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Análise do cenário para a Indústria da Construção em 2015 1º Panorama Econômico e Jurídico Adriano Pitoli Análise Setorial e Inteligência de Mercado

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Análise do cenário para a Indústria da Construção em 2015

1º Panorama Econômico e Jurídico

Adriano PitoliAnálise Setorial e Inteligência de Mercado

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Média histórica

Brasil | Destaques – ambiente econômico

EXPECTATIVAS DO EMPRESÁRIO

CONFIANÇA DO CONSUMIDOR

Forte deterioração da confiança afetou dramaticamente a atividade

econômica.

PIB total: revisão de -1,4 pp (para 0,2%)

PIB construção: revisão de -6,0 pp (para -3,8%)

Projeção de renda (total) inalterada (em 2,7%) comprova efeito

central das expectativas

Setores mais afetados são os ligados a investimento (bens de capital

e construção civil) e consumo de duráveis (automóveis e linha

branca)

Confiança dos empresários e dos consumidores seguem em

deterioração, o que não traz boas perspectivas para 2015

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Brasil | Destaques – expectativa 2015

Não há espaço para retomada vigorosa em 2015

PIB Total: 1,0%

PIB Construção: 2,7%

Números positivos de 2015 decorrem somente de “efeito base”

Novo governo terá que (re)construir reputação e confiança

Ano de ajustes macroeconômicos

Novas elevações de juros

Reajuste de tarifas (energia, combustíveis, transp. public.)

Elevações de impostos e cortes de gastos públicos

Uma simples redução da incerteza política deve favorecer alguma melhora da confiança em

2015.

Porém, nível de incerteza continua muito elevado

Riscos seguem assimétricos para baixo; porém, não se pode descartar “recuperação mais

rápida”

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Crescimento potencial do Brasil é próximo de 3%, mas deverá correr abaixo até 2018

Festa do consumo acabou – na melhor das hipóteses consumo cresce próximo ao

PIB de agora em diante.

Taxa de câmbio deve mostrar desvalorização adicional – alta de juros nos EUA,

preços de commodities e déficit em transações correntes

Condições para uma recomposição da confiança:

Retomar tripé macroeconômico (foco na meta de inflação, aumento do superávit

primário e menos intervenções no câmbio)

Acabar com a “contabilidade criativa” nas contas públicas

Eliminar a prática de controle de preços administrados e criar regras transparentes

Evitar o intervencionismo nos setores e as mudanças constantes nas regras tributárias

Recuperar importância e caráter técnico das agências reguladoras

Brasil | Destaques – expectativas de médio prazo

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Condições para elevar o crescimento potencial:

Reformas prioritárias (tributária e previdenciária)

Retomar a abertura da economia e desatar o nó do Mercosul

Promover programa amplo de concessões de infraestrutura

Agenda de desburocratização

Mesmo num cenário pessimista, porém, instituições devem reagir para evitar

“argentinização”.

Brasil | Destaques – expectativas de médio prazo

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Brasil | Destaques – expectativa médio prazo

Construção civil deve retomar papel de destaque na atividade econômica

Investimentos em infraestrutura devem assumir novo patamar

Usinas hidrelétricas

Concessões de rodovias e aeroportos

PPPs de mobilidade urbana (metrô, VLT e BRT)

PPPs e concessões em saneamento

Amplo potencial para o mercado imobiliário

Crédito imobiliário/ PIB ainda está abaixo dos 10%

Ampla demanda potencial por “melhores moradias”

Maiores oportunidades estão no Nordeste, Norte e Centro-Oeste

Custos da construção seguirão pressionados, principalmente mão de obra

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DADOS TRIMESTRAISO Índice de Atividade da Construção Imobiliária (IACI) mede a área em construção (em fasede fundação, estrutura ou acabamento) de obras imobiliárias residenciais, comerciais, deturismo e outros, com abrangência nacional.

O IACI integra o Monitor da Construção Civil (MCC), um conjunto de índices elaborado emparceria entre a Tendências e a Criactive. O MCC (www.monitormcc.com.br) é uma plataformaque compila e gera mais de quatrocentos indicadores para o mercado da construção civil, quepermitem monitorar sua dinâmica em seus mais diversos segmentos.

O IACI de outubro recuou 2% em relação a setembro, considerando os dados livres de efeitossazonais. Com este resultado, a metragem total em construção voltou aos níveis verificadosno fim de 2009. O cenário econômico tem gerado represamento de novosempreendimentos, e, consequentemente, diminuição da atividade nas diversas fases daconstrução.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, a queda do índice foi de 10,4%. Noacumulado do ano, o IACI apresentou uma diminuição de 2,1% (média de janeiro aoutubro de 2014 ante ao mesmo período de 2013), considerando os ajustes sazonais.

Índice de Atividade da Construção Imobiliária (IACI)

IACI (NÚMERO ÍNDICE)

Fonte: MCC

Dados até outubro/14

Nº Índice t/t-1 t/t-4Dessaz

t/t-1

2011 114.11 5.7%

2012 118.33 3.7%

2013 116.44 -1.6%

jan-out/2013 116.02 -1.6%jan-out/2014 113.56 -2.1%

4T11 119.44 2.0% 9.9% 1.7%

1T12 116.26 -2.7% 7.0% -0.8%

2T12 117.56 1.1% 5.7% 0.6%

3T12 119.93 2.0% 2.5% 1.0%

4T12 119.57 -0.3% 0.1% -0.6%

1T13 115.70 -3.2% -0.5% -1.2%

2T13 115.25 -0.4% -2.0% -1.4%

3T13 116.15 0.8% -3.2% 0.1%

4T13 118.64 2.1% -0.8% 1.9%

1T14 116.37 -1.9% 0.6% 0.0%

2T14 116.33 0.0% 0.9% -1.0%

3T14 110.34 -5.1% -5.0% -5.8%

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Monitor da Construção Civil – Tendências-Criactive

IACI BRASIL X IACI GOIÁS

IACI-L BRASIL X IACI-L GOIÁS

Fonte: MCC (dados até out/14)

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Mercado Imobiliário – Oferta de Imóveis

OFERTA DE IMÓVEIS EM SÂO PAULO (COM AJUSTE SAZONAL)

Fonte: Secovi-SP (dados até set/14)

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Monitor da Construção Civil – Tendências-Criactive

Índice de Fundação “antecede” o Índice de Estrutura em 4 meses

Índice de Lançamentos “antecede” em 8 meses

Fundo do poço da fase de estrutura deve ocorrer no 4ºTri

Índice de Atividade da Construção Imobiliária (IACI)

IACI-FUNDAÇÃO X IACI-ESTRUTURA*

*Média móvel 3 meses. Fonte: MCC (dados até out/14)

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PREÇO DO IMÓVEL MOSTRA FORTE SENSIBILIDADE À

ATIVIDADE ECONÔMICA

CRESCIMENTO ECONÔMICO (EMPREGO) (ÚLTIMOS 24 MESES)

VA

R. %

PR

EÇO

IMÓ

VEL

(ÚLT

IMO

S2

4 M

ESES

)

Municípios: SE: São Paulo, Santo Andre, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Campinas, Osasco,

Guarulhos, Santos, Guarujá, São Vicente, Praia Grande, Rio de Janeiro, Niteroi, Belo Horizonte, Contagem,

Vila Velha; S: Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre; NE: Salvador, Recife, Fortaleza; CO: Brasília

Excluídos: Contagem, Curitiba, Distrito Federal, Goiânia e Vitória

Fonte: Fipezap (dados até out/14) e CAGED (dados até set/14)

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12Hipóteses – cenários reeleição de Dilma

Elaboração: Tendências

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13PIB

Elaboração: Tendências

Média 2015 – 2018

Básico: 1,7%

Pessimista: 0,4%

Otimista: 2,4%

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14Taxa de desemprego e renda real

Elaboração: Tendências

Média 2015 – 2018

Básico: 6,9%

Pessimista: 7,9%

Otimista: 6,3%

Média 2015 – 2018

Básico: 0,3%

Pessimista: -0,3%

Otimista: 0,7%

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15Taxa de câmbio

Elaboração: Tendências

Média 2015 – 2018

Básico: 3,07/US$

Pessimista: 3,47/US$

Otimista: 2,81/US$

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16IPCA

Elaboração: Tendências

Média 2015 – 2018

Básico: 6,2%

Pessimista: 6,8%

Otimista: 5,9%

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Fonte: IBGE (Elaboração e projeções: Tendências)

(Q/Q-4)

Panorama de curto prazo - Inflação

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18Selic e taxa de juro real

Elaboração: Tendências

Média 2015 – 2018

Básico: 11,3%

Pessimista: 9,6%

Otimista: 10,4%

Média 2015 – 2018

Básico: 4,9%

Pessimista: 2,7%

Otimista: 4,6%

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Brasil | Destaques – superciclo do consumo acabou

Fonte: IBGE *Projeção Tendências

EVOLUÇÃO COMPARATIVA PIB X RENDA DAS FAMÍLIAS X VENDAS NO VAREJO

Por dez anos (2004 a 2013), o consumo cresceu, em média, o dobro do PIB (7,8% x 3,7%) e 40% a mais que

a renda (7,8% x 5,3% a.a.).

Daqui para frente, o espaço para o consumo crescer acima do PIB é bastante limitado.

Além disso, os riscos são assimétricos – o cenário de consumo pode sofrer novas revisões para baixo.

Há até um risco não desprezível de uma “super-ressaca”, como a de 1998-2002

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Brasil | Destaques – gatilhos para o cenário pessimista

Fonte: IBGE *Projeção Tendências

EVOLUÇÃO COMPARATIVA PIB X RENDA DAS FAMÍLIAS X VENDAS NO VAREJO

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Termos de Troca(2006=100)

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Conta Capital e Financeira - 12m (US$ milhões)

Cenário Básico

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• Renda total das famílias deve continuar mostrando evolução bem mais modesta, próxima ao PIB (mas

ainda superior), padrão que se estabeleceu desde 2013 em boa medida por conta da renda do

trabalho.

• O destaque deve continuar sendo os benefícios previdenciários (5,2 % aa x 0,9% da renda do trabalho

entre 2015 e 2019) em virtude da valorização do salário mínimo e do aumento da proporção da

população idosa no País.

• Bolsa Família já está praticamente universalizado, o que justifica evolução bem mais modesta daqui

por diante.

Renda total das famílias

Fonte: IBGE. (Projeção: Tendências)

Renda das famílias (ampliada)Ano

Total Trab INSSBolsa

Fam.

Out

Rendas100% 79% 16% 1% 4%

2010 6.3% 6.5% 7.1% 10.4% -3.0%

2011 2.7% 2.3% 5.2% 13.0% -1.1%

2012 9.2% 8.4% 8.6% 15.4% 29.6%

2013 4.0% 4.4% 5.6% 11.1% -10.6%

2014 2.7% 2.5% 3.3% 2.7% 5.0%

2015 2.1% 0.9% 7.6% 1.7% 3.0%

2016 1.4% 0.7% 4.3% 1.1% 3.0%

2017 1.5% 0.8% 4.6% 1.3% 3.0%

2018 1.9% 1.1% 5.0% 1.0% 3.0%

2019 1.8% 1.1% 4.3% 1.1% 3.0%

04-13 5.7% 5.5% 6.5% 10.9% 6.0%

15-19 1.7% 0.9% 5.2% 1.2% 3.0%

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%

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• A exemplo de 2013, renda do trabalho deve continuar mostrando desempenho bem mais modesto

Baixo ritmo de geração de empregos reflete atividade econômica debilitada

Menor margem para ganhos de renda real, que deverá passar a refletir mais intensamente o baixo ritmo

de ganhos de produtividade do País

• Início de 2014 mostrou até uma boa evolução da renda do trabalho, mas que já não se sustenta diante da

forte piora da atividade econômica ao longo do 2T14 e da expectativa de lenta recuperação no restante do

ano.

• Renda do trabalho deve crescer apenas 1,2% a.a. entre 2014 e 2019, ritmo abaixo do PIB (1,5% a.a.).

Renda do trabalho

Fonte: IBGE. Dados até ago/14. (Projeção: Tendências)

Renda do trabalho Renda

trabalho

renda

médiaOcupação

2010 8.1% 4.4% 3.5%

2011 5.0% 2.9% 2.1%

2012 6.6% 4.3% 2.2%

2013 2.1% 1.5% 0.7%

2014 2.5% 2.8% -0.2%

2015 0.9% 0.6% 0.4%

2016 0.7% -0.1% 0.8%

2017 0.8% -0.3% 1.1%

2018 1.1% -0.2% 1.3%

2019 1.1% -0.2% 1.3%

04-13 5.5% 2.7% 2.3%

14-19 1.2% 0.7% 0.8%

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Proj.

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Massa de renda disponível

Fonte: IBGE (Elaboração Tendências)

Itens “não comprimíveis” dão sinais de arrefecimento, diante da menor

pressão de alimentos

Reajuste nos preços de energia, transporte urbano e gasolina devem

exercer alguma pressão no orçamento familiar em 2015

Habitação, Transportes, Comunicação, Saúde e cuidados pessoais, Educação, Alimentação e bebidas

61.0%

61.5%

62.0%

62.5%

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Peso itens não-comprimíveis

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Taxa de inadimplência – Pessoa Física – recursos livres

• A evolução recente corrobora nossa perspectiva de que o ciclo de queda da inadimplência chegou ao fim. O espaço para

novos recuos do indicador se esvaiu, em um contexto que combina notável fraqueza da atividade econômica, elevação

das taxas de juros, acomodação do emprego e da renda e inflação elevada. Para 2015, desaceleração da massa de renda

e piores condições de financiamentos devem provocar novas elevações da inadimplência das famílias (projeção de 7,3%)

• No médio prazo, o modesto crescimento da renda, acomodação do comprometimento e a expansão de modalidades de

maior qualidade tendem a manter a inadimplência em níveis relativamente favoráveis. Nossa projeção para a

inadimplência PF para o período 2016-2019 é de média de 7,1%, com tendência de queda a partir de 2017.

Fonte: Banco Central. Projeções Tendências. Dados realizados até set/14

Inadimplência PF (%)Taxa de Inadimplência PF – recursos livres

AnoTx. final de

ano

2009 8.0

2010 6.0

2011 7.7

2012 8.0

2013 6.7

2014 6.6

2015 7.3

2016 7.4

2017 7.2

2018 7.0

2019 6.9

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Projeção

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VAR.

ANUAL

SÉRIE

VARIAÇÃO MÉDIA (a.a.)

Baixa confiança gerou expressiva desalavancagem das famílias

Aumento recente das taxas de juros e acomodação dos prazos começam a se

refletir em maior comprometimento mensal

Retomada das concessões também influencia o movimento

Fonte: Banco Central *(Serviço da dívida/Massa de renda), projeção Tendências

COMPROMETIMENTO DE RENDA (% )

Comprometimento da Renda

15%

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21%

23%

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27%

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31%

33%

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014*2015*2016*2017*2018*2019*

Projeções

15%

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24%

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Comprometimento da renda - Tendências Comprometimento da renda - BC

Proj.

2012 30.2% -0.1

2013 28.7% -1.5

2014* 29.6% 1.0

2015* 30.5% 0.8

2016* 31.1% 0.6

2017* 31.4% 0.3

2018* 31.6% 0.2

2019* 31.6% 0.0

Méd. 14-15 0.90

Méd. 16-19 0.29

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Saldo de Crédito – Pessoa Física – recursos totais

Fonte: Banco Central. Projeções Tendências. Dados realizados até set/14

-10%

-5%

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5

jan-1

6

jan-1

7

jan-1

8

jan-1

9

Total PF Var. t/t-12 (%)

R$ bi

Projeção

• Carteira de crédito às famílias vem sendo sustentada pelo crédito direcionado pelo menos desde 2013, enquanto que

crédito livre entrou em franca desaceleração

• Nos últimos meses, crédito livre passou a registrar crescimento real negativo, impactado especialmente pela queda no

saldo das operações de financiamento de veículos

• Crédito direcionado ainda cresce a taxas expressivas, mas já mostra tendência mais clara de desaceleração, como o

crédito imobiliário

• Para próximos anos, expectativa é de que crédito livre mostre recuperação ante aos fracos resultados dos últimos dois

anos. De todo modo, crédito direcionado mantém crescimento acima da média

• No médio prazo, crédito deve se favorecer da melhora no perfil das dívidas das famílias, possibilitando queda estrutural

dos spreads e acomodação da inadimplênciaAno Livre Direc. Total PF

2004 28.2% 3.6% 18.7%

2005 30.7% 5.6% 22.2%

2006 21.0% 17.7% 20.0%

2007 27.5% 17.1% 24.5%

2008 18.7% 11.4% 16.8%

2009 11.1% 16.4% 12.4%

2010 13.7% 25.6% 16.9%

2011 6.3% 24.3% 11.4%

2012 4.1% 23.7% 10.4%

2013 1.6% 24.7% 9.8%

2014 -0.5% 15.0% 5.8%

2015 2.0% 9.1% 5.1%

2016 2.7% 9.3% 5.7%

2017 3.6% 9.1% 6.2%

2018 3.5% 8.5% 5.9%

2019 3.4% 8.0% 5.7%

Méd. 15-19 3.1% 8.8% 5.7%

PF

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VAR. ANUALPROD.

DADOS TRIMESTRAIS

CRESCIMENTO MÉDIO (a.a.)

DADOS ANUAIS

Para 2015, a expectativa é de crescimento nominal de 15,8% ante 2014 (+6,9% em termos reais). Já para o

período de 2016-19, nossa estimativa é de +11,5% a.a. (5,9% em termos reais).

Nossa estimativa de crescimento moderado em 2014 é explicada pela piora da atividade econômica aliada à

desaceleração no mercado de trabalho, ao recente aumento das taxas de juros para a modalidade (apesar da

manutenção de condições ainda relativamente favoráveis para os financiamentos imobiliários) e à deterioração da

confiança dos agentes, que são alguns dos principais condicionantes da demanda por crédito e que deverão dar o tom

morno para os resultados dos próximos meses.

Contudo, ainda que o cenário para financiamentos se mostre positivo, nossa projeção contempla redução do ritmo

de crescimento dos empréstimos para este e o próximo ano. Esse cenário se baseia: (i) no recente aumento das

taxas de juros para a modalidade, ainda que as condições sigam favoráveis para os financiamentos imobiliários; e (ii)

na piora do ambiente econômico em geral, que tem levado à forte deterioração da confiança dos agentes.

Para os próximos anos, nossa expectativa é de continuidade do avanço no número de unidades

financiadas, mas a taxas mais discretas do que na última década, reflexo da piora das expectativas com relação

à atividade econômica. A projeção de PIB passou +1,2% para +1,0% em 2015 e de alta de 3,0% a.a. para +1,9% a.a.

no período entre 2016-19. De toda forma, a expectativa de crescimento para os próximos anos se sustenta:

(i) na expectativa de manutenção das condições favoráveis para o crédito imobiliário; (ii) na estimativa de

crescimento, ainda que moderado, da massa total de rendimentos; (iii) no nível de comprometimento de renda ainda

saudável; (iv) no elevado nível de déficit habitacional brasileiro (5,2 milhões de domicílios em 2012, segundo IPEA);

(iv) na expectativa de aumento das famílias; e (v) na oferta de crédito imobiliário, sustentada por resultados positivos

de captação dos recursos da poupança e pela grande propensão dos bancos públicos na promoção do crédito.

Financiamentos imobiliários - valores

FINANCIAMENTOS IMOBILIÁRIOS - VALORES (R$ BILHÕES)

Dados até setembro/14

T Indice t/t-4 t/t-1 Acum t/t-1

(dessaz)

1T13 20.40 15.9% -15.4% 15.9% 4.9%

2T13 29.24 50.4% 43.3% 34.0% 17.4%

3T13 29.64 37.3% 1.4% 35.2% -0.7%

4T13 29.89 23.9% 0.8% 31.9% 1.4%

1T14 25.23 23.7% -15.6% 23.7% 5.4%

2T14 27.98 -4.3% 10.9% 7.2% -9.0%

3T14 29.81 0.6% 6.6% 4.7% 4.1%

4T14 33.24 11.2% 11.5% 6.5% 12.4%

1T15 27.90 10.6% -16.1% 4.3% 1.5%

2T15 34.23 22.3% 22.7% 11.0% 2.5%

3T15 36.41 22.1% 6.4% 16.7% 3.3%

4T15 36.12 8.6% -0.8% 15.8% 0.6%

2012 82.76 3.6%

2013 109.18 31.9%

2014* 116.27 6.5%

2015* 134.66 15.8%

2016* 152.58 13.3%

2017* 171.52 12.4%

2018* 190.09 10.8%

2019* 208.14 9.5%

Méd. 14-15 11.1%

Méd. 16-19 11.5%

0

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100

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200

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20

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20

19

*

Projeção

Fonte: Banco Central e Abecip, projeção Tendências

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VAR. ANUALPROD.

DADOS TRIMESTRAIS

CRESCIMENTO MÉDIO (a.a.)

DADOS ANUAIS

Nossas projeções para o número total de financiamentos imobiliários do SBPE apontam para altamoderada de 3,1% em 2014 ante 2013. Para 2015, a expectativa é de crescimento de 9,3% ante 2014. Jápara o período de 2016-19, nossa estimativa é de +6,5% a.a..

Nossa estimativa de crescimento moderado em 2014 é explicada pela piora da atividade econômica aliada àdesaceleração no mercado de trabalho, ao recente aumento das taxas de juros para a modalidade (apesar damanutenção de condições ainda relativamente favoráveis para os financiamentos imobiliários) e à deterioração daconfiança dos agentes, que são alguns dos principais condicionantes da demanda por crédito e que deverão dar o tommorno para os resultados dos próximos meses.

Contudo, ainda que o cenário para financiamentos se mostre positivo, nossa projeção contempla redução do ritmode crescimento dos empréstimos para este e o próximo ano. Esse cenário se baseia: (i) no recente aumento dastaxas de juros para a modalidade, ainda que as condições sigam favoráveis para os financiamentos imobiliários; e (ii)na piora do ambiente econômico em geral, que tem levado à forte deterioração da confiança dos agentes.

Para os próximos anos, nossa expectativa é de continuidade do avanço no número de unidadesfinanciadas, mas a taxas mais discretas do que na última década, reflexo da piora das expectativas com relaçãoà atividade econômica. A projeção de PIB passou +1,2% para +1,0% em 2015 e de alta de 3,0% a.a. para +1,9% a.a.no período entre 2016-19. De toda forma, a expectativa de crescimento para os próximos anos se sustenta:(i) na expectativa de manutenção das condições favoráveis para o crédito imobiliário; (ii) na estimativa decrescimento, ainda que moderado, da massa total de rendimentos; (iii) no nível de comprometimento de renda aindasaudável; (iv) no elevado nível de déficit habitacional brasileiro (5,2 milhões de domicílios em 2012, segundo IPEA);(iv) na expectativa de aumento das famílias; e (v) na oferta de crédito imobiliário, sustentada por resultados positivosde captação dos recursos da poupança e pela grande propensão dos bancos públicos na promoção do crédito.

Financiamentos imobiliários - unidades

FINANCIAMENTOS IMOBILIÁRIOS - UNIDADES (MIL UNIDADES)

Dados até setembro/14

T Indice t/t-4 t/t-1 Acum t/t-1

(dessaz)

1T13 103.1 -2.1% -14.7% -8.4% 2.6%

2T13 141.7 30.0% 37.5% 2.7% 16.1%

3T13 142.4 20.7% 0.4% 10.7% -3.8%

4T13 142.6 18.0% 0.2% 16.9% 2.7%

1T14 123.9 20.1% -13.1% 22.1% 5.5%

2T14 132.9 -6.2% 7.3% 12.0% -9.4%

3T14 144.4 1.4% 8.6% 7.0% 3.1%

4T14 145.0 1.7% 0.4% 3.1% 3.5%

1T15 125.7 1.5% -13.3% -0.5% 4.3%

2T15 152.3 14.6% 21.1% 4.7% 1.2%

3T15 160.9 11.4% 5.6% 7.4% 1.2%

4T15 158.0 9.0% -1.8% 9.3% 1.8%

2012 453.2 -8.1%

2013 529.8 16.9%

2014* 546.1 3.1%

2015* 596.9 9.3%

2016* 645.2 8.1%

2017* 690.4 7.0%

2018* 731.1 5.9%

2019* 767.7 5.0%

Méd. 14-15 6.1%

Méd. 16-19 6.5%

0

150

300

450

600

750

900

20

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20

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14

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20

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20

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20

18

*

20

19

*

Projeção

Fonte: Banco Central e Abecip, projeção Tendências

Page 29: Análise do cenário para a Indústria da Construção …...forte piora da atividade econômica ao longo do 2T14 e da expectativa de lenta recuperação no restante do ano. • Renda

VAR. ANUALPROD.

DADOS TRIMESTRAIS

CRESCIMENTO MÉDIO (a.a.)

DADOS ANUAIS

Nossas projeções para o número de vendas de imóveis novos apontam para forte queda de 27,5% em 2014 ante 2013. Para 2015, a expectativa éde crescimento de 14,9% ante 2014. Já para o período de 2016-19, nossa estimativa é de +4,3% a.a..

A série de vendas considera as seguintes capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, Maceió, Goiânia e Belo Horizonte.

Nossa projeção para 2014 é explicada pela forte retração anotada pelo mercado imobiliário no acumulado do ano, com destaque para as cidadesde São Paulo e Rio de Janeiro, que juntas correspondem a cerca de 60% do total de vendas de imóveis novos. No acumulado do ano até setembro,São Paulo apresentou queda de 43,8% ante o mesmo período do ano passado. Já a capital fluminense apresentou queda de 34,7% no acumulado atéjulho, na comparação anual. A piora no mercado imobiliário está atrelada à piora da confiança dos agentes, ao aumento recente das taxas de juros(embora ainda sigam relativamente favoráveis) e à desaceleração do mercado de trabalho.

No acumulado até julho, as vendas na soma das sete capitais caíram 36,4% em comparação com o mesmo período. Todas as capitaisapresentaram redução das vendas durante o período. Apesar da manutenção de condições ainda favoráveis para os financiamentos imobiliários, orecente aumento das taxas de juros para a modalidade contribui para arrefecimento do setor no ano. Soma-se a isso o crescimento mais discreto damassa salarial real e a redução da confiança e do empresário.

A taxa de crescimento esperada para 2015 é, em boa medida, explicada pela base de comparação bastante depreciada, de modo que o volumeainda deve permanecer abaixo do de 2010.

Para os próximos anos, esperamos observar manutenção da alta dos lançamentos, mas a taxas mais discretas do que nos últimos anos. Nossocenário se baseia: (i) na expectativa de manutenção das condições favoráveis para o crédito imobiliário; (ii) na estimativa de crescimento, ainda quemoderado, da massa total de rendimentos; (iii) no nível de comprometimento de renda ainda saudável; (iv) no elevado nível de déficit habitacionalbrasileiro (5,2 milhões de domicílios em 2012, segundo IPEA); (iv) na expectativa de aumento das famílias; e (v) na oferta de crédito imobiliário,sustentada por resultados positivos de captação dos recursos da poupança e pela grande propensão dos bancos públicos na promoção do crédito.

Mercado Imobiliário – Vendas de imóveis novos

VENDA DE IMÓVEIS NOVOS (MIL UNIDADES)

Fonte: IBGE, projeção Tendências

Dados até julho/14

2012 64.6 -13.8%

2013 74.5 15.3%

2014* 54.0 -27.5%

2015* 62.0 14.9%

2016* 64.8 4.5%

2017* 67.7 4.4%

2018* 70.5 4.2%

2019* 73.3 4.0%

Méd. 14-15 -8.7%

Méd. 16-19 4.3%

T Série t/t-4 t/t-1 Acum t/t-1

(dessaz)

1T13 17.1 14.6% 1.5% -10.9% 27.1%

2T13 20.5 19.5% 19.6% -1.8% -0.9%

3T13 17.6 11.9% -14.1% 5.2% -3.5%

4T13 19.3 14.7% 9.9% 15.3% -5.1%

1T14 11.7 -31.4% -39.3% 3.5% -18.3%

2T14 12.7 -37.9% 8.2% -12.5% -18.6%

3T14* 12.3 -30.1% -3.2% -22.1% 8.3%

4T14* 17.3 -10.5% 40.6% -27.5% 23.8%

1T15* 12.9 9.6% -25.6% -20.2% -2.2%

2T15* 16.8 32.1% 30.4% -3.5% 1.3%

3T15* 15.1 22.7% -10.1% 10.6% 1.6%

4T15* 17.3 0.2% 14.8% 14.9% -0.5%

Fonte: CBIC, projeção Tendências

Page 30: Análise do cenário para a Indústria da Construção …...forte piora da atividade econômica ao longo do 2T14 e da expectativa de lenta recuperação no restante do ano. • Renda

VAR. ANUALPROD.

DADOS TRIMESTRAIS

CRESCIMENTO MÉDIO (a.a.)

DADOS ANUAIS

Nossas projeções para o número de lançamentos de imóveis apontam para queda de 10,3% em 2014 ante 2013. Para 2015, a expectativa é decrescimento de 9,6% ante 2014. Já para o período de 2016-19, nossa estimativa é de +4,1% a.a..

A série de lançamentos considera as seguintes capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, Maceió, Goiânia, Belo Horizonte e Curitiba.

Nossa projeção para 2014 é explicada pela forte retração anotada pelo mercado imobiliário no acumulado do ano, com destaque para a cidadede São Paulo, que corresponde a cerca de 40% do total de lançamentos de imóveis novos. No acumulado do ano até setembro, São Pauloapresentou queda de 13,0% ante o mesmo período do ano passado. A piora do mercado imobiliário está atrelada à piora da confiança dos agentes,ao aumento recente das taxas de juros (embora ainda sigam relativamente favoráveis) e à desaceleração do mercado de trabalho. Apesar do fracoresultado no acumulado do ano, a capital paulista já aponta para sinais de recuperação, tendo crescido 35,6% em setembro, na comparaçãoanual.

No agregado das oito capitais, a queda no acumulado do ano até julho é de 16,2% ante mesmo período do ano passado. Com exceção de BeloHorizonte, que apresenta alta de 36,7% entre janeiro e agosto, todas as outras capitais analisadas acumulam resultados negativos no ano. Assim, ocenário para 2014 reflete: (i) os menores efeitos do represamento de lançamentos no ano passado (principalmente em São Paulo); (ii) os resultadospara algumas capitais ainda bastante fracos; e (iii) a oferta ainda em patamar elevado, apesar do ajuste de estoques que vem ocorrendo nos últimosanos.

A taxa de crescimento esperada para 2015 é, em boa medida, explicada pela base de comparação bastante depreciada, de modo que o volumeainda deve permanecer abaixo do de 2010. Altas mais fortes para o próximo ano devem ser contidas pelo nível de estoques de imóveis aindaelevado.

Para os próximos anos, esperamos observar manutenção da alta dos lançamentos, mas a taxas mais discretas do que nos últimos anos. Nossocenário se baseia: (i) na expectativa de manutenção das condições favoráveis para o crédito imobiliário; (ii) na estimativa de crescimento, ainda quemoderado, da massa total de rendimentos; (iii) no nível de comprometimento de renda ainda saudável; (iv) no elevado nível de déficit habitacionalbrasileiro (5,2 milhões de domicílios em 2012, segundo IPEA); (iv) na expectativa de aumento das famílias; e (v) na oferta de crédito imobiliário,sustentada por resultados positivos de captação dos recursos da poupança e pela grande propensão dos bancos públicos na promoção do crédito.

Mercado Imobiliário - Lançamentos

LANÇAMENTO DE IMÓVEIS (MIL UNIDADES)

Dados até julho/14

2012 78.4 -21.2%

2013 83.9 7.1%

2014* 75.3 -10.3%

2015* 82.5 9.6%

2016* 86.0 4.2%

2017* 89.5 4.1%

2018* 93.2 4.1%

2019* 96.9 4.0%

Méd. 14-15 -0.8%

Méd. 16-19 4.1%

T Série t/t-4 t/t-1 Acum t/t-1

(dessaz)

1T13 14.6 -4.4% -43.7% -21.5% 5.3%

2T13 20.6 16.9% 41.2% -9.9% 16.0%

3T13 17.4 -10.7% -15.5% -9.5% -13.3%

4T13 31.3 20.6% 79.6% 7.1% 13.6%

1T14 13.8 -5.7% -56.0% 7.0% -19.7%

2T14 16.7 -19.2% 21.0% -1.9% -1.3%

3T14* 17.9 2.5% 7.2% 1.2% -10.4%

4T14* 27.0 -13.6% 51.4% -10.3% 26.5%

1T15* 14.4 4.5% -46.8% -8.6% 2.9%

2T15* 18.8 13.1% 30.9% -1.3% -1.5%

3T15* 19.8 10.8% 4.9% 0.6% -1.5%

4T15* 29.5 9.2% 49.4% 9.6% 2.4%

Fonte: CBIC, projeção Tendências

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VAR. ANUALPROD.

DADOS TRIMESTRAIS

CRESCIMENTO MÉDIO (a.a.)

DADOS ANUAIS

Nossas projeções para o INCC-DI da FGV apontam para alta de 7,3% (dez/14 x dez/13) em 2014. Para 2015, a expectativa é de crescimentoadicional de 7,0% (dez/15 x dez/14). Já para o período de 2016-19, nossa estimativa é de +6,2% a.a..

Para 2014, esperamos que o INCC-DI mantenha a trajetória de alta. Contribuem para este cenário: (i) a permanência da taxa de desemprego emníveis historicamente baixos e a escassez de mão de obra no setor, que conferem elevado poder de negociação aos trabalhadores do setor; e (ii) adesvalorização cambial, que impacta os preços de alguns materiais, principalmente da fase de acabamento. Entretanto, os fracos resultados daconstrução até então e as recentes reduções das estimativas de atividade econômica podem levar a uma menor pressão sobre os preços.

Em 2014 como um todo, esperamos que o item "mão de obra" registre elevação de 8,8% – taxa que configura uma desaceleração, em linha tantocom o menor ritmo do mercado de trabalho, quanto com o menor reajuste do salário mínimo neste ano (+6,8%, contra +9,0% em 2013). Apesar dofraco desempenho do setor no ano, os reajustes salariais da categoria ainda continuam fortes.

Para o indicador de materiais, nossa estimativa contempla alta de 6,1% neste ano, mesma taxa do ano passado. Nossa projeção reflete o cenáriode manutenção do câmbio mais desvalorizado (projeção de R$2,58/US$ ao final de 2014), que tende a encarecer alguns produtos importados.Contudo, a maturação dos investimentos realizados em diversos segmentos, principalmente na cadeia de cimentos, deve impedir um aumento maisforte do indicador.

Para 2015, as principais pressões ainda devem vir dos gastos com mão de obra, que devem continuar crescendo devido ao ainda elevado poder debarganha dos trabalhadores, tendo em vista a falta de mão de obra qualificada e a baixa taxa de desemprego, apesar de certo arrefecimento domercado de trabalho. Já os custos com materiais podem sofrer certa pressão em função da recente desvalorização da taxa de câmbio, que deveimpactar o preço de insumos e de produtos importados.

Para o período de 2016-19, nossa expectativa é de crescimento mais moderado para o INDD-DI (crescimento médio de 6,2% a.a. ante crescimentomédio de 7,5% no período entre 2004 e 2013).

INCC - DI

INCC - DI (Nº ÍNDICE)

Fonte: IBGE, projeção Tendências

Dados até outubro/14

2012 522.5 7.1%

2013 564.8 8.1%

2014* 605.9 7.3%

2015* 648.0 7.0%

2016* 690.5 6.6%

2017* 733.7 6.3%

2018* 778.1 6.1%

2019* 824.5 6.0%

Méd. 14-15 7.1%

Méd. 16-19 6.2%

T Série t/t-4 t/t-1 Acum t/t-1

(dessaz)

1T13 528.9 7.1% 1.4% 7.2% -

2T13 545.7 7.6% 3.2% 7.3% -

3T13 558.6 7.9% 2.4% 7.5% -

4T13 563.7 8.1% 0.9% 7.7% -

1T14 571.5 8.1% 1.4% 7.9% -

2T14 587.4 7.6% 2.8% 7.9% -

3T14* 599.1 7.2% 2.0% 7.8% -

4T14* 603.7 7.1% 0.8% 7.5% -

1T15* 612.0 7.1% 1.4% 7.3% -

2T15* 627.6 6.8% 2.5% 7.1% -

3T15* 639.7 6.8% 1.9% 6.9% -

4T15* 646.2 7.0% 1.0% 6.9% -

Fonte: FGV, projeção Tendências

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VAR. ANUALPROD.

DADOS TRIMESTRAIS

CRESCIMENTO MÉDIO (a.a.)

DADOS ANUAIS

Nossa projeção do PIB da construção civil para este ano é de queda de 3,7% ante 2013. Para 2015, nossa projeção contemplaexpansão de 2,7%. Já para o período de 2016-19, nossa estimativa é de +2,6% a.a..

O resultado para 2014 deve refletir a piora do setor de construção civil, com quedas no índice de insumos da construção civil (-4,7%em 2014, ante 2013) e no mercado imobiliário (nossa expectativa aponta para -27,5% nas vendas de imóveis novos em 2014 e -10,3%no número de lançamentos). O fraco desempenho do setor é resultado da piora da atividade econômica aliada à desaceleração nomercado de trabalho e à deterioração da confiança dos agentes.

Para 2015, boa parte da alta é explicada pela baixa base de comparação neste ano, mas alguma contribuição positiva deve virprincipalmente do segmento de infraestrutura. De toda forma, o fim dos efeitos positivos das obras da Copa, o maior apertomonetário e o recuo dos lançamentos imobiliários neste ano devem impedir altas muito acentuadas durante o ano.

Para o período de 2016-19, nossa expectativa é de que o setor da construção siga crescendo acima do PIB brasileiro (2,6% x 1,9%).Contribuem para este cenário, o potencial de expansão do segmento imobiliário, justificado pela: (i) manutenção das boas condiçõespara tomada de crédito (juros baixos e prazo longo); (ii) existência de algum espaço adicional para elevação do comprometimento derenda das famílias e (iii) pelo elevado déficit habitacional brasileiro (5,2 milhões de domicílios em 2012, segundo IPEA) e aumento donúmero de famílias (1,6% aa).

Do lado da infraestrutura, destacam-se as construções das hidrelétricas no Norte do País, as obras de mobilidade urbana nos grandescentros e aeroportos e rodovias e ainda outras construções relacionadas às Olimpíadas. Neste ano, devem aumentar osinvestimentos em aeroportos e rodovias referentes a seis trechos de rodovias federais e dois aeroportos (Galeão e Confins)concedidos em 2013, além dos três concedidos em 2012 (Guarulhos, Viracopos e Brasília). Adicionalmente, há a expectativa deaumento dos investimentos em portos e ferrovias, ainda no âmbito do plano de logística do governo federal.

PIB da Construção Civil

PIB CONSTRUÇÃO CIVIL (NÚMERO ÍNDICE)

Dados até 2T14

2012 155.5 1.4%

2013 158.0 1.6%

2014* 152.1 -3.7%

2015* 156.1 2.7%

2016* 160.2 2.6%

2017* 164.6 2.7%

2018* 168.8 2.6%

2019* 173.3 2.6%

Méd. 14-15 -0.6%

Méd. 16-19 2.6%

T Série t/t-4 t/t-1 Acum t/t-1

(dessaz)

1T13 155.7 -1.2% -7.5% 0.3% 0.9%

2T13 160.4 3.7% 9.9% 0.9% 3.0%

3T13 158.5 2.0% 2.7% 1.1% -1.2%

4T13 157.3 2.0% -2.3% 1.6% -0.8%

1T14 152.7 -0.9% -10.1% 1.7% -2.9%

2T14 148.2 -8.6% 1.3% -1.4% -2.9%

3T14* 154.0 -4.5% 7.4% -3.1% 3.9%

4T14* 158.6 -0.7% 1.5% -3.7% 3.0%

1T15* 160.1 3.6% -6.2% -2.7% 1.0%

2T15* 157.7 5.6% 3.3% 0.8% -1.5%

3T15* 156.9 3.4% 5.2% 2.9% -0.6%

4T15* 155.2 -1.6% -3.5% 2.7% -1.0%

Fonte: IBGE, projeção Tendências

Page 33: Análise do cenário para a Indústria da Construção …...forte piora da atividade econômica ao longo do 2T14 e da expectativa de lenta recuperação no restante do ano. • Renda

VAR. ANUALPROD.

DADOS TRIMESTRAIS

CRESCIMENTO MÉDIO (a.a.)

DADOS ANUAIS

Nossas projeções para a produção de insumos típicos da construção civil apontam para queda de 4,7% em 2014 ante 2013. Para2015, a expectativa é de crescimento de 3,6% ante 2014. Já para o período de 2016-19, nossa estimativa é de +2,4% a.a..

De janeiro a setembro, o indicador acumulou queda de 5,6% ante a média do mesmo período de 2013, refletindo a manutenção dasincertezas no ambiente econômico e a desaceleração do mercado de trabalho, que afetaram a confiança de empresários econsumidores. A deterioração da confiança dos agentes nos últimos meses tem afetado os diversos segmentos da construção civil. Oslançamentos e as vendas de imóveis novos tiveram forte queda no primeiro semestre deste ano e traçam um cenário negativo para oconsumo de insumos no médio prazo.

Para 2015, boa parte da alta é explicada pela baixa base de comparação neste ano, mas alguma contribuição positiva deve vir dosegmento de infraestrutura. De toda forma, o fim dos efeitos positivos das obras da Copa, o maior aperto monetário e o recuo doslançamentos imobiliários neste ano devem impedir uma recuperação mais acentuada durante o próximo ano.

Para o período de 2016-19, nossa expectativa é de que o setor da construção siga crescendo acima do PIB brasileiro (2,6% x 1,9%).Contribuem para este cenário, o potencial de expansão do segmento imobiliário, justificado pela: (i) manutenção das boas condiçõespara tomada de crédito (juros baixos e prazo longo); (ii) existência de algum espaço adicional para elevação do comprometimento derenda das famílias e (iii) pelo elevado déficit habitacional brasileiro (5,2 milhões de domicílios em 2012, segundo IPEA) e aumento donúmero de famílias (1,6% aa).

Do lado da infraestrutura, destacam-se as construções das hidrelétricas no Norte do País, as obras de mobilidade urbana nos grandescentros e aeroportos e rodovias e ainda outras construções relacionadas às Olimpíadas. Neste ano, devem aumentar osinvestimentos em aeroportos e rodovias referentes a seis trechos de rodovias federais e dois aeroportos (Galeão e Confins)concedidos em 2013, além dos três concedidos em 2012 (Guarulhos, Viracopos e Brasília). Adicionalmente, há a expectativa deaumento dos investimentos em portos e ferrovias, ainda no âmbito do plano de logística do governo federal.

Produção de insumos típicos da construção civil - ICC

ICC (Nº ÍNDICE - BASE: MÉDIA 2012=100)

Dados até setembro/14

T Indice t/t-4 t/t-1 Acum t/t-1

(dessaz)

1T13 94.9 -1.8% -5.9% -1.8% 1.7%

2T13 102.6 4.1% 8.1% 1.2% 1.1%

3T13 106.8 2.7% 4.1% 1.7% 0.0%

4T13 100.4 -0.4% -5.9% 1.2% -3.1%

1T14 93.8 -1.1% -6.6% -1.1% -0.7%

2T14 93.4 -9.0% -0.5% -5.2% -4.0%

3T14 99.9 -6.4% 7.0% -5.6% 1.4%

4T14 98.6 -1.8% -1.3% -4.7% 1.8%

1T15 95.4 1.7% -3.3% -4.1% 2.6%

2T15 98.9 5.9% 3.7% -0.4% 0.2%

3T15 103.9 4.0% 5.1% 2.4% -0.5%

4T15 101.4 2.8% -2.4% 3.6% 0.5%

2012 100.0 1.3%

2013 101.2 1.2%

2014* 96.4 -4.7%

2015* 99.9 3.6%

2016* 102.3 2.4%

2017* 104.8 2.5%

2018* 107.3 2.4%

2019* 109.9 2.4%

Méd. 14-15 -0.6%

Méd. 16-19 2.4%

0

20

40

60

80

100

120

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

*

20

15

*

20

16

*

20

17

*

20

18

*

20

19

*

Projeção

Fonte: IBGE, projeção Tendências

Page 34: Análise do cenário para a Indústria da Construção …...forte piora da atividade econômica ao longo do 2T14 e da expectativa de lenta recuperação no restante do ano. • Renda

PIB total | Cenário comparado à tendência de longo prazo (var. % ao ano)

4,0%

5,5%

2,5%

1,9%

3,1%

4,0%

5,1%

2,7%

2,1%

2,2%

BR 2015-19: 1,7%

Média BR 86-95: 2,4% Média BR 96-05: 2,5% Média BR 06-13: 3,6%

BR 2014: 0,2%

4,4%

3,5%

3,9%

3,4%

3,4%

2,7%

1,5%

2,5%

-0,8%

-0,4%

2,8%

3,3%

2,9%

1,1%

0,9%

1,6%

Fonte: IBGE *Projeção Tendências

Page 35: Análise do cenário para a Indústria da Construção …...forte piora da atividade econômica ao longo do 2T14 e da expectativa de lenta recuperação no restante do ano. • Renda

Renda familiar* |Cenário comparado à tendência de longo prazo (var. % ao ano)

2,6%

3,0%

0,9%

3,0%

1,1%

5,8%

7,1%

6,6%

7,2%

5,3%

4,1%

3,6%

2,4%

1,0%

1,9%

4,8%

3,9%

4,8%

2,0%

4,1%

1,9%

Média BR 96-05: 1,7% Média BR 06-13: 5,6%

BR 2014: 2,8% BR 2015-19: 1,7%

A partir de 2006, inclui renda do trabalho, INSS e Bolsa Família. Até 2005, somente renda do trabalhoFonte: IBGE, MPS e MDS *Projeção Tendências

Page 36: Análise do cenário para a Indústria da Construção …...forte piora da atividade econômica ao longo do 2T14 e da expectativa de lenta recuperação no restante do ano. • Renda

Vendas do comércio ampliado (PMC)* |Cenário comparado à tendência de

longo prazo (var. % ao ano)

2,6%

3,5%

1,2%

3,5%

1,6%

5,8%

8,7%

10,5%

9,7%

8,2%

3,2%

5,3%

3,6%

1,2%

1,5%

8,1%

Média BR 01-05: 1,6%* Média BR 06-13: 8,4%

BR 2015-19: 2,2%

* Para o período de 2001 a 2005 consideramos a evolução da PMC restritaFonte: IBGE. Projeção Tendências

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37Saldo de crédito para pessoa física (var. % real)*

* Valores deflacionados pelo IPCA (inclui crédito livre e direcionado). Fonte: BC (projeção Tendências)

Observação: os dados por região não são diretamente comparáveis às estatísticas agregadas da ‘Nota para a Imprensa’ . Vale notar que as taxas de variação do Brasil

(agreg.Reg.) continuam superestimadas pelo efeito de contínua melhoria da representatividade das estatísticas regionais, apesar de as últimas mudanças

metodológicas terem reduzido tal viés. O agregado representava, em 2004, 77,7% do total do crédito Brasil da Nota p/ imprensa, tendo passado para 97,3% em jun/14.

2014

Destaque (+): NE (+9,1%) e N (+8,2%)

2015-2019

Destaque (+): NE (+9,9%) e N (+9,7%)

Destaque (-): S (+4,5%) e CO (+5,4%)

Além de serem as regiões com maiores perspectivas de crescimento da renda,

NE e N possuem os menores níveis de comprometimento da renda das

famílias com pagamento de dívidas bancárias, o que eleva o potencial de

avanço do crédito.

Por sua vez, CO e S possuem menor potencial de expansão do crédito pelo

fato de as famílias apresentarem maior grau de comprometimento da renda.

Taxas anuais médias de crescimentoMéd. 06-13: 18,5%

16,0%

21,5%

21,5%

18,7%

17,1%

Méd. 15-19: 6,6%

5,4%

9,7%

9,9%

6,2%

4,5%

2014: 6,4%

6,7%

8,2%

9,1%

5,6%

6,0%

Saldo de crédito - PF 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014* 2015* 2016* 2017* 2018* 2019*Méd.

15-19

Brasil (nota imprensa) 24,5% 16,8% 12,4% 16,9% 11,4% 10,4% 9,8% 6,4% 5,3% 6,9% 6,7% 6,8% 6,8% 6,5%

Brasil (agreg. Reg.) 30,8% 23,9% 14,6% 17,1% 14,9% 11,7% 10,2% 6,4% 5,6% 7,2% 6,8% 6,6% 6,8% 6,6%

Norte 38,6% 27,1% 17,5% 18,7% 14,8% 11,0% 10,5% 8,2% 7,5% 10,6% 10,3% 10,1% 10,2% 9,7%

Nordeste 35,6% 27,5% 17,8% 21,4% 17,0% 11,5% 11,9% 9,1% 8,5% 10,6% 10,1% 10,2% 10,0% 9,9%

Sudeste 33,1% 24,0% 15,4% 16,6% 14,9% 11,3% 8,3% 5,6% 4,8% 7,0% 6,7% 6,3% 6,4% 6,2%

Sul 25,4% 22,9% 13,1% 16,0% 14,1% 12,3% 11,8% 6,0% 5,0% 5,0% 4,5% 3,9% 4,1% 4,5%

Centro-Oeste 23,8% 20,2% 9,5% 14,8% 13,9% 12,6% 12,9% 6,7% 5,3% 5,7% 4,9% 5,5% 5,7% 5,4%

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38Comprometimento de renda*

* Razão entre os compromissos financeiros com o pagamento de dívidas bancárias e a renda familiar.

Fonte: Banco Central. Dados com ajuste sazonal. Projeção Tendências

Méd. 06-13: 25,0%

32,7%

19,9%

20,3%

23,9%

27,4%

Méd. 15-19: 30,6%

37,4%

26,1%

27,1%

29,6%

33,4%2014: 29,3%

36,8%

23,6%

24,3%

28,2%

32,6%

Taxas anuais médias

2014

A elevação do comprometimento da renda esperada para o Brasil (+1,4

p.p.) deve mostrar poucas diferenças entre as regiões, oscilando entre

+1,2 p.p. no SE e +1,6 p.p. no CO.

O nível de comprometimento de renda com pagamento de serviços de

dívidas bancárias também é muito diferente entre as regiões.

N e NE possuem comprometimento bem mais baixo que a média Brasil

(-5,5 p.p. e -4,8 p.p., respectivamente, em 2013), ao passo que CO e S

possuem proporções bem maiores (+7,3 p.p. e +3,0 p.p., nessa ordem).

2015-2019

Como esperamos que o crédito avance mais rápido nas regiões com menor índice de

comprometimento, esses diferenciais tenderiam a diminuir nos próximos anos.

Porém, para 2019, esperamos que NE e N ainda tenham nível de comprometimento

2,5 p.p. e 3,9 p.p. abaixo da média, enquanto CO e S ainda devem mostrar taxas

superiores à média (6,1 p.p. e 2,2 p.p., nessa ordem).

Comprometimento

da renda2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014* 2015* 2016* 2017* 2018* 2019*

Méd.

15-19

Brasil 21,1% 23,5% 25,8% 27,0% 30,0% 26,8% 27,9% 29,3% 29,8% 30,2% 30,6% 31,2% 31,4% 30,6%

Norte 16,9% 18,6% 20,5% 21,8% 24,2% 21,4% 22,4% 23,6% 24,3% 25,1% 26,2% 27,4% 27,5% 26,1%

Nordeste 17,3% 18,6% 20,8% 22,6% 25,6% 21,7% 23,1% 24,3% 25,2% 26,1% 27,1% 28,3% 28,9% 27,1%

Sudeste 20,0% 22,3% 25,0% 26,2% 29,2% 25,9% 27,0% 28,2% 28,6% 29,0% 29,6% 30,2% 30,4% 29,6%

Sul 22,7% 26,0% 27,8% 29,7% 33,0% 30,0% 30,9% 32,6% 33,2% 33,3% 33,4% 33,4% 33,6% 33,4%

Centro-Oeste 27,9% 31,3% 33,7% 32,9% 36,6% 33,4% 35,2% 36,8% 37,3% 37,3% 37,3% 37,5% 37,5% 37,4%

Page 39: Análise do cenário para a Indústria da Construção …...forte piora da atividade econômica ao longo do 2T14 e da expectativa de lenta recuperação no restante do ano. • Renda

39Taxa de inadimplência* | Pessoa física Taxas anuais médias

Méd. 06-13: 4,8%

4,4%

5,7%

6,4%

4,9%

3,6%

Méd. 15-19: 4,6%

3,8%

5,5%

5,8%

4,7%

3,7%

2014: 4,1%

2014

Destaque (+): S (3,0%) e CO (3,2%). Destaque (-): NE (5,3%) e N (5,2%)

2015-2019

Destaque (+): S (3,7%) e CO (3,8%) Destaque (-): NE (5,7%) e N (5,5%)

N e, principalmente, NE possuem inadimplência PF acima da média Brasil

(respectivamente, 0,9 p.p. e 1,6 p.p. acima entre 2006 e 2013).

Embora a expectativa seja de manutenção desse quadro nos próximos

anos, devemos observar uma melhora relativa para o NE, convergindo

para uma taxa de inadimplência 1,1 p.p. acima da média em 2019.

Em oposição, S deve perder parte do diferencial favorável, passando de -

1,2 p.p. na média 2006 a 2013 em relação ao Brasil para -0,8 p.p. em

2019.

* Saldos em atrasos com mais de 90 dias (final de período). Fonte: BC (projeção Tendências)

Observação: Com a inclusão, na ‘Nota para a Imprensa’, das informações de inadimplência da carteira total de crédito (livre + direcionado), passamos a reportar esta

informação como referência, por ser mais diretamente comparável às estatísticas regiões. Nota-se que a média da taxa nas operações apuradas regionalmente segue

inferior à da Nota, notadamente na carteira PF, o que se explica, em grande medida, pela não inclusão dos empréstimos até R$ 1 mil nas estatísticas regionais.

3,2%

5,2%

5,3%

4,4%

3,0%

Inadimplência - PF 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014* 2015* 2016* 2017* 2018* 2019*Méd.

15-19

Brasil (nota imprensa) 5,7% 6,2% 6,9% 5,4% 5,7% 5,6% 4,4% 4,5% 5,1% 5,1% 4,9% 4,7% 4,6% 4,9%

Brasil (agreg. Reg.) 4,5% 5,0% 5,7% 4,2% 4,9% 5,0% 4,1% 4,1% 4,7% 4,6% 4,6% 4,6% 4,5% 4,6%

Norte 4,8% 6,0% 6,9% 5,3% 6,2% 5,7% 5,4% 5,2% 5,6% 5,6% 5,5% 5,4% 5,4% 5,5%

Nordeste 6,7% 6,9% 6,9% 5,3% 6,4% 6,2% 5,3% 5,3% 6,0% 5,9% 5,6% 5,6% 5,6% 5,7%

Sudeste 4,5% 5,1% 5,6% 4,2% 4,9% 5,3% 4,3% 4,4% 4,8% 4,7% 4,8% 4,6% 4,6% 4,7%

Sul 3,3% 3,6% 4,6% 3,3% 3,8% 3,8% 3,0% 3,0% 3,6% 3,7% 3,7% 3,6% 3,7% 3,7%

Centro-Oeste 4,0% 4,3% 5,9% 4,2% 4,4% 4,3% 3,2% 3,2% 3,7% 3,9% 3,9% 3,7% 3,8% 3,8%

Page 40: Análise do cenário para a Indústria da Construção …...forte piora da atividade econômica ao longo do 2T14 e da expectativa de lenta recuperação no restante do ano. • Renda

Goiás deve se consolidar como importante corredor logístico do País

Rodovias sob concessão privada

GOIÁS – GRANDES OPORTUNIDADES

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Goiás deve se consolidar como importante corredor logístico do País

Ferrovia Norte-Sul deverá se tornar a espinha dorsal do sistema ferroviário nacional

GOIÁS – GRANDES OPORTUNIDADES

Trecho em

operação

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Rua Estados Unidos, 498, 01427-000, São Paulo, SPTel 55-11 3052-3311, Fax 55-11-3884-9022

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