Análise Faciológica, Estratigrafia de Sequências e ...

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Estuário central Barra de maré SG-04: 87,75 a 73,2 m Topo 80,5 m 77,5 m 76,0 m 79,0 m ! ( ! ( ! ( ! ( ! ( ! ( ( ( ! ( ! ( ! ! ! ( SG-14 SG-09 SG-08 SG-07 SG-06 SG-01 SG-17 SG-05 SG-04 SG-03 SG-02 760000 760000 770000 770000 780000 780000 6640000 6640000 6650000 6650000 6660000 6660000 São Gabriel 0 2,5 5 10 Km N Gr. Guatá Quaternário Poços Descritos Poços Adjacentes Estrada Cidade Sub-grupo Estrada Nova Formação Palermo Formação Rio do Rastro Formação Rio Bonito Embasamento Cristalino Formação Sanga do Cabral Área de Estudo LEGENDA Gr. Passa Dois BR-290 28° 31 ° 0 150 km 75 Porto Alegre LEGENDA Capital Área de Estudo 55° 52° N Bacia do Paraná 70° 60° 50° 40° 10° 20° 30° 0 1000 Km N 1 cm Fl 1 cm Sx(d) 1 cm Shcs 1 cm 1 cm Sr(d) 1 cm GCm Fotos das Fácies Hc 1 cm Assoc. de Fácies e Sist. Deposicionais Sist. Deposicionais Assoc. de Fácies Fácies Leque Aluvial Alúvio-fluvial Estuário Dominado por Maré Plataforma Dominada por Onda GMm Fm; Fl Canal Planície de Inundação Barra de Maré Estuário Central Sh; Sw Foreshore Gm(i); Sm; Sw Shoreface Superior Sm; Shcs; Hw; Fl Shoreface Médio Hw; Fl Shoreface Inferior Fl Offshore GCm; GMm; Sm; Sx; Sh GMm; Gm(i); Gx(i); Sm; Sm(g); Sx; Sx(d); Sr; Sr(d); Sr(b); Sh; Shcs GMm; Sm; Sx(d); Hr; Hr(b); Hw; Hc; Fm; Fm(g); Fl; C Código Descrição Interpretação Conglomerado clasto suportado, maciço, ou com grânulos e seixos embricados, subangulos a subarredondados, polimíticos. A matriz é predominantemente argilosa e em alguns casos “matriz” arenosa. Migração de barras conglomeráticas transversais, com fluxo trativo unidirecional de regime superior, ou trans- porte e deposição de fluxo de detritos pseudoplástico, com fluxo turbulento em carga de fundo inercial. Migração de barras conglomeráticas transversais, com fluxo trativo unidirecional de regime superior, ou transporte e deposição de fluxo de detritos pseudoplástico, com fluxo turbulento em carga de fundo inercial. Transporte e deposição de fluxo de detritos gravitacional plástico, hiperconcentrado de alta viscosidade. Arenito grosso a conglomerado, maciço, imaturo, mal a moderadamente selecionados. Contato de base e topo abruptos. Depósito residual por rastejamento de grãos e erosão de frações mais finas por processos trativos e/ou oscilatórios (lag). Arenito grosso a conglomerado, com estratificação cruzada, imaturo, mal a moderadamente selecionados. Contato de base e topo abruptos. Depósito residual por rastejamento de grãos e erosão de frações mais finas por fluxos trativos unidirecionais subaquosos. Arenito muito fino a grosso, frequentemente com gradação normal, maciço, quartzoso, bem selecionado. Pode ocor- rer associado com alto grau de fluidização e/ou bioturbação. Depósito de fluxo gravitacional (deposicionalmente maciço), fluidização (sin ou pós-deposição) ou bioturbação intensa; Depósito trativos (ou oscilatório) em granulometria unimodal (maciço aparente). Arenito fino a grosso, podendo ocorrer gradação normal, subarcósio, com laminação ou estratificação cruzada mar- cados por drapes de lama milimétricos, podendo ocorrer homogenia ou heterogeneamente. Alternância de alta energia em ambiente subaquoso, com migração de formas de leito em fluxo trativo de regime inferior para as areias; ausência de energia e decantação de lama. Arenito fino a muito grosso conglomerático, maciço, com grânulos de até 0,5 cm, dispersos. Depósito de fluxo gravitacional. Arenito grosso a muito grosso com estratificação cruzada marcada por diferença granulométrica. Migração de dunas subaquosas com fluxo trativo unidirecional de regime inferior. Arenito médio com ripples trativas unidirecionais com intraclastos lamosos de 3 a 10 cm. Migração de ripples subaquosas com fluxo trativo unidirecional de regime inferior. Arenito fino e médio com ripples trativas unidirecionais com laminação incipiente marcada por drapes de lama milimétricos predominantemente simples e algumas vezes duplos. Alternância de alta energia em ambiente subaquoso, com migração de ripples unidirecionais em regime de fluxo inferior para as areias; ausência de energia e decantação de lama. Arenito fino com ripples trativas bidirecionais anisotrópicas (10/1). Migração de ripples subaquosas com fluxo trativo bidirecional anisotrópico (10/1) de regime inferior. Arenito médio com estratificação plano-paralela. Tração em regime de fluxo superior. Arenito fino com estratificação cruzada hummocky. Fluxo oscilatório por ondas de grande comprimento em regime inferior. Arenito fino com wavy ripples simétricas. Raras ocorrências de wavy ripples assimétricas (componente direcional). Fluxo oscilatório em regime inferior. Para as wavy ripples assimétricas, fluxo combinado (oscilatório-trativo). Heterolito de areia muito fina/lama em proporções variáveis - wavy a flaser; Porção arenosa com ripples trativas unidi- recionais, e porção lamosa com laminação plano-paralela incipiente. Bioturbação localizada. Alternância cíclica de alta energia em ambiente subaquoso. Migração de ripples em fluxo trativo de regime inferior para as areias; ausência de energia e decantação de lama. Heterolito de areia muito fina/lama em proporções variáveis – wavy, linsen e flaser; porção arenosa com ripples trativas bidirecionais anisotrópicas (10/1), e porção lamosa com laminação plano-paralela incipiente. Alternância cíclica de alta energia em ambiente subaquoso. Migração de ripples subaquosas com fluxo trativo bidirecional anisotrópico (10/1) de regime inferior para as areias; ausência de energia e decantação de lama. Heterolito de areia muito fina/lama em proporções variáveis - wavy, linsen e flaser; porção arenosa com wavy ripples simétricas, e porção lamosa com laminação plano-paralela incipiente. Bioturbação intensa. Alternância cíclica de alta energia em ambiente subaquoso. Fluxo oscilatório em regime inferior para as areias; ausência de energia e decantação de lama. Heterolito de areia muito fina/lama em proporções variáveis - wavy, linsen e flaser; porção arenosa com wavy ripples e em algumas porções com wavy ripples assimétricas, e porção lamosa com laminação plano-ondulada incipiente. Alternância cíclica de alta energia em ambiente subaquoso. Fluxo combinado (oscilatório com componente trativo) em regime inferior para as areias; ausência de energia e decantação de lama. Siltito cinza claro a escuro, maciço, podendo ser blocoso. Depósito de decantação de material fino, em ambiente continental subaquoso, com ausência de regime energético Siltito cinza claro, maciço, com grânulos dispersos. Depósito gravitacional de material fino com grânulos, hiperconcentrado. Siltito cinza claro, laminado. Depósito de decantação de material em suspensão em ambiente continental subaquoso com ausência de regime energético. Carvão por vezes oxidado e/ou substituído por minerais secundários. Acúmulo de diferentes tipos de vegetais em ambiente subaquoso com ausência de regime energético. GCm GMm Gm(i) Gx(i) Sm Sx(d) Sm(g) Sx Sr Sr(d) Sr(b) Sh Shcs Sw Hr Hr(b) Hw Hc Fm Fm(g) Fl C Tabela de Fácies Rio do Rastro (Membro Morro Pelado) Rio do Rastro (Membro Serrinha) Teresina Tatuí Taciba Campo Mourão Lagoa Azul Carta Cronoestratigráfica São Paulo Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul N-NW S-SE Cunha Imbicatu Tatuí Palermo Rio Bonito (Membro Siderópolis) Rio Bonito (Membro Paraguaçú) Rio Bonito (Membro Triunfo) Fácies Suspiro Fácies Budó Formação Rio do Sul Teresina Serra Alta Irati (Membro Taquara) Irati (Membro Assistência) Sanga do Cabral Pirambóia Geocronologia PERMIANO CARBONÍFERO SUPERIOR Pennsylvaniano Guadalupiano Lopingiano Cisuraliano Supergrupo Tubarão Grupo Passa Dois Grupo Guatá Tatuí Grupo Itararé Litoestratigrafia Bashkiriano Moscoviano Kasimoviano Gzheliano Asseliano Sakmariano Artinskiano Kunguriano Roadiano Wordiano Rio do Rastro Sanga do Cabral/Pirambóia TRIÁSSICO Teresina Serra Alta Irati Palermo Rio Bonito Taciba Mourão Lagoa Azul Campo Capitaniano Wuchiapingiano Changhsingiano Pelitos Carbonatos LEGENDA Arenitos Conglomerados Hiatos Vale inciso Escala horizontal aproximada 0 900 Km Sequências* Supersequência Gondwana I (Modificado de Milani et al, 2007) LS-1 LS-2 LS-3 LS-4 LS-5 LS-6 LS-7 STOPS - 7 STOPS - 6 STOPS - 5 STOPS - 4 STOPS - 3 STOPS - 2 STOPS - 1 LS-8 * LS - Limite de sequência; STOPS - Sequência de terceira ordem do Paleozoico Superior. 68 69 65 64 63 62 61 66 67 58 59 60 55 54 56 57 75 74 73 72 71 76 77 78 79 70 80 85 84 83 82 81 95 94 93 92 91 89 88 87 86 90 98 97 96 100 99 105 104 103 102 101 110 109 108 107 106 115 114 113 112 111 120 119 118 117 116 124 123 122 121 125 130 129 127 126 128 131 (m) Perfil Colunar PERIL DESCRITO DE TESTEMUNHO DE SONDAGEM SG-02-RS Emb(m) - Embasamento metamórfico GCm - Conglomerado clasto suportado maciço GMm - Conglomerado matriz suportado maciço Sm - Arenito maciço Sr - Arenito com ripples Sr(d) - Arenito com ripples com drapes de lama Sh - Arenito com laminação horizontal Sr(b) - Arenito com ripples bidirecionais Hr(b) - Heterolito com ripples bidirecionais Hw - Heterolito com wavy ripples Fm - Fino maciço Fm(c) - Fino maciço com clastos dispersos Coordenadas: Fácies: Faixa UTM 21 E: 777350 N: 6660000 Profundidade Estudada: 40,3 - 131,5 m Cota da Boca: 75 m Escala de Estudo: 1:50 Data da Descrição: 20/02/2017 Ricardo Maahs Autor: Posição do Testemunho: N 10 Km SG-04 SG-02 SG-17 SG-14 SG-03 Sx(d) Sx(d) Sx(d) Sx Shcs Shcs Shoreface médio Fácies Associação de Fácies Sistema Deposicional Perfilagem Geofísica Raio Gama (m) Litologia Barra de maré Sm(c) - Arenito maciço com clastos dispersos Sx - Arenito com estratificação cruzada Ax(d) - Arenito com estratificação cruzada com drapes de lama Shcs - Arenito com estratificação cruzada hummocky Sw - Arenito com wavy ripples Hr - Heterolito com ripple Fl - Fino laminado C - Carvão Plataforma Dominada por Onda 0 cps 100 150 Shcs Sr(d) Sx(d) Shoreface médio Estuário Dominado por Maré Sx(d) Sx(d) Sx Fl Hw Sr(b) Sm C Fl Fm Sx(d) Sr(b) Sr(b) Sh C Sw Sw Sw Sw Sw Sw Shcs Shcs Shcs Estuário central Estuário central Shoreface superior Barra de maré Shoreface médio Shoreface médio Shoreface superior Shoreface superior Shoreface Inferior Barra de maré Barra de maré Estuário central Estuário Dominado por Maré Plataforma Dominada por Onda Plataforma Dominada por Onda Perfilagem Geofísica Raio Gama Litologia Emb(m) GMm Fl Hr Fm GCm Hr GMm GMm GMm Sx(d) Sm(c) Fm Sx(d) Fm(c)/ Sx(d) GCm Sm(c) C Sx(d) Fl Fl/Sm C C C Hr Hr(b) Fl Sm Sm(c)/Sm Sm(c) Fl Fm/Sx(d) Fl Sm(c) Sx(d) Sx(d) Sx(d) Sx(d) Sx(d) Sx(d) Hw Barra de maré Barra de maré Barra de maré Estuário central Estuário central Estuário central Barra de maré Shoreface Inferior Barra de maré Estuário central Estuário Dominado por Maré Estuário Dominado por Maré Flúvio-Aluvial Plataforma Dominada por Onda 0 cps 100 150 Fácies Associação de Fácies Sistema Deposicional Ag St Amf Af Am Ag Amg Cg Canal fluvial Canal fluvial-aluvial Barra de maré Planície fluvial Bara de maré Estuário central Estuário central Estuário central Barra de maré Ag St Amf Af Am Ag Amg Cg Ricardo Maahs ¹, Juliano Küchle ² Graduando do curso de Geologia, UFRGS Professor orientador Introdução O presente estudo visa realizar uma análise faciológica, com a caracterização de fácies, associações de fácies e identificação dos sistemas deposicionais, a fim de estabelecer um arcabouço cronoestratigráfico detalhado para a Formação Rio Bonito, na Região de São Gabriel, RS (Figura 1). A Formação Rio Bonito constitui uma unidade estratigráfica que compreende depósitos costeiros de idade Eopermiana da Bacia do Paraná (Figura 2). Foram descritos detalhadamente cerca de 340 m de te- stemunhos de sondagem (SG-02, SG-03, SG-04, SG-14 e SG-17) da região de São Gabriel-RS, em escala 1:50, compreendendo o intervalo de estudo com o registro de topo e base da Formação Rio Bonito, onde foram identifi- cados 22 fácies. Foram elaborados perfis colunares e ta- belas de fácies e fotos (Figura 3). Posteriormente as fácies foram agrupadas em 10 associações de fácies e Figura 2: Carta cronoestratigráfica da sucessão Carbonífero Superior-Permiano na borda leste da Bacia do Paraná (modificado de Holz et al, 2009). Figura 2: Fig. 1: Mapa de localização da área de estudo (CPRM, 2002). Análise Faciológica, Estratigrafia de Sequências e Arquitetura Deposicional na Formação Rio Bonito (Eopermiano da Bacia do Paraná), no Rio Grande do Sul, com Enfoque na Caracterização de Análogos para Reservatório de Hidrocarbonetos. 2 1 CET - Ciências Exatas e da Terra Salão de Iniciação Científica XXIX SIC essas, em 3 sistemas deposi- cionais (Figura 4). As próxi- mas etapas do trabalho são a elaboração de mapas paleo- ambientais modelgem tridi- mensional de intervalos ma- peados. Figura 3: Fotos de algumas fácies descritas. Figura 4: foto de parte do poço SG-04 com as indicações das associações de fácies. SG-13

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Estuário central Barra de maré

SG-04: 87,75 a 73,2 mTopo

80,5 m

77,5 m

76,0 m

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São Gabriel

0 2,5 5 10 Km

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Poços Descritos

Poços Adjacentes

Estrada

Cidade

Sub-grupo Estrada Nova

Formação Palermo

Formação Rio do Rastro

Formação Rio Bonito

Embasamento Cristalino

Formação Sanga do Cabral

Área de EstudoLEGENDA

Gr.

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BR-290

28°

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0 150 km75

Porto Alegre

LEGENDACapitalÁrea de Estudo

55° 52° N

Bacia do Paraná

70°60° 50°

40°0°

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1 cm

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Fotos das Fácies

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Assoc. de Fácies e Sist. DeposicionaisSist. Deposicionais Assoc. de Fácies Fácies

Leque Aluvial

Alúvio-�uvial

Estuário Dominado por Maré

Plataforma Dominada por Onda

GMm

Fm; Fl

Canal

Planície de Inundação

Barra de Maré

Estuário Central

Sh; SwForeshore

Gm(i); Sm; SwShoreface Superior

Sm; Shcs; Hw; FlShoreface Médio

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GCm; GMm; Sm; Sx; Sh

GMm; Gm(i); Gx(i); Sm; Sm(g); Sx; Sx(d); Sr; Sr(d); Sr(b); Sh; Shcs

GMm; Sm; Sx(d); Hr; Hr(b); Hw; Hc; Fm;

Fm(g); Fl; C

Código Descrição InterpretaçãoConglomerado clasto suportado, maciço, ou com grânulos e seixos embricados, subangulos a subarredondados, polimíticos. A matriz é predominantemente argilosa e em alguns casos “matriz” arenosa.

Migração de barras conglomeráticas transversais, com fluxo trativo unidirecional de regime superior, ou trans-porte e deposição de fluxo de detritos pseudoplástico, com fluxo turbulento em carga de fundo inercial.

Migração de barras conglomeráticas transversais, com fluxo trativo unidirecional de regime superior, ou transporte e deposição de fluxo de detritos pseudoplástico, com fluxo turbulento em carga de fundo inercial.

Transporte e deposição de fluxo de detritos gravitacional plástico, hiperconcentrado de alta viscosidade.

Arenito grosso a conglomerado, maciço, imaturo, mal a moderadamente selecionados. Contato de base e topo abruptos.

Depósito residual por rastejamento de grãos e erosão de frações mais finas por processos trativos e/ou oscilatórios (lag).

Arenito grosso a conglomerado, com estratificação cruzada, imaturo, mal a moderadamente selecionados. Contato de base e topo abruptos.

Depósito residual por rastejamento de grãos e erosão de frações mais finas por fluxos trativos unidirecionais subaquosos.

Arenito muito fino a grosso, frequentemente com gradação normal, maciço, quartzoso, bem selecionado. Pode ocor-rer associado com alto grau de fluidização e/ou bioturbação.

Depósito de fluxo gravitacional (deposicionalmente maciço), fluidização (sin ou pós-deposição) ou bioturbação intensa; Depósito trativos (ou oscilatório) em granulometria unimodal (maciço aparente).

Arenito fino a grosso, podendo ocorrer gradação normal, subarcósio, com laminação ou estratificação cruzada mar-cados por drapes de lama milimétricos, podendo ocorrer homogenia ou heterogeneamente.

Alternância de alta energia em ambiente subaquoso, com migração de formas de leito em fluxo trativo de regime inferior para as areias; ausência de energia e decantação de lama.

Arenito fino a muito grosso conglomerático, maciço, com grânulos de até 0,5 cm, dispersos. Depósito de fluxo gravitacional.Arenito grosso a muito grosso com estratificação cruzada marcada por diferença granulométrica. Migração de dunas subaquosas com fluxo trativo unidirecional de regime inferior.Arenito médio com ripples trativas unidirecionais com intraclastos lamosos de 3 a 10 cm. Migração de ripples subaquosas com fluxo trativo unidirecional de regime inferior.Arenito fino e médio com ripples trativas unidirecionais com laminação incipiente marcada por drapes de lama milimétricos predominantemente simples e algumas vezes duplos.

Alternância de alta energia em ambiente subaquoso, com migração de ripples unidirecionais em regime de fluxo inferior para as areias; ausência de energia e decantação de lama.

Arenito fino com ripples trativas bidirecionais anisotrópicas (10/1). Migração de ripples subaquosas com fluxo trativo bidirecional anisotrópico (10/1) de regime inferior.

Arenito médio com estratificação plano-paralela. Tração em regime de fluxo superior.Arenito fino com estratificação cruzada hummocky. Fluxo oscilatório por ondas de grande comprimento em regime inferior.Arenito fino com wavy ripples simétricas. Raras ocorrências de wavy ripples assimétricas (componente direcional). Fluxo oscilatório em regime inferior. Para as wavy ripples assimétricas, fluxo combinado (oscilatório-trativo).Heterolito de areia muito fina/lama em proporções variáveis - wavy a flaser; Porção arenosa com ripples trativas unidi-recionais, e porção lamosa com laminação plano-paralela incipiente. Bioturbação localizada.

Alternância cíclica de alta energia em ambiente subaquoso. Migração de ripples em fluxo trativo de regime inferior para as areias; ausência de energia e decantação de lama.

Heterolito de areia muito fina/lama em proporções variáveis – wavy, linsen e flaser; porção arenosa com ripples trativas bidirecionais anisotrópicas (10/1), e porção lamosa com laminação plano-paralela incipiente.

Alternância cíclica de alta energia em ambiente subaquoso. Migração de ripples subaquosas com fluxo trativo bidirecional anisotrópico (10/1) de regime inferior para as areias; ausência de energia e decantação de lama.

Heterolito de areia muito fina/lama em proporções variáveis - wavy, linsen e flaser; porção arenosa com wavy ripples simétricas, e porção lamosa com laminação plano-paralela incipiente. Bioturbação intensa.

Alternância cíclica de alta energia em ambiente subaquoso. Fluxo oscilatório em regime inferior para as areias; ausência de energia e decantação de lama.

Heterolito de areia muito fina/lama em proporções variáveis - wavy, linsen e flaser; porção arenosa com wavy ripples e em algumas porções com wavy ripples assimétricas, e porção lamosa com laminação plano-ondulada incipiente.

Alternância cíclica de alta energia em ambiente subaquoso. Fluxo combinado (oscilatório com componente trativo) em regime inferior para as areias; ausência de energia e decantação de lama.

Siltito cinza claro a escuro, maciço, podendo ser blocoso. Depósito de decantação de material fino, em ambiente continental subaquoso, com ausência de regime energético

Siltito cinza claro, maciço, com grânulos dispersos. Depósito gravitacional de material fino com grânulos, hiperconcentrado.

Siltito cinza claro, laminado. Depósito de decantação de material em suspensão em ambiente continental subaquoso com ausência de regime energético.

Carvão por vezes oxidado e/ou substituído por minerais secundários. Acúmulo de diferentes tipos de vegetais em ambiente subaquoso com ausência de regime energético.

GCm

GMm

Gm(i)

Gx(i)

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Tabela de Fácies

Rio do Rastro (Membro Morro Pelado)

Rio do Rastro (Membro Serrinha)

Teresina

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Campo Mourão

Lagoa Azul

Carta Cronoestratigrá�caSão Paulo Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul

N-NW S-SE

Cunha Imbicatu

Tatuí PalermoRio Bonito (Membro Siderópolis)

Rio Bonito (Membro Paraguaçú)Rio Bonito (Membro Triunfo)

Fácies SuspiroFácies BudóFormação Rio do Sul

Teresina

Serra Alta

Irati (Membro Taquara)Irati (Membro Assistência)

Sanga do Cabral Pirambóia

Geocronologia

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Bashkiriano

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Kunguriano

Roadiano

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Rio do Rastro

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Teresina

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Campo

Capitaniano

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Pelitos

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Conglomerados

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Vale inciso

Escala horizontal aproximada

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Sequências*

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* LS - Limite de sequência; STOPS - Sequência de terceira ordem do Paleozoico Superior.

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(m)

Perfil ColunarPERIL DESCRITO DE TESTEMUNHO DE SONDAGEM

SG-02-RS

Emb(m) - Embasamento metamór�co

GCm - Conglomerado clasto suportado maciço

GMm - Conglomerado matriz suportadomaciço

Sm - Arenito maciço

Sr - Arenito com ripples

Sr(d) - Arenito com ripples com drapes de lama

Sh - Arenito com laminaçãohorizontal

Sr(b) - Arenito com ripples bidirecionais

Hr(b) - Heterolito com ripples bidirecionais

Hw - Heterolito com wavy ripples

Fm - Fino maciço

Fm(c) - Fino maciço com clastos dispersos

Coordenadas:

Fácies:

Faixa UTM 21E: 777350N: 6660000

Profundidade Estudada: 40,3 - 131,5 m

Cota da Boca:

75 m

Escala de Estudo:

1:50

Data da Descrição:20/02/2017 Ricardo Maahs

Autor:

Posição do Testemunho: N

10 Km

SG-04

SG-02SG-17

SG-14SG-03

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Sx(d)

Sx(d)

Sx

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Shcs Shoreface médio

Fácies Associação de Fácies

Sistema Deposicional

Per�lagem GeofísicaRaio Gama(m)

Litologia

Barra de maré

Sm(c) - Arenito maciço com clastos dispersos

Sx - Arenito com estrati�cação cruzada

Ax(d) - Arenito com estrati�cação cruzada com drapes de lama

Shcs - Arenito com estrati�cação cruzada hummocky

Sw - Arenito com wavy ripples

Hr - Heterolito com ripple

Fl - Fino laminado

C - Carvão

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Sx(d)Sr(b)

Sr(b)

ShC

Sw

Sw

Sw

Sw

Sw

Sw

Shcs

Shcs

Shcs

Estuário central

Estuário central

Shoreface superior

Barra de maré

Shoreface médio

Shoreface médio

Shoreface superior

Shoreface superior

Shoreface Inferior

Barra de maré

Barra de maré

Estuário central

Estu

ário

Dom

inad

o po

r Mar

éPl

ataf

orm

a D

omin

ada

por O

nda

Plataforma Dominada por Onda

Per�lagem GeofísicaRaio Gama Litologia

Emb(m)

GMm

Fl

Hr

Fm

GCm

Hr

GMm

GMm

GMm

Sx(d)

Sm(c)

FmSx(d)

Fm(c)/Sx(d)

GCmSm(c)

C

Sx(d)

Fl

Fl/SmC

C

C

Hr

Hr(b)

Fl

Sm

Sm(c)/Sm

Sm(c)

Fl

Fm/Sx(d)

Fl

Sm(c)

Sx(d)

Sx(d)

Sx(d)

Sx(d)

Sx(d)Sx(d)

Hw

Barra de maré

Barra de maré

Barra de maré

Estuário central

Estuário central

Estuário central

Barra de maré

Shoreface Inferior

Barra de maré

Estuário central

Estu

ário

Dom

inad

o po

r Mar

éEs

tuár

io D

omin

ado

por M

aré

Flúv

io-A

luvi

alPl

ataf

orm

a D

omin

ada

por O

nda

0 cps 100 150

FáciesAssociação de

FáciesSistema

Deposicional

AgStAmfAf

AmAgAmg

Cg

Canal �uvial

Canal �uvial-aluvial

Barra de maré

Planície �uvial

Bara de maré

Estuário central

Estuário central

Estuário central

Barra de maré

AgStAmfAf

AmAgAmgCg

Ricardo Maahs ¹, Juliano Küchle ²Graduando do curso de Geologia, UFRGSProfessor orientador

IntroduçãoO presente estudo visa realizar uma análise faciológica, com a caracterização de fácies, associações de fácies e identificação dos sistemas deposicionais, a fim de estabelecer um arcabouço cronoestratigráfico detalhado para a Formação Rio Bonito, na Região de São Gabriel, RS (Figura 1). A Formação Rio Bonito constitui uma unidade estratigráfica que compreende depósitos costeiros de idade Eopermiana da Bacia do Paraná (Figura 2).

Foram descritos detalhadamente cerca de 340 m de te-stemunhos de sondagem (SG-02, SG-03, SG-04, SG-14 e SG-17) da região de São Gabriel-RS, em escala 1:50, compreendendo o intervalo de estudo com o registro de topo e base da Formação Rio Bonito, onde foram identifi-cados 22 fácies. Foram elaborados perfis colunares e ta-belas de fácies e fotos (Figura 3). Posteriormente as fácies foram agrupadas em 10 associações de fácies e

Figura 2: Carta cronoestratigráfica da sucessão Carbonífero Superior-Permiano na borda leste da Bacia do Paraná (modificado de Holz et al, 2009).

Figura 2: Fig. 1: Mapa de localização da área de estudo (CPRM, 2002).

Análise Faciológica, Estratigrafia de Sequências e Arquitetura Deposicional na Formação Rio Bonito (Eopermiano da Bacia do Paraná), no Rio Grande do Sul, com Enfoque na Caracterização de Análogos para Reservatório de

Hidrocarbonetos.

2

1

CET - Ciências Exatas e da TerraSalão de Iniciação Científica

XXIX SIC

essas, em 3 sistemas deposi-cionais (Figura 4). As próxi-mas etapas do trabalho são a elaboração de mapas paleo-ambientais modelgem tridi-mensional de intervalos ma-peados.

Figura 3: Fotos de algumas fácies descritas. Figura 4: foto de parte do poço SG-04 com as indicações das associações de fácies.

SG-13