Anotações -Técnica - Paradoxo

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16 – PARADOXOS - por Peggy Papp - Projeto de Terapia Breve Ackerman - organizado em 1974 - direção: Peggy Papp e Olga Silverstein – Propósito: experimentar o uso de paradoxo no tratamento de famílias com crianças sintomáticas. - Experimento: 8 terapeutas de família voluntários - treinados no Instituto Ackerman de Terapia Familiar - partindo das idéias de outros que fizeram uso do paradoxo em terapia familiar - Paradoxo - 3 conceitos: família como sistema autoregulador - sintoma como um mecanismo para a autoregulação - resistência do sistema à mudança - Exemplo: pais que desviam seu conflito pela da ativação do sintoma de um filho - conflitos não resolvidos dos pais venham a luz – criando: ansiedade e resistência a mudança - Paradoxo: ferramenta clínica para lidar com esta resistência e evitar uma luta pelo poder entre a família e o terapeuta - Famílias com filhos sintomáticos - apresentam demanda contraditória – mudar o sintoma sem mudar o sistema - Tema central: como eliminar o sintoma -> o que acontecerá se for eliminado // problema -> como a família poderá sobreviver sem ele - Uso diferenciado e alternado do paradoxo com outras intervenções ->uso baseado na avaliação do grau de resistência a mudança INTERVENÇÕES DIRETAS, BASEADAS NA CONCORDÂNCIA: - Conselhos – sugestões – interpretações / Objetivo: modificar de forma direta regras ou papeis da família INTERVENÇÕES PARADOXAIS, BASEADAS NO DESAFIO: - Cumpre o oposto do que aparentemente parece pretender – Êxito: depende da família seguir as instruções – alvo do paradoxo sistêmico: interação oculta que se expressa em um sintoma // Três principais técnicas para projetar o paradoxo sistêmico: redefinição (percepção da família sobre o problema) – prescrição (ciclo da relação sintoma e sistema) – restrição INVERSÕES. BASEADAS NA ACEITAÇÃO E DESAFIO

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16 – PARADOXOS - por Peggy Papp

- Projeto de Terapia Breve Ackerman - organizado em 1974 - direção: Peggy Papp e Olga Silverstein – Propósito: experimentar o uso de paradoxo no tratamento de famílias com crianças sintomáticas.

- Experimento: 8 terapeutas de família voluntários - treinados no Instituto Ackerman de Terapia Familiar - partindo das idéias de outros que fizeram uso do paradoxo em terapia familiar

- Paradoxo - 3 conceitos: família como sistema autoregulador - sintoma como um mecanismo para a autoregulação - resistência do sistema à mudança

- Exemplo: pais que desviam seu conflito pela da ativação do sintoma de um filho - conflitos não resolvidos dos pais venham a luz – criando: ansiedade e resistência a mudança

- Paradoxo: ferramenta clínica para lidar com esta resistência e evitar uma luta pelo poder entre a família e o terapeuta

- Famílias com filhos sintomáticos - apresentam demanda contraditória – mudar o sintoma sem mudar o sistema

- Tema central: como eliminar o sintoma -> o que acontecerá se for eliminado // problema -> como a família poderá sobreviver sem ele

- Uso diferenciado e alternado do paradoxo com outras intervenções ->uso baseado na avaliação do grau de resistência a mudança INTERVENÇÕES DIRETAS, BASEADAS NA CONCORDÂNCIA: - Conselhos – sugestões – interpretações / Objetivo: modificar de forma direta regras ou papeis da família INTERVENÇÕES PARADOXAIS, BASEADAS NO DESAFIO: - Cumpre o oposto do que aparentemente parece pretender – Êxito: depende da família seguir as instruções – alvo do paradoxo sistêmico: interação oculta que se expressa em um sintoma // Três principais técnicas para projetar o paradoxo sistêmico: redefinição (percepção da família sobre o problema) – prescrição (ciclo da relação sintoma e sistema) – restrição

INVERSÕES. BASEADAS NA ACEITAÇÃO E DESAFIO - Uma inversão é uma intervenção na qual o terapeuta dirige alguém da família a inverter sua atitude ou comportamento em relação a um aspecto crucial // desafio – aceitação – cooperação // Quando se sente que um segmento da família é capaz de inverter uma posição nuclear que afetará a outro segmento.

O GRUPO DE CONSULTA COMO UM CORO GREGO - Grupo de consulta como reforço das intervenções do terapeuta - colegas que se revezam na observação do outro, atrás do espelho unilateral (coro grego) // Grupo é utilizado para apoiar e confrontar a família // Autoridade: Hierarquia // Grupo como surpresa e confusão para gerar mudança (Curiosidade) – Triangulo terapêutico: postura antagonista (grupo) x protagonista (terapeuta) – grupo de consulta / pesquisa de opinião pública (final da sessão)

SEGUIR ATE O FIM UM PARADOXO SISTÊMICO

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- Após o paradoxo sistêmico ter sido formulado e pronunciado, apresenta-se a difícil tarefa de manter-se fiel a ele - O próximo passo requer que o terapeuta persista em manter sua definição circular do problema e que introduza continuamente o comportamento da família na nova estrutura - Terapeuta lê a mensagem do grupo – dramatização dentro das sessões