“Revisitando o ‘design thinking’ com o pensamento crítico brasileiro.”
Anuário do Design Brasileiro
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3Anuário de design brAsileiro |
anuário do design brasileiroum panorama do design de produtos no brasil
ano 1 / 2013
análises | produtos | materiais | escritórios de design
rom
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itor
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r$ 2
4,50
designersdo Brasil
2 | Anuário de design brAsileiro
Ser um ponto de referência e, também, prestar um serviço. Esta é a proposta des-
te Anuário. Ponto de referência porque permitirá, a cada edição, uma avaliação
dos caminhos que o design brasileiro percorre. Um serviço porque "apresentará"
os designers brasileiros às indústrias, e vice-versa.
Ao assinalar e divulgar marcas e produtos selecionados pelo design e qualida-
de da produção, estará, ainda, contribuindo para promover as empresas que
trilham um caminho design oriented, buscando a inovação, ganhos de qualidade
e competitividade.
Esta edição é estruturada em três blocos. O primeiro traz artigos e depoimentos
assinados por profissionais renomados, com discussões pertinentes ao momento
do design no Brasil; a seguir, apresentamos uma grande resenha, com produtos
selecionados em dez segmentos de mercado, formando um amplo painel da pro-
dução nacional de design do período recente (nesta primeira edição, nosso olhar
foi um pouco mais abrangente do que se pode esperar do termo Anuário); ao
final, o inédito Índex Designers do Brasil, com informações sobre os principais
escritórios, estúdios ou ateliês de design do país, este ano com foco dedicado
aos designers de produtos.
Seguiremos ampliando o conteúdo do Anuário nas próximas edições, para que
seja sempre fonte confiável de consulta, reflexão e divulgação a todos que se
interessam pelo design brasileiro.
ApresentAção
1º Anuário do design BrAsileiro
O olhar do mundo se volta para o Brasil e para a criação brasileira. E com razão.
Uma onda nova, novíssima, de orgulho pelo que fazemos, pela forma de expres-
sar nossa brasilidade, felizmente sem exageros, no que diz respeito ao design.
Leveza, colorido, qualidade, um certo humor nos produtos mais simples são nossa
marca. A tecnologia crescente, que permite ao designer atuar em todos os campos
do nosso universo material – dos meios de transporte aos equipamentos médicos
e ao mobiliário – fez com que a indústria finalmente se unisse ao projetista. Um
repertório tão grande e variado que seria impossível reunir em uma só publicação.
O design, ou a produção design oriented, acontece hoje como uma explosão. Nos
últimos anos, de repente, nos deparamos com uma vastíssima produção indus-
trial brasileira, que tem maior impacto no universo doméstico, mas já abrange
uma grande diversidade de tipologias.
O mercado cresce, e com ele a confiança do consumidor no produto brasileiro.
Queremos exportar, o que é necessário para alcançarmos os números exigidos
pela indústria de ponta. Mas precisamos também garantir posição no mercado
brasileiro, adquirir um nível de competitividade que nos permita enfrentar a ava-
lanche de importações com produtos de igual prestígio e, principalmente, úteis e
necessários. O design atingiu o universo material e o imaterial, design é serviço,
e é com esta ideia em mente que poderemos nos tornar um país significativo no
mercado internacional.
Este Anuário, primeiro de uma série, acompanhará a evolução do design e do
mercado, e a cada ano incluirá os novos protagonistas do processo e sua evolu-
ção. Confiamos que ele será tão útil e necessário quanto é o próprio design.
Maria Helena Estrada
editorial
o momento design
3Anuário do design brAsileiro |
4 | Anuário do design brAsileiro
Designers e empresas: um encontro promissorPor Maria Helena estrada
8
artesanato essencialPor enrico Morteo28
o entrave Do ferramentalPor Guto indio da costa24
a (in)sustentabiliDaDe Do DesignPor cyntia MalaGuti
18
a economia peDe (um novo) DesignPor ana BruM
12
na trilha Do aprenDizaDoPor auresnede Pires stePHan32
como castelos De areiaPor tHiaGo Maia38
olhares sobre o Design brasileiro42
ÍnDice
48
66
76
86
2. ApresentAção
3. editoriAl
5Anuário do design brAsileiro |
102
118112
148. incentivo Ao tAlento nAcionAl prêmios e concursos brasileiros de design
152. coMo encontrAr
155. especiAl Índex designers do BrAsil 120 escritórios nacionais de design
MoBiliárioa sustentável leveza do móvel
48
cozinhAsplanejar é preciso102
revestiMentosbonitos ao olhar, gostosos ao tocar
86
UtensÍliosa utilidade das coisas76
lUMináriAsÀ luz dos novos tempos66
eletrodoMésticosem busca do mais novo112
Acessórios pessoAismuito mais Que acessórios118
MetAis e loUçAs sAnitáriAs banheiros: novos espaços de conforto
126
e MAis para tudo, design134
MAteriAis é deles Que surge o design140
46. no MercAdo
6 | Anuário do design brAsileiro
EE-0004-12AJ-AD Premio Sebrae Minas Design-42x23.5cm 1 10/9/12 5:14 PM
7Anuário do design brAsileiro |
EE-0004-12AJ-AD Premio Sebrae Minas Design-42x23.5cm 1 10/9/12 5:14 PM
8 | Anuário do design brAsileiro
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stra
da
Maria Helena estradaé jornalista, curadora e diretora editora de revista Arc Design.
designers e empresAs:
um encontro promissor
Desenho industrial e brasilidade?
Sim, é possível. “Não somos apenas
um mercado emergente, somos
um estilo emergente.” Nizan Guanaes
9Anuário do design brAsileiro |
designers e industriais encontram finalmente
uma linguagem comum e uma confiança mú-
tua. Com esta nova realidade, sai lucrando o
produto brasileiro.
Aos poucos, a fabricação artesanal começa a ser
vista sob uma nova perspectiva e, com ela, desapare-
ce o preconceito e a radical divisão entre artesanato
e indústria: este passa a ser visto como a necessária
raiz local para a criação de um produto global. Nações
como as escandinavas sabem que é a cultura popular,
o simples fazer, que dá início, muitas vezes, aos pressu-
postos, às características nacionais do desenho indus-
trial. Por este motivo, são reconhecíveis e identificáveis
– em sua maioria – as diferenças entre os produtos
industrializados vindos dos países nórdicos daqueles
criados na Itália, Inglaterra, França ou no Japão. O que
isto significa? Que é preciso mostrar nossa brasilidade
também – ou principalmente – na produção industrial
de larga escala e naquela destinada ao mercado global.
Não por acaso, os dois produtos brasileiros que mais
fortemente alcançaram projeção internacional são as
sandálias Havaianas e as criações dos irmãos Campana.
Então, por onde começar? Como agir, quais priori-
dades escolher para dar à nossa produção industrial
um lugar de destaque no panorama internacional, e
também naquele nacional? Como possível resposta,
podemos citar o que Nizan Guanaes escreve em arti-
go publicado na Folha de S. Paulo, em 21 de fevereiro
de 2012: “Não somos apenas um mercado emergente,
somo um estilo emergente.” (...) “E o Brasil não será só
mercado de consumo de luxo. Temos tudo para nos im-
por como mercado criador e produtor”.
Iniciamos tarde a desenvolver nossos produtos in-
dustriais com projeto próprio. Começamos quando já
imperava a globalização e os maravilhosos exemplos
das indústrias europeias. Talvez decorra disto a nos-
sa falta de confiança no designed in Brazil ou made in
Brazil e as dificuldades em encontrarmos, no desenho
industrial, uma linguagem própria.
Mas, hoje, parece que já vencemos a barreira da
desconfiança e acreditamos que somos realmente ca-
pazes e, principalmente, que podemos atingir a qualida-
de desejada em nossa produção industrial e no uso de
materiais e tecnologias já disponíveis em todo o mun-
do. Outro exemplo? O desenvolvimento das tecnologias
inovadoras, emergent technologies, que têm no Brasil
um dos principais centros internacionais de pesquisa
e aplicação, principalmente destinados à área médica.
10 | Anuário de design brAsileiro
Os caminhos são aqueles aparentemente óbvios:
aprimoramento da indústria, com a inclusão de mate-
riais e tecnologias avançadas, que barateiem o pro-
duto final; o incentivo governamental, que já existe,
mas muitas vezes não se detecta como usá-lo; maior
atenção de nossas escolas superiores quanto à pre-
paração dos profissionais ao mercado, promovendo
incubadoras e maior cooperação escola/indústria;
atenção e respeito às pessoas e ao planeta, condição
essencial para a exportação.
São muitos os ajustes, mas o principal já existe:
a firme determinação de ampliar e aprimorar nossa
produção e competir no mercado internacional.
Outro fator desejável, principalmente em relação
aos produtos para a casa, seria a pesquisa de uma
estética “glocal”, que absorvesse os ditames globais
como, por exemplo, o da economia de materiais e a
criação de produtos “monomatéricos”, sem esquecer
uma bela dose da tão valorizada brasilidade, o que
poderia ser nosso grande diferencial.
Falamos em estética, mas devemos lembrar que
os aspectos formais de um produto, que por décadas
foram o elemento primordial para seu julgamento,
hoje se deslocaram da estética para a ética. De nada
servirá uma brasilidade apenas formal, se ela não in-
cluir todos os ditames sociais, todas as exigências do
planeta. E ao designer e à indústria cabe grande parte
desta responsabilidade.
Cadeira Coralo, design Fernando e Humberto Campana para Edra
12 | Anuário do design brAsileiro
Por
An
A b
rum
AnA brumé diretora técnica do Centro Brasil Design, delegada representante do design no CNPC/Ministério da Cultura e coordenadora e professora do curso de design gráfico no Centro Universitário Curitiba – UNICURITIBA.
Com as mudanças no quadro econô-
mico-financeiro internacional, os ru-
mos do desenvolvimento brasileiro
e a busca pela competitividade co-
locam em evidência, enfim, o design
A economiA pede (um novo) design
13Anuário do design brAsileiro |
A crise econômica mundial estampa as man-
chetes da mídia há mais de três anos. Seus
reflexos nos mercados internos e de expor-
tação estão, hoje, mais perceptíveis: a recessão afe-
ta energicamente o cotidiano de grande parte da
Europa, enquanto o Brasil passa, de forma inédita,
com sofrimento muito menor pela crise internacio-
nal. Destacam-se a expansão de países emergentes
e a força dos asiáticos, liderados pela China – que
ameaça mudar drasticamente os rumos do comércio
internacional. O momento exige um posicionamento
governamental decisivo para o desenvolvimento de
cada nação, e o fortalecimento da indústria entra em
pauta como prioridade entre as novas potências.
Medidas, planos e programas: as ações dos órgãos
(governamentais ou não) que trabalham pela indústria
no Brasil apresentam um foco declaradamente direcio-
nado para a competitividade, na qual, de maneira qua-
se inerente, está inserida a “inovação”. Este conceito,
amplo pela própria semântica da palavra, foi incorpo-
rado aos negócios, mas ainda não alcança a difusão de
um aspecto fundamental para o avanço da produção
brasileira: o fator humano. “Não que o investimento
físico não seja importante, mas temos toda uma nova
indústria que é muito mais intensiva em capital huma-
no”, afirma a doutora em Economia e especialista em
economia criativa Lídia Goldenstein. O termo econo-
mia criativa foi cunhado pelo britânico John Howkins.
“É por meio dela que nossa indústria será competitiva
e, portanto, crescerá e investirá mais”, argumenta Lídia.
Ao analisar o panorama internacional da econo-
mia atual – com as recessões e crises na maioria dos
países europeus, o declínio de grandes potências es-
tabelecidas historicamente, como a norte-americana,
e ainda a rápida ascensão de economias emergentes
como a intimidante chinesa –, a questão mais impor-
tante e também desafiadora, segundo Lídia, é “como
construir um caminho que resulte na sustentabilida-
de do crescimento”.
InovAção: fAtor crucIAlComo competir com a China e suas escalas de produção
e mão de obra barata? “Enfrentar este desafio significa
ter empresas com mentalidade inovadora, capazes de
construir marcas fortes e produtos com design, desen-
volver tecnologia e inovar, gerando maior valor agrega-
do a seus produtos”, completa a especialista.
Da parte do governo, que começa a perceber a ino-
vação como fator crucial, com vistas tanto ao mercado
interno quanto externo, figuram medidas como os re-
centes Plano Brasil Maior e Procompi – Programa de
Apoio à Competitividade nas Micro e Pequenas Empre-
sas, gerenciados pelo Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e pelo Conselho
Nacional da Indústria (CNI), respectivamente. Além
disso, há incentivos como os do Banco Nacional de De-
senvolvimento Econômico e Social (BNDES), com seu
Programa de Sustentação do Investimento em Inovação.
Apesar de serem programas fundamentados pela
competitividade industrial por meio da inovação, ainda
não concedem ao design o devido destaque como fer-
ramenta estratégica – sendo que, em alguns deles, nem
figura entre as diretrizes. “É senso comum acreditar que
inovação seja a novidade tecnológica que um produto
ou serviço apresenta, não se dando conta da importância
14 | Anuário do design brAsileiro
15Anuário do design brAsileiro |
do design no processo”, afirma o arquiteto e empresário
Ronaldo Duschenes, fundador da Flexiv, especializada
em mobiliário para escritórios. A realidade evidencia
que, apesar de hoje, no Brasil, muito se falar em relação
ao design e, principalmente, inovação, o mercado inter-
nacional há muito trabalha com essas duas disciplinas
por meio de políticas públicas estabelecidas.
DesIgn em focoComo nova coqueluche de diferenciação na com-
petitividade mundial, o design já ganhou seu espa-
ço. Para efetivar os próximos passos, os brasileiros
precisam conhecer – e reconhecer – a capacidade
produtiva brasileira, para assim ganhar em compe-
titividade e maior geração de renda interna. A rele-
vância dos esforços acerca da capacitação de mão
de obra, da aplicação de tecnologia nas infraestru-
turas produtivas e da adoção de medidas fiscais que
impulsionem o setor industrial e ainda o incentivo à
exportação, por exemplo, ainda não se consolidaram
como compromissos claros em direção à competi-
tividade – que cada vez mais é fator fundamental
para o desenvolvimento. Enfrentando um discurso
histórico nacional, é preciso esclarecer que a esta-
bilidade econômica não será alcançada por meio
da exportação de commodities. Portanto, as políticas
e programas que impulsionem a produtividade e a
competitividade industrial brasileira são prioritários.
Mas o design não é protagonista independente.
“Investimento isolado em design não traz nenhum
resultado”, opina Duschenes. “Somente a integração
do design no processo da inovação como um todo, de
forma sistemática e completa, pode mudar os resulta-
dos positivamente. Vai desde a forma como o produto
é pensado até como ele vai chegar ao mercado, com
qual escala e por meio de quais canais.”
O design passa, então, a figurar entre os fatores
fundamentais do processo produtivo, como ferramen-
ta aplicada desde a fase de concepção, a fim de agre-
gar valor a um produto ou serviço, e ainda gerar um
ciclo de vida pensado sustentavelmente. O designer e
sócio-diretor do escritório de design Questto|Nó, Levi
Girardi, aposta há mais de duas décadas no potencial
de contribuição do design para a competitividade no
mercado. “Havia uma desconexão entre os cases in-
ternacionais de sucesso e como isso poderia ser apli-
cado aqui”, comenta, sobre o cenário da década de
1990. “Hoje, o design é empregado intensivamente
com sucesso não só pela indústria, mas também pe-
los serviços, pelo comércio e por outras fronteiras.”
16 | Anuário do design brAsileiro
Para Gerson Grohskopf, da Condor, do ramo de
escovas dentais, “o processo do design na indústria
ajuda a entender o consumidor, seus anseios e suas
necessidades”. Sua empresa começou a perder es-
paço no mercado a partir de 2005, com a grande en-
trada de produtos chineses no país. “Brigar somente
por custo contra os chineses, nós não conseguimos, e
brigar com as multinacionais de frente, sem ter ‘poder
de fogo’ para, por exemplo, investir em uma mídia de
massa, também não é uma boa opção”, analisa. Então,
o foco da empresa passou a diferenciar-se pela inova-
ção. Como resultado, restabeleceu sua capacidade de
competição e anualmente lança produtos com novos
conceitos e funcionalidades.
A horA Do brAsIlO cenário econômico mundial coloca em evidência as
potencialidades de cada país. Na realidade brasilei-
ra, pode ser observada a grande variedade de negó-
cios, que, em todos os campos, é influenciada pela
entrada da concorrência estrangeira. “Devemos fazer
nosso dever de casa, aceitando a concorrência sem
medo de naufragar, com coragem de inovar no senti-
do mais amplo, seja nos produtos, seja nos serviços”,
afirma Duschenes.
Com este objetivo, os produtos brasileiros bus-
cam diferenciais para enfrentar a competição global
no mercado interno, uma vez que, de maneira geral,
o consumidor está cada vez mais crítico e seletivo. É
a hora e a vez do design, que está sendo (re)desco-
berto. “O país está em franco ciclo de crescimento e,
se não soubermos aproveitar o momento para desen-
volver nosso setor industrial, deixaremos um legado
de incompetência criativa e política”, conclui Ronaldo
Duschenes. E se a era é de novos modos e compor-
tamentos – e o momento é de (re)inventar –, a nova
economia, naturalmente, remete a um novo design.
18 | Anuário do design brAsileiro
artigoPo
r c
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cyntia malagutié designer formada pela ESDI/UERJ; pós-graduada em engenharia de produção pela COPPE/UFRJ; e doutora em estruturas ambientais urbanas pela FAU/USP. Especializada nas áreas de Ecodesign e Gestão do Design.
A (in)sustentAbilidAde do design
Sustentabilidade parece ser, hoje, uma pa-
lavra surrada. Mas ainda há muito o que se
pensar sobre ela no Brasil. Para além dos
ditos produtos “ecochiques” e do consumo
em si, é preciso buscar projetos e soluções
que vislumbrem, ao final, um novo estilo de
vida para os indivíduos – levando em con-
ta respeito à natureza e maior bem-estar
19Anuário do design brAsileiro |
(in)sustentabilidade. O termo provocativo
está contido no título de uma tese de dou-
torado em design defendida na PUC-RJ,
em 2009, por Leila Lemgruber Queiroz: “A atuação do
design no cenário da (in)sustentabilidade”. Ele talvez
seja ponto de partida apropriado para uma reflexão so-
bre o sentido e as possibilidades de atuação do desig-
ner na sociedade contemporânea, diante do desgaste
do uso da palavra “sustentabilidade”. Será que existe
algum caminho possível e consistente, entre a utopia
ingênua, romântica e o greenwashing que permeiam
grande parte do que se vê por aí sendo chamado de
“ecodesign”, de “design sustentável”, de “produto eco-
logicamente correto” e outras expressões similares?
É fato que os resultados da Conferência Rio+20 –
ou menos 30, como os mais céticos interpretaram a
última conferência sobre meio ambiente realizada na
cidade do Rio de Janeiro, em junho de 2012 – eviden-
ciaram muito mais “exortações” do que metas e com-
promissos claros de governos e grupos empresariais;
que vivemos, hoje, no Brasil um momento de “pro-
gresso” e de ascensão social de classes antes menos
favorecidas; e, ainda, que muitos consideram alarmis-
tas e infundadas pesquisas de cientistas que apon-
tavam para mudanças climáticas em escala global. O
discurso ambientalista se esvaziou e o desenvolvi-
mentista se fortaleceu, ficando muito mais fácil e cô-
modo adotar, individual e coletivamente, a atitude da
“normose”, pois não coloca em risco (aparentemente)
o padrão de vida, o conforto nem a liberdade de cada
um. No entanto, são inegáveis os reflexos em nosso dia
a dia, de um modelo desequilibrado, que não respeita
a capacidade de resiliência da natureza, nem mesmo
do mundo artificial criado por nós mesmos. Alguns de-
les, como bem se sabe, são: o trânsito cada dia mais
insuportável nas grandes cidades, onde predomina
Caldeirão e Bogoió, cestos de palha de carnaúba trançada, da coleção Toca – A Gente Transforma. Desenvolvidos pelo designer Marcelo Rosenbaum com a comunidade de Várzea Queimada, no Piauí
Foto
: Tat
iana C
arde
al
mente, processos de intencionalidade em sua criação
e também de atribuição de significado e valor em sua
apropriação, por quem deles se utiliza. Conseguiremos
articular de modo eficaz estes dois polos – intenção e
apropriação? Na direção de quais perspectivas?
Vários designers e empresas, ao longo das duas
últimas décadas, em resposta a diferentes demandas
e abordagens associadas ao termo sustentabilidade
– com mais ênfase nos aspectos ambientais, nos so-
ciais, em ambos, ou ainda em outros –, têm desen-
volvido e lançado no mercado produtos que, por in-
corporarem determinados atributos, são qualificados
como “ecologicamente corretos”, “verdes”, “sustentá-
veis” e outros adjetivos similares.
Há aqueles que se limitam a identificar ou substi-
tuir materiais, empregando recicláveis, ou reciclados,
ou renováveis, ou degradáveis, ou orgânicos, ou pro-
venientes de processos menos impactantes ao meio
ambiente... Outros focam mais na economia ou na oti-
mização do uso de materiais, processos, água e ener-
gia, na linha da “ecoeficiência”... Outros já começam a
repensar os projetos, priorizando a redução de com-
ponentes e a integração de funções, compreendendo
a importância da ideia do “menos é mais”, de tornar
tudo mais leve, de reduzir matéria, de padronizar com-
ponentes e adicionar serviços prestados... Outros têm
ido um pouco mais além, repensando o destino final
o transporte individual motorizado de quatro rodas; as
doenças respiratórias que afetam principalmente as
crianças e os idosos; a durabilidade cada vez menor
dos produtos associada ao aumento exponencial do
volume de lixo produzido diariamente; inundações e
deslizamentos cada vez mais frequentes; pragas que
se proliferam e espécies da flora e fauna ameaçadas
de extinção, entre outros.
Além disso, sabemos também que o design se en-
contra profundamente vinculado a este modelo de
desenvolvimento e estilo de vida, como elemento-
-chave, que dá forma e materialidade a ele, que via-
biliza sua “sustentação”, de modo muito mais sutil
e duradouro do que qualquer propaganda. Nossa
formação e prática profissionais estão imersas nesta
visão construída de mundo. É este o mundo que co-
nhecemos e onde vivemos. Até que ponto seremos
capazes de engendrar outras possibilidades de vida?
E de correr o risco de experimentá-las?
intenção e aProPriaçãoPor outro lado, a criação e o uso de objetos e men-
sagens visuais materializam a cultura, são inerentes à
humanidade, à vida em sociedade; atendem a diversas
necessidades e desejos; propiciam-nos inúmeras opor-
tunidades de conforto, de comunicação, de segurança,
de satisfação etc. Portanto, carregam, inescapavel-
20 | Anuário do design brAsileiro
21Anuário do design brAsileiro |
dos produtos, seja pela extensão de sua vida útil, pela
viabilização de usos secundários, pela facilitação de
sua desmontagem... Outros têm percebido a impor-
tância também de reduzir impactos negativos no uso
de produtos, simplificando sua limpeza e conservação,
economizando água e energia em seu funcionamento,
aproveitando energias dispersas de outras atividades...
Alguns têm avançado um pouco mais, desenvol-
vendo e aplicando metodologias de projeto e ferra-
mentas auxiliares como a Avaliação do Ciclo de Vida
– ACV, que possibilita uma análise mais criteriosa dos
aspectos mais graves a serem considerados previa-
mente. Esbarram, entretanto, na complexidade deste
tipo de abordagem e na precariedade de dados dispo-
níveis sobre a realidade brasileira, de modo a validar
melhor os resultados do processo. A abordagem do
Design do Ciclo de Vida, ou do design “do berço ao
berço”, por sua vez, tem ajudado num enfoque mais
estratégico dos processos decisórios que ocorrem no
desenvolvimento de projetos, favorecendo a combina-
ção de soluções que procuram reduzir impactos nega-
tivos dos produtos e mensagens visuais, nas diversas
etapas de seu ciclo de vida.
Outros, na verdade bem poucos ainda, de certa ma-
neira, vinculados à abordagem do ciclo de vida, têm re-
forçado a importância do design com a natureza, a partir
da natureza e no ritmo dela, priorizando o uso criterioso
de recursos, valendo-se de conhecimentos da biônica
ou biomimética; ou buscando viabilizar a ideia de um
design mais lento e que se “desmaterialize”, como ocor-
re na dinâmica dos ecossistemas, em um ciclo aberto ou
fechado, em que substâncias e energias incorporadas
ou eliminadas possam ser reaproveitadas na mesma ca-
deia produtiva ou em outra.
A partir desta última abordagem, outro grupo pe-
queno de designers tem enfatizado seu trabalho, além
dos aspectos estratégicos, humanos e sociais, prati-
cando o que chamam de “design de território”, em que
materiais, identidades e saberes locais são valorizados.
Neste processo, busca-se, geralmente, a participação e o
diálogo entre os diversos atores envolvidos nas etapas
de criação, produção, comercialização e uso dos produ-
tos e serviços associados. Tais atividades usualmente
são ligadas à geração de renda, ao fortalecimento de
práticas colaborativas, ao associativismo, à cidadania.
E também ao cuidado com a informação clara sobre as
características de origem e ciclo de vida do produto.
Prestação de serviçosAinda predominantemente em atividades no âm-
bito da pesquisa acadêmica, outro desdobramento
relevante da abordagem do ciclo de vida tem sido o
design de sistemas produto-serviço, que considera o
projeto num contexto mais amplo: o da prestação de
O Jogo da Carta da Terra estimula
a reflexão sobre conceitos
sustentáveis. Desenvolvido por
Patricia Abuhab, Guilherme Blauth, Cláudio Casaccia
e Gisela Sartori, com arte de Samuel
Casal. Encontrado no Instituto
Harmonia na Terra
22 | Anuário do design brAsileiro
serviços. Desta forma, pode-se otimizar o uso do pro-
duto, pode-se eliminar a posse individual do mesmo,
reduzindo, assim, volumes de produção e privilegian-
do a qualidade e o desempenho das soluções. E o
briefing de projeto deixa de ser o produto em si, para
evidenciar o desenvolvimento de sistemas voltados
ao atendimento de necessidades. O produto passa a
ser um componente do sistema ou, eventualmente,
até eliminado, “desmaterializado”.
Observando-se os exemplos de produtos e solu-
ções cunhadas em nosso país, privilegiando um ou
mais dos enfoques mencionados, podemos até dizer
que há neles uma inventividade, uma “cara brasileira”,
mas qual seu impacto na amenização dos problemas
socioambientais com que nos defrontamos? E qual
porcentual representam no universo e volume de pro-
dutos lançados diariamente no mercado? Certamente,
ainda estamos muito mais próximos da família dos
“ecochiques”, na periferia do assunto, longe das solu-
ções acessíveis e capazes de gerar impactos positivos
em maior escala, para maiores parcelas da população.
Evidentemente, todos esses esforços e experiên-
cias, embora carregando limitações e aspectos contra-
ditórios (alguns deles inerentes à própria capacidade
de intervenção do designer no condicionamento social,
econômico e político em que vivemos), têm seu valor.
É a partir deles que podemos refletir e avançar na con-
cepção e viabilização de soluções consequentes. Como
alguns autores, tanto brasileiros como estrangeiros, há
muito tempo vêm salientando, não há “receitas pron-
tas”: cada solução precisa ser analisada dentro do con-
texto em que se aplica. O que não significa que tudo
seja válido, mas que diferentes critérios e pesos podem
ser priorizados. O que é fazer design, em essência. Criar
a partir de escolhas viáveis, conscientes e adequadas,
gerando soluções inovadoras, instigantes e atrativas.
Mas, além disso, fazer design, em essência, tam-
bém significa considerar produtos, e mesmo sistemas,
apenas como atividade-meio. As pessoas, a melhoria
ou regeneração de seus contextos de vida são o pon-
to de partida e o de chegada da ação projetual. E elas
interagem também no processo, de diferentes formas.
Considerar a sustentabilidade um pressuposto desta
ação requer ainda considerar, como meta final, que as
pessoas encontrem a apropriação e o uso de tais solu-
ções, estilos de vida, valores e experiências de felici-
dade e bem-estar, bem menos vinculados ao consumo
em si. Que sua relação com a materialidade propicie
emoções e percepções mais profundas sobre a vida e
sobre as relações humanas.
Ambiente com parede revestida de pastilhado de macieira, da Seivarte, produzido a partir de galhos de poda de pomares de maçã. Senhoras da terceira idade colam manualmente as pastilhas recicladas
23Anuário do design brAsileiro |
a t e l i e r d ’ e x e r c i c e s • a t e l i e r p o l y h e d r e • a u r e l i o m a r t i n e z f l o r e s
a x e l o l i v i e r d e s i g n • b e r n a r d a u d • c a r o l g a y • c e r r u t i - b a l e r i
c o r s i • e d r a • e n n e z e r o • e s t u d i o c a m p a n a • f l a v i a a l v e s d e s o u z a
j e a n - p i e r r e t o r t i l • m a n a b e r n a r d e s • n a d a s e l e v a • r o n g i l a d
s e c o n d o m e • s u p e r l i m ã o • t h o m a s e y c k • v e r o n i k a w i l d g r u b e r
z a n i n i d e z a n i n e • z a n o t t a
a l . g a b r i e l m o n t e i r o d a s i l v a , 1 4 8 7 • t . 3 3 8 5 9 5 9 5 • f a c e b o o k . c o m / f i r m a c a s a • t w i t t e r . c o m / f i r m a c a s a • w w w . f i r m a c a s a . c o m . b r
AFF_FIRMACASA_210X235.indd 1 10/1/12 4:42 PM
24 | Anuário do design brAsileiro
os entrAves do ferramental
O que emperra, enfim, o boom do
design e da indústria inovadora no Brasil?
Entre diversos aspectos, destaca-se um
a ser sanado o quanto antes: o altíssimo
custo de moldes e ferramentas
Por
gu
to in
dio
da
co
sta
GUto indio da costa
é designer industrial formado pelo Art Center College of Design, nos Estados Unidos. Coordena os núcleos de design e transporte do escritório Indio da Costa A.U.D.T. (Arquitetura, Urbanismo, Design e Transporte).
25Anuário do design brAsileiro |
Muitas razões justificam o baixo grau de inova-
ção e a pouca competitividade da indústria
no Brasil. Se perguntarmos aos industriais o
porquê, certamente dissertarão sobre o custo Brasil, os
entraves na infraestrutura, a descabida enxurrada de
impostos, a competição desleal da China, entre outros
aspectos. Evidentemente, eles sabem do que recla-
mam, e estas justificativas são todas pertinentes.
Comparando, porém, com o resto do mundo, acho
que existem, sim, muitas alternativas à crise de compe-
titividade – evidentemente, uma boa gestão de design
e constantes ciclos de desenvolvimento de novos pro-
dutos poderiam fazer enorme diferença. Mas por que
ocorre apenas em casos isolados? Por que não é geral?
Ao trabalhar com várias indústrias, e de portes
muito desiguais, surpreendo-me ao ver como a maio-
ria dos industriais brasileiros é pouco afeita a design e
inovação. Todos, hoje, falam e sabem de sua importân-
cia, mas poucos, efetivamente, arregaçam as mangas
e fazem acontecer. Aqui, poderia citar uma série de
exemplos. Desde aqueles que não conseguem fazer
os projetos nos prazos e custos previstos (falta com-
petência em engenharia de produto no Brasil, princi-
palmente nas pequenas empresas) até os que, mesmo
experimentando o sabor da diferenciação pelo design
e tornando-se líderes em seus mercados, acabam se
acomodando e deixando de investir em novos produ-
tos – enquanto os seus vão, aos poucos, perdendo a
competitividade original. Logo, serão engolidos de
novo pela concorrência.
Poucos entendem, também, que design é inovação.
E a inovação mais simples e rápida de ser implemen-
tada, consequentemente, é a de menor custo. (Mesmo
depois que a Apple provou ao mundo a capacidade
inovadora do design, grande parte da indústria brasi-
leira continua sem entender que design é inovação.)
$$$$$$
26 | Anuário do design brAsileiro
ExEmPlos gErmânicosEnquanto isso, admiro, por exemplo, os alemães,
que não viram ainda a cor da crise internacional por
conta de uma economia baseada em criação, desen-
volvimento e inovação. Veja que incrível supremacia
conquistaram, por exemplo, no mercado mundial
de automóveis: BMW, Audi, Volkswagen, Mercedes,
Porsche – todas marcas alemães. Engoliram o mun-
do automotivo. São imbatíveis em qualidade, design,
inovação, acabamentos... O que os faz extremamente
competitivos, mesmo tendo alta carga de impostos,
alto custo interno etc. Outro país que segue a mesma
trilha é a Coreia, com suas marcas que se tornaram,
nos últimos dez anos, exemplos internacionais: LG,
Samsung, Hyundai e Kia.
E nós, aqui? Por que não temos também uma série
de marcas de penetração internacional? Por que nossa
indústria não consegue competir internacionalmente?
Porque falta design e inovação em larga escala. De to-
dos os entraves que vejo para incentivar uma maior
aplicação de design e inovação na indústria brasileira,
destaco apenas um: o altíssimo custo do ferramental
no Brasil. Sim, o vilão não é o projeto, é o ferramental,
um conjunto de moldes e ferramentas.
Projeto é incerto, mas não é caro. Ferramental, no
Brasil, é indecentemente caro, além de incerto. Incer-
to porque nem sempre a qualidade do ferramental
brasileiro se compara ao internacional. Isso explica
muitas vezes a diferença de qualidade percebida de
um produto brasileiro versus um italiano ou alemão.
Para proteger este segmento, o governo passou a
taxar ferramental vindo de fora. Terrível engano. En-
carecer o custo do ferramental externo para manter
no Brasil uma prestação de serviço que não consegue
competir com o resto do mundo fará o mesmo favor
que a lei de informática ofereceu ao país: ficaremos
caros, lentos e obsoletos. E todo o crescimento do
design e da indústria nacional estará comprometido.
A solução que realmente poderia fazer tremenda
diferença seria reduzir o custo do ferramental no Brasil
e, ao menos, equipará-lo ao custo chinês ou coreano,
ou subsidiá-lo, para que seja ainda mais barato. Se, no
Brasil, pudéssemos produzir ferramental ao custo chi-
nês, o investimento no desenvolvimento de novos pro-
dutos cairia significativamente, reduzindo o risco dos
industriais e alavancando de vez o design brasileiro.
A maioria dos nossos designers continua refém
dos processos artesanais e da produção de baixa
escala. Por sorte, virou cult, virou arte! Aqueles à la
Campanas que conseguirem vender suas peças por
altíssimos valores terão sucesso. Mas mesmo que um
grande grupo de designers conseguisse trilhar este
mesmo caminho, a diferença econômica para o país
seria desprezível. O caminho que tem efetivo poten-
cial econômico e transformador de larga escala é o
design industrial.
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28 | Anuário do design brAsileiro
artigoPo
r en
ric
o m
ort
eo
Enrico MortEoé arquiteto, crítico de design e curador da Coleção Histórica Compasso d’Oro, Itália.
Design e artesanato sempre estiveram
intimamente ligados. Tanto que, hoje,
designers empregam sofisticadas tec-
nologias, mas continuam necessitando
de habilidades artesanais, da confecção
de moldes aos acabamentos de produtos
ArtesAnAtoessencial
29Anuário do design brAsileiro |
não há dúvida de que o predomínio da indús-
tria tenha subtraído, do artesanato, o papel
de protagonista na produção de objetos e
artigos manufaturados. E é também certo dizer que
a indústria está na origem da afirmação, ou confirma-
ção, do design. Que isto, no entanto, coincida com a
extinção do artesanato, como apressadamente afirma
a crítica oficial do design, não acredito que seja ver-
dadeiro. Não acredito nem que o design identifique
uma dimensão exclusivamente massificada da pro-
dução, nem que a indústria tenha reservado ao fazer
artesanal um espaço específico e tarefas bem preci-
sas. Além do mais, não acredito que esteja destinado
ao artesanato o privilégio de uma relação que o torne
vizinho da arte e que, de forma simétrica, a indústria
seja estranha à arte e ao belo.
O fato é que a modernidade assinalou um momen-
to de desvio e de ruptura, seja no modo de produzir
objetos (mas podemos nos referir também a ideias ou
imagens), seja na maneira de perceber o mundo e a
realidade. É claro que, para pensar o artesanato em
termos modernos, é necessário renunciar à visão ro-
mântica da nostalgia e ao imaginário das oficinas.
Primeiro, é necessário superar a convicção de
que tenha sido a máquina a causadora do fim do
artesanato. Foi, ao contrário, a racionalidade do
pensamento moderno que decompôs a unidade do
trabalho em tantas fases sucessivas, mais simples e
rápidas, e diminuiu a dimensão e a importância das
oficinas artesanais.
Por mais poderosa que seja a máquina, esta é
apenas um instrumento. A prova é que, mesmo na
produção das máquinas e dos moldes – aqueles que
depois irão realizar o produto acabado –, parte desse
trabalho é sempre realizado por uma elite de operá-
rios cuja capacidade manual e técnica são compará-
veis, no todo e para tudo, às qualidades do trabalho
de um excelente “maestro de orquestra”.
Ainda hoje, quando se trata de realizar produtos
especiais com altas prestações, a indústria conserva
e cultiva uma grande sensibilidade manual. Não por
acaso, nas fábricas da Pirelli, recorre-se a sábias mãos
de artesãos quando é necessário dar acabamento aos
pneus da Fórmula 1. Quem são eles, se não extraor-
dinários artesãos, os especialistas da modelação, ca-
pazes de realizar perfeitas imitações em escala, seja
de uma faca ou de um automóvel, de modo a avaliar,
antecipadamente, dimensões, texturas, formas?
Fazer artesanal: PeríciaÉ necessário, no entanto, nos lembrarmos sempre que
fábrica e indústria não são sinônimos. A indústria é
uma dimensão muito mais ampla e complexa do que
a fábrica, lugar no qual se concentra apenas a parte
30 | Anuário do design brAsileiro
da produção material de um objeto. Na verdade, qua-
se tudo que precede o trabalho na fábrica e o segue
conserva uma qualidade artesanal do fazer. Artesãos
são aqueles que se dedicam à manutenção das má-
quinas, sejam elas grandes aparatos industriais ou
nossos pequenos eletrodomésticos. Acredito tam-
bém que oficinas artesanais sejam os inúmeros pe-
quenos negócios chineses que consertam os iPho-
nes ou garotos que conseguem abrir a memória dos
computadores [realidade italiana, N.R.].
De modo simétrico, reencontramos a perícia do
fazer artesanal nos centros de estudo das indústrias,
assim como nos escritórios de comunicação e pu-
blicidade. Aqui, experimenta-se, corrige-se, procura-
-se pacientemente dar identidade e conteúdo aos
projetos, além de inventarem-se imagens capazes
de evocar histórias e emoções. Os estúdios e os de-
signers continuam a manipular a forma e a matéria
com uma postura artesanal e uma grande sensibili-
dade. De fato, o estúdio de um designer ou centro
de estilo de uma indústria são apenas laboratórios
experimentais nos quais se finalizam protótipos,
que apenas em um segundo momento se tornarão
produtos de série.
É exatamente nesta “antecâmera” da indústria
que a arte continua a conjugar-se com os objetos
de uma pesquisa que tem raízes comuns. Assim, foi
aqui que a arte conseguiu achar espaços novos e di-
versos em relação ao passado.
Agora, a arte. Por muitíssimo tempo, o artesão e o ar-
tista coabitaram o mesmo mundo. O que era um artista
se não um artesão especialmente dotado, cujo talento
o tornava capaz de assumir o papel de mestre, autor de
obras que o tornavam modelo e exemplo comparativo
para novas realizações? Pouco importa se fosse pintor
ou músico, escultor, joalheiro ou marceneiro.
A estrutura metálica da cadeira Vermelha e,
na página ao lado, um artesão da empresa
italiana Edra trançando as cordas na peça
assinada por Humberto e Fernando Campana
31Anuário do design brAsileiro |
Hoje o artista é, sobretudo, um manipulador de
ideias e de estruturas das representações, enquan-
to a forma é terreno privilegiado do fazer industrial.
Ora, visto que sabemos muito bem que nem tudo
que a indústria faz é belo e sensato, podemos tam-
bém definir o design como local privilegiado de pes-
quisa e de elaboração de uma inteligente beleza, co-
erente com a dimensão moderna.
consumo conscienteDefinir o design como espaço ou local interme-
diário entre a seriação da indústria e a liberdade
da arte, entre funcionalidade e beleza, entre ma-
téria e tato, entre tecnologia e cotidiano? Não é
casual se, frente aos novos cenários do presente,
justamente ao design tenha sido delegado o papel
de vanguarda estratégica das mudanças. Em uma
situação de rápida evolução, em uma sociedade
que alguns definem como líquida e outros preferi-
riam chamar de criativa, o design parece oferecer
instrumentos capazes de gerenciar as transfor-
mações de um modelo industrial com alta inten-
sidade produtiva. Talvez nos aguarde um modelo
menos hedonista e um consumo mais consciente
e atento. O respeito pelo ambiente poderia ser um
desafio necessário para o projeto do amanhã, mas
também a educação, a alimentação, o cuidado com
os velhos e com os mais jovens deverão ser objeto
de renovadas atenções.
Hoje, os novos artesãos são os profissionais da
criatividade, capazes de usar tecnologias sofistica-
das com a mesma perícia com a qual, tempos atrás,
o artesão utilizava seus instrumentos. Este é o ho-
rizonte do terceiro milênio, no qual design, criativi-
dade, fantasia e tecnologia deverão definir o novo
terreno do projeto e da produção futura.
Por
AUrE
SNED
E PI
rES
STEP
HA
N
Auresnede Pires sTePHAn,mais conhecido como Eddy, é consultor de design e professor de cursos de design da Faap, ESPM, FASM e IED, em São Paulo.
NA TRILHAdo aprendizado
Prestes a completar meio século de
existência, o ensino de design no Bra-
sil teve evolução inegável. Mas ainda é
pouco para os desafios que o contem-
porâneo impõe aos jovens profissio-
nais. Um caminho com muitos passos a
seguir, entre eles estreitar a relação en-
tre instituições acadêmicas e indústria
Ateliê de pintura do curso de design do Centro Universitário Belas Artes, em São Paulo
33ANuáRIo do desIgN bRAsILeIRo |
A aproximação do aniversário de 50 anos do en-
sino acadêmico de design no Brasil, em 2013,
faz rememorar a implantação da ESDI - Escola
Superior de Desenho Industrial, em 1963, no Rio de
Janeiro, a primeira iniciativa pedagogicamente estru-
turada do segmento no país. Aquele período privile-
giou o modelo funcionalista da Escola de Ulm (Hochs-
chule für Gestaltung), da Alemanha. Max Bill e Tomás
Maldonado, dirigentes e professores da instituição, so-
mados aos ex-alunos da escola alemã Alexandre Woll-
ner e Karl Heinz Bergmiller, foram os responsáveis, em
conjunto com Aloisio Magalhães, entre outros, por seu
arcabouço acadêmico.
Não só o Brasil, mas vários países latino-america-
nos, nas décadas de 1950, 1960 e 1970 – período de
implantação de políticas desenvolvimentistas – em-
pregaram este modelo germânico. Ele apresentava um
perfil adequado, política e economicamente, para a
formação de uma nova geração de profissionais vol-
tada à produção industrial e ao conceito de moderni-
dade que se impunha no mundo. Era um modelo que
atendia às necessidades dos novos tempos, em conso-
nância com os padrões internacionais.
O modelo curricular da ESDI passou a ser referên-
cia do Conselho Federal de Educação para a implanta-
ção de novos cursos da área a partir de 1968. Nesse
processo, muitas vezes mal equacionado e movido
por interesses vários, ocorreu uma explosão de esco-
las no decorrer dos anos. Hoje, há aproximadamente
740 cursos de design, compreendendo bacharelado
(design de produto, gráfico, digital, interiores e moda),
extensão, tecnológicos, especializações, masters, pós-
-graduações latu-sensu e stritu sensu (mestrados e
doutorados). Isso sem contar cursos livres ou mesmo
disciplinas introduzidas em diversas graduações.
Um dado a ser avaliado é a forma como ocorreu
a transformação radical nas ferramentas de trabalho,
motivada pelos paradigmas advindos das novas tecno-
logias digitais, que exigiram adequação nos currículos,
uma vez que o mercado as solicitava de seus estagiários
e futuros profissionais. Simultaneamente, o Ministério
da Educação incentivou a criação de cursos tecnológi-
cos de curta duração, que acabaram constituindo um
número expressivo de cursos de design, com duração
média de dois a três anos, enfatizando habilitações de
design digital e de interiores, entre outros. Os bacha-
relados dos cursos de moda, por suas peculiaridades,
implantados a partir da década de 1980, abriram uma
nova dimensão no mercado, que atualmente conta
com profissionais de excelente qualidade. No entanto,
um dos maiores desafios ainda está no distanciamento
entre as escolas e os empreendedores e empresários.
Uma cultura que precisa urgentemente ser acionada
de forma a agilizar essa sinergia, pois as indústrias dei-
xam de aproveitar a enorme potencialidade existente
nas academias.
34 | ANuáRIo do desIgN bRAsILeIRo
35ANuáRIo do desIgN bRAsILeIRo |
Um dos prédios da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI), no Rio de Janeiro, e, abaixo, tendas onde ocorrem aulas de design na PUC-RJ
PoloS DE ExcElêNcIAAfora os possíveis desacertos e o tradicional questio-
namento sobre a qualidade de ensino e a influência
das matrizes europeias nos conceitos de identidade
nacional do design brasileiro, existe a falta de uma
política educacional estruturada para responder aos
desafios contemporâneos, embora possamos notar
avanços no setor. Se de um lado pode-se questionar
a quantidade, conforme mencionado anteriormente,
por outro deve-se entender que gradativamente al-
guns polos de excelência começam a se definir como
novos caminhos e alternativas. Ao lado das institui-
ções mais tradicionais como ESDI, Faap, Mackenzie,
Belas Artes, São Judas, PUC-RJ, PUC-PR e universida-
des federais e estaduais (Unesp-Bauru e UEMG-Belo
Horizonte, além da de Campina Grande e da Federal
do Rio de Janeiro), observamos, nos últimos anos, a
implantação de cursos como o do Senac, em São Pau-
lo, o de design da USP, o de design do Instituto Mauá
de Tecnologia e o tecnológico do IED – Istituto Euro-
peo de Design. Eles estão, gradativamente, trazendo
uma contribuição no âmbito da pesquisa e na busca
da interface empresa-escola.
Caminha-se para a constituição de uma massa crí-
tica (ainda que pequena) – a produção dos vários mes-
trados e doutorados existentes apresenta um resgate
valioso que possibilitará a longa caminhada para uma
futura reflexão profunda do "estado do design" no país.
Pode-se ressaltar, também, o esforço das instituições,
que hoje apresentam infraestrutura mais bem adapta-
da se comparada aos tempos pioneiros. Mas, vale lem-
brar, existe a constante falta de recursos tanto no en-
sino oficial quanto na iniciativa privada. O mal precisa
ser sanado, a fim de se oferecer ensino de alto padrão.
Apesar de ser um item discutível e não a única al-
ternativa para a visibilidade profissional, observa-se
que praticamente quase todos os segmentos da área
de design, hoje, é instigada por concursos e premia-
ções, que têm seu valor. Outro fator notado na última
década, não só em design, como nos demais ramos
do conhecimento, é o intercâmbio internacional de
estudantes no período da sua graduação. O contato
com outras culturas e costumes tem influenciado os
jovens brasileiros a compreender a diversidade cultu-
ral e as novas tecnologias, fatores fundamentais para
uma visão globalizada.
Entendamos, por fim, que uma educação de alta
qualidade em design não pode ser definida por uma
solução de mão única. Não existe uma receita ou mo-
delo definido e definitivo, mas precisa necessariamen-
te contar com inúmeros ingredientes: entender o con-
texto globalizado, fomentar profundos debates sobre
a forma de atuar, formar uma elite pensante, desenvol-
ver pesquisas locais, além de extrair a expressividade
cultural, social e regional que caracteriza o Brasil.
36 | ANuáRIo do desIgN bRAsILeIRo
O BOM DESIGN SEMPRE É RECONHECIDO.
O Salão Design é a maior
premiação de design de
produtos da América Latina, uma
vitrine para estudantes,
profissionais e indústria.
Participe, não esconda o seu
trabalho. No Salão Design, o
talento sempre é reconhecido.
Regulamento e inscrições em:www.salaodesign.com.br
R$ 175 mil em prêmios
PERÍODO DEINSCRIÇÕESDE 01/10/12 A 22/02/13
Realização: Patrocínio:
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MY
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AF_ANUNCIO_SALAO_ANUARIO.pdf 1 28/9/2012 17:27:50
37ANuáRIo do desIgN bRAsILeIRo |
O BOM DESIGN SEMPRE É RECONHECIDO.
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artigoPo
r TH
IAG
o M
AIA
Thiago Maia é designer formado pela ESDI/UERJ e sócio do estúdio Fibra Design.
Na praia, quando pequenos, tivemos li-
ções – sem nem perceber – ao erguer
construções encantadas com o que tí-
nhamos à mão. Hoje, designers adultos,
resta-nos resgatar esta experiência pri-
mordial em relação aos materiais e seu
nascimento, sua vida e transformação
castelos de areia
como
Foto
: Fot
olia
40 | anuário do design brasileiro
Quando crianças, construíamos castelos de
areia. Íamos à praia e tínhamos as ferramen-
tas e os processos ao nosso alcance. Matéria-
-prima não faltava. Afinal, existiam mais grãos de areia
no planeta do que estrelas no universo (não era isso
que nos diziam os adultos?).
Experimentávamos antes de chegar a um resultado
que nos agradasse. Fazíamos alguns modelos e protó-
tipos, estudávamos formas variadas, ora trabalhando
mais rápido, ora mais devagar. Mas sempre chegáva-
mos aonde queríamos. Castelos enormes eram cons-
truídos e ocupados com reis, rainhas e uma corte ima-
ginária, além de servir de cenário para batalhas históri-
cas com inimigos distantes. Ao final, desconstruíamos
nossa própria criação e a devolvíamos à praia. Tal como
a encontramos antes de iniciarmos nossa jornada.
Areia em estado bruto.
Alguns podem dizer que o desafio era em vão.
Para que construíamos algo que depois seria destru-
ído? Eu penso o contrário. Primeiro, porque se o que
queríamos era dar asas à nossa imaginação e ao nosso
desejo criativo, os castelos de areia cumpriam mui-
to bem seu papel. Segundo, porque acredito que, no
fundo, estávamos aprendendo a dialogar com o meio
ambiente. Ali, na simplicidade que era construir um
castelo na praia, observávamos como a areia se com-
portava com a água e ouvíamos do material o que
podíamos e o que não podíamos fazer para alcançar-
mos nossos objetivos. Se em alguma hora tentávamos
extrapolar as possibilidades oferecidas por ele, tão
logo recebíamos como resposta um não, e éramos
tomados da consciência de que deveríamos respei-
tar seus limites, seus tempos e suas disponibilidades.
Aprendíamos também um ensinamento que devería-
mos levar para o resto da vida, mas parece que não le-
vamos: a de que os fluxos dos materiais não podem ser
interrompidos. O ciclo de vida dos produtos tem de ser
desenhado de tal modo que a matéria possa transitar
em ciclos contínuos de nascimento, vida e transforma-
ção. Nascimento, vida e transformação. O castelinho da
nossa história já nascia pronto para, ao fim de sua vida,
voltar a ser areia e, quem sabe, um outro castelinho,
ou uma estátua, ou uma casa de tatuí. Nosso processo
de fazer castelos, desde o princípio, não impedia que
nenhuma das formas e possibilidades futuras da areia
fossem interrompidas. Os castelos não eram destruí-
dos. Eram transformados.
Hoje, somos adultos. E continuamos construindo
castelos de areia. Só que agora estamos percebendo
que o que os adultos de nossa época nos diziam não
era verdade: os grãos de areia estão acabando. Em al-
gum momento (que não me recordo), perdemos a sa-
bedoria da criança, nos iludimos com a crença de que
os grãos de areia são infinitos, deixamos de escutar o
que os materiais têm a nos dizer e paramos de devol-
ver nossos castelos à praia.
Alguma coisa tem de mudar. Acho que está na hora
de voltarmos a ser crianças.
42 | Anuário do design brAsileiro
DEPOIMENTOS
AfinAl, o que fAltA pArA o design feito no BrAsil deslAnchAr de vez? A estA perguntA instigAnte, seis personAgens ligAdos Ao
universo do design nAcionAl revelAm diferentes respostAs, cAdA quAl com umA ABordAgem pArticulAr. todAs nos levAm A refletir
mAis soBre A tAl questão, pArA seguir Bons e novos cAminhos
olhAres soBre o design BrAsileiro
Marcelo Rosenbaum, designer
“Podemos dizer que hoje fazemos parte do circuito
de interesse mundial. O contexto atual do Brasil como
um grande novo mercado de consumo faz com que as
maiores empresas de design do mundo queiram en-
tender o nosso país de tamanho continental e fincar
bandeira aqui. Com este cenário, temos dois grandes
desafios: entender que nós, designers, somos agentes
ativos no progresso social brasileiro e que temos de ir,
quando falamos de design brasileiro no exterior, além
do “exótico, erótico e caótico” – uma expressão usada
pelo crítico de arquitetura Fernando Luiz Lara.
A grande inovação no design está em entender a re-
lação do objeto com as pessoas que produzem, com-
pram, usam e recriam. A partir desta visão, criamos um
projeto, o A Gente Transforma, que tem como principal
objetivo inserir o artesanato no mercado da decoração
brasileira, trabalhando com design sustentável, baseado
em quatro pilares: econômico, social, ambiental e espiri-
tual. O projeto é a síntese da forma como trabalho: a
percepção e o entendimento de que, hoje, o design é
um grande catalisador de ideias, transcende o objeto,
redesenha as relações e conecta as pessoas.”
Foto
: Mar
cio Ta
vora
43Anuário do design brAsileiro |
Fernando Campana, designer
“Olhar com atenção como funcionam indústrias conso-
lidadas, como a italiana, pode ser bom ponto de partida
para termos uma profissionalização em todos os pon-
tos do ciclo produtivo. As indústrias daqui deveriam
apostar mais na figura de um diretor de arte capaz de
criar identidade para as linhas de seus produtos, que
devem ser fabricados com boa qualidade, mesclando o
artesanal e o industrial. Além disso, há que se levar em
conta, também, a divulgação eficaz da produção. Hoje,
há uma gama de designers dedicados à autogestão que
muito bem poderiam ser abraçados pela indústria. Por
sua vez, os designers também têm de entender as ne-
cessidades da indústria e responder a elas.”
Adélia Borges, jornalista e curadora
“Capacidade projetual, criatividade, inventividade, temos de sobra. O que
precisamos é de políticas públicas que potencializem estas competências
e, sobretudo, divulguem o design brasileiro dentro e fora do país. Dentro,
ainda precisamos convencer muitos empresários sobre a necessidade de
coragem na aposta no design como um diferencial de seus produtos. Fora,
a onda é muito boa em relação a tudo o que se relaciona com a cultura
brasileira, é hora de surfar... Mas para isso precisamos que os governos –
os ministérios, as secretarias estaduais, as secretarias municipais – e as
associações da sociedade civil teçam políticas consistentes, com um pen-
samento a longo prazo e ações urgentes.”
Fern
ando
Las
zlo
44 | Anuário do design brAsileiro
Fernando Prado, designer e diretor de criação da Lumini
“Um passo decisivo para o aprimoramento do
design no Brasil seria estabelecer uma apro-
ximação maior da indústria com as escolas.
Recém-formados, os jovens designers saem
crus das faculdades, não tendo visão da reali-
dade do mercado nem do método produtivo.
A formação precisa melhorar, inclusive, com a
adoção de disciplinas como gestão do design,
que, para além do caráter criativo da profissão,
visa aspectos administrativos.”
Mario Fioretti, gerente-geral de design e inovação da Whirlpool Latin America
"A única coisa que falta ao design brasileiro é tem-
po de estrada. A história dele, no país, ainda é muito
recente. Hoje, o que existe é uma necessidade cada vez
maior de as organizações de negócios e serviços terem
o design inserido em sua estrutura. Temos o design
autoral, os escritórios de design e as áreas dentro das
grandes corporações. Sinto que poderia haver mais de-
senvolvimento do design corporativo. É preciso explo-
rar mais a relação entre investimento em design e
rentabilidade, aceitação do produto, sustentabilidade."
Lauro Andrade, diretor da Anfacer, da feira Expo Revestir, do Fórum Internacional de Arquitetura e Construção e idealizador do festival Design Weekend – DW!
“Jovem nação industrial que somos, vivemos, também no de-
sign, as ciclotimias comuns da adolescência: ou somos artistas,
sem compromisso com resultados e escala, ou caímos no me-
canicismo e repetição não criativa da engenharia de custos. É
fundamental encontrarmos o equilíbrio da maturidade, em que
o lúdico e o estético encontram o funcional, gerando inovações
viáveis e com padrões mundiais de aceitação. Isso só será alcan-
çado com a formação de capital humano multi e interdisciplinar,
que consiga integrar a subjetividade da nossa inspirada criação
com a objetividade da produção e as aspirações do mercado.”
materiabrasil.net
46 | Anuário do design brAsileiro
47Anuário do design brAsileiro |
Um amplo painel, com prodUtos selecionados em diferentes segmentos do mercado, revela os caminhos e a diversidade do
design nacional. os critérios de seleção? a qUalidade do projeto e da prodUção, itens recentes e também algUns emblemáticos,
como as cadeiras de paUlo mendes da rocha, flávio de carvalho e sergio rodrigUes, criadas em décadas passadas, mas qUe
encontram hoje plena aceitação do mercado
no mercado
PhiliPPe Starck afirma “que a elegância do mínimo vem da inteligência do nada” e o lendário arquiteto e deSigner mieS van der rohe já dizia, há quaSe 100 anoS, que
“menoS é maiS”. a fórmula é SimPleS de entender: menoS styling, menoS material, menoS energia, menoS deScarte. e, reSultado, maiS vida ao Planeta
a SuStentável leveza do móvel
O mobiliário é o terreno fértil do design.
Não há um só arquiteto ou designer que
não tenha “ensaiado” criar uma cadeira.
Assim, esta é uma tipologia que propicia a discus-
são sobre todas as vertentes e todas as atuais exi-
gências do design.
Forma, função, utilidade, necessidade, susten-
tabilidade, capacidade de descarte e reciclo versus
produto durável, economia de matéria-prima: são
estes os principais temas de discussão sobre o de-
sign em geral e aquele do mobiliário em particular.
No Brasil, o esforço de alguns designers em
busca de materiais alternativos e novas soluções
tecnológicas para a produção de móveis tem contri-
buído para o aprimoramento do projeto contempo-
râneo. Soma-se a este fator a vontade de criarmos
uma linguagem brasileira. Este, um dado essencial
para a originalidade de nossos produtos, dando ao
Brasil um potencial para a exportação.
Historicamente, o mobiliário simboliza para a
família brasileira questões como tradição e proprie-
dade. Herança da estética portuguesa e do mobili-
ário colonial, a madeira maciça tornou-se símbolo
de status. Será que, também por tradição, algumas
pessoas ainda acreditam que para ser bom e bonito
uma cadeira ou um sofá devem ser pesados e impo-
nentes? São resquícios de uma era que felizmente,
embora com um século de atraso, está desapare-
cendo. A madeira hoje é respeitada como um bem
valioso, e por isso mesmo ela é usada com parcimô-
nia. E por que não trocá-la pelo bambu, este mate-
rial inesgotável, ou pelas fibras, tão fartas e variadas
no Brasil? Fica a sugestão.
Evolução dos costumes ou a consciência de que
nessas escolhas também reside a melhoria das con-
dições de vida no planeta, o certo é que o mobiliário
brasileiro evoluiu – e muito. Os móveis, em madeira
ou metal, em materiais sintéticos ou naturais, atual-
mente são leves, têm linhas simples, enfim, apresen-
tam uma nova estética brasileira – consciente de que
a beleza também é fundamental – e estão alinhados
com o design contemporâneo.
Mas devemos também pensar em critérios mais
objetivos, como os da utilidade e necessidade, que
podem ser traduzidos como design de serviço. Esta, a
real vanguarda de hoje.
Fonte: acervo Arc Design e empresas do setor
mobiliário
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50 | AnuáriO dO design brAsileirO
Messote de eucalipto certificado. A facilidade na armazenagem é obtida pela perfuração do tam-po, que possibilita que as peças sejam penduradas. Da Butzke
Mesa de apoio e banco Diaman-te, de acrílico, design Nada Se Leva. Na Conceito Firma Casa
Cadeira Paulistano (1957), tem estrutura de aço e capas de lona ou couro. Design Paulo Mendes da Rocha. Na Futon Company e Dpot
Banco Terrão, design Domingos Tótora. Confeccionado com massa de celulose, técnica de reaproveitamento de papelão, com pigmento de terra natural. Na Dpot
Poltrona Radar, de peroba-rosa de redesco-brimento, com lustração especial. É girató-ria e tem estrutura de ferro oxidado. Design Carlos Motta. Na Arquivo Contemporâneo
Cadeira (1953) com estrutura de ferro e percintas de couro sola. Design Flavio de Carvalho. Na Dpot e Futon Company
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Poltrona Mandacaru, design Baba Vacaro. Consiste num jogo de seis almofadas unidas como pétalas. Pode ser configurada em três posições diferentes. Na Futon Company
Poltrona Evergreen, de bambu com estrutura oxidada. Design Eduardo Baroni. Na Vimoso
Poltrona Rampa (anos 1970), design Sérgio Bernardes. Composta de dois cilindros de espuma, um no local do assento e outro na posição do encosto. Há ainda estrutura lateral de madeira e um tripé que fecha a estrutura. Na Dpot
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Chamada de Banquete Panda, a cadeira faz parte da coleção que reúne bichos de pelúcia. Design Fernando e Humberto Campana. Na Conceito Firma Casa
Cadeira Sushi III, design Fernando e Humberto Campana. Composta de fel-tro, tecidos, plásticos, telas emborra-chadas, náilon, látex e EVA enrolados na forma de sushi, tradicional iguaria da culinária japonesa. Na Firma Casa
Mesa de centro Fit, com bande-jas superiores e pés em duas alturas, fabricados em aço car-bono com pintura automotiva e tampo de MDF. Do Estúdiobola
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Poltrona Recorte, design Ilse Lang, da Faro Design. Feita de couro, com estrutura de metal e revestida de veludo. Na Arquivo Contemporâneo
A cadeira Rio tem estrutura de eucalipto certificado e assento e encosto de meta-crilato. Pode ser encontrada nas versões branca, preta, vermelha e amarela. De-sign Carlos Motta para Butzke. Na Dpot
Bufê de MDF e chapa de aço com acabamento laqueado. Pertence à linha Orelha, identificada pelo puxador lateral. Design EM2 Design. À venda no estúdio dos designers
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Mesa Dumont, com desenho inspirado no Demoiselle, avião de Santos Dumont. Combina aço inox, alumínio e eucalipto renovável. Da Flexiv
Poltrona Pantosh, combinação da cadeira Panton com a Mackin-tosh. Design Lattoog. De freijó natural, da Schuster Móveis & Design, e coloridas, na Dpot
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Linna, design Jader Almeida. De madeira maciça e concha de multilaminado, é confec-cionada a partir de cortes de CNC e processos manuais. Na Arquivo Contemporâneo
Cadeira Lucio Costa (1956), design Sergio Rodrigues. De madeira maciça natural ou tonalizada e assento de palhinha natural. Na Dpot
Estante Facetas, integra a série m ao quadrado©. De pinus ebanizado, pode ser fixada na parede, sendo composta por 38 módulos. Design José Marton. Na Dpot
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Armário Cidades, de MDF com acaba-mento de impressão digital. Da coleção Memória Mobília, funciona como uma caixa para abrigar objetos nos quatro la-dos. Design Isabela Vecci. Na Dpot
Mesa Raul Soares, tem no tampo impressão digital que remete à pra-ça de mesmo nome em Belo Horizonte. De MDF, com pés em madeira maciça de reflorestamento. Design Isabella Vecci. Na Dpot
Poltrona Sopro, design Alfio Lisi. Com estrutura de frei-jó e aço, tem concha de fibra de vidro revestida de fel-tro e couro. Na Marcenaria Artífice
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Mesa Elos, design Questto|Nó. É composta por peças inde-pendentes que possibilitam diferentes configurações. Há versões em metacrilato (foto) e madeira. Da Allê Design
Desenhado por Flávia Pagotti Silva para a Butzke, o banco Sela é de ma-deira certificada, com assentos revesti-dos de lâminas de PET reciclado e aca-bamento envernizado. Na Tok & Stok
A cadeira Moeda foi con-cebida a partir das cha-pas metálicas descarta-das pela Casa da Moeda. Design Zanini de Zanine. Coleção limitada e nume-rada. À venda no estúdio do designer
A cadeira IC01 tem estrutura de polipropileno de alta resistência, reforçado com fibra de vidro e proteção ultravioleta, que permite uso externo. Design Guto Indio da Costa, André Lobo e Felipe Rangel. Na Dpot
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Sofá Tiras, design Luciana Martins e Gerson de Oliveira. De madeira de reaproveitamento ou compensado, com esto-famento e estrutura de aço inox polido. Na Ovo
Cadeiras Nóize, design Estú-dio Guto Requena. Moldadas a partir dos sons captados na cidade de São Paulo, traduzidos por máquina de impressão em 3D. Série limi-tada com três peças. Na Co-letivo Amor de Madre Carrinho Teka, para bar, de-
sign Jader Almeida. Estru-tura de aço inox e pratelei-ras de madeira. Na Arquivo Contemporâneo e Dpot
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Mesa Deslock, tem es-trutura de alumínio e três pés deslocados. De-sign Bernardo Senna. Na Galeria das Lonas
Poltrona Goa, com estrutura de aço, malacca e amarras de couro. Compõe a linha de fibras naturais da Saccaro
Mesa de centro Longilínea, design Jacqueline Terpins. Peça de vidro pla-no pintado nas cores preto e amarelo. No Estúdio Jacqueline Terpins
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Mesa Cidades Imaginárias, com estru-tura de aço e caixa de MDF laqueado, composta por peças de informática reaporveitadas e vidro. Design Luiz Pedrazzi. Na Desenho Design
Poltrona Exo, design Carolina Armelli-ni e Paulo Biacchi, do estúdio Fetiche Design. A estrutura do encosto e do assento baseia-se no exoesquele-to dos insetos, que protege a parte interna de seus corpos. Na Schuster Móveis & Design
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Cadeira alta Acan, com pés de tauari ou jequitibá maciços e concha de fibra de vi-dro. Design EM2. Na Finish
Poltrona Kilin (1973), design Sergio Ro-drigues. Estrutura de madeira de lei ma-ciça e encosto e assento de couro. Na Arquivo Contemporâneo e Dpot
Poltrona Diz, design Sergio Rodrigues. Estru-tura de madeira maciça, assento e encosto de compensado moldado em dupla curvatura e folheado. Na Arquivo Contemporâneo e Dpot
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Desenvolvida pela Securit, a estante Brasiliana é inspira-da em projeto arquitetônico de Rodrigo Mindlin Loeb. De uso múltiplo, é composta por módulos empilháveis de aço, com 16 opções de cores e diversos tipos de configurações
Inspirado por vitórias-régias, Regis Padilha criou mesas de diferentes proporções. São de compensado multilaminado, com aca-bamento laqueado. No estúdio do designer
| AnuáriO dO design brAsileirO
O segmentO de luminárias passa pOr transfOrmações impulsiOnadas pela inOvaçãO na tecnOlOgia das lâmpadas e pela preOcupaçãO cOm a ecOnOmia de energia. as fOrmas explOram a diversidade: dO pragmáticO aO emOciOnal
Uma das consequências do apagão de 2001 foi
a maior conscientização, por parte do consu-
midor brasileiro, que percebeu – e não deixou
mais de lado – a necessidade de perseguir o baixo con-
sumo de energia. A esta questão econômica, e também
de preocupação ambiental, soma-se o surgimento de
novas lâmpadas, que apresentam opções aos tradicio-
nais modelos incandescentes, de maior consumo. A si-
tuação é de mudança radical, e já existe uma diretriz
do governo federal proibindo a comercialização das
tradicionais lâmpadas incandescentes a partir de 2016.
Os dois aspectos têm sido importantes nas mudanças
do segmento brasileiro de luminárias nos últimos anos.
Na área corporativa, elas estão mais integradas à
arquitetura e passaram a associar eficiência energéti-
ca à capacidade de iluminância, o que gera mais con-
forto aos usuários, embora não se observem muitas
alterações formais. Já as peças residenciais, que por
anos estiveram atreladas tão somente à preocupação
estética ou meramente decorativa, agora também ex-
ploram o fator economia de energia com o advento
das novas lâmpadas. Mas não só.
Como luz, em última instância, traduz emoção,
À luz dOs nOvOs tempOs
LUMINÁRIAS
percebem-se, também, alterações formais em algu-
mas peças voltadas ao uso residencial. A tradicional
austeridade dos “objetos de iluminação” abre espa-
ço, cada vez mais, para um desenho humano e emo-
cional, porém desenvolvido com o uso de modernas
tecnologias. Assim, a indústria nacional apresenta
produtos com alto rendimento e controle de ofusca-
mento, com qualidade técnica, que permite manter
um efeito de iluminação eficiente e com baixo con-
sumo por metro quadrado. E há ainda o que se pode
chamar de “objetos luminosos”, cuja luminosidade é
tão baixa que seu efeito é quase decorativo.
Considerada a luz do futuro e alternativa às lâm-
padas convencionais, o pequenino e promissor LED
(sigla em inglês para Diodo Emissor de Luz) é fruto
do desenvolvimento de componentes técnicos com
precisão óptica e da tendência à miniaturização. Para
se ter ideia, o LED pode consumir até um quarto de
energia com a vantagem da vida útil ser em média
dez vezes superior a uma lâmpada halógena. Já exis-
tem luminárias fabricadas pela indústria brasileira
com diferentes materiais e formas, cuja fonte de luz é
o LED. Seu uso, ainda restrito, tende a aumentar.
Fontes: Baba Vacaro, Fernando Prado e Guinter Parschalk, designers, e empresas do setor
66 | AnUário do design brAsileiro
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A luminária Ponto, um dos destaques da produção do Studio HAZ, tem fio de 6 m de comprimento, com lâmpada nas extremidades. O diferencial da peça é a malha de crochê, usada no revestimento, inspiração em trabalhos manuais. À venda na A Lot Of
Da Wall Lamps, a luminária Lu-mière tem design de Wagner Archela. O pendente plissado de metacrilato leitoso pode ser encontrado em várias co-res e tamanhos. Utiliza lâmpa-das E27 60 W
69AnUário do design brAsileiro |
Tuff é uma luminária de mesa em forma de cubo. A operação de liga-desliga é feita pelo usuário no próprio corpo da peça. Ao aper-tar a tampa, ela acende. Ao repetir a operação, apaga, deixando uma luz de cortesia para encontrar o produto no escuro. Com design de Flávia Rocha Faria, pode ser encontrada na Iluminar
Com design de Claudia Mo-reira Salles, a Cantante tem estrutura de cobre polido e refletor de cobre rosa, um novo acabamento desenvol-vido pela Bertolucci
De longe, a luminária Flip, da Iluminar, sugere uma sobreposi-ção de formas geométricas bem definidas, envolvendo um fio de luz capaz de gerar uma iluminação discreta e confortável. De perto, afirma seu design atemporal. Versátil, tem versões de mesa e arandela. Utiliza lâmpada halopin
70 | AnUário do design brAsileiro
Abajur geométrico de proporções harmoniosas, desenvolvido pelo designer Claudio Novaes para La Lampe. Fabricado em alumínio com pintura eletrostática, utiliza lâmpada halopin de 40 W, transmi-tindo uma luz indireta e agradável
A Siricutico faz parte de uma coleção de lumi-nárias intitulada Play pela dupla Guto Reque-na e Maurício Arruda. As peças, que remetem à brincadeira e ao universo lúdico, podem ser usadas como arandela ou luminária de mesa. Confeccionada com chapa de madeira curvada e valorizada pela estrutura de metal. A ilumina-ção é garantida por uma lâmpada globo de LED. Disponível na Bertolucci
A luminária Desdobramentos integra a linha m ao quadrado©, assinada por José Marton. De MDF laminado ecológico, a peça é inspira-da na transformação do cubo em triângulos. Permite a interligação de até 19 luminárias
Criada especialmente para leitura, a luminária Aurora (Ler) apresenta haste su-ave e curvilínea com uma parte articulável, que per-mite regulagem da posição do foco. Design Alfio Lisi
Quando projetou a Pau de Luz, o designer Alfio Lisi imaginou uma peça simples e minimalista. A parede ser-ve de apoio e, ao mesmo tempo, superfície refletiva. De madeira, tem hastes de inox removíveis nas extre-midades. Em seu interior ficam o reator e a lâmpada fluorescente T5, protegidos por uma tira de acrílico de 2 mm. Na Dominici
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Assinada por Antonio Bernardo para Lumini, a Luminária 360º apresenta luz embutida que ilumina o pendente de aço inox banhado a ouro. A solução va-loriza ainda mais o movimento das ar-golas dispostas em giros de 360º, con-ferindo a impressão de vibração e tridi-mensionalidade. Ao atravessar os anéis, a luz cria diversos desenhos no chão
A linha Vinte2 (acima e na pág. 67) foi criada por Fernando Pra-do para Lumini em comemora-ção aos 90 anos da Semana de Arte Moderna. De alumínio e freijó, pode ser encontrada nas versões de mesa e pendente. Disponível em 15 cores para lâmpadas com base E27
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A Led it Be, de Fernando Prado para Lumini, faz parte da linha de luminárias para leitura com haste flexível e orientável, além de opções de fixação em parede, cabeceira de cama e mesa. A vantagem é que com apenas um 1 power LED de 1 W proporciona uma luz eficiente, com baixo consumo e sem emissão de calor. Confeccionada em alumínio injetado tratado e pintado por processo eletrostático, nas cores preta, branca e titânio
Luminárias da coleção Batucada, design Brunno Jahara. De alumí-nio, as peças foram inspiradas nas luminárias industriais do século 20. O aspecto “amassadinho” é realçado pelas cores da anodiza-ção do alumínio, material reciclável. Utiliza tecnologia LED
Com design de Moshe Gor-ban e Eduardo Dutra, a lumi-nária de mesa Folha é esguia e ocupa pouco espaço. Pos-sui refletores de aço inox e alumínio, base de Corian® com esfera de baquelite, haste em fibra de carbono e iluminação de LED
74 | AnUário do design brAsileiro
A luminária Xodó, da Dominici, criada pelo artesão e xilogravu-rista pernambucano Fred Viana, é confeccionada a partir da téc-nica de dobradura. A folha de papel é marcada, dobrada e fecha-da manualmente, até tomar a forma final do difusor, que ganha um bonito efeito de luz e sombra. Base de madeira natural
Poche é uma arandela para iluminação indireta, da Dominici, integra luz e arquitetura. Funciona com duas lâmpadas halopin G9 de 40 W. Confeccionada em aço carbono, com acabamento de pintura ele-trostática na cor branca
Nós acreditamos em um mundo mais bonito. Através de atitudes,
decoramos com verde e respiramos melhor. Um sorriso
muda o seu dia, um abraço imprime cor e um beijo decora
com amor. E assim, o mundo se faz, decorando a cada gesto, porque de um jeito ou de outro,
tudo é decoração.
ABERTO DE SEGUNDA A SEXTA DAS 10H ÀS 22H, SÁBADOS DAS 10H ÀS 20H E DOMINGOS DAS 14H ÀS 19H | PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO, AOS DOMINGOS DAS 12H ÀS 19H
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a utilidade das coisasde acordo com a criatividade e a intenção dos designers, formas e materiais variam nos objetos que apresentamos aqui. uns são austeros, outros lúdicos ou completamente artesanais. feitos para facilitar a vida
utensílios
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Com a Fruteira Toledo, a Riva demonstra toda a versatilidade do aço Inox 18/10. Design de Rubens Simões
Anuário do design brAsileiro |
78 | Anuário do design brAsileiro
Jarra Spin, design Baba Va-caro. Faz parte da linha Spin para a St. James. De prata, tem capacidade para 1,5 l
A coleção de vasos Era Uma Vez, design Guto Requena, foi con-cebida digitalmente a partir do registro sonoro de fábulas con-tadas pela avó do designer. As peças são confeccionadas arte-sanalmente com sobras de vidro da Guardian
79Anuário do design brAsileiro |
Abridor de garrafa Serrote, da Imagi-narium. De silicone e aço inoxidável, a peça carrega certa dose de humor. Tem dupla função: serve para abrir e ainda cortar um eventual acompa-nhamento para a bebida
Objeto de luxo cotidiano da St. James. Cachepot Ziggy, da linha homônima, assinada por Ari Lyra para a marca
Vaso Cactus colorido, da coleção Lã em Casa, das designers Tina e Lui. As peças de vidro recebem uma capa formada por peque-nas bolas de lã. Além de objetos utilitários, a coleção, feita em parceria com artesãos do grupo Ladrilã, também é composta por linha de acessórios
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A forma Jump Brastemp Gourmand compõe a nova linha de acessórios da Bras-temp. Ao todo, são sete mo-delos de silicone e três que combinam silicone e mate-rial antiaderente. Ideal para o preparo de muffins
Vaso Kony, da Punch, design Zanini de Zanine. Para uso externo e interno. Peça texturizada, de plástico reciclá-vel, em cinco opções de cores e dois tamanhos
Cestos para coleta seletiva desenvolvidos por Nido Cam-polongo. O produto, confeccionado com resíduos de pa-pelão industrial, foi utilizado em campanhas realizadas em condomínios residenciais paulistanos
Vasos Continente Lon-gos I, II e III, design Ja-cqueline Terpins. As pe-ças são confeccionadas em cristal soprado
O humor em design de utensílios domésticos foi o con-ceito adotado pelos designers Pedro Braga Leitão e Mar-celo Lobo Barroca ao criarem o Pazzo, um dosador de es-paguete. Com formato de “cara”, é fabricado em bambu e alumínio, com três opções de medidas
81Anuário do design brAsileiro |
A fruteira-revisteiro Asa é formada por uma peça única,em metacrilato, com aproveitamento total da chapa, sem desperdício, na produção de diversos exemplares. Design Bernardo Senna para Allê Design
82 | Anuário do design brAsileiro
Os talheres Tatil foram criados pela Tramontina em comemoração aos 100 anos da empresa. O diferencial é o revestimento emborrachado, com proteção antibacteriana, que recobre o corpo do aço inox das peças, garan-tindo melhor empunhadura e higiene
A linha Petit Gourmet integra a Tramontina Design Collection. Indicada para refeições mais informais, as finger foods. São pe-quenos recipientes, como copinhos e bandejas, confeccionados com madeiras nobres, que recebem pintura à base de água. Da Zon Design para Tramontina
Fruteira turquesa e vinho com linhas incisas. Modelada em torno e queima-da a 1.250ºC em forno elétrico. De-sign Elisabeth Fonseca
Foto
: Edu
ardo
Câm
ara
83Anuário do design brAsileiro |
Figuras antropomorfas e zoomorfas, baseadas em lendas indígenas, foram a inspiração para o cabi-deiro Tribal, criado pela equipe da Quadrante De-sign. É formado por três peças recortadas em ma-deira multilaminada, que são fixadas entre si por meio de um núcleo trian-gular de madeira maciça
De porcelana, esta moringa não utiliza esmalte na parte interna do recipiente, a fim de resgatar as características das moringas originais e resfriar naturalmen-te o líquido. Design Marcos Roismann e Poliana Feliconio
Castiçal de porcelana modelado no torno e queimado a 1.250ºC em forno elétrico. Em preto e amarelo. Design Gilberto Paim
Foto
: Edu
ardo
Câm
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84 | Anuário do design brAsileiro
Um fluido em constante movimento. Este foi o conceito que norteou a Lattoog Design na cria-ção da fruteira Marítima. De madeira catuaba ou carvalho, com opções de acabamento laqueado
O Organizador Transparente Retrô Coza pode ser usado para diferentes funções. Destaque para a divisória interna que permite separar alimentos, bijuterias ou mesmo maquiagem. O empilha-mento das peças ajuda na economia de espaço
Este cooler é uma criação do estúdio Bertussi Design para a marca <OU>. Em acrílico, com de-sign facetado, o utilitário foi pensado para aco-modar melhor as garrafas. Nas opções de cores cristal, preto, vermelho e verde
Os revestimentos cerâmicos são os campeões
do setor, mas temos ainda os pisos vinílicos,
os derivados de madeira, o vidro e o uso de
pedras ou de placas de materiais sintéticos. Com ca-
racterísticas e custo diferenciados, atendem a todos
os perfis de consumidores.
Os revestimentos cerâmicos, que já foram os “pri-
mos pobres” na avaliação dos consumidores, hoje
ganharam status de peças de design, sendo capazes
de reproduzir padrões e formas antes inimagináveis,
com alta fidelidade, graças ao emprego da tecnolo-
gia de impressão Full HD e outras, que permitem dar
à cerâmica industrializada superfícies em relevo ou
com texturas quase idênticas às do cimento, de fibras
e rochas. Graças ao design e à tecnologia, o Brasil já
apresenta uma identidade própria neste segmento, o
que nos permite concorrer no mercado internacional.
Para além de estampas, o moderno maquinário
que estas indústrias dispõem pode produzir peças de
grandes dimensões, como, por exemplo, de 1 x 1 m,
e também as linhas slim, porcelanatos ultrafinos. A
maior vantagem é a praticidade de instalação, uma vez
que podem ser assentados sobre pisos preexistentes.
Os pisos vinílicos, bastante populares, também
passaram por evolução significativa, e destaca-se o
uso de matérias de reciclo associadas ao PVC na sua
fabricação. A instalação é simples e alguns fabrican-
tes dispõem de tecnologia que dispensa o uso de
colas – e a natureza agradece. Vale lembrar, ainda, as
versões resistentes a água, manchas, riscos, calor e
com alta capacidade de absorção acústica.
Mas não só de pisos vivem os revestimentos.
Como se tornaram belas peças com um bom design
de superfície, hoje são usados como painéis para
paredes e até cabeceiras de camas. Isto sem falar
de nossos materiais naturais, como as pedras, por
exemplo, imbatíveis, graças à beleza de seus veios,
cores e texturas. São produtos ambicionados no
mercado internacional.
A madeira se mantém ainda na preferência de
muitos, dos tacos vintage às tábuas corridas. Até
quando, com tanta inovação e tecnologia ao alcance
das mãos – e do bolso? Mas a indústria já providen-
ciou os derivados de madeira, como o HDF, e os reves-
timentos cerâmicos com a aparência desta preciosa
matéria-prima. E a natureza novamente agradece.
bonitos ao olhar, gostosos ao tocaro brasil é o segundo produtor mundial de revestimentos cerâmicos de alta qualidade – logo depois da itália. rápido na aquisição de maquinário moderno, com grandes investimentos, aposta no design e coragem para ousar: são estas as características do segmento de revestimentos para pisos e paredes
Fontes: Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento (Anfacer); Renata Rubin e Ruth Fingerhut, designers; e empresas do setor
revestimentos
87AnuáriO dO design brAsileirO |
88 | AnuáriO dO design brAsileirO
Produzido artesanalmente em vidro, o mosaico Vidrotil é encontrado em várias cores e tamanhos, com superfícies e formatos irregulares. Pode ser usado na composição de pisos e paredes, a partir de textura característica diferente para cada tessela
revestimentos i pastilhas
89AnuáriO dO design brAsileirO |
Com relevos côncavos e convexos, a linha Aleph, da Mosaik, é composta por pasti-lhas de inox na dimensão 5 x 5 cm. Indica-das para áreas internas e externas, segun-do o fabricante, são resistentes à corrosão
A mistura de cores quentes e frias caracteriza a linha Color Block, da Atlas. Entre as vantagens técnicas do produto, destaca-se o Drop System, sistema de junção das pastilhas no formato 5 x 5 cm, apresentadas em placas de 30 x 30 cm, cuja fixação é feita por pontos de cola de PVC. A técnica dispensa a utilização de papel sobre a face esmaltada e torna o trabalho de assen-tamento mais limpo e, principalmente, econômico
90 | AnuáriO dO design brAsileirO
As pedras Hijau e Hitam, da Palimanan, são indicadas para áreas molhadas. Com superfície lisa ou bruta, a Hijau é processada em placas em tons de verde. Já a pedra Hitam, composta de lava vulcânica, é encontrada com textura lisa, na cor preta
Resistente e de aspecto exótico, o quartzito Mont Blanc, da Brasigran, é encontrado em placas de 1,70 x 2,80 m. Pode compor paredes e pisos
revestimentos i pedras
91AnuáriO dO design brAsileirO |
Mármore acetinado compõe a linha Niterói Grigio. Um processo de corte especial com jato d’água possibilita a criação de desenhos varia-dos nas placas de 29 x 29 x 2 cm. Indicado para paredes in-ternas e externas. Da Mosarte
Da Colormix, os mosaicos de mármore são produzidos ar-tesanalmente. O acabamen-to rústico é indicado para paredes internas e externas. Já a forma polida é ideal so-mente para ambientes inter-nos, uma vez que apresenta maior absorção de umidade
92 | AnuáriO dO design brAsileirO
A série Amazon Wood, da Gyotoku, reinterpreta a natureza. As peças estão disponíveis em quatro formatos. Acima, a cor Almond. Quando instalada em área externa, recebe proteção extra contra intempéries
O modelo Shadow AC, da DecorTiles, marca Premium da Eliane, tem superfície acetinada. Indicado para compor painéis, está disponível nas dimensões 44 x 88 cm
Na coleção Innova HD, da Portinari, o destaque é o relevo 3D. A intenção é que as peças reproduzam os detalhes dos materiais de sua inspiração. Adequado às paredes, o porcelanato modelo Sizal está disponível nas dimensões 15 x 90 cm
revestimentos i cerâmicas e porcelanatos
93AnuáriO dO design brAsileirO |
Ao empregar o sistema de impressão Full HD, a Ceusa criou a versão Extint, que integra a linha Native. Os tons, desenhos e tinturas são idênticos às tábu-as de madeira natural recuperadas
Com moderna tecnologia de impressão, a Villa-gres reproduz na coleção Stone Age o design e a textura do granito. As peças estão disponíveis como relevo granilhado ou lapatto granilhado
A linha Eco Marmo 3D, do grupo Studio Marmo, é desen-volvida com resina de garrafa PET e pó de pedras natu-rais. Abaixo, o Allure Argento, 30 x 30 cm
94 | AnuáriO dO design brAsileirO
De uma pesquisa na Vila Madalena, em São Paulo, que visava apreender o espírito criativo e o lifestyle desse bairro, reduto de artistas e boêmios, surgiu a Vila Madá, da Portobello. As peças medem 20 x 20 cm
A Gail dispõe de um sistema de fachada ventilada, o Keragail, com-posto de painéis cerâmicos extru-dados que possuem sistema de fixação por meio de ancoragem mecânica. Segundo o fabricante, as superfícies externas das edifica-ções ficam livres de descolamento, infiltração, trincas e eflorescências
revestimentos i cerâmicas e porcelanatos
95AnuáriO dO design brAsileirO |
Porcelanato Limestone Dune, da linha Sediment HD, da Via Rosa. A impressão em HD e o alto relevo de prensa no for-mato de dunas conferem ao revestimento a aparência de pedra. Nas cores Beige e Bianco
A Lanzi uniu as texturas e sensações de dois materiais – o concreto e a madeira – para criar a linha de revestimento StoneWood. Acima, o modelo Arena, 51 x 103 cm
Desenvolvida para ambientes corporativos ou onde há alto tráfego de pessoas, a linha Evo-lution, desenvolvida pela Euca-tex, possui sistema antideslizan-te na base, que dispensa o uso de cola durante a instalação
96 | AnuáriO dO design brAsileirO
Da Eucatext, o MDF Eucafibra é um painel com revestimento melamínico de baixa pressão. O acabamento Natural Wood reproduz os veios semelhantes aos da madeira
O Resinfloor é compos-to de resinas elásticas e sintéticas misturadas em uma massa homogênea aplicada ao piso em esta-do líquido. Autonivelante, não apresenta nenhuma junta e possui alta resis-tência a compressão
revestimentos i madeiras, laminados e vinílicos
97AnuáriO dO design brAsileirO |
Da linha Imagine Magic, da Tarkett Fademac, o piso vinílico Macadan Green foi especialmente desenvol-vido para ambientes infantis. É antialérgico, térmico, não escorrega, além de ser confortável ao toque
A linha Durafloor Trend tem duas larguras de réguas – 92 e 152 mm –, que podem ser instaladas jun-tas ou separadas. O revestimento da Duratex faz uma releitura dos tradicionais assoalhos de madei-ra maciça, sendo indicado para áreas internas residenciais secas
98 | AnuáriO dO design brAsileirO
Da linha Antiquity, o piso Black Gold, da Indusparquet, passa por tratamento industrial de lixamento e escovamento. Aci-ma, as versões Pátina Dourada (à esq.) e Demolição
O AcquaFloor, piso vinílico da Pertech, possui sistema Easy Clic, cuja instalação é feita por meio do encaixe das réguas, dis-pensando o uso de cola. O produto pode ser aplicado sobre pisos preexistentes e superfícies rígidas, como concreto, cerâ-mica, madeira e vinil
Ideal para paredes internas de academias, clubes, estádios e spas, o padrão Masisa Melamina Copa é produzido em MDP e pode ter 6 ou 18 mm de espessura
revestimentos i madeiras, laminados e vinílicos
99AnuáriO dO design brAsileirO |
A Edição Rio (acima, à esq. e à pág. 86), da Oca, em tons metalizados, faz alusão às medalhas olím-picas: ouro, prata e bronze. Além disso, inclui o cobre para completar a gama de cores. Produzida com madeira teca maciça, está disponível em modelos de tijolinhos de 3 e 2 cm, pastilhas de 3 e 5 cm e um mix de ambos
Os pisos de bambu, da NeoBambu, possuem encaixe macho e fêmea e já vêm com acabamento pronto. A versão Bambu De-molição colorido é produzido a partir de fibras em alta pressão
100| AnuáriO dO design brAsileirO
Nuance, da Solarium, reveste paredes. Além do design atrativo, permite a circulação de ar a partir de linhas retas e curvas, que gera efeitos de luz e sombra. Medidas: 40 x 40 cm
Série Elementos Vazados, linha Trama, da Castelatto. Os traços orgânicos criam desenhos que lembram o formato das ondas. A linha é indicada para compor tanto paredes internas quanto externas
revestimentos i cimentícios
102| Anuário do design brAsileiro
Fabricantes de cozinhas planejadas apostam em design, tecnologia e personalização para levar ao consumidor projetos que correspondam ao seu perFil
planejar É preciso
cozinhas
103Anuário do design brAsileiro |
A arquiteta Mari Ani Oglouyan mesclou armários da Kitchens com madeira de reflorestamento nesta cozinha. Nos armários inferiores, o MDF tem acaba-mento com laminado plástico e resina de alto brilho. Nos armários superiores, as portas são revestidas com vidro pin-tado. Em torno da ilha, com tampo de Corian®, fica a bancada feita de teca
104| Anuário do design brAsileiro
A ideia é acertar em cheio o gosto de perfis diver-
sos de consumidores. Quais? O natural, que prefere os
tons amadeirados, com texturas mais aconchegantes;
o clássico, que privilegia o tom de madeira com alto
brilho, as lacas e os vidros; o moderno, que não se pre-
ocupa com detalhes e preza a praticidade; e o vintage,
que busca a valorização das memórias e cultua obje-
tos de família.
Além dos acabamentos e das formas, horizontais
ou verticais, outro trunfo das cozinhas planejadas são
as ferragens, a maioria delas ainda importada. Elas fa-
cilitam a ocupação dos espaços e os movimentos das
portas dos armários e das gavetas, que podem se abrir
com um simples toque e deslizar lentamente até fe-
char, sem aquelas pancadas de barulho irritante. Re-
sultado: economia de tempo, melhor organização e
mais conforto no dia a dia – e aos ouvidos – dos usu-
ários. Fábricas especializadas nestes itens têm centros
de pesquisa e desenvolvimento próprios, que apostam
intensamente em tecnologia.
Apesar de contar com equipe de design, algumas
empresas brasileiras de mobiliário planejado para
cozinhas também se rendem às parcerias com desig-
ners independentes. Umas para garantir um conceito
autoral à produção, outras para obter melhor desem-
penho industrial. Tudo para oferecer a não estandar-
dização dos projetos, feitos sob medida para espaços
os mais variados.
“Festa boa acaba na cozinha.” A frase reflete um
despojamento impensável algumas décadas
atrás, nas quais o espaço de preparo dos ali-
mentos ficava apartado da área social e era visto quase
como extensão da área de serviço – fruto de uma he-
rança colonial. Hoje, quanta diferença! A cozinha ga-
nha uma releitura em que se torna o “coração da casa”
e, muitas vezes, surge integrada ao estar. Tal mudança
é, entre outras razões, resultado da tendência do co-
cooning (encasulamento), em que os moradores gos-
tam de ficar em casa, por exemplo, para cozinhar com
os amigos em rodas informais. Isso impactou na con-
cepção destes ambientes – dos eletrodomésticos ao
mobiliário. Há maior preocupação ao escolher o que
irá compô-lo, e a indústria tem em mente uma palavra-
-chave para corresponder a este fato: personalização.
O mobiliário planejado atual, pode-se dizer, é um
desdobramento dos módulos componíveis dos anos
1970. Só que, para responder às diferentes deman-
das do mercado, o segredo dos fabricantes agora é
aproveitar cada centímetro do espaço disponível
com planejamento e diferentes materiais. É o caso
de laminados plásticos ou de madeira, que permitem
o uso de cores ou alto brilho com boa durabilidade,
além do vidro, que continua em alta pela transparên-
cia e facilidade de limpeza. Sem contar as superfícies
de resinas sintéticas misturadas a minerais naturais,
que fazem bonito nos espaços. Registra-se, ainda, o
retorno do aço como matéria-prima das cozinhas, tão
comum nos anos 1950 e 1960, direcionado a uma
faixa intermediária do mercado. Fontes: empresas do setor
Papaia é uma das 12 cores de vidro fosco da coleção Aloy Series, da Kitchens. Nesta cozinha, ele está nas portas dos armários basculantes, ao fundo. BP grafite compõe as demais estruturas, como a bancada em que o cooktop fica sobre uma prancha de MDF revestida de laminado de pedra. No detalhe, ferragem da Blum
105Anuário do design brAsileiro |
106| Anuário do design brAsileiro
Neste modelo da Bontempo, feito de MDF e MDP, os volumes pretos têm revestimento melamínico Nero Trama, que faz alusão à textura de um tecido e combina bem com outros tipos de acabamento – como, acima, a pintura em alto brilho vermelha. Na pare-de, uma lâmina de madeira arremata o conjunto. Ela se repete nos nichos presentes na estante, também revestida de Nero Trama
Para compor a cozinha exibi-da na Mostra Artefacto 2012, a arquiteta Christina Hamoui optou pela Evviva Bertolini. Os móveis têm corpo de MDF padrão Nero, com sistema de amortecimento nas dobradi-ças. Sobre o balcão principal, tampo de Corian®
Um toque retrô, moda atual. Bistrot é um modelo da Charm Collection, da Florense. A cozinha tem molduras usinadas em placas inteiras, sem emen-das. O mobiliário de MDP recebeu pintura anticato, enquanto o grande ni-cho ao fundo e o tampo da ilha central são revestidos de Silestone preto
108| Anuário do design brAsileiro
Projeto de Maithiá Guedes para a Segatto, no show room da empresa em São Paulo, SP. Folhas de nogueira forram as estruturas de MDF, com portas de vidro fosco e perfis de alumínio. O tampo da pia é de Silestone
De Marcelo Rosenbaum para Ornare, a li-nha Bola apresenta puxadores redondos, em dois tamanhos, de inspiração retrô. Es-tes itens podem ser nas cores preto, prata ou branco. Na composição abaixo, os tam-pos são de Corian®, e os móveis, de MDF
Armários em tons escuros, da Dell Anno, compõem esta cozinha projetada por Maira e José Pedro Maciel para a mostra Casa & Cia. (2011), de Porto Alegre, RS. De MDF com revestimento melamínico, o mobiliário tem, na estrutura, acabamento Chama-lote Noir, criação do estilista Reinaldo Lourenço. As portas são de vidro. Peças coloridas incrementam o visual
Foto
: Car
los E
dler
Do escritório Edgar Casagranda Ar-quitetura para S.C.A., esta cozinha tem bancada de Corian®, que reúne cooktop e local de armazenamento. A grande báscula tem um sistema que mantém a porta na posição desejada. O acabamento da peça é em perfil de alumínio e vidro, com estampa de Re-nata Rubim
109Anuário do design brAsileiro |
110 | Anuário do design brAsileiro
Da Coleção Vida, da Todes-chini, esta cozinha tem ilha central revestida de Corian®, em um tom exclusivo desen-volvido pela DuPont. Nela, portas e gavetas são laquea-das na cor branco. Ao fundo, observa-se o mobiliário de tagliato com revestimento melamínico. O projeto foi fotografado na loja Parque Ibirapuera, em São Paulo, SP
O mundo do design. O design do mundo
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Um tripé de conceitos orienta a indústria de eletrodomésticos no Brasil: design, inovação e sUstentaBilidade
em BUsca do mais novo
Quando o consumidor escolhe um eletrodo-
méstico no varejo, leva para a casa, mesmo
sem se dar conta, o fruto de muito desenvol-
vimento e pesquisa. Por mais que este segmento seja
“globalizado”, diferenças culturais influem no dese-
nho de alguns produtos. Por exemplo, as geladeiras
– na Europa nelas não se guardam ovos; já na Índia,
a cor branca é sagrada e esses equipamentos devem
ter cores (exportávamos geladeiras vermelhas para
lá). De acordo com cada público, levando-se em con-
ta aspectos sócio-culturais regionais, todos buscam
aquele detalhe que fará o sucesso do produto. O de-
sign, um dos principais fatores para agregar valor aos
produtos e marcas, fará toda a diferença.
No Brasil, grandes empresas multinacionais estão
presentes. Além de fabricar, mantêm centros de pes-
quisa e desenvolvimento próprios, “traduzindo” pro-
jetos internacionais e criando novas soluções para o
mercado local, as quais, muitas vezes, também são
exportadas para outros mercados.
Hoje, as tendências no segmento estão mais dire-
cionadas a expressar tecnologia e funcionalidade, para
além dos aspectos estéticos, ainda que as peças se in-
tegrem à decoração da cozinha, das áreas de serviço
e até mesmo das salas. Há desde equipamentos mais
compactos, voltados a cozinhas simples, até outros,
portentosos, destinados a cozinhas gourmet. Estas são
uma tendência crescente nos projetos de arquitetura e
decoração, que contribuem para a exploração criativa
dos produtos no espaço. No tocante às cores, a maioria
dos fabricantes prefere apostar no tradicional branco
ou no clássico aço escovado. Mas há também iniciati-
vas pensadas para um nicho diferenciado, que usa o
apelo de tons vibrantes em produtos com característi-
cas retrô ou até mesmo high-tech.
Algumas novidades tecnológicas capazes de al-
terar de maneira positiva o dia a dia dos usuários?
O fogão a gás que cozinha os alimentos no vapor e
proporciona uma vida mais saudável e saborosa;
ou refrigerador com tela touch screen que tem uma
central inteligente; produtos que reúnem diversos
atributos e tecnologias voltadas à sustentabilidade,
com grande foco na redução do consumo. Hoje, ali-
ás, praticamente todos os eletrodomésticos têm selo
do Inmetro que aponta seu consumo de energia, uma
preocupação cada vez mais presente para a decisão
do consumidor.
Também na produção, desde a concepção, já se
pensa no meio ambiente ao levar em conta processos
mais limpos de fabrico e o uso de materiais reciclá-
veis, do aço ao plástico. Afinal, esses bens duráveis,
depois do descarte, têm de ser reaproveitados.
Fontes: empresas do setor
eletrodomésticos
112 | Anuário do design brAsileiro
113Anuário do design brAsileiro |
Fabricada sob medida, a coifa modelo Lumi, da Tuboar, é também lumi-nária acima do fogão. Tem filtros metálicos laváveis, tecnologia 100% nacio-nal e alto poder de exaus-tão (até 1.900 m2/h)
114 | Anuário do design brAsileiro
Refrigerador (352 l) e fogão são os novos itens da linha Retrô, da Brastemp. Os produtos, apresentam linhas arredondadas típicas dos anos 1950 e a antiga lo-gomarca da empresa, por exemplo – sem deixar de lado inovações como o frost free no caso da geladeira, além de megachama, função grill e timer no fogão
O Brastemp Laundry Center é composto de máquina de lavar (11 kg) e secadora a gás (17 kg), além de dois pedestais organizadores, que podem armazenar produtos e até roupas. Sensores inteligentes atuam de diferen-tes formas nos aparelhos. A função Eco Inteligente garante aos eletrodo-mésticos economia adicional de energia e gás
115Anuário do design brAsileiro |
Com acabamento em inox, a coifa Facilite, da Consul, tem baixo nível de ruído e capacidade de sucção ideal para uma cozinha de até 19m2. Filtros de car-vão ativado e de gordura permitem trabalhar tanto no modo exaustor quanto depurador, nos modelos com 60 cm (CA060) e 90 cm (CA090)
Da Brastemp, a linha You, de produtos customizáveis, inclui o refrigerador Inverse. O consumidor pode definir, por meio do site da empresa, diferentes cores para dife-rentes partes da geladeira. Além disso, escolhe entre ter ou não estampa gráfica no interior do produto, como nas prateleiras de vidro, sorveteira e fruteira
Com o freezer embaixo e a geladei-ra em cima, o Brastemp Inverse Maxi BRV80 (565 l), tem Central Inteligen-te com interface touchscreen e o ex-clusivo Smart Stock, para coordenar os itens na geladeira, por exemplo. Há ainda o Ice Maker, que produz até 24 bandejas de gelo sem precisar re-abastecer o reservatório de água
116 | Anuário do design brAsileiro
Dois fornos – um elétrico, outro a gás – permitem preparar diferentesreceitas simultaneamente no fogão Blue Touch Nutri Vapor, da Elec-trolux. No a gás, pode-se cozinhar os alimentos com o vapor emitido a partir da água colocada em um dispenser junto aos queimadores. Há ainda um acessório de vidro, o Nutri Vapor, que ajuda a concentrar o vapor. Com apenas um toque, o painel aciona as funções do fogão
Com abertura superior, a lava e seca Electrolux Top Load Intelligent Sensor (12 kg) tem sensores que detectam a quantidade de água necessária para as roupas colocadas no cesto. Já o sistema Eco En-xágue economiza até 40% da água do enxágue. Além disso, o Eco Sensor identifica quando a roupa está seca e desliga a máquina
O Infinity i-kitchen (542 l), da Electrolux, é um refrigerador interativo com monitor touch screen, que traz na memória 600 sugestões de pratos e bebidas. O painel dá acesso a programas diversos, além de servir de porta-retratos digital. Tem ainda o Espaço Express para ge-lar bebidas mais rápido. Já o icemaker produz gelo a toda hora
Criado pela GE/Mabe em parceria com o escritório Indio da Costa A.U.D.T., o refrigerador GE Frost Free RGS19 (505 l), da linha In.genious, exibe, na porta, um acesso que facilita pegar os itens mais procurados na geladeira. O painel eletrônico tem acabamento reflexivo, laterais cromadas e iluminação com LED para as funções eletrônicas do eletrodoméstico. É o caso da Express Chill Zone, que gela bebidas rapidamente
117Anuário do design brAsileiro |
O valOr dO design – sObretudO assinadO – é essencial nO setOr de acessóriOs pessOais. ele se vOlta aOs que buscam, pOr meiO das peças, uma identidade sintOnizada cOm O que é atual
São bolsas feitas a partir de escamas de peixes,
sapatos que podem mudar de aspecto de acor-
do com a vontade do dono, xales trabalhados
com corte a laser, que aproveitam a totalidade do
tecido, óculos da última moda, sandálias de plástico
reciclável, joias que exploram a riqueza de matérias-
-primas encontradas no país. Eis exemplos atuais da
produção de acessórios pessoais no Brasil. Assim
como no mercado internacional, para além de neces-
sários, assumem o papel de objetos de desejo, cole-
cionismo e estilo.
Tal segmento movimenta a economia e faz surgir
empresas brasileiras com destaque nos mercados in-
terno e externo, ainda que haja bastante espaço para
crescimento. As características marcantes em design
no setor são a pluralidade de materiais e tendências,
que devem estar na vanguarda da indústria e dos for-
madores de opinião e tomadores de decisão.
É a vez do show up das mulheres, à procura de uma
variedade de ornamentos capazes até de transformar
um look básico em um mais glamoroso. Por isso, bolsas
de encher os olhos, feitas à mão e, às vezes, sob enco-
menda, encontram mercado. E trazem inovações nos
materiais: de madrepérolas a palha de milho, de strass
a madeira, de pele de arraia à de novilhos. Tudo dentro
dos princípios eco, diga-se. Quanto mais diferenciado,
melhor, nesta extensão do universo fashion. A busca
por conceitos inéditos atende a um público ávido por
novidade, exclusividade e customização, que expres-
muitO mais que acessóriOs
acessórios pessoais
sam a sensação de que imprescindível, mesmo, é ter
determinado item, ou muito exclusivo, ou reconhecí-
vel pela marca que ostenta.
A maioria das empresas possui equipes internas de
desenvolvimento e, por vezes, usufrui do trabalho de
designers renomados para fortalecer seus lançamen-
tos. Eles instigam os usuários, que apresentam grande
potencial para absorver práticas e envolver-se com te-
mas atuais, caso da preocupação ambiental, além de
novas experiências de uso e de matérias-primas.
Associações nacionais, como a dos fabricantes de
componentes para calçados, têm investido em pesqui-
sas de tendências e de novos materiais para que seus
associados antecipem-se às necessidades das indús-
trias – que, em vez de recorrer à importação, podem
então empregar o que se tem à disposição no país. Se
o couro de píton, de origem chinesa, está em evidên-
cia, por que não substituí-lo pelo de avestruz ou tilápia
nacionais?
Temos ainda diversas pesquisas internacionais a
respeito. A empresa espanhola 01M OneMoment, por
exemplo, inspirou-se nos habitantes da Amazônia, que
pintavam as plantas dos pés com borracha natural,
retirada das seringueiras, para chegar a uma espécie
de “sapato natural”: ele descolaria do pé e se desman-
charia no ambiente. Ao empregar componentes 100%
biodegradáveis, os pesquisadores visam à sustentabi-
lidaade, mas também ao conforto e melhor ajuste aos
pés e à boa transpiração. O futuro promete!
Fontes: Centro Brasil Design; Serpui Marie , designer; Silvana Dilly, gerente de design da Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal); e Valdemar Iódice, presidente da Associação Brasileira de Estilistas (Abest)
118 | Anuário do deSign brASileiro
119Anuário do deSign brASileiro |
De elegância única, este colar é de-senvolvido por Miriam Mirna Korolko-vas a partir de cipós colhidos em par-ques urbanos das cidades brasileiras
120| Anuário do deSign brASileiro
Colar produzido com esferas de vidro de alta resistência, fio de prata e, opcionais, pequenas bolas metálicas separadoras. Design Rosa Steiner
Ao criar o colar Anima, a designer Alice Floriano imaginou a figura feminina que compensa a consciência masculina. De prata, é confeccionado a marteladas
A coleção Roberto Burle Marx por H.Stern presta uma homenagem ao paisagista. A pulseira da coleção Luz e Sombra tem elementos vazados de ouro para que o tom da pele contraste com o do metal
121Anuário do deSign brASileiro |
Bolsa Laranjal, da co-leção Poética da Palha. Com design de Renato Imboisi, foi desenvolvida com a técnica de trança-do de palha pelo grupo Tecendo História, da ci-dade de Cerro Azul (PR)
122 | Anuário do deSign brASileiro
A mochila Relax Pack, design de Marko Brajovic e André Poppovic, é produzida em lona de algodão e náilon. Seu diferencial é que se transforma em uma rede com mosqueteiro, ideal para acampa-mentos e viagens. Possui, ainda, compartimentos para armazenar equipamentos eletrônicos
Os óculos acima pertencem à coleção Tupiniquim, criação da equipe de designers da Chilli Beans, que lança mais de 10 modelos desse acessó-rio por semana. A marca tem ainda parcerias com nomes da moda, como Alexandre Herchcowitch, Ronaldo Fraga e Isabela Capeto
123Anuário do deSign brASileiro |
Feitas à mão com couro de pirarucu, numa parceria entre Oskar Metsavaht e o Instituto-E, as bolsas Tote foram lançadas em 2011 pela Osklen. Assim como a matéria-prima, os tingimentos são de origem socio-ambiental certificada
As Havaianas Arts coleção 2012/2013 (acima) trazem uma estampa feita por Henrique Lima e Julio Zukerman, da dupla Mulheres Barbadas. O trabalho remete aos quadrinhos, ao grafite e skate. A marca ain-da apresenta alpercatas (abaixo), cujo sola-do é idêntico ao das tradicionais sandálias
124 | Anuário do deSign brASileiro
Madrepérolas (foto), conchas do mar, strass e madeiras de várias tonalidades são alguns dos ma-teriais que a designer Serpui Ma-rie emprega em suas bolsas
O calçado acima, da Ciao Mao, pertence a uma coleção inspirada nas guetas, tamancos japo-neses. Nela, os modelos podem ser customi-zados com palas e lenços. Os abertos são mais altos, e as cepas são de madeira reflorestada. Possuem ainda tiras de couro mestiço amassa-do. Design Priscila Callegari
Na pulseira Fluxo, de prata, Antonio Bernardo trabalhou o efeito óptico do escurecimen-to do metal. O corpo ondulante da joia é constituído por linhas salientes e sinuosas, espaça-das por sulcos afetados pelo efeito da oxidação
125Anuário do deSign brASileiro |
A sandália de plástico reciclável Melissa N° 1 é uma par-ceria da marca com o jovem estilista Pedro Lourenço. O modelo de salto, supersexy, integra a coleção verão 2013
Peças da série Pauta, desenhadas com recortes a laser e termoadesiva-gem. Nessa técnica, o tecido é lami-nado com um adesivo para ser rea-desivado em outra superfície têxtil. Design Renata Meirelles
126 | Anuário do design brAsileiro
EstE ambiEntE da casa mErEcE cada vEz mais a atEnção dos moradorEs, quE lhE dão uma nova concEpção. ElE sE transforma Em sala dE banho, ondE o quE importa é o bEm-Estar
banhEiros: novos Espaços dE conforto
Herdamos o conceito de banheiros como lugares
destinados à limpeza corporal, originário da
América do Norte – e por isto fizeram história
os ladrilhos brancos, a frieza hospitalar. Hoje, vigora a
visão oriental, que considera o banheiro um local de
prazer, com materiais quentes, acessórios para o rela-
xamento e, muitas vezes, integrado à natureza.
Esta nova concepção dos banheiros permitiu que
seus equipamentos se diversificassem, incorporas-
sem materiais e cores. Consciente desta possibilida-
de de maior liberdade criativa, o segmento de metais
e louças sanitárias vive um boom, reforçado pelo bom
momento da construção civil brasileira. Mais popula-
res ou mais luxuosos, os produtos atuais traduzem
maior preocupação da indústria com o design.
Nota-se um investimento maior nesse aspecto,
por parte das empresas, seja em seus departamen-
tos internos de desenvolvimento ou em parceria com
designers e arquitetos. A indústria procura alcançar
os diferentes públicos, com soluções ora simples, ora
sofisticadas, mas sempre com preocupação de entre-
gar um produto capaz de atender às expectativas e
necessidades do comprador.
O perfil do consumidor brasileiro, em geral, privi-
legia as linhas minimalistas em detrimento do orna-
mentalismo. O que não impede uma certa tendência
“retrô” e barroca nos metais dourados e de formas re-
buscadas! Mas o importante é o avanço tecnológico,
que incorpora sensores para a abertura de torneiras,
duchas espetaculares com todo o tipo de jato – inclu-
sive coloridos –, penduradores de toalhas com aque-
cimento, banheiras comandadas por controle remoto.
Além disso, há ainda dispositivos para economia de
água, como os arejadores e sistemas de reuso do lí-
quido, uma preocupação cada vez maior entre os con-
sumidores. Não se pode esquecer também, por outro
lado, a existência de torneiras de plástico cromado,
que atendem a camadas mais populares e regiões
com maresia.
Em resumo, esse ambiente vai do minimalismo e
economia ao grande luxo e ostentação. Para não falar
dos lavabos, fundamentais para a demonstração de
status e estilo! Assim como as cozinhas, que já foram
locais de portas fechadas, reduto de serviçais, e se
transformaram em espaços gourmet, os banheiros são
hoje chamados de salas de banho, voltadas ao bem-
-estar, com seus equipamentos que fazem as vezes
de peças de decoração.
No entanto, não basta atender aos anseios do
consumidor, mas antecipar-se a eles. É desta postura
que nascem as inovações mundo afora, como o vaso
sanitário inteligente, que apresenta a função de bidê
e emprega tecnologia capaz de fazer, por exemplo,
subir ou descer o assento, aquecido ou não. Ou du-
chas que permitem com um simples toque escolher
o tipo de banho pretendido. Os banheiros de hoje,
movidos pela ânsia de conforto e pela tecnologia, são
um interminável universo em expansão!
Fontes: empresas do setor
mETais E LOUÇas saNiTÁRias
127Anuário do design brAsileiro |
No banheiro projetado pelo arquiteto Roberto Mi-gotto, a presença do mármore piguês é marcante. O material reveste piso, paredes e está na banca-da. Os metais são Deca. Boxe de vidro e marce-naria laqueada de branco completam o ambiente
128 | Anuário do design brAsileiro
Lavatório Cinco, estendido, da Vallvé. Fabricado com resina, tem diversas opções de cores
A Deca tem acabamentos foscos em várias de suas linhas de metais e louças sanitárias. É o caso da torneira preta e da cuba marrom
129Anuário do design brAsileiro |
Chuveiro quadrado de embutir, com cromoterapia, da Altero. Além da função ducha, tem spray
Bacia Cubo, da Deca. Com linhas retas, está disponível com assentos de poliés-ter, nas cores branco-gelo e ébano
Chuveiro Deca Twin Spa. A intenção foi unir design e tecnologia. Possui opções de ducha e cascata, além de formato ultra-slim
130| Anuário do design brAsileiro
A linha Simetria foi desenvolvida pelo escritório Indio da Costa A.U.D.T. com exclusividade para a Fabrimar. De latão fundido, com acabamento superficial cromado, tem arejador embutido articulável
A cuba Drop, da Vallvé, tem desenho or-gânico, inspirado no movimento da água. De resina polida, com 48 opções de cores
Da Eternit, ducha manual da linha especial com barra deslizante, que permite regular a altura. Há cinco opções de jato de água
Da Altero, o modelo cascata tem borda iluminada com LEDs que mudam de cor. O objetivo é proporcionar bem estar por meio da função cromoterápica
Na linha Lumina, da Meber, o misturador tem sensor que mede a temperatura da água. A luz azul é para água fria e a vermelha, para quente. Já a mistura entre as duas temperaturas produz jato iluminado na cor violeta
Misturador Uno, da Meber. O design evo-ca o numeral cardinal “um”. A peça está disponível em três diferentes medidas
131Anuário do design brAsileiro |
132 | Anuário do design brAsileiro
Misturador Waterfall, da Lorenzetti. O vidro e o fácil manuseio, feito com joystick, são os destaques da peça
Linhas retas e cores marcam a Stillo Colors, da Docol. Tem arejador embutido, que pro-porciona conforto no jato, evita respingos na cuba e desperdício de água
A cuba Loft, da Incepa, pode ser de apoio ou de sobrepor. Aceita misturador de três furos, de apoio e de parede. Nas cores branco, biscuit e preto
133Anuário do design brAsileiro |
A linha LorenQuadra, da Lorenzetti, pode ser de mesa ou de parede. A ve-dação cerâmica ¼ de volta (MVC) aju-da a reduzir o consumo de água
A cuba Laguna, da Sabbia, é de sandstone (mistura de areia e resina) e tem desenho inspirado nas dunas. As in-clinações da peça são para facilitar o escoamento da água
e mais
De objetos do cotidiano, como cadeados ou ca-
pacetes de motociclistas, a equipamentos do
setor médico-hospitalar e de transporte, o de-
sign está cada vez mais presente nas empresas brasi-
leiras. E, com ele, a tecnologia anda lado a lado. Exem-
plos não faltam, em segmentos nos quais empresas
com expertise tecnológico vão ao encontro de escritó-
rios de design que ajudem a traduzir seu know how
em produtos inovadores.
Veja-se o universo dos equipamentos médicos
atuais. Neles, comandos antes analógicos hoje são
feitos por telas sensíveis ao toque. É possível ainda
ter um pequeno aparelho que monitora o coração 24
horas por dia e, à distância, aciona uma central mé-
dica em caso de problema cardíaco. Ou um posto de
triagem que ajuda a identificar mais rapidamente os
males de pacientes nos hospitais, reunindo em um só
equipamento exames diversos. E já temos, também,
um endoscópio produzido no Brasil. São equipamen-
tos que buscam atender ao mercado interno, mas tam-
bém têm em vista a exportação.
No dia a dia, o convívio com a tecnologia também se
dá, por exemplo, nos bancos, que usam a biometria nos
caixas eletrônicos ou em módulos especialmente dese-
nhados para cadastrar clientes. A biometria é utilizada
ainda em nosso sistema eleitoral e pode abrir ou fechar a
porta de nossas casas por meio de fechaduras high-tech.
E o que dizer do setor automotivo? Graças à atrati-
vidade do mercado doméstico e qualidade do parque
produtor, além da competência em engenharia auto-
motiva, o país abriga importantes centros de desenvol-
vimento em algumas das montadoras multinacionais
aqui instaladas. Há estruturas que representam inves-
timentos da ordem de centenas de milhões de dólares
em instalações, equipamentos e recursos humanos.
Estas não só adaptam projetos globais a serem produ-
zidos no país, mas desenvolvem produtos a partir do
mercado nacional que, por vezes, conquistam espaço
também no mercado externo.
Temos, ainda, novíssimos caminhões e ônibus ro-
doviários, que exploram os aspectos formais e tam-
bém de conforto, segurança e preocupação com o
meio ambiente. Mas não só os veículos que trafegam
nas cidades ou nas estradas apresentam novidades. A
população rural também vê a inclusão do design. Mo-
dernas máquinas pulverizadoras, que evocam “trans-
formers” de filmes de ficção, trafegam pelas planta-
ções guiadas por joystick, tela touch screen e GPS. Elas
borrifam água e insumos a uma velocidade e precisão
tais que deixam anacrônicos os jatos feitos por meio
de voos de avião. É o design encarado como serviço,
pela melhoria das condições de trabalho e de vida. Um
caminho que apresenta grandes oportunidades para o
designer e para a indústria.
Definitivamente, o munDo muDou e continuará em transformação aceleraDa. ao Design, aliaDo à tecnologia, cabe o Desafio De criar proDutos capazes De melhorar os paDrões Da viDa moDerna
Fontes: escritórios de design, montadoras e Centro Brasil Design
para tuDo, Design
134 | Anuário Do Design brAsileiro
A linha de produtos para utilização da biometria no banco Bradesco, chamada PALMSECURE, foi projetada pelo escritório Indio da Costa A.U.D.T., que empregou policarbonato e ABS injetados. A tecnologia reduz fraudes financeiras em transações eletrônicas bancárias com a leitura da palma da mão
135Anuário Do Design brAsileiro |
O capacete modular EBF E8, inje-tado em ABS, compõe-se de casco, viseira e queixeira. O motociclista pode utilizá-lo fechado, com a visei-ra aberta, ou com a queixeira ergui-da, dando a sensação de um capa-cete aberto. Projeto da Questto|Nó
O EcoSport, projeto da Ford brasileira, ganhou nova ver-são, desenvolvida para disputar o mercado global
Desenvolvido pelo Centro Estilo Fiat para a América Latina em parceria com o estúdio da marca na Itália, o Novo Uno aposta na personalização. Oferece kits de adesivos para a carroceria, além de diferentes op-ções de rodas de liga leve, por exemplo. O interior também pode ser customizado
O jipe 4 x 4 Stark, da TAC Motors, conta com engenharia que per-mite pôr ou tirar os para-lamas, por exemplo, de acordo com o tipo do terreno. Outro diferen-cial é a carroceria recoberta com uma composição de fibra de vi-dro e ABS. Projeto Questto|Nó
136 | Anuário Do Design brAsileiro
O retinógrafo Kiron, da Opto, é um equipamento de retinografia colorida para diagnóstico oftalmológico em alta definição. ABS injetado, painéis de alumínio e poliuretano expandido na área de contato do paciente com o equipamento foram os ma-teriais empregados pelo escritório Design Connection. Os controles são feitos por meio de uma tela de touch screen
O ônibus rodoviário Audace, da Marcopolo, foi desenvol-vido pela área de design da empresa. Seu exterior é futu-rista, com para-brisa e vidros colados, que ampliam a visi-bilidade para os passageiros e o motorista. O conjunto óptico tem LEDs nas luzes de direção e de posição, além de faróis de neblina opcionais. O interior oferece mais confor-to aos usuários
137Anuário Do Design brAsileiro |
Voltado à agricultura de precisão, o pulverizador Uniport 3030, da Jacto, tem desenho inspirado em um besouro. Com tração 4 x 4 e motor trasei-ro, tem joystick em vez de volante, além de tela de touch screen e GPS. Projeto Design Inverso
O compacto Trius, da Tolife Produtos Médicos, é um posto de triagem de pa-cientes, que tem medidores integrados para a leitura automática de dados de glicosímetro, oxímetro, termômetro de tímpano e medidor de pressão. Design Dalvino Lapa Netto, da Proton Design
O monitor cardíaco Nexcor, da Corcam, parece um smartfone. Graças a uma placa inteligente, o usuário fica monitorado 24 horas a uma central médica da empresa. Ele detecta à distância problemas do co-ração, que passa por eletrocardiogramas. Design Chelles & Hayashi
Slim e com 4 cm de diâmetro, o cadea-do Node é feito de liga metálica zamac. Possui haste de aço flexível, que pode ser esticada ou dobrada de diferentes maneiras. Tem ainda segredo definido pelo usuário. Criação do escritório VRD Research/Brasil para Papaiz
138 | Anuário Do Design brAsileiro
No sistema de endoscópio Scopecare, da MM Optics, um único gabinete comporta o processador de imagens e a fonte de luz. Os comandos são feitos em um teclado de membrana tátil, em que o acionamento das funções é in-dicado por LEDs. Projeto do Design Connection
Para a Agrale, o escritório Questto|Nó desenvolveu uma nova família de cami-nhões. Entre as principais características do projeto está o conceito de cabine única tanto para o mode-lo leve (6 t) quanto para o médio (15 t). Sua constru-ção tem painéis indepen-dentes e interligados, de RTM e termoplásticos
Eagle Digital, da Dabi Atlan-te, é um equipamento odon-tológico que possibilita a obtenção de raio X panorâ-mico de forma digital, sem filmes. Um misto de linhas retas e orgânicas distri-buem-se nas partes feitas de alumínio, polímero e aço carbono. Projeto Tec Design
139Anuário Do Design brAsileiro |
O substantivo matéria-prima traz em si a ideia
“do que vem primeiro” – e é a partir dela
que hoje nasce o design. Para além do for-
malismo, com peças que podem ter curvas orgânicas
ou serem retilíneas, cabe aos designers pesquisar e
conhecer o material com o qual irão trabalhar. E é este
conhecimento que lhes permitirá definir o ponto de
partida – e o partido – de seu projeto. Foi-se o tempo
em que o designer iniciava seu projeto pelos aspectos
formais para chegar a um resultado. Estes são, na lógi-
ca contemporânea, o resultado de uma série de fato-
res, que vão da escolha do material, aos critérios eco,
os quais incluem redução de matéria-prima, descarte
ou durabilidade, necessidade e utilidade.
A partir do momento em que sabemos que o de-
sign é capaz de solucionar problemas, visando a me-
lhoria de nossa qualidade de vida, e que é o material
que define a forma, o importante é respeitá-lo. Estar
atento à sua natureza e especificidades. E, antes de
mais nada, avaliar: a matéria-prima escolhida atende
às expectativas do projeto?
Para riqueza de nosso universo material surgiu,
em 1909, a era do plástico com o baquelite, uma
resina sintética criada por Leo Baekeland. Mais de
100 anos depois, temos um enorme repertório de
materiais artificiais capazes de atender a qualquer
sonho projetual. Policarbonatos, metacrilatos, poli-
propilenos, poliamidas, entre outras resinas que não
cessam de se modificar e crescer.
Também é enorme no Brasil o repertório das ma-
térias-primas naturais. Para citar algumas, há a borra-
cha vulcanizada ou não, o couro, o barro, as fibras, o
“isopor” produzido a partir do bagaço de mandioca...
No quesito híbridos, podemos citar os laminados e
os aglomerados de madeira (estes com acabamen-
tos diferenciados), as chapas feitas com descarte das
embalagens “longa vida” ou superfícies que mesclam
resina acrílica e minerais naturais.
“Quanto menos, melhor” é uma premissa a ser
seguida, tendo em vista a bandeira da sustentabili-
dade e da preocupação com o meio ambiente. Dito
isto, não nos esqueçamos que a beleza é também
fundamental, mesmo aquela não harmoniosa, que já
foi chamada de feiura.
A diretora de criação da empresa Herman Miller,
Susan Lyon, sintetiza, em cinco características funda-
mentais, o que um material deve evocar: possibilida-
de, honestidade, economia, utilidade e prazer.
é deles que surge o designMateriais de qualquer origeM ou características: eles hoje deterMinaM a forMa dos objetos. naturais, híbridos ou artificiais, da Madeira aos plásticos, constitueM uM vasto universo à disposição dos designers
materiais
Fonte: acervo Arc Design
140| AnuáriO dO design brAsileirO
Originário dos resíduos da indústria pesqueira do Amazonas, o couro de pescada beneficiado pode ter tingimento natural. É oferecido na for-ma do peixe ou em chapas costuradas artesa-nalmente. Da Couro D’Água Amazônia
Centro de reFerênCia
Quem deseja pesquisar materiais inovado-res e de bem com a natureza encontra boas sugestões no site MateriaBrasil (www.ma-teriabrasil.com), que exibe um acervo de materiais menos impactantes, produzidos prioritariamente no Brasil.O objetivo é apresentar opções responsá-veis aos profissionais de pesquisa e desen-volvimento, com foco em inovação. A “materioteca” já conta com mais de 100 propostas – como o couro de pescada que ilustra esta página – e está em contínua ampliação. A iniciativa é resultado de uma parceria do escritório Fibra Design com a empresa sistema Ambiental.
Bambu laminado e colado com cola biode-gradável compõe o Boocase, case para iPho-ne. Sua produção mistura processos mecâni-cos e artesanais. Projeto da Casco e desen-volvimento da Fibra Design
Fibra Design e Henrique Monnerat assinam o skate Fo-lha Seca. É feito de BIOPlac, um compósito sustentável e não madeireiro formado por sete camadas de bambu e pupunha, intercaladas com trama de linho e coladas com adesivo vegetal
VegPlac é composto de fibras vegetais e resina biodegradável à base de óleo de mamona. Trata--se de uma mistura de fibras de pupunha des-cartadas durante corte do palmito com outras variadas. Da Kaapora
Policog é uma madeira plástica que substitui a convencional. Com-posta por resíduos de plásticos moídos e hi-gienizados, pode ser usada na fabricação de bancos, marinas, deques, móveis, esca-das e pisos. Segundo o fabricante, a principal vantagem é a resis-tência a intempéries e custo menor de manu-tenção. Da Cogumelo
142 | AnuáriO dO design brAsileirO
143AnuáriO dO design brAsileirO |
Ultra Clear é um vidro com baixos teores de ferro em sua composição, o que lhe garan-te maior transparência. Pode ser usado em interiores ou em móveis planos e curvos – caso da poltrona Tarrafa, design Ilse Lang. Da Guardian
Bagaço de mandioca termoformada é a matéria--prima destas bioembalagens. São biodegradáveis e compostáveis. Podem ser utilizadas para alimen-tação animal no pós-uso. Da Desígnio Ecodesign
O Plástico Verde compõe--se de resina termoplástica feita a partir do eteno ob-tido do etanol da cana-de--açúcar. Suas propriedades são idênticas às do polieti-leno convencional, uma re-sina versátil. A vantagem é ser proveniente de fontes renováveis. Da Braskem
144 | AnuáriO dO design brAsileirO
Material termoplástico bastante empregado por conta de sua maleabilidade e resistência, o acrílico pode ser reci-clado. O resultado são chapas com até 70% de matéria--prima reciclada. Da Uniplex
Material sólido, não poroso e que apresenta homogeneidade, o Co-rian® é composto de cerca de um terço de resina acrílica e dois ter-ços de minerais naturais. Sua apli-cação é variada. Esta versão do ma-terial, chamada Illumination Series, tem efeito translúcido. Da Dupont
Transparente, a resina de policarbonato LEXAN™ tem pro-priedades mecânicas e térmicas, além de ser resistente a impactos. Também pode ter cores personalizadas. Sua aplicação se dá nas áreas de bens de consumo, construção civil e automotiva. Da Sabic
O vidro reciclado da União Brasileira de Vidros – UBV usa de 30% a 50% de matéria-prima recicla-da. Esta vem de empresas de reciclagem de vidros, que têm o suporte de cooperativas de coleta. Apli-cado na construção civil, em móveis e utensílios.
Condutor de eletricidade, Magira Light Points é um vidro laminado com LEDs em seu Interior que podem ser de quatro cores. Para o efeito luminoso, deve estar conectado à rede elétrica. Tem diversas aplicações, como design de interiores e mobiliário. Da Schott
145AnuáriO dO design brAsileirO |
De aço ou alumínio, as re-sistentes chapas perfuradas podem ser aplicadas em di-ferentes tipos de projetos, como em móveis ou objetos. Com várias medidas, têm acabamento galvanizado ou pintado. Da Permetal
O Silestone by Cosentino (acima, à esq.) tem 94% de quartzo natural, o que lhe dá resistência, e proteção antibacteriana. É usado em bancadas de cozinha, banheiros, pisos e paredes. Há 60 cores e três acabamen-tos. Já o Eco by Cosentino (acima, à dir.) compõe-se de 75% de materiais reciclados, como espelho, vidro e porcelana; os outros 25% são restos de pedras naturais. Disponível em 10 cores
146 | AnuáriO dO design brAsileirO
147AnuáriO dO design brAsileirO |
O MaDeFibra BP é um painel de madeira de média densidade, re-vestido com uma ou duas faces de laminado melamínico de baixa pressão. É usado em mobiliário e revestimentos. Há várias opções de acabamento, todas com pro-teção antibacteriana. Da Duratex
Masisa Melamina é um painel de MDF revestido, em uma ou duas faces, com películas decorativas impregnadas com resinas melamínicas. O material impede o desenvolvimento de micro-organismos. Disponível em diversos padrões, como o Malbec Amaro, Malbec Cassis e Trama (acima, da esq. para a dir.), é empregado em móveis. Da Masisa
148 | Anuário do design brAsileiro
ConCursos e prêmios são instrumentos importantes para promover a Cultura do design entre empresários, profissionais e o merCado Consumidor
em geral. Confira a seguir alguns dos prinCipais eventos realizados no país
inCentivo ao talento naCional
prêmios e concursos
PRÊMIOSAuditions BrAsil / BienAl,
desde 2002 – ProfissionAis e estudAntes
É o maior concurso de design de joias de ouro do mun-
do. Realizado no Brasil, na China, Índia, nos Emirados
Árabes e na África do Sul, um de seus objetivos é esti-
mular a inovação do design no setor, por meio do uso
de novas tecnologias. Ainda permite a projeção do
país no exterior como potencial fornecedor de capaci-
dade técnica. www.auditionsbrasil.com.br
Prêmio ABilux design de lumináriAs /
BienAl, desde 2001 – indústriA e ProfissionAis
Criado pela Associação Brasileira da Indústria de
Iluminação (Abilux), tem como alvo promover o se-
tor de iluminação com premiação e divulgação das
empresas cujos produtos industrializados caracte-
rizem-se por trazer soluções criativas e eficientes.
www.abilux.com.br
Prêmio ABre dA emBAlAgem BrAsileirA / AnuAl,
desde 1990 – indústriA, ProfissionAis
e estudAntes
Seu alvo é eleger as embalagens que se destacam pela
qualidade, tecnologia, design, funcionalidade e inova-
ção. www.premioabre.org.br
Prêmio AlcoA de inovAção em Alumínio / AnuAl,
desde 2002 – ProfissionAis e estudAntes
Tem por objetivo incentivar soluções criativas e ino-
vadoras em novos produtos, ou novas aplicações em
alumínio, que possam ser desenvolvidos em escala co-
mercial. Tema livre. www.alcoa.com/brazil
Prêmio Bornancini / Bienal,
desde 2006 – ProfissionAis e estudAntes
Organizado pela Associação dos Profissionais em
Design do Rio Grande do Sul, é orientado para a va-
lorização do design gaúcho em geral. Suas categorias
são: Gráfico, Digital, PDV, Joias, Embalagem, Interiores
e Produto. www.apdesign.com.br
Prêmio frAncAl toP de estilismo / AnuAl, desde
1995 – ProfissionAis e estudAntes
Criado pela Francal Feiras, visa revelar novos criadores
para a indústria nacional de calçados e acessórios, qua-
lificar o segmento e elevar a competitividade do Brasil
no setor. www.francaltopdeestilismo.com.br
Prêmio iBgm de design / BienAl, desde
1990 – indústriA, ProfissionAis e estudAntes
É um instrumento de incentivo e avaliação de novos ta-
lentos, promovendo trabalhos dos expoentes do design
de joias no Brasil. A intenção do prêmio é promover o
desenvolvimento de uma marca Brasil. www.ibgm.com.br
149Anuário do design brAsileiro |
Prêmio idea Brasil / anual, desde
2008 – ProfissionAis e estudAntes
Organizado pela Associação Objeto Brasil, é a se-
ção brasileira do IDEA Awards. Orientado para a va-
lorização do design brasileiro, tem premiação para
categorias como: Pesquisa, Design de Serviço, Es-
tratégia de Design, Comunicação, Entretenimento,
Ambientes, Casa, Design de Interface, Médicos &
Científicos, Embalagens, Acessórios Pessoais, Estu-
dantes, Transportes, Joias e outras.
www.ideabrasil.com.br/site
Prêmio nAcionAl de inovAção (Antigo Prêmio
cni) / AnuAl, desde 2005 – indústriA
Visa reconhecer as empresas brasileiras que investem
em sistemas e técnicas voltadas ao aprimoramento da
gestão da inovação e na implementação de projetos
inovadores. www.premiodeinovacao.com.br
Prêmio oBjeto BrAsileiro / BienAl,
desde 2008 – ProfissionAis e estudAntes
Promovido por A CASA – Museu do Objeto Brasileiro,
visa destacar e premiar o melhor da produção arte-
sanal contemporânea no Brasil. As inscrições podem
ser feitas nas categorias: Produção Autoral, Produ-
ção Coletiva, Ação Socioambiental e Novos Projetos.
www.premio.acasa.org.br
Prêmio seBrAe minAs design / BienAl,
desde 2008 – ProfissionAis e estudAntes
A finalidade é estimular as micro e pequenas em-
presas a adotar o design como diferencial compe-
titivo. O concurso premia iniciativas que contribu-
am para a redução de custos, a potencialização de
processos produtivos e o uso eficaz de recursos.
www.premiosebraeminasdesign.com.br
Prêmio toP xxi design BrAsil / AnuAl
desde 2007 – indústriA e ProfissionAis
Promovido pela revista Arc Design, reconhece produ-
tos de criação e/ou fabricação nacional e os destaques
do ano entre profissionais, novos talentos e empresas.
Premia várias categorias de produto e outras como
Inovação, Sustentabilidade, Conceitos e Branding.
www.arcdesign.com.br/top21
150| Anuário do design brAsileiro
Prêmio e concurso House & gift de
design / anual, desde 1999 – indústriA,
ProfissionAis e estudAntes
Premiação realizada pela feira de mesmo nome com
foco no design brasileiro para o segmento de utili-
dades domésticas. Suas categorias são: Gadgets Do-
mésticos, Eletrodomésticos, Iluminação, Mobiliário,
PDV, Têxteis e Utilidades Domésticas.
www.grafitefeiras.com.br
Prêmio e concurso museu dA cAsA BrAsileirA
(mcB) / anual, desde 1986 – indústriA, Profissio-
nAis e estudAntes
A realização é do museu homônimo, com o patrocínio
da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Esta-
do de São Paulo. Inicialmente focado nos equipamentos
para o hábitat, atualmente volta-se para a valorização do
design brasileiro em geral. Suas categorias são: Mobiliá-
rio, Utensílios, Iluminação, Têxteis, Equipamentos Eletro-
eletrônicos, Equipamentos de Construção, Equipamentos
de Transporte, Trabalhos Escritos Publicados. São avalia-
dos produtos e protótipos. www.mcb.sp.gov.br
COnCuRSOSconcurso de cArtAz museu dA cAsA BrAsileirA
(mcB) / anual, desde 1995 – ProfissionAis
e estudAntes
Por meio deste concurso é escolhido o cartaz para a
promoção de cada edição do Prêmio Museu da Casa
Brasileira (MCB), juntamente com sua identidade visual.
www.mcb.sp.gov.br
concurso design estudAntes mAsisA / AnuAl,
desde 2007 – estudAntes
Aberto a profissionais recém-formados e estudantes
do terceiro grau dos cursos de arquitetura, design e
áreas afins. Dentro do tema/desafio proposto a cada
edição, os projetos apresentados devem empregar
como matéria-prima painéis de MDF ou MDP produzi-
dos pela Masisa. www.masisa.com.br
concurso salão design / anual, desde
1989 – indústriA, ProfissionAis e estudAntes
Realização do Sindmóveis, de Bento Gonçalves (RS),
o evento é paralelo às feiras Movelsul e Casa Brasil.
Trata-se do maior concurso de design de mobiliário da
América Latina. Nas últimas edições, o concurso foi as-
sociado a um tema de projeto específico.
www.sindmoveis.com.br
concurso tAlento volkswAgen design / AnuAl,
desde 1998 – estudAntes
A cada ano propõe desafios/temas a serem desenvol-
vidos pelos participantes inscritos, em duas categorias:
Color&Trim e Shape. www.vwbr.com.br/talento2012
concurso universitário tok&stok / anual,
desde 2006 – estudAntes
A rede de lojas procura, por meio dessa iniciativa,
estimular os estudantes brasileiros a praticarem o
design de mobiliário. O concurso é pautado por um
tema de projeto específico a cada edição.
www.tokstok.com.br
152 | Anuário do design brAsileiro
Adélia Borges www.adeliaborges.com
Agrale(54) 3238-8000Caxias do Sul (RS)www.agrale.com.br
Alfio Lisi (19) 3571-6255 Leme (SP)www.alfiolisi.com.br
Alice Floriano(51) 9739-9789Porto Alegre (RS)www.alicefloriano.com
Allê Design (54) 2105-5929 Bento Gonçalves (RS)www.alledesign.com.br
A Lot Of(11) 3068-8891São Paulo (SP)www.alotof.com.br
Altero(51) 3559-1000 Sapiranga (RS)www.altero.com.br
André Lobo(21) 2537-9790Rio de Janeiro (RJ)www.indiodacosta.com
André Poppovic(11) 3024-2670São Paulo (SP) www.ozdesign.com.br
Anfacer(11) 3289-7555São Paulo (SP)www.anfacer.org.br
Antonio Bernardo0800-021-7045www.antoniobernardo.com.br
Arquivo Contempo-râneo(21) 2227-9120Rio de Janeiro (RJ)www.arquivocontempo-raneo.com.br
Elisabeth Fonseca(22) 2523 9329Nova Friburgo (RJ)www.gilbertoeelizabe-th.com.br
EM2 Design (21) 2259-3720Rio de Janeiro (RJ)www.em2design.com.br
Enrico [email protected]
Estudiobola(11) 3129-8257São Paulo (SP)www.estudiobola.com
Estúdio Jacqueline Terpins(11) 3872-4497São Paulo (SP)www.terpins.com
Eternit0800-021-1709www.eternit.com.br
Eucatex0800-17-2100www.eucatex.com.br Evviva Bertolini(54) 2102-8500Bento Gonçalves (RS)www.evviva.com.br
Fabrimar(11) 5097-9777São Paulo (SP)www.fabrimar.com.br
Falmec(11) 3083-7055São Paulo (SP)www.falmec.com.br
Faro Design(51) 3333-1715Porto Alegre (RS)www.farodesign.com.br
Felipe Rangel(21) 2537-9790Rio de Janeiro (RJ)www.indiodacosta.com
Fernando e Humberto Campana(11) 3825-3408São Paulo (SP)www.campanas.com.br
como encontrar
Auresnede Pires [email protected]
Baba Vacaro(11) 3021-5646São Paulo (SP)www.babavacaro.com
Bernardo Senna(21) 9753-7938Rio de Janeiro (RJ)bernardosenna.com
Bertolucci(11) 3873-2879São Paulo (SP)www.bertolucci.com.br
Bertussi Design(51) 3086-0026 Porto Alegre (RS)www.bertussidesign.com.br
Bontempo(54) 3291-8300São Marcos (RS)www.bontempo.com.br
Bradesco0800-704-8383www.bradesco.com.br
Brasigran(27) 2124-4700Serra (ES)www.brasigran.com.br
Braskem(11) 3576-9000São Paulo (SP)www.braskem.com.br
Brastemp(11) 3003-0099São Paulo (SP)www.brastemp.com.br
Brunno Jahara(11) 2768- 8232São Paulo (SP)www.brunnojahara.com
Butzke(47) 3312-4000Timbó (SC)www.butzke.com.br
Carlos Motta(11) 3032-4127 e 3815-9228 São Paulo (SP)www.carlosmotta.com.br
Cascocascoobjetos.com.br
Castelatto(11) 4416-6909Atibaia (SP)www.castelatto.com.br
Centro Design Paraná(41) 3018-7332 Curitiba (PR) www.centrodesign.org.br
Cerâmica Atlas(19) 3673-9600Tambaú (SP)www.ceratlas.com.br
Ceusa(48) 3441-2000Urussanga (SC)www.ceusa.com.br
Chelles & Hayashi(11) 5573-3470São Paulo (SP)www.design.ind.br
Chilli Beans(11) 3818-3030São Paulo (SP)loja.chillibeans.com.br
Ciao Mao(11) 3819-1768São Paulo (SP)www.ciaomao.com
Claudia Moreira Salles(11) 3167-6173São Paulo (SP)www.claudiamoreirasal-les.com
Claudio Novaes(11) 3081-0955São Paulo (SP)www.claudionovaes.com.br
Cogumelo(21) 3408-9000Rio de Janeiro (RJ)www.cogumelo.com.br
Coletivo Amor de Madre (11) 3061-9384São Paulo (SP)www.coletivoamorde-madre.com
Colormix(11) 3049-1947 São Paulo (SP)www.colormix.com.br
Conceito Firma Casa(11) 3068-0380 São Paulo (SP) www.conceitofirmacasa.com.br
Consul(11) 3003-0777São Paulo (SP)www.consul.com.br
Corcam(11) 3294-7667 São Paulo (SP)www.corcam.com.br
Couro D’Água Ama-zônia(92) 9982-8223Manaus (AM)www.courodaguaama-zonia. com.br
Coza(54) 2101-5600 Caxias do Sul (RS) www.coza.com.br
Cyntia [email protected]
Dabi Atlante(16) 3512-1212Ribeirão Preto (SP)www.dabiatlante.com.br
Deca0800-011-7073www.deca.com.br
Dell Anno(54) 3455-4444Bento Gonçalves (RS)www.dellanno.com.br
Desenho Design (81) 3326-4264Recife (PE)www.desenhodesign.com.br
Design Connection(11) 4337-1228São Bernardo do Cam-po (SP)www.designconnection.com.br
Design Inverso(47) 3028-7767Joinville (SC)www.designinverso.com.br
Desígnio Ecodesign(14) 3882-1130Botucatu (SP)www.designioecode-sign.com.br
Docol0800-474-333www.docol.com.br
Dominici(11) 3087-7788 São Paulo (SP)www.dominici.com.br
Domingos Tótora(35) 3662-1328Maria da Fé (MG)www.domingostotora.com.br
Dpot(11) 3082-9513São Paulo (SP)www.dpot.com.br
DuPont0800-17-1715www2.dupont.com/Brazil_Country_Site/pt_BR/
Duratex(11) 3179-7733São Paulo (SP)www.duratex.com.br
EBF Helmets(19) 3825-4460 Indaiatuba (SP)www.ebfcapacetes.com.br
Eduardo Baroni(21) 2204-0330Rio de Janeiro (RJ)www.eduardobaroni.com
Eletrolux0800-728-8778www.electrolux.com.br
Eliane(48) 3447-7777 Cocal do Sul (SC)www.eliane.com
153Anuário do design brAsileiro |
Fernando Prado(11) 5522-1988São Paulo (SP)www.lumini.com.br
Fetiche Design(41) 3024-5518 Curitiba (PR) www.fetiche.com.br
Fiat0800-282-1001www.fiat.com.br
Fibra Design(21) 2233-3126Rio de Janeiro (RJ)fibradesign.net
Finish(21) 2429-8196 Rio de Janeiro (RJ)www.finish-br.com.br
Flávia Pagotti Silva (11) 3773-7337 São Paulo, SP www.flaviapagottisilva.com
Flávia Rocha Faria(31) 8471-5778Casa Branca (MG)[email protected]
Flexiv(11) 3068-0068 São Paulo (SP) www.flexiv.com.br
Florense0800-970-0053www.florense.com.br
Ford0800-703-3673www.ford.com.br
Futon Company(11) 3083-6212São Paulo (SP)www.futon-company.com.br Galeria das Lonas(11) 5549-8311São Paulo (SP)www.galeriadaslonas.com.br
Gail(11) 2423-2600Guarulhos (SP)www.gail.com.br
Galeria das Lonas(11) 5549-8311São Paulo (SP)www.galeriadaslonas.com.br
GE0800-11-5151www.geeletrodomes-ticos.com.br
Gilberto Paim(22) 2523 9329Nova Friburgo (RJ)www.gilbertoeeliza-beth.com.br
Giroflex Forma 0800-55-2468www.giroflexforma.com.br
Guardian(11) 5505-6659São Paulo (SP)www.guardianbrasil.com.br
Guinter Parschalk(11) 3872-9919 São Paulo (SP)www.studioix.com.br
Guto Índio da Costa (21) 2537-9790 Rio de Janeiro (RJ) www.indiodacosta.com
Guto Requena (11) 2528-1700 São Paulo (SP)www.gutorequena.com.br
Gyotoku(11) 4746-5010Suzano (SP)www.gyotoku.com.br
Havaianas(11) 3003-3414São Paulo (SP)loja.havaianas.com.br
Henrique Monneratwww.henriquemon-nerat.com
H.Stern(11) 2106-0001São Paulo (SP)www.hstern.com.br
Ilse Lang(51) 3333-1715Porto Alegre (RS)www.farodesign.com.br
Iluminar(31) 3284-0000Belo Horizonte (MG)www.iluminar.com.br
Imaginarium(48) 3205-6410São José (SC)loja.imaginarium.com.br
Incepa0800-701-1510www.incepa.com.br
Indusparquet(15) 3285-5000Tietê (SP)www.indusparquet.com.br
Instituto-Ewww.institutoe.org.br
Instituto Harmonia na Terra(11) 97621-9710Cotia (SP)www.harmonianaterra.org.br
Isabela Vecci (31) 3337-1715Belo Horizonte (MG)www.veccilansky.com.br
Jacto(14) 3405-2100Pompeia (SP)www.jacto.com.br
Jader Almeida (48) 8452-6457Florianópolis (SC)www.jaderalmeida.com
José Marton(11) 2666-5555São Paulo (SP)www.martonemarton.com.br
Kaapora [email protected]
Kitchens0800-11-4142www.kitchens.com.br/
La Lampe(11) 3069-3949 São Paulo (SP) www.lalampe.com.br
Lanzi(19) 3891-9800Mogi Guaçu (SP) www.lanzi.com
Lattoog Design(21) 2512-6182 Rio de Janeiro (RJ) www.lattoog.com
Lorenzetti0800-016-0211www.lorenzetti.com.br
Luciana Martins e Gerson de Oliveira(11) 3045-0309São Paulo (SP)www.ovo.art.br
Luiz Pedrazzi(11) 3331-3185 São Paulo (SP)www.pedrazzidesign.com.br
Lumini(11) 3898-0222São Paulo (SP)www.lumini.com.br
Iluminar(31) 3284-0000Belo Horizonte (MG)www.iluminar.com.br
Maithiá Guedes(11) 3079-1294São Paulo (SP)www.maithiaguedes.com.br
Mana Bernardes (21) 8181-5652 Rio de Janeiro (RJ) www.manabernardes.com.br
Marcelo Lobo Barroca(21) 9992-3226Rio de Janeiro (RJ)
Marcelo Rosenbaum(11) 3082-6383São Paulo (SP)www.rosenbaum.com.br
Marcenaria Artífice(19) 3555-3222Leme (SP) Marcopolo(54) 2101-4000Caxias do Sul (RS)www.marcopolo.com.br
Marcos Roismann e Poliana Feliconio(11) 2533-1800São Paulo (SP)www.theledproject.com.br
Mari Ani Oglouyan(11) 3877-0466São Paulo (SP)www.ogas.com.br
Marko Brajovic(11) 2371-9206São Paulo (SP)www.markobrajovic.com
Marton + Marton(11) 2666-5555São Paulo (SP)www.martonemarton.com.br
Masisa (41) 3219-1850 Curitiba (PR) www.masisa.com
Maurício Arruda(11) 3159-0396São Paulo (SP)mauricioarruda.net
Meber(54) 3055-2225Bento Gonçalves (RS)www.meber.com.br
Melissa0800-979-8898www.lojamelissa.com.br
Miriam Mirna Korolko-vas(11) 9947-2177São Paulo (SP)www.mmkorolkovas.com.br
MM Optics(16) 3411-5060São Carlos (SP)www.mmo.com.br
Mosaik(31) 3264-6075Belo Horizonte (MG)www.mozaik.com.br
Mosarte(48) 3345-3000Tijucas (SC)www.mosarte.com.br
Moshe Gorban e Eduar-do Dutra(11) 3729-7989São Paulo (SP) www.ledtecbrasil.com
Nada se leva(11) 8155-0003 e 9345-4604São Paulo (SP)www.nadaseleva.com.br
Neobambu(11) 5565-9029São Paulo (SP)www.neobambu.eco.br
Nido Campolongo(11) 3667-4083São Paulo (SP)www.nidocampolongo.com.br
Oca Brasil(11) 3031-4589São Paulo (SP)www.oca-brasil.com
Opto(11) 2101-0500São Paulo (SP)www.opto.com.br
Ornare(11) 4615-4244São Paulo (SP)www.ornare.com.br
Osklen www.osklen.com.br
<OU>(54) 2101-9090Caxias do Sul (RS)www.ou.com.br
Palimanan(11) 3064-0617São Paulo (SP)www.palimanan.com.br
Papaiz(11) 4093-5100Diadema (SP)www.papaiz.com.br
154 | Anuário do design brAsileiro
Paulo Mendes da Rocha (11) 3259-3175 São Paulo (SP)
Pedro Braga DesignTel. (21) 8842-5955 Rio de Janeiro (RJ) www.fb.com/pedrobra-gadesign
Pedro Lourençowww.pedrolourenco.com
Permetal(11) 2823-9200Guarulhos (SP)www.permetal.com.br
Pertech0800-773-9600www.pertech.com.br
Portinari0800-701-7801www.ceramicaportinari.com.br
Portobello0800-648-2002www.portobello.com.br
Proton Design(11) 2231-3161São Paulo (SP)www.protondesign.com.br
Punch(21) 2233-5061 Rio de Janeiro (RJ) www.punchdesign.com.br
Questto/Nó(11) 3875-5552São Paulo (SP)www.questtono.com
Quadrante Design(98) 4009-7810São Luís (MA)www.quadrantedesign.com.br
Regis Padilha(54) 3286-6241Gramado (RS)www.regispadilha.com.br
Renata Rubim(51) 3330-3571Porto Alegre (RS)www.renatarubim.com.br
Renata Meirelles(11) 3032-0077São Paulo (SP)www.renatameirelles.net
Renato Imbroisi(11) 8221-8992 São Paulo (SP) www.renatoimbroisi.com.br
Resinfloor(11) 3822-0858São Paulo (SP)www.resinfloor.com.br
Riva0800-606-1600www.riva.com.br
Roberto Migotto(11) 2344-4490São Paulo (SP)www.robertomigotto.com.br
Rosa Steiner(11) 98456-9824São Paulo (SP)
Rubens Simões(54) 3227-1200Caxias do Sul (RS)www.riva.com.br
Ruth Fingerhut(48) 3211-8133Florianópolis (SC)[email protected]
Sabic(11) 3781-1000Campinas (SP)www.sabic-ip.com.br
Sabbia(48) 3263-7070Tijucas (SC)www.sabbia.com.br
Saccaro0800-541-1199www.saccaro.com.br
S.C.A.(54) 2102-2200Bento Gonçalves (RS)site.sca.com.br
SCHOTT(11) 4591-0288Itupeva (SP)www.schott.com/brazil
Schuster Móveis & Design(55) 3541-1399Santo Cristo (RS)www.moveis-schuster.com.br
Securit(11) 2088-7044Guarulhos (SP)www.securit.com.br
Segatto(11) 3088-6924São Paulo (SP)www.segatto.com.br
Seivarte46) 3262-3786Palmas (PR)seivarte.com.br
Serpui Marie(11) 3873-3095São Paulo (SP)www.serpuimarie.com.br
Sergio Rodrigues(21) 2539-0393 Rio de Janeiro (RJ) www.sergiorodrigues.com.br
Silestone by Cosentino(27) 3348-8366Serra (ES)www.silestone.com/br
Sistema Ambiental(11) 3263-0834São Paulo (SP)www.sistemambiental.com.br
Solarium0800-774-4747www.solariumrevesti-mentos.com.br
St. James(11) 2955-5344 São Paulo (SP) www.saintjames.com.br
Studio HAZ(11) 3266-5756São Paulo (SP)www.hazdesign.com.br
Studio Marmo(19) 3545-2453Santa Gertrudes (SP)www.studiomarmo.com.br
TAC Motors(47) 3027-8150Joinville (SC)www.tacmotors.com.br
Tarkett Fademac0800-119-122www.tarkett.com.br
Tec Design(41) 3352-0234Curitiba (PR)www.tecdesign.com.br
Thiago [email protected]
Tina e Lui Design(51) 3237-2353Porto Alegre (RS) www.historiasnagara-gem.com.br
Todeschini0800-979-0210www.todeschinisa.com.br
Tok&Stok0800-701-0161www.tokstok.com.br
Tolife(31) 2512-2600Belo Horizonte (MG)www.tolife.com.br
Tramontina(54) 3461-8000Carlos Barbosa (RS)www.tramontina.com.br
Tuboar(11) 5562-5060São Paulo (SP)www.tuboar.com.br
União Brasileira de Vidros – UBV(11) 2164-7000 São Paulo (SP)www.vidrosubv.com.br
Uniplex(18) 3652-1079Penápolis (SP)www.uniplex.com.br
Vallvé(11) 3060-2442São Paulo (SP)www.vallve.com.br
Via Rosa(19) 3429-7000Piracicaba (SP)www.viarosa.com.br
Vidrotil0800-119-971www.vidrotil.com.br
Villagres(19) 3545-9000Santa Gertrudes (SP)www.lojavillagres.com.br
Vimoso(21) 3654-3655Rio de Janeiro (RJ)www.vimoso.com.br
Wagner Arquelawww.wagnerarchela.com.br
Wall Lamps(11) 3064-8395São Paulo (SP)www.wallamps.com.br
Zanini de Zanine(21) 2233-5061 Rio de Janeiro (RJ) www.studiozanini.com.br
155Anuário do design brAsileiro |
o Índex Designers do Brasil visa contribuir para aproximação entre os profissionais e as indústrias.
nesta primeira edição, nosso foco está, prioritariamente, nos escritórios que atuam na criação e desenvolvimento de produ-tos. a área de atuação dos escritórios divulgados, assim como todas as demais informações, foram fornecidas diretamente por estes e acatadas para efeito de publicação neste anuário.
a participação é gratuita e o convite aos escritórios de design foi divulgado pelos canais de comunicação dos realizadores e de seus parceiros.
nas próximas edições, iremos incluir outras áreas de atuação do design e ampliar o universo de escritórios participantes.
Para garantir maior facilidade de acesso e visibilidade, o mate-rial também está disponível em versão digital pela internet, no site dos realizadores.
a produção do Index Designers do Brasil é uma co-realização da revista Arc Design e do centro Brasil Design.
designersdo Brasil
www.arcdesign.com.br/indexdesigners
www.arcdesign.com.br www.cbd.org.br
160| Anuário do design brAsileiro
Overbrand Design Ano de fundação: 2006 Contatos: Mário Bestetti Tel. (71) 3359-9852, Salvador, BA
www.overbranddesign.com.br [email protected]
Empresa de consultoria de design e gestão especializada em design estratégico, que associa cultura, tecnologia, planejamento e pesquisa de materiais. Principais clientes: Sebrae-BA, Sebrae-MS, Petrobras-SE,
Instituto Aliança, IBENS, CAR, Sescap-BA, UFRB, FEA-UFBa, Cooperafis, Linearc Prime e Senai-BA.
Quadrante Design Ano de fundação: 1992 Contatos: José Antonio Ramos Júnior
e João Rocha Raposo Tel. (98) 4009-7810, São Luís, MA www.quadrantedesign.com.br [email protected]
Atua nas áreas de design gráfico, identidade visual, gestão e estratégia de marcas, design de embalagens e de produtos. Principais clientes: Vale, Potiguar Home Center, Terrazoo
e Supermercados Maciel.
CUCAMPRE Ano de fundação: 2009 Contatos: Olavo Machado Neto Tel. (11) 3020-6813 www.cucampre.com [email protected]
Desenvolve produtos para clientes do setor moveleiro, metalúrgico e elétrico.
Claudia Araujo Tecelagem Manual Ano de fundação: 1997 Contatos: Claudia Araujo Tel. (35) 3735-1710, Caldas, MG www.claudiaaraujo.com.br [email protected]
Confecciona tapetes exclusivos e sob medida em tear manual, com materiais reciclados e resíduos industriais. Principais clientes: Vallvé, Interbagno, Inove, Sacco Carpets, Moroso e Tabriz.
Domingos Tótora Estúdio de Arte e Design Ano de fundação: 2007 Contatos: Domingos Tótora Tel. (35) 3662-1328, Maria da Fé, MG www.domingostotora.com.br [email protected]
Cria peças com papelão reciclado, transitando entre a arte e o design. As peças remetem às cores da natureza, lembrando cascas de árvore, pedras e terra. Principais clientes: Dpot, Hill House, Gabinete Duílio Sartori, Benedixt e Interni.
GrãoStudio Ano de fundação: 2006 Contatos: Cristiano de Magalhães Tel. (31) 3492-9693, Belo Horizonte, MG www.graostudio.com [email protected]
Especializado em produtos tecnológicos, eletromédicos e eletrônicos. Principais clientes: Seva Engenharia Eletrônica, Nansen
Instrumentos de Precisão e Fundação de Inovação Tecnológica – FITec.
BAHIA
MARANHÃO
MINAS GERAIS
161Anuário do design brAsileiro |
Isabela Vecci Ano de fundação: 1991 Contatos: Isabela Vecci Tels. (31) 3337-1715 e 3291-8536, Belo Horizonte, MG veccilansky.com.br [email protected]
Desenvolve projetos de urbanismo, arquitetura e design em distintas escalas: planejamento de desenho urbano, arquitetura e design de interiores, mobiliário e brinquedos. Principais clientes: institucionais, da área cultural, educacional e gastronômica (restaurantes e bares), lojas, indústrias de móveis e governos.
New360 Ano de fundação: 1999 Contatos: João Delpino, Angela Dourado e Daniel
Francesco Landini Tel. (31) 2108-2222, Belo Horizonte, MG www.new360.com.br [email protected]
Cria produtos amigáveis, embalagens sonoras, eventos, marcas e até anúncios comestíveis. Principais clientes: Sistema FIEMG, Governo de Minas Gerais, Estrada Real, Devex, Fumec, Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Anglo Gold, Grupo Libertas e GlobalBev.
Origem Design Ano de fundação: 2010 Contatos: Pedro Alexandre de Oliveira Vieira Tel. (32) 3531-5651, Ubá, MG www.origemdesign.com [email protected]
Atua nas áreas de design gráfico e de produto, principal-mente no setor moveleiro. Principais clientes: Sier Móveis, Móveis Itatiaia, MRV
Engenharia e ValdeMóveis.
Porfírio Valladares Ano de fundação: 1980 Contatos: Denise Rodrigues de Souza Tel. (31) 3287-3423, Belo Horizonte, MG
www.porfiriovalladares.com [email protected]
Escritório de arquitetura e design, com foco na criação de mobiliário. Principais clientes: lojas de móveis no Brasil e exterior.
Quantum Design Ano de fundação: 2006 Contatos: Fernando Casanova Tel. (31) 3495-0573, Belo Horizonte, MG www.quantumdesign.com.br [email protected]
Seu foco é a gestão do design. Trabalha nas áreas de design gráfico e de produto. Principais clientes: Leucotron, Tuma Industrial, Biometrus,
Biotron, Sebrae-MG e Fiat-Isvor.
Quatter Design & Arquitetura Ano de fundação: 2000 Contatos: Paulo Miranda Tel. (31) 3285-5957, Belo Horizonte, MG www.quatter.com.br [email protected]
Especializado em design industrial, com destaque para desenvolvimento projetual, processos industriais, análise, seleção e aplicação de materiais. Principais clientes: Seva Engenharia Eletrônica, Trancil,
BrasAlimentos, Ecovec, ControlMax, Sada Forjas e Skiny.
MINAS GERAIS
162 | Anuário do design brAsileiro
Ekoara Ano de fundação: 2005 Contatos: Patricia Urayama Serafim Tels. (91) 3277-3864 e 3231-3461, Belém, PA
www.ekoara.com.br [email protected]
Cria produtos e marcas. Principais clientes: Hiléia, Ecomar e Tintas Veloz.
Studio Sérgio J. Matos Ano de fundação: 2010 Contatos: Sérgio J. Matos Tels. (83) 3063-2366, 9920-3166 Campina Grande, PB www.sergiojmatos.com [email protected]
Cria e comercializa peças assinadas pelo designer, além de desenvolver projetos para a indústria moveleira e de decoração. Também presta consultoria em design e gestão de design. Principais clientes: Conceito Firma Casa , Art de Vie Marché, São Romão, Prima Línea, Ettore Design, Home Design e Finish, entre outros.
Dangelo Di Ano de fundação: 2008 Contatos: Rodrigo Dangelo Tel. (41) 3033-0133, Curitiba, PR www.dangelodi.com.br [email protected]
Aplica metodologias de gestão de design no desenvolvimento de soluções. Principais clientes: Henry, Nansen e Sasazaki.
Desfiacoco Artedesign Ano de fundação: 2004 Contatos: Gustavo Engelhardt Tel. (41) 3027-5239, Curitiba, PR www.desfiacoco.com [email protected]
Com foco em produtos sustentáveis, o estúdio-loja comercializa peças desenvolvidas por Gustavo Engelhardt, além de criar projetos para terceiros.
Designo Design Ano de fundação: 2001 Contatos: Rubens Ferreira e Maria Fernanda Vazzi Tels. (43) 3341-9809 e 3037-8290, Londrina, PR www.designodesign.com.br [email protected]
Traça estratégias de design para valorizar marcas, embalagens e produtos. Principais clientes: Grupo Tubform, Lacasa Design, Gazzi
e Nutribom
Eidee Ano de fundação: 2009 Contatos: Ricardo Dantas Tel. (43) 3371-5812, Londrina, PR www.eidee.com.br [email protected]
Atua nas áreas de engenharia e design industrial, sempre em busca de soluções inovadoras. Principais clientes: Onixsat, HS Technology e Ariam
Equipamentos.
PARÁ
PARAÍBA
PARANÁ
164 | Anuário do design brAsileiro
Eshes Ano de fundação: 2010 Contatos: Carl Kawasaki Tel. (43) 9101-3115, Londrina, PR www.eshes.com [email protected] [email protected]
Presta serviço em diversas áreas, como design de produtos e de superfícies. Principais clientes: Gelt.
Fetiche Design Para Casa Ano de fundação: 2007 Contatos: Carolina Armellini Tel. (41) 3024-5518, Curitiba, PR www.fetichedesign.com.br [email protected]
Os designers Carolina Armellini e Paulo Biacchi estão à frente do escritório, especializado em design de produto e mobiliário. Principais clientes: Micasa, Lilia Casa, Schuster Móveis & Design, Artesian e Schattdecor Brasil.
Inove Branding + Design Ano de fundação: 1986 Contatos: Ingrid Spengler, Eviete Dacól e
Alceu Bomfim Junior Tel. (41) 3013-5522, Curitiba, PR www.inovedesign.com.br [email protected]
Especializado no trabalho integrado de design de produto e gestão de marcas. O objetivo é traduzir experiências para a construção de branding. Principais clientes: Moss, Di Frizon, Dall Móveis, Berneck, Empório Arredo, Cajovil, MDesign/Mannes, Häfele, Khel Móveis e Decotec.
Mais Infinito Engenharia e Design Ano de fundação: 2005 Contatos: Sérgio T. Almeida Tel. (41) 3018-5672, Curitiba, PR www.maisinfinito.com.br [email protected]
Emprega design e engenharia para criar produtos viáveis, agradáveis e funcionais. Principais clientes: Furukawa, Tecnoflex e Volkswagen
do Brasil.
Megabox Design Ano de fundação: 2004 Contatos: Vinícius Iubel Tel. (41) 3672-3663, Quatro Barras, PR www.megaboxdesign.com.br [email protected]
Especializado em design de produtos. Principais clientes: Wap, Philip Morris, O Boticário
e Antenas Aquário.
New Level Design Ano de fundação: 2003 Contatos: Isabela Dorn Tel. (41) 3085-3500, Curitiba, PR www.newleveldesign.com.br [email protected]
Especializado em design esportivo. Seu objetivo é oferecer conceitos que fortaleçam a marca do cliente. Principais clientes: Umbro, Kappa, Mizuno, Topper,
Rainha, TryOn, Guga Kuerten e UFC, entre outros.
PARANÁ
165Anuário do design brAsileiro |
Projemec Ano de fundação: 1994 Contatos: Nelson Toba e Márcio Zanetti Tel. (41) 3376-2073, Curitiba, PR www.projemec.com.br [email protected]
Desenvolve produtos desde a concepção, passando pela prototipagem e pelo detalhamento, bem como projetos de moldes e acompanhamento de fabricação. Principais clientes: Copo Fehrer, Modelcraft, Ureplast,
Soft Eletrônica, Machfloss e Goialli.
Tec Design Ano de fundação: 1992 Contatos: David Niebuhr dos Santos Tel. (41) 3352-0234, Curitiba, PR www.tecdesign.com.br [email protected]
Desenvolve produtos para segmentos como automação comercial, máquinas e equipamentos, médico- -odontológico, telefonia, construção civil e mobiliário. Principais clientes: Furukawa, Tigre Pincéis, Tigre Tubos e Conexões, Elevadores Atlas Schindler, Newton, Singer, Danka, La Casa e Menegotti.
Uia Eco Design Consultoria e Projetos Ano de fundação: 1998 Contatos: Bernadete Brandão Tels. (41) 3016-4877 e 8818-9989 www.coroflot.com/ber [email protected]
Projeta produtos sustentáveis. Ênfase no uso de matérias-primas naturais e na pesquisa de alternativas para obter processos menos agressivos ao ambiente. Principais clientes: HDecormade Móveis, Riotivo, Movime Móveis de Vime, Escola Projeto 21 e Educação Gaia.
Oliva Design Ano de fundação: 1980 Contatos: Paulo Oliva Tels. (81) 3446-3234 e 3446-3206, Recife, PE www.olivadesign.com.br [email protected]
Desenvolve embalagens, sinalização ambiental, gestão de marcas, identidades corporativas e planejamento de produtos. Principais clientes: Ministério da Previdência Social, Chesf, Ello Distribuidores de Combustíveis, Projeto Golfinho Rotador, Frangoiano, Tambaú Alimentos.
Bernardo Senna Design Ano de fundação: 2001 Contatos: Bernardo Senna Tel. (21) 2284-0999, Rio de Janeiro, RJ www.bernardosenna.com [email protected]
Seu foco é o design de móveis contemporâneos e a criação de produtos eficientes e únicos. Principais clientes: Allê Design, Schuster Móveis
& Design, Maze International, Brasil Post, Connect Estofados, Rede Globo, Trama Fhina, Prima Design, Senai Moda e Design e Rede Asta.
PARANÁ
PERNAMBUCO
RIO DE JANEIRO
Clark Art Center Ano de fundação: 2001 Contatos: Nuno Franco de Sousa Tel. (21) 2531-8137, Rio de Janeiro, RJ www.clarkartcenter.com.br [email protected]
Promove o diálogo entre o design contemporâneo e outras formas de arte, além de abrigar a Associação Cultural “O Mundo de Lygia Clark”, área de pesquisa com o acervo documental da artista.
166 | Anuário do design brAsileiro
Estúdio Alcantarino Ano de fundação: 1996 Contatos: Carlos Alcantarino Tel. (21) 2227-1028, Rio de Janeiro, RJ www.alcantarino.com [email protected]
Especializado em desenho industrial com foco emsustentabilidade. Trabalha em parceria com escritórios de arquitetura e empresas no desenvolvimento de mobiliário e objetos. Principais clientes: Vale, Sebrae, Grupo Asta, Coca-Cola,
John Sommers, Proa, Sindmóveis - Casa Brasil.
Crama Design Estratégico Ano de fundação: 1991 Contatos: Ricardo Leite Tel. (21) 2512-8555, Rio de Janeiro, RJ www.crama.com.br [email protected]
Agência de design e comunicação estratégica com foco em construção de marca, design de ambiente, comunicação de PDV, corporativa e interna. Principais clientes: Oi, Vale, Avon, Technos,
Diageo, Sonangol, Globo News, H.Stern, Instituto Alpargatas e Petrobras.
Eduardo Baroni Design Ano de fundação: 2010 Contatos: Eduardo Baroni Tel. (21) 2204-0330, Rio de Janeiro, RJ
www.eduardobaroni.com [email protected]
Especializado em móveis e objetos para ambientes residenciais. Principais clientes: Schuster Móveis & Design, Stone Design, Ronconi e Vimoso.
Em2 Design Ano de fundação: 2008 Contatos: Mariana B. Ferrarezi e Roberto Hercowitz Tel. (21) 2259-3720, Rio de Janeiro, RJ www.em2design.com.br [email protected]
Especializado no design de movéis e objetos. Principais clientes: Schuster Móveis & Design,
Sava Móveis, Salvatore Minuano, América Móveis e lojas de decoração como Novo Ambiente, Arquivo Contemporâneo, Clami, Dpot, São Romão, Tetum e Conceito Firma Casa.
E-Voxel Ano de fundação: 2010 Contatos: Felipe Igarashi Tel. (22) 2542-2722, Nova Friburgo, RJ www.e-voxel.com [email protected]
Presta serviços de design de produto, design gráfico, computação gráfica e webdesign. Principais clientes: Redetec, Transpetro e Michelin.
Fernando Mendes, Ateliê Ano de fundação: 2011 Contatos: Fernando Mendes de Almeida Tel. (21) 3474-0884, Rio de Janeiro, RJ www.fernandomendesdesigner.com.br [email protected]
Cria e fabrica peças de madeira que unem design contem-porâneo a técnicas de marcenaria. O trabalho é baseado no conceito dos mestres escandinavos, em que se privilegiam encaixes perfeitos em vez de pregos e parafusos. Principais clientes: Dpot, Arquivo Contemporâneo,
São Romão, Armazém da Decoração e Hill House.
RIO DE JANEIRO
167Anuário do design brAsileiro |
Fibra Design Ano de fundação: 2007 Contatos: Thiago Maia, Pedro Themoteo, Bruno Temer e
Bernardo Ferracioli Tel. (21) 2233-3126, Rio de Janeiro, RJ www.fibradesign.net [email protected]
Estúdio de design e inovação com foco em materiais e sustentabilidade. Tem quatro áreas de atuação: aceleração de produtos inovadores; comunicação positiva; criação de materiais, produtos e serviços; e conexão de profissionais e fornecedores. Principais clientes: Zebu e Zerezes.
Indio da Costa A.U.D.T. Ano de fundação: 1974 Contatos: Paula Fiuza Tel. (21) 2537-9790, Rio de Janeiro, RJ www.indiodacosta.com [email protected]
Tem quatro áreas de atuação: arquitetura, urbanismo, design e transportes. Com equipe de mais de 40 profissionais, está apto a atender trabalhos de grande amplitude, complexida-de e duração, atuando em todos os níveis dos projetos. Principais clientes: Alcoa, Alpargatas, Fabrimar, Giroflex Forma, Mabe, Movement, Ornare, Pial Legrand, Procter & Gamble e Saccaro.
Habto Design Ano de fundação: 2007 Contatos: Diogo Lage Tel. (21) 2220-6664, Rio de Janeiro, RJ www.habto.com [email protected]
Focada em design para o desenvolvimento de produtos. Busca transformar ideias em produtos inovadores. Principais clientes: Senai, UERJ, Instituto Ronald
McDonald, Redetec e Sebrae.
Indústria Nacional Design Ano de fundação: 1999 Contatos: Bruno Bertani Tel. (21) 9608-2073, Rio de janeiro, RJ www.industria-nacional.com.br [email protected]
Empresa de product communication, transforma brand em objetos, displays, sinalização, brindes e embalagens. Principais clientes: Prefeitura do Rio de Janeiro,
Coca-Cola, Governo do Estado do Rio de Janeiro e lojas de decoração.
Lattoog Design Ano de fundação: 2004 Contatos: Leonardo Lattavo e Pedro Moog Tel. (21) 2512-6182, Rio de Janeiro, RJ www.lattoog.com [email protected]
O nome do escritório, uma fusão dos sobrenomes dos sócios – Lattavo e Moog –, sintetiza o processo criativo da dupla: a conjunção de ideias em constante busca da originalidade. Principais clientes: Schuster Móveis & Design, Vimoso,
Sava e arquitetos.
LVA Criação Ano de fundação: 2010 Contatos: Ana Carolina Portella Tel. (21) 2523-2483, Rio de Janeiro, RJ www.lvacriacao.com.br [email protected]
Busca a diferenciação por meio de uma abordagem integral do design e, tem como desafio trazer essa experiência para o cotidiano de pessoas e empresas. Principais clientes: LVA Estruturação e Macroplan.
RIO DE JANEIRO
168 | Anuário do design brAsileiro
Mana Bernardes Ano de fundação: 2003 Contatos: Luciene Silva Tels. (21) 9567-7583 e 8177-5405, Rio de Janeiro, RJ www.manabernardes.com [email protected]
Desenvolve joias inusitadas com materiais descartados, como plástico, grampos, palitos e bolas de gude. Principais clientes: Habitart, Mutações, Loja Inhotim, Loja do MAM, Conceito Firma Casa e Galeria Luciana Caravello Arte Contemporânea, além de empresas como Grendene, Tok&Stok e Natura.
Messen & Peterli Design e Comunicação Ano de fundação: 2009 Contatos: Paulo Pelá Rosado de Oliveira Tel. (21) 9379-3972, Rio de Janeiro, RJ www.bolaoito.com.br [email protected]
Escritório de comunicação, design de produto e comunicação visual. Principais clientes: Universal Music, JBemFolhas, Warner Music, UM Music e Aero Safra.
Modo Design Ano de fundação: 2005
Contatos: Adriana Calderoni e Julia Gostkorzewicz Tel. (21) 2279-6276, Rio de Janeiro, RJ www.mododesign.com.br [email protected]
Desenvolve projetos de branding, embalagens, design gráfico e design de produto. Principais clientes: Beleza Natural, Leite de Rosas, Rádio
Globo, Masterfrio, Haga, Nokia, FGV, Coca-Cola, Petrobras, Cristais Cambé e AudioPax.
Monica Carvalho Ano de fundação: 2000 Contatos: Monica Carvalho Tel. (21) 2547-9989, Rio de Janeiro, RJ
www.monicacarvalho.com.br [email protected]
Desenvolve utilitários e acessórios de moda com matéria-prima orgânica. Sementes, frutos, fibras, pedras e troncos são coletados na natureza, com apoio de comunidades locais. Principais clientes: Interni, Aspargus
e Eskandar (Londres).
NCS Design Rio Ano de fundação: 1988 Contatos: Angela Carvalho Tel. (21) 2541-4083, Rio de Janeiro, RJ
www.ncsdesign.com.br www.acarvalho.net.br [email protected]
Propõe um design de qualidade, adequado ao mercado brasileiro e com repercussão e reconhecimento internacional. Gera soluções integradas nas áreas de design, marketing e comunicação. Principais clientes: Caixa Econômica Federal,
Petrobras e Haga.
RIO DE JANEIRO
Oficina Graham Ferreira Ano de fundação: 2007 Contatos: Ricardo Graham Ferreira Tels. (21) 3852-4218, Rio de Janeiro, RJ
www.oebanista.com.br [email protected]
Especializada na produção artesanal de móveis, mantém a tradição de técnicas de marcenaria aplicadas a uma produção exclusiva de peças de design contemporâneo.
170 | Anuário do design brAsileiro
Pedro Braga Design Ano de fundação: 2011 Contatos: Pedro Braga Leitão Tel. (21) 8842-5955, Rio de Janeiro, RJ [email protected]
Projeta mobiliário e utensílios domésticos. Os produtos exibem um perfil bem-humorado, lúdico e emocional. Principais clientes: Novo Desenho, It e Roberto Simões.
Pro Design Ano de fundação: 1990 Contatos: Elio Grossman Tels. (21) 2579-0188 e 9971-3349, Rio de Janeiro, RJ www.prodesignluz.com [email protected]
Projetos e consultoria em design de produto, lighting design, mobiliário, equipamentos médico-hospitalares, brinquedos e playgrounds. Principais clientes: Furnas, Shopping da Gávea, Ibam,
Sesc, Prefeitura do Rio de Janeiro, Novo Ambiente e joalheria Antonio Bernardo.
Sergio Rodrigues Ano de fundação: 1972 Contatos: Carla Claro Tels. (21) 2539-0393 e 2537-3001, Rio de Janeiro, RJ www.sergiorodrigues.com.br [email protected]
A criação de mobiliário é o foco do designer, que tem mais de 50 anos de carreira e acumula a marca de 1.200 diferentes modelos de móveis. Busca sempre um design verdadeiramente brasileiro. Principais clientes: Dpot, Arquivo Contemporâneo,
Espaço Due, Básica Home, Way Design, Casa Pronta, São Romão, Axis, Arte Ofício, Art Casa e Novo Desenho.
Tátil Design Ano de fundação: 1992 Contatos: Maurício Sobral Tel. (21) 2111-4200, Rio de Janeiro, RJ
www.abstratil.com.br [email protected]
A empresa desenvolve ferramentas de branding que ajudam a construir marcas fortes. O objetivo é que o design seja um elemento de inovação e sustentabilidade. Principais clientes: Asics, Natura, Brastemp, Nokia,
Grendene, Fiat e Philips, entre outros.
YDEA Design Ano de fundação: 2002 Contatos: Bruno Batella Tels. (21) 2580-2448 e 2580-5235, Rio de Janeiro, RJ www.ydea.com.br [email protected]
Desenvolve e fabrica produtos: corte, router, móveis, expositores, displays, troféus, cenografia e peças especiais. Principais clientes: Cantão, Redley, Packaging,
Embratel e Bel Lobo.
RIO DE JANEIRO
Van Camp Design Ano de fundação: 1983 Contatos: Freddy Van Camp Tel. (21) 2532-2936, Rio de Janeiro, RJ www.vancampdesign.com.br [email protected]
Especializado em design de produto, interiores, embalagens e sistemas. Principais clientes: Black & Decker, Dako, Consul e D&D Pilates.
171Anuário do design brAsileiro |
Zanini de Zanine, Studio Ano de fundação: 2011 Contatos: Arturo Isola Tel. (21) 2233-5061, Rio de Janeiro, RJ www.studiozanini.com.br [email protected]
Escritório de criação, desenvolvimento e comercialização de mobiliário e produtos para decoração. Principais clientes: Allê Design, Dimlux, Doiz, Habitart, Punch, Saccaro, Schuster Móveis & Design, Way Design e Tolix.
Aristeu Pires Design Ano de fundação: 2002 Contatos: Aristeu Pires Tel. (54) 3278-1762, Canela, RS aristeupires.com.br [email protected]
Dedica-se ao design de mobiliário contemporâneo, com predominância do uso de madeira maciça. Principais clientes: Dpot, Micasa, Casa Matriz, Decameron, Arquivo Contemporâneo, Hill House, Home Design, Toque da Casa, Diagrama, Stampa, Armazém da Decoração e outras lojas.
BEMD Marketing + Design Ano de fundação: 1997 Contatos: Márcia Carneiro Luiz Tel. (51) 3312-2411, Porto Alegre, RS www.bemd.com.br [email protected]
Equipe multidisciplinar que busca unir planejamento e criatividade, tornando produtos e serviços mais competitivos, com foco em design estratégico. Principais clientes: Isla Sementes, Uniagro
e Clave Construtora.
Bertussi Design Ano de fundação: 2000 Contatos: Tobias Bertussi Tel. (51) 3086-0026, Porto Alegre, RS www.bertussidesign.com.br [email protected]
Especializado na gestão de inovação para produzir em larga escala. Lança mais de 300 produtos por ano. Principais clientes: Grupo Voges, Unisol, Martiplast,
Guerra, Sodas Fricke, Bontempo, Famastil, Ciber, Arvy, Thermosystem, Tecnovidro, Vonpar, Intral, Aladdin, Wirklich, Roche, Resfriar, LF Lareiras, Hara, Maguibeth, Schmitt e Tecnotag.
Creare Ano de fundação: 2004 Contatos: Eliezer Henker Tel. (51) 3902-0550, Santa Cruz do Sul, RS www.creare-rs.com.br [email protected]
Design focado na manufatura de utilidades, móveis, má-quinas, peças técnicas e automotivas. Inovação em design, ecodesign, ACV, CAE, materiais, INPI. Principais clientes: Grupo Dass, MOR, Ordene,
Sanremo e Xalingo.
DAZ Design Ano de fundação: 1999 Contatos: Daniela Ziegler Cella Tel. (54) 3451-2001, Bento Gonçalves, RS www.dazdesign.com.br [email protected]
Desenvolve produtos focados no consumidor final, com projetos afinados com o perfil da fábrica. Busca matérias- -primas diferenciadas, muitas vezes mesclando o artesanato com a produção seriada. Principais clientes: Universum Móveis, Panizzi
Componenti, Estofados Grando, Ellipse Móveis, Politorno Móveis, Iby, Flosul e Poa.
RIO GRANDE DO SUL
RIO DE JANEIRO
172 | Anuário do design brAsileiro
DB Design Industrial Ano de fundação: 2006 Contatos: Joni Dresch Tel. (54) 3268-0189, Farroupilha, RS www.dbprojetos.com.br [email protected]
Especializado em projetos de inovação, conjuga planejamento, criatividade, tecnologia e rentabilidade por meio de uma equipe técnica multidisciplinar. Principais clientes: Sazi, Maltec, Monofrio, Enobrasil,
Tonederm, Plaster, Castellar, Tercek, Delav e Frost Frio.
Dom Design Ano de fundação: 1988 Contatos: Jurandir Simões Tel. (51) 3337-6189, Porto Alegre, RS www.domdesign.com.br [email protected]
Trabalha com informação, organização, criação, desenvolvimento, detalhamento e produção nas diversas modalidades do design. Principais clientes: Agco, Criare, Bortolini, Lumibras
e Nutrella.
Eulália de Souza Anselmo Ano de fundação: 2007 Contatos: Eulália de Souza Anselmo Tel. (53) 9945-4981, Bagé, RS www.eulaliaanselmo.com.br [email protected]
Ateliê de arquitetura e design, além de showroom de produtos. Principais clientes: Prima Design.
Gad Ano de fundação: 1984 Contatos: Valpirio Monteiro Tel. (51) 3326-2500, Porto Alegre, RS www.gad.com.br [email protected]
Consultoria em branding e design, há mais de 25 anos no mercado. Tem uma abordagem interdisciplinar, que contem-pla branding, inovação, varejo, embalagem, comunicação e tecnologia. Tem escritórios em Porto Alegre e São Paulo. Principais clientes: Vivo, Gerdau, Ramarim, Panvel, Todeschini, Salton, Sindilojas, 3M, Unimed e Instituto do Câncer Infantil-RS.
Gallina & Visentini Ano de fundação: 2005 Contatos: Cristiano Gallina e Everton Visentini Tel. (54) 3451-5164, Bento Gonçalves, RS www.designcomdesenho.com.br [email protected]
Design de produtos, embalagens, identidade visual e sinalização. Propõe um “design possível”, com qualidade técnica, criatividade e visão mercadológica. Principais clientes: Coza, Venax, Akeo, Di Solle, Gecele,
Sademi, Utille, Ditália e Perlare.
Heloisa Crocco, Studio Ano de fundação: 1990 Contatos: Heloisa Crocco Tel. (51) 3222-3443, Porto Alegre, RS www.croccostudio.com [email protected]
Desenvolve conceitos e produtos. Busca uma sintonia entre a essência do tema pesquisado e o compromisso na construção de um fato cultural. Os paradigmas da natureza perpassam todos os segmentos criativos de produção do estúdio. Principais clientes: Tok&Stok, Altero, Florense,
Sebrae e Abest.
RIO GRANDE DO SUL
174 | Anuário do design brAsileiro
Ilse Lang – Faro Design Ano de fundação: 1996 Contatos: Ilse Lang ou Susana AlonsoTel. (51) 3333-1715, Porto Alegre, RS www.farodesign.com.br [email protected]
Edita e distribui móveis e luminárias de sua autoria. Cria ob-jetos capazes de gerar identificação e apego por suas quali-dades intrínsecas, independente de tendências efêmeras. Principais clientes: Dpot, Hill House, Inside Mobiliário, Armazém da Decoração, Novo Ambiente, Galeria 021, Arquivo Contemporâneo, Lasca Móveis, Stampa, Espaço Fatima Lima, Home Design, Casa Design e Occidente Studio.
Industriall Design Ano de fundação: 2008 Contatos: Lucio André Ravanholi Tels. (54) 3219-3519 e 9995-6262, Caxias do Sul, RS www.industriall.com.br [email protected]
Especializado em desenvolvimento técnico e design de produto. Ênfase em ergonomia e fabricação pelos processos de moldagem por injeção ou outro processo que empregue polímeros, alumínio e aço. Principais clientes: Dompel, FKS, Primavera Ind. de Vassouras, Climatruck, Forti-ar e Tone Derm.
Intervento Design Ano de fundação: 2011 Contatos: Juliana Desconsi Tel. (54) 3052-0950, Bento Gonçalves, RS www.interventodesign.com.br [email protected]
Desenvolve produtos, desde sua concepção até a produção industrial. Insere-se em qualquer cenário de produção industrial, tendo inovação como foco. Principais clientes: Altero, Masutti Copat e Meber.
Renata Rubim Design & Cores Ano de fundação: 2000 Contatos: Renata Rubim Tel. (51) 3330-3571, Porto Alegre, RS www.renatarubim.com.br [email protected]
Especializada em design de superfície e de cores, principalmente para indústrias. Principais clientes: Solarium Revestimentos, S.C.A.,
Coza e Grendene.
Tina e Lui Arquitetura e Design Ano de fundação: 1988 Contatos: Maria Cristina Azevedo Moura Tel. (51) 3222-4228, Porto Alegre, RS [email protected]
Atua em projetos de arquitetura de interiores e design, desenvolvendo produtos para a indústria moveleira. Em parceria com o Sebrae, trabalham com comunidades artesanais do Brasil e da África, com foco em desenvolvimento de produtos. Principais clientes: Sindmóveis e Banco Sicredi.
Ye Design Ano de fundação: 2011 Contatos: Leandro Gava Tels. (54) 9173-3731 e 9172-0900, Bento Gonçalves, RS yedesign.blogspot.com [email protected], [email protected]
Desenvolve soluções de design industrial, com foco em inovação e sustentabilidade. Principais clientes: Lazzari Móveis, Colibri Móveis do
Brasil, Tumar, Sigplast, Metalgava e Telasul.
RIO GRANDE DO SUL
175Anuário do design brAsileiro |
Zon Design Ano de fundação: 1995 Contatos: Beatris Scomazzon e Carla Simon Schmitz Tel. (51) 3029-6202, Porto Alegre, RS www.zondesign.com.br [email protected]
A partir da estratégia de seus clientes, a equipe está capacitada a atender necessidades em diferentes manifestações do design: produto, gráfico, webdesign e sinalização. Principais clientes: Tramontina e Jackwal.
2:1 Design Industrial Ano de fundação: 2009 Contatos: Alexandre Turozi Tel. (48) 3024-5121, Florianópolis, SC www.doispraum.com.br [email protected]
O principal objetivo é ampliar oportunidades para os clientes. Para isso, possui três núcleos: Estratégia, Design de Produto e Design Gráfico. Principais clientes: Netzsch, Olsen, Xalingo, Herveg,
Cavaletti, Menno, Mineoro e Metasul.
Design Inverso Ano de fundação: 2001
Contatos: Marcos Sebben Tel. (47) 3028-7767, Joinville, SC www.designinverso.com.br [email protected]
Especializado na gestão de design, atua no segmento industrial, auxiliando na estratégia, concepção, execução e no acompanhamento de projetos de produtos, embalagens e marcas. Principais clientes: Chocoleite, Laticínios Tirol,
Companhia Fabri Lepper, Fibrafort, Móveis Rudnick, Condor, Jacto, Soprano, Lactoplasa, Sebrae e Amanco.
Jader Almeida Ano de fundação: 2006 Contatos: João Santim Tel. (48) 3223-3787, Florianópolis, SC www. jaderalmeida.com [email protected]
O designer busca aliar a racionalidade e a geometria às formas puras e com estética atemporal. A intenção é sempre criar produtos com valores duráveis, aliados às tecnologias industriais. Principais clientes: Arquivo Contemporâneo, Dpot, Básica Home, Home Design, Itálica Casa e Maiora Design.
Paradesign Desenhos Ano de fundação: 1992 Contatos: Célio Teodorico e Ricardo Álvares Tel. (48) 3235-2424, Florianópolis, SC www.paradesign.com.br [email protected]
Consultoria em design estratégico, desenvolvimento de produtos e desenvolvimento de parcerias para oportunidades mercadológicas. Principais clientes: Intelbras, Contronics, Wap, Specto,
Sabbia, Reason Tecnologia, Autolabor e Biokyra.
SA2 Ano de fundação: 2001
Contatos: Letícia Zanella Tel. (47) 3562-2660, Taió, SC www.sadois.com.br [email protected]
Atua na criação e gestão de fortes marcas. Para isso, conta com enfoque de comunicação, marketing, design gráfico e industrial na busca das melhores soluções. Principais clientes: Nutrifarma Nutrição e Saúde
Animal, Agrocomercial Sandri, Melchioretto Engenharia e Construções, Kimyto Sorvetes, Coyote Implementos Agrícolas e Baby Piss Indústria e Comércio de Fraldas.
RIO GRANDE DO SUL
SANTA CATARINA
176 | Anuário do design brAsileiro
100% Design em Movimento Ano de fundação: 2001 Contatos: Lilian Chiofolo Tel. (11) 3032-5100, São Paulo, SP www.100porcento.net [email protected]
Atua nas seguintes expressões de marca: identidade visual, embalagem, shape, projetos gráficos, environment design e visual merchandising. Principais clientes: Akzo Nobel, Marilan, Pernod Ricard, Cepêra, Yakult, Brinquedos Bandeirante, Liz, Eth, O Boticário, Brasília Alimentos, Trinità e Pricake.
André Cruz Design & Ideias Ano de fundação: 1999 Contatos: André Cruz Tel. (11) 2539-9481, São Paulo, SP www.andrecruzdesign.com.br [email protected]
Design de produtos e serviços, auxiliando as organizações a entender, criar e implantar a cultura da inovação. Projeta produtos, serviços e espaços. Principais clientes: Americanflex Colchões, Móveis Tremarin, Via Light Iluminação, Estofados Jardim e Volare Ventiladores de Teto.
Baba Vacaro – Design Mix Ano de fundação: 2004 Contatos: Baba Vacaro Tel. (11) 3021-5646, São Paulo, SP www.babavacaro.com [email protected]
Atua na produção de conteúdo e gestão estratégica de design, marketing e inovação, com desenvolvimento/adequação de portfólio de produtos e planejamento de estratégias de comunicação integradas. Principais clientes: Dpot e Dominici.
Alfio Lisi Arquitetura e Design Ano de fundação: 1995 Contatos: Alfio Lisi Tel. (19) 3571-6255, Leme, SP www.alfiolisi.com.br [email protected]
Desenvolve projetos, protótipos e produtos, principalmente móveis, luminárias e objetos. Principais clientes: Marcenaria Artífice, Dpot, Clami, Arquivo Contemporâneo, Básica Home, Hill House, Ouvidor, Itálica, Dominici, São Romão, Tetum, Bó Design, Ponto e Linha e La Lampe.
BAR Design Ano de fundação: 2005 Contatos: Angélica Aoki e Rafael Tortella Tel. (11) 3442-2604, São Paulo, SP www.bardesign.com.br [email protected]
Desenvolve projetos de design de produto, gráfico e presta consultoria em design estratégico. Principais clientes: Exea, We, Marco 500, Luvidarte e St. James.
Batagliesi Arquitetos + Designers Ano de fundação: 1980 Contatos: Carlos Eduardo Russel Tel. (11) 3813-1999, São Paulo, SP www.batagliesi.com.br [email protected]
Especializado na criação e desenvolvimento de redes, desde arquitetura até interiores, mobiliário e comunicação visual. Principais clientes: Bradesco, Itaú, Companhia Athletica
e Receita Federal.
SÃO PAULO
ARQUITETURAAUDT
GD
arq
Ilus
traç
ões
GD
arq
Ilus
traç
ões
GD
arq
Ilus
traç
ões
Casa Ponte Parati, RJ
Orla da Coroa do Meio, SE
Linha Refrigeradores In Genious GE
VLT do Centro do Rio, RJIndio da Costa + Yellow Window Consultants
ARQUITETURA . URBANISMO . DESIGN . TRANSPORTE
178 | Anuário do design brAsileiro
Camila Fix Ano de fundação: 1996 Contatos: Camila Fix Tel. (11) 4358-7336, São Bernardo do Campo, SP www.fixdesign.com.br [email protected]
Cria e produz móveis e objetos. Principais clientes: Proa Produtos e Tok & Stok.
Carlos Motta, Ateliê Ano de fundação: 1979 Contatos: Sylvia Novaes Tels. (11) 3032-4127 e 3815-9228, São Paulo, SP www.carlosmotta.com.br [email protected]
Escritório de arquitetura e espaço de desenvolvimento de protótipos e mobiliários especiais, assim como showroom das peças em produção e acervo. Principais clientes: Cinemateca Brasileira, Sesc
e clientes de arquitetos e designers de interiores.
Claudia Moreira Salles Design Ano de fundação: 1988
Contatos: Liliana Saporiti Tel. (11) 3167-6173, São Paulo, SP www.claudiamoreirasalles.com [email protected]
Estúdio especializado em projetos de mobiliário e design de interiores. Principais clientes: Etel Interiores, Firma Casa
e Bertolucci.
Chelles & Hayashi Design Ano de fundação: 1984 Contatos: Gustavo Chelles Tel. (11) 5573-3470, São Paulo, SP www.design.ind.br [email protected]
Consultoria em design estratégico, branding, design gráfico, industrial e de embalagem, com foco na construção de marcas fortes e bem identificadas com o consumidor. Principais clientes: Natura, Tigre, Mueller, Panasonic,
Hypermarcas e Flextronics.
DI Ano de fundação: 1999
Contatos: Jacob Breur Tel. (11) 5548-6456, São Paulo, SP www.designindustrial.com.br [email protected]
Cria desde os primeiros esboços até o projeto final a ser executado. Tem experiência com diversos materiais, como plásticos, metais, madeira, além de técnicas de extrusão e de montagem.
SÃO PAULO Brunno Jahara, Studio Ano de fundação: 2008 Contatos: Brunno Jahara Tel. (11) 2768-8232, São Paulo, SP www.jaharastudio.com [email protected]
Estúdio de design de produtos que, em suas criações, busca exclusividade, brasilidade, primor no acabamento e ecodesign. Principais clientes: Vista Alegre, Via Light e Mannes.
179Anuário do design brAsileiro |
DomusDesign Ano de fundação: 1996 Contatos: Fabio Righetto Tel. (11) 2659-3393, São Paulo, SP www.domusid.com.br [email protected]
Atua exclusivamente em design de produtos, de diversos segmentos. Os projetos nascem de profundos estudos e análises estratégicas de consumer insights. Principais clientes: Bosch, Osram, Filizola, Spy, Kos
Acrílicos, Arcor e Goóc.
Estúdio Amélia Tarozzo Ano de fundação: 2007 Contatos: Amélia Tarozzo Tel. (11) 3034-6202, São Paulo, SP www.ameliatarozzo.com.br [email protected]
Produz móveis autorais, customizados, feitos de madeira maciça e MDF laminado. Fabricados artesanalmente, seguem técnicas tradicionais de encaixe da marcenaria. Principais clientes: Dpot, Clami, Vermeil, Hetty Goldberg, Básica Home, Hill House e Maiora.
Estudiobola Ano de fundação: 2000 Contatos: Mauricio Lamosa Tel. (11) 3129-8257, São Paulo, SP www.estudiobola.com [email protected]
Desenvolve produtos pautados em pesquisa rigorosa de proporções e acabamentos a fim de conferir às criações resultados atemporais. Principais clientes: 30 lojas de móveis de alto padrão no território nacional.
Estúdio Manus Ano de fundação: 1999 Contatos: Daniela Scorza Tel. (11) 3032-0679, São Paulo, SP www.estudiomanus.com [email protected]
Especializado em objetos, luminárias e móveis editados em pequenas séries ou como peças únicas, além de trabalhos com arquitetura de interiores, cenografia e ambientações. Principais clientes: consumidores finais, lojas de design e decoração e escritórios de arquitetura.
Fernando e Humberto Campana Ano de fundação: 1981 Contatos: Ana Paula Moreno Tel. (11) 3825-3408, São Paulo, SP www.campanas.com.br [email protected]
Laboratório onde os irmãos Campana criam peças a partir de pesquisa de materiais e novas estéticas. Principais clientes: Firma Casa, Edra, Melissa, Alessi
e Corsi Design.
Flavia Pagotti Silva Design Ano de fundação: 2001 Contatos: Flavia Pagotti Silva Tel. (11) 3773-7337, São Paulo, SP www.flaviapagottisilva.com [email protected]
Desenvolve móveis e objetos, tanto em parceria com a indústria quanto de forma independente e autoral. Principais clientes: Butzke, América Móveis, Estofados
Minuano e Oppa.
SÃO PAULO
180| Anuário do design brAsileiro
HocDie Design Ano de fundação: 2010 Contatos: Patrícia Fernandes e Nelson Schiesari Tel. (11) 3088-6141, São Paulo, SP www.hocdiedesign.com.br [email protected]
Projeta mobiliário, objetos de decoração e utilitários, mesclando diversos materiais e tecnologias. Principais clientes: corporativos e de varejo.
i! Design Ano de fundação: 2002 Contatos: Youngster Lucas Tel. (14) 3879-4782, Bauru, SP www.youngsterlucas.com.br [email protected]
Atua em diversas áreas do design de produto, como móveis, iluminação, eletrodomésticos e utilidades. Principais clientes: Formainox, Cerâmica Tupy,
Imaginarium e Cafer Estofados.
Jacqueline Terpins, Estúdio Ano de fundação: 2001
Contatos: Fernando Ortega Tel. (11) 3872-4497, São Paulo, SP
www.terpins.com [email protected]
A designer trabalha com cristal soprado (objetos), vidro plano (móveis e objetos), madeira (móveis) e Corian® (móveis e objetos). Principais clientes: Dpot, VB Design, Home Design, Lado
Sul Móveis, Spazio Interni, Armazém da Decoração, Espaço Fátima Lima, Décor Home, Casa Design, Mezanino, Armazém Sofisticatto, Momentum & Design, Casa Pronta e Finish.
Jum Nakao Ano de fundação: 1997 Contatos: Suzana Memlak Tel. (11) 8181-9003, São Paulo, SP www.jumnakao.com.br [email protected]
Oriundo da moda, o ateliê hoje atua em frentes como de-sign de espaços, mobiliário, luminárias, cenografia, direção de arte, instalações e exposições. Principais clientes: Senac, Banco do Brasil, Nike, Globo,
Brastemp, Guardian, Sulamerica, Dpot, A Lot Of, Coca-Cola, Nespresso e Chevrolet.
Keenwork Design Ano de fundação: 1987
Contatos: Luis Castellari Tel. (11) 5561-6593, São Paulo, SP www.keenwork.com.br [email protected]
Atua em design, sinalização, ambientação e branding. Principais clientes: Braskem, Mabe e Metalfrio.
SÃO PAULO Guto Requena, Estúdio Ano de fundação: 2009 Contatos: Paulo de Camargo Tel. (11) 2528-1700, São Paulo, SP www.gutorequena.com.br [email protected]
Seu objetivo é refletir sobre cibercultura e narrativas poéticas digitais em design. Atua em diferentes escalas: objetos, interiores, edifícios e cidades. Propõe e desenvolve produtos, projetos residenciais e comerciais, além de espaços temporários. Principais clientes: Google, Pedro Lourenço, Disco, Ellus,
Smirnoff, Guardian e Bertolucci.
pedrazzidesign.com.br arquiteturadesign de produto
182 | Anuário do design brAsileiro
Luciana Martins e Gerson de Oliveira - Ovo Ano de fundação: 1991
Contatos: Gerson de Oliveira Tel. (11) 3045-0309, São Paulo, SP www.ovo.art.br [email protected]
A dupla de designers cria móveis, objetos e projetos em sintonia com o campo da arte.
Marko Brajovic Ano de fundação: 2001 Contatos: Marko Brajovic Tel. (11) 2371-9206
www.markobrajovic.com [email protected]
Projetos de cenografia, arquitetura, design de interiores e produto. Principais clientes: cenografia e interiores no Pavilhão do Brasil na Expo Shangai 2010, Design São Paulo e Miami Design 2010, entre outros.
Marton e Marton Ano de fundação: 1995 Contatos: José Antonio Marton Tel. (11) 2666-5555, São Paulo, SP www.martonemarton.com.br [email protected]
Desenvolve e executa produtos e projetos em diversas áreas, incluindo mobiliário residencial e comercial, telas, molduras e chassis de quadros, além de cenografia, projetos especiais e vitrines. Principais clientes: Barbara Strauss, Luigi Bertolli
e Eudora.
Maurício Arruda arquitetos + designers Ano de fundação: 2008 Contatos: Fabio Mota Tel. (11) 3159-0396, São Paulo, SP www.mauricioarruda.net [email protected]
Especializado em design de produto e arquitetura. Principais clientes: Carbono Design, Coletivo Amor
de Madre e Bertolucci.
Morandini Design Ano de fundação: 1985 Contatos: Adolfo Morandini Neto Tel. (11) 3873-1509, São Paulo, SP www.morandini.com.br [email protected]
Estúdio multidisciplinar de design, especializado em projetos autorais de produtos, embalagens e comunicação visual. Principais clientes: Eletropaulo, Almap, Paratur,
Besc e Emae.
Nada Se Leva Ano de fundação: 2005 Contatos: André Bastos e Guilherme Leite Ribeiro Tels. (11) 8155-0003 e 9345-4604, São Paulo, SP www.nadaseleva.com.br [email protected]
Revela a vontade de revisitar o passado, procurando traduzir um mundo de referências de viagens, cinema e arte em objetos, luminárias e móveis. Principais clientes: Officeform, La Lampe, Firma Casa,
Finish, Homedesign e Brentwood.
SÃO PAULO
183Anuário do design brAsileiro |
Oz Design Ano de fundação: 1979 Contatos: Giovanni Vannucchi Tel. (11) 3024-2670, São Paulo, SP www.ozdesign.com.br [email protected]
Agência de branding em que o design de produto é tratado como ferramenta de construção e expressão social e mercadológica. Principais clientes: Coca-Cola, Porto Seguro, Kimberly-
-Clark, Hospital Sírio Libanês e Penalty.
Pedro Useche Ano de fundação: 1990 Contatos: Pedro Useche Tels. (11) 5643-9533 e 9493-9541, São Paulo, SP www.useche.com.br [email protected]
Desenvolve produtos para empresas parceiras e produz linhas limitadas ou peças únicas. Principais clientes: Mais Design, Vermeil, Novo Ambiente,
Arquivo Contemporâneo, Clami, Mezanino, Mazzullo, Galeria 21, Inove e Tutti Casa.
Questto|Nó Ano de fundação: 2011
Contatos: Leonardo Massarelli e Levi Girardi Tel. (11) 3814-8939, São Paulo, SP www.questtono.com.br [email protected]
Busca inovação pelo design, materializando ideias transformadoras. Trabalha de forma integrada, por meio de todos os pontos de contato de uma empresa. Principais clientes: Agrale, Natura, Papaiz, Itaú Cultural,
TAC Motors, Ambev e Metalfrio.
Rodrigo Almeida, Estúdio Ano de fundação: 2005 Contatos: Rodrigo Almeida Tels. (11) 2305-2824 e 9976-0198, São Paulo, SP www.rodrigoalmeidadesign.com [email protected]
Estúdio de design de produto e interiores, com atuação internacional. Principais clientes: Fateditions, Christian Lacroix e Patricia Dorfmann Gallery (Paris, França), Contrasts Gallery (Xangai,China) e Aria (São Paulo, Brasil).
Rosenbaum Ano de fundação: 1992
Contatos: Adriana Benguela Tels. (11) 3082-6383 e 3063-3746, São Paulo, SP www.rosenbaum.com.br [email protected]
Escritório de design e inovação capaz de gerar valor a partir de ideias originais, com o conceito do morar ampliado, para além do projeto do espaço físico e da estética do objeto. Principais clientes: TV Globo, Sebrae, Magazine Luiza,
Ornare e Pernambucanas.
SÃO PAULO Northeast Desenvolvimento de Produtos Ano de fundação: 2007 Contatos: Reinaldo Rodrigues Filho Tel. (11) 2325-1541, Santo André, SP www.northeast.com.br [email protected]
Desenvolve produtos para os setores automotivo, de eletrodomésticos, eletrônicos e brinquedos, desde o conceito até a engenharia. Principais clientes: General Motors, Volkswagen,
Mercedes-Benz, Edag e Schwaben.
184 | Anuário do design brAsileiro
Sergio Fahrer Design Ano de fundação: 1998
Contatos: Sergio Fahrer Tels. (11) 7133-7242, 3031-7250, São Paulo, SP sergiofahrer.com.br [email protected]
Desenvolve mobiliário contemporâneo e com design autoral. Principais clientes: lojas de mobiliário contemporâneo
no Brasil e exterior.
Speranzini Design Ano de fundação: 1987
Contatos: Mauricio Speranzini Tel. (11) 5685-8555, São Paulo, SP www.speranzini.com.br [email protected]
Projeta design de embalagens e produtos, atendendo a clientes brasileiros e exportando seus serviços para mais de 40 países. Principais clientes: 1800, Aurora, Bayer, Cazo, Coco do Vale, Dafruta, Ebba, Jose Cuervo, Maguary, Mili, Nova, Nutriday, Nutrilar e Unilever.
Studesign Ano de fundação: 1997 Contatos: Silvia Grilli Tel. (11) 2243-0335, São Paulo, SP
Especializado em desenvolvimento de produtos e tecnologias para a indústria moveleira, com mais de 20 anos de experiência. Principais clientes: Estilo BR, Breton, Masisa, Senac-SP,
Artesofás e Duemme.
Studio B Design Ano de fundação: 2011 Contatos: Cristiana Bortolai Tel. (19) 9110-9934, Piracicaba, SP www.studiobdesign.com.br [email protected]
Cria produtos e estampas comerciais, com design e produção consciente, sintonizados com o mercado e tendências mundiais. Principais clientes: Tok & Stok, Clami, Mannes e Oppa.
Studio HAZ Ano de fundação: 2010 Contatos: Fernando Oliveira Tel. (11) 3266-2773, São Paulo, SP www.studiohaz.com.br [email protected]
Ateliê de design que propõe um mobiliário lúdico e funcional. Principais clientes: A Lot Of.
SÃO PAULO
SuperLimão Studio Ano de fundação: 2002 Contatos: Antonio Carlos Figueira de Mello Tel. (11) 3518-8919, São Paulo, SP www.superlimao.com.br [email protected]
Busca novas linguagens estéticas inspiradas no dia a dia das grandes metrópoles, com o uso responsável de materiais. Desenvolve projetos de arquitetura, além de peças exclusivas e de mobiliário. Principais clientes: Firma Casa, Max Casa, Ambev, Vitacon
e Laika Design.
O objetivo do Estudio Guto Requena é refletir sobre cibercultura e narrativas poéticas digitais no design. Atuamos em diferentes escalas -objetos, interiores, edifícios e cidades. Analisamos o impacto das novas tecnologias de informação e comunicação em nosso cotidiano, e em seus desdobramentos aplicados ao projeto, como sustentabilidade, identidade, memória, interação, espaços híbridos, f lexibil idade, relacionamentos e experiência. Em busca de um design brasileiro, contemporâneo e original, procuramos em nossos projetos e investigar diferentes metodologias de criação e de produção aliadas à prática de pesquisa onde o principal objetivo é também o processo de projeto e não apenas seu resultado final. Nós acreditamos em espaços interativos, hiper-sensoriais, responsivos, poéticos, bem humorados e honestos.
As cadeiras Nóize foram concebidas digitalmente a par tir da mescla do som captado nas ruas de São Paulo com ícones do design brasileiro. Esta é a cadeira Girafa + Rua Santa Efigênia.
www.gutorequena.com.br
ARC_DESIGN_PAGINAFINAL.indd 1 08/11/2012 16:06:36
O objetivo do Estudio Guto Requena é refletir sobre cibercultura e narrativas poéticas digitais no design. Atuamos em diferentes escalas -objetos, interiores, edifícios e cidades. Analisamos o impacto das novas tecnologias de informação e comunicação em nosso cotidiano, e em seus desdobramentos aplicados ao projeto, como sustentabilidade, identidade, memória, interação, espaços híbridos, f lexibil idade, relacionamentos e experiência. Em busca de um design brasileiro, contemporâneo e original, procuramos em nossos projetos e investigar diferentes metodologias de criação e de produção aliadas à prática de pesquisa onde o principal objetivo é também o processo de projeto e não apenas seu resultado final. Nós acreditamos em espaços interativos, hiper-sensoriais, responsivos, poéticos, bem humorados e honestos.
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EditoresMaria Helena Estrada ([email protected])Cristiano Barata ([email protected])
Coordenação editorialRoberto Abolafio Junior
RedaçãoNádia Fischer ([email protected])
Edição de arte, design e produção gráficaCibele Cipola, Luciane Stocco e Emílio Fim (estagiário)
RevisãoDeborah Peleias e Michaella Frasson
ColaboradoresAna Brum, Auresnede Pires Stephan, Cyntia Malaguti, Enrico Morteo, Fran Oliveira, Guto Indio da Costa, Thiago Maia
Marketing / [email protected]
CirculaçãoRita Cuzzuol ([email protected])
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Distribuição nacionalFC Comercial e Distribuidora S.A.
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