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ANO XXIX- Nº. 357 Mês de Julho de 2012 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS Castelo Branco TAXA PAGA Redacção: Avª. Almirante Reis, Nº. 256 - 1º. esqº. 1000-058 LISBOA - [email protected] - www.ccvvrodao.no.sapo.pt - Telem. 967 018 215 - NIB: 003500630008193433011 Publica-se na última semana de cada mês Mensário Regionalista Fundador: DOMINGOS ALVES DIAS Director JOSÉ FAIA P. CORREIA Registo de Imprensa - Nº 108771 Depósito Legal Nº. 4032/84 30 Anos ao serviço do nosso Concelho Número Avulso: 0,80 Editorial Vila Velha de Ródão é “ESCOLA JRA DO ANO 2012” O projeto Jovens Repórteres Para o Ambiente (JRA), uma iniciativa da Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE) acaba de distinguir o Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão com o galardão “Escola JRA do Ano 2012”. O prémio foi atribuído ao grupo dos jovens repórteres de Vila Velha “pela qualidade do conjunto de reportagens publicadas ao longo do ano”. O mesmo concurso distinguiu ainda em junho, o trabalho “Air Quality in Vila Velha de Ródão” com o 2º lugar do prémio “MELHOR REPORTAGEM JRA EM INGLÊS”. Recorde-se que um grupo de alunos de 9º ano da Escola Básica 2/3 de Vila Velha de Ródão tem vindo a desenvolver um projeto intitulado “Ambiente: Presente e Futuro” que valeu três distinções consecutivas de “Reportagem do Mês”, de fevereiro a maio . Ao todo o projeto somou 4 distinções para as suas reportagens, uma das quais em língua inglesa, o que contribuiu para a atribuição do prémio final de escola do ano. Todos os meses, desde fevereiro, este grupo publicou mensalmente uma ou duas reportagens subordinadas ao tema do ambiente. O projeto, que começou no ano letivo passado, tem vindo a apresentar os resultados à população através do jornal da escola “Gente em Ação”, da imprensa regional, de uma página de Facebook e da plataforma online “Jovens Repórteres Para o Ambiente”. O concurso apresenta três categorias: artigo, foto e vídeo. A equipa de VVR apresentou trabalhos nas duas primeiras. A professora responsável pelo grupo, refere a este propósito que “ não concorremos com os nossos melhores trabalhos, porque um dos critérios do concurso inclui o limite de 3500 carateres. Para uma reportagem, que é por princípio um texto com um grau de desenvolvimento considerável, é muito pouco.” A mesma professora refere ainda que “para além dos prémios, a qualidade do trabalho ficou provada pela pertinência dos temas e relevância para a população”. Do lado dos alunos, o jovem Ricardo Farinha mostra- se “muito satisfeito por fazer parte deste projeto, porque os jovens também devem participar e intervir na vida da sua região.” Também Ana Rita Nunes refere: “durante estes anos a trabalhar neste projeto vemos, neste prémio, reconhecido o nosso esforço e dedicação. O trabalho conjunto foi bastante bom pois pudemos enriquecer ainda mais as nossas reportagens e torná- las ainda mais interessantes. Gostei muito de fazer parte deste projeto.” Este grupo de repórteres escolares realizou um total de sete reportagens que abrangeram vários aspetos ambientais: “Respiração mais difícil em VVR”, “Qualidade do Ar” (prémio de fevereiro e 2º lugar nacional para a versão em Inglês), “Indústria sim! Mas a cumprir a lei!” (prémio março), “Ministério do Ambiente não reconhece validade a estudo ambiental”, “Envelhecimento e indústria impedem desenvolvimento”, “Descargas poluentes comprometem a qualidade da água do Tejo” (prémio abril) e “Biodiversidade em perigo”. MAIS INFO EM : http:// www .facebook.com/#!/ ambiente.presenteefuturo Jovens repórteres recebem prémios JRA no Dia do Agrupamento Trabalho na Pág. 6 BODAS DE OURO SACERDOTAIS DO REVERENDO PADRE ANTÓNIO ESCARAMEIA (Pároco em Ródão desde 1973, acumula idênticas funções no Fratel e nos Perais) O Senhor é um exemplo que os seus paroquianos não podem deixar de seguir” Prof. Jorge Gouveia LAGAR DE VARAS DE VILA V . RÓDÃO PATRIMÓNIO CULTURAL DE INTERESSE MUNICIPAL FEIRA DE GASTRONOMIA E ATIVIDADES ECONÓMICAS “Aqui há cultura, história, natureza, flora, paisagens espetaculares, gastronomia tradicional…” Maria do Carmo Sequeira O Rev. Padre António Escarameia, Pároco de Vila Velha de Ródão, Fratel e Perais, depois das comemorações jubilares dos seus 50 anos de sacerdócio, em consagração a que presidiu D. Antonino Dias, Bispo da Diocese de Portalegre e Castelo Branco, foi homenageado pela paróquia da sede do concelho, no passado dia 8. A homenagem iniciou-se com uma missa bastante concorrida, na igreja matriz da Vila, a que se seguiu o almoço, servido no ginásio do Agrupamento de Escolas e compartilhado por mais de 200 convivas. O Prof. Luis Costa, Drª. Maria do Carmo Sequeira, o homenageado Reverendo Padre Escarameia e o sr. João Mendes Pág. 5 e 7 Pág. 2 Cont. Pág. 2 Pág. 7 “QUADROS DA VIDA RURAL NO TERRITÓRIO DE RÓDÃO” Pág. 7 foto: agrupamento de escolas de VVR

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ANO XXIX- Nº. 357 Mês de Julho de 2012

O CONCELHO DEVILA VELHA DE RÓDÃO

PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS

Castelo BrancoTAXA PAGA

Redacção: Avª. Almirante Reis, Nº. 256 - 1º. esqº. 1000-058 LISBOA - [email protected] - www.ccvvrodao.no.sapo.pt - Telem. 967 018 215 - NIB: 003500630008193433011

Publica-se na última semana de cada mês

Mensário RegionalistaFundador: DOMINGOS ALVES DIAS

DirectorJOSÉ FAIA P. CORREIA

Registo de Imprensa - Nº 108771 Depósito Legal Nº. 4032/84

30 Anos ao serviço do nosso Concelho

Número Avulso: 0,80

Editorial

Vila Velha de Ródão é“ESCOLA JRA DO ANO 2012”

Oprojeto Jovens Repórteres Parao Ambiente (JRA), uma iniciativada Associação Bandeira Azul da

Europa (ABAE) acaba de distinguir oAgrupamento de Escolas de Vila Velha deRódão com o galardão “Escola JRA do Ano2012”. O prémio foi atribuído ao grupodos jovens repórteres de Vila Velha “pelaqualidade do conjunto de reportagenspublicadas ao longo do ano”. O mesmoconcurso distinguiu ainda em junho, otrabalho “Air Quality in Vila Velha deRódão” com o 2º lugar do prémio“MELHOR REPORTAGEM JRA EMINGLÊS”.

Recorde-se que um grupo de alunosde 9º ano da Escola Básica 2/3 de VilaVelha de Ródão tem vindo a desenvolverum projeto intitulado “Ambiente: Presentee Futuro” que valeu três distinçõesconsecutivas de “Reportagem do Mês”, defevereiro a maio . Ao todo o projeto somou4 distinções para as suas reportagens, umadas quais em língua inglesa, o quecontribuiu para a atribuição do prémiofinal de escola do ano.

Todos os meses, desde fevereiro, estegrupo publicou mensalmente uma ou duasreportagens subordinadas ao tema doambiente. O projeto, que começou no anoletivo passado, tem vindo a apresentar osresultados à população através do jornalda escola “Gente em Ação”, da imprensaregional, de uma página de Facebook e daplataforma online “Jovens Repórteres Parao Ambiente”. O concurso apresenta trêscategorias: artigo, foto e vídeo. A equipade VVR apresentou trabalhos nas duasprimeiras. A professora responsável pelogrupo, refere a este propósito que “ não

concorremos com os nossos melhorestrabalhos, porque um dos critérios doconcurso inclui o limite de 3500 carateres.Para uma reportagem, que é por princípioum texto com um grau de desenvolvimentoconsiderável, é muito pouco.” A mesmaprofessora refere ainda que “para além dosprémios, a qualidade do trabalho ficouprovada pela pertinência dos temas erelevância para a população”. Do lado dosalunos, o jovem Ricardo Farinha mostra-se “muito satisfeito por fazer parte desteprojeto, porque os jovens também devemparticipar e intervir na vida da sua região.”Também Ana Rita Nunes refere: “duranteestes anos a trabalhar neste projeto vemos,neste prémio, reconhecido o nosso esforçoe dedicação. O trabalho conjunto foibastante bom pois pudemos enriquecerainda mais as nossas reportagens e torná-las ainda mais interessantes. Gostei muitode fazer parte deste projeto.”

Este grupo de repórteres escolaresrealizou um total de sete reportagens queabrangeram vários aspetos ambientais:“Respiração mais difícil em VVR”,“Qualidade do Ar” (prémio de fevereiro e2º lugar nacional para a versão em Inglês),“Indústria sim! Mas a cumprir a lei!”(prémio março), “Ministério do Ambientenão reconhece validade a estudoambiental”, “Envelhecimento e indústriaimpedem desenvolvimento”, “Descargaspoluentes comprometem a qualidade daágua do Tejo” (prémio abril) e“Biodiversidade em perigo”.

MAIS INFO EM : http://w w w . f a c e b o o k . c o m / # ! /ambiente.presenteefuturo

Jovens repórteres recebem prémios JRA no Dia do Agrupamento

Trabalho na Pág. 6

BODAS DE OURO SACERDOTAISDO REVERENDO PADREANTÓNIO ESCARAMEIA

(Pároco em Ródão desde 1973, acumula idênticas funções no Fratel e nos Perais)

O Senhor é um exemplo que os seus paroquianos não podem deixar de seguir” Prof. Jorge Gouveia

LAGAR DE VARASDE VILA V. RÓDÃO

PATRIMÓNIOCULTURAL DE

INTERESSEMUNICIPAL

FEIRA DE GASTRONOMIA E ATIVIDADES ECONÓMICAS“Aqui há cultura, história, natureza, flora, paisagens espetaculares, gastronomia tradicional…”

Maria do Carmo Sequeira

ORev. Padre António Escarameia, Pároco de Vila Velha de Ródão, Fratel e Perais, depois das comemoraçõesjubilares dos seus 50 anos de sacerdócio, em consagração a que presidiu D. Antonino Dias, Bispo da Diocese dePortalegre e Castelo Branco, foi homenageado pela paróquia da sede do concelho, no passado dia 8.

A homenagem iniciou-se com uma missa bastante concorrida, na igreja matriz da Vila, a que se seguiu o almoço, servidono ginásio do Agrupamento de Escolas e compartilhado por mais de 200 convivas.

O Prof. Luis Costa, Drª. Maria do Carmo Sequeira, o homenageado Reverendo Padre Escarameia e o sr. João Mendes

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Cont. Pág. 2

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“QUADROS DA VIDARURAL NO TERRITÓRIODE RÓDÃO” Pág. 7

foto: agrupamento de escolas de VVR

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JULHO DE 2012O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 2

Crónicas deum paraíso à beira do Tejo…

"O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO"Propriedade e editor: Casa do Concelho de Vila Velha de Ródão; Nº Registo Pessoa Colectiva: 502 377003 - Registo de Imprensa: Nº108771 - Depósito Legal: Nº. 4032/84 - Director: José Faia P. Correia([email protected]) - Presidente da Direcção da Casa do Concelho: Elísio Carmona([email protected]) Composição: João Luis Gonçalves Silva ([email protected]). Impressão:Jornal Reconquista - Castelo Branco. - Colaboradores: Alexandra Fernandes, Ana Martins Camilo, AntónioFernando Martins, António Silveira Catana, Elísio Carmona, Emílio B. Pereira Costa, Fabião Baptista,Joaquim Dias Caratão, Jorge Manuel Cardoso, José Carlos Belo, José Emílio Ribeiro, Luis Ribeiro PiresCorreia, Manuel Antunes Marques, Maria Dias Belo Carepo, Mónica Santo, e O. Sotana Catarino. Sede,Redacção e Administração: Av. Almirante Reis, 256 - 1º. Esqº. - 1000-058 LISBOA - Tel.: 218 494 565N.B. - Toda a correspondência deverá ser enviada para a redacção. As opiniões expressas nos textospublicados em "O Concelho de Vila Velha de Ródão" apenas reflectem os pontos de vista dos seus autores.Assinatura anual: •Território nacional - 10 € • Estrangeiro -12,5 €. Tiragem mensal: 1 500 ex.([email protected])

Editorial

* Largo da Graça, 63-D 1170-165 LISBOA* Rua Seminário, Lt 17 1885-076 MOSCAVIDE* Tel. Gás: 219 441 205 – 219 430 152* Linha verde: 800 206 563* Fax: 219 443 506

Distribuição de GALPGÁS

ÁS Manuel Matas (Foz do Cobrão)

FABRICO DE PÃO DE TRIGO, CENTEIO E MILHOBOLOS DE PASTELARIA, BOLOS FINTOS, DE CANELA,

BROAS DE MEL, BISCOITOS E BORRACHÕES

por José Emílio [email protected]

MUDAM-SE OS TEMPOS…

Não, não vou pregar nenhum sermão, não tenho esses dons nem quero virpara aqui armado em moralista.

O meu contrato com os leitores foi só tentar entreter um pouco, nada degrandes ideias, nem de temas muito fortes. Vamos brincando e andado, que otempo não esta mesmo para grandes discursos, mas também não pode ser sóblablá…

No blablá estava eu com uns amigos, quando um deles se saiu com esta:«o primeiro curso que eu tirei, tinha dez anos, foi na universidade de Elvas».

Universidade de Elvas? Aqui havia gato, nunca me constou que Elvastivesse ensino superior, por isso duvidei, para mais com dez anos...

Nem foi preciso eu dizer nada, a explicação veio pronta. O curso tinha sidode aguadeiro, foi tirado na universidade da vida, essa grande escola de virtudes.

O pai do meu amigo era “manajeiro” na ceifa, recrutava por aqui um ranchode homens e, fazendo a viagem a pé, iam até terras de Elvas para a ceifa. Elefora com dez anos com a incumbência de andar a distribuir água por aquelasbocas sequiosas.

Ao ouvir isto o outro retorquiu:- Pois eu com essa idade também já andavaa tirar o meu primeiro curso, nem precisei de ir para fora, fiquei mesmo aqui nazona do pinhal e, o meu principal professor também era o meu pai. Andavaaqui no pinhal a ajudar na colheita da resina, punha bicas, raspava e por vezesjá andava com o caldeiro na recolha. Eram grandes escolas estas.

Confesso que ao ouvir isto quase me senti envergonhado por ter tido oprivilégio, ou será que não foi privilégio, de nunca ter tido estes trabalhos tãopesados, já que o meu pai apenas me prendia ali pela loja, sem me dar muitoque fazer e, quando dava era coisa de pouca monta, como contar botões oualfinetes.

Confesso que fiquei um pouco confundido com a conversa dos meusamigos. Afinal eles não estavam magoados, antes pelo contrário, eles estavamcontentes com tudo aquilo que tinham aprendido. Tinham tirado alguma coisadaquelas experiências que lhes tinha servido pela vida fora. Agora começava acompreender o que queriam dizer com a comparação que faziam daquelestrabalhos e com a tal de universidade. Dei comigo a pensar para com os meusbotões:- será que eu também andei naquela altura na universidade, ou, ao pédo trabalho deles, apenas teria andado na escola primária?

Não, eu não andei na escola primária, tampouco eles andaram nauniversidade, o que nós tivemos foi uma infância diferente, mas norteada pelomesmo propósito por parte dos nossos pais, quiseram, de uma forma ou deoutra, preparar-nos para a vida. Apenas procuraram dar-nos bases para que umdia mais tarde, ao depararmos com os obstáculos na vida, tivéssemos umapreparação que nos permitisse ultrapassá-los com mais facilidade.

Continuamos a falar, cada um contando episódios da sua juventude, algunsbem pesados, que obrigaram a sacrifícios na altura, por vezes até com umaleve revolta, mas sempre encarados como um ensinamento e preparação para avida.

É bom percorrermos o passado, é bom sentirmos saudades daqueles tempos,mesmo sendo difíceis, foram saborosos.

Na verdade estes tempos estão cada vez a ficar mais longe, sendo que hojeapenas vivem na memória de quem os viveu, sendo praticamente impossívelque tais factos se voltem a repetir, tal a dureza de que se revestiam e dacapacidade de resistência inata nas gentes daquela altura. De modo algum elassão encaradas com saudosismos ou desejos de que tais tempos e tais práticasvoltem a ter de se fazer. Convém no entanto que não se apaguem totalmente damemória das gentes, para, pelo menos dar algum valor a quem se sacrificoupara que os trabalhos na altura se realizassem.

REVERENDO PADREANTÓNIO

ESCARAMEIANa homilia, o ilustre Pároco começou

por dar graças a Deus por tê-lo chamadoao sacerdócio, pela sua fidelidade ao apelodo Senhor, por se sentir bem nessechamamento e por estar no meio dos seusparoquianos, aos quais se dirigiu nosseguintes termos “…agradeço a todosvós que aqui viestes celebrar estaEucaristia comigo. Desde sempre, venhodizendo que só entendo e aceito estasmanifestações como expressão deamizade e como manifestação da fé dumpovo crente e bom.

As minhas palavras, por muitobonitas que sejam, nunca conseguirãoexpressar a gratidão que sinto por todosvós. E digo-vos, com toda a franqueza,que, nestes dias, eu gostaria mais de falarpara dentro de mim mesmo, do que parafora. Eu estou quase em pânico com tudoo que está a acontecer. Ao longo da minhavida, afastei sempre de mim honrarias emanifestações, porque não fiz mais doque cumprir os meus deveres, comohomem, como padre, como professor,como amigo.

Procurei cumprir o meu dever, porisso ninguém tem que me agradecer. Ese melhor não fiz, foi porque nãosoube, ou não pude. O que se fez, a vósse deve também, porque nunca trabalheisozinho. Vós sempre colaborastescomigo, sempre me acompanhastes,sempre estivestes a meu lado. Eu é quevos devia fazer esta homenagem, avós”.

Referiu depois alguns episódios dasua vida, a começar pelo seu batizado nodia de Todos os Santos, no final do qual asua madrinha o levou perante o altar deNossa Senhora e terá dito, em voz alta,mais ou menos estas palavras: “Ó Mãedo Céu, ofereço-te o meu afilhado e queroque faças dele um bom sacerdote!”

Falou da sua infância, das ovelhasque guardou, da escola e da catequese,como nasceu a sua vocação para osacerdócio e como julga que Deus estevesempre a seu lado e o ajudou a ultrapassaralgumas indecisões. Também falou depessoas suas amigas como o padre daparóquia da sua terra, o médico e ofarmacêutico, mas decidiu que ser padre

era melhor que ser médico ou farmacêutico.Para realizar esse seu sonho ingressou no

seminário de Gavião de Abrantes e foi ordenadosacerdote a 8 de Julho de 1962, na Sé dePortalegre. Nesse dia, alguém lhe perguntou paraque queria ser padre, ao que ele respondeu, emantém a resposta: “Para levar a mensagemde Jesus Cristo aos outros, com quem me voumisturar”.

O Padre Escarameia disse ainda: “Após 50anos dou graças a Deus pelo meu sacerdócio.Mas quem realiza o milagre da missão é oSacerdote Jesus Cristo. Eu sou apenas uminstrumento d’Ele, para quem dirijo ahomenagem que vós, hoje, me prestais, poramizade e carinho”.

A homilia terminou com um agradecimentosaos seus familiares, colaboradores, aos bisposque o ajudaram, aos seus irmãos no sacerdócio,aos professores seus colegas na Escola de V.V.de Ródão, que, segundo ele, sempre o ajudarame repartiram com ele a amizade. Agradeceutambém aos responsáveis pelas autarquias doconcelho, que sempre estiveram ao seu lado, eaos leigos que mais de perto colaboram com elenas actividades da Igreja (Ministros da Palavrade Deus e da Comunhão, Catequistas,Comissões Económicas, Comunidade Religiosade Fratel), aos promotores destahomenagem e, dum modo muito especial, atodos os que o acompanham nesta data especialda sua vida.

Por fim, concluindo, disse: “Por todos, voupedir a Deus, nesta Eucaristia”.

No final da Santa Missa, o celebrante dirigiu-se para a porta da igreja, onde recebeu oscumprimentos de cada um dos presentes.

Seguiu-se o almoço-convívio, no pavilhãoescolar, no final do qual usaram da palavra osProfs. Jorge Gouveia e Luís Costa (Diretor doAgrupamento de Escolas), o sobrinho dohomenageado, João Escarameia, a Assessora daCâmara, Drª Maria Adelina e a Presidente daCâmara, Dr.ª Maria do Carmo Sequeira.

Ao homenageado foram oferecidos doisvaliosos quadros do grande pintor João Sena,um dos quais em nome pessoal pelo próprioautor e uma bandeja em prata, pela Paróquia dePerais.

Por fim, o Padre Escarameia agradeceu,sendo que as suas palavras, bem como as doProf. Jorge Gouveia podem ser lidas em http://www.igrejarodao.pt/index_abc.htm

Cont. 1ª Pág.

BODAS DE OUROSACERDOTAIS DO

1. A D. Adelina Correia deAraújo Martins partiu.Companheira de vidadessa figura ímpar doFratel e do nossoconcelho, que foi oInspetor Baptista Mar-tins, era eu aindacriança e dela formei aimagem do que era seruma verdadeiraSenhora. E quantasvezes, ao vê-la, penseicomo nela sematerializava o dito: “Por trás de um grandehomem, há sempre umagrande mulher”.

2. O Padre Escarameia,pároco de três dasparóquias do nossoconcelho, comemorou os50 anos de sacerdócio.Uma vida de dedicaçãoaos outros de um homemque, quanto mais oconhecemos, mais oficamos a considerar.

3. Com a inauguração doespaço museológico doLagar de Varas, a nossaVila fica valorizada commais este motivo parauma visita ao concelho.E ali, perante aparafernália dosmecanismos mais oumenos artesanais, queexigiam grande esforçohumano em trabalhosque a minha geraçãoainda testemunhou, valea pena meditar como,afinal, somos unsprivilegiados porpertencermos àsociedade em que,máquinas automáticas,acionadas por meio debotões, nos libertam darealização do trabalhomais pesado!Aqui fica uma boa nova:“A nossa escola foidistinguida com oprémio “Escola do Ano”pela AssociaçãoBandeira Azul daEuropa, no âmbito dainiciativa “JovensRepórteres para oAmbiente”.Quem não fica contentecom tal notícia? Viva anossa Escola! Parabénsrapaziada!

4. No Fratel, começa aganhar pontos a játradicional Sardinhadada Aldeia Cimeira!

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Dias 14, 15 e 16 de AgostoFESTAS EM HONRA DE NOSSA SENHORA DOCASTELO EM VILAS RUIVASCOMISSÃO DE FESTAS TRAZ MÁRIO JORGE ( ARTISTA VENCEDOR DOS CONCURSOS TELEVISIVOSBIG SHOW SIC, MADE IN PORTUGAL E CUIDADO COM AS IMITAÇÕES, À ALDEIA DE VILAS RUIVAS NOPRÓXIMO DIA 16 DE AGOSTO.

VILAS RUIVASpor Jorge Cradoso

Realizam-se nos próximos dias14,15 e 16 de Agosto, na aldeiade Vilas Ruivas, as Festas em

Honra de Nossa Senhora do Castelo. Apar da Festa em Honra de NossaSenhora dos Remédios, em Alfrívida,as Festas da aldeia de Vilas Ruivas sãoas mais antigas e tradicionais festas quese realizam no concelho de Vila Velhade Ródão.

Diz a tradição, que já em plenoséculo XII, “os povoados circundantesao Castelo se deslocavam para aquelazona envolvente, onde durante três dias( talvez entre a Páscoa e o final deAgosto) participavam nos festejos queali se realizavam todos os anos”. Talvezpor esse facto, em tempos, a Festa emHonra de Nossa Senhora do Castelo, erarealizada em Vilas Ruivas, entremeados de Março e meados de Abril,passando mais tarde, a realizar-sesempre em Agosto.

Para este ano, os três dias da Festatêm um cartaz de luxo, com a Comissãode Festas a apostar no artista MárioJorge e o seu duo de músicos, vencedordos concursos televisivos “Big ShowSic”, “Made in Portugal” e 2ºclassificado no concurso “ Cuidado comas Imitações “, e que se apresenta empalco a 16 de Agosto, para animar o

baile e o arraial do último dia dosfestejos. Com dois discos de platina:“Não tenho dinheiro, não” e “MúsicaCompanheira”, Mário Jorge prometeencher de convivas o Largo Principalda Aldeia. O Artista já referiu “que vaia Vilas Ruivas para animar o baile com

o seu espectáculo, onde também irátocar alguns temas originais seus,daqueles que fizeram êxito nosconcursos televisivos em que participoue que lhe deram fama”. Também no dia14 de Agosto,e logo a abrir as Festas, abanda “Remediú Santú”, apresenta-seem palco, onde o Funaná, o Kisomba eo Kuduro serão os “Reis da Noite”. Umabanda que editou em 2011 um álbumde originais de grande sucesso, comalguns milhares de exemplaresvendidos em Portugal. Pelo meio, a 15de Agosto, a banda Clã 6030 entra empalco, e também promete um grandeespectáculo, à semelhança do que temacontecido nos anos anteriores. Já commuitos temas originais gravados, abanda de Vila Velha de Ródão está cadavez melhor e recomenda-se vivamente.È assim um cartaz de luxo nas Festasem Honra de Nossa Senhora do Castelo,em Vilas Ruivas. Uns festejos a nãoperder no nosso concelho, até pelasecular tradição que permanece bemviva, numa aldeia que sabe receber.

Os Festejos contam com o apoio daCâmara Municipal e Junta de Freguesiade Vila Velha de Ródão, divulgação daRàdio Condestável e com o patrocíniodo Comércio e Empresários doConcelho de Vila Velha de Ródão.

MISSA E PROCISSÃO EM HONRA DE NOSSA SENHORA DO CASTELO, SERÁ REALIZADA NA ERMIDADO ALTO DA SERRA, DIA 15 DE AGOSTO, PELAS 17.30 HORAS.

Apar da festa pagã realiza-se naErmida de Nossa Senhora do

Castelo no dia 15 de Agosto, pelas 17.30Horas no Alto da Serra, a Missa eProcissão em Honra de Nossa Senhorado Castelo, padroeira da aldeia de VilasRuivas.

Presidida pelo nosso Revº PadreEscarameia, recentemente alvo de umajustíssima homenagem que se impunha,a Eucaristia é o ponto alto das

Festividades da Aldeia de Vilas Ruivas,onde a enorme e devota fé por NossaSenhora do Castelo, a todos comove.Sempre muito participada, a Eucaristiae Procissão vai levar até ao Alto daSerra, muitas centenas de rodenses,particularmente também muitos jovensestudantes e ex-estudantes, que têmenorme devoção por Nossa Senhora doCastelo, tradicionalmente chamada a“Santa dos Estudantes”, já que, nas suas

batinas, principalmente nos jovensrodenses era frequente vermos aimagem da Senhora do Castelo, comodevoção e fé estudantil.

A par da Eucaristia e da Procissão,todos os participantes e visitantespoderão desfrutar de uma paisagemsoberba e ímpar no alto da serra. Umapaisagem de cortar a respiração sob asPortas de Ródão, naquela que é a salade visitas do nosso concelho.

Dia 17 de Agosto, pelas 13.00 HorasCOMEMORAÇÕES DO VIII ANIVERSÁRIO DO GRUPO DE AMIGOS DE VILAS RUIVAS

Inserido no cartaz das Festividadesem Honra de Nossa Senhora do

Castelo, realiza-se pelas 13.00 Horas dopróximo dia 17 de Agosto, no LargoPrincipal da Aldeia, o almoço convívioentre associados, naturais e amigos daAldeia de Vilas Ruivas, comemorativodo VIII aniversário da fundação do

Grupo de Amigos de Vilas Ruivas.Uma Associação que mantem bem

viva as tradições e costumes da aldeia,onde as iniciativas não têm parado, frutode um Plano de Actividades bemdelineado, e que tem ido ao encontrodo gosto e da ambição de todos os seusassociados e naturais da aldeia ao longo

de todo o ano.Com uma obra ímpar que está á

vista de todos e que enche deorgulho os associados, naturais e amigosda aldeia, o dia 17 é dia de se cantaremos parabéns, num dia que se deseja degrande convívio entre todos.

IV EDIÇÃO DO PASSEIO PEDESTRE “ A ROTA DOSLAGARES” BATEU RECORDES DE PARTICIPAÇÃOEM VILAS RUIVAS

O Grupo de Amigos de Vilas Ruivaslevou a efeito no dia 6 de Maio,

mais uma edição do seu passeiopedestre. Já vai na quarta edição, ecomo se constatou, de ano para ano baterecordes de participação.

Este ano denominado “ Rota dosLagares”, numa extensão deaproximadamente 10 kms, cerca deuma centena de pedistrianistasfizeram-se ao caminho e junto aopercurso do ribeiro da aldeia, puderamobservar lagares, moínhos de àgua, eedificações antigas em ruínas, queoutrora o povo utilizava no seu dia adia – quando se trabalhava no campode sol a sol -, muitas vezes servindo dehabitações à população, que assim, epor vezes, não regressava à aldeia

durante algum tempo. Edifícios que anatureza preservou e a história registou.Paisagens naturais que, inclusivamentemuitos naturais da aldeia, nunca tiveramoportunidade de ver. Pelo meio dopasseio, a visita a um “habitat demorcegos”, caminhos percorridos nopassado, acompanhado pela frescura esom das àguas nas cascatas que corrempelos vales até se perderem no Rio Tejo.

De máquinas fotográficas e de vídeoem punho, os participantes, e apesar dasdificuldades dos trajecto, deslumbraram-se com esta escolha, prometendo voltarpara a próxima edição.

Um êxito absoluto, que terminounum almoço e convívio entre todos nasede da Associação do Grupo de Amigosde Vilas Ruivas.

ACTIVIDADES DO GRUPO DE AMIGOS DE VILAS RUIVASEXCURSÃO A BARCA D´ALVA COM PASSEIO NO RIODOURO FEZ AS DELÍCIAS DOS PARTICIPANTES

No final do mês de Maio, o Grupode Amigos de Vilas Ruivas levou

a efeito uma excursão a Barca D‘Alva,em pleno Rio Douro.

Cerca de três dezenas deassociados, naturais e amigos da aldeia,com o apoio da Câmara Municipal de

Vila Velha de Ródão, puderam assimconviver em locais paradisiacos comosão aqueles que se vislumbram nopasseio de barco pelo Rio Douro.

Um passeio que foi do agrado detodos, a pedir bis, num dia excelentepara todos os intervenientes.

O artista Mário Jorge

ALDEIA DE VILAS RUIVAS VÊ FINALMENTE RESOLVIDOO PROBLEMA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUAAS CONDUTAS JÁ ESTÃO LIGADAS À REDE DE ABASTECIMENTO DAS ÁGUAS DO CENTRO- MARATECA,COM O EXECUTIVO CAMARÁRIO A CUMPRIR A PROMESSA.

Desde o passado dia 12 de Julho, aaldeia e população de Vilas Ruivas

já está ligada à rede de abastecimento deàgua das “Águas do Centro-Marateca”,com a abertura das novas condutas.

Uma obra prometida pela CâmaraMunicipal de Vila Velha de Ródão e queagora foi concluída.

Desde sempre, e principalmente noVerão, com dificuldades no abastecimentoe na qualidade de água na aldeia, VilasRuivas vê assim concluir mais um desejoantigo. Uma promessa cumprida peloactual executivo camarário, e que a

população saúda vivamente.Como é natural, a pressão da água nas

torneiras está diferente, pelo que se apelaà população que ainda não o fez, ou queainda não se deslocou à aldeia, paraefectuar os respectivos acertos e verificarse está a funcionar tudo bem.

Como é habitual nestas ligações, ecom a “nova” pressão da àgua,verificaram-se algumas rupturas emcondutas e nos contadores, pelo quehouve a necessidade de se proceder a umaintervenção imediata.

Relativamente à àgua da nascente

proveniente da zona do Malhadil,e queabastecia até aqui a aldeia, ela continua acorrer nos fontanários para “matar a sede”de quem a visita. Em estudo está umsistema de retorno dessas mesmas águas,para tentar viabilizar a pesquisa e osprojectos que estão a ser feitos quanto aoseu aproveitamento e, como o nosso jornaljá adiantou, poderá servir à construção deuma pequena zona de lazer (piscinanatural ou pequena praia fluvial), no sopéda serra. O futuro o dirá quanto a estaviabilidade.

VIII EDIÇÃO DA FESTA DA SARDINHA E 5ºENCONTRO NACIONAL DE MÚSICA POPULAR ETRADICIONAL PORTUGUESA EM VILAS RUIVASFOI MAIS UM ÊXITO ORGANIZATIVO.

O Grupo de Amigos de Vilas Ruivaslevou a efeito no passado dia 3

de Junho, e em simultâneo, a 8ª ediçãoda Festa da Sardinha e a 5ª edição oEncontro Nacional de Música PopularPortuguesa.

No Largo Principal da Aldeia, osapreciadores da boa sardinha assadajuntaram-se para um excelenteconvívio durante a tarde, culminandoao início da noite com o EncontroNacional de Música Popular eTradicional Portuguesa, ondeparticiparam, para além dos“Quintarolas “, grupo da Associação deVilas Ruivas, o “Seca-Adegas” e “OsVentos-da Líria”.

Um dia de excelente convívio entretodos, e que contou com a presença deLuís Pereira, Vice-Presidente daCâmara Municipal de Vila Velha deRódão, com raízes na aldeia.

Tanto a Festa da Sardinha como oEncontro Nacional de Musica Populare Tradicional Portuguesa já fazem partedas tradições organizativas daAssociação do Grupo de Amigos de

Vilas Ruivas, sempre com grandessucessos, e sempre a pedir mais emelhor.

Esta iniciativa já vai ultrapassandofronteiras e vai ganhando cada vez maisraízes entre os rodenses, pelosexcelentes momentos oferecidos a quemvisita Vilas Ruivas.

Houve tempo ainda para que algunsconvivas que não conheciam a parte suldas Portas de Ródão, se fizessem aocaminho estrada abaixo, e na Fonte dasVirtudes, tiveram oportunidade deconstatar que, e vistas dali, as Portas deRódão tornam-se efectivamente maisimponentes e grandiosas. Uma paisagemque deslumbrou aqueles que nãoconheciam o local, e que puderamconstatar que, e como já alguém disseaqui no nosso Jornal, as Portas de Ródãotornam-se mais espectaculares quandovistas da Ilha da Fonte das Virtudes.Pena que, e até ao momento, o local nãoesteja devidamente explorado no planoturístico. O nosso concelho só teria aganhar, se efectivamente ali existissemoutras condições de acesso.

JULHO DE 2012 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 3

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JULHO DE 2012O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO4

SARNADAS DE RÓDÃOAS GENTES DOS RODEIOS EM FESTA

OS NASCIDOS NOS ANOS 1950/60 CONVIVEM

Foi no dia 26 do passado mês deJunho, que a Associação D. R.e Cultural do Rodeios ofereceu

a todos os seus associados umasardinhada de S. João, que teve lugar

nas suas instalações.A festa foi animada nada faltando

e a musica esteve a cargo doacordeonista Leonel Gomes , deSarnadas que, com as sua músicas

populares alegrou a tarde a todospresentes.

Parabéns à direcção da associaçãoe que festas como estas se repitam pormuitos anos.

PERAISFESTAS EMHONRA DE STO. ANTÓNIO

Vai-se realizar entre os dias 10de Agosto (sexta-feira) e 13 deAgosto (segunda-feira) a festa

tradicional em honra de Santo António,padroeiro de Perais.

Vamos ter muita musica e animaçãode modo a proporcionar o convivio entreas populações locais, fortalecer os laçosde amizade e juntar “de todas as partespor onde andam dispersos, os filhos daterra, para alimentar a fé que os liga àsua igreja e fortalecer as raízes que osligam ao seu torrão natal.”

APELO

O Grupo Sociocultural dosPovos da Freguesia de Peraispretende realizar uma

exposição de fotografia para recordare preservar um pouco da história dePerais.

Agradece-se a quem possuafotografias sobre locais, gentes eactividades a sua cedência com umabreve explicação.

As fotos serão copiadas edevolvidas de modo a salvaguardar asua estima.

Contactos: José Carlos Lopes -969008084 - [email protected].

JCBelo

OS MISTOS CONVIVEM

Os Sarnadenses que nasceram nosanos 50 e 60 voltaram a reunir-

se pelo décimo oitavo ano consecutivo,no dia 30 do passado mês de Junho,num almoço convívio que teve lugareste ano no restaurante “peçacaça “ nosLenticais.

A ementa constava, entradas,migas e cabrito no forno e váriasiguarias assim como o bom tinto daregião.

Durante a tarde a rapaziadaconversava e lembrava váriaspassagens da sua juventude, que peloque consta foram bastante animadas eé sempre bom mais tarde recordar.

Entre estes jovens encontravam-seassinantes do nosso jornal . Parabéns eque para o ano o convívio se repita.

SENHORES ASSINANTES:Informamos que o pagamento de assinatura do jornal, ou quotas da Casa do

Concelho, poderá ser feito por transferência bancária, através do NIB da contabancária da Casa do Concelho de Vila Velha de Ródão - proprietária do jornal -conta Nº 003500630008193433011. Será necessário indicarem o primeiro nome epelo menos um dos sobrenomes para identificarmos o assinante na nossa listageme anotar o respectivo pagamento. Poderão ainda dar-nos conhecimento datransferência através do endereço da Casa do Concelho: [email protected] .

Em alternativa os pagamentos poderão ser efectuados nos nossos colaboradores,nos seguintes locais:

• Vila Velha de Ródão: Mota & Barreto Cont. Ldª - Tel: 272 545 553• Foz do Cobrão: Octávio Sotana Catarino• Sarnadas de Ródão: Emílio B. Pereira da Costa - Tel:272 997 793 • Perais: Maria Dias Belo Carepo - Telem: 962 788 650• Fratel : António Fernando Martins - Tel: 272 566 124 • Lisboa: Envio de cheque ou vale postal para: Casa do Concelho de Vila V.

de Ródão - Av. Almirante Reis, 256 – 1º Esq. - 1000-058 – Lisboa (Neste caso, aFact.ª / Recibo será enviada posteriormente)

O valor da assinatura para o ano de 2012 é de 10,00 euros, para territórionacional, e de 12,50 euros para o estrangeiro. Apelamos para que mantenhamos pagamentos em dia, tanto mais que o valor da assinatura e de algunsanúncios são a única receita do nosso jornal.

Foi no dia 14 do corrente mês, queos mistos das Sarnadas

organizaram o seu almoço convívio,que como habitualmente tevelugar no salão polivalente da junta defreguesia.

O convívio teve inicio por volta das10 horas. Cerca das 13 horas teve inícioo almoço, composto de sardinhasassadas seguindo-se entremeada efebras. Enquanto alguns trabalhavamna cozinha, no salão o Leonel Gomes

com as suas músicas animava ospresentes.

O convívio prolongou-se pela tardedentro vindo a terminar no café “Oadro“ onde a festa animada pela musicacontinuou. Pereira da Costa

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O Concelho de Vila Velha de Ródão- Notícias da Câmara Municipal - Drª. Ana Martins Camilo

CASA DE ARTES E CULTURA DO TEJO

NOVIDADES PARA EMPRÉSTIMOAUDIOVISUAIS

Biblioteca Municipal José Baptista Martins

De 3 a 31 de agostoExposição de fotografia, Terra Viva, de Armindo Alves

LAGAR DE VARAS DE VILA VELHA DE RÓDÃO

PATRIMÓNIO CULTURAL DEINTERESSE MUNICIPAL

O Lagar de Varas de Vila Velhade Ródão foi adquirido pelaautarquia em 2007 e em 2011

deu-se início a sua requalificação.Embora não se conheçam as datas dasua construção, os testemunhosmateriais revelam que são bastanteantigos, porque estudos referentes àhistória do azeite em Portugalidentificam esta margem do Tejo comocentro produtor e consumidor desteproduto alimentar já na Idade Média.Este lagar documenta todas as faseshistóricas do fabrico do azeite: desde ouso da energia humana e animal até aorecurso da força hidráulica e da

EXPOSIÇÕES

LIVROS

Até 30 de setembroTapeçaria criada ao longo de várias sessões do ateliê “Mantas, tapetes e croché”,do projeto “Calhondra, olha o xisto!”. O trabalho foi inspirado na arte rupestredo Vale do Tejo e contou com a participação de pessoas dos 3 aos 93 anos.

Biografia:Armindo Alves define-se como umcurioso da fotografia de natureza, umasegunda vida distinta do seu caminhoprofissional – a engenharia civil.Frequentou o InstitutoPortuguês de Fotografia e tem colaboradocom diversas revistas. As suas fotografiasmacro, que pela composição e dimensãoproduzem um efeito pictórico que asaproxima da pintura, pretendem ser veículode sensibilização para a defesa do meioambiente e da biodiversidade.

D e 1 a 23 de junho, no polodesportivo do CentroDesportivo Recreativo e

Cultural de Vila Velha de Ródão (CDRC)decorreu a 5ª edição do torneio de futsalFut::Tejo, organizado pelo CentroMunicipal de Cultura e Desenvolvimentoe pelo CDRC apoiado pela autarquia epor outros patrocinadores.

Resultados do torneio Fut::Tejo:Classificação:1º Restaurante Enxarrique2º Silva e Marques (C. Branco)3º Sabores de RódãoMelhor guarda-redes> Eduardo

Martins (Silva Marques)Melhor Marcador> Carlos S. João

(Sabores de Ródão)Equipa Fair-Play> Bombeiros

Voluntários de V.V.R.

Futebol de 11 |Campeonato Distrital 1ª Divisão> Época 2012/2012Apartir do dia 7 de Agosto vão dar início os treinos para o Campeonato Distrital 1ª Divisão | Futebol 11, no Estádio

Municipal de V. V. Ródão, às terças e sextas-feiras, a partir das 20h00.Nas primeiras duas semanas haverá captação de novos atletas, assim caso estejam interessados apareçam.

TORNEIO DE FUTSAL

mecânica. O Lagar de Varas éconstituído por um edifício construídoem alvenaria típica da região (xisto equartzito), com os seguintes espaços:receção/sala da fornalha, tulhas,moinho de tração animal, estábulo, saladas varas, tanque das tarefas, moinhohidráulico e prensa hidráulica verticale roda de água vertical. No pisosuperior do Lagar de Varas está patentea exposição permanente: O Azeite: Oirode Ródão, onde é apresentada umaperspetiva territorial enquadrada emtodo o tipo de património associado àprodução do azeite existente noconcelho com testemunhos históricos

e atuais.Visite o Lagar de Varas e divulgue

este património cultural a preservar

Horário: De 3ªfeira a sábado>10h às 12h30 e 14h às 18h30

Informações e visitas guiadas:

Lagar de VarasMorada : Estrada Nacional 18, Vila

Velha de RódãoTelef.: 272 540 300 | Câmara

Municipal de V. V. RódãoEmail: :

[email protected]

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O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO6 JULHO DE 2012

INDÚSTRIA, SIM! MAS A CUMPRIR A LEIPopulação de Vila Velha de Ródão questiona qualidade ambiental do ar e pede respostas

Cinza e cheiro desagradável por identificarpreocupam população

Aqualidade do ambiente está cada vez mais no centro das preocupaçõesdas populações. Em Vila Velha de Ródão têm-se ouvido algumas

vozes de inquietação com a qualidade do ar que se respira. Alguns cidadãos,em nome individual ou coletivo, manifestaram já as suas dúvidas junto deentidades competentes. A população interroga-se sobre uma cinza preta egordurosa que, por vezes, cobre o chão e todas as atenções se viram paraa indústria presente no concelho. Nas ruas, ouvem-se cidadãos criticar omau cheiro e o fumo, a existência de unidades fabris que arruínam qualquerhipótese de investimento no turismo e a consequente desertificação daregião.

Em resposta aos anseios da população, a Câmara Municipal contrataum estudo com o objetivo de avaliar a qualidade do ar, estabelece contatoscom as empresas, dirige diversas queixas junto das entidades que tutelamo ambiente, sem obter quaisquer resultados e promove uma sessão deesclarecimento público.

Alguns cidadãos em nome individual solicitam a diversos gruposparlamentares que interpelem o Ministério do Ambiente sobre esteproblema, iniciativa também tomada pela edilidade.

Apesar das críticas dos cidadãos, são também eles a reconhecer aimportância das grandes unidades fabris na economia local, na manutençãode postos de trabalho, na fixação da parte da população residente e nasobrevivência de outras empresas que dependem e prestam serviços àsmaiores. A CELTEJO diz assegurar a sua preocupação ambiental atravésda monitorização contínua das emissões gasosas e controle diário dosefluentes líquidos. A AMS – GOMA CAMPS SA. é vista como uma unidademodelo que desenvolve um “processo limpo” de produção. ACENTROLIVA – INDÚSTRIA E ENERGIA SA., apesar dos contactosefetuados, optou por não prestar esclarecimentos. Contudo, queixas decidadãos junto do SEPNA obtiveram deste organismo fiscalizador da GNRa informação de que foram levantados “autos de notícia por contra-ordenação por falta de monitorização dos parâmetros das partículas”.

Queixas originam estudo

A existência de um abaixo-assinado com cerca de 400 assinaturas e asvozes que se fizeram ouvir junto da Assembleia Municipal dão conta

do agravamento da poluição atmosférica nos últimos dois anos econseguiram que a Câmara Municipal solicitasse ao Departamento deCiências e Engenharia do Ambiente da Faculdade de Ciências e Tecnologiada Universidade Nova de Lisboa um estudo de avaliação da qualidade doar no município, cujos resultados foram apresentados na AssembleiaMunicipal de 29 de abril de 2011 e à população, no dia 26 de janeiro,numa sessão pública dirigida aos munícipes. O referido estudo aponta aspartículas PM10 como responsáveis pelos únicos valores excedentesregistados em dois locais de Ródão, entre 2 a 8 de março e 25 de março a18 de abril de 2011. Para os restantes poluentes, monóxido de carbono(CO), ozono (O3), dióxido de azoto (NO2) e dióxido de enxofre (SO2),os valores medidos não ultrapassam os limites estipulados pelo Dec. Leinº102/2010. As conclusões deste estudo referem ainda que “as emissõesdas fontes industriais terão tido uma influência decisiva nos valoresmedidos”. O mesmo poderá ser confirmado num quadro (ver imagem)retirado do relatório técnico do Quadro de Referência Ambiental do PlanoRegional de Ordenamento do Território – Centro (2005). Este gráficoreporta-se aos dados de 2003 e identifica Vila Velha de Ródão como “zonade actividade industrial considerável” onde se verificam emissões entre500 e 600 toneladas/ano do poluente PM10. Maria do Carmo Sequeira,Presidente da Câmara, assegurava nesta altura que “em relação ao estudo,e assim que tivesse a sua versão definitiva, a Câmara o encaminharia parao Ministério do Ambiente e para a Comissão de Coordenação eDesenvolvimento Regional do Centro.” Ainda segundo a mesmaresponsável, “a Câmara não tem capacidade para intervir, são estasentidades que deverão agir.” Apesar de os resultados do estudodemonstrarem a existência de poluentes, não foi possível determinar asua origem, pelo que a edilidade solicitou à Universidade Nova de Lisboa(UNL) a continuação da monitorização com o objetivo de conseguir

informação científica fundamentada para, caso se verifique haver motivosde preocupação, avançar para uma queixa mais dirigida. Neste sentido,os técnicos da UNL estão a proceder à compilação de dados junto dasempresas para aferir se os resíduos se enquadram nos valores definidospela legislação.

Contactado pelo “Gente em Ação”, um dos subscritores do abaixo-assinado, Cristiano São Pedro, refere uma grande preocupação com oagravamento do mau cheiro e com as “partículas sólidas pretas” quecobrem o chão. O mesmo cidadão refere que o objetivo da iniciativa não épôr em causa a existência de indústria na vila, mas sim saber se estão aser cumpridas as normas previstas por lei e se os graus de poluição nãoultrapassam os limites a partir dos quais a saúde pública é posta em causa.Um inquérito feito pelos alunos promotores deste projeto, aplicado sobanonimato a 58 habitantes da vila, refere que 93% consideram a qualidadedo ar que respiram Má (41%) ou Muito Má (52%). Quando questionadossobre se o ar traz malefícios para a saúde, 74% responde afirmativamente,enquanto 19% manifesta dúvida. Contactado pelos alunos, o gestor dequalidade da CELTEJO, Manuel Gonçalves, refere que “o facto de umasubstância química produzir mau cheiro não significa necessariamenteque seja prejudicial à saúde, sobretudo se as concentrações em que surgesão baixas”, dando como exemplo os compostos de enxofre, facilmentepercetíveis pelo olfato humano, mas inofensivos. Rui Berkemeier, fundadore coordenador do Centro de Informação de Resíduos da QUERCUS, refere,a este propósito, que “o mau cheiro quase permanente é originado pelosprocessos de tratamento da madeira que libertam compostos de enxofre emercaptanos”.

Atividade industrial fiscalizada

Fernando Ferreira, professor da EB2/3 de Vila Velha chama a atençãoprecisamente para a concorrência: “É preciso não esquecer que estas sãoempresas que produzem riqueza líquida, quer a nível local quer a nívelinternacional. Estas empresas acrescentam mais-valias a produtostransacionáveis internacionalmente, concorrendo no mercado global ondehá países com um quadro legislativo sem regras ao nível laboral e ao nívelambiental.” Acrescenta ainda que “esta é uma fileira [fileira do papel] quenós dominamos: Portugal é líder na produção e na tecnologia desde amatéria-prima até ao produto final, tanto em termos de estação fabrilcomo em termos tecnológicos.”

Câmara Municipal toma posição

Em janeiro último, a Câmara Municipal emitiu um comunicado àpopulação, com o intuito de informar os munícipes sobre as diligências

efetuadas até à data, junto das empresas visadas e das autoridadescompetentes. Pode ler-se no comunicado que a Câmara considera que,além de as suas diligências não terem produzido efeito porque não houveresposta por parte dos visados, ainda se assistia à data, a um “significativoagravamento” da poluição atmosférica. Face à ausência de respostas, aautarquia convoca os responsáveis das empresas para uma reunião queclassifica de “final” onde transmite os pontos que a seguir se transcrevem:“- entendemos intolerável a situação que se verifica no domínio ambientalem geral e, em especial, a emissão de partículas;

- consideramos esgotados todos os prazos razoáveis, propostos pelaCâmara Municipal, para a resolução deste problema, devendo as empresasencontrar uma solução imediata e definitiva;

- a repetirem-se estas situações, exigiremos do Ministério daAgricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, aadopção das medidas necessárias ao seu impedimento, independentementedas suas consequências.”

Casa das Artes cheia em Sessão de esclarecimento

Com uma mesa presidida por Maria do Carmo Sequeira, presidenteda Câmara, e composta por Luís Pereira, vice-presidente, António

Carmona, presidente da Assembleia Municipal e, na qualidade deinvestigador da Universidade Nova de Lisboa e coordenador do estudo,Francisco Ferreira, a Casa das Artes encheu no passado dia 26 de janeiropara uma sessão de esclarecimento.

A Presidente da Camara começou por fazer a resenha daquilo que omunicípio tem feito no sentido de resolver o problema. Assumiu a suaimpotência, alegando ter esgotado todas as tentativas de resolução dasituação o que deu origem ao pedido à UNL para a segunda fase do estudo.Após solicitação de um munícipe, Francisco Ferreira apontou o prazo deum a dois meses para a obtenção de resultados e informou que os técnicosse encontram em fase de recolha de dados sobre as partículas finas, ondea legislação europeia incide. Outro munícipe alerta para a presença depoluentes na cadeia alimentar, enquanto uma terceira intervenção salientaa disparidade de números entre Vila Velha de Ródão (VVR) e Vila de Reino que toca a doenças do aparelho respiratório, apresentando VVR umnúmero substancialmente mais elevado de ocorrências para um númeroaproximado de habitantes.

Cont. Pág. 7

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro(CCDR-Centro), a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o

Instituto Nacional da Água (INAG) controlam periodicamente as emissõesgasosas e efluentes líquidos, fazendo depender do bom funcionamentodas unidades fabris a emissão de licenças ambientais. Contudo, apopulação não tem acesso aos dados resultantes dos processos de controleda qualidade do ar e da água. Apesar do estudo encomendado pelaautarquia, segundo Paulo Santos, responsável pelo serviço de Águas,Saneamento e Ambiente, a Câmara Municipal não verifica regularmente“a qualidade do ar na zona, pois não faz parte das suas competências.” Omesmo responsável camarário refere ainda que a autarquia “ não dispõedos meios técnicos para proceder a essa verificação.” Paulo Santossublinha, no entanto, a preocupação da Câmara com a qualidade do ar:“Já temos contactado as empresas da região, no sentido de saber se estãoa ser cumpridas as regras relativamente às emissões para a atmosfera.”Hugo Oliveira, responsável pelo sector de segurança e ambiente da AMS– GOMA CAMPS, refere que há “algum controle interno, mas não temosmeios técnicos para o fazer com muito rigor”. Por isso, as medições sãofeitas por laboratórios acreditados, que se deslocam periodicamente àempresa para recolha e análise de amostras. O mesmo responsável afirmaque há várias razões para a eficácia da AMS no controle da poluição: “porum lado temos um processo mais limpo, por outro temos equipamentosmodernos que são sujeitos a verificações e ajustes periódicos. Estes ajustespermitem controlar a queima e torná-la mais eficiente.” No mesmo sentidoda população, que parece ilibar a AMS da poluição visível em Vila Velhade Ródão, Hugo Oliveira alerta: “nas empresas em que o equipamento émais velho, é mais difícil proceder a esse controle. Por outro lado, háempresas cujos processos não são tão limpos.” Também a CELTEJOapresenta o cuidado com o ambiente como um “ponto de honra”, afirmandoser uma empresa com “certificação ambiental”. Desde o início da laboraçãoque a fábrica “possui instalado equipamento para tratamento dos efluenteslíquidos e das emissões gasosas, de modo a minimizar o seu impacto nomeio ambiente, quer no rio Tejo, quer no meio envolvente.” SegundoManuel Gonçalves, a CELTEJO tem feito um esforço no “investimentoem tecnologias mais eficazes e complementares” para responder àspreocupações ambientais, mas também para aumentar a eficácia energéticadentro da própria empresa, o que a torna economicamente viável.”

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O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 7JULHO DE 2012

LAGAR DE VARAS RESGATADO ÀS SILVASDÁ LUGAR A NÚCLEO MUSEOLÓGICO DO AZEITE

Num processo que vem desde2007 com a aquisição dovelhíssimo e degradado Lagar

de Varas, no Cabeço das Pesqueiras, emVila Velha de Ródão, a autarquiainaugurou um interessante espaçomuseológico, que enriquece a sede doconcelho com mais um motivo deatração turística, ao mesmo tempo que,em conjugação com o desenvolvimentode outros pólos ligados ao azeite, ajudaa promover este produto, cuja

qualidade, mais uma vez, foirecentemente reconhecida,acrescentando 2 medalhas de ouro aoseu palmarés.

A reconstrução, montagem eorganização do Museu foramfinanciadas pelo FEDER e contou como apoio da Comissão de Coordenação eDesenvolvimento Regional do Centro eda Comunidade Intermunicipal da BeiraInterior Sul.

Proporcionando, com objetividade,

Lagar de Varas – Património Cultural de Interesse Municipal

FEIRA DEGASTRONOMIA E

ATIVIDADESECONÓMICAS

“Aqui há cultura, história, natureza, flora, paisagensespetaculares, gastronomia tradicional…”

Maria do Carmo SequeiraPresidente da Câmara

AFeira deste ano marcou pontos no que respeita à cultura, porque assim oquis a autarquia, como podemos deduzir das palavras da dinâmicaPresidente da Câmara na abertura do certame, acima transcritas. Mas, no seu

discurso de abertura, a autarca foi mais longe ao afirmar que a aposta numa estratégiade desenvolvimento permitirá reforçar Ródão nos mercados nacionais e internacionaiscom produtos como o azeite, os queijos, os enchidos, os presuntos e o mel, para alémda promoção na área do turismo, passível de crescimento face ao rico património natural,histórico e cultural da região.

Já o Presidente da Assembleia Municipal, António Carmona, com a autoridademoral de quem nasceu e trabalha no concelho, aproveitando a presença do DiretorGeral das Atividades Económicas, pediu ao governo para mudar as suas políticasrelativamente ao interior, como foi a introdução de portagens e a substituição do comboiopor antiquadas automotoras, afirmando com veemência “não ser possível que fiquemais caro levar os nossos produtos a Lisboa do que a Madrid, se for por auto-estrada”,e terminando com um pedido: “deixem-nos viver com dignidade na terra que nos viunascer e da qual não queremos sair”.

Porque contra factos não há argumentos, Mário Lobo, Diretor Geral das AtividadesEconómicas, nada mais tinha a acrescentar, a não ser destacar o papel da autarquia deRódão que não baixa os braços apesar dos tempos difíceis que correm!

“QUADROS DA VIDA RURAL NOTERRITÓRIO DE RÓDÃO”

“NO TEMPO DAIMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA”

mais valias para o concelho, a autarquiaajuda a dar mais um passo no sentidoda dinamização económica, e,indiretamente, a potencializar a criaçãomais postos de trabalho.

O lagar de varas agora transformadoem museu tem característicaspeculiares, mostrando como, duranteséculos, a azeitona se transformava noprecioso líquido dourado, hoje, como nopassado, uma riqueza para a nossa terra.

Embora não se conheçam as datasda sua construção, os testemunhos

materiais revelam que são bastanteantigos, porque estudos referentes àhistória do azeite em Portugalidentificam esta margem do Tejo comocentro produtor e consumidor desteproduto alimentar já na Idade Média.O Lagar de Varas de Vila Velha deRódão foi adquirido pela autarquia em2007 e em 2011 deu-se início a suarequalificação. Teve umacomparticipação do programa MaisCentro de 1 milhão de euros.Documenta todas as fases históricas dofabrico do azeite: desde o uso da energiahumana e animal até ao recurso da forçahidráulica e da mecânica. O Lagar deVaras é constituído por um edifícioconstruído em alvenaria típica da região(xisto e quartzito), com os seguintes

espaços: receção/sala da fornalha ,tulhas, moinho de tração animal,estábulo, sala das varas, sala das duasprensas de vara, tanque das tarefas,moinho hidráulico e prensa hidráulicavertical e roda de água vertical. No pisosuperior do Lagar de Varas está patente

a exposição permanente: O Azeite: Oirode Ródão, onde é apresentada umaperspetiva territorial enquadrada emtodo o tipo de património associado àprodução do azeite existente noconcelho com testemunhos históricos eatuais.

A Dr.ª. Maria JoséAraújo Martinspublicou, muito

recente, em edição da CâmaraMunicipal de Vila Velha deRódão e integrada na coleçãovida & memórias de umacomunidade da BibliotecaJosé Baptista Martins, um dosmais interessantes trabalhossobre a história do nossoconcelho. Embora respeitantea um período muito restrito davida nacional, nele se retratacomo os quatro anos maispróximos do 5 de Outubro de1910 foram verdadeiros “anos

da vida rural”, levada a cabo naBiblioteca Municipal e comissariadapela Dr.ª. Maria José.

A autora considera que muito “ficoude fora” neste livro, mas ele possibilitaque “se possam abrir novos percursosde pesquisa e de conhecimento”. Atéporque, dizemos nós, se trata de umtrabalho de grande rigor.

da brasa”, mesmo numa comunidadepequena e pobre do interior, dando-nostambém uma ideia de como, nesta, erao viver desses tempos.

A publicação vem na continuidadedas celebrações do primeiro centenárioda implantação da República e teve asua génese na exposição “No tempo daimplantação da República – Quadros

O QUE SÃO PM 10?

São partículas inaláveis, em suspensão, que provêm decinzas, fuligem e outras partículas produzidas por

combustão. Os efeitos nocivos na saúde humana poderãomanifestar-se ao nível do aparelho respiratório e dependemmais do tamanho e grau de toxicidade das partículas, do queda sua concentração. Considera-se limite legalmente permitidoa emissão de 50 microgramas por metro cúbico de ar.

Contin. da Pág. 6

“Da CELTEJO não saemfumos, sai só vapor de água”,afirma Cândida Correia,engenheira da empresapresente na sessão, eacrescenta “há umamonitorização contínua naRÓDÃO POWER”. Dois ex-trabalhadores desta unidadefabril asseguram a existênciado equipamento necessário aotratamento dos efluenteslíquidos e gasosos econfirmam a suamonitorização. No entanto, amesma fonte questiona oargumento apresentado,referindo que “não pode sairvapor de água daquelachaminé, porque a queimaronda os 1000 grauscentígrados, quando chega àchaminé vem na ordem dos150, 200 graus e passa por um electrofiltro elétrico que não admitehumidade.” A experiência de anos de trabalho neste sector levatambém estes ex-trabalhadores a ter opinião sobre os poluentesfabris. Segundo eles, o agravamento da poluição atmosférica, atravésda libertação de um “pó acinzentado”, poderá ter tido origem numaavaria ou na deficiente manutenção do “equipamento [que estaria]carenciado de algumas reparações, nomeadamente ao nível dacaptação de poeiras que eram lançadas na atmosfera”. A mesmafonte sublinha: “quando há uma avaria não há hipótese: há gazes epoeiras que têm que ir para a rua durante algum tempo até a avariaseja reparada”.

“Not in my backyard”

As queixas dos cidadãos, mais ou menos esclarecidas, parecemfocar-se em duas ideias principais: a biomassa polui mais que

o papel; as duas centrais de biomassa têm características diferentes.Uma fonte, que prefere manter o anonimato, refere a este propósitoque a central de biomassa da RÓDÃO POWER tem electrofiltros,enquanto a que CENTROLIVA possui apenas chuveiros que lavamas cinzas e que não evitam a emissão de “partículas pretas egordurosas” para a atmosfera, para além de resíduos na água.

Quando analisada a questão do custo/benefício, Fernando

Ferreira e Hugo Oliveira (AMS GOMA-CAMPS) estão deacordo: “Não poluir é impossível. Na verdade, o que o Homemtem que fazer é minimizar, controlar o impacto da sua acçãosobre o ambiente e, ao mesmo tempo, fazer com que o sistemaecológico consiga recuperar desses impactos”, afirma oresponsável pela segurança e ambiente da AMS. FernandoFerreira acrescenta: “O progresso tem os seus custos. Estasempresas têm que existir, se não fosse aqui seria noutro lado.As pessoas preocupam-se com a poluição quando é à sua porta.Como dizem os ingleses not in my backyard, isto é, não no meuquintal”.

O atento fratelense quem estará ele a ouvir?

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JULHO DE 2012O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO8

“...para que os nossos versos, não andem por aí...dispersos”!Poetas do nosso Concelho

CRÓNICA DOS LUSÍADAS piquininosManuel Antunes Marques

O R E L Ó G I OEsta caixinha de precisãoQue marca as horas que sãoAo longo de todo o dia !Que m´ acompanha na vidaEm meses e anos que lá vãoQuer d´Inverno, quer de Verão

Comigo se tornou cúmpliceCompartilhando novos temposEm agradáveis e maus momentosDe lazer, prazer, sonhos e encantosTambém de trabalho dor e cansaçosDe vida em amor convertida, por abraços

Ele m´ orienta no tempoP´ra que não perca o presenteE vá programando o futuroCom ele por companhiaNão preciso de outro guiaE caminho mais seguro

Os minutos e segundosFazem parte do seu serCompletam a informaçãoDe quantos a querem saberQue por falta de rigorÀs vezes,na vida,se perde o valor

Enquanto o não conheciGrandes maçadas me davaContava com horas certasE ele atrasava ou paravaQuando previa a tempo chegarTeimava sempre em avariarAté que se resolveu a questãoQue não passou d´uma afinação

O relógio e o coraçãoAmbos têm semelhançaUm marca as horas do tempoO outro as da nossa existênciaE p´ra que não venham a falhar,Alcancem longevidade,E mantenham bom pulsar,Convém os dois vigiar !

Agualva-Cacém, 14.Março.2012João Eduardo Tavares Ribeiro

1Coimbra, a Lusa AtenasO seu saber não confundoTem maravilhas pequenasQue são as maiores dp mundp2Tem um famoso “PENEDO”Que é mesmo uma raridadeQuem for uma vez ao rochedoPara sempre sente SAUDADE3Tem uma paixão doutoralEntre a guitarra e o FadoSe não cantar no CHOUPALDecerto ficará chumbado4Vai ao túmulo de D.INÊSPôr um raminho de floresE depois, às duas por trêsVai à FONTE DOS AMORES5Rainha depois de mortaINÊS é o símbolo do amorCaloiro que lhe passe à portaSerá no futuro um DOUTOR6MONDÊGO ao cabo de serãoReune sempre a ACADEMIACom beijos pela escuridãoVão estudando a Anatomia7REPÚBLICAS e serenatasOs descantes e desgarradasNa gamela com três patasCome toda a estudantada

COIMBRA,A VELHA ACADEMIA

8Se a “CABRA” toca a rebateManda o caloiro recolherHá desgarrada de combateAté depois do sol nascer9E toda a noite sem dormirChega às aulas já cansadoPede ao professor para sairPorque está muito engripado10E num ponto de filosofiaQue é um tremendo fadárioQuando o ponto não copiaSó sabe falar do “HILÁRIO”11Certo dia chega o momentoDo canudo e da debandadaMas do seu DOUTORAMENTOSabe que, não sabe nada12O Diploma, VINTE VALORESOnde é que isto já se viuDeram as notas melhoresA que à “PRAXE” aderiu13COIMBRA,AMOR,JURAMENTOSAUDADE, sem nunca pecarSANTA CLARA dá doutoramentoCom o MONDEGO a ajudar14Cada qual a seus destinosJá prontos para trabalharPORTUGAL DOS piquininosVai muitas vezes lembrar

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Uma vez uma velhinhaQuase cega coitadinhaE já mal podendo andarEncostada ao seu bordãoSempre olhando para o chãoIa na estrada a passar.

Ouvindo um cão que ladrouA pobrezinha parouOlhando em roda assustadaQuis fugir não conseguiuTentou correr mas caiuA pobrezinha coitada.

Nisto surge uma meninaViva formosa e ladinaQue ao vê-la cair no chãoCorreu logo pressurosaCondoída e carinhosaE á velhinha deu a mão.

Onde lhe dói o que tem?Diga que eu vou buscarVou pedir à minha mãeQualquer coisa para a curar.

Não foi nada meu amorTu és um anjo em florAjuda-me só a andarDeus pague a tua bondadeCom muita felicidadeDisse a velhinha a chorar.

Manuel Antunes Marques

(Adaptado do meu livro da 3ª classe de há mais de setenta anos)

É altura de refletirSobre o que se está a passarO que muitos idosos estão a sentirNuma situação de pasmar!

Muitos a morrer em casa sozinhosOutros abandonados em hospitaisOs sem-abrigo... pobrezinhosTendo por agasalho... uns jornais!

Claro, que alguma coisa se temfeitoContra ao que acima se dizMas ainda é preciso dar algum jeitoPara suavizar tanto infeliz!

Agradecemos ao voluntariadoE ás instituições de solidariedadeQue com muita boa vontadeMinoram esta infelicidade!

Jovens do tempo presenteVede bem a situaçãoE tomai como nobre exemploE Á VELHINHA DEU A MÃO!

Alexandre FonsecaAugusto Jesus

Monte Fidalgo - Fev./2012

A VELHICE

MADRUGADASÉ, na madrugadaQuando penso que um dia,Estarei de abalada,Me quedo, em nostalgia!

Porque é, na madrugada,Quando dormes a meu lado,Em sonhos, repousada,Sinto, não estar isolado.

Em qualquer madrugada,Me irei; ou será dia?Já tenho a alma chorada;Perdi a minha alegria!...

Silvério Dias

FLAGELOÀs ânsias de quem viveNo desemprego prolongadoUma verdade se cative:Quem é afinal, o culpado?

Pela situação a que chegouUm País de trabalho feitoQue em séculos, tanto lutouPara agora ficar sem jeito?

Não do trabalhador, a culpa!A prova, é bem evidente.Se falha, ela só resulta,Do mau gestor, incompetente!

Elejam, os melhores trabalhadoresCom boas condições gerais;Os deixem chegar a gestoresNa concessão dos seus ideais;

Que o Governo incentiveCom fiscalidade moderada;A Banca que não se esquiveE a burocracia, arredada!

Com as atuais exigências,As oportunidades propaladasSerão meras penitênciasDe almas já condenadas!

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JULHO DE 2012 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 9

haja

SAÚDE

Jogos Olímpicos

*Membro da Academia OlímpicaEx-Secretário Geral da Academia Olímpica de Portugal

(Nota: O autor escreve de acordo com a antiga ortografia)

Mónica Santo(Dietista)

Alexandra Fernandes(Médica de família)

CAMPO ARQUEOLÓGICO DEPROENÇA-A-NOVA 2012

Dando continuidade à colaboração anteriormente estabelecida entre a Associação de Estudosdo Alto Tejo e a Câmara Municipal de Proença-a-Nova vão ser retomados trabalhosarqueológicos neste concelho ao nível do inventário arqueológico e da valorização das

sepulturas pré-históricas que estão integradas num percurso pedestre de pequena rota criado pelaautarquia, denominado Rota das Antas.

O programa do Campo Arqueológico de 2012 também inclui três palestras sobre temasarqueológicos relevantes no território deste concelho: os monumentos megalíticos, as pinturasrupestres pré-históricas e as estruturas militares dos séculos XVIII e XIX.

AEAT

SORVETE OU GELADO?

O que é um sorvete?

É uma sobremesa gelada quenão contém gordura ou

gema de ovo, o que o tornamenos firme e mais granuladodo que um gelado.Normalmente é feito a partir desumo de fruta, juntando-se caldade açúcar, glicose ou açúcarinvertido.

Qual a composição dogelado?

Um gelado contém entre10% e 16% de leite gordo;

9% a 12% de sólidos lácteos não

gordos, contendo proteínas elactose; 12% a 16% deadoçantes, geralmente umacombinação de sucrose eglucose baseada em adoçantesde xarope de milho; 0,2% a0,5% estabilizadores eemulsionantes e 55% a 64%água proveniente do leite eoutros ingredientes.

Qual escolher?

C omparando gelados esorvetes que se vendem a

litro facilmente verificamos asdiferenças se olharmos para orótulo, mais especificamentepara a informação nutricional.Um gelado de chocolate fornece230Kcal por 100g, enquanto umsorvete de limão tem apenas120Kcal para as mesmas 100g.Esta diferença de valor calóricojustifica-se porque o gelado temcerca de 12g de gordura por cada100g, enquanto o sorvete estápraticamente isento de gordura

OTITE MÉDIA AGUDA

Aotite é uma infecção doouvido.

Os dois tipos maisfrequentes de otite são: a otitemédia aguda e a otite externa.A otite externa é uma infecçãodo canal auditivo, geralmenterelacionada com muitos banhosde piscina ou de mar ou comeczema do canal auditivo. Causamuita dor, mas não dá febre, etrata-se com gotas de antibióticoe anti-inflamatório.

A otite média aguda é muitofrequente nas crianças,principalmente no Inverno.

Neste caso há uma infecçãodo ouvido médio, o qual éconstituído pela membrana dotímpano e pelo pequeno espaçoque existe por baixo dela,chamado caixa do tímpano. Estapequena caixa, normalmente, épreenchida por ar e está ligada,a partir da parte de cima dagarganta, atrás do nariz, por umpequeno tubo, a trompa deEustáquio.

Por vezes, a trompa deEustáquio entope-se,geralmente durante umaconstipação, e a caixa do

tímpano fica cheia de muco, oqual pode ser infectado porbactérias ou por vírus, causandouma otite média aguda.

Quando uma pessoa, quasesempre uma criança, tem umaotite média aguda, queixa-segeralmente de dor de ouvidos,sendo frequente também queoiça pior e que tenha febre.

Muitas vezes as criançasficam com aspecto de doente,sem apetite e podem vomitar.

No caso dos bebés, comonão sabem dizer onde lhes dói,quando têm febre, estão muitoinstáveis e choram muito, temossempre que pensar numa otitemédia aguda.

Acontece por vezes otímpano perfurar-se, o que fazcom que o pus que está dentroda caixa do tímpano saia e apessoa purgue do ouvido. Nessa

altura, geralmente a dor deouvidos melhora porque diminuia pressão dentro da caixa dotímpano.

Normalmente, a otite médiaaguda passa espontaneamente,sem tratamento, ao fim de 2 a 3dias. Portanto, na maioria doscasos, basta dar paracetemol ouibuprofeno, para a dor e para afebre, e tratar o nariz entupidocom soro fisiológico e gotasnasais. Em geral não énecessário dar antibióticos. Noentanto, é provável que omédico prescreva antibiótico sea criança tiver menos de 2 anose a otite for grave e não passarem 2 ou 3 dias.

UMA OPÇÃO LÓGICA MAS DIFÍCILDavid Sequerra*

Q uando esta crónicaaparecer em letra deforma, já no decurso

do Verão, é certo que a muitojovem IRINA RODRIGUES,lançadora de disco, comnotabilíssimos progressos derecente registo, esteja já emLondres, na condição deestreante como atleta olímpicade louváveis méritos. Ainda emMaio garantiu a sua nada fácilqualificação com ummagnífico lançamento de pertode 65 metros, a causar surpresae aplauso simultâneos.

De imponente físico, fortepersonalidade, com 21 anos deidade, IRINA frequentava o 2º.Ano de Medicina quandotomou a importante opção – ade conseguir “passaporte” paraLondres-2012 – em detrimentoda carreira académica,p r o p o s i t a d a m e n t einterrompida. Dadas asexigências competitivas que selhe deparavam, a opção tevetudo de lógico, embora muitodifícil de tomar.

E é este caso concreto queIrina Rodrigues nosproporciona que nos conduz à

reflexão que se segue quanto aoDesporto de alta competição,versus carreiras, escolares ou deíndole profissional, muito emespecial nas cercanias dos JogosOlímpicos.

Para encarar muito a sério aprobabilidade de ir a Londres,Irina assumiu que teria deinterromper o seu Curso deMedicina par treinarintensamente na clássicaespecialidade do lançamento dodisco, sem tempo de sobra paraaulas e livros.

Apostou forte e, felizmente,ganhou a aposta feita consigoprópria. Rondando de perto o“record” nacional absoluto, a

jovem IRINA até poderátornar-se uma agradávelsurpresa em Londres.

Por muito que custereconhecer, hoje em dia éimpossível conciliar estudosuniversitários (e ainda maisMedicina!) com as exigênciasde preparação física e de treinointenso para resultados extra-nacionais, como são os da tãopromissora lançadoraportuguesa.

Esperemos que tudo tenhacorrido bem em Londres e que,em 2012/13, a Irina retome oseu curso de Medicina até àsnovas exigências previsíveispara 2016.

Irina Rodrigues

(menos de 0,5g por 100g deproduto).

Esta diferença tambémexiste nos gelados queconsumimos à unidade. Porexemplo, um Magnum Clássicotem 260Kcal e 4g de gordura,enquanto um Solero Exotic (queainda assim não é consederadototalmente como um sorvete)tem 99Kcal e 1,5g de gordura.Já um Calipo (este sim, sorvete)tem 90Kcal e apenas 0,5g degordura.

Já escolheu?

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JULHO DE 2012 O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 11NECROLOGIA

AGRADECIMENTOMaria Cristina Martins Rodrigues

Marido, filhos,noras e netos, naimpossibilidadede o fazerempessoalmente ,como seria seudesejo, vêmagradecer apresença emanifestações de pesar de todas aspessoas nas cerimónias fúnebres desua esposa, mãe, sogra e avó, quedecorreram no passado dia 15 deJunho de 2012, em Perais.

Terceiro AniversárioEterna Saudade

Maria Júlia Baptista MartinsFernandes da Costa

Fratel - Algés

Seu marido,seus filhos eneto, mandamcelebrar umamissa peloe t e r n odescanso dasua ente maisquerida queterá lugar na Igreja Paroquial doFratel, no próximo dia 16 deSetembro, pelas 11h30.Mandam celebrar outra missa naIgreja Paroquial de Algés no dia 1de Setembro, que terá lugar às19h15, pela mesma intençãoanteriormente citada.Desde já agradecem a quem puderassistir a estes piedosos actos, ofaçam com a mesma intenção que osseus promotores a idealizaram.

INFORMAÇÃONo site da Casa do Concelho, http://ccvvrodao.no.sapo.ptpoderá ler a versão electrónica do jornal, assim como verum pouco da história da Casa do Concelho, do Jornal OConcelho de Vila Velha de Ródão, e ainda do seu fundadorDomingos Alves Dias.

AGRADECIMENTOAdelina Correia Araújo Martins

A famíliaa g r a d e c ereconhecidamentetodas asmanifestaçõesde amizade querecebeu emmemória de sua Mãe, Sogra, Avó eBisavó. Bem hajam.

CINCO MEDIDAS PARA UMENVELHECIMENTO DE FUTURO

ASSOCIAÇÃO AMIGOS DA GRANDE IDADEINOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

INFORMAÇÃO

AAssociação, tem vindo ao longo dosúltimos anos, a reflectir sobre oimpacto do envelhecimento

demográfico em vários sectores em Portugal.Deste modo editou as “5 Medidas para umEnvelhecimento de Futuro e com Futuro paraPortugal”, onde faz um conjunto de sugestõesde alteração e reformulação de legislaçãoexistente. Estas e outras propostas foramlevadas em reuniões a todos os GruposParlamentares com acento na Assembleia daRepublica, na anterior legislatura. Muitas delasestão já implementadas em vários paíseseuropeus de onde se destaca a Espanha, comlegislação específica há mais de duas décadas(LEY 41/2007, de 7 de diciembre) http://www.boe.es/boe/dias/2007/12/08/pdfs/A50593-50614.pdf ; Ley 2/1981, de 25 demarzo http://www.ej-gv.net/etxebide/html/datos/files_Regul_Merc_Hipo.pdf).

César Fonseca(Vice-Presidente da Direcção da AAGI-ID)

Como é do domínio público a AAGI – ID,tem como objectivo discutir o modelo de

prestação de cuidados e oferta de serviços àsPessoas da Grande Idade. Entendemos que sãonecessárias novas dinâmicas e ofertasinovadoras que permitiram mais qualidade aosmais adultos, como forma de manterem durantemais anos a capacidade funcional na realizaçãodas actividades de vida e de manutenção. Nestesentido, ficam 5 Medidas para umenvelhecimento de futuro e com futuro paraPortugal, como mais um factor de pressão sobrea mudança das actuais políticas, embebidas emestereótipos amorfos e que não propiciam odesenvolvimento do envelhecimentosustentável no nosso País. Com este contexto, a AAGI-ID realizou 3reuniões de trabalho, entre Maio/Julho de 2009,com 30 cidadãos identificados por outrostantos como influentes na área dos cuidadosaos Idosos. Estas ocorreram em Lisboa, Faro ePorto, nas quais se aplicou a técnica de gruponominal, de onde resultou a síntese das 5Medidas para um envelhecimento de futuro ecom futuro para Portugal.

MEDIDA 1

C onstituição de Grupo de Trabalho/Unidade de Missão nomeado pelos

Ministérios da Saúde e do Trabalho eSolidariedade Social para avaliar os graus dedependência e necessidades das pessoas idosasem Portugal.Justificação: Planear as necessidade em

FESTAS DE FRATEL

Sem que quase disso nos tenhamos apercebido, cá estamos denovo no mês de Agosto. Para os fratelenses da minhageração, Agosto era o mês em que a nossa terra se enchia de

conterrâneos nossos que viviam e trabalhavam fora, grande parteem Lisboa e que cá vinham passar as suas férias. E, quando recordoesses tempos, logo me vem à memória a Marcha do Fratel em quenuma alusão às noites de Verão na nossa terra dizia … e pelo Estio,à noite no Rossio, nos seus banquinhos sentados … é assim a vidano Fratel.

As férias grandes eram longas, e prolongavam-se até Outubro.Em Agosto tínhamos a festa religiosa do Sagrado Coração de Jesus.Em Setembro era a festa pagã que se realizava por altura da Feira deS. Mateus. Eram dois acontecimentos que traziam ao Fratel quasetodos os seus filhos.

Há cerca de vinte anos foi alterado sistema escolar, com iníciodo ano lectivo mais cedo. O ano escolar começava mais cedo, emmeados de Setembro, o que tornava difícil a muitas famílias irem aFratel por alturas da Feira de S. Mateus. Por outro lado, e como aagricultura foi praticamente lançada ao abandono, a feira de S.Mateus perdeu a sua importância para a região, principalmente noque diz respeito à feira de gado, o que contribuiu grandemente parauma quebra abrupta do número dos forasteiros que vinham à feirade Fratel.

Foi por isso que, numa Assembleia da Sociedade Filarmónicarealizada em Setembro de 1994, se decidiu que a partir do anoseguinte as festas da nossa terra se realizariam em duas fases, istoé, mantinha-se a tradição por altura de S. Mateus, isto é, emSetembro, e decidiu-se que a par da festa religiosa em Agosto, serealizaria também uma festa pagã.

O principal motivo deste desdobramento deve-se ao facto deassim se dar a oportunidade aqueles que não podiam vir emSetembro, de poderem continuar a festejar e confraternizar com osseus conterrâneos na sua terra. Por outro lado, como é sabido, oslucros das festas de Fratel reverteram sempre a favor da SociedadeFilarmónica. Ora todos nós, fratelenses e amigos do Fratel sabemos,qual o verdadeiro contributo da Sociedade Filarmónica para odesenvolvimento da nossa terra nomeadamente pelos seudesenvolvimento e pela criação de melhoramentos tão importantescomo o Centro de Dia e a Creche, entre outros e que são umverdadeiro motivo de orgulho para todos nós.

Este ano as festas de Fratel vãorealizar-se nos dias 17 a 19 deAgosto e 21 a 23 de Setembro.

São festeiros este ano a direcção da Sociedade Filarmónica quecertamente se vai preocupar com a organização de um programaatraente, dentro das limitações que a crise em que vivemos permitirá.

Quero no entanto referir que na noite de sexta-feira, dia 17 deAgosto, teremos oportunidade de assistir a um concerto danossa Banda o que por si merece uma deslocação à nossa terra.Recordo que, quando vivia fora de Portugal, sempre que me erapossível vinha cá por altura das festas.

A principal atracção era o concerto da banda pelo que coordenavaas coisas por forma a chagar ao Fratel a tempo de poder assistir.Muitas vezes acontecia chegar quando os músicos já se encontravamem cima do coreto, pelo que nem tempo tinha para entrar em casa.Confesso, sem qualquer ponta de vergonha, que sempre que assistiaaos concertos da nossa banda, não conseguia evitar que as lágrimasme corressem pela cara abaixo. Estou certo de que sentimentoidêntico toca a muitos dos nossos conterrâneos.

Quando no dia seguinte, sábado, a nossa Banda fazia atradicional arruada, para recolha de donativos para a festa, eu nãoresistia a acompanhá-la. Este ano lá estarei a fazê-lo, desta vez noentanto, com um orgulho acrescido, na qualidade de membro dadirecção e por conseguinte de festeiro. É lindo ver a forma como osnossos conterrâneos esperam pela Banda às suas portas não apenaspara entregarem os seus envelopes como também para a aplaudirem.

Aproveito para lembrar que o produto da arruada se destina aajudar os encargos com os festejos e que os lucros resultantes dosmesmos revertem a favor da Sociedade Filarmónica que serãoaplicados em investimentos bem conhecidos de todos e que emmuito dignificam a nossa terra e contribuem para que os nossosidosos possam viver a sua velhice de uma forma digna e feliz.

Lisboa, 22 de Julho de 2012José Eduardo

equipamentos sociais, apoio domiciliário e decuidados de saúde, das pessoas idosas emPortugal a Médio e Longo Prazo.

MEDIDA 2

Criação da Rede Nacional de Cuidados eServiços para as Pessoas Idosas.

Justificação: Organizar a rede actual deprestação de cuidados e de serviços, comoforma de reduzir o desperdício e optimizar osrecursos existentes.

MEDIDA 3

Aprovação de legislação, com reformulaçãoda actual, sobre o funcionamento de

ofertas para as pessoas idosas, baseada emcritérios de qualidade com base nos manuaiseditados pela Segurança Social e adaptada àsreais necessidades do sector, promovendo maise melhores ofertas através de incentivos clarose eficazes.Justificação: Diferenciar os equipamentos quecumprem a legislação em vigor com especialtónica na qualidade da assistência.

MEDIDA 4

Alteração do modelo de comparticipaçãode cuidados e serviços às pessoas idosas

com atribuição directa às famílias e favorecendoa comparticipação a cuidados domiciliários emrelação aos cuidados institucionalizados emlares.

Justificação: Duplicar a médio Prazo (8anos), os Idosos que são cuidados nos seusdomicílios.

MEDIDA 5

I ntrodução de novos modelos definanciamento, devidamente legislados, que

incluam hipotecas inversas, seguros dedependência/vitalícios, fundos financeiros, etc.,em paralelo com legislação adequada sobrerepresentação jurídica das pessoas idosas.

Justificação: Conferir às pessoas idosas eum conjunto de instrumentos legais que asajudem a decidir e gerir os patrimónios, comoforma de lhes conceder maior dignidade equalidade de vida.h t t p : / /www.associacaoamigosdagrandeidade.com

Dia 15 de Setembro - 13,00 horasAna Mendes Carmona / João Gonçalves e Familiares

Inscrição: Tel.244801926; Telm.919846056; telm.922113112(até ao dia 31 de Agosto)

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JULHO DE 2012O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO 12

ACTUAÇÃO DO RANCHO FOLCLÓRICO DE SARNADASDE RÓDÃO NA FEIRA DE GASTRONOMIA E ATIVIDADES

ECONÓMICAS DE VILA VELHA DE RÓDÃO-2012

por Octávio Catarino

Motu Proprio

ORancho Folclórico de Sarnadas deRódão foi uma das atrações da Feirade Gastronomia e Atividades

Económicas de Vila Velha de Ródão, realizadanos dias 29 e 30 de Junho e 1 de Julho, p.p. Nosegundo dia desta interessante Feira degastronomia e artesanato local, no palco 2 docampo de feiras de Ródão, o Rancho de Sarnadasencantou os espectadores presentes com o seureportório cuidado e bastante variado.

A origem do Rancho Folclórico de Sarnadasremonta ao ano de 1983 e foi criado por iniciativade um grupo de freiras que residiam na aldeia,mantendo-se, no entanto, em atividade, apenasdurante alguns anos. Os trajes usados peloselementos do Rancho eram semelhantes aos fatosque os antepassados vestiam para irem aos bailes,que se realizavam no dia 20 de Janeiro, por ser odia de S. Sebastião, o padroeiro local, e serepetiam depois todos os Domingos, até aoCarnaval.

Recentemente, em Setembro de 2011, algunsdos elementos que atuaram naquele Ranchodecidiram reunir-se e ensaiar algumas danças parase apresentarem durante a tradicional festa deVerão que se realiza em Sarnadas, em honra deS. Sebastião. A iniciativa foi muito bem recebidapela população e, motivados pelo sucesso, logodecidiram recuperar o Rancho Folclórico,chamando novos elementos para o Grupo, entreos quais, alguns jovens.

Atualmente, o Rancho de Sarnadas integra

um grupo de cerca de quarenta pessoas, desdecrianças até alguns já idosos e trabalha comentusiasmo na recolha de músicas e dançasantigas e na pesquisa dos trajes usados nessestempos, de modo a transmitir com o maior rigoros hábitos e as tradições etnográficas da nossafreguesia e da nossa região.

Nesta sua atuação na Feira de Ródão, oRancho Folclórico de Sarnadas agradou eimpressionou, pela positiva, todos quantosassistiram ao espetáculo. A combinação docolorido dos trajes, o ritmo variado dos cantares

e das danças e o rigor da sua execução,proporcionaram momentos de beleza eadmiração, dignos de realce. Numa altura emque a desertificação e o envelhecimento daspopulações não deixa de aumentar no interiordo país e muito especialmente na nossa região, acriação de um Rancho Folclórico com estadimensão, é de louvar, apoiar e acarinhar com omaior vigor. Parabéns ao Rancho e parabéns àFreguesia de Sarnadas de Ródão.

Elísio Carmona

PERDIGÃO CONVIVEU MAIS UMA VEZ

C onviver é terconvivência; écamaradagem: é viver

em ambiente de amizade.Creio que foi neste ambiente

que se viveu no dia 16 do passadomés de Junho, em Perdigão. Peloque me foi dado observar osconvivas mostravam-sesatisfeitos e os que seexpressaram para mim foi nosentido de apoio para continuaçãodo evento. Alguns lembraram jáo magusto, sinal de que nãopodemos parar.

É provável haver quem nãogoste de conviver, quem goste

Manuel Rodrigues &Herdeiros, Lda.

Fábrica: Rua de Santana, 806030-230 - Vila Velha de RódãoTel.: +351 272 545 137Fax: +351 272 545 153

Estou convencido que quem esteve presente noconvívio não pertence ao grupo dos que têmpensamento negativo, mas sim dos que desejamque continuem a ser concretizadosacontecimentos como este para que, os poucosque já somos continuemos, de vez em quando, aestarmos reunidos. Assim será, se Deus quiser.Agora partimos para outro encontro.

Está muito próxima, em Perdigão e Vale deFigueira, a festa em louvor de S. João Batista,cujo programa já foi anunciado no jornal dopassado mês de Junho, mas que agora se repete.

AGOSTO, DIAS 4 E 5Dia 4, sábado, abertura das festas pela

conhecida aparelhagem do sr. Octávio, doMarmelal. Pela noite dentro abrilhantará o arraialo famoso conjunto “2ª Geração”, que satisfez

todos os presentes na festa do ano passado.Dia 5, domingo, teremos a celebração da

eucaristia por volta das 17 horas, seguida deprocissão, que terá a participação da BandaFilarmónica de Fratel.

Durante a noite abrilhantará o arraial, o grupomusical “Opção 4””.

Como sempre, estarão presentes nestes diaso Bar, que prestará o melhor serviço possível, e aQuermesse recheada de artigos fantásticos àespera de quem tenha a boa vontade de os comprare assim contribuir para colmatar as despesasinerentes ao evento.

A Comissão de festas ficará grata a todos osque se dignarem comparecer e contribuir para quetudo decorra harmoniosamente, em ambiente demuita alegria.

Pela Comissão, Luís P. R. Correia

mais do isolamento. Temos que considerar issonormal. Não somos todos iguais, e o nosso deveré respeitar os outros. O que será bom é querespeitem também os que organizam e os quegostam destes convívios, e quando fazem algumacrítica que seja construtiva. Apresentem ideias,procurem ajudar e colaborar no bem comum.Todas as ideias serão ouvidas e os erros corrigidos,dentro do possível.

Quem está à frente destes eventos não trabalhapara si próprio. Trabalha para a comunidade. Paraalém do trabalho perde tempo, faz despesa,contribui com géneros e paga as refeições comooutro conviva qualquer. Nestas coisas é precisohaver carolice. Ter espirito de voluntariado. Nãoestar à espera de compensações e procurandosempre realizar os eventos de modo a satisfazer amaioria das vontades.

SABORES DE RÓDÃO (junto aocruzamento da

Celtejo)AMANHECER

O Amanhecerà conquista das Beiras

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VOUINSCREVER-ME

NALUSÓFONA…

Isto é que vai uma crise! Era um título a propósitopara um Revista do Parque Mayer se os antigoscriadores deste tipo de espetáculos não tivessem

desaparecido…

Inevitavelmente, vou falar do Sr. Dr. Relvas, Ministro,cuja fama já vem de longe, dos tempos de estudantenum colégio de Tomar.

Mas vamos ao que importa: a licenciatura de MiguelRelvas, ao que se diz, foi feita ao abrigo da Lei. Nãoo foi, porém, cumprindo as normas internas daUniversidade, pois o Conselho Científico daInstituição não validou o currículo do candidato aDr. pela simples razão de não ter reunido sequernaquele ano nem o professor responsável pela turmade Relvas o viu alguma vez nas aulas… o que foiconfirmado, aliás, pelos “colegas” de turma quedisseram ao Expresso o mesmo, ou seja, não serecordavam de o ter visto nas instalações Lusófona.

O problema para mim é o seguinte: Miguel Relvas épolítico, logo é sobre ele que recai toda a polémica.Não estou a dizer que não se deve demitir doimportante cargo de ministro que exerce atualmente.Já o devia ter feito, aliás, até por antecedentes. Entãoo Senhor Reitor que até se demitiu do cargo paraassumir outro… não tem responsabilidades em todoo processo? Não… porque não é político! Mas foiele que validou a licenciatura de Relvas à margem daturma e das normas internas.

Afinal de contas, antes que a lei seja alterada vouinscrever-me na Lusófona com o meu currículorecheado de créditos devido ao meu passadoprofissional, social e cultural para adquirir o Dr….quenão me faz falta nenhuma para continuar com aprofissão de sempre: voluntário ao serviço dacomunidade! É só por uma questão de estatuto…

Mas vai ser difícil, lá isso vai… pois não conheçoninguém influente na Universidade para me avaliar àmargem das regras internas, e não sou político. Mastrabalhei em três instituições de dimensãointernacional, fui autarca durante 14 anos,terminando a função com o honroso lugar depresidente da assembleia de freguesia; fui sindicalistaa tempo inteiro durante 6 anos, como coordenador;fui dirigente da secção de atletismo de um grandeclube, dois anos, quando um atleta nosso trouxeuma medalha de ouro dos Jogos Olímpicos para Por-tugal; fui diretor de Jornal e fundador de umaassociação regional que apoia toda a gente,especialmente seniores, da qual sou atualmentepresidente.

Sr. Reitor, é preciso mais para me dar o canudo?

Há um problema, eu sei, não pertenço a nenhumaLoja Maçónica, não sou conhecido e não me movonas teias do Poder. Portanto, se calhar, fico por aqui!