m 5,157 12,033 13,15 30,68 43,83 17,19

4.2 SINAPI 89492 JOELHO 90 GRAUS, PVC, SOLDÁVEL, DN 32MM, INSTALADO 1,00 UN. 1,101 2,569 1,10 2,57 3,67 3,67

5 501 BOMBEAMENTO

5.1COTAÇÃO/

LEROY MERLIN86636501 BOMBA D'ÁGUA CENTRÍFUGA PRATIKA CP-6R 1 CV 127V (110 V) 1,00 UN. 0 773,9 - 773,90 773,90 -

5.2 SINAPI 89390 UNIÃO, PVC, SOLDÁVEL, DN 32MM, INSTALADO 2,00 UN. 4,086 9,534 8,17 19,07 27,24 13,62

5.3 SINAPI 73796/002 VÁLVULA DE PÉ COM CRIVO Ø 32MM (1") - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO 1,00 UN. 11,25 26,25 11,25 26,25 37,50 37,5

5.4 SINAPI 73795/003 VÁLVULA DE RETENÇÃO VERTICAL Ø 32MM (1") - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO 1,00 UN. 14,877 34,713 14,88 34,71 49,59 49,59

5.5 SINAPI 89368 JOELHO 45 GRAUS, PVC, SOLDÁVEL, DN 32MM, INSTALADO 2,00 UN. 2,208 5,152 4,42 10,30 14,72 7,36

5.6 SINAPI 89443 TE, PVC, SOLDÁVEL, DN 32MM, INSTALADO 2,00 UN. 2,304 5,376 4,61 10,75 15,36 7,68

5.7 AGETOP 080903 REGISTRO DE GAVETA BRUTO 1" 3,00 UN 12,19 29,18 36,57 87,54 124,11 -

5.8 SINAPI 89492 JOELHO 90 GRAUS, PVC, SOLDÁVEL, DN 32MM, INSTALADO 1,00 UN. 1,101 2,569 1,10 2,57 3,67 3,67

5.9 SINAPI 89391 ADAPTADOR CURTO COM BOLSA E ROSCA PARA REGISTRO, PVC, SOLDÁVEL, DN 32M 2,00 UN. 1,557 3,633 3,11 7,27 10,38 5,19

5.10 SINAPI 89357TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 32MM, INSTALADO E RAMAL OU SUBRAMAL DE ÁGUA

FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO2 m 5,157 12,033 10,31 24,07 34,38 17,19

MEDICINA

Page 59: ANÁLISE DE CONFIGURAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE ...LISE_DE...De acordo com Fritzen e Binda (2011), o ciclo hidrológico no meio urbano sofre alterações devido a: impermeabilização

INCC

ITEM REFERÊNCIA CÓDIGO DESCRIÇÃO QUANT. UN. R$ M.D.O. R$ MATERIAL

R$ TOTAL

MÃO DE

OBRA

R$ TOTAL

MATERIAL

R$ TOTAL

SERVIÇO

R$ TOTAL

SERVIÇO

6 RECALQUE

6.1 SINAPI 89357TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 32MM, INSTALADO E RAMAL OU SUBRAMAL DE ÁGUA

FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO43,55 m 5,157 12,033 224,59 524,04 748,62 17,19

6.2 SINAPI 89492JOELHO 90 GRAUS, PVC, SOLDÁVEL, DN 32MM, INSTALADO E RAMAL OU SUBRAMAL DE

ÁGUA FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO5 UN. 1,101 2,569 5,51 12,85 18,35 3,67

7 RESERVATÓRIO SUPERIOR

7.1 SINAPI 88503 CAIXA D'ÁGUA EM POLIETILENO, 1000 LITROS COM ACESSÓRIOS 2,00 UN. 175,11 408,60 350,23 817,19 1.167,42 583,71

7.2 SINAPI 72784 ADAPTADOR PVC SOLDAVEL COM FLANGES E ANEL PARA CAIXA D'AGUA 25MMX3/4 3,00 UN. 4,15 9,67 12,44 29,02 41,46 13,82

7.3 SINAPI 74058/003 TORNEIRA BÓIA Ø 1" mm 3,00 UN 21,14 49,32 63,41 147,95 211,35 70,45

7.4 COTAÇÃO SENSORES ICOS LA 26 M 40 2,00 UN. 0,00 30,00 - 60,00 60,00 -

13.283,26 41.760,79 55.104,05 -CUSTO DA OBRA

MEDICINA

Page 60: ANÁLISE DE CONFIGURAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE ...LISE_DE...De acordo com Fritzen e Binda (2011), o ciclo hidrológico no meio urbano sofre alterações devido a: impermeabilização

INCC

ITEM REFERÊNCIA CÓDIGO DESCRIÇÃO QUANT. UN. R$ M.D.O. R$ MATERIALR$ TOTAL

MÃO DE OBRA

R$ TOTAL

MATERIAL

R$ TOTAL

SERVIÇO

Preço

SINAPI

1 CAPTAÇÃO

1.1 AGETOP 082304 TUBO DE PVC RÍGIDO SÉRIE "A" ESGOTO SANITÁRIO Ø 100 MM 851,84 M 12,71 7,58 10.826,89 6.456,95 17.283,83 -

1.2 SINAPI 74104/001

CAIXA DE INSPEÇÃO EM ALVENARIA DE TIJOLO 60X60CM, REVESTIDA INTERNAMENTE

COM BARRA LISA (CIMENTO E AREIA, TRAÇ 1:4) E=2,0CM, COM TAMPA PRÉ-MOLDADA DE

CONCRETO E FUNDO DE CONCRETO 15MPA TIPO C - ESCAVAÇÃO E CONFECÇÃO

72,00 UN. 34,91 81,46 2.513,59 5.865,05 8.378,64 116,37

1.3 SINAPI 79517/001 ESCAVACAO MANUAL DE CAVAS DE TUBULAÇÕES + RESERVATÓRIO 2212,47 M³ 6,05 14,12 13.387,66 31.237,86 44.625,52 20,17

1.5 SINAPI 79488 REATERRO MANUAL DE VALAS 100,00 M³ 1,59 3,71 159,00 371,00 530,00 5,3

2 TRATAMENTO

2.1 COTAÇÃO FILTRO VORTEX WFF 100 (ATÉ 200M²) AQUASTOCK - Medicina 9 UN. 1.650,00 14.850,00 14.850,00 -

2.2 COTAÇÃO FILTRO VORTEX WFF 100 (ATÉ 200M²) AQUASTOCK - Fisioterapia 5 UN. 1.650,00 8.250,00 8.250,00 -

2.3 COTAÇÃO FILTRO VORTEX WFF 100 (ATÉ 200M²) AQUASTOCK - Biomedicina 6 UN. 1.650,00 9.900,00 9.900,00 -

2.4 COTAÇÃO FILTRO VORTEX WFF 150 (ATÉ 500M²) AQUASTOCK - Biomedicina 1,00 UN. 2.400,00 2.400,00 2.400,00 -

3 RESERVATÓRIO INFERIOR

3.1 AGETOP 051036 CONCRETO USINADO CONVENCIONAL FCK=25 MPA (OB.C.) 19,81 M³ 276,68 5.481,03 5.481,03 -

3.2 AGETOP 060801 LANÇAMENTO/APLICAÇÃO DE CONCRETO - (OBRAS CIVIS) 19,81 KG 152,74 3.025,78 - 3.025,78 -

3.3 SINAPI 74254/002ARMACAO ACO CA-50, DIAM. 6,3 (1/4) À 12,5MM(1/2) -FORNECIMENTO/ CORTE (PERDA DE

10%) / DOBRA / COLOCAÇÃO1.782,90 KG 2,34 5,45 4.166,64 9.722,15 13.888,79 7,79

3.4 SINAPI 84218

FORMA PARA ESTRUTURAS DE CONCRETO (PILARES, VIGAS E LAJES) EM CHAPA DE

MADEIRA COMPENSADA PLASTIFICADA 1,10X2,20M, 12MM, 03 UTILIZAÇÕES

(FABRICAÇÃO/MONTAGEM/DESMONTAGEM)

198,09 M² 11,04 25,75 2.186,32 5.101,41 7.287,73 36,79

3.5 SINAPI 74066/001IMPERMEABILIZACAO DE SUPERFICIE, COM IMPERMEABILIZANTE FLEXIVEL A BASE DE

ELASTOMERO89,75 M² 13,37 31,21 1.200,25 2.800,58 4.000,83 44,58

3.6 AGETOP 082304 TUBO DE PVC RÍGIDO SÉRIE "A" ESGOTO SANITÁRIO Ø 100 MM (FREIO DE ÁGUA) 2,30 M 12,71 7,58 29,23 17,43 46,67

3.7 SINAPI 89584JOELHO 90 GRAUS, PVC, SÉRIE R, ÁGUA PLUVIAL, DN 100MM, INSTALADO E RAMAL OU

SUBRAMAL DE ÁGUA FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO (FREIO DE ÁGUA) 3 UN. 6,858 16,002 20,57 48,01 68,58 22,86

4 SUCÇÃO

4.1 SINAPI 89508TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 40MM, INSTALADO E RAMAL OU SUBRAMAL DE ÁGUA

FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO3,55 m 3,165 7,385 11,24 26,22 37,45 10,55

5 BOMBEAMENTO

5.1ROYAL

MÁQUINAS22754 BOMBA CENTRÍFUGA - BC-22R - 4,00CV TRIFÁSICA - SCHNEIDER 1,00 UN. 0 1830 1.830,00 1.830,00 -

5.2 SINAPI 89568 UNIÃO, PVC, SOLDÁVEL, DN 40MM, INSTALADO 2,00 UN. 6,585 15,365 13,17 30,73 43,90 21,95

5.3 SINAPI 73796/003 VÁLVULA DE PÉ COM CRIVO Ø 40MM (1") - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO 1,00 UN. 16,821 39,249 16,82 39,25 56,07 56,07

5.4 SINAPI 73795/004 VÁLVULA DE RETENÇÃO VERTICAL Ø 40MM (1") - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO 1,00 UN. 17,211 40,159 17,21 40,16 57,37 57,37

5.5 SINAPI 89498 JOELHO 45 GRAUS, PVC, SOLDÁVEL, DN 40MM, INSTALADO 2,00 UN. 1,911 4,459 3,82 8,92 12,74 6,37

5.6 SINAPI 89623 TE, PVC, SOLDÁVEL, DN 40MM, INSTALADO 2,00 UN. 3,588 8,372 7,18 16,74 23,92 11,96

5.7 AGETOP 080903 REGISTRO DE GAVETA BRUTO 1" 3,00 UN 12,19 29,18 36,57 87,54 124,11 -

5.8 SINAPI 89497 JOELHO 90 GRAUS, PVC, SOLDÁVEL, DN 40MM, INSTALADO 1,00 UN. 1,722 4,018 1,72 4,02 5,74 5,74

5.9 SINAPI 89570 ADAPTADOR CURTO COM BOLSA E ROSCA PARA REGISTRO, PVC, SOLDÁVEL, DN 40M 2,00 UN. 1,776 4,144 3,55 8,29 11,84 5,92

5.10 SINAPI 89448TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 40MM, INSTALADO E RAMAL OU SUBRAMAL DE ÁGUA

FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO2 m 2,928 6,832 5,86 13,66 19,52 9,76

PLANILHA ORÇAMENTÁRIA - CENÁRIO 2

Page 61: ANÁLISE DE CONFIGURAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DE ...LISE_DE...De acordo com Fritzen e Binda (2011), o ciclo hidrológico no meio urbano sofre alterações devido a: impermeabilização

INCC

ITEM REFERÊNCIA CÓDIGO DESCRIÇÃO QUANT. UN. R$ M.D.O. R$ MATERIALR$ TOTAL

MÃO DE OBRA

R$ TOTAL

MATERIAL

R$ TOTAL

SERVIÇO

Preço

SINAPI

6 RECALQUE

6.1 SINAPI 89447TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 32MM, INSTALADO E RAMAL OU SUBRAMAL DE ÁGUA

FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO - CENÁRIO 22 m 2,034 4,746 4,07 9,49 13,56 6,78

6.2 SINAPI 89356TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM, INSTALADO E RAMAL OU SUBRAMAL DE ÁGUA

FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO - BIOMEDICINA161,72 M 3,624 8,456 586,07 1.367,50 1.953,58 12,08

6.3 SINAPI 89356TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM, INSTALADO E RAMAL OU SUBRAMAL DE ÁGUA

FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO - FISIOTERAPIA263,08 M 3,624 8,456 953,40 2.224,60 3.178,01 12,08

6.4 SINAPI 89357TUBO, PVC, SOLDÁVEL, DN 32MM, INSTALADO E RAMAL OU SUBRAMAL DE ÁGUA

FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO - MEDICINA164,21 m 5,157 12,033 846,83 1.975,94 2.822,77 17,19

6.5 SINAPI 89362JOELHO 90 GRAUS, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM, INSTALADO E RAMAL OU SUBRAMAL DE

ÁGUA FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO Biomedicina7 M 2,223 5,187 15,56 36,31 51,87 7,41

6.6 SINAPI 89362JOELHO 90 GRAUS, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM, INSTALADO E RAMAL OU SUBRAMAL DE

ÁGUA FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO Fisioterapia5 M 2,223 5,187 11,12 25,94 37,05 7,41

6.7 SINAPI 89492JOELHO 90 GRAUS, PVC, SOLDÁVEL, DN 32MM, INSTALADO E RAMAL OU SUBRAMAL DE

ÁGUA FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO - Medicina6 UN. 1,101 2,569 6,61 15,41 22,02 3,67

6.8 SINAPI 89368 JOELHO 45 GRAUS, PVC, SOLDÁVEL, DN 32MM, INSTALADO - Medicina 2,00 UN. 2,208 5,152 4,42 10,30 14,72 7,36

6.9 SINAPI 89363 JOELHO 45 GRAUS, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM, INSTALADO - Fisioterapia 2,00 UN. 1,554 3,626 3,11 7,25 10,36 5,18

6.11 SINAPI 89363 JOELHO 45 GRAUS, PVC, SOLDÁVEL, DN 25MM, INSTALADO - Biomedicina 2,00 UN. 1,554 3,626 3,11 7,25 10,36 5,18

6.12 SINAPI 89623 TE, PVC, SOLDÁVEL, DN 32MM, INSTALADO EM PRUMADA DE ÁGUA FORNECIMENTO 2,00 UN. 1,965 4,585 3,93 9,17 13,10 6,55

7 RESERVATÓRIO SUPERIOR

7.1 SINAPI 88503 CAIXA D'ÁGUA EM POLIETILENO, 1000 LITROS COM ACESSÓRIOS 2,00 UN. 175,11 408,60 350,23 817,19 1.167,42 583,71

7.2 SINAPI 72784 ADAPTADOR PVC SOLDAVEL COM FLANGES E ANEL PARA CAIXA D'AGUA 25MMX3/4 3,00 UN. 4,15 9,67 12,44 29,02 41,46 13,82

7.3 SINAPI 74058/003 TORNEIRA BÓIA Ø 1" mm 3,00 UN 21,14 49,32 63,41 147,95 211,35 70,45

7.4 COTAÇÃO SENSORES ICOS LA 26 M 40 2,00 UN. 0,00 30,00 60,00 60,00 -

7.5 SINAPI 88503 CAIXA D'ÁGUA EM POLIETILENO, 1000 LITROS COM ACESSÓRIOS 1,00 UN. 175,11 408,60 175,11 408,60 583,71 583,71

7.6 SINAPI 72784 ADAPTADOR PVC SOLDAVEL COM FLANGES E ANEL PARA CAIXA D'AGUA 25MMX3/4 3,00 UN. 4,15 9,67 12,44 29,02 41,46 13,82

7.7 SINAPI 74058/003 TORNEIRA BÓIA Ø 1" mm 3,00 UN 21,14 49,32 63,41 147,95 211,35 70,45

7.8 ICOS LA26M-40 SENSORES 2,00 UN. 30,00 60,00 60,00 -

7.10 SINAPI 88503 CAIXA D'ÁGUA EM POLIETILENO, 1000 LITROS COM ACESSÓRIOS 1,00 UN. 175,11 408,60 175,11 408,60 583,71 583,71

7.10 SINAPI 72784 ADAPTADOR PVC SOLDAVEL COM FLANGES E ANEL PARA CAIXA D'AGUA 25MMX3/4 3,00 UN. 4,15 9,67 12,44 29,02 41,46 13,82

7.11 SINAPI 74058/003 TORNEIRA BÓIA Ø 1" mm 3,00 UN 21,14 49,32 63,41 147,95 211,35 70,45

7.12 ICOS LA26M-40 SENSORES 2,00 UN. 30,00 60,00 60,00 -

40.497,35 111.290,34 153.630,37 -CUSTO DA OBRA

PLANILHA ORÇAMENTÁRIA - CENÁRIO 2