ANO XIV Nº 164 DEZEMBRO 2016 AÇÃO PASTORAL DOS ... · ou de uma punição. Etimologicamente, o...

12
TA NA REDE: Quem é esse cara? AÇÃO PASTORAL DOS REDENTORISTAS DE GOIÁS, MATO GROSSO, TOCANTINS E DISTRITO FEDERAL ANO XIV Nº 164 DEZEMBRO 2016 O Pai Eterno é plenamente indulgente” Preparando o Natal PÁGINA 2 PÁGINA 3 EDITORIAL OS MELHORES DO ANO Página 12 PÁGINA 2 Rádio Difusora será a geradora da Rede Pai Eterno “Para mim, a época em que passei pregando as Santas Missões Po- pulares foi o tempo mais empolgante, mais envolvente e que me deixou muita saudade”, diz o Pe. Bariani. Ele completa, no dia 24 de dezembro, 100 anos de vida. Atualmente mora na casa paroquial de Trindade. Completamente lúcido, neste fim de ano lança novo livro de poesias. PÁGINA 7 O missionário Pe. Bariani completa 100 anos O s ouvintes da Rádio Difusora de Goiânia (AM 640) e Vox Patris (FM 95,5) continuam ansiosos pela nova programação prometida no início de novembro. Enquanto isso está sendo apresentada uma cativante seleção mu- sical. É próprio da emissora uma liga- ção muito familiar e amiga com seus Brandolize locutores, por isso a curiosidade au- menta: Quando a Difusora voltará com sua programação? A nova programação está prevista para entrar no ar antes do Natal. Ainda será em caráter de teste porque muitos ajustes deverão ser feitos até a Páscoa, quando se espera inaugurar os novos estúdios e suas múltiplas plataformas, inclusive uma web-rádio alternativa, que poderá ser sintonizada a partir de diversos portais. Vale a pena esperar. Vem aí uma nova rádio: “Difusora Goiânia AM 640/ FM 95,5 geradora da Rede Pai Eterno: nossa missão é evangelizar”. PÁGINA 5 Pe. Robson de Oliveira, Superior Provincial e diretor da AFIPE, e o Pe. Paulo Cézar, diretor da Rádio Difusora, numa conversa descon- traída com os radiouvintes, na Festa de Trindade AFIPE Superior Geral reeleito No dia 9 de novembro Pe. Michael Brehl foi reeleito como Superior Geral da Congregação dos Missio- nários Redentoristas. Ele obteve 92 votos de 101 vo- tos dos capitulares, que participaram do XXV Ca- pítulo Geral, em Pattaya, na Tailândia. PÁGINA 11 Crianças e o Natal de Jesus PÁGINA 11 Reprodução

Transcript of ANO XIV Nº 164 DEZEMBRO 2016 AÇÃO PASTORAL DOS ... · ou de uma punição. Etimologicamente, o...

Page 1: ANO XIV Nº 164 DEZEMBRO 2016 AÇÃO PASTORAL DOS ... · ou de uma punição. Etimologicamente, o termo indulgência se originou a partir do latim in-dulgentia, que signifi ca “bondade”,

TA NA REDE:Quem éesse cara?

AÇÃO PASTORAL DOS REDENTORISTAS DE GOIÁS, MATO GROSSO, TOCANTINS E DISTRITO FEDERALANO XIV Nº 164DEZEMBRO 2016

O Pai Eterno é plenamente indulgente”

Preparando o Natal

PÁGINA 2

PÁGINA 3

EDITORIAL

OS MELHORES DO ANO Página 12

PÁGINA 2

Rádio Difusora será a geradora da Rede Pai Eterno

“Para mim, a época em que passei pregando as Santas Missões Po-pulares foi o tempo mais empolgante, mais envolvente e que me deixou muita saudade”, diz o Pe. Bariani. Ele completa, no dia 24 de dezembro, 100 anos de vida. Atualmente mora na casa paroquial de Trindade. Completamente lúcido, neste fi m de ano lança novo livro de poesias. PÁGINA 7

O missionário Pe. Bariani completa 100 anos

Os ouvintes da Rádio Difusora de Goiânia (AM 640) e Vox Patris (FM

95,5) continuam ansiosos pela nova programação prometida no início de novembro. Enquanto isso está sendo apresentada uma cativante seleção mu-sical. É próprio da emissora uma liga-ção muito familiar e amiga com seus

Bra

ndol

ize

locutores, por isso a curiosidade au-menta: Quando a Difusora voltará com sua programação?

A nova programação está prevista para entrar no ar antes do Natal. Ainda será em caráter de teste porque muitos ajustes deverão ser feitos até a Páscoa, quando se espera inaugurar os novos

estúdios e suas múltiplas plataformas, inclusive uma web-rádio alternativa, que poderá ser sintonizada a partir de diversos portais.

Vale a pena esperar. Vem aí uma nova rádio: “Difusora Goiânia AM 640/ FM 95,5 geradora da Rede Pai Eterno: nossa missão é evangelizar”. PÁGINA 5

Pe. Robson de Oliveira, Superior Provincial e diretor da AFIPE, e o Pe. Paulo Cézar, diretor da Rádio Difusora, numa conversa descon-traída com os radiouvintes, na Festa de Trindade

AFIP

E

Superior Geral reeleito No dia 9 de novembro Pe. Michael Brehl foi reeleito como Superior Geral da Congregação dos Missio-nários Redentoristas. Ele obteve 92 votos de 101 vo-tos dos capitulares, que participaram do XXV Ca-pítulo Geral, em Pattaya, na Tailândia. PÁGINA 11

Crianças e oNatal de Jesus

PÁGINA 11

Reprodução

Page 2: ANO XIV Nº 164 DEZEMBRO 2016 AÇÃO PASTORAL DOS ... · ou de uma punição. Etimologicamente, o termo indulgência se originou a partir do latim in-dulgentia, que signifi ca “bondade”,

2 Goiâniadezembro 2016

O Pai Eterno é ple-namente indulgente

EDITORIAL

Pe. Maurício Brandolize, C.Ss.R.

O Papa Francisco encerrou o Ano Santo da Misericórdia propondo perdão e carida-

de. E foi gratifi cante ouvir dele: “Ainda que se feche a porta santa, permanece sempre escancarada a verdadeira porta da misericórdia, que é o coração de Cristo”. E também: “Este Ano Santo nos convidou a redescobrir o centro da vida cristã, a retornar ao essencial, que é a misericórdia”.

No contexto do Ano Santo e de datas ex-traordinárias da vida da Igreja, sempre se fala de “indulgência plenária”. Trata-se de um cos-tume histórico aplaudido por muitos e questio-nado por outros. O questionamento se apresen-ta porque parece colocar “condições” ao perdão generoso do Pai Eterno.

A palavra “indulgência” é a característica da pessoa indulgente, ou seja, de quem tem faci-lidade de perdoar os erros cometidos por ou-tros. Outros sinônimos: clemência, tolerância, perdão, misericórdia... Essas qualidades levam para a ação de absolver alguém de um castigo ou de uma punição. Etimologicamente, o termo indulgência se originou a partir do latim in-dulgentia, que signifi ca “bondade”, “gentileza”, “perdão de uma pena”. Assim, a indulgência é uma qualidade humana bastante louvável, pois representa a bondade e a capacidade de ser to-lerante perante ações ou particularidades das outras pessoas.

Se é possível encontrar nos humanos uma qualidade tão valiosa, quanto mais é certo que se encontra no coração divino esta qualidade de modo total e pleno, em grau infi nito. O Pai é ple-namente misericordioso. Não estou colocando aqui questionamento sobre a visão doutrinária do catolicismo. Aprendi com um conceituado professor de teologia que “quando um dogma não está me ajudando ou me deixa um tanto confuso, é melhor deixar ‘de molho’ o dogma até a graça de Deus me esclarecer”...

Que as palavras e os gestos de Jesus no Evan-gelho, e também as atitudes misericordiosas de tantas pessoas neste mundo de Deus (Teresa de Calcutá, Irmã Dulce dos Pobres, São Damião de Molokai, São Francisco de Assis, do próprio Papa Francisco e tantos outros), infl uenciem em todos nós para que sejamos mais indulgentes, compreensivos, pacientes, clementes, como o Pai do céu é indulgente e misericordioso!

[email protected]

ADVENTO n TEMPO DE VIGILÂNCIA

Preparando o Natal

n Pe. Marcelo Rezende Guimarães

Especialista em Liturgia

A liturgista Ione Buyst escreve em seu livro Preparando Ad-

vento e Natal (Paulinas, São Paulo): “Costumamos dizer que o Ano Litúrgico começa no 1º domingo do Advento, assim como o ano ci-vil começa em 1º de janeiro. Mas, na verdade, o Ano Litúrgico não tem começo nem fi m. Todo ano comemoram-se duas grandes festas: Páscoa e Natal. A Páscoa é mais importante que o Natal. É a maior festa cristã, porque celebra a ressurreição de Jesus. Ambas as festas são precedidas por um tempo de preparação”.

“Tu vens, tu vens, eu já escuto os teus sinais...” (Alceu Valença, Anunciação). Esta música popu-lar, cantada por muitos jovens, pode nos ajudar a entrar no espí-rito do tempo do Advento, seguir as pistas dos sinais do Reino e acolher a presença de um Deus que vem ao nosso encontro.

As antigas comunidades cristãs, quando começaram a celebrar o Natal, o fi zeram, ao mesmo tempo, como o desdobra-mento da alegria pascal e como celebração do início do mistério da salvação. E assim como a festa da Páscoa era preparada por um tempo de jejum e escuta da Pala-vra, colocaram também um tem-

po de preparação antes da festa do Natal.

A palavra Advento, como tantos outros termos importantes do cris-tianismo, foi tirada do vocabulário pagão, e signifi ca chegada ou vinda. Ao longo do tempo, foi assumindo o sentido tanto do nascimento do Senhor (o Senhor veio!), quanto da preparação para este evento (o Se-nhor vem!) e também da espera da segunda vinda de Cristo (o Senhor virá!).

A liturgia ocidental, nas duas primeiras semanas do Advento, acentua a espera da segunda vin-da de Cristo no fi nal dos tempos, enquanto nas outras duas sema-nas coloca a ênfase na prepara-ção para a solenidade do Natal.

Os cristãos primitivos tinham o costume de esperar a celebra-ção de cada domingo com uma vigília de oração. Com isto de-sejavam expressar uma verdade profunda de seu modo de viver o cristianismo. Como afi rmou Santo Agostinho em uma destas vigílias: “Para nós, cristãos, viver não é outra coisa que vigiar. E vi-giar é abrir-se à vida”.

No Evangelho, encontramos muitas palavras de Jesus nos exortando à vigilância. Um dos textos que inspiraram muito a liturgia do Advento é a parábola das virgens sábias, contada em Mt 25,1-13, com sua imagem das lâmpadas acesas e seu manda-mento de vigiar.

Isto poderia ser vivenciado, por exemplo, retomando a antiga tradição das vigílias (o Ofício Di-vino das Comunidades tem um roteiro muito bom). Mas tam-bém poderia ser feito através da solenização do acendimento da coroa do Advento, como ex-pressão da vontade comunitária de vigiar. É claro que tudo isto terá um sentido profundo se de-dicarmos um tempo maior para a oração pessoal e escuta da Pa-lavra de Deus.

Concluindo, citemos de novo Ione Buyst: “A celebração do Ano Litúrgico é uma forma de a gente lembrar, ao longo da caminhada, a presença dinâmica de Deus em meio a seu povo. E, lembrando, unimo-nos e nos compromete-mos com ele. Celebrando a Pás-coa de Jesus, fazemos hoje, nele, a nossa Páscoa. Celebrando o Na-tal de Jesus, fazemos hoje, nele, o nosso Natal. Celebrando o Ad-vento de Jesus, ele se manifesta a nós e nos faz caminhar mais de-pressa em direção ao Reino. Foi por isso que o papa Paulo VI dis-se que a celebração do Ano Litúr-gico não é só recordação de um fato passado, mas ‘goza de força sacramental e especial efi cácia para alimentar a vida cristã’”.

Page 3: ANO XIV Nº 164 DEZEMBRO 2016 AÇÃO PASTORAL DOS ... · ou de uma punição. Etimologicamente, o termo indulgência se originou a partir do latim in-dulgentia, que signifi ca “bondade”,

Foco na solidariedade“Testemunhas do Redentor, solidários para a missão, num mundo ferido”. Este é o título da mensagem final do XXV Ca-pítulo Geral dos Redentoristas, realizado na Tailândia no mês passado. O foco da mensagem é um chamado de todos os Redentoristas à solidariedade. “Solidariedade com o nosso mundo e com os homens e mulheres do nosso tempo; solidarie-dade com os nossos confrades; solidariedade com os mais desfavorecidos de nossa sociedade”. De forma concreta, a solida-riedade deve ser vivenciada na partilha pessoal e de recursos com o Governo Geral, na colaboração com as outras unidades (províncias) da Congregação, na corresponsabilidade nas tarefas e serviços comuns; e assumindo compromissos concretos de opção pelos mais abandonados de seu ambiente, bem como a nível pessoal.

Quem é esse cara?

3Goiâniadezembro 2016

Ir. Diego Joaquim, C.Ss.R. [email protected]

RCR

REDENTORISTAS

A decisão do Papa Francisco de ampliar, para todo o clero, a permissão para que possam perdoar o pecado do aborto. Antes, apenas os bispos e alguns religiosos tinham essa permissão. É a porta da misericórdia aberta.

eu curti

não curtiApesar de ter uma biografia controversa, saber que pessoas comemoraram a morte de Fidel Castro me assustou. É a porta da misericórdia fechada.

CONHEÇA O JOVEM EX-MINISTRO DA CULTURA QUE DEIXOU O GOVERNO ENTREGANDO UMA PRÁTICA POLÍTICA QUE VICIA A MÁQUINA PÚBLICA BRASILEIRA

Ele não era tão conhecido dos brasileiros antes de

se tornar o ministro da Cul-tura. Mas ocupou as man-chetes dos jornais ao deixar o governo. Marcelo Calero Faria Garcia tem apenas 34 anos. Nas redes sociais, se apresenta como carioca da Tijuca, flamenguista e cató-lico, amante do samba e da prosa de Lima Barreto. For-mou-se em Direito na Uni-versidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), e já traba-lhou na Comissão de Valores Mobiliários e na Petrobras.

Possui dois gatos, que sempre aparecem em suas fotos postadas nas redes so-ciais. Aliás, no Instagram, apesar de ter milhares de seguidores, Calero segue apenas 150 pessoas, como os amigos pessoais Sérgio Marone e Ricardo Tozzi, além de Papa Francisco e o padre Fábio de Melo.

Arq

uivo

Iniciou sua atuação como diplomata em 2007, na embaixada brasileira do México. Admirador de Aé-cio Neves, já disputou uma eleição para deputado fede-ral pelo PSDB em 2010, mas não foi eleito. Foi secretário de Cultura da Prefeitura do Rio de Janeiro na gestão de Eduardo Paes em 2015, de-pois de ter sido presidente do Comitê da prefeitura para organizar a celebração do 450º aniversário da cida-de, comemorado em 2013. Em 2016, deixou este cargo para assumir a Secretaria de Cultura do Ministério da Educação, que voltou a ser Ministério dias depois. Assumiu o cargo, mesmo sem ser especialista na área da cultura.

A polêmica que levou Calero a pedir demissão em 18 de novembro pas-sado foi conhecida aos

poucos. As divergências com membros do governo Michel Temer, declaradas por ele à Polícia Federal, têm sua origem na pressão que ele teria recebido do ex-ministro Geddel Vieira Lima, para rever decisão do Iphan negando licença para um empreendimen-to imobiliário na Bahia no qual adquiriu um aparta-mento. Mesmo com os in-sistentes pedidos de diver-sos membros do governo, Calero negou fazer algo que ferisse normas inter-nas ou suas convicções.

Apesar de aparecer como herói neste contexto de crise, Marcelo Calero é definido por pessoas pró-ximas como alguém com ambição política. Talvez isto explique a rápida as-censão e a coragem de criar a maior crise já vivida até agora pelo governo Temer.

Reprodução

Uma goiana na presidênciaFoi eleita no final de novembro a nova presidência da Rede Cató-lica de Rádio (RCR). Ângela Morais, que é coordenadora do setor de relacionamento da Rede Milícia SAT, assumiu a função para os próximos três anos. Ela já atuava na vice-presidência da Rede desde 2011. Ela é goiana de Piracanjuba, e na RCR trabalha pela modernização do veículo, fortalecendo as parcerias em serviços de streaming, o Portal de internet, além da partilha de conteúdos e geração de programas. Também na RCR, Ângela acompanha de perto a área comercial e a formação de profissionais para as emis-soras católicas em várias regiões do Brasil. Atualmente, são 8 as bases geradoras de programação católica para centenas de rádios em todo o país.

Page 4: ANO XIV Nº 164 DEZEMBRO 2016 AÇÃO PASTORAL DOS ... · ou de uma punição. Etimologicamente, o termo indulgência se originou a partir do latim in-dulgentia, que signifi ca “bondade”,

4 Goiâniadezembro 2016

Arquivo

Arquivo

Nos dias 18, 19 e 20 de novembro de 2016, aconteceu na cidade de Goiânia a décima quinta edição do encontro COMPROMISSO da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes (Nova Vila), que tem como Pároco o Missionário Re-dentorista Padre João Paulo. Participaram desse encontro 83 jovens como

O LEMA DO PROJETO COMPROMISSO É “SER CRISTÃO SEM DEIXAR DE SER JOVEM!”. E NESTE ANO, EM TODAS AS PARÓQUIAS ONDE ELE JÁ ACONTECE, TROUXE O TEMA: “SEDE MISERICORDIOSOS COMO O PAI!”.

Nos dias 26 e 27 de novembro, aconte-ceu na Escola Família Agrícola de Ui-rapuru/GO, a quarta etapa da JUMIRE em Ação deste ano. Participaram dele 96 jovens católicos, protestantes, espíritas e ateus da referida Escola. O encontro foi realizado por jovens do CENÁCU-

LO de Trindade e Abadia, jovens do COMPROMISSO TRIN e CAMP, e os Missionários Redentoristas Irmão Da-nilo e Padre Fábio Pascoal. Tendo em vista o amor do Redentor pelos mais abandonados e percebendo dentre es-ses, os jovens, a Juventude Missionária

Redentorista (JUMIRE) tem trabalhado para refletir, propor indicativos e reali-zar a ação evangelizadora dos Missio-nários Redentoristas junto à juventude. Diante dessa realidade a JUMIRE GO--MT-TO-DF, além de oferecer o Projeto COMPROMISSO, iniciou um trabalho

de ações e animações junto à juventude em paróquias, comunidades, grupos e realidades que solicitam nossa atuação. Para essas ações evangelizadoras, extra Projeto COMPROMISSO, demos o nome de JUMIRE EM AÇÃO – a Juventude Fi-lha do Pai Eterno.

UIRAPURU: Jumire em ação na EFAU | 2016/4

cursistas, sendo 7 deles estudantes redentoristas: 4 postulantes, 1 noviço e 2 junioristas, e mais de 150 pessoas como equipes de trabalho, entre jovens e adultos, sem falar nas famílias desses jovens que, de uma forma ou de outra, se envolvem também no encontro.

Page 5: ANO XIV Nº 164 DEZEMBRO 2016 AÇÃO PASTORAL DOS ... · ou de uma punição. Etimologicamente, o termo indulgência se originou a partir do latim in-dulgentia, que signifi ca “bondade”,

n Pe. Paulo Cézar N. de Oliveira Presidente da Fundação Pe. Pelágio

Fazer rádio no mundo de múl-tiplas plataformas de comu-

nicação é um desafio e se torna cada dia mais exigente. O rádio tem que se reinventar. Tarefa complexa por causa da tradição, da memória e da história que pre-cisam ser preservadas. Mas todos têm clareza que sem inovação o rádio irá perder seu espaço e se tornará uma veículo caro e pouco eficiente.

Além das grandes mudanças estruturais, o Rádio AM, de uma maneira particular, passou a so-frer cada dia mais com muitas interferências de sinal, tornando--se quase inaudível em algumas regiões. Há 20 anos, por exemplo, o alcance médio da Rádio Difu-sora de Goiânia, que operava na época com 25Kw era de 300 quilô-metros. Hoje, mesmo com 50Kw de potência, em alguns pontos da região metropolitana, num raio de 20 quilômetros, não é possível sintonizar bem a rádio. Muitos se perguntam: mas por quê? São muitos fatores, dos quais pode-mos destacar: rede elétrica de alta tensão, molden de internet, lâm-padas fluorescentes e até mesmo motores de avião que emitem on-das na mesma faixa do rádio AM,

5Goiâniadezembro 2016

Rádio Difusora será a geradora da Rede Pai EternoA SEDE DA RÁDIO DIFUSORA AM E FM CONTINUARÁ NA AV. 24 DE OUTUBRO, PRAÇA JOAQUIM LÚCIO, NO TRADICIONAL BAIRRO DE CAMPINAS

Brandolize

Humberto Aidar, Cleide Rocha, Genivaldo, Pe. Paulo Cézar, Silvoney José e Pe. Rafael Vieira na Festa de Trindade 2016: Vox Patris e Difusora unidas...

o que acaba gerando ruídos ou interferências.

MigraçãoA migração das Ondas Mé-

dias para a frequência FM, anun-ciada em 2013, surgiu como uma alternativa para a melhora do sinal e qualidade de som para quem tem rádio AM. Mas nem tudo se tornou fácil na hora da execução prática. O primeiro limite é a faixa de FM atual que vai de 88 – 108Mgz. Este espaço comporta 20 canais de rádio em média, dependendo da potência e margem de segurança para evitar interferências.

Em Goiânia, como em muitas outras capitais, o espectro já está completamente ocupado. Migrar do AM para o FM está autoriza-do, mas por enquanto não existe espaço de frequência para a mi-gração. Para resolver o problema, o Ministério das Comunicações vai desocupar a faixa que vai de 67 a 88Mgz para colocar as novas FMs. Isso pode demorar seis ou mais anos aqui em Goiânia.

NovidadesApós analisar o cenário atual

e buscar somar forças, a Rádio Di-fusora Goiânia, em parceria com a AFIPE, passará a ser a cabeça de rede e geradora de conteúdos

para Rede Pai Eterno de Rádio. A estrutura técnica e os conteúdos serão gerados a partir da atual sede da Rádio Difusora, na Ave-nida 24 de Outubro, no tradicio-nal bairro de Campinas.

Estão sendo montados 2 no-vos estúdios e uma ampla sala de produção com previsão de conclusão para o mês de março. Também estão sendo testados sis-temas de estúdios móveis de fácil conexão para que a Rádio possa sair do seu prédio e ir até o povo. Acreditamos que a diferença des-te novo projeto será a interação com o ouvinte e a prestação de serviços. Apesar da rapidez da internet e a quantidade de infor-mações disponíveis instantanea-mente, o rádio ainda continua

sendo um veículo que faz uma preciosa companhia para as pes-soas no dia a dia.

A nova programação está pre-vista para entrar no ar uma se-mana antes do Natal. Ainda será em caráter de teste porque muitos ajustes deverão ser feitos até a Páscoa, quando esperamos inau-gurar os novos estúdios e suas múltiplas plataformas, inclusive uma web-rádio alternativa, que poderá ser sintonizada a partir de diversos portais.

ProgramaçãoOs conteúdos também serão

diversificados. O jornalismo irá ocupar uns 90 minutos no perío-do da manhã, e terá participações ao vivo até as 22h. Serão 6 horas

de entretenimento, sendo três horas no matutino e 3 horas no vespertino. Iremos focar nossa evangelização explícita, além das transmissões religiosas e devocio-nais que já fazemos, na produção de programas catequéticos. O destaque será o programa “O Dia do Senhor”, uma exegese apro-fundada do Evangelho dominical que será feita pelo Pe. João Paulo Santos, CSSR. O programa deverá ir ao ar aos sábados com reprise aos domingos. Teremos ainda a Consagração diária a Nossa Se-nhora do Perpétuo Socorro, da Matriz de Campinas e o Santo Terço às 18:30h. A Rede Milícia Sat continuará na Rádio Difusora AM da meia-noite às 05 horas da manhã.

Os programas musicais tam-bém serão preservados: música raiz, MPB e músicas religiosas numa proporção de 3 horas diá-rias e a partir de janeiro serão pro-duzidos programas exclusivos para Web.

Sem dúvida, serão necessários ainda muitos ajustes técnicos e de conteúdos. Por ora contamos com a compreensão de nossos ouvin-tes e confrades. Até o Natal fare-mos nossa reestreia: “Difusora Goiânia AM 640/FM 95,5 gerado-ra da Rede Pai Eterno: nossa mis-são é evangelizar”.

AFIP

E

Fábio Falcão e Marcos Rogério, na mesa de áudio, no estúdio “Pe. Jesus Flores” da Rádio Difusora de Goiânia

Page 6: ANO XIV Nº 164 DEZEMBRO 2016 AÇÃO PASTORAL DOS ... · ou de uma punição. Etimologicamente, o termo indulgência se originou a partir do latim in-dulgentia, que signifi ca “bondade”,

6 Goiâniadezembro 2016

NÃO QUIS SE IDENTIFICARComo líder em minha comunidade, fi co confusa: se Jesus expulsou os vendedores do Templo, como hoje vendemos artigos em nossas igrejas? Os vendedores no Templo não estavam comercializando objetos religiosos, mas sim animais para o culto. Os detentores do poder religioso no tempo de Jesus vendiam os animais que seriam oferecidos em holo-causto no culto do Templo de Jerusalém. Os animais pertenciam a eles, eram vendidos por preços exorbitantes. Não se podia entrar com o dinheiro circulante dentro do Templo, daí o povo tinha que trocar as moedas do comércio pelas moedas do Templo, que eram “puras”, tudo isso difi cultava o acesso do povo simples e pobre, que não podia fazer esse tipo de negócio para “orar”. Jesus se revoltou contra isso. É muito diferente dos objetos de devoção de hoje.

ILMA CRUZST. CORA CORALINA - GOIANIRAQuando fazia a preparação para a primeira eucaristia, a catequista dizia que quando rezamos e adormecemos Nossa Senhora terminaria de rezar para nós. Creio que ela só falava isso porque éramos crianças. Mas hoje em dia às vezes deito rezando e logo adormeço, neste caso estou pecando?De fato esse modo que a catequista falava com vocês era para dar alívio à consciên-cia das crianças que adormecem rapida-mente e não conseguem controlar o sono. Mesmo hoje em dia se você adormecer rezando vejo como bom sinal. Fique tran-quila. Claro que você pode controlar um pouco para não ser uma rotina em sua vida isso, mas se acontecer não se preocupe.

PE. WALMIR GARCIAParóquia N. Sra. da Guia, Trindade II

OS PODEROSOS VENDIAM OS ANIMAIS QUE SERIAM OFERECIDOS EM SACRIFÍCIO NOTEMPLO DE JERUSALÉM.”

Fone: (62) 3295-1497

Av. Castelo Branco, 5.478Bairro Ipiranga – Goiânia-GO

• Adriana Variedades Rua Mandaguari - Qd. 37 - Lt. 16 Jd. Marista | Tel.: 3294-0120• Drogaria Popular Disk Remédios 3577-3077 | 3294-5752• Agro-Maciel Av. Pres. Vargas Qd. 30 - Lt. 04 Tel.: 3577-3025

• Comercial União Av. Presidente Vargas Jd. Marista• Papelaria Arco-Íris Av. Pres. Vargas, 612 Jd. Marista | Tel.: 3210-7575• Supermercado Apollo Rua 40, 186 Renata Park

• Madeireira Martins Av. Pres. Vargas, 1.355 Jd. Marista | Tel.: 3294-5659• Drogaria Marista Disk Remédios Jd. Marista | Tel.: 3294-5767• Casa Central Av. 24 de Outubro, 1357 St. Campinas

LINDAMAR FERREIRASETOR GARAVELO - GOIÂNIAQuais as consequências de não de-volver o dízimo?Não tem consequência nenhuma, só a sua falta de compromisso com sua comunida-de Igreja. O dízimo não é uma obrigação, mas um compromisso de colaboração do cristão consciente. Nunca se sinta obriga-da a devolver o dízimo, faça-o por amor.

DEUVANI TEIXEIRAJARDIM HELVÉCIA – APARECIDA DE GOIÂNIAQual a diferença entre louvor e adoração?Bem, essas duas coisas podem se confun-dir, mas não é a mesma coisa. Louvor é uma forma de oração, onde o fi el cultua a Deus de forma mais efusiva, com pala-vras e gestos. Já a adoração é mais uma forma orante de se colocar diante de Deus para que, no silêncio da oração prestar o culto de adoração, de reconhecimento da grandeza de Deus.

LUCIA HELENAST. ÁGUA BRANCA - GOIÂNIAQual a diferença entre o Velho e o Novo Testamento?O Velho Testamento é a Antiga Aliança, Aliança que Deus fez com Abraão e formou a partir daí um povo consagrado para ser luz para os outros povos. O Novo Testamento é a Aliança feita em Jesus Cristo. O Velho Testamento começa com o livro de Gênesis e termina com o profeta Malaquias, são 46 livros. O Novo Testamento começa com o Evangelho de Mateus e termina com o livro do Apoca-lipse de São João, são 27 livros.

EVANDRA SOUZAJD. BALNEÁRIO MEIA PONTE - GOIÂNIANo julgamento final seremos jul-gados? Aqueles pecados que nos arrependemos, já confessamos, serão esquecidos?Os pecados confessados com arrependi-mento de coração, não são esquecidos, mas perdoados, não têm infl uência no nosso julgamento. Você pergunta se se-remos julgados e eu digo que sim, essa é a revelação de Deus na Bíblia, mas a forma que seremos julgados não sabemos, só por meio de parábolas, mas não devemos nos preocupar com a forma, mas sim em levar uma vida digna do ser cristão.

DÉBORA SERRASETOR SÃO JOSÉ - GOIÂNIAO que signifi ca heresia gnóstica?Gnosticismo signifi ca conhecimento. Essa corrente fi losófi ca chegou a fazer parte do cristianismo primitivo, mas depois foi se desenvolvendo em ideias heréticas, ou seja, contra a doutrina da Igreja. Baseia o seu fundamento só no conhecimento e não na revelação. NÃO QUIS SE IDENTIFICARO padre da minha comunidade disse que para o bem da unidade cristã, nós católicos, devemos dei-xar de lado algumas das nossas crenças para não criarmos barreiras indevidas com os protestantes. Se-gundo ele, o Concílio do Vaticano II mostra isso ao falar de “hierarquia de verdades”. Qual a sua opinião a respeito?Não concordo em deixar de lado nossas crenças, mas concordo em que não deve-mos fi car discutindo as diferenças, mas sim ver o que nos une e focar no respeito da crença de cada um. Na medida em que respeitamos, somos respeitados também. O que não é fundamental para a salvação, não devemos discutir.

GratidãoA Congregação do Santíssimo Redentor, através da Scala Editora, lhe oferece mensal-mente o Nosso Guia relatando a Ação Pastoral dos Redentoristas de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Distrito Federal. Agradecemos os colaboradores, abaixo relacionados, que ajudam no custeio das edições.

Maria Bárbara Duarte (in memoriam), Dr. Hélio Seixo de Britto (in memoriam), Helinho de Brito e Myrian - Setor Sul, Flávio Ivo Bezerra e Maria Alice - St. Marista,Ronaldo de Brito e Mª das Dores - St. Bueno,Dr. Salomão e Mª Augusta Calado - Setor Sul, Família Nunes - Jardim América, Francimar Maia - Setor Bueno,Dediher e Irene - Campinas,Eurico Almeida de Britto - Setor Central,Maria Clemente de Oliveira - Setor Bueno, Geraldo Magela e Eunice - Setor São José, Kalil - Setor Campinas, Pe. Guilherme Contart - Palmelo-GO,Maria José e Hermando Lisier - Sorocaba-SP, Pedro Evangelista de Lima - St. Maysa I, Antônio João Thozzi - São Paulo, Antônia R. de Oliveira - St. Castelo Branco, Eurípedes e Desnaides - Jd. Marista, Demerval Cândido - Res. Araguaia, Geraldo Clarindo Caldas - Setor Oeste, Joventina Alkmim - Aparecida de Goiânia, Tereza Gonçalves - Piracanjuba-GO, Anna Mancila Madeira - Caldas Novas-GO,Maria Luiza Costa - Goiânia-GO,Vilma Trevisan Ricardo - Tietê-SP,Maria do Carmo - Tietê-SP, Clara Melo Vaz - Tietê-SP, Darcy G. Paschoal - Tietê-SP, Maria José F. Lopes - Tietê-SP, Família Brandolise - Tietê-SP.

Cantinho MirimCarlos Alexandre Júnior - St. Oeste;Isabele Pereira Ferreira - St. Oeste; Matheus Pereira do Prado - St. Oeste; Guilherme Salera Bezerra - St. Marista; Artur S. Brito Bezerra Oliveira - Brasília-DF; Luiza Seixo de B. B. Oliveira - Brasília-DF; Felipe Quieregati - St. Marista;Flávio Q. S. Britto Bezerra - St. Marista;Stéphanie Q. S. B. Bezerra - St. Marista; Laís Salera S. de Britto Bezerra - St. MaristaAmanda Olinto O. Guimarães - St. Campinas;Renato Xavier de Castro Nunes - St. Campinas

DepósitosBanco do Brasil nos dois últimos meses até o fechamento desta edição.Agência: 4864-X / Conta Corrente: 21.081-1(Antônio M. Brandolize)03/10 – Transf. agendada ............... R$ 140,0005/10 – Transf. online ..................... R$ 50,0006/10 – Transf. periódica ............... R$ 10,0011/10 – Depósito online ................. R$ 102,0013/10 – Depósito online ................. R$ 30,0031/10 – Crédito em conta ............... R$ 400,0001/11 – Crédito em conta ............... R$ 40,0003/11 – Transf. agendada ............... R$ 140,0007/11 – Transf. periódica ................ R$ 10,0018/11 – Depósito online ................. R$ 30,00

Reprodução

Page 7: ANO XIV Nº 164 DEZEMBRO 2016 AÇÃO PASTORAL DOS ... · ou de uma punição. Etimologicamente, o termo indulgência se originou a partir do latim in-dulgentia, que signifi ca “bondade”,

7Goiâniadezembro 2016

O missionário Pe. Bariani completa 100 anos

Pe. Antônio Ricieri Baria-ni completa, no dia 24

de dezembro, 100 anos de vida. Atualmente mora na casa paroquial de Trindade. Completamente lúcido, neste fim de ano lança novo livro de poesias. Ele conta para os leitores do Nosso Guia deta-lhes de sua vida, desde sua infância, estudos, como se tornou padre redentorista, seus tempos nas Missões Po-pulares e muito mais.

Família e infância“Nasci em 24 de dezem-

bro de 1916, em Guaxima, Município de Conquista, no Triângulo Mineiro. Meu pai era italiano, Joseph Fiora-vante Bariani e minha mãe brasileira, Maria da Loka. Éramos 10 irmãos, hoje so-mente eu estou vivo. Fui ba-tizado no mesmo dia em que nasci. Ainda pequeno, mi-nha família se mudou para Igarapava-SP. Ali fiz meus primeiros estudos. Depois fui estudar em Ribeirão Preto, onde cursei Escola de Comércio por três anos. Vim para Goiás em 1939. Traba-lhava numa serraria com minha família. Em 1939 eu frequentei, à noite, aulas no Liceu de Goiás”.

Igreja e fé

“Sempre fui da Igreja. Quando era pequenino eu ia à missa levado pela mão de minha mãe, e foi nas missas que eu aprendi o gosto pelas coisas de Deus. Mais tarde, já rapaz, eu per-tenci à Congregação Maria-na, lá em São Paulo ainda. E me fizeram diversos convi-tes para ser padre. Falavam que faltavam padres, que estava faltando missioná-rios. Lembro que, quando eu era coroinha, na sacris-tia da Catedral de Ribeirão Preto, perguntei ao Pe. José, um Estigmatino: “E eu pres-to para ser padre? Eu posso ser um?” Pe. José apontou o dedo pra mim e falou: “Se você quiser, você presta, você pode!” E eu respondi: “Eu vou querer! Eu quero!”

“PARA MIM, A ÉPOCA EM QUE PASSEI PREGANDO AS SANTAS MISSÕES POPULARES FOI O TEMPO MAIS EMPOLGANTE, MAIS ENVOLVENTE E QUE ME DEIXOU MUITA SAUDADE”

No Seminário“Até chegar ir para o Se-

minário foi um processo longo. Quando morava no Estado de São Paulo quis entrar para um seminário mas não foi possível. Então aconteceu que, vindo para Goiás, conheci os Reden-toristas e senti que minha vocação tinha se firmado e resolvi segui-la. Conversei com o Pe. Fernando Alber-tini, de quem tenho muita saudade. Naquela época os redentoristas de Goiás não tinham Seminário aqui. Eram unidos com São Pau-lo. O superior de São Paulo, Pe. Geraldo Pires de Sou-za, veio fazer uma visita a Goiás. Pe. Albertini, de moto, foi depressa para a serraria onde meu pai, eu e meus irmãos trabalhá-vamos e foi logo dizendo: “Olha, eu falei com o su-perior e ele quer falar com você”. Fui falar com o Padre Geraldo Pires de Souza e nós acertamos minha ida para Aparecida-SP. Depois fiz o Noviciado em Pinda-monhangaba, e os estudos de Filosofia e Teologia em Tietê-SP.”

Ordenação“Minha ordenação sa-

cerdotal aconteceu no dia 06 de janeiro de 1949, junto com meu companheiro Pe. Leodônio Marques, já fale-cido. Aconteceu na Igreja São João Bosco, dos Padres

Missionários Redentoristas na década de 60. Sentados: Pe. Moura, Pe. Marques, Pe. Roriz (depois bispo), Pe. Sebastião, Pe. João de Sousa. Em pé: Ir. Pedro, Pe. Jesus, Ir. Gregório, Ir. Leonardo, Pe. Al-bertini, Pe. Tito, Pe. Bariani, Pe. Antonio Silva e Diácono Coriolano.

Pe. Bariani, nos seus 99 anos, ainda fazendo poesias

Brandolize

Salesianos, em Goiânia. Te-nho a glória de ser o pri-meiro padre a ser ordenado em Goiânia. E cantei a pri-meira missa solene no dia 09, na Matriz de Campinas, Paróquia Nossa Senhora da Conceição, ainda na igreja antiga que, infelizmente, foi demolida. Sobre a or-denação eu digo que é um momento muito forte e mar-cante com a infusão do Es-pírito Santo...”

Trabalhos

“Meus primeiros anos de sacerdócio foram em Araraquara-SP e Apare-cida-SP. Depois vim para Goiás, morando em Trin-dade, Brasília, e na Prelazia de Rubiataba, trabalhan-do com Dom Juvenal Ro-riz. Houve um período de dois anos que fui profes-sor no Seminário São José, no atual Setor São José. O menino Ney Barreto, hoje Pe. Ney, era um dos meus alunos. Mas o tempo mais forte e marcante para mim foram os muitos anos que pertenci à equipe missio-nária, pregando as Santas Missões Populares. Nossa equipe pregou Missões em Goiás e em muitas cidades de outros estados brasilei-ros. Estivemos no Paraná (Curitiba, Londrina), em Santa Catarina (Joinvi-le), em muitas cidades da

Bahia, do Piauí, Maranhão, Pará, Tocantins. Por isso eu digo que a época das San-tas Missões, para mim, foi o tempo mais empolgante, mais envolvente e que dei-xou muita saudade”.

Desobrigas“Quando morei em Trin-

dade, nos anos de 1951/52, eu viajava de caminhão ou jardineirinha até Aurilân-dia ou até Moitu, e de lá ia, a cavalo, rodando uns 15 dias fazendo desobrigas pe-las fazendas, pelos povoa-dos até as margens do Rio Caiapó. O povo tem neces-sidade dos sacramentos, da santa missa, da confissão, da comunhão, da catequese. Mas quem mora longe não tem como receber... então o padre vai até ele. Porque o povo tem a obrigação de confessar e receber a comu-nhão ao menos uma vez por ano... Então o padre vai lá para desobrigar o povo. Atende o povo... faz a ca-tequese... confessa... E aí o povo participa da santa missa, da comunhão... e são realizados os batizados e os casamentos. Eu fui o último padre que fez esse trabalho de desobrigas lá nos sertões daqueles tempos”.

Pe. Pelágio“Falo com muita satisfa-

ção e com muita alegria da

convivência com o Servo de Deus Pe. Pelágio Sau-ter. Convivi com o Pe. Pe-lágio vários anos na casa missionária de Trindade. Eu me confessava com ele, ele também se confessava comigo. Era uma maravi-lha a convivência com os padres antigos. Pe. Pelágio era o confrade mais velho, o mais antigo de Goiás e que conhecia todo mundo. Alemão, mas conhecia os costumes de Goiás. E na-quele tempo nós fazíamos três meditações por dia, e de joelhos na capela. Pe. Pelágio junto, sempre junto com a comunidade. Depois, Pe. Pelágio passou a ir, nas quartas-feiras, para Cam-pinas, onde atendia o povo na Igreja Matriz, Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição”.

Trindade II“Trabalhei nas perife-

rias de Goiânia e Trindade, residindo no Parque Buriti e Setor Maysa III, durante vinte e seis anos. Quando cheguei para fazer parte da equipe, não havia mais espaço no casebre pequeni-no onde já se alojavam três confrades, em três cômodos que serviam de quarto, sala de recepção/refeição e cozi-nha. Então morei sete anos na sacristia da Igreja Nossa Senhora da Guia, e fiquei 13 anos no apartamentinho que foi construído pra mim entre a igreja e a nova casa que hoje é a secretaria da paróquia. Depois fui para o Maysa III, onde fiquei mais seis anos. O carisma da Congregação é missionário, e fiquei na região Trindade II, nesses vinte e seis anos, como missionário. Se eu pu-desse voltar para as missões eu voltaria! Oh, Santas Mis-sões Populares! Quem não esteve nas Santas Missões, não participou bastante tem-po das Missões, não viveu as Missões, não sabe o que é... o que são as Santas Missões! Santo Afonso tinha muita razão em pregar Missões”.

Arquivo

Page 8: ANO XIV Nº 164 DEZEMBRO 2016 AÇÃO PASTORAL DOS ... · ou de uma punição. Etimologicamente, o termo indulgência se originou a partir do latim in-dulgentia, que signifi ca “bondade”,

8 Goiâniadezembro 2016

PE. LUIZ CARLOSMissionário Redentorista, SP

O homem fera 2º domingo do Advento (04.12.16)Mateus 3,1-12

Quando vemos uma pessoa forte e marcante em sua atividade,

dizemos que “o homem é uma fera”. João Batista tinha esse tipo. Além do mais, era um homem provado pelo deserto. Vestia roupa feita de pelo de camelo e com um cinturão de couro. Seu alimento era gafanhoto e mel silvestre. Tinha tudo de um profeta. E não havia profetas já uns 400 anos. Povo entendeu que era o homem de Deus do momento.

João prega a conversão e ataca a falsidade de muitos religiosos. E anuncia a chegada próxima de Je-sus.

Temos três modos de conver-são propostos pela Palavra de Deus nesse domingo:

“Produzam frutos que provem sua conversão”. O risco de uma ár-vore que não produz fruto é ser cor-tada. João pede consistência e não grãos chochos que são levados pelo vento.

Isaías proclama um modo de conversão universal: simbolica-mente fala da “convivência pací-fi ca” (segundo modo) na qual os animais ferozes convivem entre si e com os humanos. Será a restaura-ção universal proveniente de Cris-to, raiz de Jessé (signifi ca da família de Davi).

Paulo nos apresenta a tercei-ra modalidade. E muito concreta: “Deus vos dê a graça da harmonia e concórdia uns com os outros. Por isso, acolhei-vos uns aos outros como Cristo vos acolheu”.

Diante do anúncio de conver-são e preparação para um mundo novo, sabemos que isso se realiza em primeiro lugar dentro de nosso coração. Na celebração deste do-mingo rezamos: “Nenhuma ativi-dade terrena nos impeça de correr ao encontro de vosso Filho, mas instruídos por vossa sabedoria, participemos da plenitude da vida” (Coleta)... “e aprendamos a julgar com sabedoria os valores terrenos e colocar nossas esperanças nos bens eternos” (Pós-comunhão).

O homem com H maiúsculo3º domingo do Advento (11.12.16)Mateus 11,2-11

É comum ouvirmos que este é um homem com H maiúsculo.

Não basta iniciar. É preciso ir até o fi m. Ser grande não é fazer grandes coisas: é levar adiante sua missão, mesmo que isso custe.

Nesse Advento somos condu-zidos pela grandiosa fi gura de João Batista. Jesus gostava de seu primo e o admirava a ponto de dizer que, “de todos os homens que já nasce-ram nenhum é maior do que João. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele” (Mt 11,11). Quem é o menor? Jesus se coloca como o menor. Podemos entender também que João, como é aquele que fecha o Antigo Testamento, é menor do que quem vive a novida-de do Reino.

Um sonho bem bom 4º Domingo do Advento (18.12.16)Mateus 1,18-24

Acordar depois de um sonho gostoso é muito bom.

No Antigo Testamento o sonho era tido como um dos meios das co-municações de Deus. Podemos en-tender que, quando trabalhamos as realidades na fé, é como um sonho. Deus fala por meio dele. Foi o que aconteceu com José.

Sendo Maria prometida em ca-samento aconteceu a gravidez pela ação do Espírito. Sendo prometida esposa, em certo sentido já estava casada. Faltava a festa do casamen-to e o início da vida em comum. Maria aparece grávida. Explicar o quê? José pensa em abandoná-la e não expô-la inclusive com o risco de ser morta. Foi capaz de elaborar, com o auxílio da graça, a resposta a Deus.

Então o Anjo aparece em so-nho a José. Traduzindo esse anún-cio, podemos entender que José teve que resolver a questão dentro da fé. Fora dela não dava para re-solver. Ele resolveu. Aí se seguem os acontecimentos de sobressalto. Esse homem teve que viver da fé para entender o que fazer. Deus deu o Filho a Maria, mas José se apertou para levar junto com ela essa missão. Devia ser um amor muito grande. Amor com fé vale mais que muitos fi lhos.

Esse texto do Evangelho do quarto domingo nos ensina a mis-são de Jesus. Como profetiza Isaías: Uma virgem dará à luz. Ele será Deus Conosco. Em Maria se cum-pre essa profecia. Como rezamos no salmo, Ele é o Senhor a quem tudo pertence. É o Rei Glorioso que

Se encarna. Ele é o descendente de Davi, depositário das promessas. É Dele que vem a graça do apostola-do.

Esse texto de Mateus é claro quanto à geração Divina de Jesus, nascido de uma mulher, da família de Davi. Ele tem defi nitivamente o trono de Davi, para sempre. Ele será o Salvador da humanidade.

A oração da coleta da missa des-te domingo é uma expressão muito clara de todo o Mistério Pascal que acontece em cada acontecimento da vida de Jesus: “Derramai a graça em nossos corações, para que, co-nhecendo... a encarnação de vosso Filho, chegamos por sua Paixão e Cruz à glória da Ressurreição”. É um único mistério que acontece em manifestações diferentes.

A encarnação de Jesus não se refere só ao corpo de Maria, mas a toda a humanidade.

Um dicionário de carneNatal de N. S. Jesus Cristo (25.12.16) Lucas 2,1-14 -João 1,1-18

Para festejar o Natal temos três missas diferentes: uma, no dia

24 à noite, em que celebramos o nascimento de Jesus, mais duas no dia 25, lembrando os pastores (de manhã) e (tarde/noite) celebrando o Verbo de Deus encarnado. Essa tradição vem dos usos do Papa em

Roma que celebrava em três comu-nidades diferentes.

Estamos diante do mistério de um Deus que nasce entre os ani-mais, numa gruta, em Belém, cida-de originária da família de Davi. Estavam ali para o recenseamento. Ali ofi cialmente está colocado na lista dos cidadãos do mundo. O im-perador quis contar todos os cida-dãos da terra.

No Evangelho de S. João esse Menino é o Verbo Eterno de Deus nascido do Pai antes de todos os séculos. Ele é um com o Pai. Com Ele é o Criador. Esse Filho se en-carnou e habitou entre nós, não como um passageiro, mas como participantes de nossa vida e nos-sas atividades.

“Nele estava a vida e a vida era a luz dos homens”. Essa luz que brilhou foi recusada, pois as trevas não conseguiram dominá-la.

O Natal continua vivo e pre-sente entre nós, sobretudo quando ouvimos a Palavra de Jesus e assu-mimos sua vida. Nasceu para dar vida. Assim o Natal pode durar o ano todo. Jesus fala-nos de tan-tos modos e com tantas palavras. É um dicionário vivo. Cheio da Palavra de Deus nas palavras dos homens.

Vendo a alegria dos pastores podemos ser para os humilhados um momento de alegria que os con-duza também a Belém.

Reprodução

Page 9: ANO XIV Nº 164 DEZEMBRO 2016 AÇÃO PASTORAL DOS ... · ou de uma punição. Etimologicamente, o termo indulgência se originou a partir do latim in-dulgentia, que signifi ca “bondade”,

L’ Osservatore Rom

ano)

Dentre os 25 mil fiéis, havia um grande número de brasileiros

9Goiâniadezembro 2016

Porta Santa continua abertano coração de Deus

IGREJA n VIM PARA SERVIR

No centro, não temos a lei e a justiça legal, mas o amor de Deus. (...) Não se encon-tram o pecado e o juízo em abstrato, mas uma pecadora e o Salvador. (...) A miséria do pecado foi revestida pela misericórdia do amor”, es-creve o Pontífice.

Perdão e caridade: estes são os dois eixos centrais da Carta Apostólica. O Papa recorda que ninguém pode pôr condições à misericór-dia; “esta permanece sempre um ato de gratuidade do Pai celeste e o perdão é o sinal mais visível do seu amor.”

Caridade “Termina o Jubileu e fe-

cha-se a Porta Santa. Mas a porta da misericórdia do nosso coração permanece sempre aberta. (...) Por sua natureza, a misericórdia se torna visível e palpável numa ação concreta e dinâ-mica”, lembrou o Papa. Por

Um Ano Santo que “nos convidou a redesco-

brir o centro da vida cristã, a retornar ao essencial, que é a misericórdia”. Assim resumiu o Papa Francisco sobre o Ano Jubilar da Mi-sericórdia, que terminou no domingo, 20 de novembro, com o fechamento da últi-ma Porta Santa, a da Basílica de São Pedro, no Vaticano. “Ainda que se feche a por-ta santa, permanece sempre escancarada a verdadeira porta da misericórdia, que é o coração de Cristo”, refletiu o Pontífice naquele dia em que se celebrava a Solenida-de de Cristo Rei.

Celebração mundialPara Dom Fisichella, pre-

sidente do Pontifício Conse-lho, o desejo do Papa, com o Ano Santo, era fazer com que os cristãos pudessem “ter uma experiência da mi-sericórdia para se tornarem eles mesmos instrumentos de misericórdia”. Ou seja, o objetivo era “que a miseri-córdia se tornasse de novo um elemento extraordina-riamente propulsivo e eficaz na vida da Igreja”. O Jubileu foi uma enorme celebração em todo o mundo. Confor-me dados do Pontifício Con-selho para a Promoção da Nova Evangelização, apro-ximadamente 21,3 milhões de pessoas peregrinaram a Roma e, nas milhares de dioceses católicas do mun-do, 900 milhões passaram por uma porta santa.

Que Rei é esse?Na solenidade de Cristo

Rei, que marcou também a conclusão do ano litúrgico, o Papa fez uma profunda pregação final sobre o tema da misericórdia, associan-

“AINDA QUE SE FECHE A PORTA SANTA, PERMANECE SEMPRE ESCANCARADA A VERDADEIRA PORTA DA MISERICÓRDIA, QUE É O CORAÇÃO DE CRISTO”, DISSE O PAPA FRANCISCO

isso, ele pede que se “arre-gace as mangas”, com ima-ginação e criatividade, para realizar obras de misericór-dia que têm “valor social” diante de um mundo que continua gerando novas for-mas de pobreza espiritual e material, que comprome-tem a dignidade das pes-soas. “O caráter social da misericórdia exige que não permaneçamos inertes mas afugentemos a indiferença e a hipocrisia para que os pla-nos e os projetos não fiquem letra morta.”

Para Francisco, com as obras de misericórdia se pode criar uma verdadei-ra revolução cultural. Ago-ra, concluído este Jubileu, é tempo de olhar para frente e compreender como se pode continuar experimentando a riqueza da misericórdia divina.

(fonte: site da Rádio Vaticano e site da Arquidiocese de São Paulo)

do-o ao amor de Cristo pela humanidade, explícito na sua cruz. “Esse tempo de misericórdia nos chama a olhar o verdadeiro rosto do nosso Rei, aquele que brilha na Páscoa, e a redescobrir o olhar jovem e belo da Igreja, que brilha quando é acolhe-dora, livre, fiel, pobre nos meios e rica no amor, mis-sionária”, disse.

“A misericórdia exorta--nos a renunciar a hábitos e costumes que possam ser obstáculo para o serviço ao Reino de Deus”, acrescen-tou. “Ajuda-nos a encontrar a nossa orientação somente na perene e humilde realeza de Jesus, e não nas precárias realezas e poderes mutáveis de cada época.” Ele se refe-riu ao Crucificado, despido e aparentemente sem poder: “Na cruz, parece mais ven-cido do que vencedor”, ob-servou. “Seu trono é a cruz, sua coroa é de espinhos,

porque a grandeza de seu Reino não é o poder segun-do o mundo, mas o amor de Deus, um amor capaz de alcançar e curar qualquer coisa. Por esse amor, Cristo se abaixou até nós, habitou a nossa miséria humana, pro-vou a nossa condição mais ínfima: a injustiça, a traição, o abandono.”

Carta do Papa“Misericórdia e mísera” é

o título da Carta Apostólica do Papa Francisco publicada ao final do Jubileu Extraor-dinário da Misericórdia. Di-vidida em 22 pontos, começa com a explicação do título: “misericórdia e mísera” são as duas palavras que Santo Agostinho utiliza para des-crever o encontro de Jesus com a mulher adúltera.

“Esta página do Evan-gelho pode ser considerada como ícone de tudo o que ce-lebramos no Ano Santo. (...)

Foto: AN

SA

Reprodução

Page 10: ANO XIV Nº 164 DEZEMBRO 2016 AÇÃO PASTORAL DOS ... · ou de uma punição. Etimologicamente, o termo indulgência se originou a partir do latim in-dulgentia, que signifi ca “bondade”,

PE. CLÓVIS DE JESUSBOVO, C.Ss.R.

São 89 anos de vida, sendo que 71 deles na família Redentorista. Pe. Clóvis de

Jesus é um missionário conhecido por to-dos por sua disponibilidade. Ele nasceu em Boituva, no interior paulista, e entrou para o seminário aos 10 anos de idade. Aos 26 anos ele foi ordenado presbítero, e logo foi enviado para Roma, para estudar comuni-cação. Em apenas um ano, voltou ao Brasil, para trabalhar em Aparecida/SP, na reda-ção do jornal do Santuário Nacional, onde fi cou por 15 anos. Dedicou-se também ao trabalho das Santas Missões Populares em diversas missões de norte a sul do Brasil. “Fiquei trinta anos nas missões, às vezes fa-zendo paralelamente outros trabalhos. Mas as missões foi o que mais gostei”, afi rmou.

Desde 1997, Pe. Clóvis é o vice-postu-lador do processo de beatifi cação do Vene-rável Padre Pelágio Sauter, em que reco-lheu mais de 500 páginas de depoimentos sobre o Apóstolo de Goiás. Paralelamente a tudo isso, sempre traduziu obras de di-versos idiomas. Como pesquisador da vida dos santos, é autor de diversas novenas pela Scala Editora: Nossa Senhora Apa-recida, Nossa Senhora do Rosário, Santo Antônio, além da biografi a do Padre Pe-lágio. Ele também mantém um site (www.boletimpadrepelagio.org), e é vigário-pa-roquial na Basílica de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Goiânia/GO.

MÍDIA REDENTORA10 Goiâniadezembro 2016

CONHECENDONOSSOS ESCRITORES

REZANDO COM FÉ EM COMUNIDADE

A Scala Editora e a Associação de Fiéis do Centro de Forma-

ção Permanente – CEFOPE lançam o novo subsídio: o Itinerário com Pais e Padrinhos, para ajudar as famílias e comunidades a viverem a celebração do sacramento do Batismo. Os textos são de auto-

ria dos padres Eduardo Calandro e Jordélio Siles Ledo.

“Com este Itinerário envolven-do pais e padrinhos, superamos uma linguagem de curso de batis-mo e propomos uma nova maneira, orante, celebrativa, mistagógica e querigmática para refl etir sobre o

sacramento do Batismo”, explica Calandro. O texto é fruto de diversas expe-riências, realizadas desde 2007, na preparação para os encontros sobre o sa-cramento do Batismo, no intuito de superar a ideia de “curso” para o batis-mo e fazer um itinerário catequético.

O roteiro possui en-contros para os pais e padrinhos rezarem em casa, refl etindo sobre o sacramento do Batis-

Brandolize

Formato: 15 x 21 cm | 52 páginas R$ 5,00 cada

explica Calandro. O texto é fruto de diversas expe-riências, realizadas desde 2007, na preparação para os encontros sobre o sa-

ITINERÁRIO COM PAIS E PADRINHOS

Pe. Eduardo Calandro

Pe. Jordélio Siles Ledo, css

A Scala Editora e a Associação de Fiéis do Centro de Formação

Permanente – CEFOPE oferecem este Itinerário com Pais e Pa-

drinhos para ajudá-los a melhor viver este momento tão significativo

da vida em família e com amigos que é o sacramento do Batismo.

Com este Itinerário envolvendo pais e padrinhos, superamos uma

linguagem de curso de batismo e propomos uma nova maneira,

orante, celebrativa, mistagógica e querigmática para refletir sobre

o sacramento do Batismo.

Novos tempos exigem de nós novas atitudes. Desde o ano de 2007

estamos experimentando um novo jeito de preparação para os en-

contros sobre o sacramento do Batismo. Coletando experiências vi-

vidas por outros irmãos padres em diversas comunidades, ouvindo

catequistas, nasce a vontade de dar um primeiro passo para supe-

rar a ideia de curso para o batismo e fazer um itinerário.

Propomos que o primeiro encontro querigmático seja de acolhida.

O segundo e o terceiro encontros os pais e padrinhos são convida-

dos a realizar em suas residências, refletindo sobre o sacramento

do Batismo, sua importância e a sua responsabilidade de serem os

primeiros educadores da fé da criança. O quarto encontro deve

acontecer na comunidade paroquial, celebrativo, orante e mistagó-

gico, possibilitando aos pais e padrinhos vivenciarem alguns símbo-

los do sacramento do Batismo. E após o batismo, todos são con-

vidados a retornar à comunidade no dia de Nossa Senhora da Luz

para uma celebração.

Sabemos que esta proposta pode causar resistências, mas entende-

mos que é preciso mudar nossos paradigmas e nos abrir para um

novo tempo de evangelização que exige de nós uma linguagem

simples que atinja o coração das pessoas e as faça viver o segui-

mento a Jesus Cristo.

9 788594 610270

ISBN 978859461027-0COLEÇÃO ITINERÁRIO CATEQUÉTICO

de acordo com a idadeLIVRO DOS PAIS, PADRINHOS E CATEQUISTAS

9 788594 610270

ISBN 859461027-0

casa, refl etindo sobre o sacramento do Batis-

Formato:

ITINERÁRIO COM PAIS E PADRINHOSITINERÁRIO COM PAIS E PADRINHOS

LIVRO DOS PAIS, PADRINHOS E CATEQUISTAS

ITINERÁRIO COM PAIS E PADRINHOS

Pe. Eduardo CalandroPe. Jordélio Siles Ledo, css

ITINERÁRIO COM PAIS E PADRINHOS

A Scala Editora e a Associação de Fiéis do Centro de Formação

Permanente – CEFOPE oferecem este Itinerário com Pais e Pa-

drinhos para ajudá-los a melhor viver este momento tão significativo

da vida em família e com amigos que é o sacramento do Batismo.

Com este Itinerário envolvendo pais e padrinhos, superamos uma

linguagem de curso de batismo e propomos uma nova maneira,

orante, celebrativa, mistagógica e querigmática para refletir sobre

o sacramento do Batismo. Novos tempos exigem de nós novas atitudes. Desde o ano de 2007

estamos experimentando um novo jeito de preparação para os en-

contros sobre o sacramento do Batismo. Coletando experiências vi-

vidas por outros irmãos padres em diversas comunidades, ouvindo

catequistas, nasce a vontade de dar um primeiro passo para supe-

rar a ideia de curso para o batismo e fazer um itinerário. Propomos que o primeiro encontro querigmático seja de acolhida.

O segundo e o terceiro encontros os pais e padrinhos são convida-

dos a realizar em suas residências, refletindo sobre o sacramento

do Batismo, sua importância e a sua responsabilidade de serem os

primeiros educadores da fé da criança. O quarto encontro deve

acontecer na comunidade paroquial, celebrativo, orante e mistagó-

gico, possibilitando aos pais e padrinhos vivenciarem alguns símbo-

los do sacramento do Batismo. E após o batismo, todos são con-

vidados a retornar à comunidade no dia de Nossa Senhora da Luz

para uma celebração. Sabemos que esta proposta pode causar resistências, mas entende-

mos que é preciso mudar nossos paradigmas e nos abrir para um

novo tempo de evangelização que exige de nós uma linguagem

simples que atinja o coração das pessoas e as faça viver o segui-

mento a Jesus Cristo.

9 788594 610270

ISBN 978859461027-0

COLEÇÃO ITINERÁRIO CATEQUÉTICO de acordo com a idade

LIVRO DOS PAIS, PADRINHOS E CATEQUISTAS

9 788594 610270

ISBN 859461027-0 ITINERÁRIO COM PAIS E PADRINHOSITINERÁRIO COM PAIS E PADRINHOS

LIVRO DOS PAIS, PADRINHOS E CATEQUISTAS

Nova preparação para o Batismomo, tomando consciência de sua responsabilidade de serem os pri-meiros educadores da fé da crian-ça. Há também uma etapa que se celebra na comunidade paroquial, possibilitando aos pais e padri-nhos vivenciarem alguns símbo-los do sacramento do Batismo. E após o batismo, todos são convi-dados a retornar à comunidade no dia de Nossa Senhora da Luz para uma celebração.

De acordo com os autores, a proposta pode causar resistência no começo, mas parte de um de-sejo de mudança e renovação na evangelização. “É preciso mudar nossos paradigmas e nos abrir para um novo tempo de evan-gelização que exige de nós uma linguagem simples que atinja o coração das pessoas e as faça vi-ver o seguimento a Jesus Cristo”, afi rma padre Jordélio.

No dia 20 de janeiro, a Igreja re-corda o testemunho de um de seus santos mais populares: São Sebas-tião. Ele nasceu em Narbona, na França, em 256 d.C., mas quando ainda era criança, sua família mu-dou-se para Milão, na Itália. Quando jovem, escolheu seguir a carreira militar, como seu pai. No exército romano, chegou a ser Capitão da primeira guarda pretoriana. Mesmo cumprindo seus deveres militares,

Sebastião, que era cristão, não par-ticipava dos martírios nem das mani-festações de idolatria dos romanos.

Denunciado por um soldado, o imperador se sentiu traído e mandou que Sebastião renunciasse à sua fé em Jesus Cristo. Sebastião se negou a fazer esta renúncia. Por isso, o im-perador mandou que ele fosse mor-to. Os arqueiros receberam ordens para o matar com fl echadas. No en-tanto, depois de horas sangrando no

local, ele não morreu, e foi salvo por um grupo de cristãos.

A novena produzida pela Sca-la Editora, de autoria do Ir. Marcos Vinícius, reza a vida e testemunho deste grande santo popular e que-rido pelo povo brasileiro. Nele, o devoto confere o resumo da vida e traz leituras bíblicas, refl exões e preces que ajudarão o povo a se aproximar mais de Deus pelo exem-plo deste santo mártir.

Formato: 13,5 x 20.5 cm | 32 páginas R$ 2,00 cada

COLEÇÃO DEVOCIONALCom fundamentação bíblica e profundidade espiritual,

esta coleção irá ajudar você e sua comunidade a rezar o convite que Deus faz de sermos santos como Ele é santo.

9 788562 763694

ISBN 978-85-62763-69-4

Adquira: (horário comercial)

Page 11: ANO XIV Nº 164 DEZEMBRO 2016 AÇÃO PASTORAL DOS ... · ou de uma punição. Etimologicamente, o termo indulgência se originou a partir do latim in-dulgentia, que signifi ca “bondade”,

dos a rezar juntos a Novena de Na-tal, que traz como tema “Um Me-nino nasce e muda o mundo para sempre”, levando a reflexão sobre o nascimento de Cristo com rela-ção a todos nós. Todos os Centros Sociais Redentoristas, com seus colaboradores, voluntários e assis-tidos fazem parte dessas pequenas celebrações cristãs, que são capa-zes de fortalecer o vínculo de cada um com a Santíssima Trindade. De acordo com o diretor das Obras Sociais Redentoristas de Goiás, pa-dre Reinaldo Martins, C.Ss.R, “esse é um momento importantíssimo para a Igreja, é a celebração do nas-cimento de Cristo, do nascimento do nosso Redentor, daquele que recebemos, no batismo, a missão de anunciar. É com esse espírito missionário que convidamos ano após ano toda a comunidade para rezar conosco a Novena de Natal nos Centros Sociais Redentoristas”.

Goiâniadezembro 2016

Final de ano nos Centros So-ciais Redentoristas é época de

muita alegria e reflexão. É nesse período do ano que os mais de 1.200 assistidos pela instituição são convidados a participar da Novena de Natal, com momentos de oração e aprendizado sobre o nascimento de Jesus.

Além disso, é também no mês de dezembro que as crianças são agraciadas com uma grande co-memoração natalina, em que Cris-to é o centro de todos os festejos. Neste ano, a data escolhida para o evento é o dia 18 de dezembro, no CESPE / CECAM, em Trinda-de. A criançada vai ter acesso a pula-pula, parquinho, brincadei-ras e muita comida gostosa. Na mesma data as Obras Sociais Re-dentoristas também vão fazer a distribuição dos brinquedos para todos os pequenos que estiverem presentes, já que a comemoração é

aberta a toda a comunidade. “Es-ses brinquedos que serão doados são fruto de doações de benfeito-res e padrinhos das Obras Sociais Redentoristas que, sensibilizados com as crianças carentes que aten-demos, se dispõem todos os anos a ajudar a fazer com que o Natal com as Crianças aconteça”, afirma a coordenadora de evangelização das Obras Sociais Redentoristas, Neide Alves.

Natal em FamíliaMas não são apenas as crianças

que ficam felizes com as ativida-des especiais de fim de ano, não. A equipe das Obras Sociais Redento-ristas também pensa no acolhimen-to das famílias, que direta ou indi-retamente também são acolhidas pelo trabalho social realizado em Goiânia e Trindade. Desta forma, entre os dias 28 de novembro e 08 de dezembro, todos são convida-

CSSR n GENTE QUERIDA

OBRAS SOCIAIS REDENTORISTAS REALIZAM 12ª EDIÇÃO DO NATAL COM AS CRIANÇAS, EM TRINDADE

OBRAS SOCIAIS n EVANGELIZAÇÃO

Crianças celebram o Natal de Jesus

11

Danilo E

duardo

Reprodução

Pe. Brehl reeleito No dia 9 de novembro de 2016, quando

se comemora o 284º aniversário da fundação da Congregação do Santíssimo Redentor, Pe. Michael Brehl foi reeleito como Superior Geral da Congregação. Ele obteve 92 votos de 101 votos dos capitulares que participa-ram do XXV Capítulo Geral, em Pattaya, na Tailândia.

Michael Brehl nasceu em Toronto, no Canadá, em 7 de janeiro de 1955. Ele vem de uma família católica que muito influenciou sua vida. Conheceu os redentoristas e de-senvolveu um grande amor por Santo Afon-so (fundador da Congregação) e pela missão redentorista aos pobres. Fez seus votos na Congregação em 15 de agosto de 1976 e foi ordenado presbítero em 3 de março de 1980.

Iniciou seu ministério no trabalho pa-roquial, com a pregação de missões paro-quiais, a formação de noviços e estudantes redentoristas e a administração. Quando as duas províncias redentoristas de língua in-glesa do Canadá se uniram para formar a Província de Edmonton-Toronto em 1997, Pe. Michael tornou-se em 2002 o segundo provincial, depois de Pe. Ray Corriveau.

Neste período, exerceu a liderança da Província por sete anos, mas também se envolveu cada vez mais nos assuntos da Congregação no mundo inteiro. Ajudou a preparar os Capítulos Gerais de 2003 e 2009. No XXIV Capítulo Geral de 2009, o Pe. Brehl foi eleito Superior Geral dos Redentoristas, um papel que desempenhou diligentemente durante sete anos. Fluente em inglês e fran-cês, aprendeu bem o italiano e consegue se comunicar em espanhol e português.

Sua reeleição é sinal do frutuoso trabalho que realizou na Congregação nesses anos e ao mesmo tempo consequência do grande carinho e admiração que os confrades do mundo inteiro têm por ele. Ele tem sido um líder destemido ao chamar os redentoris-tas de volta à sua missão de evangelizar e cuidar dos pobres e dos mais abandonados. Possui um grande conhecimento da história redentorista, de seus santos e figuras impor-tantes, de suas Constituições e Estatutos e de suas múltiplas atividades apostólicas no mundo moderno.

Page 12: ANO XIV Nº 164 DEZEMBRO 2016 AÇÃO PASTORAL DOS ... · ou de uma punição. Etimologicamente, o termo indulgência se originou a partir do latim in-dulgentia, que signifi ca “bondade”,

12 Goiâniadezembro 2016

PE. RAFAELVIEIRA, C.SS.R.

[email protected]

PS1. A fama das listas de “melhores do ano” não é lá grande coisa, basta ver aquela feita pelos telespectadores do “Domingão do Faustão”, da TV Globo. Premiam como melhor cantor do Brasil, há anos, o mato-grossense do sul, Luan Santana. Tem cabimento?

*******PS2. Na cidade natal do meu pai, Caldas Novas (GO), uma lista de melhores do ano no campo empresarial, uma agência funerária está entre os 10 “melhores do ano”.

*******PS3. O primeiro título da lista dos 100 melhores livros lançados em 2016 segundo o jornal norte-americano The New York Times, é “Beatlebone”, de Kevin Barry. Um livro que combina fantasia e realidade sobre os “Beatles”.

Dezembro· 2016 ·

Prezado(a) Leitor(a)

Você sabe: muita gente, durante o mês de dezembro, gosta de apre-ciar listas de “melhores do ano”. Vou arriscar fazer uma aqui na nossa carta mensal. Peço que você considere que meu olhar está vinculado ao meu trabalho permanente no campo da comunicação e, por isso mesmo, meus “eleitos” têm algo a ver com um cenário mais geral e construído pela midiatização reinante em nossos dias. O meu esforço, no entanto, para não aborrecer você, será o de tentar surpreender. Vou tentar “arrancar” personagens que tiveram sua atuação subvalorizada em cenários de quatro campos da nossa reali-dade: política, economia, cultura e religião. Começo a lista indicando uma pessoa que inspirou e inspira políticas de combate à violência contra as mulheres: Maria da Penha. Indagada sobre o fato de que as mulheres estão sempre à frente de movimentos políticos de defesa de direitos, ela respondeu: “Uma vez minha fi lha falou que a mulher é a árvore da casa. Ela sustenta todos os galhos. E é verdade. E, na luta da comunidade, também você vê que tem mais mulheres à frente. Porque aquela é sua casa, é sua história, é sua vida”.

Minha escolha no campo da economia é uma fi gura pouco co-nhecida: Marcos Lisboa. Ele é ex-secretário de política econômica do Ministério da Fazenda e preside um instituto que se ocupa da formação e de pesquisa sem fi ns lucrativos no campo da economia. Gosto dele porque ele tem uma posição equilibrada dentro do fes-tival de besteiras que tem tomado conta da sociedade brasileira na era pós-PT. Ele sabe que é preciso fazer ajustes fi scais e progredir na busca de solução para a dívida pública e suas consequências nefas-tas, mas tem consciência de que não se faz isso penalizando ainda mais os pobres. Em entrevista ao jornal O Globo, quando tratava dos problemas criados pela Proposta de Emenda Constitucional que regula gastos públicos, ele disse: “Temos que separar saúde básica e educação básica do resto. Estou falando de gastos com professores, salas de aula e escolas do ensino médio e fundamental. Também temos que separar as políticas de transferência de renda para a po-pulação mais pobre, como o Bolsa Família. O Banco Mundial tem dados que mostram que, no Brasil, os gastos com os 10% mais pobres correspondem a 16,4% do total das despesas federais. Isso é pouco. Ou seja, os mais pobres custam menos e precisam ser preservados”.

Escolho um poeta com o qual convivi – virtualmente – o ano inteiro para colocar na minha lista representando a cultura. A leveza, o

foco temático e a profundidade de sua poesia têm feito de mim um “seguidor” dele nas redes sociais. Não posso ver um sinal de seus webcards – sempre com um fundo branco, poucas pa-lavras e uma tipografia informal – que eu corro para ler qual foi a sua última “sacada”. Estou me referindo a um poeta que mora em Goiânia e, inclusive, tem coluna fixa no Jornal “O Popular”. Trata-se de Lucas Brandão, ou como ele mesmo se apresenta e é reconhecido: “Lucão”. Neste ano de 2016, ele fez o caminho de São Tiago de Compostela, na Espanha. Acompa-nhei passo a passo. Quando ele passou por Astorga, mandei mensagem dizendo a ele para que passasse na casa de acolhida dos redentoristas. Ele me respondeu que já havia combinado de passar em outro lugar, mas foi gentil. Gostei. Um dos poemas dele que me iluminaram este ano é curtinho e delicioso: “Ao menor sinal de amor, retribua”.

A minha última escolha responde pela personagem do mundo religioso. Papa Francisco é imbatível, mas é hors concours. Vou trazer uma personagem que nos faz lembrar de valores espirituais de grande importância para cada pessoa, cada família, cada so-ciedade e o mundo inteiro. No mês de setembro, foi canonizada em Roma, Madre Teresa de Calcutá. O reconhecimento ofi cial de sua santidade é uma renovação do anúncio forte da situação dos pobres. E, no fi nal de novembro, o Papa Francisco instituiu uma data para toda a Igreja que está em consonância com a celebração da santidade dessa mulher extraordinária. Ele criou o “Dia Mun-dial dos Pobres” que será no 33º. Domingo do Tempo Comum. E o Papa, de qualquer modo, faz a gente se lembrar do apostolado e do testemunho de pobreza pessoal de Santa Madre Teresa de Calcutá. Vale lembrar a razão da criação dessa data para enriquecer a liturgia e a vida de todos os cristãos católicos no mundo inteiro: “Será a mais digna preparação para bem viver a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, que Se identifi cou com os mais pequenos e os pobres e nos há de julgar sobre as obras de misericórdia (cf. Mt 25,31-46). Será um Dia que vai ajudar as comunidades e cada batizado a refl etir como a pobreza está no âmago do Evangelho e tomar consciência de que não poderá haver justiça nem paz social enquanto Lázaro jazer à porta da nossa casa (cf. Lc 16,19-21). Além disso, este Dia constituirá uma forma genuína de nova evangelização (cf. Mt 11,5), procurando renovar o rosto da Igreja na sua perene ação de conversão pastoral para ser testemunha da misericórdia”. Um abraço.