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uma publicação mensal da FEAUSP p.03 p.07 p.08 p.16 FEA FUNCIONÁRIOS PAINEL ANÁLISE & OPINIÃO E AINDA... p.02 p.04 p.12 Assimetrias da sociedade internacional SP2040: projeto pensa a cidade que queremos Encontro destaca realizações do ano e metas para 2012 A FEA segundo seus alunos de graduação ano 08_edição 72_nov/dez_2011 (CONTINUA NA PÁGINA 8) Os alunos de graduação têm or- gulho de estudar na FEAUSP e reco- mendariam seus cursos para amigos e parentes, apesar de estarem insa- tisfeitos com alguns aspectos de seus cursos e da faculdade. É o que mos- tra a quinta Pesquisa de Satisfação, Opinião e Imagem, realizada duran- te o período de matrícula do segundo semestre do ano letivo de 2011 por uma equipe supervisionada pelo pro- fessor André Luiz Fischer, do Depar- tamento de Administração. Esta foi a quinta edição da pes- quisa, que contou com edições ante- riores em 2003, 2004, 2005 e 2008. O levantamento das opiniões e per- cepções dos alunos representa um importante feedback para a direção da escola, chefias de departamen- to e coordenações de graduação dos cursos de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária, que levam em conta a visão dos estudantes para manter ou desenvolver um ambiente coerente com a imagem de excelência que a FEA possui no meio acadêmico. FEA ESPECIAL FEA PROFESSORES FEA ALUNOS FEA MIX

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uma publicação mensal da FEAUSP

p.03

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p.08

p.16

FEA FUNCIONÁRIOSPAINELANÁLISE & OPINIÃO E AINDA...

p.02 p.04 p.12

Assimetrias da sociedade internacional

SP2040: projeto pensa a cidade que queremos

Encontro destaca realizações do ano e metas para 2012

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ano 08_edição 72_nov/dez_2011

(CONTINUA NA PÁGINA 8)

Os alunos de graduação têm or-

gulho de estudar na FEAUSP e reco-

mendariam seus cursos para amigos

e parentes, apesar de estarem insa-

tisfeitos com alguns aspectos de seus

cursos e da faculdade. É o que mos-

tra a quinta Pesquisa de Satisfação,

Opinião e Imagem, realizada duran-

te o período de matrícula do segundo

semestre do ano letivo de 2011 por

uma equipe supervisionada pelo pro-

fessor André Luiz Fischer, do Depar-

tamento de Administração.

Esta foi a quinta edição da pes-

quisa, que contou com edições ante-

riores em 2003, 2004, 2005 e 2008.

O levantamento das opiniões e per-

cepções dos alunos representa um

importante feedback para a direção

da escola, chefias de departamen-

to e coordenações de graduação dos

cursos de Economia, Administração,

Contabilidade e Atuária, que levam

em conta a visão dos estudantes para

manter ou desenvolver um ambiente

coerente com a imagem de excelência

que a FEA possui no meio acadêmico.

FEA ESPECIAL

FEA PROFESSORES

FEA ALUNOS

FEA MIX

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#02

ANÁLISE & OPINIÃO

O ciclo de conferências tratou das assimetrias da sociedade internacional do ponto de vista da Economia, da Ciência Política, do Direito e das Relações Internacionais.

Ass

imet

ria

s d

a

soci

eda

de

inte

rna

cion

al

Nicolau ReiNhaRd, Vice-diRetoR da FeauSPGeRSoN damiaNi, iNStituto de RelaçõeS iNteRNacioNaiS

uma daS PRiNciPaiS miSSõeS da uNiVeR-

Sidade é PRomoVeR a coNStRução de

um eSPaço comum de ReFlexão, aNáliSe

e diScuSSão eNtRe aS diVeRSaS diSciPli-

NaS do coNhecimeNto. A conclusão do

primeiro ciclo de Conferências USP so-

bre os Desafios da Globalidade, idealiza-

do pelo professor Marco Antônio Zago,

pró-reitor de Pesquisa e realizado na

FEA e na Faculdade de Direito do Largo

São Francisco entre 26 de setembro e 26

de outubro, significou um passo decisivo

em direção a tal objetivo.

O ciclo tratou das assimetrias da so-

ciedade internacional do ponto de vista

da Economia, da Ciência Política, do

Direito e das Relações Internacionais.

A comissão organizadora do evento

foi composta pelos professores Pedro

Dallari (FD e IRI), Marta Arretche e

André Singer (FFLCH – DCP), sob a

coordenação do professor Nicolau Rei-

nhard (FEA) e secretário-executivo

Gerson Damiani (IRI).

A crescente participação dos países

menos desenvolvidos na distribuição

de riquezas vem alterando significativa-

mente o eixo de poder entre o centro e a periferia. Durante

sua participação no ciclo de conferências, o professor Otaviano

Canuto, vice-presidente do Banco Mundial, diagnosticou que

vivenciamos hoje uma troca de locomotivas na economia glo-

bal, observada no remanejamento do PIB mundial (ver gráfico).

Questiona-se, porém, se a repartição global do PIB dar-

se-á de maneira equânime. O professor Adam Przeworski,

conferencista convidado da New York University, sustentou

que vem observando desde 1978 um aumento na desigualda-

de da redistribuição de riqueza global. Destarte, a criação de

mecanismos a favor da redução da pobreza – apesar de difícil

elaboração e gestão – torna-se cada vez mais relevante.

O debate em torno da sustentabilidade do planeta vis-à-vis

os desafios hodiernos da sociedade internacional, foi apre-

sentado inicialmente pelo professor Celso Lafer, da Facul-

dade de Direito, que defendeu o papel diligente do Brasil no

encaminhamento e na solução dos grandes temas ambien-

tais, entre eles as mudanças climáticas. Em continuidade ao

debate, o professor Jacques Marcovitch (FEA e IRI) ilustrou

por um lado a responsabilidade do Brasil na governança glo-

bal na véspera da Conferência Rio + 20 e, de outro lado,

defendeu a importância da contribuição da Universidade,

como centro de desenvolvimento de tecnologias limpas.

O evento contou paralelamente com a apresentação

das pesquisas sobre Assimetrias da Globalidade – desen-

volvidas nas quatro unidades relacionadas – pelos presi-

dentes das comissões de pesquisa das respectivas

áreas: os professores Maria Sylvia Macchione

Saes (FEA), Amâncio de Oliveira (IRI), Ana

Elisa Bechara (Faculdade de Direito) e Fernan-

do Limongi (Ciência Política).

Com o intuito de desenvolver o deba-

te e a cooperação científica, a iniciativa

terá continuidade nos anos de 2012 e

2013, com os temas Regimes Interna-

cionais e Governança Global.

Repartição Global do PIB (em %) em Paridade de Poder de Compra

Fonte: Apresentação de Otaviano Canuto, vice-presidente do Banco Mundial, nas Conferências USP em 26/10/2011. IMF (WEO, Abril 2010).

Gerson Damiani

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para o preenchimento. Quando o profes-

sor e vice-reitor Hélio Nogueira da Cruz

tomou conhecimento da iniciativa da

FEA, sugeriu que fosse feito um encon-

tro com os usuários de todas as unidades,

para que outras pudessem apresentar

suas iniciativas para gerar relatórios.

O ComTycho 2011 aconteceu no

Auditório da FEA e contou com a presença do vice-reitor e

dos professores Maria Sylvia Macchione Saes, Luiz Natal Rossi

e Vicente Gomes. “Tudo se inicia com a necessidade de se ter

informação. Percebemos que o Tycho não puxava informações

adequadamente pela falta de padronização do Lattes, e assim

não é possível ter uma visão exata do que a USP faz. Quanto

mais aprimorarmos a ideia de um único relatório que gere to-

dos os dados, é melhor para todos”, comenta a professora Maria

Sylvia Macchione Saes, presidente da Comissão de Pesquisa da

FEA. Por essa razão, o tema central do ComTycho 2011 foi o

Relatório de Atividades.

A próxima etapa do projeto piloto da FEA é concluir a con-

ferência e padronização das informações, e gerar relatórios por

meio do Tycho – verificando quais ajustes serão necessários.

Paralelamente, os desenvolvedores, Gisele e Silvio de Paula,

vão continuar aperfeiçoando o sistema e promovendo encon-

tros para aproximar as unidades em prol do desenvolvimento

do Tycho. Além disso, Gisele quer efetivar o blog como um ca-

nal de comunicação direto com aqueles que utilizam o sistema.

“Queremos um canal onde será possível trocar ideias, sugestões,

relatar possíveis bugs, criar grupos de discussão, entre outras

coisas. A ideia é tirar o rótulo 'usuário' das pessoas que são

nossos colaboradores”, diz.

#03

“Quanto mais aprimorarmos a ideia de um único relatório que gere todos os dados, é melhor para todos.”

FEA ESPECIAL

Comunidade Tycho se reúne na FEAiNiciatiVa da comiSSão de PeSquiSa da Fea, o PRojeto

PaRa VeRiFicaR e aPRimoRaR o uSo do cuRRículo lat-

teS motiVou a oRGaNização do PRimeiRo eNcoNtRo da

comuNidade tycho – o ComTycho 2011. Mas o que é o

Sistema Tycho?

O nome homenageia o dinamarquês Tycho Brahe, astrôno-

mo, astrólogo e alquimista. O sistema tem o objetivo de apoiar a

avaliação e a gestão institucional da USP tendo como princípio

básico a integração das atividades de coleta de dados, avaliação,

diagnóstico e planejamento já existentes. O sistema integra in-

dicadores – considerando as metas da Universidade e indicado-

res locais dos departamentos, das Pró-Reitorias e da Comissão

Permanente de Avaliação (CPA), por exemplo. Dessa forma, o

Tycho facilita o uso desses indicadores de acordo com diversos

interesses e segmentos da universidade, tais como: avaliação das

atividades; gestão acadêmica; concessão de recursos financei-

ros; e planejamento da infraestrutura.

A coleta de informações utiliza a base de dados corporativos

existentes nos sistemas centrais mantidos pelo Departamen-

to de Informática da Reitoria (DI), do Currículo Lattes e dos

Grupos de Pesquisa do CNPq. Os desenvolvedores do Tycho

acreditam que ele poderá ser efetivo para a avaliação e a gestão

institucional da USP, integrando as atividades que já existem.

A ideia do encontro de colaboradores do Sistema surgiu de-

pois que Rosemeire Batista, secretária das Comissões de Pesqui-

sa e de Cultura e Extensão da FEA, teve contato com o Tycho

e percebeu que, para que as informações fossem geradas corre-

tamente, seria necessário não apenas que o Lattes estivesse pre-

enchido de maneira correta, mas com uma forma padronizada

de cadastro, na fonte de onde são extraídas as informações para

gerar os relatórios.

Depois de diversas reuniões com Gisele Lopes Batista, uma

das integrantes da equipe de desenvolvedores do Tycho, e Sil-

vio de Paula, coordenador técnico do sistema, deu-se início ao

projeto piloto da FEA: promover uma verificação no Lattes dos

docentes e elaborar um documento que sirva como referencial

Prof. Maria Sylvia Saes

Saiba mais sobre o Tycho no blog: http://tychousp.wordpress.com/

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#04

PAINEL

“Outras grandes cidades como Londres, Chicago e Tóquio têm planos estratégicos como esse que está sendo desenvolvido para São Paulo.”

Pro

jeto

pen

sa a

o P

au

lo q

ue

qu

erem

os

como SeRá a cidade de São Paulo em

2040? É possível prever e planejar o seu

futuro? Essas indagações serão respondi-

das pelo SP2040, plano de longo prazo

que vai orientar as escolhas de políticas

e projetos que serão realizados na cidade

nas próximas décadas.

A iniciativa é da prefeitura de São

Paulo, que convocou especialistas de

várias áreas para diagnosticar, analisar e

propor diretrizes para a organização so-

cial, econômica, urbana e ambiental da

cidade com o horizonte de 2040. A co-

laboração da sociedade também é muito

importante. Além das oficinas públicas

realizadas nas subprefeituras, o site do

projeto (www.sp2040.net.br) conta com

um espaço aberto para receber as mani-

festações da população.

A FEA lidera esse projeto, que

será desenvolvido com a metodologia

do Programa de Estudos do Futuro

(Profuturo). Com mais de 25 anos

de experiência em previsões de mer-

cado, o Profuturo auxilia empresas e

instituições públicas a aprimorar seus

processos de planejamento e gestão

estratégica, capacitando-as para lidar

da melhor forma com as transformações do ambiente.

“Esse é um projeto grande, ambicioso e inovador. Outras

grandes cidades como Londres, Chicago e Tóquio têm planos

estratégicos como esse que está sendo desenvolvido para São

Paulo. Pela primeira vez, a cidade será analisada como um todo.

As expectativas da sociedade serão consolidadas e vão compor

diretrizes de longo prazo. Trinta anos pode parecer muito tempo,

mas quando pensamos em uma reorientação da cidade é um pra-

zo relativamente curto para obter resultados”, explica o professor

James Wright, do Departamento de Administração da FEA e co-

ordenador do Profuturo e do SP2040.

Transformar São Paulo na cidade que os seus habitantes

querem é o desafio que os especialistas convidados abraçaram.

São arquitetos, urbanistas, engenheiros e economistas de diver-

sas áreas da USP e também consultores de outras universidades

das principais metrópoles do mundo. O diagnóstico prelimi-

nar elegeu cinco eixos para nortear os trabalhos: Mobilidade

e Acessibilidade, Coesão Social, Desenvolvimento Urbano

Sustentável, Oportunidades de Negócios e Meio Ambiente e

Qualidade de Vida.

“As propostas iniciais estão sendo debatidas nas oficinas pú-

blicas, em contato direto com a população. É importante lem-

brar que São Paulo é a única metrópole tropical que tem ao

mesmo tempo uma população gigante, uma atividade empre-

sarial estabelecida de grande porte, um nível tecnológico muito

avançado e grandes problemas como, por exemplo, enchentes.

Apesar da riqueza produzida, não somos ricos e temos também

grandes problemas sociais. São Paulo conta com uma base tec-

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#05

“São Paulo já é uma cidade de negócios. Cada vez mais a produção industrial cede espaço para a produção intelectual, para a inovação e para os serviços.”

nológica, acadêmica e empresarial e todas as condições neces-

sárias para desenvolver propostas específicas que atendam as

nossas demandas. Soluções que podem ser adotadas por outras

cidades tropicais,” comenta o professor Wright.

Para quem duvida da eficácia de planos estratégicos, o co-

ordenador explica que o SP2040 será o fio condutor de planos

setoriais detalhados. “Não será detalhista, nem uma camisa de

força. Precisamos decidir se São Paulo será mesmo a sede dos

negócios da América Latina, o elo de ligação do Brasil com o

mundo. Nesse caso, o que devemos fazer? Onde investir prio-

ritariamente? Que tipo de empregos serão criados e quais qua-

lificações profissionais serão necessárias? Por outro lado, não

podemos continuar a tapar buracos com soluções de curto pra-

zo. Se retiramos pessoas de áreas de risco, precisamos alocá-las

resolvendo problemas do futuro. Podemos desenvolver soluções

para os nossos problemas que são um pouco diferentes e até

compartilhá-las com cidades que têm características similares”,

afirma professor Wright.

A FEA está envolvida também com o eixo Oportunidades

de Negócios, que tem a coordenação do professor Reinaldo

Guerreiro, diretor da Faculdade, e conta com a colaboração

do professor Heleno Martins Pioner (Departamento de Econo-

mia). O objetivo desse eixo é aprofundar a análise sobre a voca-

ção da cidade e conseguir assim enxergá-la no longo prazo. “São

Paulo já é uma cidade de negócios. Cada vez mais a produção

industrial cede espaço para a produção intelectual, para a ino-

vação e para os serviços. Dessa forma, a visão de futuro tem que

privilegiar a educação e a capacitação. As

vantagens competitivas da cidade virão

de uma população mais qualificada e do

apoio a setores ligados ao centro de co-

mando da economia nacional e ao centro

de articulação de espaços regionais e na-

cionais com os mercados externos”, co-

menta professor Reinaldo Guerreiro.

Coesão Social e Desenvolvimento

Urbano são os eixos que contam com a

participação de professores da Faculda-

de de Arquitetura e Urbanismo da USP.

“A participação da FAU não é institu-

cional. Os convites foram pessoais e eu

aceitei na hora. Estamos trabalhando

em dois grupos, em áreas muito impor-

tantes, que são coesão social e desen-

volvimento urbano. Elas envolvem ha-

bitação, lazer, saúde e cultura”, afirma

professor Marcelo Romero, diretor da

FAU e coordenador do eixo Coesão So-

cial. Com ele trabalham os professores

Alfredo Behrens (Fundação Instituto de

Administração) e Valter Caldana (Uni-

versidade Mackenzie).

Na sua avaliação, o SP2040 é o plano

estratégico que vai subsidiar as decisões

Prof. Marcelo Romero

Prof. James Wright

Prof. José Roberto Cardoso

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#06

PAINEL

“É possível apontar a direção e prever o futuro. Não se trata de mera especulação, mas de uma técnica científica. É o que a metodologia do Profuturo mostra.”

futuras. O plano destaca a inclusão social

e a redução das desigualdades de renda,

territorial e de acesso aos serviços públi-

cos. Desenvolvimento urbano, por exem-

plo, implica diretamente em densidade

populacional. “A cidade pode ficar cada

vez mais compacta ou se dispersar. Até

onde será preciso levar transporte, ener-

gia elétrica e outros serviços? No fundo,

tudo está muito ligado e é necessário dar

um sentido ao movimento, à evolução.

Precisamos definir se vamos construir

outros ‘Hospitais das Clínicas’ e onde;

implantar outros ‘Parques Ibirapuera’,

outros museus e centros culturais. Até

2040, as decisões serão tomadas com

base em uma lógica. Independente dos

governos e governantes, o plano é a

estrutura dorsal que vai permanecer e

nortear as soluções. Isso porque o plano

consolida aspirações da sociedade e tem

a chancela de especialistas. Além disso,

os técnicos que compraram a ideia e es-

tão envolvidos no SP2040, esses perma-

necem. O que eles puderem executar,

será feito segundo as diretrizes traçadas”,

comenta professor Marcelo.

O núcleo de Desenvolvimento Ur-

bano é coordenado pelo professor Pedro

Taddei Neto (FAU-USP), e conta com

a participação das professoras Marta

Dora Gorstein e Regina Maria Prosperi

Meyer (FAU-USP).

A Escola Politécnica da USP está

participando dos eixos Meio Ambiente

e Mobilidade. Historicamente, os proces-

sos de industrialização e de urbanização

impactaram negativamente os componentes básicos dos ecos-

sistemas água, ar e solo e estão na base dos desequilíbrios estru-

turais e ambientais. Nesse sentido, a principal meta ambiental

para São Paulo em 2040 é controlar a poluição ambiental e

cuidar da sustentabilidade nas ações previstas para a cidade e

que interfiram com o ambiente. Esse grupo é coordenado pelo

professor Mário Thadeu Lemes de Barros (POLI-USP) e tam-

bém conta com a participação dos professores José Goldemberg

(IEE-USP), Marco Antônio Palermo (POLI-USP), Maria Ce-

cília Loschiavo (FAU-USP), Mônica Ferreira do Amaral Porto

(POLI-USP) e Oswaldo Lucon (IEE-USP).

A questão da mobilidade está sendo tratada por um grupo

de especialistas da Poli, os professores Orlando Strambi, Mario

Garcia e José Roberto Cardoso. O objetivo básico é aproximar

as pessoas das oportunidades e das suas atividades cotidianas,

como estudo, trabalho, consumo, lazer e entretenimento. E

mudar um sistema que se caracteriza pela alta demanda por

deslocamentos de longa distância; grande dependência de

meios de transporte motorizados e sistema de transporte cole-

tivo insuficiente e nem sempre devidamente integrado.

“Este é um projeto relevante para os acadêmicos da Enge-

nharia. Ter a oportunidade de desenvolver perspectivas para a

sociedade da região a partir dos cenários traçados. Vale destacar

o impacto dessas perspectivas na própria escola. A transformação

será profunda. O avanço tecnológico dos próximos dez anos será

comparável ao do século passado. A Universidade como um todo

terá que se adaptar para receber uma geração que já nasceu com

o domínio da tecnologia. A tecnologia de ensino será muito dife-

rente do que se tem hoje. Nada substitui o professor, mas a forma

de transmitir o conhecimento terá que ser muito diferente”, ana-

lisa professor e diretor da Poli, José Roberto Cardoso.

Pensar a região metropolitana de São Paulo é um desafio!

“A cidade não está perdida. É possível apontar a direção e pre-

ver o futuro. Não se trata de mera especulação, mas de uma

técnica científica. A metodologia do Profuturo mostra isso e eu,

particularmente, estou muito entusiasmado com essa ferramen-

ta”, comenta professor Cardoso.

Mais informações: acesse www.sp2040.net.br. Participe!

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graduação do Departamento de Economia. Os trabalhos ficarão

expostos nas salas de aula e os pesquisadores da FEA ficarão

disponíveis para esclarecer dúvidas.

Nos primeiros 15 dias do processo de inscrições, a procura

ultrapassou as expectativas dos organizadores, com mais de

100 inscritos de todo o Brasil. “É inédito reunir especialistas

de vários estados em temas não só da área de economia, mas

ligados de certa forma ao desenvolvimento econômico, em

um único local, num curso de imersão durante uma semana.

Não tínhamos ideia de como seria a repercussão e foi uma

felicidade ver que muita gente se interessou”, comemora o

professor Colistete.

Para garantir a gratuidade do evento para os alunos, os or-

ganizadores conseguiram apoio financeiro de empresas priva-

das, do EAE, da FIPE e da USP.

#07

FEA PROFESSORES

“As pesquisas são importantes para todos. Acredito que difundir o conhecimento é compromisso de uma universidade pública.”

I Escola de Verão eNtRe oS diaS 6 e 10 de FeVeReiRo de 2012, aluNoS

de meStRado e doutoRado matRiculadoS em PRoGRamaS

de PóS-GRaduação StRicto SeNSu em ecoNomia e demaiS

ciêNciaS SociaiS teRão a oPoRtuNidade de PaRticiPaR da

i eScola de VeRão em ecoNomia do deSeNVolVimeNto

FeauSP, uma iNiciatiVa iNédita do PRoGRama de PóS-

GRaduação em ecoNomia da Fea. Os participantes terão

a oportunidade de aperfeiçoar seus estudos, de conhecer as

pesquisas dos professores da FEA e dos estudantes de pós-

graduação da faculdade e de conviver durante uma semana

com pesquisadores e estudantes interessados nos grandes te-

mas do processo de desenvolvimento econômico.

O professor Renato Perim Colistete, coordenador da Escola

de Verão ao lado do professor Gilberto Tadeu Lima, explica que

o objetivo do evento é apresentar pesquisas de ponta das áreas

estudadas. “É fundamental criar um espaço onde os professores

de pós apresentem suas pesquisas para um público mais amplo.

Não podemos ficar restritos à USP ou aos congressos; as pesqui-

sas são importantes para todos. Acredito que difundir o conhe-

cimento é compromisso de uma universidade pública”, diz.

O objetivo principal da I Escola de Verão é atrair alunos de

fora da USP visando promover o relacionamento entre acadê-

micos, complementando a formação com minicursos, palestras

e painéis sobre temas relacionados ao desenvolvimento econô-

mico que têm sido pesquisados pelos docentes e alunos de pós-

PRoGRamação

• A conferência de abertura será feita pelo Professor

Emérito do Departamento de Economia da FEA An-

tonio Delfim Netto.

• As atividades serão desenvolvidas durante a manhã e

à tarde.

• Serão 12 minicursos voltados à questão geral do desen-

volvimento econômico, divididos em temas variados:

macroeconomia, microeconomia, métodos quantitati-

vos, finanças públicas e corporativas, e história econô-

mica e do pensamento econômico.

Professores Renato Perim Colistete e Gilberto Tadeu Lima: coordenadores da I Escola de Verão em Economia do Desenvolvimento

• Exposição de painéis com as pesquisas realizadas pelos

alunos de pós-graduação em Economia da FEA-USP.

• Alunos que frequentarem integralmente pelo menos dois

minicursos terão direito a certificado de participação.

• Há possibilidade de auxílio financeiro a um número con-

siderável de alunos que participarem (com frequência

integral) de quatro minicursos. Será concedido somente

a estudantes que residam fora da cidade de São Paulo.

• Mais informações: http://www.fea.usp.br/feaecon//

posgraduacao.php?i=257

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#08

Os alunos têm orgulho de estudar na FEA e recomendariam a amigos e parentes os seus cursos, que podem ser considerados referência na América Latina.

FEA ALUNOS

A F

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seg

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do

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lun

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ção além do oRGulho de eStudaR Na

Fea, oS aluNoS de GRaduação GoS-

tam da FeRRameNta eletRôNica eRu-

dito; gostam também do processo de

comunicação realizado por e-mail; con-

sideram que os eventos realizados na

escola contribuem para a qualidade de

sua formação; e sentem-se bem atendi-

dos na Biblioteca, no LAE, na Comis-

são de Cultura e Extensão, na Comis-

são de Pesquisa, na CCInt e nas seções

de Alunos e de Estágios e Empregos.

Ao avaliar os professores, os alunos

de graduação acreditam que eles se

mostram atualizados em suas áreas de

conhecimento; são assíduos e pontuais;

e utilizam a internet de maneira ade-

quada para postar materiais e comuni-

car-se com os alunos. Eles recomenda-

riam a amigos e parentes os seus cursos,

que podem ser considerados referência

na América Latina. Todos esses fatores

receberam pontuações acima da média

da pesquisa.

No pólo oposto estão os fatores de

insatisfação, considerados prioritários,

pela gestão da FEA, para novas ações

e oportunidades de melhorias. Os alu-

nos estão insatisfeitos com a segurança,

com a integração entre os cursos; com

metodologias de ensino e de avaliação

da aprendizagem; com o curso que fre-

quentam no que se refere à formação

recebida para uma atuação profissional

também em outros países; com as ativi-

dades da Atlética; e com as atividades

da FEA júnior USP. Em relação ao seu

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#09

“Os alunos estão nos ajudando com seus insights a melhorar a segurança, a buscar maior integração dos cursos e a implementar com mais intensidade metodologias de ensino modernas.”

próprio desempenho, os alunos em geral estão insatisfeitos

com a dedicação aos estudos; pontualidade e preparação

dos colegas para as aulas; participação dos colegas em outras

atividades (seminários, palestras etc.); e com a contribuição

dos alunos para o bom andamento do curso.

a imPoRtâNcia da ViSão doS aluNoS

O professor Reinaldo Guerreiro, diretor da FEA, explica

que “esse trabalho com os alunos de graduação tem o ob-

jetivo de nos dar feedback, de mostrar como eles veem as

diferentes dimensões da FEA para que possamos tomar ini-

ciativas. Nas gestões anteriores essas informações ficavam no

âmbito dos chefes de departamento, basicamente. Dessa vez

estou procurando conversar com mais gente a respeito disso.

Com as comissões de graduação, chefes de departamento,

por exemplo, e levamos alguns desses dados também para

a Congregação. Ou seja, os resultados dessa avaliação feita

pelos alunos está sendo mostrada para os diferentes níveis de

coordenação da FEA”.

Ao comentar a decisão de ampliar o leque para a discus-

são dos resultados, o professor André Fischer diz que essa é

uma das diferenças da pesquisa de 2011. Para ele, a comuni-

cação dos resultados às diversas áreas e a decisão do profes-

sor Guerreiro de trabalhar com eles são muito importantes,

pois “é através dos departamentos, dos professores, dos coor-

denadores que qualquer coisa vai acontecer”.

Guerreiro acredita que a pesquisa com os alunos “traz aspec-

tos muito positivos a serem mantidos. Por exemplo, esse orgu-

lho de estudar na FEA, essa percepção da qualidade dos cursos

da FEA, de maneira geral, da qualidade dos professores. Porém

nós temos de melhorar algumas

coisas. Não que elas sejam ruins,

mas podem ser aprimoradas”.

“Os alunos estão nos aju-

dando com seus insights a me-

lhorar a segurança na FEA, a

buscar uma maior integração

dos cursos e também a imple-

mentar com mais intensidade metodo-

logias de ensino modernas, centradas

no aluno, metodologias que na verdade

já são utilizadas na faculdade. Esses, a

meu ver, são os pontos mais relevantes.

Se atuarmos sobre eles, todo o conjun-

to melhora”, afirma o diretor da FEA.

Do ponto de vista do professor Guer-

reiro, “a única coisa que surpreendeu na

pesquisa foi a imagem negativa da segu-

rança na FEA. O ponto mais negativo

da pesquisa de avaliação foi a segurança

e é justamente sobre esse ponto mais fra-

co, na percepção dos alunos, que esta-

mos trabalhando. Temos um plano para

isso. Até o próximo ano essa área estará

bem mais estruturada”, diz.

Segundo o diretor da FEA, os re-

sultados das pesquisas de satisfação e

imagem realizadas desde 2003 mostram

uma tendência de melhora. “A média

geral caiu um pouco em relação a 2008,

mas em comparação com as médias de

2003, há uma melhora geral. Estamos

numa curva ascendente.” O professor

Guerreiro assegura que essa não é uma

pesquisa burocrática: “É um trabalho

que vamos usar para estabelecer planos

de melhoria.”

Prof. Reinaldo Guerreiro: “Esse trabalho tem o objetivo de nos dar feedback, de mostrar como os alunos veem as diferentes dimensões da FEA para que possamos tomar iniciativas.”

Para o prof. André Fischer, comunicar os resultados e trabalhar com as diversas áreas é muito importante, porque “é através dos departa-mentos, dos professores, dos coordenadores que as coisas acontecem”.

Page 10: ano 08 edição 72 nov/dez 2011 uma publicação mensal da FEAUSP · Dallari (FD e IRI), Marta Arretche e André Singer (FFLCH – DCP), sob a coordenação do professor Nicolau Rei-nhard

#10

FEA ALUNOS

Pesquisa de Satisfação, Opinião e ImagemMédias dos temas nas cinco edições

A direção da FEA selecionou cinco

temas para a pesquisa:

• Motivação e orgulho pela FEAUSP

• Satisfação com unidades internas e

conveniadas

• Satisfação com o curso escolhido

• Satisfação com professores

• Participação dos colegas no curso

A participação dos alunos na pesquisa

foi expressiva: 41,6% dos alunos matricu-

lados (1.153 em uma população de 2.774

alunos). Esse porcentual foi menor que

o verificado em pesquisas anteriores em

função principalmente do preenchimen-

to voluntário do questionário, que foi dis-

ponibilizado por alguns dias via internet

no Sistema

Júpiter. “O

aluno que

p a r t i c i p a

voluntaria-

mente é, em

geral, mais

consciente.

Ele quer dar

a sua opi-

nião”, diz o

professor Guerreiro. Para abordar esses temas foram formuladas

questões que envolveram priorização, manifestação de concor-

dância, múltipla escolha, afirmativas e perguntas abertas. Os

alunos foram convidados a se posicionar sobre cada afirmativa

com a ajuda de uma escala na qual zero significava total discor-

dância e dez, total concordância. O conjunto das afirmativas

sobre um mesmo assunto compunha um tema e a média obtida

por estes fatores corresponde à opinião dos alunos sobre o tema.

ReSultadoS

Média geral dos temas

A média geral de satisfação e imagem dos alunos em relação à

FEA é de 6,5, um pouco abaixo da obtida na pesquisa anterior,

realizada em 2008, que ficou em 6,7. A redução desse índice

geral deveu-se ao recuo dos indicadores em todos os temas e

cursos pesquisados, ou seja, não há um foco específico que ex-

plique a queda do índice (veja a tabela acima).

Motivação e orgulho pela FEA

O tema que trata da motivação e orgulho dos alunos em relação

à FEAUSP recebeu a avaliação mais alta: 8,3. Sentem-se mais

orgulhosos da instituição os alunos de Atuária e Contabilidade,

seguidos pelos de Administração e Economia.

Satisfação com as unidades internas e entidades conveniadas

A percepção dos alunos em relação às unidades internas (6,7)

estabeleceu-se um pouco acima da média geral da pesquisa

(6,5%). O histórico do tema permanece um tanto uniforme,

com exceção da edição de 2008, quando foi avaliado de manei-

ra mais positiva. Os alunos de Administração são os menos sa-

A pesquisa

2003 2004 2005 2008 2011

Motivação e orgulho pela FEAUSP 7,9 7,9 7,8 8,4 8,3

Satisfação com as unidades

internas e entidades conveniadas6,3 6,5 6,6 7,2 6,7

Satisfação com o curso escolhido 6,5 6,4 6,4 6,7 6,5

Satisfação com os professores 6,1 6,0 6,3 6,5 6,4

Participação dos colegas no curso 5,5 5,5 5,5 5,9 5,8

Média Geral da FEA 6,2 6,2 6,3 6,7 6,5

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#11

Os dados da pesquisa serão utilizados para apoiar a direção da FEA, as chefias de departamento e as coordenações de graduação nas decisões sobre as questões tratadas no levantamento.

tisfeitos, ao passo que os alunos de Atuária são os que percebem

essas unidades de maneira mais positiva.

Satisfação com o curso escolhido

Este tema apresenta pequenas variações entre as edições rea-

lizadas desta pesquisa. No entanto, os cursos são avaliados de

maneira bastante distinta por seus alunos. Os respondentes que

avaliaram o curso de Administração e Economia são os mais

críticos. Por outro lado, os alunos de Contabilidade e Atuária

têm uma visão mais positiva em relação ao curso.

Satisfação com os professores

A média da percepção em relação aos professores (6,4) ficou

ligeiramente abaixo da média geral da pesquisa.

Participação de colegas de curso

A percepção em relação aos colegas recebeu pontuação (5,8),

abaixo da média geral da FEA.

diFeReNçaS

Por período – Estudantes do período diurno e do período no-

turno apresentam percepções diferentes. O segundo grupo é

menos crítico em todos os temas pesquisados.

Ano de ingresso – Alunos recentemente egressos do vestibular

têm uma visão mais positiva em relação aos temas pesquisados.

Ano cursado – A partir do segundo ano cursado, os alunos

percebem os temas de maneira mais crítica, sendo que os

quinto-anistas são os menos satisfeitos.

Por sexo – As mulheres são levemente menos críticas em re-

lação aos temas Satisfação com unidades internas e entidades

conveniadas e Participação dos colegas no curso. Essa situação

se inverte em relação ao curso escolhido.

Por faixa etária – As diferenças por faixa etária são pouco signi-

ficativas. Nota-se apenas que os mais jovens, com menos de 20

anos, são menos críticos em todos os temas. Os primeiro-anistas

formam parte importante dessa faixa mais jovem.

Em resumo, a pesquisa indica que as avaliações mais positi-

vas em relação à FEA e aos temas pode ser encontrada entre os

grupos formados por alunos que: estão matriculados nos cursos

de Atuária e Contabilidade; ingressaram na FEA em 2011; es-

tudam no período noturno; são os mais jovens entre as faixas

etárias estipuladas. Da mesma forma, as

avaliações mais críticas foram as dos alu-

nos que estão nos cursos de Administra-

ção e Economia; ingressaram na FEA em

2007; e estudam no período diurno.

equiPe

A pesquisa foi supervisionada pelo

professor André Luiz Fischer e contou

com uma equipe técnica formada pelo

professor Wilson Amorim, Andréa

Consolino Ximenes, Daniel Andere de

Mello, Filipe Talamoni Fonoff e Flávia

Nascimento Ost.

Segundo o relatório, o levantamen-

to de opiniões dos alunos foi executa-

do a pedido da diretoria da FEA com o

objetivo de acompanhar a evolução da

percepção dos alunos de graduação so-

bre aspectos relevantes do ambiente in-

terno da faculdade e os cursos que fre-

quentam. Os dados da pesquisa serão

utilizados para apoiar a direção da esco-

la, as chefias de departamento e as co-

ordenações de graduação nas decisões

sobre as questões tratadas no levanta-

mento, além de subsidiar a direção no

d e s e n v o l -

vimento de

instrumen-

tos perma-

nentes e

sistemáticos

para gerir

o ambiente

interno e a

relação com

os alunos.

Page 12: ano 08 edição 72 nov/dez 2011 uma publicação mensal da FEAUSP · Dallari (FD e IRI), Marta Arretche e André Singer (FFLCH – DCP), sob a coordenação do professor Nicolau Rei-nhard

#12

FEA FUNCIONÁRIOS

“É preciso pôr em prática o poder criativo da mente e focar, com sabedoria, as metas que se deseja alcançar e os meios mais eficientes de atingí-las.”

En

con

tro

de

fun

cion

ário

s o balaNço do eNcoNtRo

de FuNcioNáRioS 2011 que

acoNteceu No dia 5 de No-

VembRo PodeRia deStacaR a

aGeNda com aS aPReSeNta-

çõeS daS atiVidadeS de cada

áRea, aS RealizaçõeS de

2011 e aS metaS e deSaFioS

PaRa 2012, o que já é muito

SiGNiFicatiVo. O encontro,

METAS E DESAFIOS DAS ÁREAS PARA 2012

ATC&D Treinamento• Atualização do LNT• Cursos: Oratória, Organização

de Eventos, LegislaçãoDesign• Formação• InfográficoComunicação• Novo Portal – levantamento

de requisitosAtribuições e Pessoas• Licitação para Assessoria de

Imprensa

ATAD • Segurança – instalação das

catracas• FEA Recicla & Sustentabilidade• Reforma de 35 salas de aula

(Pro-Ed)• Treinamentos especializados• Manual do Funcionário (RH)• Comitê de Avaliação – Carreira• Atualização do cadastro de

funcionários• Confecção de novos envelopes

para os Departamentos e Assistências

• Aplicação da nova tabela de temporalidade aos documentos

• Aquisição de novos equipamentos audiovisuais e de gráfica

• Melhoria do sistema de iluminação da sala da Congregação e do Auditório

ATAC • Adoção de novos

procedimentos• Melhoria na organização das

informações para conseguir um atendimento mais eficaz

• Melhoria da comunicação• Trabalho preventivo• Melhoria ou implantação de

controles

Serviço de Biblioteca e Documentação • Repositório Institucional FEA• Centro de Memória FEA• Autoatendimento• Espaço colaborativo de

aprendizagem• Anywhere Library• Comitê gestor SBDFEA

Prof. Guerreiro: “A forma como se vive é determinada pela forma como se pensa”

Wagner Toyama Cassimiro

Lu Medeiros Olga Miranda Valéria Lourenção Dulcinéia Jacomini

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#13

O encontro foi um trabalho de equipe. Assistentes participaram da concepção e, com suas equipes, prepararam as apresentações; outros funcionários também colaboraram.

porém, foi além. Realizado na Toca do Tuim, em

Itapecerica da Serra (SP), um espaço privile-

giado escolhido para quebrar a rotina do dia

a dia, a reunião proporcionou uma produtiva

troca de informações e a integração dos 72 fun-

cionários presentes.

A palestra do professor Reinaldo Guerreiro abriu o

encontro e deu o tom do trabalho que viria a seguir. Ao es-

colher o tema A Ciência de Ser Grande, o diretor da FEA re-

correu à obra de Wallace Wattles, autor norte-americano que

ensinou milhões de pessoas a transformar o pensa-

mento em ação.

“Há mais de 20 anos pesquiso a teoria

de que a forma como se vive é determinada

pela forma como se pensa. Assim, é preciso pôr

em prática o poder criativo da mente e focar, com

sabedoria, as metas que se deseja alcançar e os meios

mais eficientes de atingí-las. Precisamos ficar atentos, con-

trolar a mente e plantar boas sementes para criar e melhorar”,

explicou o professor Reinaldo.

STI • Servidor para autenticação

das entidades de alunos• Projeto de Storage• Sistema de Monografia

(online)• Implantação de sistema

de abertura de chamados técnicos

• Projeto de troca das fibras óticas que interligam os prédios da Faculdade

• Novo portal FEA• Projeto de instalação de novos

pontos de acesso (FEAnet, USPnet)

• Projeto de substituição do cabeamento de rede dos prédios FEA1, FEA2, FEA3 e FEA5

• Firewall

LAE • Manter a qualidade do sistema

Erudito• Automatizar o processo de

cadastro de alunos da pós-graduação

• Atualizar ou modificar ferramentas administrativas do Erudito

• Pesquisar mídias de apoio ao ensino

• Implantar o FEA Open Courseware

• Implementar modificações na retificação de matrículas

• Ampliar a divulgação dos vídeos• Desenvolver e divulgar linha de

material didático interativo de apoio ao ensino

• Promover evento comemorativo 10 anos do LAE

• Seminários de pesquisa qualitativa

Feamais Aumentar o reconhecimento do programa junto aos alunos• parcerias e projetos formais

com entidades estudantis• apresentação e divulgação na

matrículaMelhorar exposição do programa no mercado• mídias sociais• melhorar posicionamento com

ferramentas DSEO (1ª página do Google)

• parcerias com outros programas de relacionamento

Aumentar o número de cadastros• campanhas com alumni• lembretes aos cadastrados

(atualização de dados)• terceirização com empresas de

bancos de dadosIntegrar alunos atuais e formados

Captação de RecursosLançamento do Fundo Endowment FEAUSP• definição de formato,

governança, estatuto e regulamento

• plano de negócios• lançamento público no evento

de inauguração da nova biblioteca

Luiz Eduardo Iadocicco Andréa Ximenes Mário Lúcio Corrêa Neto Wagner Cassimiro

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#14

FEA FUNCIONÁRIOS

Foram nove apresentações que correram contra o tempo para descrever as atividades desenvolvidas, apresentar as realizações de 2011 e destacar os desafios para 2012.

PeRFil da Fea

Durante o Encontro, foi lançado o Perfil da FEA:

Estrutura e Atividades, um guia que tem o objetivo de

facilitar a comunicação interna da Faculdade. Além

da descrição das atribuições e responsabilidades ad-

ministrativas de cada setor da Faculdade, a publica-

ção traz uma lista de telefones, e-mails e endereços

de funcionários, professores e colaboradores, siglas

utilizadas, mapa e organograma. A iniciativa partiu

de Olga Miranda, da ATAD, foi desenvolvida pela

ATC&D , com a participação da aluna de Design

da FAU e estagiária do Feamais, Isabela Prada, e a

impressão foi feita na Gráfica da FEA (ver quadro).

O Perfil da FEA atende a uma reivindicação antiga

das várias unidades que compõem a FEA.

A mensagem inspiradora combinou com os desafios e metas

para 2012 apresentados pelos assistentes e coordenadores. Uma

coleção de boas sementes prontas para germinar. Em meio aos

números e às realizações concretizadas em 2011, a impressão

geral foi de muito trabalho realizado.

A realização do encontro foi também uma demonstração

do trabalho de equipe. Além dos assistentes que participaram

da concepção do evento e prepararam as apresentações com a

ajuda das suas equipes, a colaboração de outros funcionários foi

fundamental. Eneida Chiuzini (secretária da diretoria) e João

Corrêa (chefe administrativo da Gráfica) foram os encarregados

pelo transporte coletivo feito com ônibus cedido pela Faculdade

de Veterinária da USP; Elaine Graciano, chefe de Serviços Ge-

rais, apoiou a organização; e Renata Laurito Mallet, da seção de

Compras, cuidou dos brindes e demais contratos.

aGeNda

Foram nove apresentações que correram contra o tem-

po para descrever as atividades desenvolvidas, apresentar

as realizações de 2011 e destacar as metas e desafios para

2012. Falaram Lu Medeiros, responsável pela Assistência

Técnica de Comunicação & Desenvolvimento (ATC&D);

Olga Zulzke de Miranda, da Assistência Técnica Adminis-

trativa (ATAD); Valéria Lourenção, da Assistência Técnica

Acadêmica (ATAC); Dulcinéia Dilva Jacomini, chefe do

Serviço de Biblioteca e Documentação; Valdemir Jacinto

de Souza, da Assistência Técnica Financeira (ATAF); Luiz

Eduardo Iadocicco, chefe da Seção Técnica de Informática;

Andréa Ximenes, do Laboratório de Aprendizagem e Ensino

(LAE); Mário Lúcio Corrêa Neto, coordenador do Feamais;

e Wagner Cassimiro, responsável pelo programa de Capta-

ção de Recursos da FEA.

Foi uma agenda apertada, repleta de informações e números

sobre: atendimentos à imprensa, divulgação de eventos, visua-

lizações do Portal da FEA; atividades gerais da ATAD; aten-

dimentos aos alunos de graduação, pós-graduação, cooperação

internacional e colegiados; distribuição dos recursos para cus-

teio e investimentos e licitações; etapas da construção do novo

prédio da Biblioteca; abertura de novos ambientes no sistema

Erudito; e a nova rede wireless, pregões e treinamentos.

Uma agenda muito produtiva, que promete uma FEA

cada vez melhor para os seus alunos, professores e funcioná-

rios em 2012.

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#15

Ao longo de 2011, as ideias e sugestões dos funcionários foram analisadas e, boa parte delas, implementadas.

Qualidade em focoBoas ideias não respeitam hierarquia e o mais importante é

valorizar a participação das pessoas. Com esse princípio, a Assis-

tência Técnica Administrativa (ATAD) criou fóruns e canais

de comunicação para promover a melhoria contínua dos ser-

viços. Ao longo de 2011, as ideias e sugestões dos funcionários

foram analisadas e, boa parte delas, implementadas.

Da rodada de reuniões realizadas com a metodologia No-

minal Group Technique (NGT) à implantação da Caixa de

Sugestões, as ideias foram tomando forma. “A questão da segu-

rança concentrou o maior número de propostas. Isso demons-

trou a preocupação das pessoas e motivou a criação de uma co-

missão interna formada por professores, funcionários e alunos.

Algumas medidas já foram tomadas, como a instalação de

câmeras de segurança e balcões de informação. As guaritas

do estacionamento contam agora com rádio. Outras, como

a instalação de catracas, estão em andamento. A melhoria

da iluminação foi solicitada também, mas isso depende da

coordenadoria do câmpus”, explica Olga Maria Zulzke de

Miranda, responsável pela ATAD.

Novas regras para eventos e uso dos espaços, realocação de

funcionários, manutenção preventiva e corretiva das salas de

aula e necessidades de treinamento estão entre as ações imple-

mentadas durante o ano. “São ações simples que melhoram a

satisfação geral dos funcionários. A manutenção preventiva,

por exemplo, não sobrecarrega a equipe de manutenção no pe-

ríodo de férias. Foram atendidas reivindicações como a reforma

do refeitório da equipe terceirizada da

limpeza e capacitação por meio de cursos

técnicos no SENAC. A transferência do

funcionário Marcos Antonio Gonçalves

para a Assistência Acadêmica também

foi atendida”, comenta Olga.

Na pauta da ATAD, ainda há muito

por fazer, mas os resultados já são concre-

tos. “Temos hoje muito menos reclama-

ção em relação à limpeza e a criação do

Achados & Perdidos solucionou um pro-

blema interno. As caixas de sugestões, por

sua vez, permanecem à disposição para su-

gestões e críticas”, comenta a Assistente.

Ainda em 2011, a ATAD promove o

FEA Brechó, uma ação para dar destina-

ção aos objetos perdidos na FEA. Na re-

lação de ações previstas para 2012 estão

a complementação da sinalização, aqui-

sição de novos equipamentos audiovisu-

ais e de gráfica, implantação da ordem

de serviço automática e o programa de

qualidade de vida, com ginástica laboral

e meditação. “O importante é manter o

diálogo, valorizar as iniciativas e manter o

foco na qualidade”, afirma Olga.

Marcos foi realocado na ATAC

Equipe de limpeza pediu e ganhou refeitório reformado

Page 16: ano 08 edição 72 nov/dez 2011 uma publicação mensal da FEAUSP · Dallari (FD e IRI), Marta Arretche e André Singer (FFLCH – DCP), sob a coordenação do professor Nicolau Rei-nhard

meNção hoNRoSa

A tese de doutora-

do Falhas de Coorde-

nação em Sistemas

A g r o i n d u s t r i a i s

Complexos: Uma Aplicação na Agroindústria da Carne

Bovina, da aluna Silvia Morales de Queiroz Caleman (Progra-

ma de Pós-Graduação em Administração), sob orientação do

Prof. Dr. Decio Zylbersztajn, obteve menção honrosa no Prêmio

Tese Destaque USP.

FEA MIX

A FEA foi apontada como a melhor escola pública na categoria Área de Conhecimento - Administração e Negócios no VII Prêmio Melhores Universidades Guia do Estudante.

#16

GeNte da FeaUma publicação mensal da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo Assistência de Comunicação e DesenvolvimentoNov/Dez 2011_tiragem 2.000 exemplares

Av. Prof. Luciano Gualberto, 908Cidade Universitária - CEP 05508-900

Diretor da FEA Reinaldo Guerreiro

Coordenação GeralLu Medeiros

AssistênciA de coMunicAção e desenvoLviMento dA FeA-usP

Edição: Printec coMunicAção LtdA.

vAnessA GiAcoMetti de Godoy – MtB 20.841Antonio cArLos de Godoy – MtB 7.773

Reportagem:dinAurA LAndini, cAMiLA BroGLiAto riBeiro

Projeto Gráfico: eLos coMunicAção e edeMiLson MorAis

Layout e Editoração Eletrônica: cAroL issA

Fotos:MiLenA neves, roBertA de PAuLA

e vAnessA Munhoz

PRêmio jabuti 2011

O livro Multinacionais brasileiras: internacio-

nalização, inovação e estratégia global, organizado

pelo professor Moacir de Miranda Oliveira Jú-

nior, do Departamento de Administração, e editado pela Book-

man, conquistou o Prêmio Jabuti 2011, na categoria Economia,

Administração e Negócios.

A cerimônia de entrega será no dia 30 de novembro na Sala

São Paulo.

Entre os temas tratados na publicação estão casos de su-

cesso de multinacionais do país, resultados de pesquisas quan-

titativas e a teoria necessária para que empresários brasileiros

enfrentem de forma qualificada os desafios da atuação em

mercados internacionais.

O Prêmio Jabuti foi criado em 1958 pela Câmara Brasilei-

ra do Livro e é considerado o mais tradicional e importante

reconhecimento da produção literária brasileira. As 29 catego-

rias contemplam não só estilos – Romance, Contos e Crônicas,

Poesia, Reportagem, Biografia e Livro Infantil – mas Tradução,

Ilustração, Capa e Projeto Gráfico.

liVRo teSe

camPeã

No VII Prêmio Melhores

Universidades Guia do Estudan-

te, a FEA foi apontada como a

melhor escola pública na cate-

goria Área de Conhecimento

- Administração e Negócios.

A qualidade do corpo docente

(todos os professores têm douto-

rado) e os sólidos programas de

intercâmbio mantidos por meio

de convênios com instituições

do mundo todo foram destaca-

dos pela publicação.

O Guia do Estudante é edi-

tado pela Abril e a entrega do prêmio aconteceu no dia 5

de outubro, em São Paulo (SP). Campeã pela quarta vez, a

Universidade de São Paulo (USP) - também eleita a melhor

instituição de ensino superior em 2006, 2009 e 2010 - foi

escolhida a melhor Universidade pública de 2011.

deStaque

Prof. Decio Zylbersztajn e Silvia Morales de Queiroz Caleman