relações entre ansiedade-estado e ansiedade-traço, sintomas ...
Ansiedade Na Entrevista
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Ansiedade na entrevista
Entrevistado e entrevistador enfrentam-se com uma situação desconhecida, ante a qual
não têm ainda estabilizadas pautas reaccionales adequadas, e a situação não organizadaimplica uma verdadeira desorganização da personalidade da cada um dos participantes;
essa desorganização é a ansiedade.
entrevistado solicita a!uda técnica ou profissional quando e"perimenta ansiedade ou
se vê perturbado pelos mecanismos defensivos em frente # mesma. Em frente #
entrevista e durante a mesma podem ser incrementado tanto sua ansiedade como seus
mecanismos defensivos, porque o desconhecido que se enfrenta não é s$ uma situação
e"terna nova, senão também o perigo do que desconhece de sua pr$pria personalidade.
% ansiedade do entrevistador é um dos fatores mais dif&ceis de mane!ar, porque ela é omotor do interesse na investigação e do interesse em penetrar o desconhecido. 'oda
investigação requer a presença de ansiedade em frente ao desconhecido e o pesquisador
tem que possuir a capacidade para a tolerar e poder a instrumentar, sem o qual se fecha
a possibilidade de uma investigação eficaz; isto (ltimo ocorre também quando o
pesquisador se vê abrumado pela ansiedade ou recorre a mecanismos defensivos em
frente # mesma )racionalização, formalismo, etc.*.
O entrevistador
instrumento de trabalho do entrevistador é ele mesmo, sua pr$pria personalidade, que
entra se ou se em !ogo no relacionamento interpersonal; com o agravante de que o
ob!eto que deve estudar é outro ser humano; o contato direto com seres humanos
enfrenta assim ao técnico com sua pr$pria vida, sua pr$pria sa(de ou doença, seus
pr$prios conflitos e frustraç+es. e não grad(a este impacto sua tarefa se faz imposs&vel
ou tem muita ansiedade e então não pode atuar, ou bem bloqueia a ansiedade e a tarefa éestéril.
entrevistador deve operar desassociado em parte atuando com uma identificação
proectiva com o entrevistado e em parte permanecendo fora desta identificação,
observando e controlando o que ocorre, de maneira de graduar assim o impacto
emocional e a desorganização ansiosa. Esta disociaci$n com a que tem que operar o
entrevistador é a sua vez funcional ou din/mica, no sentido que tem que atuar
permanentemente a pro!eção e introecci$n, e tem que ser o suficientemente pl0stica ou
1porosa2 para que possa permanecer nos limites de uma atitude profissional.
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3ma m0 disociaci$n com intensa e permanente ansiedade, faz com que o psic$logo
desenvolva condutas f$bicas ou obsesivas em frente a suas entrevistas, e então evita
fazer entrevistas ou interp+e instrumentos e teste para evitar o contato pessoal e a
ansiedade consequente. % defesa obsesiva manifesta-se em mudança em entrevistas
estereotipadas em que tudo est0 arran!ado e previsto, na elaboração rotineira de hist$rias
cl&nicas; a entrevista transforma-se em um ritual. utro risco é o da pro!eção dos
pr$prios conflitos sobre o entrevistado e uma verdadeira compulsi$n a ocupar-se,
indagar ou achar perturbaç+es na esfera em que as est0 negando em s4 mesmo.
entrevistador tem que !ogar os papéis que lhe são promovidos pelo entrevistado, mas
sem os assumir em totalidade. 5ogar o papel significa perceber a re!eição, compreender;
achar os elementos que o promovem, as motivaç+es do entrevistado para que isso ocorra
e utilizar esta informação para esclarecer o problema ou para promover sua modificação
no entrevistado. 6uanto mais psic$pata o entrevistado, tanto mais f0cil possibilita-se
que o entrevistador assuma e atue os papéis. %ssumir o papel implica a ruptura doenquadre da entrevista. 7ncomodo, ira, bloqueio, l0stima, carinho, re!eição, sedução, etc
etc... são todos os ind&cios contratransferenciales que o entrevistador deve perceber
como tais na medida em que se produzem e tem que os resolver os analisando para si
mesmo em função da personalidade do entrevistado, da sua pr$pria e em função do
conte"to e o momento em que aparecem na comunicação.
O entrevistado
Em termos gerais, para que uma pessoa coincida a uma consulta, deve haver chegado a
um a certa percepção ou insight e que algo não anda bem, de que algo mudou ou
modificado ou bem, se percebe a se mesmo, com ansiedade e temores.
childer reuniu em cinco grupos os indiv&duos que coincidem ao médico eles são 8*o
que coincidem por quei"as corporales; 9* por quei"as mentais; :* por quei"as devidas #
falta de sucesso; * por quei"as referentes a dificuldades na vida di0ria; <* por quei"as
de outras pessoas.
eguindo em mudança a divisão de =. >iviere das 0reas de conduta, podemos considerar
três grupos, segundo que a prevalência recaia sobre os sintomas, quei"as ou problemas
na 0rea da mente, do corpo ou do mundo e"terno. paciente pode ter quei"as ou
acusaç+es, no primeiro caso predomina a ansiedade depresiva enquanto no segundo a
ansiedade paranoide.
=odemos reconhecer e diferencia r entre o entrevistado que vem # consulta do que
trazem ou aquele que 1o mandaram2. que vem, tem ou verdadeiro insight de sua
doença e corresponde ao paciente neur$tico; enquanto o psic$tico, em mudança, é
trazido. que não tem motivos para vir mas vem porque o mandaram, corresponde #
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psicopatia é aquele que faz atuar a outros e delega em outro suas preocupaç+es e mal-
estares.
que vem # consulta é sempre um emergente dos conflitos grupais da fam&lia;
diferenciamos ademais entre o que vem s$ e o que vem acompanhado, que representam
diferentes grupos familiares.
que vem s$ é um representante de um grupo familiar esquizoide, no que a
comunicação entre seus membros é prec0ria, vêm dispersos ou separados, com um grau
acentuado de bloqueio afetivo. utro grupo familiar é aquele no qual vêm v0rios #
consulta e o técnico tem a necessidade de perguntar quem é o entrevistado ou por quem
vêm; é o grupo epileptoide, com um alto grau de simbiose ou interdependência.
utro tipo é o que vêm acompanhado por uma pessoa, familiar ou amigo, que é o caso
do f$bico que precisa acompanhante.
?os grupos que coincidem # consulta, o psic$logo não tem por que aceitar o critério da
fam&lia sobre quem é o doente, senão que deve atuar considerando a todos seus mimbros
implicados e ao grupo como doente. ?estes casos, o estudo dl inter!ugo de papéis e da
din/mica do grupo são os elementos que servem de orientação para fazer tomar insight
da situação a todo o grupo.
Funcionamento da entrevista
que oferece em entrevistador deve ser o suficientemente amb&guo como para permitir
a maior posta em !ogo da personalidade do entrevistado.
E"iste um limite onde a ambig@edad não deve e"istir, este cobre todos os fatores que
intervêm no enquadre da entrevista tempo, local e papel técnico do profissional.
tempo refere-se a um hor0rio e um limite na e"tensão da entrevista; o espaço abrange o
enquadramento ou o terreno ambiental no qual se realiza a entrevista. papel técnico
significa que em nenhum caso o entrevistador deve permitir ser apresentado como um
amigo em um encontro fortuito. 'ampoco deve o entrevistador entrar com suas reaç+esnem com o relato de sua vida, também não entrar em relacionamentos comerciais ou de
amizade , nem pretender nenhum benef&cio da entrevista que não se!am seus honor0rios
e seu interés cient&fico ou profissional. 'ambém não deve ser utilizada como uma
gratificaci$n narcisista n a que se !oga de mago com uma e"ibição de omnipotencia. Aa
curiosidade deve ser limitado ao necess0rio para o benef&cio do em t revistado. 'odo o
que senta como reacci$n contratra nsferencial deve ser considerado como um dado da
entrevista,, não devendo responder nem atuar em frente # re!eição, a rivalidade ou a
inve!a do entrevistado. Aa petul/ncia ou atitude arrogante ou agressiva do entrevistado
não deve ser nem cBmoda nem submetida; não se trata nem de triunfar nem de se impor ao entrevistado. Aou que nos corresponde é averiguar a qué se devem, como funcionam
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equ é efeitos acarreta ao entrevistado. El entrevistado tem direito, embora tomemos nota
disso e inclusive advirtamos ao mesmo em trevistadosobre sua repressão ou sua
desconfiança.
% abertura da entrevista também não deve ser amb&gua, pronunciando frases gerais ou
de duplo sentido. entrevistado deve ser recebido cortesmente mas não efusivamente,;
se tem-se dados do entrevistado fornecida por outra pessoa, deve-se-lhe informar tanto
como antecipar ao informante, ao começo da entrevista que estes dados não serão
mantido s em reserva. % reserva do entrevistador para com os dados que fornece o
entrevistado se acha impl&cita na entrevista, e se da mesma se eleva um relat$rio #
instituição, isto deva também o conhecer o entrevistado. % reserva e o segredo
profissional regem também para os doentes psic$ticos e para o material das entrevistas
com os meninos; neste (ltimo caso, não devemos nos sentir autorizados para relatar aos
pai detalhe da entrevista com seus filhos.
fim da entrevista deve ser respeitado como todo o enquadre, e a reação # separação é
um dado de grande import/ncia, tanto como a avaliação de como se vai o entrevistado e
como ficamos n$s contratransferencialmente com ele.
A interpretação
3ma pergunta frequente e importante é o de sim deve ser interpretado nas entrevistas
realizadas com fins diagn$sticos. ?este sentido h0 posiç+es muito variadas, entre as que
se conta, por e"emplo, a de >ogers, quem não s$ não interpreta senão que também não pergunta, alentando ao entrevistado a prosseguir recorrendo a diferentes técnicas.
?a entrevista diagn$stica deve ser interpretado por sobretudo a cada vez que a
comunicação tenda a se interromper ou distorsionarse. utro caso muito frequente no
que temos que intervir é para relacionar o que o mesmo entrevistado tem estado
comunicando. =ara interpretar, devemo-nos guiar pelo monto de ansiedade que estamos
resolvendo e pelo monto de ansiedade que criamos, tendo em conta também se se vai
dar outras oportunidades para que o entrevistado possa resolver ansiedades que vamos
mobilizar. Em todos os casos, devemos interpretar s$ sobre emergentes, sobre o que
realmente est0 operando no aqui e agora da entrevista.
%demais, sempre que interprete-se, deve ser sabido que a interpretação é uma hip$tese
que deve ser verificada ou retificada no mesmo campo de trabalho pela resposta que
mobilizamos ou condicionamos ao pBr em !ogo dita hip$tese.
$timo alcance de uma entrevista é o da entrevista operativa, na qual se tende a
compreender e esclarecer um problema ou uma situação que o entrevistado contribui
como centro ou motivo da entrevista.