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O Conselho Deliberativo do Ins-tituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) ganhou um novo presidente no início do ano. O contador e administrador de empresas Júlio Gilberto Fante, 53 anos, diretor-presidente da Fante Indústria de Bebidas Ltda, indica-do pela Agavi (Associação Gaúcha de Vitivinicultores), foi eleito por unanimidade pelas entidades inte-grantes do Conselho Deliberativo do Ibravin. O vice é o ex-presidente Denis Debiasi, presidente do Sin-dicato dos Trabalhadores Rurais de Garibaldi, indicado pela Comissão Interestadual da Uva.

No dia 26 de janeiro, Fante anunciou o seu Plano de Cinco Me-tas para o Ibravin, que nortearão o trabalho na gestão 2010/2011. O

O presente informativo nasce com uma missão difícil: retra-tar o intenso trabalho realizado pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) em 2009 e no primeiro semestre de 2010. Pelo limite de espaço, desde já avisamos que este Saca-rolhas impresso buscou registrar um breve, porém repre-sentativo, resumo do que foi feito neste período.

Não foi pouca coisa.A começar pela nova campa-

nha institucional e publicitária dos Vinhos do Brasil e Wines of Brasil lançada para o mercado interno e externo, com a criação e o lançamento de um novo ícone para os produtos verde-amarelos: o saca-rolhas “Laçador” dos Ir-mãos Campana. Passando pela presença em mais de 30 eventos e feiras nacionais e internacio-nais, reunindo, em participações

Presidente: Júlio Gilberto Fante

Vice-presidente: Denis Debiasi

Diretor-executivo: Carlos Raimundo Paviani

Conselho Deliberativo formado pelas seguintes associações: Associação Gaúcha de Viticultores (Aga-vi), Federação das Cooperativas de Vinho do Estado do RS (Fecovinho), Associação Brasileira de Enologia (ABE), Comissão Interestadual da Uva, Secretaria da Agri-cultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa), Sindicato da Indústria do Vi-nho do Rio Grande do Sul (Sindivinho-RS), Sindicato Rural de Caxias do Sul (Sindirural-Caxias), Associação Nacional dos Engarrafadores de Vinho (ANEV), As-sociação Catarinense de Vinhos Finos de Altitude (Acavitis) e União Brasileira da Vitivinicultura (Uvibra).

Edição e textos: Orestes de Andrade Jr. Planejamento Gráfi co: Alvo Global Publicidade e Progaganda

IBRAVINCNPJ: 02.728.155/0001-74. Alameda Fenavinho, 481. Edifi cação 29Bento Gonçalves - RS Telefone e fax: + 55 54 3455.1800E-mail: [email protected]

DENIS DEBIASI e Júlio Fante, na troca de comando do Ibravin, no fi nal de janeiro deste ano

presidente citou como prioridades a sustentabilidade dos produtores e das vinícolas; o combate à excessi-va carga tributária que penaliza o setor; o incremento das atividades de marketing e divulgação do vi-

nho gaúcho e brasileiro; a autofi s-calização; e o aprimoramento dos programas de qualidade. “Estou aqui para somar, com plena cons-ciência da imensa responsabilida-de que assumo”, disse ele.

Foto: Orestes de Andrade Jr.

coletivas, as vinícolas brasileiras. Aliás, a união de esforços é

a marca das ações conduzidas pelo Ibravin. O resultado tem sido extremamente satisfatório. Os vinhos brasileiros conquista-ram números positivos em 2009, com um acréscimo nas vendas de 12%. Os espumantes foram além, com comercialização 18% maior. E o suco de uva natural/integral segue sua evolução, com quase 40% de incremento. Entretanto, o mais importante foi a retomada da auto-estima dos vitivinivultores brasileiros, apoiados por iniciati-vas corajosas e estratégias ousa-das das empresas nacionais. Este espaço é mais uma ferramenta para promover e desenvolver a categoria, desde a produção, pas-sando pela indústria, alcançando o varejo e os consumidores.

Boa leitura e saúde!

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A comercialização de vinhos elaborados no Rio Grande do Sul – responsável por cerca de 90% da produção nacional – alcançou um crescimento de 12% em 2009 no Brasil. Conforme levantamento do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibra-vin) foram vendidos 240 milhões de litros de vinhos fi nos e de mesa de janeiro a dezembro do ano passado, ante 214,5 milhões de litros coloca-dos nos 12 meses de 2008.

O incremento nos vinhos fi nos tintos foi maior ainda, de 14,6%, com a colocação de 13 milhões de litros – o segundo maior volume da década, inclusive maior do que o emblemático 2005, ano em que ocorreu o recorde na venda de vi-nhos fi nos e de mesa. O maior volu-me de vinhos tintos fi nos da década foi de 2006, quando foram coloca-dos 13,5 milhões de litros.

Segundo o diretor-executivo do Ibravin, Carlos Raimundo Paviani, o ano passado representa uma vira-da positiva para o setor vitivinícola brasileiro. “No início do ano, a nossa meta era estancar o ritmo de queda nas vendas que vínhamos sofrendo desde 2005”, recorda. “Encerrar o ano com resultados de dois dígitos, em um ano marcado pela crise eco-nômica, foi uma vitória importan-te”, observa. “Os resultados positi-vos são animadores e mostram que o setor deve continuar investindo na promoção de vendas e no convenci-mento dos consumidores de que a qualidade dos vinhos nacionais está em constante evolução”, avalia.

Paviani, contudo, pondera que, apesar das boas vendas de 2009, o setor ainda amarga um défi cit de 5% em relação à comercialização de vinhos de 2004 a 2008, cuja mé-dia fi cou em 252,9 milhões de li-tros. Em 2007, por exemplo, foram colocados 246 milhões de litros de vinho; em 2006, 267 milhões de li-tros; e em 2005, o maior volume, com 293 milhões de litros vendidos.

concentrado e reprocessado) teve alta de 27,5% de janeiro a dezem-bro, alcançando 55,4 milhões de litros.

EstoquesOutro dado positivo de 2009 é

que os estoques de vinho encolheram 17,5%, fechando o ano em 258 mi-lhões de litros, frente a 313 milhões de litros de 2008. “Se considerarmos um estoque de passagem de 180 mi-lhões de litros, temos 78 milhões de litros sobrando”, informa Paviani.

Saiba mais

Os números referem-se ao RioGrande do Sul – origem de aproxi-mdamente 90% da produção brasi-leira de vinhos e derivados – con-forme o Cadastro Vinícola, man-tido em parceria com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa) e o Ministé-rio da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento (Mapa). As informações não abrangem o restante do País em razão de outros estados brasileiros não implantarem o Cadastro Viní-cola.

“Estamos recuperando espaços de mercado, mas ainda estamos 18% inferior ao volume comercializado em 2005”, alerta.

Espumante sobe 18,25%

A comercialização de vinhos es-pumantes elaborados no Rio Gran-de do Sul cresceu 18,25% em 2009, na comparação com 2008. Foram colocados no mercado 11,2 mi-lhões de litros de espumantes de ja-neiro a dezembro, ante 9,5 milhões de litros em 2008. Os espumantes

moscatéis tiveram um incremento nas vendas ainda mais expressivo, de 31%. Os vinhos frisantes cres-ceram 127%.

Suco de uva natural cresce 39,4%

O ano de 2009 terminou com um acréscimo de 39,4% na venda de suco de uva natural (com 100% da fruta) no Brasil, somando 25,5 milhões de litros. Em 2008, foram esparramados 18,3 milhões de li-tros de suco de uva 100% natural. A comercialização total de suco de uva (reunindo o natural, adoçado,

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O saca-rolhas exclusivo criado pelos “Irmãos Campana” para ser o ícone máximo da marca Vinhos do Brasil e Wines of Brasil foi lançado nacionalmente pelo Ibravin (Insti-tuto Brasileiro do Vinho) no dia 28 de julho, em Porto Alegre, e no dia 29, em São Paulo. Na capital gaú-cha, o saca-rolhas foi apresentado aos convidados do Ibravin no Cafe de la Musique e na capital paulista no restaurante Dalva e Dito, do chef Alex Atala. O mais novo objeto de desejo dos enófi los esperou um ano para virar produto.

Desenvolvido pelos irmãos Humberto e Fernando Campana para ser o símbolo da estratégia de marketing do Ibravin para reposi-

cionar os Vinhos do Brasil no mer-cado interno e iniciar o processo de construção de imagem da marca no exterior, o saca-rolhas de inox foi transformado em uma peça de de-sign pela Tramontina, que a coloca-rá a venda em 200 lojas que comer-cializam a linha Design Collection (de produtos diferenciados) no Bra-sil e no mundo.

PosicionamentoO novo posicionamento dos Vi-

nhos do Brasil – Wines of Brasil nasceu de um amplo diagnóstico da categoria no país e no exterior, que incluiu a realização de pesquisas qualitativas e quantitativas em três capitais brasileiras (Porto Alegre,

Foto: Eduardo Liotti

Foto: EdFoto: Eduardo Liotti

EQUIPE Escala: Kynia Couto, Eduardo Axelrud e Regis Montagna DIEGO BERTOLINI, Denis Debiasi e Rosane Mesturini (Tramontina)

LUIZ PETRY (DPV), Denis, Humberto, Andreia, Paviani, Fernando e Diego no lançamento em Porto Alegre

São Paulo e Recife), sob a coor-denação do Ibravin. Auxiliada por uma empresa de consultoria de mar-cas, a Top Brands, os profi ssionais ligados a Associação Brasileira de Enologia (ABE), a União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), a Fede-ração das Cooperativas Vinícolas do Rio Grande do Sul (Fecovinho), a Associação Gaúcha de Vinicul-tores (AGAVI), o Projeto Setorial Wines of Brasil, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul (Sebrae-RS), a Secretaria Estadual da Agricultu-ra, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa) e o Ibravin defi niram a es-tratégia para comunicar a imagem geral dos Vinhos do Brasil.

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O objeto que passou a ser um símbolo dos vinhos brasileiros no país e no mundo não foi escolhido por acaso. “Ele representa a atitude de abrir a cabeça das pessoas para experimentar os vinhos brasilei-ros”, afi rmou o diretor-executivo do Ibravin, Carlos Raimundo Pa-viani, no lançamento em São Pau-lo. Conforme ele, o saca-rolhas dos Irmãos Campana traz uma mensa-gem clara e objetiva – “abra a sua cabeça, abra um vinho brasileiro”. A aposta do Ibravin no saca-rolhas é tão forte que ele virou a própria logomarca da marca Vinhos do Brasil/Wines of Brazil.

No mercado interno, o saca-ro-lhas traz em si a tentativa de rom-per o preconceito ainda existente contra os vinhos brasileiros. “De-vido a ações agressivas de marcas estrangeiras e à falta de dissemina-ção do conhecimento da evolução

da indústria vitivinícola brasileira, ainda sofremos com uma baixa percepção de qualidade”, disse o gerente de Promoção e Marketing do Ibravin, Diego Bertolini. “Como

LANÇAMENTO em São Paulo reuniu os maiores especialistas em vinhos do Brasil no restaurante Dalva e Dito, do chef Alex Atala

Foto: Luís Adolfo

uardo Liotti

FERNANDO CAMPANA comprovou a utilidade do saca-rolhas abrindo uma garrafa de vinhos

Foto: Eduardo Liotti

não é algo racional, isto está muito mais ligado à questão da imagem refl etida e percebida. Queremos transformar esta imagem, aproxi-mando-a da realidade”, observou.

O trabalho resultou na identifi -cação de uma identidade comum dos Vinhos do Brasil. Maior país da América Latina e terceiro maior produtor da América do Sul, o Bra-sil é um legítimo representante dos países reunidos no chamado Novo Mundo do vinho, mas com carac-

terísticas peculiares que o diferen-ciam de todas as demais nações. “A ideia é mostrar que o vinho bra-sileiro é alegre, jovem, autêntico, antenado e focado nas pessoas que procuram uma vida mais alegre e são atentas a novas experiências”, disse Paviani.

Esta mensagem nova, que traduz a diversidade dos vinhos feitos no Brasil e aponta o seu público consu-midor, estará refl etida nas imagens utilizadas nas mais de 25 feiras e eventos nacionais e internacionais que o Ibravin e o Projeto Setorial Wi-nes of Brasil participarão este ano.

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“Os bons vinhos sempre têm uma boa história. E esta é uma boa história.” Foi assim que o diretor-executivo do Ibravin, Carlos Rai-mundo Paviani, começou o seu pronunciamento no lançamento do saca-rolhas em Porto Alegre. “Esta é uma história de parcerias, que começa pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul. Passa pelas entidades representativas do setor vitivinícola, alia uma empresa de consultoria, a Top Brands, e uma agência de publicidade e comuni-cação, a Escala, até chegarmos nos Irmãos Campana e no saca-rolhas criado por eles”, contou.

O médico neurologista Car-los Fasolo (foto) foi o primeiro a receber o saca-rolhas de aço inox criado pelos Irmãos Campana para o Ibravin e desenvolvido pela Tra-montina. A distinção ocorreu em virtude de Fasolo, de Bento Gon-çalves, ser o maior colecionador de saca-rolhas do Brasil. “Tenho cerca de 1.300 saca-rolhas, de to-dos os tipos e de várias partes do

Nos lançamentos do saca-rolhas em Porto Alegre e São Paulo, Hum-berto Campana relembrou uma viagem feita há mais de 20 anos ao RS, a bordo de uma TL azul, com o pai da dupla no volante. “Saímos de São Paulo e viemos até a serra gaúcha para conhecer a produção de vinhos daqui”, recordou. “Nos-so pai nos deixou um exemplo bas-tante claro: nuca se acomode”.

Ao conhecerem a fábrica da Tramontina, a cutelaria, os Cam-pana se empolgaram e batizaram a peça de design criada por eles para o Ibravin. “Vamos chamá-la de laçador”, anunciaram, em coro, Fernando e Humberto Campana. “Laçador devido as curvas que formam a parte superior do saca-rolhas, lembrando uma videira, e também em homenagem a estátua símbolo de Porto Alegre e dos gaú-chos”, disse Fernando Campana.

Acompanhados pelo gerente de Marketing do Ibravin, Diego Ber-tolini, eles foram recebidos pelo presidente Clóvis Tramontina, pelo diretor comercial, Marcos Grespan, e pelo coordenador de Engenharia, João Angeli.

mundo”, disse ele, ao receber a peça do vice-presidente do Ibravin, Denis Debiasi, e do diretor-executivo, Car-los Paviani. A entrega ocorreu du-rante apresentação do saca-rolhas ao setor vitivinícola, no dia 27 de julho, na sede do Ibravin. Para testar a fun-cionalidade do saca-rolhas, Fasolo fez questão de abrir uma garrafa de vinho. “Está aprovado, além de ser muito bonito, funciona”, atestou.

Foto: Eduardo Liotti

PAVIANI: "Os bons vinhos sempre têm uma boa história"

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Na Tramontina, Fernando e Humberto Campana encontraram o artesão e escultor Elson Tiepo, responsável por produzir a obra criada pelos designers. É ele quem faz toda a parte superior do saca-rolhas, de modo artesanal, com as mãos, como nenhuma máquina conseguiria fazer. “Foi um desafi o muito grande, afi nal, é uma peça artística”, disse ele.

Com 15 anos de atividade pro-fi ssional, Tiepo, de 50 anos, falou que se sente privilegiado de poder elaborar a peça criada pelos Cam-pana. “É um privilégio”, comen-

Os Irmãos Campana disse-ram que planejam o lançamen-to de novas edições do saca-ro-lhas de inox para os próximos anos. “A partir do 2011, pode-mos lançar saca-rolhas colori-dos em conjunto com o Ibra-vin e a Tramontina”, anunciou Fernando. “Para 2014, vamos ter um saca-rolhas verde-ama-relo”, adiantou Humberto.

tou. Pelo processo absolutamente artesanal, o artesão diz que cada saca-rolhas é único. “Há diferenças sutis entre cada peça produzida, porque seria impossível reproduzir igualmente todas elas”, explicou, acrescentando que o seu trabalho é estritamente manual.

O coordenador de engenharia da Tramontina, João Angeli, revelou que o desenvolvimento do saca-ro-lhas durou cerca de um ano. “É um produto artesanal, muito diferente da escala industrial que a empresa está acostumada”, disse. “O resul-tado é surpreendente”.

AO LADO os Campana exibem o saca-rolhas

ABAIXO, Clovis Tramontina e os irmãos Fernando e Humberto Campana, observam a sua criação

ELSON DIEPO (artesão) e Marcos Grespam (diretor comercial da Tramontina) em reunião com os Campana

Fotos: Gilmar Gomes

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As campanhas insti-tucionais e publicitárias do Instituto Brasilei-ro do Vinho (Ibravin), criadas pela agência Escala, em 2009 e 2010, têm como marca principal a brasilidade. Os intensos debates na cadeia produtiva che-garam a conclusão de que o vinho produzido prioritariamente no Rio Grande do Sul necessi-ta da marca Brasil para ser reconhecido, espe-cialmente no exterior. Por isso, a brasilidade está presente em todas as ações. A começar pelo saca-rolhas criado pelos Ir-mãos Campana.

A escolha do cenário da campa-nha do ano passado segue esta li-nha e é histórica, porque abandona

o clima rural e intimista dos vinhe-dos e das cantinas gaúchas, colo-cando em foco todas as cores da luz tropical da Cidade Maravilho-sa. Saíram as rolhas, os barris e as

uvas. Entraram homens e mulheres jovens representantes da diversida-de étnica do Brasil, clicados pelo fotógrafo Daniel Mattar, que veio do mundo da moda.

“Abra-se para novas conquis-tas” é o tema que inspira a campa-nha deste ano do Ibravin. Criada pela agência Escala, as peças se-rão veiculadas nos principais ve-ículos do Rio Grande do Sul, re-vistas especializadas com circula-ção nacional, além de outdoors e front lights em Porto Alegre e na Serra Gaúcha. “Estrategicamen-te, esperamos a Copa do Mundo acabar e o frio chegar”, observa o gerente de Promoção e Marketing do Ibravin, Diego Bertolini.

Atualmente, cerca de 90% da produção de vinhos e espumantes brasileiros está no Rio Grande do Sul. Por essa razão, a campanha de 2010 será focada no mercado gaúcho. De julho a agosto, o vi-nho tinto esteve em destaque. Em novembro, será a vez dos espu-

mantes. No total, serão investidos R$ 2 milhões em ações de promo-ção do vinho brasileiro pelo Ibravin (incluindo participação em feiras,

e momentos agradáveis onde ele possa estar desfrutando de uma nova experiência”, revela Berto-lini.

projetos de trade marketing, entre outras iniciati-vas). Em mídia publicitária, se-rão R$ 800 mil.

Os anúncios continuam dando uma cara jovem,descontraída e sofi sticada para os vinhos brasi-leiros. “A dife-rença é que este ano os Vinhos do Brasil transpor-tam o consumi-dor para lugares

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A promoção do suco de uva no Brasil e no mundo tem ações re-alizadas de agosto de 2009 até o fi nal de 2010. O investimento faz parte do Programa de Desenvol-vimento Setorial do Suco de Uva, fi rmado dia 28 de julho do ano passado, em Bento Gonçalves (RS), entre o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e o Instituto Brasileiro da Fruta (Ibraf), em conjunto com a Agência Brasilei-ra de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e apoio do Sebrae e do governo do Estado do Rio Grande do Sul. A parceria abrange os estabeleci-mentos vinícolas que elaboram sucos de uva natural e integral nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Per-nambuco e Bahia.

“O projeto divulga os produtos prontos para beber, com maior va-lor agregado para os produtores, e padrão de qualidade superior aos

O site exclusivo sobre o suco de uva brasileiro pronto para be-ber recebeu acessos de 22 países no primeiro mês (agosto de 2010) em que esteve no ar. Pela ordem, Brasil, Estados Unidos, Argentina, Chile, Japão, Portugal, Alemanha e Espanha foram os principais pa-íses de origem dos visitantes do endereço eletrônico na internet www.grapejuiceofbrazil.com.

O site bilíngue, em português e inglês, foi desenvolvido pelo Insti-tuto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e pelo Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção das Ex-portações e Investimentos (Apex-Brasil), dentro do Programa de De-senvolvimento Setorial do Suco de Uva. O projeto conta, hoje, com 13 empresas brasileiras que produzem

consumidores, com be-nefícios para a saúde”, disse o ex-presidente do Conselho Delibera-tivo do Ibravin, Denis Debiasi, na assinatura do convênio.

O suco de uva na-tural e integral pos-sui 100% da fruta, ao contrário dos refres-cos, que têm de 2% a 10% de uva e os néc-tares, que contém de 20% até 30% de uva

há uma grande confusão no mer-cado, com falta de informações generalizadas e misturadas para o consumidor. “Necessitamos in-formar as pessoas sobre o que é suco natural de fruta, diferencian-do-os de produtos assemelhados, e deixando a decisão de compra para os consumidores”, destacou. “Precisamos estabelecer a correta identifi cação dos produtos”.

UNIÃO: Denis Debiasi (ex-presidente do Conselho do Ibravin) e Moacir Fernandes (presidente do Ibraf) acertaram parceria em 2009

suco de uva 100% natu-ral pronto para beber.

“Começamos com o pé-direito, gerando in-teresse pelo suco de uva brasileiro em vários paí-ses do mundo”, comemo-ra o presidente do Con-selho Deliberativo do Ibravin, Júlio Fante. Se-gundo ele, o site tem o objetivo de facilitar o acesso a informação para empresas, jornalistas, compradores do Brasil e do exterior que tenham interesse no suco de uva.

O tempo médio de permanência dos visitantes no site foi de quase 5 minutos. “Isso comprova o inte-resse de quem acessou o site”, ava-lia a coordenadora de projetos do Ibravin, Raquel Rohden. “Através do site, queremos mostrar e divul-

gar os benefícios e os diferenciais do suco de uva brasileiro”, comenta.

As 14 regiões produtoras de suco de uvas estão descritas no site, assim como as variedades de uvas utilizadas. Com linguagem acessível e visual moderno e ágil, o site foi criado pela empresa We-bDe Tecnologia, de Caxias do Sul, que também mantém o endereço virtual do Ibravin na rede mundial de computadores.

na sua elaboração. Os polifenóis, que combatem os radicais livres, estão amplamente presentes no suco de uva. “Nosso público-alvo são as pessoas que desejam ali-mentos naturais e gostosos para uma vida saudável e divertida”, observou o diretor-executivo do Ibravin, Carlos Paviani.

O presidente do Ibraf, Moacyr Saraiva Fernandes, disse que hoje

Foto: Orestes de Andrade Jr.

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Foram defi nidos os mercados-al-vo para a promoção do suco de uva 100% natural no mundo. Os quatro países prioritários são Estados Uni-dos, Canadá, Angola e Emirados Árabes Unidos. Chile, Colômbia, Guatemala e Venezuela comple-tam a lista de países que receberão, nos próximos dois anos, os investi-mentos do Programa de Desenvol-vimento Setorial do Suco de Uva, desenvolvido pelo Instituto Brasi-leiro do Vinho (Ibravin) e o Institu-to Brasileiro de Frutas (Ibraf), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção das Exportações e In-vestimentos (Apex-Brasil).

Segundo a coordenadora do programa, Raquel Rohden, foram analisados 29 mercados. Ela des-taca que a proposta do projeto é trabalhar o mercado externo com uma perspectiva comercial de mé-dio prazo. “Queremos inicialmente conhecer estes mercados para que as empresas possam iniciar tratati-vas de exportação”, explica. A de-fi nição dos países prioritários para o suco de uva contou com o supor-te de um estudo de ranqueamento de mercados, com metodologia es-pecífi ca elaborada pela Unidade de Inteligência Comercial e Competi-tiva (UICC) da Apex-Brasil.

FEIRA em Dubai, nos Emirados Árabes

RAQUEL promovendo o suco de uva brasileiro na Ásia Fruit Logística em Hong Kong

Uma das virtudes de todo suco natural é ter características orga-nolépticas marcantes da fruta que o gerou, aponta o enólogo Adolfo Lona. No caso dos sucos de uva, os elaborados a partir de uvas da espécie americanas e/ou híbridas como Concord, Seibel e Isabel –

Lona garante que o consumidor que provar o suco de uva brasi-leiro irá descobrir um produto na-tural, puro, integral e sem álcool. E mais: “que reúne todos os be-nefícios à saúde que os derivados das uvas tintas oferecem devido à presença do resveratrol”.

abundantes na Serra Gaúcha – são extremamente ricos em aromas e gosto de uva. É por este motivo que o suco brasileiro é muito apreciado e raro, porque na grande maioria dos países produtores o cultivo das es-pécies americanas é proibido, como na França, por exemplo. Adolfo

Ações realizadasO Programa de Suco de Uva já

participou de feiras no Brasil e no exterior, como o Projeto Compra-dor no segundo semestre do ano passado, com rodadas de negócios com compradores nacionais e in-ternacionais na Fruit&Log, em São Paulo, e na Frutal Cone Sul, em Bento Gonçalves. Também es-teve na Ásia Fruit Logística, en-

tre os dias 2 e 4 de setembro, em Hong Kong. Este ano, o suco de uva brasileiro esteve presente na Gulfood 2010, de 21 a 24 de fe-vereiro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Fotos: Divulgação/Ibravin

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NA ÚLTIMA SAFRA, cresceu o cultivo de uvas americanas para a produção de suco no RS

Foto: Cassius Fanti

A última safra de uva no Rio Grande do Sul – responsável por cerca de 90% da produção brasilei-ra de vinhos – terminou com uma queda de 1,6% em relação ao ano passado. Levantamento preliminar do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) aponta uma colheita de 525,7 milhões de quilos de uva na safra 2010 nos parreirais gaúchos. A safra passada somou 534,5 mi-lhões/Kg. “A menor quantidade de uva e, consequentemente, de vi-nhos, pode ajudar na retomada do equilíbrio do setor, que hoje ainda conta com altos estoques”, salien-tou o presidente do Conselho Deli-berativo do Ibravin, Júlio Fante.

Segundo ele, a elaboração de vi-nho nesta safra deve alcançar 200 milhões de litros. No ano passado, foram feitos 234 milhões de litros. “Devemos terminar 2010 com o menor estoque de vinho dos últi-mos anos”, disse Fante. “Isso vai ser bom para o produtor, porque todo mundo sabe que a lei da oferta e da procura é que regula os preços de todos os produtos, inclusive da uva”, ressaltou.

O presidente do Ibravin ainda observou que as uvas para espu-mantes não sofreram com o clima adverso, a não ser em perda de produtividade. “Teremos espu-mantes elaborados nesta safra até superiores de outros anos”, previu. A perda maior foi nas uvas vinífe-ras (46 milhões/Kg), com queda de 36,5%. As uvas americanas ou híbridas (479,7 milhões/Kg), de maior volume, tiveram sua produ-ção acrescida em 3,8% nesta safra. “Tivemos aumento na área de cul-tivo no Estado, especialmente de uvas americanas e híbridas desti-nada para o suco de uva”, explicou Fante.

Uma das principais personalidades da vitivinicultura brasileira, o empre-sário Arnaldo Passarin, foi escolhido, no dia 10 de fevereiro, como o novo presidente da Câmara Setorial da Vi-tivicultura. Diretor da Agavi e conse-lheiro do Ibravin, Passarin foi eleito como candidato de consenso na 17ª reunião da Câmara Setorial, o pri-meiro encontro do ano realizado em Brasília no auditório do Ministério da Agricultura. Recentemente, a Câmara Setorial concluiu a elaboração de uma "Agenda Estratégica", na qual foram estabelecidas diretrizes de trabalho do setor vitivinícola brasileiro para os

próximos anos, baseadas nas neces-sidades comuns das diversas regiões vinícolas do país.

Mais de 50% das uvas comuns – um recorde histórico – foram des-tinadas à produção do suco de uva. “É um mercado que está crescendo cerca de 40% ao ano”, comentou Fante, justifi cando a preferência

dos produtores pelas variedades americanas ou híbridas, sobretudo Bordô e Isabel. No ano passado, 45% das uvas comuns foram utiliza-das para produção de suco. A média histórica fi cava em torno de 30%.

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O Instituto Brasileiro do Vi-nho (Ibravin) e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) assinaram, dia 10 de fevereiro deste ano, em Brasília, uma parceria inédita para a implantação do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Vinhos, Espumantes e Sucos de Uva. O investimento para os dois anos (2010 e 2011) do programa somará R$ 2,89 mi-lhões entre Ibravin e Sebrae (cada entidade entra com a metade do valor).

O presidente do Conselho De-liberativo do Ibravin, Júlio Fante, disse que a parceria com o Sebrae é histórica. “Há muito tempo ví-nhamos procurando uma maneira de atender um desejo antigo do setor, que é de implantar as inova-ções tecnológicas necessárias ao nosso desenvolvimento futuro”, salientou. “Vamos realizar um amplo diagnóstico do setor, com-binado com a implementação das soluções propostas”, destacou.

As ações, que envolvem todos os elos da cadeia produtiva, terãotrês eixos fundamentais: estrutu-rantes, gestão do conhecimento e inovação tecnológica. Fante disse que o programa buscará es-tabelecer um padrão ampliado de qualidade, indo além do que a le-gislação prevê hoje. “Queremos nos antecipar ao futuro”, revelou,

citando que serão trabalhados con-ceitos como as Boas Práticas de Elaboração de vinhos e derivados e a APPCC (Análise de Perigos Pontos Críticos de Controle para Alimentos), que em breve serão exigidos pela lei. Paralelamente, serão identifi cadas as iniciativas ligadas ao Enoturismo, procuran-do o seu aperfeiçoamento e qua-lifi cação. O diretor-executivo do Ibravin, Carlos Raimundo Pavia-ni, explicou que o programa terá aplicação prática imediata, com as micro e pequenas empresas do se-

Carlos Alberto dos Santos ci-tou as compras governamentais, previsto no capítulo V da Lei Ge-ral da Micro e Pequena Empresa, como uma das alternativas para ampliar o mercado e consumo do vinho brasileiro. Para exemplifi -car a representatividade das micro e pequenas empresas na compras

• Aumebrasile

• Aumedo vin

• Capaco mer

• Melhono me

• Capacdores

tor vitivinícola. A intenção é con-quistar a adesão de 100 empresas em oito estados – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Minas Ge-rais, Pernambuco e Bahia (estes dois últimos do Vale do São Fran-cisco). “O programa vai capacitar, disseminar informações e orientar as empresas na produção, registro e comercialização dos seus produ-tos”, disse Paviani. A contraparti-da das empresas que aderirem ao programa pode ser econômica e não somente fi nanceira.

governamentais, o diretor citou que, em 2009, 210 mil dessas empresas forneceram produtos ou serviços para o governo, gerando volume de negócio de R$ 14,6 bilhões. “O Itamaraty, por exemplo, só oferece vinho brasileiro em suas recepções. É uma medida simples que faz gran-de diferença. É grande o poder de

compra dos parceiros e demais ór-gãos do governo”, disse o diretor. Ele anunciou que o Sebrae adotará essa medida de oferecer vinho de produção nacional nos seus even-tos. Para ele, o convênio vem para fortalecer a indústria nacional de vinho. “Ao atingir as metas estabe-lecidas, criaremos outras”, planeja.

EM REUNIÃO da Câmara Setorial da Viticultura, Vinhos e Derivados foi assinado o convênio Ibravin/Sebrae, comdos Santos, Arnaldo Passarin, deputado Pepe Vargas e Paulo Alvin

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Os primeiros seis meses de tra-balho estão sendo dedicados à re-alização de um amplo diagnóstico da produção vitivinícola nacional. Já foram feitos três seminários – no Paraná, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. O levantamento, que tem os seminários como ponto alto, busca conhecer cada região produtora de uvas e derivados do Brasil, procurando saber quantas empresas existem, qual é a produ-ção de cada uma e, principalmente, qual é a tecnologia que cada empre-sa possui. “A ideia é sensibilizar as empresas a aderirem ao Cadastro

competitivo o vi-nho nacional, assim como o suco de uva e os espumantes. “A vitivinicultura é um dos setores que mais cresce e que gera emprego e ren-da.São cerca de 100 mil empregos diretos. A produção, que antes era centralizada apenas na região Sul, já tem se tornado presente em quase todo país”, des-tacou.

Carlos Alberto dos Santos, dire-tor de Administração e Finanças do Sebrae, ressaltou que o aumento da comercialização do vinho nacional irá consequentemente impactar po-sitivamente nos demais resultados previstos pelo programa.

Conforme ele, a pouca tradi-ção de consumo de vinho nacio-nal pela população e a alta con-corrência dos vinhos importados são alguns dos entraves do setor, oriundos de questões tributária e econômica.

entar a comercialização do vinho eiro.entar a participação de mercado nho brasileiro.citar as empresas envolvidas para rcado nacional.orar a imagem do vinho brasileiro ercado nacional.citação de consumidores e forma-s de opinião.

• Facilitar o acesso às informações de mercado para as pequenas e médias vinícolas.

• Ampliação da visão dos empresários do setor para a importância da integração com o objetivo de alcançar resultados comuns.

• Atingir a participação integrada das empre-sas e entidades vitivinícolas, considerando inclusive os novos pólos produtores.

m a presença de Francisco Facundo, Júlio Fante, Carlos Alberto

BRINDE: Júlio Fante, Arnaldo Passarin, Affonso Hamm, Cristiane Passarin e Carlos Paviani

Vinícola Na-cional”, afi r-mou o diretor-executivo do Ibravin, Carlos Paviani. Para ele, a parceria com o Sebrae representa im-portante passo para ampliar e tornar mais

Fotos: Edison Castêncio

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Há mais de um ano, o Sebrae vem trabalhando para estruturar a carteira de vitivinicultura. O planejamento plu-rianual da instituição prevê a execução de projetos no setor em sete estados (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Mi-nas Gerais, Pernambuco e Bahia).

O Sebrae RS realiza dois pro-jetos no estado que é responsável por cerca de 90% da produção na-cional de uvas e derivados. Um na Serra Gaúcha e outro na Campanha e Fronteira Oeste.

Atendendo 98 vinícolas na Serra Gaúcha, a intenção do projeto é au-mentar o volume de vendas e pro-mover a melhoria na qualidade dos produtos vinícolas da serra gaúcha. “Estão comtempladas ações para capacitação em mercado, ações de promoção de vinhos, espumantes e suco, Apoio a feiras, desenvolvi-mento de modelo em logística em conjunto, programa de qualifi cação de produto e promoção de indica-ções geográfi cas”, afi rmou a gestora Janine Basso Lisboa.

O projeto “DesenvolvimentoTurístico do Pampa Gaúcho” é fei-

to pelo Sebrae RS na Campanha e Fronteira Oeste. Em março, foi criada a Associação dos Produto-res de Vinhos Finos da Campanha Gaúcha, tendo como primeiras metas promover os vinhos e espu-mantes da Região da Campanha no mercado interno e externo e, espe-cialmente, buscar a Indicação de Procedência dos Vinhos da Cam-panha. “A região da Campanha Gaúcha, que é um novo pólo viti-vinícola do Brasil, já responde por

15% do volume de vinhos fi nos do país”, disse o gestor Tauê Bozzetto Hamm.

Tauê lembra que as primeiras ações desenvolvidas pela Asso-ciação foram a participação na Expovinis 2010 em São Paulo, no mês de maio, e da Rodada de Ne-gócios Sabores do Rio Grande em Porto Alegre, além da realização do VII Seminário de Vitivinicultu-ra da Metade Sul do RS, em junho, realizado em Bagé.

VINHEDO na campanha gaúcha: região no RS já responde por 15% do volume de vinhos fi nos elaborados no Brasil

EXPOVINIS 2010: Produtores e lideranças do Sebrae, do governo gaúcho e do setor vitivinícola comemoram lançamento da Associação dos Vinhos da Campanha

Foto: Orestes de Andrade Jr.

Foto: Divulgação/Ibravin

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O Sebrae Santa Catarina de-senvolve o projeto “Desenvolvi-mento do Enoturismo na região de abrangência da Acavitis”, procu-rando aumentar o número de clien-tes na região atendidos pelo trade turístico em 10% este ano, 15% no próximo e 20% em 2012. “Pro-gressivamente, a ideia é utilizar a marca coletiva em 10% produção de vinhos em 2010, 20% em 2011 e 30% em 2012”, informou o ges-tor do projeto em SC, Fábio Burigo Zanuzzi.

O projeto “Aprimoramento na elaboração e na organização da pro-dução do Vinho dos municípios de Colombo e São José dos Pinhais” é efetivado pelo Sebrae Paraná, proporcionando a organização, viabilidade tecnológica de pro-dução, de mercado e econômico-fi nanceira do setor. “Pretendemos preservar a cultura da produção do vinho artesanal, agregando me-lhoras na tecnologia de produção e profi ssionalização das cantinas”, observou a gestora do projeto, Ma-ria Isabel Rosa Guimarães.

O Sebrae Espírito Santo traba-lha com o projeto “Polo de uva de mesa e vinho de Santa Teresa, re-gião de Montanha e Caparaó Capi-xaba”. Conforme o gestor Márcio Rosalem Fraga, o alvo da iniciati-va são 150 pequenas pro-priedades e empreendimentos rurais que de-senvolvem a atividade vitivinícola, nos municípios de Alfredo Chaves, Anchieta, Afonso Claúdio, Breje-tuba, Domingos Martins, Dores do Rio Preto, Guaçuí, Ibitirama, Mare-chal Floriano, Muniz Freire, Santa Teresa, Vargem Alta e Venda Nova do Imigrante. “Queremos ampliar e fortalecer o agronegócio da uva de mesa, vinho e suco de uva por intermédio da melhoria da produ-tividade e da qualidade, visando o

Foto: Cassius Fanti

aumento da renda do público tra-balhado”, salientou Fraga.

O Sebrae Pernambuco traba-lha com o projeto “A Rota do Vi-nho – Vale do São Francisco”, re-sultado dos altos investimentos pú-blicos e privados na agricultura ir-rigada e de uma ampla parceria do Sebrae, Ministério da Integração Nacional, através da Região Inte-grada de Desenvolvimento do Pólo Juazeiro/Petrolina (Ride), que en-volve os municípios de Petrolina, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista e Orocó, em Pernambuco, e de Curaçá, Juazeiro, Casa Nova e Sobradinho na Bahia; Associação Integrada de Turismo do Vale do São Francisco (Assitur), Codevasf; Embrapa; Empetur e Bahiatursa.

“Como a produção de vinhos fi nos dura o ano inteiro, a Rota do Vinho inclui constantemente visi-tas às fazendas vitivinícolas, onde o visitante conhece o campo com

todo o ciclo vegetativo das par-reiras, a área da cantina onde se produz, se elabora e onde o vinho é engarrafado”, explica o gestor do projeto, Helder José Gomes Freitas. Atualmente, a iniciativa atende 153 empresas. Os visitan-tes podem ainda degustar e por fi m adquirir o produto na loja de varejo.

O Sebrae São Paulo de-senvolve o projeto “SAI–ER Piracicaba|Grupo de Vinho de Piracicaba”. Conforme o gestor Richard Tavares do Nascimento o objetivo geral do projeto é pro-mover o desenvolvimento, estru-turação, fortalecimento, legaliza-ção e certifi cação para a venda de vinho orgânico. “O grupo produz uva orgânica, mas não em grande escala até o momento, o que faz com que o grupo adquira uvas de outros produtores para a produção de vinho”, comenta o gestor.

BRASIL AFORA: produção de uva e vinho se espalha por vários estados do país

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16gundo ela, esta é uma tendência de comunicação dos projetos de exportação brasileiros capitane-ados pela Apex-Brasil. “Com a proximidade da Copa do Mundo, em 2014, e das Olimpíadas no Rio de Janeiro, em 2016, o Brasil quer levar uma imagem comum a todo o mundo”, acrescentou a ge-rente de Promoção Comercial do Wines of Brasil.

O projeto Wines From Brazil passa a se chamar Wines of Bra-sil. A mudança estará estampada em todas as ações de promoção e marketing do projeto (Wob), realizado em parceria pelo (Ins-tituto Brasileiro do Vinho) e pela Apex-Brasil (Agência Brasilei-ra de Promoção de Exportações e Investimentos), a partir deste mês de setembro.

A modifi cação ainda atende ao novo posicionamento do vinho brasileiro, defi nido pelo setor vi-tivinícola nacional, com a coorde-nação do Ibravin, consultoria da empresa Top Brands e criação da agência Escala. “Defi nimos que os vinhos do Brasil deveriam ter um único posicionamento de mar-ca no mercado interno e externo”, lembrou o presidente do Conse-lho Deliberativo do Ibravin, Júlio Fante. Para tanto, o saca-rolhas “Laçador” desenvolvido pelos designers Fernando e Humberto

Campana passa a ser o símbolo máximo dos vinhos brasileiros, acompanhando as marcas “Vinhosdo Brasil” e “Wines of Brasil”.

“Apesar de pequena, a altera-ção tem um grande signifi cado”, afi rmou a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan. A troca do “from” pelo “of” determina uma mudança sutil no entendi-mento dos estrangeiros sobre os vinhos brasileiros. “Signifi ca que os vinhos são do Brasil, ao invés de serem feitos no Brasil, ideia muito vinculada à origem”, ex-plicou Andreia. Na prática, “of” traz modernidade e descomplica o nome do projeto. “É uma ten-dência mundial grafar “of” ao in-vés de “from”.

Escrever Brasil com “s” ao invés de “z” traz autenticidade. “Brasil se escreve com “s” e é as-sim que queremos ser conhecidos lá fora”, observou Andreia. Se-

O projeto de promoção de exportações do vinho brasileiro Wines of Brasil fez uma grande contratação este ano. A craque que foi incorporada ao time do vinho brasileiro é Angela Ta-miko Hirata – responsável pelo case de sucesso das Havaianas no mercado internacional, hoje presente em mais de 80 países, nos cinco continentes.

A Consultoria Suriana, li-derada por ela, desenvolveu o Planejamento Setorial para Ex-portação, benefi ciando as 37 vinícolas integrantes do Wines of Brasil. A missão de Angela Hirata com sua equipe foi de-

senvolver juntamente com as viní-colas, estratégias institucionais, de capacitação, de negócios e marke-ting para as empresas atingirem os oito mercados prioritários para a promoção dos vinhos verde-ama-relos no exterior [ver matéria na página ao lado]. “Aceitamos a pro-posta do Wines of Brasil porque é um projeto coletivo e a categoria é apaixonante, com um potencial enorme”, disse a consultora Ân-gela Hirata. “Posso dizer que foi amor à primeira vista. Estou apai-xonada pelos vinhos brasileiros”, declarou.

ÂNGELA HIRATA: “Posso dizer que foi amor à primeira vista. Estou apaixonada pelos vinhos brasileiros”

Foto: Orestes de Andrade Jr.

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O Projeto Setorial Integrado Wi-nes of Brasil (Wob), realizado em parceria entre o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e a Agência Brasileira de Promoção de Expor-tações e Investimentos (Apex-Brasil), defi niu os oito mercados prioritários para a promoção dos vinhos brasileiros no exterior. Ale-manha, Canadá, Estados Unidos, Hong Kong, Países Baixos, Polô-nia, Reino Unido e Suécia serão os países que receberão a maior atenção e investimentos do Wi-nes of Brasil nos próximos dois anos, com vistas às exportações de vinhos e espumantes verde-amarelos.

Conforme a gerente de Pro-moção do Wob, Andreia Gentilini Milan, a Alemanha – por ser um grande mercado importador (o segundo na União Europeia), ter consumo per capita alto (acima de 30 litros por pessoa ao ano) e ser formador de opinião – está entre os países que receberam a nota máxima do estudo técnico, assim como o Reino Unido, os Estados Unidos e Hong Kong, por ser a porta de entrada para o imenso mercado da China.

As novidades, segundo o ges-tor do projeto pela Apex-Brasil, Marcos Soares, foram as inclu-sões da Polônia e da Suécia en-tre os mercados-alvo dos vinhos brasileiros. Soares explicou que a Polônia tem tido um crescimen-

• O Projeto Setorial Integrado Wines From Brazil iniciou suas atividades, em 2002, com a adesão de apenas seis vinícolas brasileiras. Hoje, já são 37, sendo que 21 delas já efetivaram exportações.

• Em seis anos de trabalho, o valor exportado aumentou 20 vezes,

to grande no consumo de vinhos, estando bastante aberta a produ-tos importados. “O consumo de vinho na Polônia está aumentan-do e a expectativa é que o vinho tome cada vez mais o mercado da cerveja e da vodka”, comentou, acrescentando que a previsão é de que o nível de consumo per capita cresça de 5 a 15% anual-

SEDE DA PROWEIN, Alemanha está entre os países que receberam a nota máxima do estudo técnico, assim como Reino Unido, EUA e Hong Kong

mente nos próximos anos. O país também reresenta um caminho de ingresso a todo o Leste Europeu e à Rússia.

A Suécia é um local estratégico para entrada nos Países Escandi-navos (Noruega e Dinamarca). O mercado é monopolizado em toda a região, sendo a Suécia o maior deles, com infl uência sobre ou-tro país com potencial para com-prar os vinhos verde-amarelos, a Fin-lândia. Andreia ainda disse que o Canadá passará a ter um maior in-vestimento em promoção devido à abertura que tem mostrado aos nossos produtos. Nos Países Bai-xos, o trabalho será incremento, pela boa resposta que vem tendo nos últimos anos.

subindo de US$ 231 mil em 2003 para US$ 4,68 milhões em 2008, um incremento de 1.927%. No ano passado, os negócios encaminhados pelas empresas integrantes do projeto somaram exatamente o dobro das exportações de vinhos e espumantes de 2007.

Foto: Orestes de Andrade Jr.

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Churrasco e vinho. Esta combi-nação tipicamente gaúcha e bra-si-leira será incentivada com um tem-pero a mais – a velocidade – em churrascarias brasileiras instaladas nos Estados Unidos. Desde o dia 20 de abril até 2 de outubro, o projeto setorial integrado Wines of Brasil (Wof), realizado em parceria entre o Ibravin e a Apex-Brasil, realiza uma ação promocional e comercial em churrascarias verde-amarelas em atividade em cinco estados norte-americanos (Indiana, Texas, Nova Iorque, Ilinóis e Flórida).

“Esta iniciativa tem dois obje-tivos: despertar no consumidor nor-te-americano o interesse em conhe-cer os Vinhos do Brasil e aumentar as vendas e a visibilidade das viní-colas brasileiras”, explicou a geren-te de Promoção Comercial do Wof, Andreia Gentilini Milan, que ao lado do gerente de Promoção e Ma-rketing do Ibravin, Diego Bertolini, lançou o projeto no Hotel Sheraton, em São Paulo, no dia 13 de março.

Para incentivar o pedido de vinhos brasileiros por parte dos consumidores, está em curso uma

Participam da promoção as churrascarias que incluíram na sua carta de vinhos uma seção chama-da “Brazilian Wines”, tenham pelo menos seis tipos de vinhos e um espumante na sua carta e possuam vinhos de no mínimo três vinícolas diferentes à disposição dos clientes. As churrascarias credenciadas rece-beram treinamento sobre os vinhos brasileiros. Este trabalho de forma-ção e educação dos sommeliers e garçons está sendo feito pela repre-sentante dos vinhos brasileiros nos EUA, a consultora argentina Nora Favelukes, presidente da QW Wine

Experts, que vai acompanhar todo o andamento da ação.

A cada etapa, cinco garçons tam-bém serão selecionados para assistir as corridas da Indy. “Queremos moti-válos a oferecer os vinhos brasileiros aos clientes”, salienta Andreia. Além de treinar os garçons, o Wines of Bra-sil vai disponibilizar material promo-cional (banners, cupons, folders, dis-play de mesa e cartões) e uma lista de vinhos das empresas integrantes do projeto de todas as regiões produtoras de vinhos fi nos do Brasil.

Também será trabalhada a dis-ponibilidade logística destes vinhos

às churrascarias. “Queremos ter continuidade”. As 10 churrasca-rias que alcançarem os melhores resultados no projeto ao fi nal do ano ganharão uma viagem à Serra Gaúcha em fevereiro de 2011. A ideia é que as empresas mandem os seus gerentes de compra para conhecerem as vinícolas verde-amarelas. “Os critérios de seleção das churrascarias destaque levarão em conta a quantidade de produtos adquirida e a diversidade dos vi-nhos, ou seja, o maior número de produtores escolhidos”, comentou Andreia.

promoção ligada à Fórmula Indy 2010. Quem solicita um vinho do Brasil em garrafa ou taça nas chur-rascarias integrantes da promoção ganha um cupom, que dá direito a concorrer a entradas para as corri-das da competição automobilística mais popular dos EUA. O cupom é entregue no pagamento da conta. Os clientes concorrem, então, a in-gressos para assistir as corridas da Fórmula Indy da sua região.

No total, serão distribuídos 200 ingressos para cinco corridas da Indy este ano. Cada ingres-

so dá direito a um acompanhan-te. A cada rodada são sorteadas duas entradas VIP para a Pace Car Ride, que garante um tour nos boxes um dia antes da corrida e a oportunidade única de andar num carro de alta velocidade no dia da prova. No fi nal da ação, no dia 2 de outubro, todos os consumidores, dos cinco estados participantes da promoção, con-correrão a dois ingressos (com direito a acompanhante) para assistir a corrida de Miami com passagem aérea, hotel e transporte incluído.

ANDREIA: "Queremos despertar o interesse dos americanos pelos vinhos do Brasil unindo gastronomia e velocidade"

Foto: Ibravin

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A campanha “Abra sua cabeça, abra um vinho do Brasil”, do Insti-tuto Brasileiro do Vinho (Ibravin), também esteve presente nas prin-cipais redes varejistas do País. Um projeto-piloto lançado em outubro do ano passado buscou posicionar a categoria vinhos do Brasil no chamado auto-serviço, canal com maior comercialização e circula-ção de consumidores.

“A ação também teve um cará-ter educativo, pois os promotores serão alunos de cursos de somme-liers e de enologia, aptos a falar com amplo conhecimento sobre a diversidade e a qualidade da pro-dução brasileira de vinhos”, disse o gerente de Promoção e Marke-ting do Ibravin, Diego Bertolini.

O reforço da marca Vinhos do Brasil no Ponto de Venda (PDV) alcançou médias e grandes redes de supermercados em Porto Ale-gre, São Paulo, Caxias do Sul e Bento Gonçalves durante um pe-ríodo de 45 dias. Foram 61 super-mercados das redes Pão de Açúcar /Extra (SP e RS), Carrefour (SP e RS), Wal-Mart/Big/Nacional (SP e RS), Zaffari (RS), Apolo (RS), Imec (RS) e Sonda (SP). “Refor-

PONTO EXTRA: quiosque de degustação ofereceu produtos de oito vinícolas participantes

PRATELEIRAS de vinhos brasileiros ganharam sinalização ambientada com a campanha Vinhos do Brasil

çamos a nova imagem da cate-goria Vinhos do Brasil junto aos consumidores nos pontos de ven-das dos produtos, justamente na melhor época de comercializaçãopara o setor”, comentou Bertolini.

O balanço da ação mostrou queforam atingidas 42 mil pessoas pela ação, com 2.511 garrafas degusta-das de oito vinícolas que participa-ram da iniciativa coletiva pioneira – Aliança, Aurora, Domno, Gari-

baldi, Miolo, Mioranza, Perini e Salton. “Atingimos o objetivo de despertar no público a curiosidade sobre o os vinhos brasileiros, agre-gando valor ao produto nacional e educando o consumidor”, co-memorou Bertolini. “Tivemos um produto comercializado para cada 24 degustações realizadas”, infor-mou.

ProjetoA estratégia consistiu em gerar

atratividade para o Ponto Natural da categoria de vinhos nos super-mercados, criando uma sinalização diferenciada da categoria de vi-nhos, identifi cando e valorizando os produtos brasileiros. Neste mes-mo ponto de venda, responsável pela comercialização de duas entre três garrafas de vinhos brasileiros no ano passado, foram colocados Pontos Extras (quiosques de de-gustação), suscitando curiosidade e abrindo um canal de informação e relacionamento com os consumi-dores sobre os vinhos brasileiros.

Fotos: Orestes de Andrade Jr.

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O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) criou, no dia 26 de agosto, o Grupo Técnico de Planejamento Tributário do setor vitivinícola bra-sileiro. A iniciativa faz parte das cinco metas estabelecidas pelo pre-sidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Júlio Fante, ao tomar posse do cargo no início do ano. Segundo ele, o objetivo do GT é “dar maior competitividade ao setor vitivinícola brasileiro por meio do aperfeiçoamento do sistema tributá-rio nacional”. Atualmente, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o vinho brasileiro carrega em seu preço 54,73% de tributos.

“O primeiro passo será fazer uma ampla radiografi a da estrutura tributária brasileira incidente sobre a cadeia produtiva da uva e do vi-nho”, afi rmou Júlio Fante, na pri-meira reunião de trabalho do gru-po, ocorrida em Caxias do Sul, na sede do Laboratório de Referência Enológica (Laren). Ele estima que este diagnóstico seja concluído até

DIAGNÓSTICO vai determinar estratégia a ser seguida pelo GT formado por Ibravin, Agavi, Uvibra e ABE

o fi nal do ano. “É um assunto mui-to complexo, que envolve várias questões”, explicou. “Hoje, temos estados que isentam os produtores, outros que dão incentivo a toda in-dústria e ainda alguns que privile-giam a importação”, observou o presidente do Ibravin. “Queremos aumentar a performance da nossa indústria como um todo”, destacou.

Depois de realizado o diagnósti-co é que será feito um planejamento estratégico de ações. “O vinho, re-conhecido com um complemento alimentar saudável para as pessoas, possui hoje uma carga tributária igual

ou superior a produtos considerados supérfl uos. Isso precisa mudar”, argu-mentou Fante. “É inadmissível que o vinho esteja no topo da lista de pro-dutos que contém mais impostos em seu preço fi nal”. O GT é formado pe-las seguintes entidades: Ibravin (Júlio Fante, que também representa a Aga-vi, Carlos Raimundo Paviani e Kelly Lissandra Bruch); Uvibra (Henrique Benedetti e Danilo Cavagni); ABE (Dario Crespi e Christian Bernardi). Os representantes do Conselho Con-sultivo do Ibravin, Railson Vieira Loures e Luiz Antonio Passarin, tam-bém integram o grupo.

Foto: Gilmar Gomes

Foto: Orestes Andrade Jr.

LUIZ AUGUSTO PETRY, Denis Debiasi, Plínio Manosso, José Werlang e Darci Dani com os produtos apreendidos

A fi scalização estadual ganhou um reforço, já em 2009, para combater a co-mercialização de produtos derivados de uva sem origem defi nida. O Ibravin alugou um caminhão para recolher as embalagens irregula-res no comércio e também providenciou salas para de-positar a mercadoria ilegal

apreendida até decisão fi nal sobre o destino da mesma. “A parceria com o Ibravin nos trouxe agilidade, permitindo a apreensão dos produ-tos clandestinos na hora da fi scaliza-ção”, afi rma o chefe da Divisão de Enologia do DPV, Plínio Manosso.

Em uma ação intensiva realizada de abril a setembro do ano passado, foram encontrados produtos derivados da uva sem origem defi nida em 28% dos estabelecimentos comerciais vis-toriados. Fiscais do Departamento de Produção Animal (DPV) da Secreta-

ria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa) percorreram 295 pontos comer-ciais em cerca de 70 municí-pios gaúchos. Foram emitidos 82 termos de apreensão, sendo recolhidos no comércio 27.122 litros de vinho, 1.568 litros de vinagre e 1.063 litros de suco de uva em vários municípios do Rio Grande do Sul nas re-

giões da Serra, Noroeste, Nordeste e Centro. Além da apreensão dos pro-dutos, que devem ser inutilizados se comprovada a ausência de registro junto ao Mapa, os comerciantes – 76 no total –, podem ser multados em até R$ 20 mil.

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O Laboratório de Referência Enológica (Laren) começou a for-mar um banco de dados nacional do vinho. A responsável pelo projeto, que iniciou em 2009, é a professora Regina Vanderlinde, coordenadora de pesquisa do Laren, mantido pela Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa), em parce-ria com o Instituto Brasileiro do

Veja a distribuição das amostras

Vinho (Ibravin). “O objetivo é for-mar uma memória dos vinhos bra-sileiros produzidos a cada safra em cada uma das principais regiões vi-tivinícolas do país”, explicou.

Para formar este banco de dados nacional, o Laren realizou, na safra passada, 230 microvinifi cações no Rio Grande do Sul e 60 em San-ta Catarina. No segundo semes-tre, ainda colheu 40 amostras no

Vale do São Francisco (reunindo os estados de Pernambuco e Bahia) e de 10 a 20 amostras em São Paulo e Minas Gerais. “Isto nos permitirá uma comparação entre todas as regiões produtoras de uvas e vi-nho no Brasil”, destacou Regina. “Poderemos ainda conhecer mais a fundo as características dos vi-nhos elaborados no nordeste do Brasil”.

REGINA VANDERLINDE realizando análise de vinho no Laren. Trabalho formará uma memória do vinho brasileiro

Foto: Orestes Andrade Jr.

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DIFERENCIAL: possibilidade única de duas safras de uva por ano foi destaque no evento em Petrolina

O 7º Seminário de Vitivinicul-tura da Metade Sul ocorreu nos dias 17, 18 e 19 de julho no Clube Comercial de Bagé (RS). Reuniu especialistas que debateram a situ-ação da vitivinicultura nesta nova fronteira de produção de uvas e a elaboração de vinhos no Brasil. As novas tecnologias foram abordadas em toda a programação do evento.

O evento foi promovido pelo Comitê de Fruticultura da Metade Sul do RS, Embrapa Uva e Vinho, Emater-RS/Ascar, Ibravin, Sebrae, Prefeitura Municipal de Bagé e As-sociação Bageense dos Fruticulto-res.

Os vinhos tropicais estiveram em debate de 26 a 28 de maio, em Petrolina (PE), durante o 2º Sim-pósio Internacional de Vinhos Tropicais. O evento reuniu pes-quisadores, professores, estudantes e empresários ligados à área para debater temas ligados à vitivinicul-tura e à enologia tropical.

Para o pesquisador da Embrapa Giuliano Elias Pereira, o Seminá-rio serviu como ponto de partida para a criação de um Grupo Inter-nacional de especialistas em Viti-vinicultura Tropical. “Esse grupo irá estudar, caracterizar, desenvol-ver, aprimorar e divulgar o poten-cial enológico de uvas viníferas e a qualidade e a tipicidade de vinhos tropicais elaborados no Brasil e no mundo”, comenta.

Entre os palestrantes, o evento teve a participação de especialistas do mundo do vinho, brasileiros e estrangeiros, que debateram desde os fatores climáticos, dos solos, da composição de uvas e vinhos, até a correlação dos vinhos tropicais com a saúde humana.

O evento foi promovido pela Embrapa (Semiárido e Uva e Vi-nho), Vinhovasf, Sebrae e Assi-

tur. Também contou com o aval internacional do Group Of Inter-national Experts of Vitivinicul-tural Systems for Cooperation - GiESCO, International Society

for Horticultural Sciente - ISHS, Chaire Unesco - Culture et Tra-ditions du Vin e da Organização Internacional da Uva e do Vinho - OIV.

Saca-rolhasinformativo

Ano 1 | Nº 1 | Setembro de 2010

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Na apresentação do relatório de investimentos realizados com recur-sos do Fundo de Desenvolvimento da Vitivinicultura do Rio Grande do Sul (Fundovitis), o presidente do Conselho Deliberativo do Ibra-vin, Júlio Fante, disse à governa-dora Yeda Crusius que o apoio e o estímulo do governo do Estado, por meio das secretarias do Desenvol-vimento e Agricultura ao setor, tive-ram um refl exo positivo na compe-titividade das mais de 700 vinícolas em atividade no RS, responsável por 90% da produção brasileira de vinhos e derivados.

De 2007, quando o repasse do Fundovitis foi implantado, até 2009, as vendas – e por consequência o faturamento – das empresas viníco-las no Estado aumentaram 42,7%, saltando de R$ 127,4 milhões em 2007 para R$ 181,8 milhões no ano passado. A arrecadação de ICMS seguiu a mesma tendência, com a mesma alta de 42,7%, pulando de R$ 21,6 milhões em 2007 para R$ 30,9 milhões em 2009. No Brasil, o acréscimo nas vendas do setor vitivinícola em 2009, em relação a 2008, alcançou 23,9% (12% no vinho; 18% nos espumantes; e 27,5% no suco de uva). “É um resultado extraordinário, pois são mais de 20 mil famílias ligadas ao setor”, argumentou Fante.

GOVERNADORA Yeda Crusius cumprimenta o presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Júlio Fante

Afora do repasse de recursos via Fundovitis, a Sedai auxilia as viní-colas gaúchas, através do Ibravin, a participarem de feiras nacionais e internacionais. “Para cada real aplicado pelo Estado, o setor inves-tiu mais 79 centavos”, informou o presidente do Ibravin, acrescentan-do que mais de 60% dos recursos oriundos do Fundovitis são direcio-nados para ações de divulgação do vinho gaúcho e brasileiro. “E mais de 70% do total investido em pro-moção é aplicado aqui no Rio Gran-de do Sul”.

Além de realizar campanhas promocionais para os produtos viti-vinícolas e apoiar a participação de empresas em feiras e eventos de di-vulgação comercial, o Ibravin ainda aplica recursos na elaboração dos Cadastros Viticola e Vinícola no

RS, na realização de estudos seto-riais, na manutenção do Laboratório de Referência em Enologia (Laren) e no Programa Visão 2025 - Plane-jamento Estratégico.

O Ibravin é formado pelas se-guintes entidades fundadoras: AGAVI (Associação Gaúcha de Vi-nicultores), FECOVINHO (Federa-ção das Cooperativas Vinícolas do RS), Sindicatos de Trabalhadores Rurais da região da Uva e do Vi-nho, UVIBRA (União Brasileira de Viticultores), GOVERNO DO RS (Secretaria da Agricultura, Pecuá-ria, Pesca e Abas-tecimento), com o acréscimo da ABE (Associação Brasileira de Enologia), SINDIVI-NHO/RS (Sindicato da Indústria do Vinho do Estado do Rio Grande do Sul) e Sindicato Rural de Caxias do Sul.

Foto: Antonio Paz

Page 13: Ano 1 | Nº 1 | Setembro de 2010 · de la Musique e na capital paulista no restaurante Dalva e Dito, do chef Alex Atala. O mais novo objeto de ... transformado em uma peça de de-sign

AO FINAL DO EVENTO, a governadora abriu um espumante com o método sabrage

A governadora Yeda Crusius anun-ciou, no dia 16 de julho, em Caxias do Sul (RS), o envio de um projeto de lei para a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul determinando o aumento de 25% para 50% da arrecadação anual do Fundo de Desenvolvimento da Vitivinicultura do RS (Fundovitis) diretamente para o Insti-tuto Brasileiro do Vinho (Ibravin). A pro-posta deve ser apreciada pelos deputados estaduais ainda este ano, com vigência para 2011.

O anúncio surpreendeu positivamente as lideranças do setor vitivinícola gaú-cho, que convidaram a governadora para uma prestação de contas da aplicação dos recursos recolhidos pelo Ibravin do Fundivitis desde 2007, quando a própria governadora Yeda Crusius sancionou lei autorizando o Instituto a cobrar 25% da taxa do Fundovitis dos empreendimentos vinícolas do Estado.

A decisão da governadora veio após o Ibravin re-velar que a transfe-rência de R$ 6,6 mi-lhões pelo governo estadual ao Institu-to, em 2008 e 2009, por meio do Fun-dovitis, resultou em mais de R$ 20 mi-lhões de retorno em ICMS (Impostos sobre Circulação de Mercadorias eServiços) ao pró-

negócio para o Estado deixar o setor admi-nistrar parte dos recursos recolhidos pelos impostos gerados na cadeia produtiva do vinho”, comentou. “Se tivéssemos mais recursos para aplicar, o setor e o Estado ga-nhariam ainda mais”, destacou.

Na presença de cerca de 300 pessoas no Tulipa Espaço Gourmet, nos Pavi-lhões da Festa da Uva, Fante lembrou que a governadora Yeda Crusius aten-deu a uma reivindicação histórica do se-tor vitivinícola, encaminhando, no início de 2007, um projeto de lei à Assembleia

Legislativa autorizando o repasse de 25% dos recursos do Fundovitis ao Ibravin. O projeto foi aprovado por unanimidade pe-los deputados estaduais. A governadora ainda colocou em dia o repasse atrasado de recursos ao Instituto. “Temos de agra-decer e reconhecer que a governadora

Yeda Crusius deu autonomia ao setor e sempre cumpriu a sua palavra com o Ibravin”, salientou. A governadora dis-se que o resultado anunciado pelo Ibra-vin é uma prova de acerto da sua po-lítica de confi ança nos setores produtivos do RS. “Sempre buscamos dar autonomia e independência para que as próprias en-tidades buscassem o seu crescimento”, falou Yeda Crusius. “Temos certeza que dobrando o recurso disponível para o Ibravin investir no desenvolvimento do setor vitivinícola retornará em mais benefí-cios para a sociedade gaúcha”. Yeda Crusius comemorou o anúncio abrindo um espu-mante pelo método sabrage (com um golpe seco de sabre).

LIDERANÇAS do setor vitivinícola e do governo estadual brindam parceria no evento em Caxias do Sul (RS)

prio Estado.“Para cada real aplicado, o se-tor vitivinícola gerou um retorno de, no mí-nimo, três vezes mais em ICMS do que foi investido pelo Estado”, disse o presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Jú-lio Fante. “Sem dúvida, foi um excelente

Fotos: Antonio Paz

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