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25 Motor de 420 cv integra o modelo e tráz mais força para aplicações severas Caminhão semipesado da Volvo ganha caixa automatizada. Facilidade de uso e conforto estão entre as vantagens Conforto, muito prazer! Profissão Motorista promovido Campanha garante mudança gratuita de categoria de motorista Saúde Revisão gratuita Rodo Rede da Ipiranga, será palco para campanha de saúde Siga Bem Caravana dividida Este ano caravana terá duas equipes viajando para regiões diferentes www.rodoviabrasil.com.br Ano 2 - nº 11 R$ 8,00

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Motor de 420 cv integra o modelo e tráz mais força para aplicações severas

Caminhão semipesado da Volvo ganha caixa automatizada. Facilidade de uso e conforto estão entre as vantagens

Conforto, muito prazer!

ProfissãoMotorista promovidoCampanha garante mudança gratuita de categoria de motorista

SaúdeRevisão gratuitaRodo Rede da Ipiranga, será palco para campanha de saúde

Siga BemCaravana divididaEste ano caravana terá duas equipes viajando para regiões diferentes

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Outro dia, trafegando pelo rodoanel, em São Paulo, me deparei com um caminhão que chamava a atenção pelo capricho da pintura, pela qualidade da amarração da carga, pela customização aplicada por seu proprietário e pela limpeza do bruto. Era realmente algo bonito de ser ver tanto que fiquei alguns minutos seguindo e admirando aquela cena. Mas tinha um pênalti. O dono tinha levantado a traseira com calços de mola, uma alteração que vem provo-cando a maior polêmica. Esse assunto, inclusive, já foi tema do colega Dantas em sua coluna em edições passadas.

Se está dentro ou fora da Lei, se esse ou aquele órgão permite, são argumen-tos fúteis para disfarçar uma situação visivelmente perigosa. Entendo o sen-timento do motorista em querer curtir seu caminhão, em deixar bonito como fazem os donos de automóveis de passeio, de mostrar um pouco do seu espírito rebelde. Mas não podemos esquecer que um caminhão carregado é uma verda-deira força de destruição quando se perde seu controle. Em condições normais,

parar um trucado com sua carga máxima exige um esforço enorme de todo o sistema de freio e a dis-tância percorrida até parar totalmente é uma verda-deira incógnita. E se quem vem atrás não conseguir parar, o estrago será feio.

Essa mudança da característica do caminhão também implica em outras leis da física. O fato de ficar mais alto, por exemplo, reduz o centro de gra-vidade, o que significa que o caminhão fica menos

estável e mais propenso ao tombamento. Com isso, a dirigibilidade também fica comprometida, pois o motorista não consegue ter a mesma eficiência em mano-bras com uma carga alta sobre os ombros. Se ampliar esse grau para manobras inesperadas ou de emergência, com certeza o motorista vai perder o caminhão. E com a alteração das forças que atuam sobre a carga, a maior parte do peso ficará concentrada no eixo dianteiro em caso de freadas bruscas. E tudo isso só para ter um visual mais agressivo? Acho que existem outras maneiras de mostrar o espírito rebelde.

Um forte abraço

André GomideEditor

[email protected]

Rebelde sem causa!

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Ano 2 - nº 11 - Março/AbrilS i t e : w w w . r o d o v i a b r a s i l . c o m . b r

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DiretorAngelo Lastri Neto

Editor/Redação - Jornalista ResponsávelAndré Gomide, MTb Nº 17.188 [email protected] e textosHp Press ComunicaçãoRua Marina, 825 – B. CampestreCEP 09070-510 - Santo André – SPFone: 4421-3993ComercialAngelo Lastri Neto [email protected]

Editor de Arte - Selo PressMarcelo Lima, MTb Nº 22.126 [email protected]ção/Assinaturas/DistribuiçãoSandra M. Correa Rocha Lastri [email protected]ídicoCarla Lastri [email protected]çãoCamila Lastri [email protected]çoRua Maranhão, 45Sl 134 - Sto. Antônio09541-000, São Caetano do Sul - SP Fone: 11 4221.4784ImpressãoPremier Artes Gráficas

Periodicidade - Bimestral

Edição nº 11, Março/Abril - 2014Circulação - AbrilTiragem - 100.000 exemplares

Auditoria - MT Auditores independentes. Rodovia Brasil é uma publicação da ALN Mídia e é proibida a reprodução total ou parcial de matérias sem autorização seja qual for o canal de divulgação impresso ou digital. As matérias são de responsabilidade dos autores e não representam, necessariamente, a opinião da revista.

SEÇÕES

NotasAs principais notícias do setor também lidas em nosso site^̂6

MATÉRIAS

IndústriaCummins fecha 2013 com o mesmo desempenho do ano anterior, mas mantém plano de investimento^̂12

ProfissãoMontadoras mexem em seus quadros de executivos em busca de melhores resultadas em vendas^̂14

CompetiçãoFórmula Truck vive momento de recordes na etapa de Curitiba em 18 anos de história e 195 corridas realizadas^̂18

Conversa de CaminhoneiroDantas comenta sobre a falta de motoristas profissionais e as empresas que estão importante mão de obra^̂20

CaminhoneiroCaravana Siga Bem está com novo formato onde duas equipes vão percorrer regiões diferentes simultaneamente^̂26

LançamentoVolvo VM ganha caixa automatizada e a expectativa é que a nova opção represente 50% das vendas do modelo^̂22

Motoristas Para suprir falta de motorista profissional, Sest Senat vai financiar mudança de categoria da habilitação^̂11

CompetiçãoMelhor Motorista de Caminhão do Brasil, promovido pela Scania chega à sua 5ª edição. Último campeão foi Vinicius de Moraes^̂28

LegislaçãoSegundo CONTRAN, todo motorista que trabalha com carga indivisível agora tem que fazer um curso de qualificação^̂30

SaúdeIpiranga cria programa de assistência aos motoristas nas estradas e espera atender 50 mil só este ano. Caminhoneiro é principal foco^̂16

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Fábrica e Rede

A marca chinesa Foton Aumark do Brasil deu um passo importante para sua permanência no País. Depois dos altos e baixos, os empresários que controlam o negócio por aqui reuniu a imprensa para mostrar o local onde será erguida a sua fábrica brasileira na cidade Guaíba, RS. Outra notícia é que a marca realizou sua primeira convenção da rede de concessionárias. No total a Foton já contabiliza 24 con-cessionárias distribuídas em pontos estratégicos do País, sendo 18 em operação e outras seis unidades em processo de nomeação. A maior presença da marca é no Estado de São Paulo, com concessionárias nas cidades de Guarulhos, São José dos Campos, Várzea Paulista e três unidades na capital. As demais concessionárias estão localizadas nas cidades de Belo Horizonte, Uberlândia, Maceió, Recife, Ba-cabal, Belém, Natal, Goiânia, Cuiabá, Rio de Janeiro, Mafra, Florianópolis, Santa Cruz do Sul, Novo Hamburgo, Nova Prata e Caxias.

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Coopercarga cresce

A operadora logística Coopergarga está investindo R$ 2 milhões na verticalização do centro logístico localizado em Itupeva (SP). Com essa nova obra, o armazém terá sua capacidade elevada de cinco mil posições paletes para 22 mil. Além disso, a verticalização visa benefícios para os clientes, como agilidade na operação e maior controle dos produtos a partir da otimização de espaço. Ao longo do ano serão investidos aproximadamente R$35 milhões na área de armazenagem, buscando um crescimento de 100% no negócio, diz Renata Molina, gerente corporativa de armazenagem da Coopercarga.

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Bridgestone lança Guia Rodoviário

Em tempos de GPS e suas múltiplas utilidades, um Guia Rodoviário parece coisa da caverna. Pois ainda assim a marca Bridgestone Bandag resolveu patrocinar e dar sua cara ao Guia que leva a marca da revista Quatro Rodas. E avisa: o livrão com 450 km de estradas das estradas de todas as regiões do Brasil, além de dados sobre rodovias da Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai é voltado ao caminhoneiro. Segundo a empresa trata-se de um instrumento de fácil utilização além de indicar pedá-gios e serviços, trechos mais precários e perigosos e a relação das entidades administradoras das rodovias brasi-leiras. O guia, cujo valor é R$ 32,99, não será vendido. Ele será distribuído gratuitamente pela Bridgestone nos eventos voltados para este público.

INTERNATIONAL® vai à feira

Os resultados do setor agrícola motivou a INTERNATIONAL® Caminhões a participar em duas feiras do segmento: a Show Safra, em Lucas do Rio Verde/MT, e a FEMEC – Feira do Agronegócio do Estado de Minas Gerais. A marca aproveitou os eventos para reforçar ao público con-sumidor que os veículos vendidos pela marca são produzidos no Brasil. Os destaques foram o 9800i 6x4 UltraShift e o DuraStar, implementado com oficina móvel. Produzido nas versões 4x2, 6x2 e 6x4, o modelo conta com 100% de taxas Finame, assim como o 9800i (6x2 e 6x4). A versão automatizada, Eaton Ultrashift Plus, é o único no mercado nacional que oferece 18 marchas.

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Firestone de cara nova

A Bridgestone, detentora da marca Firestone, esta lançando um novo pneu para caminhões e ônibus: o Firestone FS400 II, um pneu radial sem câmara para todas as posições. O produto possui, segundo a fá-brica, excelente desempenho quilométrico, ombros arredondados, que minimizam o desgaste irregular por arraste lateral. Essa característica confere ao pneu alto potencial para aplicação em carretas. Desenvolvi-do para eixos direcionais, livre e de tração moderada, o FS400 II possui excelente índice de recapabilidade. O modelo está disponível na medida 275/80R22.5 e vem com o Groove Fence, tecnologia que possibilita a redução de ruído.

L200 para poucos

Para comemorar os 20 anos do seu campeonato de rali de regularidade, a Mitsubishi criou uma série especial da picape L200 Triton Savana, com apenas 200 unidades. A picape tem um visual arrojado e vem com item de exclusivos. Os modelos, por exemplo, serão numerados e identificados de 1 a 200 com uma plaqueta “Limited Edition” no painel do veículo. A picape vem com rodas de liga leve na cor grafite, bordado “Savana” na cor do carro nas sobrecapas de Neoprene, emblema de 20 anos do Mitsubishi Motorsports na traseira e lateral, adesivos especiais nas portas traseiras e capô, além da cor bege Jizan, criada especialmente para o modelo. O valor do modelo é de R$ 118.990,00.

Na Índia

Cerca de um mês depois de lançar a pedra fundamental da fábrica de ônibus, a Daimler Índia Commercial Vehicles (DICV) anuncia outra novidade. Sua subsidiária da Daimler AG ultrapassou o marco de 10.000 caminhões BharatBenz vendidos na Índia desde sua chegada ao mercado em setembro de 2012. Com 2.200 caminhões vendidos no primeiro trimestre de 2014, a marca mais jovem do portfólio da Daimler Trucks obteve crescimento de 67% em relação ao mesmo período de 2013. O êxito de vendas da Bha-ratBenz é ainda mais notável quando se considera o desenvolvimento do mercado indiano de veículos acima de 6 toneladas de PBT, que diminuiu cerca de 20% nos primeiros três meses deste ano.

Na China à Índia

Daimler acaba de alcançar a produção de 150 mil caminhões da marca Auman, na China. O modelo saiu da linha de montagem da Beijing Foton Daimler Automotive (BFDA). Desde o primeiro caminhão da marca Auman fabricado pela joint venture na planta de Beijing, em julho de 2012, a empresa já melhorou sua posição no maior mercado mundial de caminhões. Em 2013, a BFDA vendeu cerca de 103.300 unidades, o que equivale a uma taxa de crescimento ano a ano de 34%, o maior registrado entre as cinco principais fabricantes de caminhões médios e pesados da China.

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Volkswagen vai ao CEASA

Buscando atingir novos públicos a Volkswagen criou o Circuito CEASA, cujo primeiro evento foi na cidade de Curitiba. O objetivo é criar uma linha de relacionamento com este segmento de transporte e será repetido durante o primeiro semestre nas Centrais Estaduais de Abastecimento espalhadas pelo país. Uma carreta-estande aco-plada a um caminhão Volkswagen estará presente nas seis etapas do

evento onde representantes da área de Vendas e da rede de concessio-nárias farão um atendimento personalizado a produtores, distribuidores, transportadores, atacadistas e varejistas. Serão três dias de programação seguindo a agenda de cada local. Além da capital paranaense, o Circuito CEASA da MAN Latin America estará em Porto Alegre (RS), Ribeirão Preto (SP), Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), e por último no CEASA localiza-do na cidade do Rio de Janeiro (RJ). As centrais de abastecimento são lugares estratégicos por onde passam 60% de toda produção nacional de frutas e hortaliças e movimentam a economia nacional.

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Vitória da Rodovia Brasil

Tem hora de trabalhar e hora para descansar. Depois de cumprir com de a agenda de lançamento do Volvo VM com caixa automatizada, a montadora promoveu entre os jornalistas convidados de todo o Brasil que cobrem o setor de transportes e funcionários da Volvo uma corrida de kart no Kartódromo Beto Carreiro, em Santa Catariana. A prova foi disputada em duas baterias e a Revista Rodovia Brasil, representada pelo editor André Gomide, venceu as duas sagrando-se campeão da competição. Depois do momento de lazer, e da vitória, de volta ao trabalho para fechar mais uma edição da mais jovem publicação editorial dirigida aos caminhoneiros. Na foto, André Gomide (E) e Francisco Mendonça, gerente de caminhões VM do Grupo Volvo América Latina.

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Evolução gratuita de categoria Para suprir falta de motorista

profissional, Sest Senat assina projeto para financiar a mudança de categoria da habilitação de 50 mil motoristas

A falta de motoristas profissio-nais (tema da colua na do Dantas), tem assustado empresas e órgãos do setor de transportes e todos já começam a buscar soluções. O Sest Senat, órgão ligado a ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres, encaminhou um projeto que busca suprir a falta de profis-sionais no mercado de trabalho do setor transportes. O projeto, batiza-do de Habilitação Profissional para o Transporte – Inserção de Novos Motoristas vai fornecer de forma gratuita a mudança de categoria de habilitação para 50 mil motoristas, da categoria B para C e da categoria C para D ou E.

Os interessados precisam ter de 21 a 45 anos de idade além de terem de cumprir alguns pré-requi-sitos, como renda familiar de até três salários mínimos, participar dos cursos de formação de novos motoristas oferecidos pelas mais de cem unidades do Sest Senat e assi-nar um termo de compromisso que irá trabalhar no setor de transporte. No treinamento, serão utilizados

simuladores de direção de última geração. O projeto também prevê o custeio de todos os procedimentos necessários para a obtenção da mu-dança de categoria.

Segundo empresas de pesquisa, o Brasil tem carência de 130 mil motoristas profissional, número que tende a crescer. Pra selecionar os beneficiários Sest Senat utilizará as suas unidades de atendimento, as fe-derações, os sindicatos e as empresas de transporte rodoviário de cargas e de passageiros. As inscrições podem ser feitas pelo site do Sest Senat. Ou-tros detalhes podem ser obtidos pelo telefone 0800 728 2891.

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bilhões e em 2012, com US$ 17,3 bilhões. Em relação ao volume de produção de motores a Cummins no Brasil elevou de 58.739 unida-des em 2012 para 69.722 motores fabricados em 2013, ou seja, um crescimento de 18,6%. Só de ca-minhões foram 50.289 unidades produzidas.

Segundo Luis Pasquotto, pre-sidente da empresa no Brasil, a Cummins decidiu, no ano pas-sado, investir US$ 14 milhões até 2015, e tem entre suas metas o início da produção do motor ISF em sua fábrica, localizada em Guarulhos (SP), a partir do último trimestre deste ano. Isso se deve ao maior alinhamento às regras dos programas Inovar-Auto

e Finame. Os motores ISF 2.8 e 3.8, que atualmente são importados da China e finalizados no País, ganharão assim maior conteúdo local para possibilitar que os clientes da empresa obtenham os benefícios oferecidos pelo índice de nacionalização.

Ao atender aos segmentos de ônibus, comerciais leves e caminhões leves e semi-leves, a Cummins visualiza para a família ISF um mercado com potencial de produção no Brasil de mais de 50 mil motores, para cada um dos modelos. Na estratégia da empresa, o início da produção do ISF 3.8 está previsto para o final de 2014, já a versão 2.8 deve ser introduzida na linha de montagem a par-tir de outubro de 2015. A estimativa é ter um volume total já no primeiro ano de 22.500 unidades para o ISF 3.8.

não tirou o entusiasmo da empresa no que se refere ao Brasil. Os planos de expansão continuam em andamento, como a fabri-cação local dos motores ISF 2.8 e 3.8 na fábrica de Guarulhos.

Segundo a empresa, apesar das adver-sidades macroeconômicas, 2013 foi o ter-ceiro melhor ano da história da Cummins Inc. O melhor foi o de 2011, com US$ 18

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Filme repetidoA instabilidade do mercado internacional prejudicou o desempenho da Cummins, cujo resultado ficou empatado com o de 2012

O ano de 2013 para a Cummins foi o mesmo que ver um filme repe-tido. Ao fechar as contas, a empresa somou um faturamento bruto global de US$ 17,3 bilhões, cifra idêntica à de 2012. Na America Latina, o nú-mero também repetiu o mesmo do ano fiscal anterior com 1,6 bilhão de dólares. Mas esse resultado morno

n O início da produção do ISF 3.8 NO Brasil está previsto para

o final de 2014, e a versão 2.8 (ao lado) em outubro de 2015.

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O mercado de caminhões do Bra-sil está ganhando um status cada vez mais importante no cenário mundial e as montadoras, para se manterem competitivas, estão dando tacadas ousadas, seja na linha de produtos seja na hora de montar o time de vendas. Este ano, depois dos recordes registrados no ano passado, era espe-rado que a dança das cadeiras fosse agitada. Vender caminhão, seja novo ou usado, exige gente especializada, que saiba dar informações corretas e, acima de tudo, que tenha soluções para atender de forma plena as neces-sidades de quem esta comprando.

E resultado positivo é algo que só se consegue ter se a empresa tiver em seu quadro de funcionários pro-fissionais que fazem a diferença. E foi seguindo esse pensamento que o presidente da Mercedes-Benz, o ale-

Em busca de talentos

Montadoras estão contratando executivos de larga experiência para se tornarem mais competitivas. Roberto Leoncini troca Scania pela Mercedes.

Texto: André Gomide

n Para preencher a vaga de Roberto Leoncini (D), a Scania trouxe da Europa o sueco

Mathias Carlbaum, um executivo experienteque já teve passagens pela filial brasileira.

mão Philipp Schiemer, fez a contratação mais ousada da temporada. A montado-ra anunciou como novo vice-presidente de vendas de marketing nada menos do que o ex-diretor geral da Scania, Roberto Leoncini. Normalmente estes postos altos dentro das multinacionais são ocupados por executivos carreiristas formados nas matrizes.

Com 26 anos vividos dentro da Scania, Leoncini liderou um time que nos dois últimos anos fez a Scania crescer muito em vendas. O ápice foi o recorde histórico do ano passado, quando a companhia sueca vendeu nada menos do que 20.824 unidades no geral, seu melhor resultado desde que se instalou no Brasil, em 1957. Com esse desempenho, a Scania ficou com 32% do segmento dos pesados que fechou o ano com um total de 57.885 caminhões vendidos. E sabe onde a Mercedes ficou neste segmento? Bem atrás, com menos da metade das vendas da Scania. Não que a Mercedes tenha fechado o ano com resultado ruim, pois no geral ficou batendo no calcanhar da Volkswagen. Mas nos pesados a marca alemã está devendo um desempenho mais convin-cente e à altura do seu porte. E a saída foi trazer um executivo que sabe tudo sobre vender caminhões pesados.

Para preencher a vaga de Leoncini, a Scania trouxe da Europa o sueco Mathias Carlbaum, um executivo experiente que já teve passagens pela filial brasileira. Fluente em inglês, espanhol e português, ele esteve pela última vez no Brasil em 2005, época como diretor de Vendas & Marketing de Caminhões & Ônibus

para a América Latina. Agora volta como novo vice-presidente de vendas e marketing para comandar a operação comercial do Brasil. “Voltar ao Brasil é um grande e gratificante desafio por ser o principal mercado para a Scania em todo o mundo”, comenta Carlbaum.

Outra alteração importante acon-teceu na DAF Caminhões, marca que acaba de iniciar suas operações no País. Contratado para comandar o negócio por aqui, o brasileiro Luiz Antonio de Luca está deixando a empresa onde ocupava recentemente o cargo de diretor industrial. De Luca deixa a montadora no momento em que chega um grupo de executivo da matriz para dar andamento no negócio. Outra montadora que está reforçando seu time com executivos brasileiros é a Foton, que acaba de lança a pedra fundamental para sua fábrica na cidade de Guaíba, RS. An-tonio Dadalti, ex VW e Iveco, chega para comandar o negócio e será um grande reforço na expansão da rede.

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A vida do caminheiro seria bem mais difícil não fosse a participa-ção das empresas petrolíferas que apoiam campanhas voltadas para o bem estar dos motoristas. Uma delas existe há sete anos e é toda bancada pela marca Ipiranga, com apoio do Ministério da Saúde. En-tão, o negócio é parar e aproveitar a oportunidade para ver como anda a saúde. Ao todo, e torno de 50 mil motoristas serão atendias por este programa, a maioria deles, acredita a Ipiranga, de caminhoneiros.

O principal objetivo da Campa-nha Saúde na Estrada, realizada anualmente pela Ipiranga nos Postos Rodo Rede, é justamente contribuir para o bem-estar e a saúde dos motoristas que trafegam diariamente pelas rodovias do país. Este ano, a iniciativa com-

pleta sete anos e passará por 100 postos em diferentes estados e regiões do país. O serviço oferece gratuitamente exames como teste de glicemia, pressão arterial, acuidade visual, cálculo do IMC (Índice de Massa Corpórea) e vacinas.

A campanha percorrerá os estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Ma-ranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará,

Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocan-tins. “O principal público desta campanha é o caminhoneiro pois em geral eles têm pouco tempo, às vezes quase nenhum, para cuidar da saúde”, afirma Flávio Dantas, diretor comercial da Ipiranga. “No entanto, é uma profissão que demanda atenção e cuidados tanto pelo estresse e pela rotina pesada que enfrentam diariamente como também pelo sedentarismo, já que poucos se exercitam ao longo do dia”, acrescenta.

Desde o ano passado, o projeto passou a contar com um sistema de informação exclusivo que permite o acompanhamento do histórico de atendimento dos participantes, comparando os resultados dos exames com os de campanhas ante-riores. Este sistema possibilita traçar um panorama das condições de saú-de do público da estrada, formado, em sua maioria por caminhoneiros.

Em 2013, a campanha revelou

Saúde de graça na estradaCampanha patrocinada pela rede Ipiranga permite vacinas e exames gratuitos e tem caminhoneiro como principal foco

números importantes sobre a saúde dos motoristas: 8% estavam com as taxas de glicose alteradas; 22% das pessoas atendi-das apresentaram problemas com pressão alta; 14% problemas em alguma das vistas e 73% apresentaram sobrepeso. Desde 2012 o projeto divulga as campanhas do Ministério da Saúde, como a Cartilha do Caminhoneiro, promovendo a saúde e prevenção de doenças.

A Ipiranga também oferece em 100 postos da Rodo Rede a Academia Saúde na Estrada, com o objetivo de incentivar a prática de atividades físicas entre os caminhoneiros. Os equipamentos foram desenvolvidos para ambientes abertos e traz uma série de benefícios como forta-lecimento da musculatura, aumento da capacidade cardiorrespiratória e melhoria na coordenação motora.

n Exames de glicemia mostrou que existem um per-centual de motoristas com taxa elevada de açucar

n Problemas em algumas das vistas registrou 14% dos motoristas avaliados

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A segunda etapa da temporada 2014 Fórmula Truck foi marcada por recordes. Primeiro foi a etapa que reuniu o maior número de inscritos nos 18 anos da história da competição, quando 27 pilotos alinharam seus caminhões para a tomada de tempo. Depois foi a di-ferença de tempo entre o primeiro e o segundo lugar na bandeirada final quando apenas 62 milésimos de segundo separaram o vencedor, Leandro Totti (VW), de Welligton Cirino (Mercedes).

Foi a menor diferença em 195 corridas já realizadas na categoria. É muito menos que um piscar de olhos, o que demonstra que a cate-goria está muito equilibrada e que os pilotos têm que resolver tudo é no braço mesmo. O menor tempo

anterior foi registrado em novembro de 2005, quando Roberval Andrade (Scania) venceu a etapa de Tarumã (RS), com a van-tagem de 0s086 á frente e Cirino.

Esta foi a segunda vitória do paranaense e campeão de 2012 Leandro Totti na tem-porada, pois também venceu a etapa de abertura, realizada em Caruaru e a segunda correndo pela equipe Volkswagen-MAN. O paranaense que já foi mecânico de equipe da Fórmula Truck, acumula 12 vitórias na categoria. Com o resultado de Curitiba abriu larga vantagem na classificação do campeonato sobre Geraldo Piquet (4º em Curitiba). Ele tem 61 pontos contra 33 de Piquet. Wellington Cirino, que não vem acumulando bons resultados, esta conten-te com o desempenho do seu Mercedes e festejou a quase vitória em Curitiba. Ele aparece em terceiro na classificação geral.

A prova de Curitiba teve vários acidentes o que provocou a entrada do carro de segu-rança várias vezes na pista, o que acabou prejudicando a corrida. Mas enquanto

esteve valendo as disputadas nas diferentes posições sempre foram acirradas, o que garante bom espetáculo para os torcedores. O pódio foi completado por Felipe Giaffone, que largou na primeira posição mas não conseguiu su-portar a pressão dos adversários e chegou em terceiro. O campeão do ano passado, Beto Monteiro (Ive-co), não conseguiu ainda acertar seu caminhão e vem obtendo re-sultados pouco expressivos neste temporada.

A próxima etapa da Fórmula

Truck será em São Paulo, dia 18 de maio no Autódromo de Interlagos com largada prevista para as 14h00 e transmissão pela BAND. Essa etapa também contará pon-tos o campeonato Sul-Americano.

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Por um piscar de olhosVitória de Leandro Totti em Curitiba foi a menor diferença de tempo em toda a história de 18 anos da competição.

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n Etapa de Curitiba teve recorde de inscritos com 27 pilotos. Ao lado Totti

comemora sua 16 vitória na Fórmula Truck.

Texto: Agência Hp PressFotos: Divulgação

n Nada menos que 62 milésimos de segundo se-pararam Leandro Totti de Welligton Cirino, o menor tempo em 195 corridas disputadas da F Truck.

Classificação na etapa de Curitiba1º) Leandro Totti (PR/Volkswagen-MAN), RM Competições, 1h00min12s5742º) Wellington Cirino (PR/Mercedes-Benz), ABF-Santos, a 0s0623º) Felipe Giaffone (SP/ MAN), RM Competições, a 0s8064º) Geraldo Piquet (DF/Mercedes-Benz), ABF-Santos, a 3s8295º) Diogo Pachenki (PR/Volvo), Copacol Clay Truck Racing, a 4s7766º) Danilo Dirani (SP/Scania), Ticket Car Corinthians Motorsport, a 5s5217º) Beto Monteiro (PE/Iveco), Scuderia Iveco, a 5s9978º) Fabiano Brito (PR/Volvo), ABF Motorsport, a 6s8569º) André Marques (SP/Volkswagen-MAN), RM Competições, a 7s35410º) Luiz Lopes (SP/Iveco), Lucar Motorsports, a 9s700

Classificação da temporada de 20141º) Totti, 61 pontos; 2º) Piquet, 33; 3º) Cirino, 29; 4º) Andrade e Giaffone, 25; 6º) Dirani, 22; 7º) Monteiro, 18; 8º) Salustiano e Brito, 15; 10º) Pachenki, 12

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Plano + motoristas!

correr grandes distâncias, e terá de estar apto a lidar com grandes diferenças regionais no que diz respeito a costumes, expressões, palavras, clima e alimentos.

Além disso, não acredito haver profissionais em número suficiente na Colômbia para atender a nossa necessidade neste momento, e tenho certeza que quanto mais o tempo passar, maior será a necessidade.

Conheço um bom número de jovens que ainda cultivam o so-nho de serem caminhoneiros, já estão com suas habilitações em suas mãos, mas não conseguem oportunidade em nenhuma empresa, já que a exigência de “experiência com registro em carteira” impera no mercado, o que os torna incapazes para iniciar um trabalho.

Algumas empresas de trans-porte estão investindo nestes profissionais e formando seus futuros motoristas, mas o nú-mero destas empresas ainda é baixo. Entendo que as outras empresas de transporte preci-sam ver estes profissionais com carinho, e se arriscarem a tam-bém formarem estes motoristas.

A velha desculpa de “não vou investir para depois dar de mãos beijadas estes motoristas

ao meu concorrente” não vale. Um profissional que foi formado dentro de uma empresa e que é tratado com respeito, conta com benefícios, recebe salário um pouco acima da média, tra-balha com equipamentos novos e não é obrigado a dirigir por um número ex-cessivo de horas dificilmente migrará para outra empresa, já os que não são tratados com respeito, trabalham com equipamentos sucateados, recebem salários aviltantes e precisam traba-lhar horas a fio para tentarem ganhar um pouco mais, esses, na primeira oportunidade vão embora. E burros seriam se não fossem.

Lógico que haverá exceções, um ou outro se sentirá injustiçado e irá embora, mas, pode ter certeza, ele também não ficará muito tempo no concorrente, e trará a ele mais proble-mas do que soluções.

Assim como os médicos cubanos resolverão uma pequena parte do problema, os motoristas colombianos farão o mesmo, e por pouco tempo.

Nosso país precisa de soluções am-plas e por longos prazos, especialmen-te dos empresários do transporte, mas, o Governo também deve fazer sua par-te. Que tal abater dos impostos o que é gasto treinando estes profissionais?

Vejo vocês na próxima edição se Deus permitir, um forte abraço e pro-teção Divina nas estradas.

Na falta de motoristas algumas empresas estão adotando os princípios do plano federal que trouxe médicos de Cuba. Mas a melhor saída seria importar ou formar aqui mesmo no país?

Os números que apontam o déficit de motoristas profissionais no Brasil hoje variam entre 100.000 e 130.000, dependendo da fonte. Isso representa entre 8% a 12% da frota das transpor-tadoras, que para evitarem prejuízos, procuram saídas alternativas para manter seus veículos rodando.

Inspirados no programa federal que importou médicos de Cuba para suprir falta de profissionais, princi-palmente nos locais mais remotos, algumas empresas do Paraná estão importando motoristas da Colômbia.

As primeiras informações dão conta de que estes profissionais estão superando as expectativas, mas fica a pergunta: esta importação de mão de obra resolverá o problema?

Assim como os médicos cubanos, os profissionais oriundos de outros países encontrarão sérios proble-mas aqui no Brasil, como língua, costumes, leis e no caso dos moto-ristas, caminhos.

Mesmo motoristas brasileiros que estão atuando há vários anos nas es-tradas, vez ou outra um se atrapalha em alguma rota nova, mas eles con-tam com a vantagem de falar a mesma língua para pedir ajuda, apesar das diferenças regionais no modo de falar e nas palavras empregadas.

A ideia no caso dos médicos é mantê-los fixos em determinada ci-dade, o que ajudará a fazer com que o profissional aprenda o idioma, se adapte aos costumes regionais em curto espaço de tempo, e conheça a população.

No caso dos motoristas colombia-nos a dificuldade será outra. Como todo caminhoneiro, ele deverá per-

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Texto: André Gomide, de Santa Catarina

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A moleza chega ao VMA Volvo decidiu levar para sua linha de caminhões semipesados a caixa automatizada de 12 marchas. Avaliação dinâmica mostra o quanto é mais fácil e seguro dirigir um caminhão com esse equipamento

Não me canso de dizer que caminhão com caixa de trans-missão automatizada reduz as diferenças entre um motorista craque na direção de um que ainda tropeça nas marchas. Mas essa é apenas uma das vantagens. Ao experimentar o novo caminhão Volvo VM 330 com caixa I-shift, numa pista de competição próxima à cidade de Blumenau (SC), foi possível concluir que com um caminhão desses a vida do motorista é uma moleza. Bem, pelo menos na hora de dirigir. A caixa faz tudo sozinha e ainda permite que, caso seja necessário, o motorista possa engatar as marchas confor-me sua conveniência.

Até o preço, que no passado era um enorme problema, já não é mais um grande empecilho. Tudo bem que os caminhões VM da Volvo não são nenhum exem-plo de produto barato, aliás são bem salgados, mas a opção entre um caminhão com caixa manual e outro com a nova I-Shift vai pesar apenas R$ 20.000,00 a mais no bolso do comprador. E segundo Francisco Mendonça, gerente da marca para a linha VM, o investimento se paga en-tre oito meses a um ano e meio depois, dependendo da rota. E

Dessa forma consegue se antecipar de possíveis problemas que possam surgir. E no final do dia estará muito mais descansado para a jornada do dia seguinte. Em um trecho como o de Curitiba a São Paulo, o motorista troca entre 400 e 600 vezes a marcha em um caminhão com câmbio mecânico, um esforça que simplesmente desaparece em uma viagem com caminhão equi-pado com caixa automatizada. Agora imagine ao longo do ano.

A caixa adotada na linha VM é exa-tamente a mesma usada pela Volvo no pesado FH, ou seja, está superdimen-sionada o que garante uma vida útil ainda maior no semipesado. Lançada em 2003 no pesado FH, esse sistema teve uma grande resistência no início

caixa. Como o sistema eletrô-nico impede trancos fortes nas saídas, o momento mais crítico para o sistema, a possibilidade de quebra reduz drasticamente. Como reflexo disso, os períodos de manutenção são mais longos e assim o caminhão ganha mais dinheiro pelo simples fato de não estar parado para revisões.

Mas para quem dirige uma das grandes vantagens deter um ca-minhão com caixa automatizada é o fator segurança. Sem ter que se preocupar com as marchas, tempo certo, rotação ideal e outras variáveis, o motorista fica com toda a atenção voltada para a estrada e outras interferências.

para a vida útil de um caminhão esse tempo representa um grão de areia.

A caixa I-shif começa a se pagar primeiro pela economia de diesel que proporciona. O sistema eletrônico gerencia tudo e evita que o motorista cometa abusos ou erros que só levam ao consumo excessivo de combustível.

Essa economia é sistemática e vai acumulando ao longo das viagens. No final do mês, ou do ano, o proprietá-rio percebe que fez um bom dinheiro gastando menos diesel. Outra econo-mia vem da maior durabilidade do sistema de embreagem e da própria

n A caixa I-shift não usa embreagem e o motorista pode selecionar entre fazer os engates automáticos ou manuais. Um outro comanto permite selecionar entre P e E, o que significa mais potência ou mais economia.

n A caixa automatizada da linha VM é exatamente a mesma usada pela no modelo pesado FH, ou seja, está superdimen-sionada o que garante uma vida útil ainda maior.

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e só começou a vender bem a partir de 2006. Hoje, 92% dos caminhões da linha FH saem de fábrica com a caixa I-shift. Mas no VM a Volvo acredita que haverá uma divisão igual entre a automatiza e a mecânica. A transmissão I-Shift está dis-ponível para os seguintes modelos: VM 330cv 4x2 cavalo mecânico; VM 270cv 4x2, 6x2 e 8x2 rígidos; VM 330cv 4x2, 6x2 e 8x2 rígidos; VM 270cv 6x4 e 8x4 rígidos; e VM 330cv 6x4 e 8x4 rígidos.São caminhões que podem ser usados em diferentes tipos de aplicações urba-nas, rodoviárias ou no fora de estrada.

O cérebro eletrônico é o grande dife-rencial. Embora a caixa tenha embrea-gem, não existe pedal e o motorista não precisa fazer nenhum esforço. O máximo que pode fazer é optar pelo modo manu-al onde as trocas são feitas através de um toque na alavanca, mas continuam precisas. O motorista monitora através de um display no painel a marcha que está usando no momento podendo in-terferir com o controle manual. Assim que o caminhão começa a ser carregado, o sistema começa a monitorar o adicio-namento de peso e passa a selecionar a marcha inicial mais adequada e vai ajustando os padrões de mudanças de acordo com as condições de condução e a carga transportada.

20 anos de FHPara comemorar os 20 anos de

comercialização do seu modelo FH no Brasil, a Volvo criou uma edição especial e limitada que vem com vários itens exclusivos e duas pin-turas especiais em branco ou preto. Internamente, o FH 20 anos tem uma série de itens de fábrica como air bag, climatizador de ar, suspensão a ar na cabine, bancos em couro, volante em couro, rádio, CD, MP3, comandos no volante e uma faixa de madeira no painel. O caminhão também possui sensor de chuva, espelho frontal, trava elétrica com controle remoto, lâmpa-das 3 Marias, luz de 5ª roda, anel nas rodas dianteiras e caixa de câmbio eletrônica I-Shift.

O FH foi introduzido no mercado brasileiro no início de 1994, importado da Suécia, e desde então o modelo tem sido um sinônimo de novas tecno-logias. Mas também teve que vencer desafios e barreiras por ser inovador. Todos naquela época temiam os cami-nhões de cabine avançada (cara chata)

e motor eletrônico era um bicho de sete cabeças. Mesmo assim as 400 unidades reservadas para o Brasil foram vendidas em pouco tempo.

Quatro anos depois, começou a ser pro-duzido no Complexo Industrial da Volvo em Curitiba, no Paraná e o motor de 12 li-tros ganhou sempre inovações. A geração de 2003, por exemplo, introduziu o novo motor D12D nas potências de 380cv e 420cv, além da recente opção de um propulsor com 460cv. Outra novidade era a possibilidade de ser equipado com a caixa de câmbio eletrônica I-Shift, a única do setor a não ter pedal de embreagem. Em 2006 o motor sal-tou para 13 litros com potências de 420cv, 460cv, 500cv e 540cv, e caixa I-shift para até 60 toneladas. Em 2012 foi marcado com a chegada da tecnologia Euro 5.

No primeiro ano de vendas no país, em 1994, foram comercializadas 400 unidades do modelo, numero que superou a cota re-servada para o Brasil. No ano passado, o me-lhor desempenho em vendas de caminhões Volvo no Brasil, foram emplacados 12.513 unidades do FH. Mas o volume acumulado em 20 anos já passou das 85 mil unidades.

n A caixa I-shift, disponível agora à toda a linha VM, foi lançada pela Volvo no pesado FH em 2003, mas só começou a vender bem em 2006. Hoje, 92% dos caminhões da linha FH

saem de fábrica com esse equipamento.

n A decisão da Volvo de lançar seu modelo mais sofisticado no Brasil, em 1994, rompeu diversas barreiras. Foi o primeiro caminhão brasileiro com motor eletrônico e anos depois foi também o pioneiro no uso de caixa automatizada.

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A Caravana Siga chega a sua oitava edição com uma grande novidade: em 2014, serão duas Caravanas percorrendo os quatro cantos do Brasil

visitados 25 Estados e o Distrito Federal, e 95 cidades, no período de 9 meses. Se mudou a estrutura, o propósito continua o mesmo que é promover entretenimen-to e educação aos milhares de caminho-neiros e moradores das comunidades por onde a Caravana vai passar.

No trajeto a Caravana Siga Bem 2014 visitará 81 postos da Rede Siga Bem, da Petrobrás, e 24 concessionárias da marca Volvo. A cada ano, crescem os investimentos da Petrobrás no creden-ciamento de mais postos de serviços com a bandeira Siga Bem. Tudo com o objetivo de melhorar a qualidade dos serviços oferecidos ao público.

Da mesma forma a Volvo aproveita o contato com os caminhoneiros para mostrar seus produtos da linha FH, FM e VM além de levar sua mensagem de melhoria continua de seus cami-nhões e ônibus. Todos os modelos da marca, por exemplo, vêm equipados

do problema da exploração e do abuso sexual de crianças e adolescentes.”

Durante as etapas, que vão de abril a dezembro, o caminhoneiro terá uma série de serviços gratuitos tanto para eles como para os familiares como massagem, corte de cabelo, apresenta-ção de peça teatral, shows de dança, coral e orquestra. Terá ainda o Espaço da Saúde onde poderão fazer testes de glicemia, verificar a pressão arterial, tomar vacina, fazer teste rápido de HIV e sífilis, além de outros serviços.

A Caravana Siga Bem 2014 conta-rá com oito carretas especiais onde serão realizados os testes para eleger o “Caminhoneiro do Ano” que levará como prêmio um Volvo FH 460. Para participar é preciso ter habilitação C, D ou E. Em cada parada da Caravana, haverá um espaço destinado aos in-teressados no concurso, no qual eles responderão questões que envolvem mecânica, leis de trânsito, segurança, proteção ao meio ambiente e respon-sabilidade social.

com itens de conforto, segurança e tecnologia de última geração, garantindo maior dirigibilidade, economia e desempenho.

O projeto oferece diversos ser-viços gratuitos, além de atividades de entretenimento, como shows musicais, teatro e distribuição de brindes. As ações incluem ainda palestras dadas pelos parceiros da Caravana: Polícia Rodoviária Fede-ral (PRF), Secretarias Municipais da Saúde, da Educação e do De-senvolvimento Social; Conselhos Tutelares e Delegacias da Mulher.

Este ano outro destaque será a realização de duas peças do musical “A Linda Rosa”, escrita pelo jorna-lista Josemir Medeiros e dirigida por Tito Teijido. Na opinião do diretor, o espetáculo é feito por caminho-neiros para caminhoneiros. “É uma forma de transmitir a real gravidade

n A edição deste ano contará com 16 carretas, 2 ônibus e 4 carros de apoio divididos em duas equipes que percorrerão aproximadamente 35 mil quilômetros de estradas.

Considerada pelos promotores como o maior projeto itinerante das estradas da América Latina, a Caravana Siga Bem já é uma marca conhecida do caminhoneiro e que vem fazendo sucesso por conta da sua proposta de levar responsa-bilidade social e conscientização pelas estradas do Brasil. Este ano, a novidade é que o projeto terá duas equipes viajando por regiões diferentes do País. Enquanto uma equipe sai da capital paulista rumo ao Norte, Nordeste e parte do Centro-oeste, a outra inicia a via-gem de São Paulo rumo às cidades do Sudeste, Sul e outra parte do Centro-oeste.

Com apoio da Petrobras e da Volvo, serão 16 carretas, 2 ônibus e 4 carros de apoio, que percorrerão aproximadamente 35 mil quilô-metros de estradas. No total serão

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n A ministra dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti, prestigiou o lançamento da edição 2014 da caravana Siga Bem caminhoneiro e destacou a importância social do projeto.

Dividir para multiplicar

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Mas o que pega mesmo são as provas de habilidade, onde o candidato tem que cumprir umas manobras espinhosas contra o relógio e sob a saudável pressão de outro concorrente na raia ao lado. E nada de ca-minhãozinho trucado. O desafio é feito com cavalo e carreta de três eixos. O pênalti é que as habilidades exigidas nas compe-tições não tem nada a ver com o dia a dia do motorista e por isso talvez o prêmio não reflita uma realidade muito confiável sobre se o vencedor é o motorista mais habilidoso ou o melhor na condução geral do veículo durante o trabalho. Na última edição, reali-zada há dois anos, os três primeiros classifi-cados eram motoristas autônomos, quando a expectativa da Scania na época era que, dado a maioria dos inscritos, o campeão fosse empregado de alguma empresa.

O número de inscritos também não quer dizer que todos vão participar das seletivas.

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Na sua 5ª edição, a competição Melhor Motorista de Caminhão do Brasil promove o treinamento e apoia a direção segura nas estradas, além de despertar para a valorização do profissional da estrada.

Muito além das habilidades

De dois em dois anos a Scania rea-liza uma competição batizada de Me-lhor Motorista de Caminhão do Brasil (MMCB), nos mesmos moldes do que é realizado na sua matriz na Suécia. E a cada edição o número de inscritos bate novos recordes. Este ano, a ex-pectativa da montadora é chegar aos 50 mil inscritos. Para chegar a esse número a organização recorre às em-presas transportadoras incentivando a participação dos seus motoristas. Além de fazer uma grande festa, o que lhe garante boa divulgação entre as pessoas do setor, a intenção nobre do evento é levar valores de seguran-ça, conscientização sobre os males da prostituição infantil e levar informa-ções sobre como obter uma condução do caminhão de reúna eficiência com a redução de emissão de poluentes.

Ao se inscrever no site (WWW.melhor motorista.com.br) o candidato deve fazer um teste teórico que é obriga-tório respondendo questões que são excludentes. Apenas os que acerta-rem perguntas básicas passam para as fazes seguintes (são quatro no total), como deixa claro o texto explicativo no site. Uma dica: antes de preencher o questionário, o candidato pode cli-car no próprio site no link do livreto que contém todas as respostas. Só os impacientes e distraídos não vão conseguir acertar tudo.

O vencedor da última edição foi o gaúcho Vinicius de Moraes, da cidade de Sertões, que logo ganhou o apeli-do de o poeta das estradas. “Depois do prêmio, e com os treinamentos oferecidos pela Scania, deixei de ser

agressivo no trânsito e me tornei um moto-rista mais consciente, mais pacífico”, disse acrescentando que hoje colabora mais com os outros motoristas, facilitando ultra-passagens, por exemplo. Quando venceu, o autônomo tinha 16 anos de profissão e trabalhava no transporte de alimentos com um R 440 na região Sul.

As inscrições já estão abertas e vão até o dia 27 de julho. Ao fazer sua pré-inscrição, o candidato tem um longo prazo para respon-der as questões que podem ser respondidas por etapas. Então, se tiver dúvida sobre um determinado assunto, pare, pesquise e depois volte ao site para dar a reposta certa. As inscrições também podem ser feitas em pontos credenciados na rede de concessio-nárias Scania, Rede Noma, Rede Bridgesto-ne/Bandag, Rede Graal e unidades do Sest Senat. A lista completa de locais está no site da ação. Mas atenção: só aceitam os moto-ristas com carta de motorista Classe E. Sem choro. Em caso de dúvida, o telefone 0800 772 9822 é a salvação.

As finais regionais serão organizadas de dois de agosto a 16 de novembro, em 14 cidades diferentes e nos fins de semana, com uma prova por dia (sábado e domingo) e um total de 28 motoristas finalistas. Portanto, estarão classificados o primeiro colocado do sábado e o campeão do domingo. Cada desafio regional avaliará os condutores por provas teóricas e práticas (checklist e segu-rança de carga, percurso – direção econômi-ca, manobra e combate a incêndio e resgate). A grande final ocorrerá no período de 4 a 7 de dezembro, em São Paulo.

Texto: Agência HP Press

n Em sua quinta edição, a competição não quer destacar apenas o melhor motorista, mas levar informações como o combate à prostituição infantil.

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n Uma nova lei criada pela CONTRAN determina que para dirigir caminhão no transporte de cargas indivisíveis o deve fazer um curso de especialização, mas nem todos os estados contam com o treinamento.

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A função de dirigir caminhão que transporta carga indivisível era uma consequência da matu-ridade de motorista e não existia nenhuma legislação para essa função. Mas a partir de uma re-solução do Contran - Conselho Nacional de Trânsito, criada no ano passado, todo motorista deve passar por um curso de especialização para conduzir esse tipo de veículo. A nova legislação passou a valer em abril deste ano e a fiscalização já está atuando para verificar se o condutor está devidamente credenciado.

A nova regra também deter-minada que o motorista deve fazer o curso na praça onde tirou sua carteira. E ai começam os problemas, pois nem todos os estados estão preparados para fazer o curso, o que tem gerado uma série contratempos para as empresas que atuam neste setor. O curso pode se feito em unida-des do Sest Senat ou empresas credenciadas pelos estados. Mas não é todo lugar que tem dispo-nibilidade.

No curso, os motoristas rece-bem informações atualizadas sobre as determinações do Código de Trânsito Brasileiro, legislação específica sobre car-ga indivisível, documentação

e simbologia, direção defensiva, noções de primeiros socorros, movimentação da carga, riscos múltiplos e resíduos, entre outras questões.

Os pré-requisitos exigem que o candida-to seja maior de 21 anos, ter habilitação na categoria C ou E, não ter cometido nenhu-ma infração grave ou gravíssima nos últi-mos 12 meses, e nem ter algum tipo de im-pedimento legal, como carteira suspensa ou processo na justiça. O curso prepara os motoristas para que tenham mais controle com a carga e saibam lidar com situações comuns neste tipo de transporte, como os pontos cegos do veículo exige cuidados tanto com as pessoas que transitam nas vias. A carga horária é de 50 horas/aulas, e o valor fica em torno de R$ 200,00.

Nova lei que passou a vigorar em abril exige qualificação do motorista que trabalha com carga indivisível

Carga Indivisível requer qualificação

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