ANO 2, REVISTA Nº 19, SETEMBRO/2016 EDITORIAL · pavorosos, em virtude de sua decisão tocada de...
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1 ANO 2, REVISTA Nº 19, SETEMBRO/2016 EDITORIAL Caros irmãos Nossa Revista deste mês traz de novo nosso irmão Ariovaldo Cesar Jr., presidente do Centro Espirita Eurípedes Barsanulfo, em Araraquara-SP. Ele aceitou tratar de um tema espinhoso: o suicídio sob a visão espirita Plinio J. Marafon Diretor do Centro Espirita Amor e Paz www.ceamorepaz.org.br
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ANO 2, REVISTA Nº 19, SETEMBRO/2016
EDITORIAL CarosirmãosNossaRevistadestemêstrazdenovonossoirmãoAriovaldoCesarJr.,presidentedoCentroEspiritaEurípedesBarsanulfo,emAraraquara-SP.Eleaceitoutratardeumtemaespinhoso:osuicídiosobavisãoespiritaPlinioJ.MarafonDiretordoCentroEspiritaAmorePazwww.ceamorepaz.org.br
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Conhecido orador Espírita chegou tardedanoiteemseuapartamento,depoisdecumprir com suas responsabilidadesnumaCasaEspírita,e foi abordadopeloporteirodoprédioquelhedissequeummorador do prédio queria lhe falar eaparentavaestarnervoso.OtrabalhadorEspírita informou educadamente aoporteiroqueestavacansado,teveumdiaagitado, e que na manhã seguinteprocurariaoreferidohomem,efoideitar-se.Altashorasdanoiteooradoracordoucom sirenes do Corpo de Bombeiros,ligou para a portaria para saber o queestava acontecendo, quando foiinformadoqueaquelemoradorhaviasejogadodo12ºandar.Ficouestarrecidoelembrou-se da liçãoquehaviaestudadonaquela mesma noite com oscompanheiros do Centro, pegou o LivrodosEspíritosnacabeceiradesuacamaeabriunaquestão947:“Ohomemquelutacomanecessidadeequesedeixamorrerde desespero pode ser considerado umsuicida?R-Éumsuicida,masosquelhesãoa causaouquepoderiamimpedi-lo,sãomaisculpadosqueele,eaindulgênciao espera”. Não era bem o caso, pois ohomem não se deixou morrer e simprocurou a morte, mas quem sabe elepoderia ter impedido aquela tragédia, esentiu-se culpado.Não sabiaosmotivosquelevaramohomemasuicidar-se,masnão conseguiu dormir, nem nas váriasnoites seguintes, com muito custoprocurouacalmar-seeorarpeloinfeliz.Oplano espiritual, numa derradeiratentativa, estava buscando impediraquele desfecho, e intuiu o suicida aprocurar quem poderia convencê-lo amudardeideia,masnãofoipossível.Ohomemnãotemodireitodedispordasuaprópriavida,sóDeustemessedireito.
O suicida constata no plano espiritual,surpreso, que não morreu, a vidacontinua,equeagravoumaisaindaseusproblemas. Sua perturbação podeprolongar-seporlongotempo,podeficarligado ao corpo em decomposição,sentindoaaçãodosvermesa devorá-losem poder libertar-se. Quando essesEspíritos são socorridos nos trabalhosmediúnicos descrevem os sofrimentosterríveis que suportam, superiores aosmales que deixaram na Terra. E,normalmente,essatristesituaçãoduraotempo que deveriam permanecerencarnados. Somente a misericórdia deDeuspoderáampará-losepermitirumanovaexistência,queserápiordoquesuaúltima encarnação. No entanto, oresultado do suicídio não é igual para
SUICÍDIOEESPIRITISMO
“Ficou estarrecido e lembrou-
se da lição que havia estudado naquela mesma
noite com os companheiros do Centro, pegou o Livro dos Espíritos na cabeceira de sua
cama e abriu na questão 947: “O homem que luta
com a necessidade e que se deixa morrer de desespero pode ser considerado um suicida? R- É um suicida,
mas os que lhe são a causa ou que poderiam impedi-lo, são mais culpados que ele, e
a indulgência o espera”
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todos, cada caso é um caso,mas todossão iguaisnumacoisa: constatamqueavida não se extinguiu, continua plena eagravadapelocrimeperpetradocontrasipróprio.
No livro O CONSOLADOR, Emmanuelassimseexpressa:“Quais asprimeiras impressões dos quedesencarnamporsuicídio?-Aprimeiradecepçãoqueosaguardaéarealidade da vida que se não extinguecom as transições da morte do corpofísico,vidaessaagravadaportormentospavorosos, em virtude de sua decisãotocadadesupremarebeldia.Detodososdesvios da vida humana, o suicido é,talvez o maior deles pela suacaracterística de falso heroísmo, denegação absoluta da lei do amor e desupremarebeldiaàvontadedeDeus,cujajustiça nunca se fez sentir, junto doshomens,semaluzdamisericórdia.Relativamente ao suicídio é oportunorepetirqueaobradeDeuséadoamoredo bem, de todos os planos da vida, edevemos reconhecer que, se muitos
Espíritos reencarnam com a prova dastentaçõesaosuicídioeaocrime,éporqueesses devem agir como alunos que,havendo perdido uma prova em seucurso, voltam ao estudo da mesma noanoseguinte,atéobteremconhecimentoesuperioridadenamatéria.Muitasalmasefetuam a repetição de um mesmoesforçoe,porvezes,sucumbemnaluta,sem perceberem a necessidade devigilância, sem que possamos, demodoalgum,imputaraDeusofracassodesuasesperanças,porqueaProvidênciaDivinaconcede a todos os seres as mesmas
“No entanto, o resultado do suicídio não é igual para
todos, cada caso é um caso, mas todos são iguais numa
coisa: constatam que a vida não se extinguiu,
continua plena e agravada pelo crime perpetrado
contra si próprio”
“A primeira decepção que os aguarda é a realidade
da vida que se não extingue com as transições da morte do corpo físico, vida essa agravada por tormentos pavorosos, em virtude de
sua decisão tocada de suprema rebeldia. De todos os desvios da vida humana, o suicido é, talvez o maior
deles pela sua característica de falso heroísmo, de negação
absoluta da lei do amor e de suprema rebeldia à vontade de Deus, cuja
justiça nunca se fez sentir, junto dos homens, sem a
luz da misericórdia”
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oportunidades de trabalho e dehabilitação”.AOrganizaçãoMundialdeSaúdeinformaquea cada40 segundosumapessoanomundosesuicida.Oíndiceéaltíssimo.OEspiritismo é um poderoso antídotocontra o suicídio, pois provacientificamentequeamortenãoexiste.Enão só o Espiritismo. O psicólogo Dr.Morris Netherton, em 1967, foi oprecursordatécnicadeTerapiadeVidasPassadasaplicadanotratamentodeseuspacientes. A terapia consiste nofenômeno da retrogocnição oulembrança de vidas passadas.Hoje essemétodoéaplicadoporváriospsiquiatrasepsicólogosemtodoomundo.Ora,seopaciente se lembra de suas vidaspassadas nãomorreu, continuavivo emoutro corpo, exatamente como nosensinaareencarnação.AtualmenteoDr.Brian L. Weiss, titular da cadeira depsiquiatriaemMiami,EUA,possuiváriasobrasque tratamdoassunto traduzidaspara o português. Em quase todos osgrandes centros do Brasil encontram-sepsicólogos e psiquiatras que aplicam atécnica.O psiquiatra norte-americano Dr.RaymondMoody,em1975,emseulivro“Vida Depois da Vida”, best sellermundial, relata casos de pacientes queforamtidoscomomortos,retornaramaocorpoecontaramoquefizeramforadocorpo. O assunto passou a despertarestudos e pesquisas de laboratóriossérios. Em 1982 o Instituto Gallupinformou que aproximadamente 8milhões de norte-americanos tiveram aexperiência de quase morte. Isto é, odiagnósticomédico concluiu pelamortedo corpo físico, e depois de algumashorasopacientevoltouàvidacontandooquetinhavistodoladodelá.Provasegurade que o suicídio não mata ninguém,
somos imortais, o suicida não morre,continuavivonoalém.Compete aos Espíritas, com osconhecimentos que têm, abordar aspessoasqueaparentamestarsofrendo,eperguntar:“possofazeralgumacoisaprateajudar?”.Essaperguntatendeadeixaràvontadeaquelequeprecisadesocorro,e seremos intuídos a ouvir e fazer omelhor.Aregrabásicaénuncaperderaoportunidade de fazer o bem, se o fatocruzou nosso caminho é porque temoscondições de amparar, seja qual for asituação.
“Compete aos Espíritas, com os conhecimentos que têm, abordar as pessoas
que aparentam estar sofrendo, e perguntar:
“posso fazer alguma coisa pra te ajudar? ”. Essa
pergunta tende a deixar à vontade aquele que precisa
de socorro, e seremos intuídos a ouvir e fazer o melhor. A regra básica é
nunca perder a oportunidade de fazer o
bem, se o fato cruzou nosso caminho é porque temos
condições de amparar, seja qual for a situação.”
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DINÂMICAESPÍRITAEditor:PlinioJ.MarafonJornalista–MTbnº9.727/72Diagramação:DeniseeFabianoSoaresdaSilvaMandem-nos artigos para publicarmos.Opiniõessobrearevistaepedidospararecebê-laviae-mail:[email protected]
