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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA . DISCIPLINA: TEORIA ANTROPOLÓGICA CLÁSSICA 1º SEMESTRE DE 2011 PROF. EDILSON MÁRCIO ALMEIDA DA SILVA (terças-feiras, de 17 às 20 horas) OBJETIVO: Propiciar a reflexão sobre as questões teórico-metodológicas constitutivas do campo da antropologia, a partir da leitura e discussão de textos clássicos e contemporâneos referentes ao final do século XIX e às primeiras décadas do século XX, analisando, ainda, a contribuição das principais correntes teóricas do período na delimitação das especificidades da prática antropológica. PROGRAMA e BIBLIOGRAFIA BÁSICA 1ª Sessão Apresentação do programa e dinâmica do curso . 2ª Sessão O Evolucionismo Cultural e a “antropologia de gabinete”: parentesco, lei e religião FRAZER, James George. O escopo da antropologia social . In.: CASTRO, Celso (org.). Evolucionismo cultural: textos de Morgan, Tylor e Frazer. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005. MERCIER, Paul. História da antropologia. Rio de Janeiro: Eldorado, 1974. MORGAN, Lewis. A sociedade primitiva. Lisboa: Editorial Presença; São Paulo: Martins Fontes, 1973. TYLOR, Edward. A ciência da cultura. In.: CASTRO, Celso (org.). Evolucionismo cultural: textos de Morgan, Tylor e Frazer. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005. 3 a Sessão Difusionismo Cultural: William H. R. Rivers e a fundação da Escola Britânica de Antropologia Social

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE CINCIAS HUMANAS E FILOSOFIA

PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM ANTROPOLOGIA

.

DISCIPLINA: TEORIA ANTROPOLGICA CLSSICA

1 SEMESTRE DE 2011PROF. EDILSON MRCIO ALMEIDA DA SILVA (teras-feiras, de 17 s 20 horas)

OBJETIVO:

Propiciar a reflexo sobre as questes terico-metodolgicas constitutivas do campo da antropologia, a partir da leitura e discusso de textos clssicos e contemporneos referentes ao final do sculo XIX e s primeiras dcadas do sculo XX, analisando, ainda, a contribuio das principais correntes tericas do perodo na delimitao das especificidades da prtica antropolgica.

PROGRAMA e BIBLIOGRAFIA BSICA

1 Sesso

Apresentao do programa e dinmica do curso .

2 Sesso

O Evolucionismo Cultural e a antropologia de gabinete: parentesco, lei e religio

FRAZER, James George. O escopo da antropologia social. In.: CASTRO, Celso (org.). Evolucionismo cultural: textos de Morgan, Tylor e Frazer. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005.

Mercier, Paul. Histria da antropologia. Rio de Janeiro: Eldorado, 1974.

MORGAN, Lewis. A sociedade primitiva. Lisboa: Editorial Presena; So Paulo: Martins Fontes, 1973.

TYLOR, Edward. A cincia da cultura. In.: CASTRO, Celso (org.). Evolucionismo cultural: textos de Morgan, Tylor e Frazer. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005.

3a Sesso

Difusionismo Cultural: William H. R. Rivers e a fundao da Escola Britnica de Antropologia Social

RIVERS, William H. R. A anlise etnolgica da cultura. In.: CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto (org.). A Antropologia de Rivers. Campinas: UNICAMP, 1991.

____________________. Sobrevivncia em sociologia. In.: CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto (org.). A Antropologia de Rivers. Campinas: UNICAMP, 1991.

____________________. Histria e etnologia. In.: CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto (org.). A Antropologia de Rivers. Campinas: UNICAMP, 1991.

____________________. A unidade da antropologia. In.: CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto (org.). A Antropologia de Rivers. Campinas: UNICAMP, 1991.

4 Sesso

Franz Boas: Mtodo Histrico e formao da antropologia cultural norte-americana.

BOAS, Franz. Antropologia cultural (org. Celso Castro). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

Stocking Jr., George W. (org.). A formao da antropologia americana, 1883-1911: antologia Franz Boas. Rio de Janeiro: Contraponto/UFRJ, 2004.

5 Sesso

Antropologia Norte-americana: Escola de Cultura e Personalidade (1a parte) o legado de Ruth Benedict

BENEDICT, Ruth. Configuraes de cultura. In.: PIERSON, Donald (org.). Estudos de organizao social. So Paulo: Martins Fontes, 1970.

______________ . Patterns of culture. Boston: Houghton Mifflin Company, 1989.

______________. O crisntemo e a espada. So Paulo: Perspectiva, 1972.

GEERTZ, Clifford. Ns/no-ns: as viagens de Benedict. In.: Obras e vidas: o antroplogo como autor. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2002.

6 Sesso

Antropologia Norte-americana: Escola de Cultura e Personalidade (2a parte) condicionamento cultural, gnero e mudana social

KROEBER, Alfred. O superorgnico. In.: PIERSON, Donald (org.). Estudos de organizao social. So Paulo: Martins Fontes, 1970.

MEAD, Margareth. Sexo e temperamento. So Paulo: Perspectiva, 1979.

SAPIR, Edward. Cultura autntica e espria. In.: PIERSON, Donald (org.). Estudos de organizao social. So Paulo: Martins Fontes, 1970.

7a Sesso

A Heterodoxia Etnogrfica de Gregory Bateson: interfaces entre o funcionalismo e a noo de cultura

BATESON, Gregory. Naven: um exame dos problemas sugeridos por um retrato compsito da cultura de uma tribo da Nova Guin desenhado a partir de trs perspectivas. So Paulo: EDUSP, 2008.

LIPSET, David. Gregory Bateson: el legado de un hombre de ciencia. Mxico/DF: Fondo de Cultura Economica, 1991.

8a Sesso

Prova

9a Sesso

Antropologia Social Inglesa (1a parte): Trabalho de Campo, funcionalismo e a teoria das necessidades de Bronislaw Malinowski

GEERTZ, Clifford. Testemunha ocular: os filhos de Malinowski. In.: Obras e vidas: o antroplogo como autor. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2002.

MALINOWSKI, Bronislaw. Argonautas do Pacfico Ocidental (2 ed.). So Paulo: Abril Cultural, 1978 (Coleo Os Pensadores).

_____________________. Uma teoria cientfica da cultura. Rio de Janeiro: Zahar, 1962.

_____________________. A coleta e a interpretao de dados empricos. In.: DURHAM, Eunice (org.). Malinowski: Antropologia. So Paulo: tica, 1986 (Coleo Grandes Cientistas Sociais, no 55).

10a Sesso

Antropologia Social Inglesa (2a parte): o Estrutural-funcionalismo de Radcliffe-Brown

KUPER, Adam. As dcadas de 1930 a 1940: da funo estrutura. In.: Antroplogos e antropologia. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978.

RADCLIFFE-BROWN, Alfred R. Estrutura e funo na sociedade primitiva. Petrpolis: Vozes, 1973.

_________________________. O mtodo comparativo em antropologia social. In.: mellatti, jlio Cezar (org.). Radcliffe-Brown: Antropologia. So Paulo: tica, 1978. (Coleo Grandes Cientistas Sociais, no 3)

_________________________ & FORDE, Daryll (orgs.) [1950]. Sistemas polticos africanos de parentesco e casamento. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1974.

11a Sesso

Antropologia Social Inglesa (3a parte): africanismo e estudos monogrficos de sistemas sociais

FORTES, Meyer & EVANS-PRITCHARD, Edward E. sistemas polticos africanos. Lisboa: Calouste Gulbekian, 1981.

GEERTZ, Clifford. Exibio de slides: as transparncias africanas de Evans-Pritchard. In.: Obras e vidas: o antroplogo como autor. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2002.

LLOYD, Peter C. The political structure of african kingdoms: an exploratory model. In.: BANTON, Michael (ed.). Political systems and the distribution of power. London/New York: Routledge, 2004.

Evans-Pritchard, Edward E. Os Nuer: uma descrio do modo de subsistncia e das instituies polticas de um povo nilota. So Paulo: Perspectiva, 1978.

GLUCKMAN, Max. Anlise de uma situao social na Zululndia moderna. In.: FELDOMAN-BIANCO, Bela (org.) Antropologia das Sociedades Contemporneas Mtodos. So Paulo: Global, 1987.

12a Sesso

Antropologia Social Inglesa (4a parte): sistemas sociais, simbolismo e processo ritualLEACH, Edmund. Sistemas polticos da Alta Birmnia. So Paulo, EDUSP, 1995.

______________. Repensando a antropologia. So Paulo: Perspectiva, 1974.

TURNER, Victor Witter. O processo ritual: estrutura e anti-estrutura. Petrpolis: Vozes, 1974.

___________________. Floresta de smbolos. Niteri: EDUFF, 2005.

13 Sesso

Escola Sociolgica Francesa (1a parte): categorias de pensamento, representaes coletivas e sistemas classificatrios

DURKHEIM, mile. As formas elementares da vida religiosa. Rio de Janeiro: Edies Paulinas, 1989.

DURKHEIM, mile e MAUSS, Marcel. De quelques formes primitives de classification. In Mauss, Essais de sociologie. Paris: Minuit, 1968.

GRANET, Marcel. O pensamento chins. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.

Hertz, Robert [1909]. A preeminncia da mo direita: um estudo sobre a polaridade religiosa. In.: Religio e Sociedade, n 6, 1980.

14 Sesso

Escola Sociolgica Francesa (2a parte): dom, ritual, reciprocidade e fato social total

LVI-STRAUSS, Claude. Introduo obra de Marcel Mauss. In.: Sociologia e antropologia. So Paulo: Epu/Edusp, 1974, vol. I.

MAUSS, Marcel. Ensaio sobre a ddiva. In.: Sociologia e antropologia. So Paulo: Epu/Edusp, 1974, vol. II.

____________. Dom, contrato, troca. In.: Ensaios de sociologia. So Paulo: Perspectiva, 1981.

VAN GENNEP, Arnold [1909]. Os ritos de passagem. Rio de Janeiro: Vozes, 1977.

15 Sesso

Escola Sociolgica Francesa (3a parte) - contraponto e desdobramento: do estudo da mentalidade primitiva ao incio da pesquisa etnogrficaCARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. Razo e afetividade: o pensamento de Lucien Lvy-Brhl (2 ed). Braslia: UNB, 2002.

LVY-BRHL, Lucien. La mentalit primitive (15 ed). Paris: Les Presses Universitaires de France, 1960 (Collection Bibliothque de Philosophie Contemporaine).

Cavignac, Julie Antoinette. Maurice Leenhardt e o incio da pesquisa de campo na antropologia francesa. In.: GROSSI, Miriam Pillar, MOTTA, Antonio & CAVIGNAC, Julie Antoinette. Antropologia francesa no sculo XX. Recife: Massananga, 2006.

CLIFFORD, James. Poder e dilogo na etnografia: a iniciao de Marcel Griaule. In.: A experincia etnogrfica: antropologia e literatura no sculo XX. Rio de Janeiro: UFRJ, 2002.

GRIAULE, Marcel. Dieu deau: entretiens avec Ogotemmli. Paris: PUF, 1948.

LEENHARDT, Maurice. Do Kamo: la personne et le mythe dans le monde mlansien. Paris: Gallimard, 1971.

ESTRUTURAO DO CURSO E AVALIAO:

O curso desenvolver-se- por meio da apresentao e debate dos textos da bibliografia bsica indicada para cada aula. Em cada sesso, os textos sero distribudos entre os alunos para apresentao/problematizao, de modo que caber a cada um, no fazer a sua exposio, mas, trazer questes para discusso na turma, relacionando-os, se possvel, aos outros textos j lidos. O objetivo do exerccio treinar e desenvolver, nos discentes, as habilidades acadmicas de exposio e debate.

Os alunos sero avaliados da seguinte forma:

1. A primeira nota resultar de uma prova escrita, a ser realizada em sala-de-aula, na 8 sesso, valendo 10 pontos.

2. A segunda nota ser assim composta: dois pontos para a participao no curso e problematizao de, pelo menos, um texto; oito pontos para o trabalho final, que constar de um pequeno artigo, sobre tema de escolha do aluno, ao final do curso.