Antimicrobianos em Infecções e Enfermidades Infecciosas · SULFAS Inibem a síntese de ácidos...
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Voltaremos a Idade Média?
Importância da resistência
bacteriana.
Jornal Estado de São Paulo
Fonte: Domínio Público.
Pets: reservatórios de bactérias patogênicas multidrogas resistentes
Contaminação de proprietários;
Contaminação de médicos veterinários;
Contaminação ambiental:
• Solos (estercados);
• Águas paradas;
• Cursos d’agua;
• Lodo;
• Sedimento marinho.
Fonte: Domínio Público.
Utilização Correta de Antimicrobianos
Aprender a utilizar;
Usar com rigor científico;
Como descartar frascos, seringas e agulhas;
Secreção do animal tratado:• Fezes;
• Urina;
• Leite.
Consequências:• Uso indiscriminado;
• Qual a nossa responsabilidade.
Fonte: Domínio Público.
Utilização de Antimicrobianos em Animais de Produção e suas Consequências
Figura 1. Principais vias de exposição ambiental aos fármacos de uso veterinário (Adaptado de Sarmah et al., 2006).
O que afeta?
Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/2018/03/12/medicamentos-e-meio-ambiente-solucoes-individuais-problemas-coletivos/ https://panoramafarmaceutico.com.br/2018/03/12/medicamentos-e-meio-ambiente-solucoes-individuais-problemas-coletivos/
Detecção de Bacterias Multirresistentes aos Antimicrobianos em Esgoto Hospitalar no Rio de Janeiro
Thiago Pavoni Gomes Chagas;
Fundação Oswaldo Cruz;
Pós-graduação em Medicina Tropical;
Obtenção do título de Mestre;
Rio de Janeiro 2011.
Bactérias lançadas no esgoto hospitalar
24 amostras de esgotos coletadas: junho a dezembro de 2008:
Afluente;
Efluente do tanque decantador;
Efluente clorado.
Fonte: Chagas et. al., 2011.
Fonte: Domínio Público.
Isolamento;
Classificação bioquímica;
Identificação da produção de
beta-lactamases de espectro
estendido (ESBL);
PCR para identificação de genes de resitência.
Detecção de Bacterias Multirresistentes aos Antimicrobianos em Esgoto Hospitalar no Rio de Janeiro (CHAGAS et al., 2011).
Fonte: Domínio Público.
226 isolados;
213 (94%) família Enterobacteriaceae:
Psedomonas aeruginosa;
Acinetobacter baumannii;
Aeromonas spp.
Psedomonas aeruginosa
Detecção de Bacterias Multirresistentes aos Antimicrobianos em Esgoto Hospitalar no Rio de Janeiro (CHAGAS et al., 2011).
97 amostras (43%) apresentaram fenótipo de ESBL:
Klebsiella pneumoniae;
Enterobacter cloacae;
Escherichia coli.
Fonte: Domínio Público.
Detecção de Bacterias Multirresistentes aos Antimicrobianos em Esgoto Hospitalar no Rio de Janeiro (CHAGAS et al., 2011).
Detecção de outros genes de resistência:
blaTEM: 82%;
bla SHV: 48%;
blaCTX-M: 67%.
*blaKPC: dois isolados do efluente.
Impacto
na
Saúde
Pública
Detecção de Bactérias Multirresistentes aos Antimicrobianos em Esgoto Hospitalar no Rio de Janeiro (CHAGAS et al., 2011).
Perfil de resistência antimicrobiana de Staphylococcusspp. e Klebsiella pneummoniae isoladas em cães(SANTOS et al., 2018).
Perfil de resistência antimicrobiana de Staphylococcusspp. e Klebsiella pneummoniae isoladas em cães(SANTOS et al., 2018).
Perfil de sensibilidade de bactérias isoladas de animaisdomésticos na região de Botucatu frente ao cloranfenicol eflorfenicol (PAES et al., 2009).
Perfil de sensibilidade de bactérias isoladas de animaisdomésticos na região de Botucatu frente ao cloranfenicol eflorfenicol (PAES et al., 2009).
Perfil de sensibilidade de bactérias isoladas de animaisdomésticos na região de Botucatu frente ao cloranfenicol eflorfenicol (PAES et al., 2009).
PERFIL DE SENSIBILIDADE DE BACTÉRIAS PATOGÊNICAS ISOLADAS DE CÃES FRENTE A ANTIMICROBIANOS (CRUZ et al., 2012)
PERFIL DE SENSIBILIDADE DE BACTÉRIAS PATOGÊNICAS ISOLADAS DE CÃES FRENTE A ANTIMICROBIANOS (CRUZ et al., 2012)
Perfil de resistência de isolados de Staphylococcus aureusobtidos de produtos de origem animal analisados pelo Serviçode Inspeção Federal do Brasil (KUCHENBECKER E CARDOSO,2009).
Perfil de resistência de isolados de Staphylococcus aureusobtidos de produtos de origem animal analisados pelo Serviçode Inspeção Federal do Brasil (KUCHENBECKER E CARDOSO,2009).
Perfil de resistência de isolados de Staphylococcus aureusobtidos de produtos de origem animal analisados pelo Serviçode Inspeção Federal do Brasil (KUCHENBECKER E CARDOSO,2009).
Caso fatal por Streptococccus canismultirresistente (SOARES et al., 2008).
Figura 1. Pulmão: pneumonia bilateral com áreas de hepatização vermelha. Figura 2. Útero: endometrite com conteúdo muco-sanguinolento e espessamento da parede do órgão.
A ERA DOS ANTIBIÓTICOS
Efeitos dos antibióticos no índice de letalidade de infecções comuns (Letalidade %):
DOENÇA ERA PRÉ-ANTIBIÓTICA ERA PÓS-ANTIBIÓTICA
Pneumonia pneumocócica 20 a 85 Aproxim. 5
Endocardite bacteriana 99 5
Meningite por H. influenzae 100 2 a 3
Meningite pneumocócica 100 8 a 10
Meningite meningocócica 20 a 90 1 a 5
Febre tifóide 8 a 10 1 a 2
Fonte: WeiristeinL., Barza M.S> em Waletr Tavares. Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico – 3ª edição - 2014.
Análise Crítica
Escarlatina
Pneumonais
Toxoplasmose
Sepse
Febre maculosa das montanhas Rochosas
Tétano
Gangrenas
Anthrax
Leptospirose
Medicina VeterináriaFonte: Domínio Público.
“Esse milagre está sendodesfeito pela incapacidadede uso profissional e pelouso indiscriminado porleigos na autoterapia e pior...Tratando seus animaisdomésticos e de produção”.
Profº Antonio Carlos Paes
NOVO ANTIMICROBIANO
Há mais de 40 anos não surge um real novo antimicrobiano.
Fonte: Domínio Público.
Fonte: Domínio Público.
RESISTÊNCIA BACTERIANA AOS ANTIMICROBIANOS
Natural ou Intrínseca• Características biológica primitivas de muitas bactérias;
• Determinada por genes.- receptores inadequados para ligação do antimicrobiano;
- Impedimento da ação do antimicrobiano no receptor;
- Inexistência de um sítio para ação do antimicrobiano;
- Incapacidade de transpor a membrana celular bacterina (bactérias
anaeróbicas e aminoglicosídeos);
- grande resistência natural de cepas de Pseudomonas aeruginosa.
O micro-organismo cresce em meio decultura na presença do antimicrobianona concentração que o mesmo alcançana circulação sanguínea.
RESISTÊNCIA BACTERIANA ADQUIRIDA FRENTE AOS ANTIMICROBIANOS
Produção de enzimas inativadoras;
Alteração da permeabilidade da membrana celular;
Alteração estrutural dos sítios (locais) de ligação dos antimicrobianos;
Desenvolvimento de bombas de efluxo para retirada de antimicrobianos do meio intracelular bacteriano.
MECANISMO DE RESISTÊNCIA BACTERIANA AOS ANTIMICROBIANOS
As bactérias eram originalmente sensíveis;
Ocorre por modificações estruturais ou do funcionamento da célula bacteriana;
Fatores genéticos adquiridos:
- alteram o cromossomo bacteriano;
- afetam os plasmídeos.
Plasmídeos multiplicam-se no citoplasma bacteriano
- conferem a célula bacteriana características biológicas adicionais como resistência aos antimicrobianos (plasmídeos R).
RESISTÊNCIA BACTERIANA ADQUIRIDA AOS ANTIMICROBIANOS
TRANSPOSONS ou TRANSPOSSOMOS
Partículas de DNA que se transpõem dentro da célula bacteriana:
• Plasmídeos cromossomos
• Cromossomos plasmídeos
• Plasmídeos plasmídeos penetra em bacteriófagos
Essa recombinação genética é denominada transposição.
Múltiplas etapas: seguidas mutações em um mesmo gene para alcançar a elevados níveis de resistência.
Mutação em uma única etapa:
- origina altos níveis de resistência ;
- depende de uma única mutação.
RESISTÊNCIA BACTERIANA AOS ANTIMICROBIANOSPOR MUTAÇÃO OU CROMOSSÔMICA
Transferência de genes de uma célula doadora para outra;
Ocorre por quatro mecanismos:
- Transformação;
- Transdução;
- Conjugação;
- Transposição.
RESISTÊNCIA ADQUIRIDA TRANFERÍVEL
TRANSFORMAÇÃO
Célula bacteriana receptora capta DNA solúvel proveniente de parte ou de todocromossomo ou plasmídeo liberado no meio por uma célula bacteriana doadora;
O material é incorporado ao cromossomo ou ao plasmídeo da célula receptora;
Geralmente a doadora sofre morte por lise e o DNA livre no meio ambiente écaptado pela receptora;
Ocorre apenas entre bactérias da mesma espécie ;
É a forma de transmissão de resistência menos importante
MAS...
a descendência é resistente.
Transferência de material genético de uma bactéria para outra através de bacteriófagos.
TRANSDUÇÃO
BACTERIÓFAGO
DNA bacteriano
Incorporação de fragmentos deDNA cromossômico (genes deresistência)
Multiplicação
Incorporação de plasmídeos(plasmídeos de resistência)
BACTERIÓFAGO NOVA CÉLULA BACTERIANA
• ocorre entre bactérias da mesma espécie;• mecanismo limitado de resistência bacteriana;
MAS...
a descendência é resistente.
Transferência de material genético de uma célula bacteriana viável para outra por contato físico através da organela FÍMBRIA SEXUAL (G-);
Contato célula a célula (G+);
Ação de feromônios;
Transferência de plasmídeos conjugados;
Conferem resistência para dois outros antimicrobianos entre bactérias de espécies diferentes.
CONJUGAÇÃO
MAS...
Plasmídeos conjugativos já identificados comgenes para resistência até 10 antimicrobianos.
Mais frequente processo de resistênciabacteriana em infecções hospitalares (pressãoseletiva pelo uso de antimicrobianos).
ANOS 1950 (1652 – 1959)
Shigella spp. multirresistente (sulfa, estreptomicina, tetraciclina); Ganhou genes de cepas de Escherichia coli multirresistentes.
“Essa é uma revolução na resistência bacteriana aos antimicrobianos”.
Transferência de genes
Transferência através de transposons (genes saltadores);
“Saltam” de uma molécula de DNA para outra mas não se replicam independentemente;
Incorporados aos plasmídeos e/ou cromossomos mantem-se estáveis e se multiplicam junto com o DNA da célula receptora;
Pequenos codificam resistência para até três antimicrobianos.
TRANSPOSIÇÃO
- plasmídeo plasmídeo- plasmídeo cromossomo- plasmídeo bacteriófago
Descendência Resistente.
RESISTÊNCIA BACTERIANA AOS ANTIMICROBIANOS POR INATIVAÇÃO ENZIMÁTICA
Mecanismo mais importante de resistência bacteriana;
Modificação estrutural do antimicrobiano ;
Antimicrobianos beta-lactâmicos.
• Inativados por enzimas beta-lactamases;• Produzidas por bactérias G+ e G-;
• Hidrólise da ligação amida do anel beta-lactâmico;• Destruição irreversível da ação antibacteriana desses fármacos.
Staphylococcus aureus e outros;Klebsiella pneumoniae / Pseudomonas aeruginosa
RESISTÊNCIA BACTERIANA AOS ANTIMICROBIANOS POR INATIVAÇÃO ENZIMÁTICA
Produção de Beta-Lactamases de Espectro Estendido (ESBL);
Atuam sobre penicilinas e cefalosporinas (até as de quarta geração) e monobactâmicos;
ESBL tem origem plasmidial;
Modificação estrutural do antimicrobiano ;
Antimicrobianos beta-lactâmicos.
Klebsiella pneumoniae / Klebsiella spp. Escherichia coli;Enterobacter spp.;Proteus spp.
CARBAPENEMASES
Origem plasmidial;
Bacilos G-;
Inativam penicilinas, cefalosporinas e carbapenemas;
Mais conhecida KPC – Klebsiella pneumoniae carbapenemase
* 3 confirmações por biologia molecular MI
Staphylococcus. CoN 1
Enterococcus spp.
Eschirichia coli
Candida spp.
P. aeruginosa
Acinetobacter spp.Staphylococcus aureus
Outras bactérias
Enterobacter spp.
Klebisiella pneumoniae
Fonte: Anvisa, 2016.
As 10 bactérias mais comuns em UTI’s brasileiras
Número se refere a infecções da corrente sanguínea em pacientes hospitalizados, por bactéria, em 2015.
PRODUÇÃO DE OUTRAS ENZIMAS
Adeniltransferase;
Fosfotransferase;
Nucleotidiltransferases;
Podem inativar todos os aminoglicosídeos (a amicacina ainda é a menos afetada);
São codificadas por genes localizados em transposons localizados em cromossomos e plasmídeos;
Adquiridos por conjugação.
CLORANFENICOL - ACETILTRANSFERASE
Promove a inativação desse antimicrobiano;
O fármaco não consegue mais se ligar ao ribossomo bacteriano;
Origem em plasmídeos.
LINCOSAMIDA - NUCLEOTIDILTRANSFERASE
Codificada por plasmídeos;
Confere resistência a lincosamina, clindamicina e, possivelmente, a azitromicina.
ALTERAÇÃO DA PERMEABILIDADE DA MEMBRANA CELULAR BACTERIANA FRENTE AOS ANTIMICROBINAOS
Alteração da permeabilidade por alteração de porinas;
Mutação.
Staphylococcus aureus resistentes a vancomicina.
ALTERAÇÃO DO SISTEMA DE TRANSPORTE NA CÉLULA BACTERIANA
Diferença de potencial elétrico (externo – interno);
Meio interno carga elétrica negativa;
Meio externo carga elétrica positiva;
Dependente de energia, logo, bactérias aeróbicas;
Penetração de aminoglicosídeos na célula bacteriana;
Geração de fluxo de elétrons.
Mutação;
Afetam o metabolismo energético da membrana celular bacteriana;
Diminuição da DDP;
Redução da penetração de aminoglicosídeos para o citoplasma bacteriano.
Psedomonas aeruginosaEnterobactérias
ALTERAÇÃO DO SISTEMA DE TRANSPORTE NA CÉLULA BACTERIANA
RETIRADA ATIVA DE ANTIMICROBIANOS DO MEIO INTRACELULAR BACTERIANO
Efluxo ou Bomba de Efluxo;
Bacilos G- entéricos;
Codificada por plasmídeos R conjugados;
Conferem imensa resistência frente as tetraciclinas;
RETIRADA ATIVA DE ANTIMICROBIANOS DO MEIO INTRACELULAR BACTERIANO
Proteínas localizadas na membrana citoplasmática promovem o efluxo;
As proteínas de resistência funcionam como bombas de efluxo(bombeamento ativo que depende de energia e movimentação de proteínas);
FluorquinolonasMacrolideos: Staphylococcus aureus
RETIRADA ATIVA DE ANTIMICROBIANOS DO MEIO INTRACELULAR BACTERIANO
Psedomonas aeruginosa
Bomba de Efluxo
• fluorquinolonas• cloranfenicol;• eritromicina;• todos os beta-lactâmicos
Fonte: Weerakkody, 2016. Acesso: https://www.youtube.com/watch?v=vp7oyKyAq1s.
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA AOS CARBAPENÊMICOS
Capazes de hidrolisar não só
carbapenêmicos, mas
também outros β-lactâmicos,
como cefalosporinas,
penicilinas e
monobactâmicos.
CARBAPENEMASES
β-lactamases;
Fonte: Weerakkody, 2016. Acesso: https://www.youtube.com/watch?v=vp7oyKyAq1s.
RESISTÊNCIA BACTERIANA AOS ANTIMICROBIANOS
POR ALTERAÇÃO DO RECEPTOR
Adquirida por mutação cromossômica – G+,G-; Pouco frequentemente mediada por plasmídeos;
alteração de PBPs – resistência aos beta-lactâmicos alterações no ribossomo bacteriano
- Modificações de proteínas ribossomais;- Ausência de certas proteínas no ribossomo.
Alterações na DNAgirase e topoisomerase.
resistência frente as fluorquinolonas
RESISTÊNCIA BACTERIANA POR MODIFICAÇÃO DO SISTEMA METABÓLICO
ATIVO PARA O FÁMACO E SÍNTESE DE VIAS METABÓLICAS ALTERNATIVAS
Base da resistência
bacteriana adquirida
frente as SULFAS.
SULFAS Inibem a síntese de ácidos nucléicos na sequência metabólica de derivados do ácido fólico, onde há a participação de diferentes redutases e sintetases. A resistência ocorre por modificação no sistema enzimático que são vistas a seguir:
1) PRODUÇÃO DE DIIDROPTEROATO – REDUTASE modificada o menor suscetibilidade é a inibição pelas sulfas.
Escherichia coli, Pneumococcus spp.
2) PRODUÇÃO DE DIIDROPTEROATO – SINTETASE adicional, além da existente, e que é altamente resistente a ação das sulfas.
Enterobactérias
RESISTÊNCIA BACTERIANA POR MODIFICAÇÃO DO SISTEMA METABÓLICO
ATIVO PARA O FÁMACO E SÍNTESE DE VIAS METABÓLICAS ALTERNATIVAS
3) PRODUÇÃO DE DIIDROFOLATO – REDUTASE com menor afinidade pelo trimetopim.
Mediada por plasmídeos
- Escherichia coli;- Proteus spp.;- Klebsiella spp.;- Staphylococcus spp.;- Meningococcus spp.
RESISTÊNCIA BACTERIANA POR MODIFICAÇÃO DO SISTEMA METABÓLICO
ATIVO PARA O FÁMACO E SÍNTESE DE VIAS METABÓLICAS ALTERNATIVAS
4) SINTESE DE UMA VIA METABÓLICA ALTERNATIVA PARA PRODUÇÃO DE DOIS TIPOS DE DIIDROFOLATO – REDUTASE
Uma não sofre ação do trimetopim e passa a comandar a síntese de tetraidrofolatos. Mediada por plasmídeos; A outra... Ora a outra... Se diverte com o antimicrobiano!
* Processo codificado por plasmídeos.
Enterobactérias
RESISTÊNCIA BACTERIANA POR MODIFICAÇÃO DO SISTEMA METABÓLICO
ATIVO PARA O FÁMACO E SÍNTESE DE VIAS METABÓLICAS ALTERNATIVAS
5) HIPERPRODUÇÃO DE DIIDROFOLATO – REDUTASE e de DIIDROPTEROATO – SINTETASE, superando o efeito inibidor de sulfa e trimetopim.
cepas mutantes de Escherichia coli; Enterococcus faecium; Pneumococcus spp.
RESISTÊNCIA BACTERIANA POR MODIFICAÇÃO DO SISTEMA METABÓLICO
ATIVO PARA O FÁMACO E SÍNTESE DE VIAS METABÓLICAS ALTERNATIVAS
6) PERDA DA CAPACIDADE DE SINTETIZAR A ENZIMA TIMIDILATO -SINTETASE
A bactéria torna-se dependente de fontes exógenas de timina ou timidinas e, consequentemente, invisível ao efeito sequencial da sulfa e do trimetopim.
RESISTÊNCIA BACTERIANA POR MODIFICAÇÃO DO SISTEMA METABÓLICO
ATIVO PARA O FÁMACO E SÍNTESE DE VIAS METABÓLICAS ALTERNATIVAS
QUESTÕES FUNDAMENTAIS NA ESCOLHA DE ANTIMICROBIANOS
“A arte da terapêutica”
“Faça terapêutica com drogas e não drogas de terapêutica”
Começar pelo fundamental
VIDRO DO INDU
Via de aplicação Droga a ser utilizada Dose terapêutica Intervalo entre aplicações Duração do tratamento
Fonte: Domínio Público.
QUESTÕES FUNDAMENTAIS NA ESCOLHA DE ANTIMICROBIANOS
Farmacocinética dos antimicrobianos:estudo quantitativo dos processos deabsorção, distribuição, biotransformaçãoe excreção de antimicrobianos em relaçãoao tempo.
Fonte: Domínio Público.
Em resumo, é o estudo do destinodesses fármacos no organismo doanimal a ser tratado.
QUESTÕES FUNDAMENTAIS NA ESCOLHA DE ANTIMICROBIANOS
LEMBRAR... SEMPRE...
Fonte: Domínio Público.
Absorção, distribuição,metabolismo, excreção ea ação de umantimicrobiano envolvesempre a sua passagematravés de membranascelulares.
QUESTÕES FUNDAMENTAIS NA ESCOLHA DE ANTIMICROBIANOS
Fonte: Domínio Público.
O conhecimento preciso da farmacocinética de umantimicrobiano permite o estabelecimento de dadosimportantes para sua correta utilização:
via de administração;
posologia (dose adequada);
intervalo entre doses;
locais de biotransformação;
efeitos adversos no organismo do animal em tratamento;
vias de eliminação do organismo animal.
QUESTÕES FUNDAMENTAIS NA ESCOLHA DE ANTIMICROBIANOS
Fonte: Domínio Público.
espécie animal;
cães/gatos x equinos/animais de produção;
sistema orgânico envolvido;
enfermidade aguda ou crônica;
Agente patogênico mais factível de ser o
causador do problema;
antimicrobiano mais adequado para
combater tal agente;
antimicrobiano que alcance ótimos níveis no
sistema orgânico afetado.
Fonte: Domínio Público.
QUESTÕES FUNDAMENTAIS NA ESCOLHA DE ANTIMICROBIANOS
Fonte: Domínio Público.
avaliar a capacidade do antimicrobiano
ultrapassar certas barreiras biológicas
importantes difusão adequada.
Fonte: Domínio Público.
• Barreira hemato-encefálica;• Barreira hematoprostática;• Barreira pulmonar;• Concentração no tecido ósseo.
QUESTÕES FUNDAMENTAIS NA ESCOLHA DE ANTIMICROBIANOS
Fonte: Domínio Público.
dose e via de administração mais adequada
para obtenção de concentração ideal do
antimicrobiano no sistema orgânico afetado.
Fonte: Domínio Público.
Houve anterior utilização de outros(s)
antimicrobiano(s)?
FUNDAMENTAL
QUESTÕES FUNDAMENTAIS NA ESCOLHA DE ANTIMICROBIANOS
Fonte: Domínio Público.
conhecer a amplitude do espectro de ação
do antimicrobiano utilizado se é
adequado e desejável para o sucesso
terapêutico contra o agente patogênico
envolvido;
mecanismo de ação fundamental para
futuras associações sinergicas de
antimicrobianos.
Fonte: Domínio Público.
FARMACOCINÉTICA
Difusão;
Ligação com proteínas plasmáticas;
Período de vida ativa (meia-vida);
Metabolização no organismo animal;
Excreção pelo organismo animal;
Grau de toxicidade efeitos colaterais
indesejáveis para o animal em tratamento.
Fonte: Domínio Público.
Fonte: http://enfermagemcomamor.com.br/index.php/2018/04/19/nocoes-basicas-de-farmacologia/
ANÁLISE DO ANTIMICROBIANO
Praticabilidade de administração;
Disponibilidade no mercado;
Custo questão fundamental na
produção animal.
Fonte: Domínio Público.
Fonte: Domínio Público.
ANÁLISE DO ANTIMICROBIANO
"Não há como ter um ser humanosaudável se o animal, que é base desua alimentação, não está saudável“
Fonte: Domínio Público.
Fonte: Domínio Público.
“Os antimicrobianos não devem ser um substituto para práticas de higiene ou de criação inadequadas”
Barbarini Júnior, 2018.
FAO, 2018.
TOXICIDADE DE ANTIMICROBIANOS
Nefrotoxicidade
ação lesiva nos túbulos contornados proximais
- aminoglicosídeos DESIDRATAÇÃO
- tetraciclinas degradadas SINDROME DE FANCONI
Cristalúria
• Precipitação das sulfonamidas nos túbulos renais;
• Associação
• Absorção de líquidos no túbulo restando o precipitado;
• Diminuição do consumo de água é prejudicial e leva o risco de cristalização.
TOXICIDADE RENAL DAS SULFAS
-hematúria;- obstrução de túbulos renais.
- Concentração da droga nos túbulos renais;- pH urinário ácido.
*Atentar DIARRÉIA desidratação (particularmente os cães: hidratar e disponibilizar água)..
Sulfas de excreção rápida promovem mais cristalúria que as sulfas de excreção lenta.
Opção interessante optar
TOXICIDADE RENAL DAS SULFAS
- Sulfas de meia-vida plasmática mais longa; - que também apresentem solubilidade
elevada.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA CRISTALÚRIA
Anorexia;
Depressão;
Hematúria;
Dores renais;
Mímica da micção frequente;
Elevação da uréia.
Acompanhamento: urinálise, uréia e creatinina; Suspender de imediato o uso de sulfas; Hidratar adequadamente o animal.
AÇÃO HEPATOTÓXICA DAS SULFAS
Necrose hepática
- Cães: casos raros
- Gatos: casos raros
a dose deve ser absolutamente correta (mesmo);
acúmulo de metabólitos hepatotóxicos;
jamais utilizar sulfas em animais com doença hepática pré-existente;
jamais utilizar sulfas em neonatos.
EFEITO COLATERAL INDESEJÁVEL OCULAR DAS SULFAS
Ceratoconjuntivite seca;
Reação de hipersensibilidade em razão dos efeitos tóxicos do anel pirimidínico que contém nitrogênio, nas células oculares lacrimais;
Retirando as sulfas é difícil o retorno ao status de normalidade.
dependência - idade dos cães- período de duração do tratamento
Acompanhar de perto os cães tratados.
SULFAS: REAÇÕES ALÉRGICAS
Doberman Pincher: sulfadiazina e sulfametoxazol;
Reações alérgicas por imunocomplexos.
Febre; Poliartrite; Miosite; Linfoadenomegalia; Urticária; Glomerulonefrite (não cristáluria) por imunocomplexos; Renite focal; Anemia; Leucopenia; Trombocitopenia.
SULFAS: EFEITOS TERATOGÊNICOS
Efeitos observados experimentalmente em coelhas e ratas.
Não tratar jamais fêmeas prenhes (“seguro morreu de velho”).
Alterações dentárias; Malformações cranianas; Peso baixo.
PENICILINAS E CEFALOSPORINAS
Em humanos: podem causar nefrite intersticial por hipersensibilidade.
Febre; Eosinofilia; Dor abdominal; Hematúria; Piúria; Albuminúria; Oligúria.
Fonte: Penicillium. https://www.sciencesource.com.
MAS... Geralmente é REVERSÍVEL.MAS... Pode se agravar pela presença de doença renale uso de drogas nefrotóxicas e diuréticos de alça.
NEFROTOXICIDADE DOS AMINOGLICOSÍDEOS
Referida com todos os aminoglicosídeos;
Pode ocorrer redução da filtração glomerular ao redor de 5% a 25% dos pacientes;
Elevação da creatinina em 5% a 10% dos pacientes.
- antigamente: grande problema com neomicina e paramomícina (por via parenteral, não são
mais usadas);- menos com estreptomicina;- gentamicina, tobramicina, netilmicina e amicacina (não existe diferença quanto a nefrotoxicidade).
AMINOGLICOSÍDEOS
Aminoglicosídeos
Uso parenteral
Sequestradas para o interior dos lisossomos
Acúmulo na cortical renal
Pinocitose pelas células dos túbulos proximais
Favorece ligação com fosfolipídeos com carga negativa
Inibição das fosfolipases lisossomais
Disfunção da esfingomielinase e outras fosfolipases
pH ácido (5 a 6)
fosfolipidose
AMINOGLICOSÍDEOS
Acúmulo de fosfolipídeos
Liberação de hidrolases ácidas lisossomais
Degeneração das células tubulares
e necrose dos túbulos renais
Aminoglicosídeos
Inibição da fosforilação oxdativa
nas mitocôndrias da cortical renal
Inibição da enzima ATPase renal
AMINOGLICOSÍDEOS
Aminoglicosídeos
Provocam alteração do endotélio capilar glomerular
Redução da filtração glomerular
Estímulo do sistema renina-angiotensina: ação vasoconstritora
Inibição do sistema calicreina-cinina: ação vasodilatadora
A
VASOCRISTRIÇÃO
PREDOMINA
AMINOGLICOSÍDEOS
Consequências:
Poliúria; Glicosúria; Proteinúria; Beta-2-microglobinúria; Aumento da excreção de sódio; Diminuição da osmolaridade urináia.
Nefrotoxicidade de Aminglicosídeos: caracteristicamente NÃO OLIGÚRICA.
NEFROTOXICIDADE DOS AMINOGLICOSÍDEOS
Relação direta:
cefalosporinas (as mais antigas); anfotericina B; vancomicina; ciclosporina; diuréticos de alça (furosemide); analgésicos; animais desidratados; animais idosos; atenção: animais em sepse.
Dose empregada; Duração da terapêutica; Administração simultânea de drogas nefrotóxicas.
Fonte: http://www.feedfood.com.br/pt/da-semana/o-desafio-do-setor-em-otimizar-o-uso-de-antibioticos-na-producao
REDUÇÃO DA NEFROTOXICIDADE DOS AMINOGLICOSÍDEOS
Dose única diária: rápida saturação dos receptores no córtex renal
Diminuição do acúmulo intracelular de aminoglicosídeos
Não há correlação entre concentração sanguínea elevada e nefrotoxicidade.
MAS...
REDUÇÃO DA NEFROTOXICIDADE DOS AMINOGLICOSÍDEOS
Doses menores em intervalos menores provocam maior acúmulo de aminoglicosídeosnas células tubulares renais e, portanto, maior NEFROTOXOCIDADE.
* Dose padrão a cada 12 horas; * Gentamicina e Amicacina.
MAS...
ENTÃO...
* Dose padrão a cada 24 horas; * Estreptomicina.
OTOTOXICIDADE DOS AMINOGLICOSÍDEOS
Oitavo par de nervos cranianos. Relacionada à concentração da droga na endolinfa e perilinfa do ouvido médio.
• Banham às células ciliadas do órgão de Corti na cóclea e as células vestibulares.
Lesão das células do vestíbulo
OTOTOXICIDADE DOS AMINOGLICOSÍDEOS
Aminiglicosídeos
Endolinfa e perilinfa
Penetração lenta
Ligação ao bifosfato de fosfatidilinositol
Lesão das células auditivas do órgão de Corti (céls. Cocleares)
Concentração lenta (terapêutica prolongada)
OTOTOXICIDADE DOS AMINOGLICOSÍDEOS
Inibição da ATPase reguladora do sódio e potássio celular
Lesões de células cocleares e vestibulares
Alterações no gradiente iônico da perilinfa
AMINOGLICOSÍDEOS e BLOQUEIO NEUROMUSCULAR
Similar ao efeito curarizante;
Bloqueio da atividade neuromuscular;
Inibição da liberação pré-sináptica de acetilcolina;
Depressão da placa mioneural a acetilcolina;
Interferem com a ação do cálcio no neurorreceptor.
AMINOGLICOSÍDEOS e BLOQUEIO NEUROMUSCULAR
MAS...
Ocorre: Administração IV muito rápida; Lavado peritoneal em cirurgias; Pós-anestésicos.
Bloqueio reversível por administração de cálcio IV.
MAS...
NEUROTOXICIDADE
Ototoxicidade: danos ao oitavo par de nervos cranianos;
Bloqueio neuromuscular pós-anestesia.
- Aminoglicosídeos
HEPATOTOXICIDADE
Degeneração parenquimatosa
• Tetraciclinas;
• Eritromicina.
Lesões hepáticas em neonatos (hepatite gravíssima);
• Cloranfenicol: deficiência de glicuronil transferase
NECROSE DE HEPATÓCITOS: “Sindrome Cinzenta”
ENTEROTOXICIDADE
Danos na mucosa entérica:
Alterações graves na flora entérica de equinos:
• Ampiclina;• Lincomicina;• Clindamicina.
• Tetraciclinas
TOXICIDADE PARA A MEDULA ÓSSEA
Anemia aplástica irreversível
Proibido o uso do cloranfenicol nos animais cuja carne é consumida proteção para a saúde humana.
Anemia reversível em cães uso prolongado de trimetoprim.
• Cloranfenicol;• gatos (*);• primatas não humanos;• primatas humanos.
ARTROPATIA INFLAMATÓRIA EROSIVA
Fluorqinolonas
• Enrofloxacino em filhotes em fase de crescimento rápido;• Outras fluorquinolonas;• Humanos (???)
“Devemos encarar a terapêutica como uma arte do ofício da Medicina Veterinária e, portanto, praticá-la
como tal”
Profº Dr. ANTONIO CARLOS PAES
TRATAMENTO ANTIMICROBIANO CORRETO
NECESSÁRIO CONHECER
ClínicaFisiologia Microbiologia
Farmacologia
“A arte da terapêutica”
CURIOSIDADES HISTÓRICAS
1600 a.C.: China – Egito – Mesopotâmia
- Uso de substâncias mofadas ou fermentadas em ferimentos;
- Provavelmente FUNGOS...
1942 AD: Selman Abraham Waskman
- termo antibiótico: designando substâncias químicas deorigem microbiana (principalmente de fungos) que tinham o poderde eliminar (ação bactericida) ou inibir (ação bacteriostática) ocrescimento bacteriano.
MAS...
CURIOSIDADES HISTÓRICAS
1874 AD: William Roberts: constatou que a cultura do fungoPenicillium glaucum não era prejudicada por contaminaçãobacteriana... MAS...
Mesma época: Louis Pasteur e Jules François Jaubert observaramque o Bacillus anthracis não crescia em culturas contaminadascom fungos.
MAS... O acaso é fortuito
MAS...
CURIOSIDADES HISTÓRICAS
1935 AD: Gerhard Johannes Paul Domagk: descoberta
do Prontosil Rubrum® ou para-amino-benzeno sulfonamida;
Nome genérico: sulfanilamida,
sulfamidas, sulfas;
MAS... O acaso é fortuito
* Salvou a filha com escarlatina.
CURIOSIDADES HISTÓRICAS
1929 AD: Sir Alexander Fleming: acidente fortuito – meios decultura contaminados pelo fungo Penicillium notatum;
- Fleming estava alerta para a morte bacteriana nas placas;
1939 – 1949 AD: Ernest Boris Chain – Sir Howard Waletr (BarãoFlorey) e Edward Penley abraham;
- Universidade de Oxford: obtiveram penicilina mais pura eestável a parir do fungo Penicillium notatum;
1941 AD: primeira utilização da penicilina na espécie humana;
“Anno mirabilis”Até hoje é considerada uma das dez maiores descobertas da Medicina.
CURIOSIDADES HISTÓRICAS
1943 AD: Estados Unidos ($$$);
- Produção industrial da penicilina para a sua imensa máquina de guerra;
- Utilização como fonte: Penicillium chrysogenum;
- Penicillium notatum: 1U de penicilina/cm³ de cultura;
- Penicillium chrysogenum: 3.000 U de penicilina/cm³ de cultura;
Universidade de Oxford1.670 UI = 1 mg
Penicillium chrysogenum
CURIOSIDADES HISTÓRICAS
1945: 1.000.000 UI de penicilina: U$ 7,531969: 1.000.000 UI de penicilina: U$ 0,11
ANTIMICROBIANOS BETA-LACTÂMICOS
Penicilinas
R C NH CH CH
CO N
S
C
CH
CH3
COOH
AB AT
1
2O
AT – Anel Tiazólidinico
AB – Anel beta-lactâmico
1 – sítio de ação da penicilinase
2 – sítio de ação da amidase
ESPECTRO DE AÇÃO DAS PENICILINAS
Pequeno restrito;
Grande desenvolvimento de resistência bacteriana (mesmo
no gênero Streptococcus spp.);
Leptospiroses;
Clostridioses.
MAS... Ainda heróica a nosso ver
PENICILINAS EXISTENTES
Penicilina G ou benzil penicilina: única para uso IV/IM/SC;
Penicilina G procaína: IM/SC;
Penicilina G potássica: IM/SC;
Penicilina G benzatina: IM/SC;
*Penicilina V – fenoximetilpenicilina- única para uso oral – resiste ao pH ácido do estômago;- não apresenta nenhuma vantagem para utilização nos animais domésticos.
INTERVALO ENTRE DOSES
Penicilina G ou benzil penicilina cristalina: 20.000 a 40.000 UI/kg a cada 6 horas;
Penicilina G procaína ou Penicilina G potássica: 20.000 a 40.000 UI/kg a cada 12 horas;
Penicilina G benzatina: 20.000 a 40.000 UI/kg a cada 120 horas (5 dias);
*MAS existem níveis até 7 dias (168 horas).
PENICILINAS
Não resistem a pH fora da neutralidade (CUIDADO com tratamentos... Idiotas);
Inativadas penicilinases
beta-lactamases
PENICILINAS SEMI-SINTÉTICAS(ISOXAZOLILPENICILINAS)
Foram chamadas penicilinas anti-estafilocócicas;
Oxacilina – dicloxacilina – flucoxacilina;
*resistem as beta-lactamases
*resistem a pH fora da neutralidade
Vias de administração: IM/IV/SC
Intervalo entre doses: 6 horas
Dose: 20 a 25 mg/kg
PENICILINAS de AMPLO ESPECTRO
AMPICILINA;
Aminobenzilpenicilina ou penicilina BRL – 1.341;
*Doyle (1961): semi-sintética;
Inativada por penicilinases estafilocócicas;
Inativada por beta-lactamases produzidas por bactérias G-.
Amplo espectro de ação;
Ativa contra bactérias G-;
Estável em pH ácido (utilização VO).
MAS...
PENICILINAS de AMPLO ESPECTRO
Absorção VO
Irregular – muito baixa: 25 a 30% da dose;
IV/IM/SC: absorção ótima;
ótima difusão em níveis elevados.
- Rins ;- Fígado;- Pulmões;- Pele;- Tubodigestivo;- Líquidos pleural, peritoneal e sinovial.
PENICILINAS de AMPLO ESPECTRO
Concentração óssea e prostática muito baixa;
Metabolização – hepática – muito pequena;
Eliminação renal – forma ativa;
Secreção tubular com mecanismo de transporte ativo;Volume elimina em 6 horas até 70 a 90% da dose administrada
por via parenteral.
PENICILINAS de AMPLO ESPECTRO
Indicações de uso para cães e gatos:
pneumonias; dermatites; infecções do aparelho urinário – nefrites/pielonefrites/cistites; doença de Lyme (líquido sinovial); leptospirose – na ausência da Penicilina G e Ceftiofur; meningoencefalite bacteriana; sinergismo com aminoglicosídeos.
Observação: contraindicada em cães com parvovirose devido causar alterações de flora prejudicando o quadro clínico.
PENICILINAS de AMPLO ESPECTRO
Indicações de uso para cães e gatos:
DOSES: 20 a 25 mg/kg – vias IV/IM/SC; intervalo entre doses – 8 horas; uso oral – restrito – absorção muito baixa.
PENICILINAS de AMPLO ESPECTRO
*PARA ESCLARECER:
Ampicilina com Sulbactam - SULTAMICILINA Para uso oral Sulbactam – inibidor de beta-lactamases
MAS...
A absorção continua a mesma...
AMOXACILINA
Amino – hidroxi – benzilpenicilina ou penicilina BRL 2333
Uso iniciado na década de 1970; Obtida pela hidroxilação da cadeia fenólica lateral da ampicilina; Melhor absorvida por via oral – biodisponibilidade de 80 a 90%; A maioria das formações é para uso oral; Existe uma formulação injetável de longa ação; Mecanismo de ação e resistência – idem a ampicilina.
AMOXACILINA
DOSES:
VO: 20 a 25 mg/kg; Intervalo entre doses – 8 horas
INJETÁVEL – IM/SC 25 mg/kg; Intervalo entre doses – 24 horas
*Mesma utilização citada para a AMPICILINA.
Formulações VO – ideal – associação com:
CLAVULANATO SULBACTAM
Inibidores de beta-lactamases.
MECANISMO DE AÇÃO DASPENICILINAS
Bactericida;
Inibição da síntese da parede celular bacteriana;
Lise osmótica da célula bacteriana (pela elevada pressão osmótica);
Estrutura alvo – “proteínas fixadoras de penicilina” (PBP) - “Protein
Binding Penicilin”.
INTERFERÊNCIA NA BIOSSÍNTESE DO PEPTIDEOGLICANO(POLIMERO COMPLEXO DA PAREDE CELULAR)
PBP – atuam como verdadeiros receptores de penicilinas
PBP1 – sítio de ação principal – enzima transpeptidase promove a união da
cadeia do peptideoglicano.
*Alongamento da célula bacteriana após divisão e lise muito rápida.
INTERFERÊNCIA NA BIOSSÍNTESE DO PEPTIDEOGLICANO(POLIMERO COMPLEXO DA PAREDE CELULAR)
PBP2 – transpeptidase – carboxipeptidase
* produção do peptideoglicano envolvido na morfologia celular.
* produção de lélulas bacterianas disformes após divisão.
PBP3 - carboxipeptidase
*produção da peptideoglicano da septação e divisão celular.
*ocorre a produção de longos filamentos de células bacterianas agragadas einviáveis.
ABSORÇÃO DAS PENICILINAS
* IV * IM * SC * ORAL
DIFUSÃO TECIDUAL DAS PENICILINAS
Bastante ampla
BHE – LCR
* Próstata
METABOLIZAÇÃO
18 % da dose – hepática – ácido penicilóico;
Quais as vantagens?
EXCREÇÃO
Renal – na forma de droga ativa
* secreção tubular – ação na luz dos túbulos renais;
* filtração glomerular.
EXCREÇÃO
Excreção no paciente com insuficiência renal.
* ANÚRIA – penicilina G – meia vida passa de 30 minutos para 10 horas.
EFEITOS COLATERAIS INDESEJÁVEIS
Flebite – penicilinas semi-sintéticas;
Dor no local de aplicação – benzatina;
Intolerância digestiva;
Quadros de hipersensibilização.
MECANISMO DE RESISTÊNCIA BACTERIANA AS PENICILINAS
Produção de penicilinases;
- mediada por plasmídeos;
- Staphylococcus spp.
Produção de beta-lactamases;
- mediada por plasmídeos;
- bactérias Gram-negativas;
Alteração estrutural das pbp;
- cromossomos.
MECANISMO DE RESISTÊNCIA BACTERIANA AS PENICILINAS
Incapacidade de penetração da membrana celular para alcançar o
local de ação;
Resistência natural das bactérias Gram-negativas;
*atentar sempre para o uso correto.
UTILIZAÇÃO CLÍNICA DAS PENICILINAS
Leptospirose;
Piodermite estreptocócica (antibiograma);
Ecefalites bacterianas ou listeriose – existem drogas melhores;
Clostridioses (colites em cães);
*ampicilina infecções renais
*amoxacilina infecções respiratótias
UTILIZAÇÃO CLÍNICA DAS PENICILINAS
Semi-sintéticas – estafilococos
Nossa experiência
Doses:
Penicilina G;
Semi-sintéticas (Oxacilina);
Ampicilina/Amoxacilina.
PENICILINAS DE TERCEIRA GERAÇÃO
Penicilinas anti-Psedomonas;
Carboxipenicilinas.
* Carbenicilinas e Ticarcilinas(1967) (1970)
PENICILINAS DE TERCEIRA GERAÇÃO
Penicilina semi-sintética;
Não resiste ao pH ácido;
Rápida eliminação renal;
Destruídas pelas penicilinases estafilocócicas
Carboxipenicilina – 1 – α – carboxibenzilpenicilina
PENICILINAS DE TERCEIRA GERAÇÃO
* Amplo espectro de ação frente a bactérias G-
Espectro de ação
Psedomonas aeruginosas;Proteus spp.;Enterobacter spp.
MAS...
* Utilização principal (a única indicada) é frente a Proteus spp. e Psedomonasaeruginosa – mas são necessárias elevadas concentrações para ação eficaz.
PENICILINAS DE TERCEIRA GERAÇÃO
* É sempre a escolhida.
TICARCILINA: atividade duas vezes superior em relação a carbenicilina contra Pseudomonas aeruginosa.
PENICILINAS DE TERCEIRA GERAÇÃO
Ação sinérgica com GENTAMICINA e AMICACINA frente a Psedomonasaeruginosa
ABSORÇÃO – apenas IV/IM/SC*
DIFUSÃO – excelente como as demais penicilinas;
METABOLIZAÇÃO – hepática – pequena
ELIMINAÇÃO – renal – filtração glomerular e secreção tubular.
- 5% carbenicilina- até 15% ticarcilina
* 90% da dose é eliminada em 6 horas.
PENICILINAS DE TERCEIRA GERAÇÃO
Mecanismo de ação: o mesmo das penicilinas; Doses e intervalos entre doses:
Resistência bacteriana:
* Para que níveis terapêuticos sejam mantidos.
• produção de beta-lactamases mediada por plasmídeos;• resistência cruzada.
• 30 a 40 mg/kg a cada 6 horas;• 120 a 160 mg/kg/dia
PENICILINAS DE TERCEIRA GERAÇÃO
INDICAÇÕES EM MEDICINA VETERINÁRIA:
Cães;
Orientação de antibiograma;
Efeitos colaterais indesejáveis;
Raramente ocorrem reações alérgicas de hipersensibilidade;
Pouco frequente – distúrbios de coagulação com uso prolongado:
• Hemorragias por alteração na função das plaquetas;• Ligação das carboxipenicilinas nas plaquetas e impedidndo sua agregação;• Aumento do tempo de sangramento (comum em pacientes com insuficiência renal).
PENICILINAS DE TERCEIRA GERAÇÃO
UREIDOPENICILINAS:
Originadas da AMPICILINA pela ligação de uma molécula de uréia na cadeia;
Piperacilina associada com a TAZOBACTAM que é um inibidor de beta-lactamases;
16 a 32 vezes mais potente que as PENICILINAS de TERCEIRA GERAÇÃO contra Pseudomonas aeruginosa.
*Introduzida no mercado em 1976.
* Atuação também frente a Enterobacter spp., Klebsiella spp., Proteus spp., Serratia spp.
PENICILINAS DE TERCEIRA GERAÇÃO
UREIDOPENICILINAS:
ABSORÇÃO – parenteral;
Mesmas VIAS, DOSES E INTERVALOS de aplicação;
Mesmas INDICAÇÕES.
PRINCIPAIS ANTIMICROBIANOS PARA GRANDES ANIMAIS
Penicilinas – G, ampicilina, amoxacilina
Cefalosporinas – ceftiofur, ceftriaxona, cefquinoma
Aminoglicosídeos – amicacina, gentamicina, estreptomicina e neomicina
Tetraciclinas – oxitetraciclina, doxiciclina
Florfenicol
Sulfa Trimetoprim
Fluorquinolonas – enrofloxacino, norfloxacino
Eritromicina, Azitromicina
Rifampicina
Claritromicina
Metronidazol
ANTIMICROBIANOS
Tratamento de Enfermidades Infecciosas
Tratamento de Infecções
Fundamental: Saber usar o VIDRO DO INDU
AVALIAÇÃO DO ANIMAL A SER TRATADO
Sistema orgânico envolvido
Infecção aguda ou crônica
Possível microrganismo envolvido
Antimicrobiano adequadoPara atuar contra o agentePara alcançar o sistema envolvido
Espécie
Faixa etária
Prenhez
GRUPO DA PENICILINA
Penicilina G cristalina ou benzilpenicilina
Penicilina G procaína
Penicilina G potássica
Penicilina G benzatínicaNão resistem a pH fora da neutralidade
Sensíveis a ação das penicilinas
Vias de administração
Intervalo entre as doses – depende da penicilina
(6 horas a 5 dias)
Doses: 20.000 a 40.000 UI/Kg de peso
GRUPO DA PENICILINA
PENICILINAS DE “MELHOR” ESPECTRO DE AÇÃO
Ampicilina
AmoxacilinaSensíveis às beta-lactamasesAtuantes frente a muitas bactérias Gram-negativas Doses
Ampicilina: 20mg/Kg a cada 8 horasvias de aplicação – IV/IM
AmoxacilinaUma formulação de “longa ação”20 a 30mg/Kg a cada 24 horas – IM profunda
UTILIZAÇÃO DAS PENICILINAS EM BOVINOS E PEQUENOS RUMINANTES
Clostridioses gangrenosas Manqueira Gangrena Gasosa Edema Maligno
Hemoglobinúria Bacilar Tétano Carbúnculo Hemático Pasteurelose – septicemia hemorrágica Listeriose Leptospirose Pielonefrite Bovina – Corynebacterium renale Trueperella pyogenes