ANNO VI RECITE SEXTA FEIRA 25 DB MAIO DE 1877. A ... -...

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ANNO VI RECITE SEXTA FEIRA 25 DB MAIO DE 1877. ASSIGNATURAS Trimestre. Anno. (Recife) 3:000 12:000 (Prov!ncias e Interior) Trimestre4:500 Anno. 18:000 A assignatura começa em qualquer tempo e termina no ultimo de Março. Junho, Setem- bro e Dezembro. PAGAMENTOS ADIANTADOS* AVULSO 40 REIS. A PROVÍNCIA WÉM® M> f&miM> UKMI. Vejo por toda parte tim . ympthoma, qne me assusta pela liberdade das Nações e da Igreja: a oentralisação. Um dia es povos despertarão clamando: Onde nossas liberdades ? p. felix—D iso. Congree. de Malinas, 1864. ET. 1149 CORRESPONDÊNCIA A Redação acceita e agradece» a collaboração. As.publicações particulares e annuncios deverão ser dirigido* para o escriptorio da typographia á ma do IMPERADOR N. 77. (PAGAMENTOS ADIANTADO» AVULSO 40 REISS Edigão de boje 2500 CHRONICA Telegramnins Do Diário de hoje, transcrevemos ob legaintes: Í Agencia Havas:) _io dh Janeiro, 24 de Maio, ás 4 horas e 10 minutoi da tarde. Segaio hoje pnr» a Europa, eom esoalas pela Bahia e Pernambuco, o paquete io* glez Neva, da companhia roy_.l mail. A4liiilikl«triivA<» «I» |»ri»vln- Cia— Diz a folba offioial de hoje qne: por portaria da presidência da provincia, de 16 do corrente, foi exonerado, a pedido, u bacharel ti-aspur de Menezes Vaaconoellos de Druwmond Filho, de segundo supplento do juiz substituto da segunda vara do Be- cife. ²Por portaria da presidência da pro» viooia, da mesma data, foi nomeado José Germano de Albuquerque Piuto para exer- cerinteii namente o cargo de fiscal da col- leotoria provincial de Pao d'Alho, durante o tempo de licença do effectivo. ²Por portaria da presidência da pro- vincia, 'le 17 do corrente, foi designado Manoel da Bocha Lios, capitão da 4* com- panhia do 24' batalhão de infantaria dos municípios de Santo Antão e Escada, pura exercer as funcçõis de mnjor, posto que se acha vago. - Por portaria da presidência da pro- vincia. da mesma data, foi exonerado, u bem do nei-viço publico, Francisco Antônio d;i Cunha, de 1- snpplente do subdolegado do 1* districto do Ouricury. ²Por portaria presidência da pro- vinca, d;i mesma data, foi nberto, 30b sua re^pouHubilidad., nm credito extraordina- rio do 1:000$ á verba Soecorros publicas, do ministério do império, pára servir de auxi- üo á a 1 i 111 ¦ntação do destacamento de linha em cjnimissão uo termo de Ingazeira, du- .aule o tempo da eêcoa. ²Por portaria da presidência da pro- vincia, da mesma data, foi coucedido a João Maria do Medeiros, arrematante da reeons- . trucção du ponto sobre o rio Tâpaoura, um prazo de quatro mezes pura conclusão da dita obri. ²Por portaria da presidência da pro- viooia", «.la mesma data, foi designado o Dr, juiz de direito do primeiro districto crimi- nal, uva servir de auditor de guerra uo çòüôôlbo á que unn de responder o imperial rn-nnh.írq Aotoiiio Justo de Menezes. ²Por [Vo. taria presidência da pro- vincia, du mesma data, foi autorisado o pro- vedor da Santa Oasa de Misericórdia, a elevai*o numero doa alumnos do collegio das orphãs e da colônia orphanalogica Iza- bel. admittindo om oada um desses estabe- Recurso municipal—Ha qoa> si quinze dias, foi remettido da câmara ma- uioipal para a secretaria do governo, com- potentemente ins'.ruido pela informação da câmara, o recurso do Sr. Vereador Dr.Pau lo de Oliveira,àflia dc qae seja chamado o pri meiro snpplente para preencher a vaga do major Luie Cesario, conforme à lei do 1* Outubro e o elarhsimo aviso dc 12 de Julho de 1881; eatè hoje, nos. consta, os papeis estão encalhados na 4' secção, talvez porque o Sr. chefe dessa secção ainda não jnlgae bem elucidada a questão I Custa a ter sditar que na secretaria do go* verno.que regorgita de empregados, os 'pá- poiB naveguem por aquelles canaes com tanta morosidade! O Sr. Clementino n&o tem empenho, es- tamos certos, em retardar esses papeis; acreditamos, inesmo, que tendo noticia do que se passa pela sua secretaria, tratará de indagar os motivos de até hoje não ter subido á sua presença o reonrso do Pr, Pau- lo do Oliveira com a informação da secção a que está affecto, e dará a única solução que o caso pode ter de acordo com a lei. Pode ser, entretanto, que estejamos en- ganados em todas as nossas conjecturas.... 15' lastimável -Ainda voltamos a nos ocoupar do desagradável incidente que tevo Iní.ar antehòntem no theatro Santa Izabei, devido era grande parte ás absurx das exigências do actual administrador, para censurar que em represália aquelle funecionario, se houvessem excedido alguns espectadores, estragando moveis do theatro que nos oustaram bem caro, e mais caro ainda porque foi com sacrifício qne em prehendeu-se a reoonstrucção e adorno d'aquelle edifício. Não queremos entrar na questão do di- reito que tem ,os freqüentadores do theatro de usar de represálias para com o S<\ João Pinto de Lemos; lastimamos, porém, com todas as forças, que houvesse a lembrança ultima viagem ao sul, com o fim de estu- dnr a lavoura do fumo e do café. Becommondamos a sua leitora principal* mente aos nossos agricultores. Capanga* 11a Hajffdalcn,,— Nio tem mais que saber... E' entrar o Sr. major Bellarmino. no exercício da subd.le- gacia da Magdàlena, os stons capangas e peito largoteobram alento, alça mo collo e começam a praticar audaciosos attentadoa. Durante,alguns mezes a capangada dor- mio, não registrámos as soas façanhas; não estava na subd*legaeia o iuciyto senhor do sobrado grande; entra, porém, em exer- oioip, e logo'Çpmeiçam a reproduzir-sé as Bcenas do canibalismo e audácia de saus ca- pangas e compadres. N* quarta-feira desta semana, ás 8 horas da noite, Ignacio Damasceno, depois de cónversaj.- na venda da povoação dos Reme- dios com dois soldados de policia, foi éspe- rar no meio1 da esfriada á José Salles, conhecido ppr José Mangueira, de quem tinha rixa baímuitò tempo.e quando sete en- caminhava .para sua casa. surge na frente Ignacio Damasceno, «rmadode uraaformi- da vel faca, àmeaçando-o de raíital O e afci- rando-lhe repetidos g< lpes. José Manguei- ra procurait.rebate] os com', umá bolsa.que levara e vetn ^retrocedendo para 0 póyoà;?o. Apparece, então, mais um filho de Damas- ceno, ainda menino, (que hôa escola) e am sen genro, armados de cacete e .oomraet- tem à Mangrijeira, o qual por mais ligeiresa o esforços que empregasse para livrar-ee do assalto, recebeu algumas cacetadas do genro de Damasceno, que o contundiram bastante. A conselho, de diversas pessoas foi Man- gneira queixar-se no Sr. Bellarmino, o qual mandou dizar a Damasceno que fosse fal- lar lhe,. . Se o facto fosse praticado por algum es- traubo á grey dos capangas, era logo amar- rado, surrado o mettido em processo ; mas tOdaS as IOrÇ»M, UUO UUIIVOSOO u muiuixuy-¦;,'.',1, infeliz de qnebmoa rnoveisdo theatro nara | como e um de seus cangas, pro jormuh Ser vingança contra os despropósitos I o Sr, major manda charaal-o e quando elle 1 a iafr__or' comparece nem lhe toca na espécie; en- DeaTno livr que tenhamos mais o cav comoienda-lhe bons c|ea para caçar pacas. Uda» uuo v _."...m.^^í. A,Ir, nna fl Si' mui.*- Tíftll _ l-min O sião de registrar semelhantes excessos, quando por acaso algum outro conílicto ou desordem alli se dê. Assim como se invoca a liberdade que reina em todos os theatros de serem cha- mádos á eoe.na ob artistas, sempre que o povo entende dever viotorial-os, invocamos, tambem, os preceitos da moderação e boa educação que não permittem semelhantes excessos, dignos, por certo, de toda cen- | BÚVa. Esperamos que os indignados contra o Sr, administrador do theatro, não mais fa- rão recahir sua colara sobre inoffensivos moveis... Brut»! Iirttiiorullilmle—Va- ipR ver tambem se ficam impunes, e se ainda nos contestavam o=< actos de immora- idade praticados pela guarda civica. que lécimeutojj mais vinto e quatro educandos Por portaria da presidência da pro vínjift, do 18 do corrente : foi exonerado, a f.oir) pr0vado tão bem... oomo diz o Tempo peÜi.ílo, o bacharel Francisco Paula 0a- j gm aiaí desta .«emanao1 soldado n. 42,^ yajeante Eacerdii de Almeida, de promotor público da cornarei ígua>;a'ssü ; e foi no rnoiido para o substituir o baclíarel Adal- bérto l_lpí'Uo 'le AJbn [ucrqaé 'Figueiredo. Assemljlca provincial -Fiinoãoisou hòniôin 11 b u pkaiéler.í-ii! áb Sr.!N. Contei! 1. Foi lidtt e approvada tt acta d_ S'.ísài nu te- lit v. JJJLU 11'CUi v.uo.... ¦ «—-'-¦' os cabos Gamava e Paes Barreto da guarda civiea de S. JòB.e, agarraram nm menino de Í4 annos quo «stava detido no quartel, e O Sr. 1" S: cre' iri: Paohccó dc Alb'i ír' oi-itlin 0'^lbo S ' oollec nria gorai '•'', t-a ii deflioft 1 do Tb üínil petição df> Igúaoio •,)U'.i M .rauhão . ,T T;>- vi-, i. IlUotfó! o )Sfrí'-;i,' da N. üüjrotljj ro laoo.ído cra-1 •s uro Po.iuíà.i, . Miod.-m- para do iju-' fojsé ...fesnontada doa vèucimantps ibs j empregados daqnr 111 oollectorifli a qiv.iiíia do | 1:Q66|687.—&.'¦ o imtniiisáo de lp»iplnçn.o. Ooatit-.úr. (íi2í ilisiin.sãV) do art. 2* do projooto dv orç.isuont ,;p'."cv.;Uvi' 1 Oiam ps Sm. Siqueira j Gampos o Gó33 pávalcúbte, depois du qu' ó ijp- ; rimvado o artigfy é aspita pn(j;tís6iva.'mcut.o üté ; Ã. -.-r. líí, oom t;!p;,"Tif^ emendas. 'íi! Lovautu- o a spasãoippf fnlta do numffo- A. nrde.m do di't psva boje ó a opntinuáçãoída ! wottcc- lonto, o mais 2? discussão do projecto i n. GI dorporreflté anuo. .obre ello exerceram a mais brutal ivnrao- mUdade, deix-iodo-o em lastimável estado vhlenciay >. ,: Ôòusta nos quo o Sr. sivbdelôgttdo do 1- disAticto remótteu o medioo da policia vistoriai o. \nenna o soldado, tólvez por uão contar con/protecçào, (foz e* ao fresca; os outros driis cnmi>iioés ficaram na estação o na bi. sotíreram ate boje. Não comraontnmos o faclo, nem a impu- nidade dos autores de tal .elvngeria...... ¦^•Iii^ftwcça*» sobre -ta plana- í».«35H» _a« c«feeir«—Na áecçao de Àq.icuüum publicamoâ boje um infcorssan te escripto áoYnoaüsavol propuguador da ¦ æo honrado nego T>mos dito que o Sr. mnjqr Bellarmino não pode exercer o cargo de autoridade na Magdàlena, onde elle tem quasi a seu sol- do uma malta de capangas e facinoras, ns quae-,sanimadofl pela protecção que lhe dis- peus ao Sr. m\j >r, praticsm og maiores at tentados e julgam-'sé garantidos, porque não o Sr. Bellarmino deixa-os impunes.como até vae protegei os e cabalar por elir"? no tribunal do jury, quando, por ..caso, algum delles ó pilhado por alguma autoridade que tem a audácia de mettei o ora processo, como não ha mnito soocedeu com o fami- gerado Manoel do Jacintho, ora Jaboatão. O districto da Magdàlena não está fão pobre de conservadores com capacidade parn, exercer a subdelega via, e quo nãb tenham os coinpronimosÀo S.mftjor Belíar- mino, cuja cou^ervMção é uma animação ao crime com o regimen da capaugada qne o cerca ! Cu!Í3_?'';Sl .!«» esíf<í'~-Pm* iniciativa de algumas pessoas que se interessam pelo de^envoNimento da ciilfcü.á do café nesta província, aoba-se convocada pnra depois d'amanbã, domín«o, ao meio dia, á rua do imperador iv 83 li ambir, uma reunião de I todos .0. qno adhorem a 93sás idéas,' nara se 1'tfff.tó.r da orstanisação de uma sociedade i quf1 tenha por fim animar aquella cultura. Btteraos palmas sempre que vemos ?ur' ii miciativ i'divido il. com n qual mar- òh«-sse pr•.gr^sivara. nto na seuda dos me- lborameutos; nno sneced^ndo outro tanto quando ho eípera tudo, e tudo se confia do influxo ennovvo.lov do governo. A inicio ti va individual é que tem feito a nvovincia¦ de 8 Pmfò caminhar na van- ijuard.1' de todas as outras proviucift§, e es- tar actuiiiioeute dotud-i de mslhWàraentps adminvms. gu- aáSuur^ ,prc;eitaveis,^lhidasem!e^a provmcnv ci.spensa garantias deja,-os iíOj *!'- "< '-' ' ¦'''' ' ' ' ' ovíuw c. do governo para as suas estradas de ferrò,ao passo que nós de joelhos as.^sapplióamoí para as nossas. Haja iniciativa em todos nós e mais tarde sentiremos os bons effeitos de nossa resof lação.i7 fiflTelto» «Ia clvltiiaçáo—Eis um exemplo de eomo pelo iuftaxo da ci*ili. çlo se constituo facilmente hm povo: A Republica de Libéria, fundada, em 1847, na costa Oeste <TÁfrica, com os ne» gros emancipados dos Estados-Unidos, qae a sociedade Americana de Oolonisaçlo en- viava á pátria de seus pais, oontà hoje 180,000 negros civilisados e 700,000 indi- genas. A sua Capital é Mouro via, denomi* nada assim em honra de Monroe ; possas um lyoea e tres escolas superiores, aseen* dendo a sua população a 18,000 almaíi - Cotttçde» dn |. ruçii— As do dia 24 foram as seguintes: Cambio sobre o Rio do Janeiro, 50 d/y. com 1 0/0 de desconto, hontem. Cambio sobre: Londres, 90 d/v. 24 e 24 1/4 d. por 1$000. Dito sobre dito, 90 d/v. 24 1/4 d. por 1$, hontem. Obituario— A mortalidade do dia 23 foi de 9 pessoas: As moléstias que oceasionaram estes fal* lecimentoeforam as seguintes: Soirrose 1 Syphilis." 1 Anemia 1 Paralysia 1 Figado 1 Hernorrhagia cerebral 1 Tétano 1 Enterite.. 1 Febre typhoide 1 AYISOS SLeilões—Ha amanhã, os seguintes : .Da armação, candieiros a gaz e gêneros da taverna da rua do Corredor do Bispo n. 40, pelo agente Pinto, ás 11 horas da ma» nhã, na referida taverna. De um cofre, armação de amarello e muitos outros objectos exisLontea uo esta- belecimento sito á rua do Barão da Victo- ria n. 52, pelo agente Dias, ás 11 horas da manhã, uo mesmo estabelecimento. €£ilb l»o|mIa*r—Segunda-feira,28. do corrente, ás 7 horas da noite, haverá sessão do conselho deliberativo. Qualquer" pessoa que queira fazer, nas ÉséBSões publicas, dissertações sobre scien- cias ou politica, no sentido liberal, deve in3crever-se com antecedência perante o conselho deliberativo. Ti&iNíres a sig. «._.•.. .Io _* São os seguintes: Pará, do norte, á 26. Lulànde, da Europa, á 2G. Pernambuco, do sul, á 27. Neva, do sul, á 29. Sorata, do sul, á 2 do juoho. Gironde, da Europa, á 4. Bahia, do norte, á 5. SiioieiriSi <.aa i>r.íVSiaeiía—Quar- ta. feira, 80 do Corrente, correrá aluteria 220, iím ben .lieio da igreja de Santo Amaro dàs Salinas. Os biiheteà achaca- o á venda na Lhe- socurária daa lêfreriafc e loja de calçados do 3r. Porto, a praça da Iüd< peudèuoia ns. M e 39.As listar, sahirão no .-.mo dia o oa pro- •iiios ee pagarão do seguinte em diuuie. B?fl'«se.afv«Jt!i>:4. .!«. Èi.ysl|»e* í» iia É»*i$ik&v$)i 5?S.ftíttoeS .fie 'vfl4t<iit^3ríft ¦€.a"'*'eí5úí£iàsíâ—Remedio íífioaa .ura curai' qualquer erysipela, iu- aiuôivè á que o Vulgo chama <L1a>R>a*4. ..'*», e para impedic o' üqu reapparédimeuto.^ Approvado peio Governo Imperial, acha- -<à a venda com histnieçõts, attestados de •/leliüos, e pcss^avS notáveis. Encontra-se na rua d!ÃUro'i .t n. 1 1 a.' 1ínüar -i horaè da tarde em diante. VEL

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ANNO VI RECITE SEXTA FEIRA 25 DB MAIO DE 1877.

ASSIGNATURAS

Trimestre.Anno.

(Recife)3:000

12:000

(Prov!ncias e Interior)Trimestre 4:500Anno. 18:000

A assignatura começa emqualquer tempo e termina noultimo de Março. Junho, Setem-bro e Dezembro.

PAGAMENTOS ADIANTADOS*

AVULSO 40 REIS.

A PROVÍNCIAWÉM® M> f&miM> UKMI.

Vejo por toda parte tim . ympthoma, qne me assusta pelaliberdade das Nações e da Igreja: a oentralisação.

Um dia es povos despertarão clamando: — Onde nossasliberdades ?

p. felix—D iso. nó Congree. de Malinas, 1864.

ET. 1149

CORRESPONDÊNCIA

A Redação acceita e agradece»a collaboração.

As.publicações particulares eannuncios deverão ser dirigido*para o escriptorio da typographiaá ma do IMPERADOR N. 77.(PAGAMENTOS ADIANTADO»

AVULSO 40 REISS

Edigão de boje 2500CHRONICA

Telegramnins — Do Diário dehoje, transcrevemos ob legaintes:

Í Agencia Havas:)_io dh Janeiro, 24 de Maio, ás 4 horas e

10 minutoi da tarde.Segaio hoje pnr» a Europa, eom esoalas

pela Bahia e Pernambuco, o paquete io*glez Neva, da companhia roy_.l mail.

A4liiilikl«triivA<» «I» |»ri»vln-Cia— Diz a folba offioial de hoje qne:por portaria da presidência da provincia,de 16 do corrente, foi exonerado, a pedido,u bacharel ti-aspur de Menezes Vaaconoellosde Druwmond Filho, de segundo supplentodo juiz substituto da segunda vara do Be-cife.

Por portaria da presidência da pro»viooia, da mesma data, foi nomeado JoséGermano de Albuquerque Piuto para exer-cerinteii namente o cargo de fiscal da col-leotoria provincial de Pao d'Alho, duranteo tempo de licença do effectivo.

Por portaria da presidência da pro-vincia, 'le 17 do corrente, foi designadoManoel da Bocha Lios, capitão da 4* com-panhia do 24' batalhão de infantaria dosmunicípios de Santo Antão e Escada, puraexercer as funcçõis de mnjor, posto que seacha vago.

- — Por portaria da presidência da pro-vincia. da mesma data, foi exonerado, ubem do nei-viço publico, Francisco Antôniod;i Cunha, de 1- snpplente do subdolegadodo 1* districto do Ouricury.

Por portaria dá presidência da pro-vinca, d;i mesma data, foi nberto, 30b suare^pouHubilidad., nm credito extraordina-rio do 1:000$ á verba Soecorros publicas, doministério do império, pára servir de auxi-üo á a 1 i 111 ¦ntação do destacamento de linhaem cjnimissão uo termo de Ingazeira, du-.aule o tempo da eêcoa.

Por portaria da presidência da pro-vincia, da mesma data, foi coucedido a JoãoMaria do Medeiros, arrematante da reeons-

. trucção du ponto sobre o rio Tâpaoura, um

prazo de quatro mezes pura conclusão dadita obri.

Por portaria da presidência da pro-viooia", «.la mesma data, foi designado o Dr,

juiz de direito do primeiro districto crimi-nal, • uva servir de auditor de guerra uoçòüôôlbo á que unn de responder o imperialrn-nnh.írq Aotoiiio Justo de Menezes.

Por [Vo. taria dã presidência da pro-vincia, du mesma data, foi autorisado o pro-vedor da Santa Oasa de Misericórdia, aelevai*o numero doa alumnos do collegiodas orphãs e da colônia orphanalogica Iza-bel. admittindo om oada um desses estabe-

Recurso municipal—Ha qoa>si quinze dias, foi remettido da câmara ma-uioipal para a secretaria do governo, com-

potentemente ins'.ruido pela informação dacâmara, o recurso do Sr. Vereador Dr.Paulo de Oliveira,àflia dc qae seja chamado o primeiro snpplente para preencher a vaga domajor Luie Cesario, conforme à lei do 1* dèOutubro e o elarhsimo aviso dc 12 de Julhode 1881; eatè hoje, nos. consta, os papeisestão encalhados na 4' secção, talvez porqueo Sr. chefe dessa secção ainda não jnlgaebem elucidada a questão I

Custa a ter sditar que na secretaria do go*verno.que regorgita de empregados, os

'pá-

poiB naveguem por aquelles canaes comtanta morosidade!

O Sr. Clementino n&o tem empenho, es-tamos certos, em retardar esses papeis;acreditamos, inesmo, que tendo noticia do

que se passa lá pela sua secretaria, trataráde indagar os motivos de até hoje não tersubido á sua presença o reonrso do Pr, Pau-lo do Oliveira com a informação da secçãoa que está affecto, e dará a única solução

que o caso pode ter de acordo com a lei.Pode ser, entretanto, que estejamos en-

ganados em todas as nossas conjecturas....15' lastimável -Ainda voltamos a

nos ocoupar do desagradável incidente quetevo Iní.ar antehòntem no theatro SantaIzabei, devido era grande parte ás absurxdas exigências do actual administrador,para censurar que em represália aquellefunecionario, se houvessem excedido algunsespectadores, estragando moveis do theatro

que nos oustaram bem caro, e mais caroainda porque foi com sacrifício qne em

prehendeu-se a reoonstrucção e adornod'aquelle edifício.

Não queremos entrar na questão do di-reito que tem ,os freqüentadores do theatrode usar de represálias para com o S<\ JoãoPinto de Lemos; lastimamos, porém, comtodas as forças, que houvesse a lembrança

ultima viagem ao sul, com o fim de estu-dnr a lavoura do fumo e do café.

Becommondamos a sua leitora principal*mente aos nossos agricultores.

Capanga* 11a Hajffdalcn,,—Nio tem mais que saber... E' entrar o Sr.major Bellarmino. no exercício da subd.le-gacia da Magdàlena, os stons capangas epeito largoteobram alento, alça mo collo ecomeçam a praticar audaciosos attentadoa.

Durante,alguns mezes a capangada dor-mio, não registrámos as soas façanhas; nãoestava na subd*legaeia o iuciyto senhordo sobrado grande; entra, porém, em exer-oioip, e logo'Çpmeiçam a reproduzir-sé asBcenas do canibalismo e audácia de saus ca-pangas e compadres.

N* quarta-feira desta semana, ás 8 horasda noite, Ignacio Damasceno, depois decónversaj.- na venda da povoação dos Reme-dios com dois soldados de policia, foi éspe-rar no meio1 da esfriada á José dè Salles,conhecido ppr José Mangueira, de quemtinha rixa baímuitò tempo.e quando sete en-caminhava .para sua casa. surge na frenteIgnacio Damasceno, «rmadode uraaformi-da vel faca, àmeaçando-o de raíital O e afci-rando-lhe repetidos g< lpes. José Manguei-ra procurait.rebate] os com', umá bolsa.quelevara e vetn ^retrocedendo para 0 póyoà;?o.Apparece, então, mais um filho de Damas-ceno, ainda menino, (que hôa escola) e amsen genro, armados de cacete e .oomraet-tem à Mangrijeira, o qual por mais ligeiresao esforços que empregasse para livrar-eedo assalto, recebeu algumas cacetadas dogenro de Damasceno, que o contundirambastante.

A conselho, de diversas pessoas foi Man-gneira queixar-se no Sr. Bellarmino, o qualmandou dizar a Damasceno que fosse fal-lar lhe,. .

Se o facto fosse praticado por algum es-traubo á grey dos capangas, era logo amar-rado, surrado o mettido em processo ; mas

tOdaS as IOrÇ»M, UUO UUIIVOSOO u muiuixuy- ¦;,'.', 1,

infeliz de qnebmoa rnoveisdo theatro nara | como e um de seus cangas, pro jormuhSer vingança contra os despropósitos I o Sr, major manda charaal-o e quando elle

1 a • iafr__or ' comparece nem lhe toca na espécie; en-

DeaTno livr que tenhamos mais o cav comoienda-lhe bons c|ea para caçar pacas.Uda» uuo v _."... m.^^í. A,Ir, nna fl Si' mui.*- Tíftll _ l-min O

sião de registrar semelhantes excessos,

quando por acaso algum outro conílictoou desordem alli se dê.

Assim como se invoca a liberdade quereina em todos os theatros de serem cha-mádos á eoe.na ob artistas, sempre que o

povo entende dever viotorial-os, invocamos,tambem, os preceitos da moderação e boaeducação que não permittem semelhantesexcessos, dignos, por certo, de toda cen-

| BÚVa.Esperamos que os indignados contra o

Sr, administrador do theatro, não mais fa-

rão recahir sua colara sobre inoffensivosmoveis...

Brut»! Iirttiiorullilmle—Va-ipR ver tambem se ficam impunes, e se

ainda nos contestavam o=< actos de immora-idade praticados pela guarda civica. que

lécimeutojj mais vinto e quatro educandosPor portaria da presidência da pro

vínjift, do 18 do corrente : foi exonerado, a f.oir) pr0vado tão bem... oomo diz o Tempo

peÜi.ílo, o bacharel Francisco dé Paula 0a- j gm aiaí desta .«emanao1 soldado n. 42,^

yajeante Eacerdii de Almeida, de promotorpúblico da cornarei dé ígua>;a'ssü ; e foi nornoiido para o substituir o baclíarel Adal-bérto l_lpí'Uo 'le AJbn [ucrqaé 'Figueiredo.

Assemljlca provincial — -Fiinoãoisouhòniôin 11 b u pkaiéler.í-ii! áb Sr.!N. Contei! 1.

Foi lidtt e approvada tt acta d_ S'.ísài nu te-lit v.

JJJLU 11'CUi v.uo.... ¦ «— -'-¦'

os cabos Gamava e Paes Barreto da guardaciviea de S. JòB.e, agarraram nm meninode Í4 annos quo «stava detido no quartel, e

O Sr. 1" S: cre' iri:Paohccó dc Alb'i ír'oi-itlin 0'^lbo d» S 'oollec nria gorai

'•'',t-a ii deflioft 1 do Tb

lô üínil petição df> Igúaoio•,)U'.i M .rauhão . ,T só T;>-vi-, i. IlUotfó! o )Sfrí'-;i,' daN. üüjrotljj ro laoo.ído cra-1

•s uro Po.iuíà.i, . Miod.-m-

para

do iju-' fojsé ...fesnontada doa vèucimantps ibs jempregados daqnr 111 oollectorifli a qiv.iiíia do |1:Q66|687.—&.'¦ o imtniiisáo de lp»iplnçn.o.

Ooatit-.úr. (íi2í ilisiin.sãV) do art. 2* do projootodv orç.isuont ,;p'."cv.;Uvi' 1 Oiam ps Sm. Siqueira jGampos o Gó33 pávalcúbte, depois du qu' ó ijp- ;rimvado o artigfy é aspita pn(j;tís6iva.'mcut.o üté ;Ã. -.-r. líí, oom t;!p;,"Tif^ emendas. 'íi!

Lovautu- o a spasãoippf fnlta do numffo-A. nrde.m do di't psva boje ó a opntinuáçãoída !

wottcc- lonto, o mais 2? discussão do projecto in. GI dorporreflté anuo.

.obre ello exerceram a mais brutal ivnrao-

mUdade, deix-iodo-o em lastimável estado

dó vhlencia y >. ,: •Ôòusta nos quo o Sr. sivbdelôgttdo do 1-

disAticto remótteu o aó medioo da policiavistoriai o.

\nenna o soldado, tólvez por uão contar

con/protecçào, (foz e* ao fresca; os outros

driis cnmi>iioés ficaram na estação o na bi.

sotíreram ate boje.Não comraontnmos o faclo, nem a impu-

nidade dos autores de tal .elvngeria......¦^•Iii^ftwcça*» sobre -ta plana-í».«35H» _a« c«feeir«—Na áecçao deÀq.icuüum publicamoâ boje um infcorssante escripto áoYnoaüsavol propuguador da

¦ o honrado nego

T>mos dito que o Sr. mnjqr Bellarminonão pode exercer o cargo de autoridade naMagdàlena, onde elle tem quasi a seu sol-do uma malta de capangas e facinoras, ns

quae-,sanimadofl pela protecção que lhe dis-peus ao Sr. m\j >r, praticsm og maiores attentados e julgam-'sé garantidos, porque nãosó o Sr. Bellarmino deixa-os impunes.comoaté vae protegei os e cabalar por elir"? notribunal do jury, quando, por ..caso, algumdelles ó pilhado por alguma autoridadeque tem a audácia de mettei o ora processo,como não ha mnito soocedeu com o fami-gerado Manoel do Jacintho, ora Jaboatão.

O districto da Magdàlena não está fão

pobre de conservadores com capacidadeparn, exercer a subdelega via, e quo nãbtenham os coinpronimosÀo S.mftjor Belíar-mino, cuja cou^ervMção é uma animaçãoao crime com o regimen da capaugada qneo cerca !

Cu!Í3_?'';Sl .!«» esíf<í'~-Pm* iniciativade algumas pessoas que se interessam pelode^envoNimento da ciilfcü.á do café nestaprovíncia, aoba-se convocada pnra depoisd'amanbã, domín«o, ao meio dia, á rua doimperador iv 83 li ambir, uma reunião de

I todos .0. qno adhorem a 93sás idéas,' nara se1'tfff.tó.r da orstanisação de uma sociedadei quf1 tenha por fim animar aquella cultura.

Btteraos palmas sempre que vemos ?ur'ii miciativ i'divido il. com n qual mar-

òh«-sse pr•.gr^sivara. nto na seuda dos me-lborameutos; nno sneced^ndo outro tantoquando ho eípera tudo, e tudo se confia doinfluxo ennovvo.lov do governo.

A inicio ti va individual é que tem feito anvovincia¦ de 8 Pmfò caminhar na van-ijuard.1' de todas as outras proviucift§, e es-tar actuiiiioeute dotud-i de mslhWàraentpsadminvms.

gu-

aáSuur^ ,prc;eitaveis,^lhidasem!e^a provmcnv ci.spensa garantias deja,-os

iíOj *!'- "< '-' ' ¦'''' ' ' ' ' ovíuw c.

do governo para as suas estradas de ferrò,aopasso que nós de joelhos as.^sapplióamoípara as nossas.

Haja iniciativa em todos nós e mais tardesentiremos os bons effeitos de nossa resoflação. i7

fiflTelto» «Ia clvltiiaçáo—Eisum exemplo de eomo pelo iuftaxo da ci*ili.çlo se constituo facilmente hm povo:A Republica de Libéria, fundada, em1847, na costa Oeste <TÁfrica, com os ne»gros emancipados dos Estados-Unidos, qaea sociedade Americana de Oolonisaçlo en-viava á pátria de seus pais, oontà já hoje180,000 negros civilisados e 700,000 indi-genas. A sua Capital é Mouro via, denomi*nada assim em honra de Monroe ; possasum lyoea e tres escolas superiores, aseen*dendo a sua população a 18,000 almaíi - •

Cotttçde» dn |. ruçii— As do dia24 foram as seguintes:Cambio sobre o Rio do Janeiro, 50 d/y. com

1 0/0 de desconto, hontem.Cambio sobre: Londres, 90 d/v. 24 e 24 1/4

d. por 1$000.Dito sobre dito, 90 d/v. 24 1/4 d. por 1$,

hontem.Obituario— A mortalidade do dia

23 foi de 9 pessoas:As moléstias que oceasionaram estes fal*

lecimentoeforam as seguintes:Soirrose 1Syphilis ." 1Anemia 1Paralysia 1Figado 1Hernorrhagia cerebral 1Tétano 1Enterite.. 1Febre typhoide 1

AYISOSSLeilões—Ha amanhã, os seguintes :

.Da armação, candieiros a gaz e gênerosda taverna da rua do Corredor do Bispo n.40, pelo agente Pinto, ás 11 horas da ma»nhã, na referida taverna.

— De um cofre, armação de amarello emuitos outros objectos exisLontea uo esta-belecimento sito á rua do Barão da Victo-ria n. 52, pelo agente Dias, ás 11 horas damanhã, uo mesmo estabelecimento.

€£ilb l»o|mIa*r—Segunda-feira,28.do corrente, ás 7 horas da noite, haverásessão do conselho deliberativo.

Qualquer" pessoa que queira fazer, nasÉséBSões publicas, dissertações sobre scien-cias ou politica, no sentido liberal, devein3crever-se com antecedência perante oconselho deliberativo.

Ti&iNíres a sig. «._.•.. .Io _* — São osseguintes:

Pará, do norte, á 26.Lulànde, da Europa, á 2G.Pernambuco, do sul, á 27.Neva, do sul, á 29.Sorata, do sul, á 2 do juoho.Gironde, da Europa, á 4.Bahia, do norte, á 5.SiioieiriSi <.aa i>r.íVSiaeiía—Quar-

ta. feira, 80 do Corrente, correrá aluteria220, iím ben .lieio da igreja de Santo Amarodàs Salinas.

Os biiheteà achaca- o á venda na Lhe-socurária daa lêfreriafc e loja de calçados do3r. Porto, a praça da Iüd< peudèuoia ns.M e 39. •

As listar, sahirão no m» .-.mo dia o oa pro-•iiios ee pagarão do seguinte em diuuie.B?fl'«se.afv«Jt!i>:4. .!«. Èi.ysl|»e*

í» iia É»*i$ik&v$)i 5?S.ftíttoeS .fie'vfl4t<iit^3ríft ¦€.a"'*'eí5úí£iàsíâ—Remedioíífioaa .ura curai' qualquer erysipela, iu-aiuôivè á que o Vulgo chama <L1a>R>a*4. ..'*»,e para impedic o' üqu reapparédimeuto.^

Approvado peio Governo Imperial, acha--<à a venda com histnieçõts, attestados de•/leliüos, e pcss^avS notáveis.

Encontra-se na rua d!ÃUro'i .t n. 1 1 a.'1ínüar -i horaè da tarde em diante.

VEL

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^5*5T

. tfiãm *W-" SIT3A- rtg> ,b

MCACOIS SOLICITACÁS"^lags-i de instrucção sobre a

plantação d s cafeeiros, porJoão Fernandes Lopes, ao suldo ImpsrioCom o fim de aperfeiçoar nesta provincia a

plantação do cafó, a mais rica do mundo, e darás pessoas que quizerem dedicar-se a sua cultu-ia, orna idóa doa systemas mais modernos oaperfeiçoados, propuzerno-nos fazer uma viagemao sul do Império, visitando na nossa excursãoas fazendas dos Exins. Srs. : Conde de Cedo-feita,BaroueZ!i de SanfAnna, viuvada MariannoProcopio Ferreira Lages, na província de Mi-nas-Geraes ; do Barão dolndaiatuba, do Barãodeltibaia, do Commendador Joaquim Ceies-tino Soares e de Commendador Jose Ver-gueiro, na proviucia de S. Paulo, proximidadesdàcidade de Campinas ; as fazendas de NossaSenhora da Conceição, do rio Negro e^final-mente, a do Exm. Sr. Barão de-Nova f nbnrgo,na provincia do Bio de Janeiro, arrabaldes deCantagallo. x-

Visitando, como dissemos, estas oito, tazen-%1 todas desordem,, nas tre? províncias —

Rio de'Janeiro, 3.' Paulo e Minas-Geraes,-aquella que possúe memòr solo ó1 com certezatf do Sr.' Vergueiro, na provinoia'de 8. faulo,a qual se chama Ibicavif.¦' As terras desta gran-de propriedade são, rôxo-esouras, argilosas commistura de areia, e n'outros lugares terrugmq-sas. Esta fazenda foi-me por todos indicadapela especialidade do terreno; e, na verdad^,tí cafeeiros tão viçoso.s ê carregados, que me le-varam a fazer um calculo qne cada um teriamais de 2 arrobas de frUcto, imvendO pos, cujostroncos mediam de 4 a 6 polegadas de dia-metro. ,

Aa outras que visitei são todas de terra debarro vermelho, frescas, e não sujeitas ao, gelo.;Nos terrenos que foram de matta yhgempto-tios ladéiàsos vê-se que o café produz melhor,o que prova ser esta qualidade de teVreno maisiippifopriada paru a plantação do café do que a

planície.O primeiro cuidado que deve haver n uma

'fazenda de café, ó escolherem-se sementes ap-propriadas pura o clima e fazer-se a sementeiraom terra fresca e fofa para melhor e mais fácilgerminação; fazendo-se,' outrosim," leiriü. nm

pouco levantadas do solo, para a tiragem das

plantas tornar-se mais fácil e proveitosa. As. sementes lançadas nestas leiras devem ser em

quantidade superior do numero de pes que pre-tende tirar-se. Os fructos sendo tirados dos ar-bustos quando maduros, podem ser logo postosna terra, espremendo-os previamente para sa-kir a casca vermelha e assim a sua germiuação¦ser mais rápida.

. As melhores sementes serão, porém, aquel-Jas que vierem de lugar longiquo, ou do estran-goiro, tendo sido sóceas na sombra, para nãoíormentarem durante a viagem.

'.todos os fazendeiros estAo certos de quo assementes de quaesquer plantas, e com especia-lidade do café, para melhor frueto darem devemser cruzadas com outros climas, escolhendo-seas que mais se prestam ao terreno do lugar emque é feita a plantação.' Temos differentes sementes : o café chamadoBrazileiro, Bourbon, Malta, Arubia e Libéria,que se planta ein Co.ylão, o amarello e o de3ava. Todos os fazendeiros, com quem fullei,São de opinião que ò café da Libéria devera ser

sempre o mais preferível para o nosso clima.Apparecendo ha ponco uo Rio do Janeiro estesarbustos teem-se vendido cada um por 25$, eeonsta-me até que o Ministro da Agriculturamandara buscar a semente. Deus permittaque desta vuz nào se esqueça dc nós.-.

A razão das sementes muitas vezes não nas-cerem, pôde muito bem não ser defeito do fruc-to, mas sim devido a ter-se enterrado muito ogrão, dando-se casos de haver a germinação onão apparecer a planta porque o grão do café,assim como

' de outras plantas, quando nasceabre a casca a qual fica om cima ; e sendo a

I planta muito tenra e estando muito embaixo,: não tem força bastante para perfurar a terra e

1 subir com a casca que aoobre. Não acontece-rá assim toda vez que a semente ficar á super-

I ficie da terra, pois será sufliciente que este-ja enterrada tanto como a grossura de dois

I yinteus.Os viveiros devem ser feitos perto do lugar

das plantações, dovondo po\Ho d'ellos haver ar-vores gr-indés para fazer sombra, e quando1 asplantas ja tiverem uni aünò e forçtf -para recé-berem ós raios dò Solarem-se derpibandp a pon-co ò pouoovpiira açsjm.ir acostumando o cafódo viveiro aos raios do sol: e caso não haja ar-vores no lugar, poderão estas ser suppridas porumaiátada de palha de uni acerta altura afimde arejar as píáiitinhas, e quaudo estas tiverooiumJahrio',' vai-se derrocando a cr/bèrta,' pouco apouoo; pafcá o mesmo fim já citado, para quan-do passarem para us covas'¦ permanentes, q'wdevem ser | «empre em serras, náo estranharemob raios solares. Este processo ó muito judi-cioso e útil,

' porquanto se a plauta no viveiro

estivesse sempre á sombra, quando fosse trans-plantada estranharia o' sol' e o resultado seriamover, como muitos agricultores d'esta provin-cia teem verifioadó.

O primeiro cuidado, fois. para uma planta-ção de café consiste no viveiro, fôrma de o se-mear, tratar e arrancar. Decorrido um anno,faz-se a queimada no terreno quo se destinapara plantação, retirando-se em seguida amaior parte das madeiras.

Quando se ^roéeder é'plantação; as covas se-rão marcadas com uma corda ou arame comuma marca de doze em doze palmos, distauci ique devera existir entre uma e outra. •

As covas serão 6empro de 1 1[2 palmo deprofundidade, devendo ficar algum tempo aber-tas; no entretanto, poderá o fazendeiro piau-ta^nò 'dito terreno milho, feijão; cárrapato.

Esteultímo arbusto ó o mais útil para os ca-feeirospor conter caraphora. Como nos viveirosdeve então haver plantas com a grossura neces-sariã.de um dedo approxirandamente ; deve fa-zer-se a plautação no meiado do inverno oquando a terra estiver humida e houver aindachuvas' para a conservação das plantas. Asplantas serão tiradas dos viveiros com a neces-saria cautela, pnra não quebrarem a raiz mes-tra ; mas no caso de se quebrar, será osta apa-rada com uma faca. Todas as plantas, depoú.do tiradas do viveiro, e tintes de serem planta-das serão cortadas acima da raiz 6 pollegadas,duas das quaes ficarão dentro da cova e 4 fofa.

Na mesma conformidado também so deyemcortar, quando tiverem um dedo de grossura,os cafeeiros qne foram plantados ou semeadosein cova permanente.' Feita a plantação da fôrma que acabamos dedizer, o arbusto immediatamente so desonvol-verá e brotara 4, 6 e mais rebentões, engros-sando rápida o admiravelmeute.

Uma vez segura diíficilmente morrerá.

•'.•-, i Y W "(71 f i < T 'f »"

Alguns agricultores asseveram que, mergu- |lhando-se a raiz da planta dentro d'uma tinacom barro vermelho bem molle na oceasiãoque so tira do viveiro para a respectiva cpva.do1001) plantas não morrem seis. Se !id.>,poróm,fei-ta a plantação quasi sempre om terras .do bar-ro vermelho, estando estas molhadas, polaschuvas, torna-se desnecessário este processo,pois que os aibustos vingarão nellas com grandofacilidade.

As plantações feitas em serras devem ser dofôrma que o arbusto fique um pouco ineliuado,pois que o tronco ficando nesta posição brotarasomente para cima, recebendo os estrumes quedescera, ^or este systema, ficará a planta domaneira que as raízes perfurarão com mais se-gurança, dando assim os troncos do 4 a G re-bentõos, e estes engrossando como os actuaescafeeiros d'esta proviucia, produzirão 1,000pós que eqüivalerão por: por 4 a 6000 plantadospelo antigo èystema. * .

Os cafeeiros assim plantados e em sértatl! fá^zem uma graudo roda do |»alhoB e folhas atóao chã\ No sul dão-lhes o nome de cafeeiros de.sain a balão.

O fazendeiro só pôde contar com o fruetodepois de 5 annos," todavia, poderá obtel-o em3.se porventura comprar á-í.blantas cotn 2 an-nós, quó, nas proviumas do sul so vendem pòr$300 rs. cada uma. Neste espaço dètem^oob-terá oresultado do. milho;- faijão oüqúaósqueíilegumes que plantar inoffetisiveis ao cafeeiros.

As limpas são indispensáveis, principalmen-,to quando os cafeeiros começam, a dar frueto.O capim das limpas deverá ficar &m inòutp?, uoniteiò dòtorreuo, diVvendb ser,' depois dó secco,encostado ao tronco do cafeeiro; 1"

Antes da apanha também se faz Uma limpa,ficando o capim nesta odoasiáo, no meio doterreno e limpo o espaço que fica debaixo doscafeeiros para o cato ser apanhado com maisfacilidade e sem prejuízo. Nos terrenos onde oarado podo trabalhar, as limpas são preferíveiscom esto instrumento.

Nó sul', o cafeeiró' dá frueto 25 annos; fin-da está época, deixando do dar frueto, corta-sena altura de 1 l\'í palmo acima da superfície daterra, o que o faz rebentar novamente dandofrueto por mais 25 aunos.

Uns apanham o café com a mão para os.jà-emes, outros, deitam-no ao chão para depoisvarrereui-h o. Quando o apanham com terra énecessário laval-o em tanques. Outros ha, quoo apanham collocando por debaixo um lençol.E' indispeusável o tanque; pois ó mister queo cafó seja lavado antes de exposto ao sol. •

As carroças que conduzem o cafó aos tau-quês, acompanharão sempre os trabalhadores.

Depois de lavado o cafó irá para os terreirosafim de seccar.

Para ficar bem secco necessita de 15 a 20dias do bom sol e só se conheço qno está bomsecco quaudo no varrer vivi- largando a casca.

O cafó podo pernoitar uo terreiro, em mon-tos, e coberto sendo osto murado.

A casa quo se destina para a fazenda dovoter urna queda d'agu«, assim oomo nm lugarapropriado para um bom terreiro, quo sorá foi-to de tijolo ou cemento com bastante doclivepara esgoto das águas. Este esgoto deve terum ralo para não deixar passar o café quo i orventura for levado pelas águas. Os terreirostambém podem sei' feitos de barro soecado.

Ha graude numoro de machinas adoptadaspara o descacamento do cato, de preço de 5C$até 5:000$. As mais baratas e antigas são co-uhecidas por monjolos, as mais caras e mais

aperfeiçoadas são americanas, com ven tres, separadores, bnrnidores e elevadores ; sen-do tão perfeitas que por um lado se bota o catocom casca e pelo outro sahe limpo para o sacco.

Sobro machinas julgo, por emquanto, clesne-eessario dar largas explicações, visto que aquiha pouco cafó ; por isso reservo-me para outraoceasião, mesmo porque algumas quo encom-mondámos ainda não chegaram ; portanto logo

que cheguem serão expostas para venda na ruado Imperador ir. 48.

O cafeeiró è talvez um dos arbustos qno maiSexporiencins tenha sotírido. Ha quom tenhamedido as pontas das raizos o sabo depois quan-to tem para dentro e para fora da terra.

O maior mal nara uni cafesal ó sem duvidao gelo, pois náo

*só sento muito no anno que

ist") se dá, como também dá pouco.frueto nosseguintes. Tanto assim ó, que os tetrronoa su-ieitos ao gelo não se plantam ; todavia lugares'ha,

que os fazendeiros são teimosos, por issofazem latadas para preservar do gelo os ca-feeiros. ., , . ,

Os fazendeiros do sul costumam contractaicom qualquer pessoa que tenha família, paramorar ua fazenda, para o que -dão-lho casa ouma certa área de terreno para plantar o mi-mero de pés que quizer conforme as «If.dftfamilia. Do cicda pó o morador roeebora 10U rá;;isto por quatro annos. Isto ó bastante váiita-ioso para:o morador, porquanto as plantas de2 annos o fazendeiro da-as quasi sempre, pó#que tem de sobra ; por isso, uma pequena ia-milia poderá plantar 5,000 pés com o que teráuma renda certa de 500Í. unnuaes, som contaimos com o milho e feijão quo plautarem nomeio de seus cafeeiros; No fim • de -1 rumos, omorador podorá continuar a viver na fazendae tratar dos õafeéiros, entregando ao propneta-rio, na oceasião da apanha, o cafo que colherrecübeudo 600 rs. por cada arroba.

Calculo approximado das'despezas que se fa-zem para tor-so uma fazenda do 100,000 peSdo café: , .30 alqueires do sementes a 10$Despezas para derrubarIdom para desembaraçar o ter-renó ;•

Ideiü para fazor as covas o ali-nhi. mento....

Idem para plantaçãoIdem para 12 limpas, em 8

annos a 2:400$Apanha

300ft0007üO$000

2000000

800$000Ô00$000

2S:800$OOO5:000$0úO

(160)

ÓDIO DE BÜÜKBONSl»OR

Tan a^o .y Ma ten*

Sempre com o seu gibão negro, o con-do dé Macanor cumprimentou os reis, eesperou que elles se dignassem lançarum olhar sobre elle e outro sohre a filha.

IV

Rs. 'a0:i0i)$000

Resultado do 100,000 pés de cafó cm tresannos. .

Calculando pouco, cada pé do cateeuvi deve-rá produzir 2 libras ; portanto, teremos 200,000libras de café, o qual vendido a 300 rs. a libra,dará um resultado do (50:000í., ou um luer; docom por couto. Isto com braços livres.

Póde-se dizer, sem recoio de faltar á verdade,que na proviucia do S. Panlo e onde mais Sótrabalha, razão porque é também a mais adian-nula do Imporio. Ahi trabalhado siuicossiva-monte das 5 horas da manhã ate á noite.

Os fazendeiros calculam, que um escravo quelhe custa 2:000$ oin dous annos fica pago, setrabalhar no cafó. Todos teem amor a sua pro-vincia, por isso dão preferencia a tudo nquilloque lá se fabrica, havendo diversas manufactu-ras iguaes as estrangeiras. Receberam em1863°a primeira machina e hoje contam 600trabalhando a vapor e com água.

SEGUNDA PARTE

VI

EM QUE GENARO COMEÇA A DESEMPEJÍHAIt A

INCUMBÊNCIA DA CONDESSA DE LUNA

AECHIYü SECRETO

m(Conüniiac/io)

' Mas o conde era homem que sabiamuito bem quaes eram os seus deveres.LembraYa-se das humilhações porque otinham feito passar no baile anterior,e olle por sua vez quiz tomar o desforçode um modo esplendido e magnífico.

Como era immensaraente rico man-doa, debaixo do maior segredo, que lhetrouxessem trajos admiráveis para a íi-lha, feitos á ultima moda.

Tirou do seu guarda jóias os magrii-fices diamantes e pedras preciosas quepoásuiá, e na noute do baile apresentoude tal modo sua filha Catharina, que1 aprópria rainha se sentio humilhada aover tanto luxo e tanto esplendor reuni-dos a tanta belleza e tanta formosura. ¦

Os homens sentiram-se deslumbra-dos, as mulheres vencidas.

Catharina de Luna y Salazar, estavamais do que formosa, estava deslum-hrante

Nupca ató ali se vira mais dignidade,mais riqueza, mais modéstia.

Foi completo o seu triumpho, o deseu pae foi immenso.

Catharina foi chamada pela rainha.--• Não tinha o gosto de vos conhecer,

senhora, disse-lhe com um sorriso indo-finivel. Quereis ficar na minha corte ?

Este eonvito seria um cumprimentoou um desejo ?

— Não posso responder a V._M.,.se-nhora. Meu pae c quem por mim poderesponder, t

Tomaram todos por inaudito arrojo aresposta da menina de-Macanor.

A rainha sorrio-se o fallou com cl-rei;

Ein seguida principiaram as contra-danças.'

Catharina oecupou um logar na ex-tremidade do salão onde se dançava.

Mui poucas damas lhe dirigiram apalavra.

El-rei dançou coma rainha a primei-ra contrandança, a segunda com a cá-mareira-mór, e finalmente sentio-se comdispo8Íções<de daneaar- a terceira^- •> •

Quando a orchestra deu o signal, Fi-

lippe começou a correr as brilhantes fi-las de damas que existiam á direita e áesquerda da rainha.

Todos comprehenderam que el-rei, li-vre já dos deveres da sua posição, pro-curava uma dama para dançar comella. Esta circumstancia fez com quetodas desejassem ardentemente tuo gran-de honra e adoptassem esses milhares demeios, que só as mulheres conhecem,de se fazerem mais visíveis quando maisoceultas se querem fingir.

El-rei cumprimentou algumas e pas-sou de largo por outras. De repenteparou diante da formosa Catharina deLuna.

¦ —Quero, senhora, que vos digneisdançar esta contradança comigo; tereisnisso algum inconveniente ?

— A vontade d'el-reié uma ordempara os seus vassalos, respondeu Catha-rina inclinando-se.

E sem dizer mais nada entregou-lhea sua alva e mimosa mão, que el-rei, semquerer, apertou entre as suas.

Catharina e el-rei dançaram juntos, eobservou-se que Filippe V, extremamen-te galante e attencioso, esteve menosaffavel do que costumava.

Mas n'outras oceasiões semelhantesas palavras d^l-rei1 eram dessas quenenhuma cousa significam, que nenhumdesejo exprimem; ^linvm

As poucas' qtie''píoílunCiou ¦durante'aquella contradança foram íVoutra es-pecie:

Ohl.penhora, exclamou Filippe Ven-;volvendo-a com um meigo olhar, dosseus olhos azues: sabeis que you tomar

a liberdade de vos fazer uma observa-ção? Qual, senhor ?

-- Que vosso pae andava müifcd bomem não vos ter apresentado na côrtc.

Sim ?Não tenhaes duvida.

--- Porque?Porque tão formosa sois que 6 mui-

to perigoso estar ao vosso lado.Catharina fitou el-rei com tranquilla

magestade. •Senhor, os perigos suo as vezes

como os sonhos que passam mais nãooffendem.

No dia seguinte a Sra. do Macanorrecebeu a nomeação de camarista da rai«nha.

V

A partir d'então seguiram-se as diver-soes da corte com extraordinária fre-quencia. '

Catharina,' ao enearregar-se dos seusnovos deveres, parecia que de anto-mãoos conhecia.

Não houve nunca motivo para a maispequena observação. ¦ ¦

Catharina notou mtiis uma vez quael-rei olhava muito para ella.

l?or vezes, quando menos esperava,Filippe dirigia-lhe algumas palavras,mas sem ntinca passar dos limites pre-scrlptos pelo dever e pelas convenien-cias.

Decorreram deste modo dous mezes.

..<¦¦ <

(ContiwtoJ

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A* s

Ha estradas do ferro na distancia de 900 ki-lomtilros, c outras em construcção, e a maiorparte doa capitães empregados nestes melhora-mentos suo paulistas. O eatroncamento da es-trada do D. Pedro II vai sor uma grando van-tagom pula fadiíidàdè que haverá de ir do Bioa S. Paulo, om 12 horas, porcorreiulo 90 lo-gous.

Todos estes melhoramentos são devidos agrande e rica lavoura do cafó.

Recife, 22 Ao Maio de 1877. . ,João Fernttndfi !,tipés.

_fa_aoel Gomes «la Silva Amorim,sua accusação e defeza.

X¦Prosigámosnòestudo.das > peças cons-

titutivas do inquérito, e vejamos qual ovalor jurídico e força probante que pôdeter elle, em face dos factos, e leis queregulam a matéria.

Além do corpo de delicto e examecadaverico, além. dos depoimentos dasoito testemunhas, Francisco EtnilianoBibeiro dos Pasmos, Bernardo José daSilva, Lauriano Gonçalves Chaves, Ma-noel Joaquim de Castro Madeira, ;Páu-lino Juventiiu -ío Souza, Balbinó Jóa-quim, João Nieoláo de Paula eiSeverinoAnselmo de Albuquerque, o inquéritoencerra ainda ás seguintes peças: 1.'termo de ivifor inação do crime quanto aoaceusado Antônio José dòs Anjos; 2ainterrogatório áo mesmo indiciado An-tonio José c\os,knÍpa;'â.%aiitpde.pris{tode Manoel Gomes da Silva Amorim;' 4aauto de rf<'i»t/*«<•'."•>'de Arcenió AffonsoPereira Borges, um que refere ter acom-panhado a Maurino Francisco de SouzaMagalhães, no acto de prender o inicia-do Manoel Gomes da Silva Amorim; 5/auto de declaração de José FranciscoAnselmo de Santa Anna, em que referecomo fôra o crime praticado; 6a autode declaração do inspector de quarteirãoJoão das Virgens Motta, sobre o modoporque fôra effectuada a prisão de Ma-noel Gomos da Silva Amorim; 7a autode ¦perguntas feitas a Manoel Gomes daSilva Amorim; 8a auto de perguntasfeitas a Ivíanoel Gomes dos Santos Pe-reira, caixeiro de Amorim; 9a auto deperguntas a João Baptista Alves Mon-teiro ; ÍO. Mio' dei perguntas ao offen-dido Manoel José do Sacramento; ll.'auto de perguntas a João Claudino deMacedo ; 12a finalmente, auto de deela-ração feita por Antônio José dos Anjos.

Acerca do exame cadaverico, já vimosque o subdelegado da freguezia de S.José, o Sr. Dr. Américo Notfco de Men-donça, esquecendo a terminante recom-mendação do Formulário sobre a marchados processos criminaes que tem de serjulgados pelo jury, mandado observarpela. Circular do ministério da justiça,de 23 de março de 1855 e, contentando-seã com dirigir aos peritos somente tresquesitos no sentido de saber se houve amorte, qual sua causa immediata e qual omeio empregado que a produzira, deixoude fazer o quesito sobre, se a morte se derapor não ter o ofendido applicado a ne-cessaria deligencia em remover o malcausado, quesito que devera ser formula-do previamente com os outros e que, lioçaia). se tornara tanto mais indispensávelquanto é certo que, respondendo osperitos simplesmente que—o ferimentodeperipto fôra. a causa da morte—semdeclarar se mediata ou immediata, nãoderam a resposta pelo caso porque fôrafeita a pergunta consistente em verificarqual a causa immediata da mesmamorte.

Eis portanto, uma infracção de leicommettida por oceasião do inquérito,vejamos outra:

Como se lê na parte que dirigirá aoDr. chefo de policia, o Sr. Dr. Nettodisse :--José dos Anjos c o portuguez Ma-noel Gomes da Silva Amorim, foram per-seguidos pelo clamor publico, presos e re-colhidos á casa de detenção.—-e, por estemodo, procurou estabelecer que a prisãodos dous individuos tivera lugar emfiagante delicto. ;Em o Diário de Per-'nambuco

de 21 de abril de; 1873, alguémque se inculcava conhecedor dos factos,procurando justificar os actos do Sr. Dr.Netto, escreveu-o seguinte:

« Quanto a illegallidade da prisão deAmorim, os, depoimentos que ouvimos

,e instruem o inquérito, provam á toda

evidencia que Amorim foi preso em fio- , nhas em outra oceasião, e mesmo em ou- •¦

grante delicto, e perseguido pelo clamar i tro dia e não immediatamente á prisão,publico. | fazendo então lavrar o respectivo termo,

Vejamos, portanto, em face dos autos, | a lei n. 2033 de 20 de setembro de 1877se na realidade dera-se o flagrante de-1 estabeleceu outras prescripções maislicto, sendo Amorim denunciado e desde garantidoras do verdadeiro flagrante de-logo perseguido pelo clamor publico. I licto, e por isto no § la do art. 12 dis-

Tratando da prisão sem culpa forma- j põe — « que não havendo autoridade noda, e que pôde ser executada sem ordem : lugar em que se effectuar a prisão, oescripta, o Cod. do Proc. Crim. prescre- j conduetor apresentará immediatamenteve o seguinte Z** ' ° r^° aquella autoridade que ficar mais

«Art. 131.' Qualquer pessoa do Povo próxima» — e no § 2a do mesmo artigopôde e os ofliciaes de justiça.são obriga- ' que — «na falta ou impedimento do es-dòs a prendei-, e levaraá presença do crivão servirá para lavrar o competentejuiz de paz do districto o que fôr encon- ,'j auto qualquer pessoa que alli mesmo fôrtrado oommettendo algum delicto, - ou I designada e juramentada. »em quanto foge perseguido pelo clamorpublico.

Üs que assim forem presos, enten-der-se-hão presos em flagrante delicto.

Art, Í32. Logo que um criminoso

Não obstante todas estas cautellas dolegislador, no caso de que nos o.çupa-mos, não foram observadas as preserip-ções legues, quer quanto aos elementosconstitutivos do flagrante delicto/quér

preso em; flagrante fôr a presença do j quanto ás solemnidodes. exigidas pela leijuiz, será interrogado .sobre as arguições

' ccmo garantidoras da existência domes-que lhe fazem o-oh-iilctor. e as teste-münhas que ó' àcomp1 àn(iarém; do c[úese lavrará tèrrno por todos assignado.

,« Art: 133. Besultando do interro-gátbrio suspeita contra' o conduzido, oJuiz o mandará pôr'em; custodia emqualquer lugar seguro que para'issodesignar; excepto o caso de Be poder li° ,, r Ji__.i_L_ífeLCe „_. n ..n.. ,vrar solto, ou admittir fiança, e elle a I Crime um auto depnaão, ambos datados.it... ^_'.-_i_..^-^„'f^,.w,_,:>.r.">. Aa r.i-1-.o 'dv. 13 dA abril dp. 1878. dia em aue fôra

ino flagrante delicto, comoitudo passainos a demonstrar:- .r *,üi. k-q n.,-, /

No processo do inquérito,.encontra-mos, em. relação ao indicaido AntônioJosó dos. Anjos,.um teimo de inforMação.do crime e.do individuo e, em rejação aoaceusado Manoel Gomes da Silva Amo-rim, em vez de termo de informação do

ó_ér; e procederá'na formação da culpa,observando o que está disposto a esterespeito no capitulo seguinte. »

A lei n. 2,033 de 20 de setembio de1871, dispõe o seguinte:

« Art. 12. Para execução do dispostonos arts. 132 e 133 do Cod. do Proc.Crim., observar-se-hao seguinte; r

« § la ííão havendo autoridade nolugar em que .se effectuar a prisão, oconduetor apresentará immediatamenteo. réo aquella autoridade que ficar maispróxima.

. « § 2.' São competentes os chefes depolicia, juizes de direito e seus substitu-tos,, juizes municipaes e seus substitutos,juizes de paz, .delegados e subdelegadosde policia- Na falta,ou impedimentodo escrivão servirá para lavrar o com-petente auto qualquer pessoa que allimesmo fôr designada e juramentada. »

Da disposição do art. 131 do, Cod. doProc. resulta que só poder-se-hão repu-tar presos em flagrante delicto—aquellesque forem encontrados eommeüendo al-gnm delicto, ou emquanto forem perse-guklos pelo clamor publico. — Dous, por-tanto, podem ser os característicos daprisão em flagrante delicto : la, prisãoemquanto o delinqüente está commet-tendo o crime; 2a, prisão, quando emseguida ao crime, foge o delinqüenteperseguido pelo clamor publico.

Definido o flagrante delicto, que comodiz o Marquez de S, Vicente — c aquelleque tia actualidade se está eommeüendo,ou que interrompeu-se ou acabou. de com-metler-se, sendo o réo ainda acompanhadopelo clamor publico, pessoas qne o perse-guem ou estando ainda com. as armas c'instrumentos

ou effeitos do crime em actosuecessivo, — o legislador do Cod. doProc, attendendo a que— « a prisão ó oacto mais importante do processo, por-que priva o cidadão da liberdade, iazpe-sar sobre elle a presumpção do òrime (oque mais se robustece no caso do fla-grante delicto, e causa-lhe e ásua fami-lia despezas, perdas e sacrifícios» — noart. 132, dizemos, estabeleço o legisla-dor solemnidades garantidoras de quecom effeito fôra a prisão effectuada dan-do-se as circunstancias previstas no ar-tigo anterior, isto é, ter sido o delin-quente preso ou quando commettia odelicto, ou quando em seguimento fugi-ra perseguido pelo clamor publico, e poristo prescreveu que—logo que o crimino-so preso em flagrante for a presença dojuiz será interrogado sobre as arguiçõesque fizerem o conduetor' e as testemunhasque o acompanharein, do que se lavrarátermo por todos assignado.

Para evitar abusos que, em taes oc-casiões, praticavam autoridades poli-ciaes, dando falsa interpretação aspa-lavras do art. 132—, logo que um cnmi-npso preso em flagrante fôr á presença do

juiz—d*onde deduziam; que podiam in-terrogar o réo, o conduetor e toatemu-

de 13 de abril de..1873,,dia em,que,íòravperpetrado o crime de que se trata; po-;rém nem. o termo nem o auto estão de

* accordo com as prescripções legaes, por-quanto, nò primeiro, vê-se que, apresen-tando-se Francieco Babello dos Passoscomo conduetor de Antonio José dosAnjos, declarando que o prendera ás 9 emeia horas.da noite quando ia persegui-do pelo clamor publico, por haver n'a-quella hora dado uma facada no, baixoventre.de Manoel José do Sacramento,--por considerar a hora avançada e havermais diligencias, a p_;oceder-se;í ordenouo. subdelegado que fosse o conduzido re-colhido á casa de detenção paraser hojeinterrogado, sendo.que para constar sefez o termo que assignou o conduzido, epor não saber lêr e nem escrevei o con-duetor, a seu rogo assignou AntonioDias Cardeal.

Quanto ao auto da prisão de ManoelGomes da Silva Amorim, vô-se cVelleque em a casa de residência do subdele-gado e pelas 11 horas da noite compare-cera Mauriuo Francisco de Souza Ma-galhães como conduetor do mesmo Ma-noel Gomes da Silva Amorim, decla-rando que effectivamente fôra preso ácitada hora o portuguez Manoel Gomesda Silva Amorim, como complice no fe-rimento . que recebera Manoel José doSacramento, sendo que se resolveu a ef-fectuar a prisão íNão somente pela re-COMMENDAÇÃO QUE LHE FIZERA O SUBDELE-gado, como tambem por observar que opovo seguia em perseguição do mesmoManoel Gomes da Silva Amorim, aoqual attribuia o crime de que se trata.Disse, finalmente, que a prisão effec-tuou-se na casa de João Baptista AlvesMonteiro, sendo testemunhas desta pri-são e que o auxiliaram a efiectual-a,,Affonso Arsenio Ferreira Borges e o ins-pector do pateo de S. José, de nome

quando sojavram. termos differentes e-em differentes o .casiões, sem que cadaum delles seja revei*tido de todas as as,-ssignaturas que a lei exige para o termoque prescrçve.

Uma outra circunstancia, qúe não con-"vém deixar era silencio, ó a falsidade,que resulta da data dò termo e auto de,que se trata. Como já dissemos estão"elles datados de 13,de,abril, dia.do cri'-(,me edas prisões dos indiciados Arno-'rim e Araújo; no entretanto, no termolê-se as seguintes palavras;—« e sendoheras avançadas da noite , e havendo»,,mais diligencias a proceder-se, ordenou.o subdelegado que fosse o conduzido re-colhido á casa de detenção, para ser hoje,interrogado»—d'onde se vê que o termofoi lavrado,, nãqvno, dia dq crim.e e simno seguinte (hoje.) .e;-p.err çónseguiufo

'commetteu-se]uma falsidade, datando-"se ,djto termo tcomq,dq dia.\$, para dar.-^se a entender que fôra elle íçivradoàe,accor.do ç.oni,jp; preceito da lei! i: .

'^

-Ao termo;e,auto sde que.acima falia**,'mos, seguem-se o interrogatório feito ao,indiciado Antônio José dos Anjos e, qauto de perguntas feito ao aceusado,.ÍVlanoel Gomes da Silva, Amorim.;,quant;:to porem ás testemunhas ,que deveriam,"ter acompanhado os çqnduçtores^ vemòírque no terno de informação ,dq crime dè_Antonio José dos Anios, méncionandò-seo nome do' conduetor e.suias declarações,,nã.q.se falia, de \ testemunhas, nem doaautos cqnsta que-fqssemepasquvidas o,,ao mesmo indiciadofize3seiri as arguições-|de que falia q artigo do^qdigo do proces-so, sendo que,.em,relação ao recusadoAmorim, mencionando o conduetor Mau-rino de Souza Magalhães, o nome de Af-fonaoArc"iio Ferreira Borges e iuspec-tor de qu.. i-teirão do', pateo , de 5 S. Jqsé-:,Ignacio, c.jmo os-das pessoas què o,auxilliarauí a effeetuar a prisão, so-mente fora ouvido como testemunha.q,mesmo Arcenio Affonso Pereira Borges'deixando de o ser o inspector Ignacio efigurando ,em seu lugar, o ins-úector do.quarteirão João das Virgens Motta, que\,refere os factos como se i prisão cieAmorim fora por elle effectuada o naopor Maurino, por quanto disse o mesmoVirgens Motta:—que,no dia IB do cor-rente, as 11 horas da noite, pouco maisou menos, viu uma multidão considera-"*vel dirigir-se para a casa de residênciade João"Baptista Alves Monteiro, isto noseu quarteirão, que procurando saber omotivo deste facto, disseram-lhe que amultidão perseguia a Manoel Gomes deAmorim, aquém ihdigitavam de man;dante de uma facada oe que fora victi-ma Manoel;José do Sacramento,^ nafproximidades do mesmo Aoiorim, á trá-vessa do lugar denominado—Monteiro;-•que assim ouvindo, elle declaranfce.em,seu caracter de inèpector de quarteirão;entendeu acertado para acalmar qs ani-mos e fazer effectiva á nrisãò do indicia-do Amorim, bater á porta da indicadacasa e pedir com phrases todas atten-ciosas que lh'o entregassem^ Declarouque responderam que o indicado Amorim estava dormindo, pelo mencionadoMonteiro, que elle declarante insistindopela entrega do, indiciado Amorim, este> pateo ae o. dose, ae uüdj*. ; r™1"*"*'**.".—. v • \\ „-i

í^nacio. Deu-se por findo o auto que | 89 apresentou negando o crime de quéSoaram Maurino Francisco de Sou- í é aceusado, sendo afinal preso e conda-

za Magalhães e. o subdelegado. ! z.ao a prisão.»O art. 132 do Cod. do Proc. falia de j

um só termo, queeomprehenderá as de-'clarações do conduetor, o interrogatórioao réo e depoimentos ou declarações dastestemunhas que o acompanharem; noentretanto, vé-se do que acima fica ex-posto, que o termo e auto alludidos só-mente contém as declarações; do con-duetor, certamente porque entendeu . >subdelegado que, em.outra oceasião, po-

as testemunhas, lavrando-se de tudotermos orcVautos especiaes, ,e isto contra

Vê-se por tanto que não foram guar-dadas aa solemnidades, prescriptas pelocódigo do processo e lei h. 2,033 dè 2de setembro de 1S71, sendo que por istonão existem garantias de que na reaíi-dade feram as prisões effectuadas eniflagrante delicto. ..

Quanto á verdade dos. factos, vemosem relação á prisão de Antônio José doBAnjos que, ao passo que o individuo dè

_uu-.o_'-i5~-_>-" _.«*v, v.a-j..v._v_.vv w~-. «ir- --"j-~ii, ,m, *.._ .-. - __. .-:.,

deria interrogar os accusados,bem como | nome Francisco Rabello dos Passos apre-_*^ 1^1 .___ __- _J.A_.i1a 1 »-» <-l "1 _¦_____/-_"__senta-se como conduetor do indiciado e

quem o predenclera,',qu-andò ia persegui-o disposto no mesmo art. 132, porquan- j do pelo clamor pubhçq, no [depoimentoto é justamente, na exigência de um só | que prestou no mesmo mquento, o br.termo e este assignado pelo réo, con- j capitão Madeira declara que foi quemduetor e testemunhas, etudo isto. em | prendeu a Antônio José Anjos nao quali-.acto continuo e.em: seguimento á prisão,,' do ia perseguido pelo clamor P™onue a lei faz consistir as solemnidades e ] porem ainda na porta da venda de Amo-Garantias da.prisão em flagrante delie- rim eem quanto abaixado como que déi-

to* solemnidades e garantias quedei- tava alguma cousa;por baixo da porta,xaín do existir, como no caso vertente, Em relação ao aceusado Amonm,

Page 4: ANNO VI RECITE SEXTA FEIRA 25 DB MAIO DE 1877. A ... - BNmemoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1877_01149.pdf · ANNO VI RECITE SEXTA FEIRA 25 DB MAIO DE 1877. ASSIGNATURAS Trimestre.

A PROVÍNCIA

bosque o erime sedara as 9 horas da j véspera desse

^—^1.noite, pouco mais ou menos em ala- dojmy d> Be^un o

topr"so SoVo fora perseguido ! até ^^SL^uZ <,«e pot-

pelo elamorpublico, que só appareceuae lhe d.z.am u«»^^e

SSH?üSsSs^gsfeèi?£mente a hora em que fora preso, e então va .ao tab que podes e ser ouv p

ainda o clamor publico o não perseguiu S.w Dr. Netto, segue se que iero« p*'„rfue

se assim La mm ao menos po- .-*¦«**? "f^^iSi

deriaellearredar-se de sua taverna uns o oíLmdido, e por e'-6en'Qa''^anntí.va

á Travessa dos Açouguinhos! Em todoo caso, é notável que diga Maurinno quefoi|quem prendeu Amorim, e não meu»cione o nome do inspector Virgens Mottae, por sua vez, diga este que foi quem

dessa pessoa, cujo nome nem ao menosae menciona ?

Quando as testemunhas se exprimemem lingua que não é a do paiz, manda a

lei que se nomeie um interprete que, ou-¦ - _ ' ~11,... .^.nnnila llli nilfl 96

S=uKer entrealis^a pri-1 r> ^ i^S° t'1^%err^u^onstrado que quah- StS Le autoí. já que a leinão ourouto! pS doe «Sado. Anjos eimo-! do caso de «*^&!*$g J»rL, não foram observadas as solemm- j

não ouvem o que se lhe diz I^ Nada d

SS^belSqníímeHnapriBtoBe tos? Ah! Transportemo-nos ao tnbu-

lí ;ío 0 delidto oa p^«<to« ^o étô , peça, que rasgos de eloqüência nao ou-

;, ,,«.1^ ao acabPar-ef de eommotter viremos?! Quantos mosmo serão fui-

o mesmo crime. Nem ao menos fica fora minados contra o aceusado ? !

de contestações quaes as pessoas que Ainda mais :effectuarain taes prisões! _ ; 1 O código do processo no art. 142 dispõe

Por s.ia vez Bavoux escreveu :» A in..trucçõo oral é uma das maiores

vantagens da defeza, e a testemunhainterpellada, e apertada pelo aceusadopode abandonar o systema da calumnia, I

que tivesse até então adoptado por mali-

gnidade. »Porem que importa tudo isto ? Não

foi o Sr. Dr. Netto advertido da existen-cia da prescripção legal ? Não é tão ter-ininante a disposição do decreto que cita-mos ? Pois bem; advertido a tempo, oSr. Dr. Netto não importou-se e prose-guiu até afinal, tolhendo a defesa aosaceusados evedando que pròfligassem edestruissem as malhas da rede que sòforgicava para envolvel-os! /

Já antes da terminante disposição dodecreto de 22 de Novembro de l&71,sevó-ramente qualificava tal procedimento ofiuado Desembargador Manoel Mendesda Cunha Azevedo, quando assim seexprimia:

• Ha juizes tâo ignorantes, ou male-velos, que julgarão achar nestas pala

THEATRO

SANTA IZABELEMPREZ ^-VICENTE

AmanhãSabbdo26 e. Domingo 27

Grande successo !Ultimas representações do notável dr*

nin em 8 ptrtos :

As Duas OrphãsPrincipiará às 8 horas.

Haverá trem até Ayi[. ticos, tocando emtodos os pontos.

Oi bilhetes estão à veada desde já.

¦SAj,AVISOSNa próxima semana v*i à soeu*. o drama,.

GALILEU GALILEI-1 . ¦¦

A mais importante peça que, em todoo processo existe, é, por sem duvida, oauto de perguntas feitas ao offendidoManoel

' ' — ~J-~ "

o seguinte.« Estando o delinqüente preso, ou am-

ançado, ou residindo no districto, de ma-de perguntas iciuas au uuouuiuoiüukhiu^ui^uu^- —--_---->>el José do Sacramento constante do j neira que possa ser conduzido a presen

inuuerito e n.ie.segundo o mesmo inque- ça do juiz, assistirá á inquirição das tes

rtVvera iugar em 15 de abril de 1873; ' '— - -*" —w" «""" '"

auto este que nos suggere as seguintesconsiderações:

{• Segundo a recapitulaçjto que en-cerrou o processo do inquérito, afinalsucumbira Sacramento no dia 15 do mes-mo mez de abril, e se bem que a respei-to exista divergência por que o jury quejulgou Amorim, pela segunda vez, res-

pondeu que—foi por ser mortal O-.feri-mento que se deu a morte do pacienteManoel José do Sacramento em 16 domemomez e anno, todavia é certo que,ou morresse Saeramentono dia 15 como

pretende o Dr. Netto, on no dia 16 comorespondeu o jury, dove estranhar-se quenão fosse o offe.htlidp interrogado sò-bre o facto,, ou no mesmo dia em muofora offendido ou uo seguinte, deixai: !o-su semelhante diligencia ou para a v

ça do juiz, assistira a inquiriçãotemunhas, em cujo acto poderá . ser infcerrogado pelo juiz e contestar as teste-munhas sem as interromper.»

Tratando do inquérito o decreto n.4,824 de 22 de Novembro de 1871 no

§*7\ do art. 42, prescreve o seguinte :« Todas as diligencias relativas ao

inquérito serão feitas no prazo improro-

gavel de cinco dias, com assistência doindiciado delinqüente, se estiver preso;podendo impugnar os depoimentos dastestemunhas.

« Poderá tambem impugnal-os noscrimes affiançaveis, se requerer sua ad-missão aos termos do inquérito. »

No caso de que nos oecupanios, o in-diciado Amorim tora preso logo namesma noite do orime, pretendendo-seaté que em liagraute delicto, e por con-seguinte não se poderia fazer o inquérito

Matriz da Freguezia de SatitoAntônio do Recife

De conformidade oom o att. 41 do oom-promisso, são convidados os iaosaos cari. -simo8 irmãos pnrn» compareceram em onosso oonsistorio no Domingo 27 do «or-reate as 10 horas da manhã, á fim de emmeza geral el^garmos a mexa regüdoni quadove . funecionar n<» futuvo anuo ébuipró?raissal de 1877 á 1878.

0i}hsistorio dü Veneravel Iríhàhtlada doSS Sarameuto da Matriz dí? Fm^n-z-i deS. Antônio do Reoifa 25 de MiViò dé 1877.

O Escrivão,Jayme' E. Gomes ili Siba.

su sem ei íauto diligencia ou piui. a_y." ,J ^õ— ~- r ¦> An „Un • „II ou para o dia um que morreu! í sem sua assistência e podendo elle im-P

2 Qulm conhece o Sr. Dr. Ameiv, i ! pugnar os depoimentos no entretanto,

Netto de Mendonça, e o tem comnmni- | não obs ante ser advertido pelo Si. Di.

S, ifeve && ^e . m #, Miá üe, Leonardo hMM íe Ato ;da

oomo

cessâiio que se faça esforços, fallando- | vimos no artiço anterior, o Si. Di. Net

Vras do art. Ii2 (código ao processo)— do'grande eepectueulo, origiual Ünliáno :de maneira que possa ser conduzido á| aatttt.tt n-AT.Tr.Wrpresença do juiz—um arsenal, aonde,sempre encontram armas para feriraquelles, em cuja condemnação são inte-1ressados. No entender destes ferozes'Radhamantes, o incidente mais frivolo,a menor circumstancia que possa porum instante retardar o,oomparecimentodo reu em juizo, ou m^smò pretextar afalta de notificação, é üina impjssibili-dade de comparecer, uò sentido da.lei;e elles por censequencia dispensados dóos mandar buscar á sua presença paraassistir á inquirição das testemunhas,'eo reu privado do direito de "ás contestar,e defender-se no interrogatório comoformal e imperativamente prescreve onosso artigo. »

Poderíamos fazer ainda outras apre-ciações como, por exemplo, investigandoaté que ponto foi observada a disposiçãodo art. 88 do código do processo quandodetermina" que:-- as testemunhas serãoinqueridas cada uma de per si: o juiz pro-videnciará qae umas não saibam, ou nãoouçam as declarações das outras, nem asrespostas do autor ou do reu—preceitoque é de uma necessidade patente a to-das as vistas, pois que é o único meio deevitar o conluio das testemunhas sem-

pre fatal á causa da verdade e da justiça;basta, porem, o que ahi fica.

Eis o inquérito; eis a base do proce-dimento criminal, base que—deve ser bemorganisada, que não tenha vicios, poi* quese os houver e não forem recti/icados emtempo, estes lhe roubarão suei força, is ap-FECTAllÃO OS ACTOS POSTERIORES OU A VALI-

DADE DE TODO O PROCESSO.

E se hão conteste que, somente a con-vicção que de tal inquérito resulta, é,.aforça motora que impelle alguém a diri-

gir-se ao tribunal do jury, e ahi sempretenazmente solicitar votos contra o aceu-sado!

U.,1

«11

se-lhes em alta voz para que ouça,resul-tando dahi que muitas vezes, se lhediz : alhos e responde Mgdlhbs. ^

Por isso já vimos,, d., carta do Sr. Dr.Loòuardb Francisco de Almeida, que osdepoi mento < das testemunhas nri°.eríl mredigidos de accordo com o que diziam,cl.oaasuailcia osta -quu levou aquelle

to fez o inquérito, presceudindo. da as-sisteneia do indiciado delinqüente que,por conseguinte não pôde impugnar osdepoimentos das testemunhas,. ficandoindefezo !

« Peito o corpo de delicto, ou sem elle.segundo as cireumstancias que temosexposto, logo que o reu for indiciado, diz

Recife, 23 de Maio de 1877.

João Francisco Teixeira.

aacom

hn;

Mtbi a atribuir semelhante falta a de o Sr. Marquez de S. \icente, deve sei

»M~mm ôtó a propósito em conduzido a jmzo, seja o crime policial,11 [àffiaríçavel ou maílianeavel. Sua pre-

! seaçaê exigida no duplo intuito doesclare-cimento daviniade e de sua própria defeza-

feito - .. _ .,alterar a vovdadn. ó .que, não devendo-se'esperar do Sr. Dr. Netto, pela hones-tidacle quet8ejhe-deyè presumir ; todavianão Séria novidade por que, comojá dizia o ii.ua

Declaro qua d -ia isto dn pjétohçãd quu te-uh;> ni Assembléa Previnem' puru A ex-niòriVçUo líe mineraes mettdlurtjicos em terre*nós Çlintlenses,

Oon.fiiltÃráVü os distinetos juri.conüttUosBrriiã» d'Ed^^a, G' Pest-tui e íU.musGri.iijn i (ineji [ni-ti-ul.w aaii^u), cheguei -oKouhciciin.ehtp do

.lo desembargador Mendes daCvuí'1h:---« ha juizes que mandam es-crovera^nmas vezes o contrario do que

Em verdade se é innóçerlie, tal, providenoiafavoreci muito sua,jusüHciic/to, sua sim-

pies informação pqde decidir do exame,é uma preciosa garantia ; se é culpado,

l;)

(|,i'> rjnr<| a oximov. i,.V>

..Vaiies mineraes ineti.llitígios cm terreno-Oiinde<iys torna se il-uo.jo^aiií' o taeu rQ-

iBtdmeiito: à Aaaepiblê.a ; é suffi.-icilCü o

, cunhas depõe, e muitas ve.es então a pstiça tem todo o direito de coa-

o,vttem,ou acerescontam circMstanòiàs ; ^0 a apresentar-se perante ,ühi e acU-

diímofeadi por ellas referidas, se- rar os íactoa, quanto mais que .ainda

^ndoointcrossíquetemem absolver ou pode.1iU.Mmu- mmlo ,m ..-cv.av.vm m;o.

co.: íüinsf. »uin'h'\o o Sr. Dr. Netto é suv

ü -a simples qu(.rer. *E' este meti ^ròoedor au'toTÍéado poli'.

0'1. L 5 Tit. Í8 hi principiam e pelKsBulhífi de Pi-IV o Gre^oriò XLII, pl.ici-UÍ-biS pio nosso Gtoveírno.

As-.im pois,-tonho resolvido dur ootncççao roeu trabalho no di i 1' de Junho do orrèuté anno. para o qim já convidei o dis-tinoto corpo docente do Hospital de MUé

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autorisa io por mandado <\,y Ilim! Sr.!)>.juiz fjiibslitiu.o ¦ do oo'i. mercio, l.yWrá 1'^lã<) os üéfoi-idòí» g;aoros íieimh dedlárí.dbj.,pêlfttflwenlbfl á innssà.f&Uidri ü>i, viuva L*i-tão, Giierridco $& 0\

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lioi outro não é menos evidente que•af ,;iz S

'¦'' fméhto^y dia em que mor-v.\|, cunfrontaitas a daia.de que falia a

:<!. órp'5dovSi'.: Dt*. Netto,-cora a0

'dà- -áti.^-dl. perguntas, ou na

Jim qualquer hypotiiese, pois, a pre- j r\c ,rdia d''es.ta cidado, o convido aos menusença rio reu vale ura esclarecimento c;npi»li.riros de lid"importante : sua assistência no acto deiiHininção das testemunha;:, ó um grandenieilioramento que destruiu o segredomysterioso e fatal de nosso'antigo pro-cesso .'-_»:_ :t

OÍ nda.. 25 de Mnio do 1877.

A.üonio Frinicisco 'VOliveira Rotjellis.

P. S; Estão couvibtlos ps padres, fradese freiras d'c.ta oídnuo.

De ordem ao S.i

'«•i

Dirèc^v 'convido todoaos sócios pava asii.tire».ii it .nisso dft SS.Trindade, na Igrcj..; do DiVrâhiéntbuâ 9horas do dh 27 dôítón,0üt.,iíâi;ft& p'è--ém .a-goilít S3SH. o da Assfemblèrt Goi.;i ú-X sede daAssooiação.

Recife 2-1 de Malcd^ 1877. ¦O sécretafioí

' ÍTóW.DinéviíH^Ma Rocha,.

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