Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação...

33
Avaliação em ensino de Química: uma proposta alternativa utilizando uma atividade lúdica. 1 Zanéla, Everton Cardoso. 2 Soares, Marlon H. F. B. . Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas Palavras Chave: Avaliação, química, lúdico. Uma boa avaliação, deve ser mediadora. Para que isso seja possível, a percepção do professor no cotidiano escolar deve ser máxima. Ninguém melhor do que o mediador ( professor) para perceber qual será a melhor instrumentação e de que maneira poderá ser aplicada para contemplar senão todos, a maior parte dos educandos. Já uma atividade lúdica, além de representar um método diferenciado para avaliação, pode também dar significado a mesma. “Ativi dades como jogos ou brincadeiras, podem ser usados para apresentar obstáculos e desafios a serem vencidos, como forma de fazer com que o indivíduo atue em sua realidade, o que envolve, portanto, o despertar do interesse e a motivação que vem a seguir” (Soa res, 2013). Existe aqui uma nova proposta de avaliação em Química, apoiando-se no lúdico e seu grande poder exercido sobre os adolescentes, na busca de percepção, concentração, construção e assimilação de saberes. Vários encontros foram propostos no intuito de estabelecer uma relação entre o lúdico e a avaliação da aprendizagem por meio de um jornal alternativo na escola. O primeiro encontro caracterizou-se por debates e esclarecimentos após os estudantes terem pesquisado sobre os temas selecionados. No segundo encontro, uma nova pesquisa havia sido realizada, de maneira que os conhecimentos estavam mais sólidos e algumas ideias surgiram, cumprindo o propósito da avaliação diagnóstica. Para as duas turmas, adotou-se o padrão de produzir seis páginas de reportagens, duas destinadas a jogos e passatempos ligados aos temas. Uma das paginas do jornal do 1°Ano foi dedicada a uma história em quadrinhos, enquanto que para o 2°Ano, foi realizada uma entrevista com uma vítima do acidente com o Césio 137. No terceiro encontro, os estudantes levaram esboços das reportagens, passatempos, entrevistas e história em quadrinhos. Tudo foi devidamente corrigido pelo professor, cumprindo o propósito da avaliação mediadora. O quarto encontro foi para explicar as correções aos alunos e solicitar a devolução dos materiais corrigidos e formatados no quinto encontro, que teve por finalidade a organização conjunta dos materiais elaborados. Enfim, a relação entre o lúdico e a avaliação mostrou-se uma alternativa importante para a avaliação da aprendizagem em sala de aula. Referências HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré- escola a universidade. Porto Alegre: Mediação, 2008. SOARES, M. H.F.B.; Jogos e Atividades Lúdicas para o Ensino de Química. Kelps: Goiânia, 2013. Implementação da Lei 10639/03 no ensino de química: A síntese da Ferrita (Fe-Fe 2 O 4 ) Antônio C. B. Alvino (PG), Arcanjo R. de Moura (IC), Geisa L. M. Lima (IC), Morgana A. Bastos (IC), Regina N. Vargas (IC), Juvan P. DA Silva (PQ), Marilene B. Moreira (MS), Cláudio M. R. Benite (PQ) e Anna M. C. Benite (PQ) Laboratório de Pesquisa em Educação Química e Inclusão, LPEQI, Universidade Federal de Goiás UFG, Campus II Samambaia IQ NUPEC Caixa Postal 131 Goiânia GO CEP: 74001 - 970 Palavras Chave: África, síntese da Fe-Fe2O4 Resumo: Apresentamos aqui resultados de uma intervenção pedagógica (IP) sobre síntese de um composto magnético em aula de química experimental no ensino médio, numa turma de química mista composta por alunos do 1ª, 2ª e 3ª ano, no Centro de Ensino e Pesquisas Aplicadas à Educação em uma parceria universidade-escola na formação dos professores. A lei 10639/03 torna obrigatório história e cultura afro-brasileira no sistema de ensino. A IP foi gravada em áudio e vídeo, transcrita e analisada pela técnica de análise da conversação. Foram sujeitos dessa investigação nove professores em formação inicial. Para estudar as propriedades magnética (Fe3O4) foi preparada a ferrita utilizando sais complexos de Ferro (II) e (III) em meio básico. Utilizamos um imã para demonstrar as propriedades magnéticas composto sintetizado, ilustrado na figura 1. A IP foi desenvolvida a partir do contexto da mineração como principal atividade econômica nas colônias americanas considerando que os africanos traficados trouxeram consigo os saberes e tecnologias que dominavam. Figura 1. Solução com composto magnético e teste das propriedades magnéticas da ferrita. [1] Marcushi, L. A., Análise da Conversação. 5ª Ed. São Paulo: Ática, 2003. [2] Brasil. Ministério da Educação. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Universidade Federal de Goiás. Educação para as relações etnicorraciais/Orgs. Moraes, C. C. P; Lisboa, A. S; Oliveira, L. F./autores: Allysson Fernandes ...[et al.]; - Goiânia: FUNAPE: UFG/Ciar, 2012. Agradecimentos: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPQ pelo fomento concedido ao desenvolvimento desta pesquisa. WSPGQ-001 WSPGQ-002

Transcript of Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação...

Page 1: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Avaliação em ensino de Química: uma proposta alternativa utilizando uma atividade lúdica.

1Zanéla, Everton Cardoso. 2Soares, Marlon H. F. B. .

Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas Palavras Chave: Avaliação, química, lúdico.

Uma boa avaliação, deve ser mediadora. Para que isso seja possível, a percepção do professor no cotidiano escolar deve ser

máxima. Ninguém melhor do que o mediador ( professor) para perceber qual será a melhor instrumentação e de que maneira

poderá ser aplicada para contemplar senão todos, a maior parte dos educandos. Já uma atividade lúdica, além de

representar um método diferenciado para avaliação, pode também dar significado a mesma. “Atividades como jogos ou

brincadeiras, podem ser usados para apresentar obstáculos e desafios a serem vencidos, como forma de fazer com que o

indivíduo atue em sua realidade, o que envolve, portanto, o despertar do interesse e a motivação que vem a seguir” (Soares,

2013). Existe aqui uma nova proposta de avaliação em Química, apoiando-se no lúdico e seu grande poder exercido sobre os

adolescentes, na busca de percepção, concentração, construção e assimilação de saberes. Vários encontros foram propostos

no intuito de estabelecer uma relação entre o lúdico e a avaliação da aprendizagem por meio de um jornal alternativo na

escola. O primeiro encontro caracterizou-se por debates e esclarecimentos após os estudantes terem pesquisado sobre os

temas selecionados. No segundo encontro, uma nova pesquisa havia sido realizada, de maneira que os conhecimentos

estavam mais sólidos e algumas ideias surgiram, cumprindo o propósito da avaliação diagnóstica. Para as duas turmas,

adotou-se o padrão de produzir seis páginas de reportagens, duas destinadas a jogos e passatempos ligados aos temas.

Uma das paginas do jornal do 1°Ano foi dedicada a uma história em quadrinhos, enquanto que para o 2°Ano, foi realizada

uma entrevista com uma vítima do acidente com o Césio 137. No terceiro encontro, os estudantes levaram esboços das

reportagens, passatempos, entrevistas e história em quadrinhos. Tudo foi devidamente corrigido pelo professor, cumprindo o

propósito da avaliação mediadora. O quarto encontro foi para explicar as correções aos alunos e solicitar a devolução dos

materiais corrigidos e formatados no quinto encontro, que teve por finalidade a organização conjunta dos materiais

elaborados. Enfim, a relação entre o lúdico e a avaliação mostrou-se uma alternativa importante para a avaliação da

aprendizagem em sala de aula.

Referências

HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré- escola a universidade. Porto Alegre: Mediação, 2008. SOARES, M. H.F.B.; Jogos e Atividades Lúdicas para o Ensino de Química. Kelps: Goiânia, 2013.

Implementação da Lei 10639/03 no ensino de química: A síntese da Ferrita (Fe-Fe2O4) Antônio C. B. Alvino (PG), Arcanjo R. de Moura (IC), Geisa L. M. Lima (IC), Morgana A. Bastos (IC), Regina N. Vargas (IC), Juvan P. DA Silva

(PQ), Marilene B. Moreira (MS), Cláudio M. R. Benite (PQ) e Anna M. C. Benite (PQ) Laboratório de Pesquisa em Educação Química e Inclusão, LPEQI, Universidade Federal de Goiás – UFG, Campus II Samambaia IQ –

NUPEC Caixa Postal 131 – Goiânia – GO CEP: 74001 - 970 Palavras Chave: África, síntese da Fe-Fe2O4

Resumo: Apresentamos aqui resultados de uma intervenção pedagógica (IP) sobre síntese de um composto magnético em aula de química experimental no ensino médio, numa turma de química mista composta por alunos do 1ª, 2ª e 3ª ano, no Centro de Ensino e Pesquisas Aplicadas à Educação em uma parceria universidade-escola na formação dos professores. A lei 10639/03 torna obrigatório história e cultura afro-brasileira no sistema de ensino. A IP foi gravada em áudio e vídeo, transcrita e analisada pela técnica de análise da conversação. Foram sujeitos dessa investigação nove professores em formação inicial. Para estudar as propriedades magnética (Fe3O4) foi preparada a ferrita utilizando sais complexos de Ferro (II) e (III) em meio básico. Utilizamos um imã para demonstrar as propriedades magnéticas composto sintetizado, ilustrado na figura 1. A IP foi desenvolvida a partir do contexto da mineração como principal atividade econômica nas colônias americanas considerando que os africanos traficados trouxeram consigo os saberes e tecnologias que dominavam.

Figura 1. Solução com composto magnético e teste das propriedades magnéticas da ferrita. [1] Marcushi, L. A., Análise da Conversação. 5ª Ed. São Paulo: Ática, 2003. [2] Brasil. Ministério da Educação. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Universidade Federal de Goiás. Educação para as

relações etnicorraciais/Orgs. Moraes, C. C. P; Lisboa, A. S; Oliveira, L. F./autores: Allysson Fernandes ...[et al.]; - Goiânia: FUNAPE: UFG/Ciar, 2012.

Agradecimentos: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, ao Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPQ pelo fomento concedido ao desenvolvimento desta pesquisa.

WSPGQ-001

WSPGQ-002

Page 2: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Proposta para o Ensino da Química Analítica: Análise de Chumbo em Jornal. Erick de Oliveira Lemes¹; Daiana da Silva Vargem²; Joel Rocha da Silva³.

¹[email protected]; ²[email protected]; ³[email protected]. Palavras Chave: Ensino, espectrofotometria, jornal impresso.

Resumo: Um dos maiores desafios do ensino de Química é construir uma ponte entre o conhecimento acadêmico e o mundo cotidiano dos alunos. Frequentemente, a ausência desse vínculo é responsável por apatia e distanciamento entre alunos e conhecimentos teóricos obtidos nas salas de aula¹. O interesse sobre acumulação e toxicidade de metais tem crescido nos últimos anos, como consequência das exposições ocupacionais e ambientais ou dos distúrbios causados por esses elementos². O chumbo é um dos metais conhecidos mais usados desde os tempos mais antigos, devido ao seu baixo ponto de fusão e a facilidade de trabalho³. Assim, este trabalho objetivou mostrar a presença de chumbo em jornal impresso comercializado na cidade de Anápolis, através da Espectrofotometria de Absorção Atômica (EAA). Para a extração do chumbo, foram pesados 5 gramas de jornal em pedaços, colocados em béquer de 250 mL e adicionados 35 mL de ácido nítrico concentrado. Após agitação, a solução permaneceu em repouso por 10 minutos à temperatura ambiente. Em seguida, procedeu-se a filtração a vácuo, obtendo 25 mL de filtrado. Ao sobrenadante foram adicionados 3 mL de solução 30% de carbonato de sódio. A solução foi homogeneizada, levada ao aquecimento à 70-80 ºC por 15 minutos, com formação de precipitado de carbonato de chumbo. As alíquotas, obtidas no método de extração, foram feitas em triplicata, armazenadas em recipiente plástico e quantificado o teor de chumbo em EAA. O resultado da EAA revelou um teor médio de chumbo da ordem de 1 ppm, mostrando a possibilidade de estabelecer uma ligação entre o conhecimento teórico e a química experimental. Os experimentos propostos neste trabalho tentam flexibilizar a aula prática e tornar as aulas teóricas atrativas para os alunos. Apesar de ser empregado um EAA com chama, algumas partes dos experimentos não necessitam de quantificação, e podem ser aplicadas em instituições de ensino onde não se dispõe desse equipamento. [1] VALADARES, E. C. Propostas de experimentos de baixo custo centradas no aluno e na comunidade. Rev. Química Nova na Escola, 13: 38-40, 2001. [2] MOREIRA, F. R.; MOREIRA, J. C. A importância da análise de especiação do chumbo em plasma para a avaliação dos riscos à saúde. Rev. Química Nova, 27: 251-260, 2004. [3] CARVALHO, Fernando Martins et al. Intoxicação por chumbo e cádmio em trabalhadores de oficinas para reforma de baterias em

Salvador, Brasil. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 19, n. 5, out. 1985.

Implicações da formação de professores em instituições tecnológicas

Dylan Ávila Alves, Nyuara Araújo da Silva Mesquita.

Universidade Federal de Goiás, Laboratório de educação em química e atividades lúdicas (LEQUAL) Palavras Chave: Institutos Federais, perspectivas,racionalidade técnica.

Resumo: Historicamente os Institutos Federais (IF) se consolidaram como instituições de formação tecnológica e agrária pautadas na formação pela racionalidade técnica, sendo esta derivada da filosofia positivista que diz que profissionais são aqueles que solucionam problemas instrumentais através de meios técnicos apropriados

1. Após a promulgação da lei nº

11.892/08 os IF passaram a destinar 20% de suas vagas para cursos de formação de professores e, considerando identidade institucional, a formação docente pode ser comprometida quando alicerçada na visão positivista de Ciências. Este estudo contempla parte de dados coletados através de questionários que buscam compreender as concepções e princípios que fundamentam a formação de professores nos IF. Foram aplicados questionários a 26 licenciandos de um IF no estado de Goiás sobre as perspectivas após a conclusão do curso. Com a investigação, buscamos o contraste entre as perspectivas profissionais dos discentes e o perfil profissional pretendido no PPC do curso, pois embora o curso seja de licenciatura, é possível que se apresente com um perfil bacharelesco

2 tendo em vista o habitus instituído nos IF. No perfil do egresso no

PPC, destaca-se que a este egresso cabe Assumir conscientemente a tarefa educativa, cumprindo o papel social de preparar os alunos para o exercício consciente da cidadania; Refletir de forma crítica a sua prática em sala de aula, identificando problemas de ensino/aprendizagem. As análises das respostas dos licenciandos permitiu observar que as perspectivas discentes não confluem para o exercício profissional do professor, como pode ser verificado no trecho transcrito: (A16) Pretendo prestar concurso na área de química, talvez na área de educação (Grifo nosso). Ainda é possível verificar que as perspectivas profissionais dos licenciandos não se alinham ao perfil pretendido para o professor: (A5) As minhas perspectivas são de ir para uma indústria[...]; (A11) [...] me interesso por práticas experimentais e na área industrial, sendo este o meu primeiro plano. Nesse sentido, verificou-se que embora seja curso de licenciatura, a docência não é prioridade de atuação para os licenciados e que a formação pela racionalidade técnica pode estar presente nos IF, contribuindo para o distanciamento do interesse pela docência na educação básica, aproximando-os para atuação de um bacharel. [1] SCHON, D. Educando o Profissional Reflexivo: um novo design para o ensino e aprendizagem. Trad. Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. [2] ARANTES, F. J. F. Formação de professores nas licenciaturas do Instituto Federal Goiano: políticas, currículos e docentes. 2013. 140 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Goiás, Catalão, 2013.

WSPGQ-003

WSPGQ-004

Page 3: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

A abordagem de conceitos químicos na Educação não formal utilizando o Método Escoteiro.

Walex Fernandes Lima Victor Ricardo Felix Ferreira

Márlon Hebert Flora Barbosa Soares [email protected]

Palavras Chave: movimento escoteiro, ensino de ciências, educação não formal. Resumo: Este trabalho visou discutir conceitos químicos na visão de crianças e jovens (de 10 a 14 anos) participantes do Movimento Escoteiro sob o olhar da Educação não formal, assim como mostrar a relação entre aspectos do Escotismo e características da educação não formal, como por exemplo o desenvolvimento individual dentro de grupos coletivos, o aprendizado a partir da prática aplicadas de forma progressiva, a importância de ocorrer em um espaço alheio à realidade escolar, entre outros exemplos que podemos perceber tanto nas definições de Educação Não Formal, como nos princípios e métodos do Movimento Escoteiro. A pesquisa foi do tipo estudo de caso, realizada com escoteiros do Grupo Escoteiro Velho Lobo de Goiânia, Goiás. Para identificar e coletar a fala dos escoteiros foi realizado um jogo com o intuito de que eles definissem química segundo o seu ponto de vista. O presente trabalho nos mostrou que o fato do indivíduo não ter contato prévio com a discussão científica não é impecilho para que se aprenda ciências. Também ficou evidente o apoio que as práticas realizadas dentro do Movimento Escoteiro dão ao ensino formal, preenchendo algumas lacunas deixadas pelo processo do ensino escolar. [1] M. G. Gohn, Educação não-formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: aval.pol.públ.Educ., v.14(50), p.27-38, 2006 . [2] J. Maarschalk, Scientific literacy and informal science teaching. Journal of Research in Science Teaching, v. 25 (2), p. 135-146, 1988. [3] C. Paolillo, R. A. L. Imbernon, Educação Ambiental e educação científica no contexto do Movimento Escoteiro. Revista Experiências em Ensino de Ciências. v. 4(2), p. 93-105, 2009. [4] R. Süffert, Compreendendo os fundamentos do escotismo. Brasília: Editora Escoteira da UEB. 1995 [5] N. Thomé, Movimento Escoteiro: projeto educativo extraescolar. Revista HISTEDBR On-line, 23, p. 171–194, 2006. [6]UEB. União dos Escoteiros do Brasil. Projeto Educativo do Movimento Escoteiro. Brasília: Editora Escoteira da UEB, 2014.

Agradecimentos: Aos escoteiros que estiveram Sempre Alerta participando desse trabalho, tornando-o possível.

Construção de objetos virtuais de aprendizagem para apropriação de conhecimentos químicos no Ensino Médio

Supercil M. da Silva Filho e Nyuara Araújo da S. Mesquita [email protected]; [email protected]

Palavras Chave: NTICs, objeto virtual de aprendizagem, Jogos virtuais.

Resumo: Ao longo das últimas décadas verificou-se uma mudança da sociedade, que passou a utilizar as Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTICs) como forma de acelerar processos e interligar pessoas. A escola como parte integrante da sociedade deve adaptar-se para cumprir da melhor maneira seu papel como formadora de cidadãos. Assim, utilizar as NTICs pode auxiliar o aluno no que refere-se a interatividade permitindo ações, demonstrações, oportunidades de agir, de modificar e de interagir

[1]. Inseridos nas NTICs temos os objetos virtuais de aprendizagem; dentre estes, os jogos

virtuais, que podem criar possibilidades didáticas para a construção do conhecimento químico. A partir de tais pressupostos foi alicerçada esta investigação que buscou estabelecer a relação entre a construção de objetos virtuais e a aprendizagem, considerando a elaboração de objetos virtuais por alunos do Ensino Médio e tendo como foco conceitos abordados na disciplina de Química. A pesquisa se desenvolveu na perspectiva de uma investigação-ação tendo em vista a elaboração de jogos virtuais. Os estudantes produziram dois jogos relacionando conceitos químicos. Os jogos foram desenvolvidos em engine de fácil utilização permitindo que o aluno mesmo sem conhecimentos profundos em programação, pudesse participar de todas as etapas. Para analisar os dados obtidos, utilizou-se de duas categorias: apropriação conceitual, a partir da elaboração dos games e equilíbrio entre ludicidade e ensino aprendizagem. No decorrer da análise percebeu-se que o desenvolvimento das atividades possibilitaram a apropriação de conceitos de forma lúdica e que houve equilíbrio entre a diversão e a aprendizagem. Dessa forma conclui-se que a construção de jogos no formato virtual é também um elemento possibilitador da construção e apropriação de saberes pelos estudantes.

[1] MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1999.

WSPGQ-005

WSPGQ-006

Page 4: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

AVALIÇÃO DA GEOMETRIA DE ILUMINAÇÃO DA AMOSTRA NA TÉCNICA DE ESPECTROSCOPIA DE FLUORESCÊNCIA NO ESTUDO DE INTERAÇÃO ENTRE NANOPARTÍCULAS DE MAGHEMITA E A BSA

1Sueli Maria da Silva,

1Emília Celma de Oliveira Lima, 2

Lauro June Queiroz Maia 1Instituto de Química, Universidade Federal de Goiás.

2Instituto de Física, Universidade Federal de Goiás.

Palavras Chave: Nanopartículas de óxido de ferro, fluorescência, proteínas

A espectroscopia de fluorescência tem sido utilizada para a avaliar a interação de proteínas com nanopartículas. A técnica pode ser empregada utilizando-se duas geometrias diferentes de iluminação da amostra: modo right angle (RA) utilizado para amostras líquidas e o modo front face (FF) para amostras líquidas ou sólidas de alta densidade óptica. No modo (RA), o uso correto da técnica requer o monitoramento do espectro de absorção das moléculas ou nanopartículas. Absorção nas regiões onde a proteína é excitada e/ou emite fluorescência geram distorções do espectro de fluorescência, chamado efeito de filtro interno. O objetivo desse trabalho é comparar os dados obtidos da interação de nanopartículas de maghemita funcionalizadas com bicamada de laurato e a proteína BSA, por meio da espectroscopia de fluorescência usando as geometrias FF e RA com a correção do efeito de filtro interno utilizando o modelo proposto por Lakowicz (2006). Os resultados apresentados na figura 1 (A e B) mostram que a utilização do modo RA com correção do efeito de filtro interno não é adequando para o estudo da interação, pois não se observa linearidade no quenching da fluorescência da BSA com o aumento da concentração de nanopartículas. Os dados obtidos empregando o modo FF apresentam alta linearidade e permitem o cálculo dos parâmetros de interação entre nanopartículas e a proteínas. Desse forma, o modo front face (FF) é o mais indicado para o estudo da interação entre a BSA e nanopartículas que apresentam alta densidade óptica.

Figura 1A: Curva recsultante do ajuste linear, Modo FF Figura 1B: Curva recsultante do ajuste linear, Modo RA [1] J.R., Lakowicz. Principles of fluorescence spectroscopy, 2006, New York, ed. Springer. 3

rd, 954

Agradecimentos: FAPEG

-4,6 -4,4 -4,2 -4,0 -3,8 -3,6 -3,4 -3,2

-0,4

-0,2

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

Ajuste linear do quenching de fluorecência da BSA na presença de Np-Fe2O

3

funcionalizadas com bicamada de laurato - Modo FRONT FACE

Lo

g (

(F

0 –

F)/

F)

Log [Np-Fe2O

3]

Equation y = a + b*x

Adj. R-Square 0,99798

Value Standard Error

B Intercept 5,56081 0,05103

B Slope 1,27857 0,01394

ka= 3,63 x105

n= 1,27

-4,6 -4,4 -4,2 -4,0 -3,8 -3,6 -3,4 -3,2

-0,7

-0,6

-0,5

-0,4

-0,3

-0,2

-0,1

0,0

0,1

0,2

Lo

g (

(F

0 –

F)/

F)

Log [Np-Fe2O

3]

Equation y = a + b*x

Adj. R-Square 0,24584

Value Standard Error

B Intercept 0,78248 0,45338

B Slope 0,3168 0,12386

Ajuste linear do quenching de fluorecência da BSA na presença de Np-Fe2O

3

funcionalizadas com bicamada de laurato após a correção do efeito de filtro interno

A robótica Educacional como uma alternativa para a elaboração de protótipos alternativos de laboratório para o ensino médio por meio da colaboração.

Walex Fernandes Lima, Victor Ricardo Felix Ferreira, Márlon Herbert Flora Barbosa Soares [email protected], [email protected]

Palavras Chave: Soluções, robótica, colaborativa.

Resumo: Este trabalho pretende demonstrar uma forma de se utilizar a robótica com alunos do Ensino Médio e analisar como esse tipo de tecnologia pode colaborar para ao ensino de conceitos relacionados à disciplina de química. Pode-se evidenciar quais os conteúdos podem ser trabalhados na sala de aula, como, por exemplo, o conteúdo de soluções, bem como construir de maneira colaborativa um agitador de soluções proveniente de materiais alternativos de baixo custo. Isso é realizado usando-se um kit de robótica Arduino que utiliza plataforma Open Source, ou seja, pode ser acessado de forma gratuita na internet de modo a facilitar a disseminação desse tipo de tecnologia bem como dos trabalhos que são realizados, salientando que as ideias e a construção do próprio robô partiram dos alunos, apenas sob a orientação do mestrando. Dessa forma desenvolvimento dessa atividade pode possibilitar uma maneira pela qual os alunos passem a buscar novos conhecimentos, gerando assim novas discussões que se realizarão, aos pares ou em grupo, proporcionando assim um ambiente em que possa ficar mais estreita a relação professor/aluno, auxiliando desta forma no processo de aprendizagem.

Figura 1: Esquema do desenho dos protótipos feitos pelos alunos e o robô concluído.

Referências: TORRES P. L. Grupos de Consenso: uma proposta de aprendizagem colaborativa para o processo de ensino-aprendizagem. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 4, n.13, p.129-145, 2007. LIMA, W. F.; PEREIRA Jr, C. A.; FERREIRA, V. R. F.; CARMO, J. P. S.; SOARES, M. H. F. B. Desenvolvimento e Aplicação de um Robô Imóvel

Para Ensinar Tabela Periódica: robótica pedagógica no Ensino de Química, Revista Tecné, Episteme y Didaxis: TED. Bogotá Año 2014.

WSPGQ-007

WSPGQ-008

Page 5: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Sensor óptico fluorescente de nanotubos de peptídeos para oxigênio dissolvido G.A. Souza

1, P.A. Costa-Filho

1, T.D. Martins

1

1Universidade Federal de Goiás, Instituto de química, Campus II, Caixa Postal 24242, CEP 74690-971, Goiânia, GO

Palavras Chave: sensor, nanotubos, oxigênio

Sensores ópticos têm demonstrado uma sensibilidade muito maior do que os métodos analíticos convencionais, além da simplicidade e baixo custo[1]. O procedimento mais comum de determinação de oxigênio dissolvido (OD) é o eletroquímico, o qual requer cuidados no manuseio e substituição frequente do eletrólito, o que pode acarretar em contaminação e diminuição da precisão. Neste trabalho, produziu-se um novo sensor fluorescente de nanotubos de peptídeos para OD. O sensor é baseado na supressão da fluorescência pelo OD, onde a intensidade da fluorescência é proporcional à concentração de OD no meio. Os ensaios foram conduzidos em um aquário contendo peixes e um aquário controle, nos quais a oxigenação foi interrompida, marcando tempo t = 0 h na coleta da primeira amostra. Foram realizadas medidas de intensidade de fluorescência do sensor na presença das amostras, e medidas de OD pelo método convencional eletroquímico. Ao avaliar a coerência da resposta do sensor com os dados de OD obtidos pelo método convencional, observou-se uma concordância entre as intensidades e as concentrações de OD. O dispositivo construído está em fase de patenteamento. [1] X.D. Wang, H.X. Chen, Y. Zhao, X. Chen, X.R. Wang Trends in Analytical Chemistry 2010, 29, 319 – 338.

Agradecimentos: Os autores agradecem a CAPES, CNPq e o PIBIC pelas bolsas e a FAPEG pelo apoio financeiro.

Síntese de Polianilina a Partir de Anilina por Método Eletroquímico em Eletrodo de Aço Inoxidável AISI 304

Leandro Lima Carvalho1*

, Isabella Monteiro Santana2, Sérgio Botelho de Oliveira

2, Flávio Colmati

1

* [email protected]

1. Instituto de Química, Universidade Federal de Goiás

2.Instituto Federal de Goiás, Campus Goiânia

Palavras Chave: polímeros condutores, eletropolimerização, polianilina.

Resumo: Materiais poliméricos abrangem uma classe de materiais comercializados e indispensáveis para a sociedade [1-3].

Os polímeros dopados de estruturas conjugadas como o poliacetileno, polipirrol e a polianilina (Pani) são explorados

constantemente por apresentarem diversas propriedades químicas e físicas. Este processo coloca a Pani em destaque em

relação com outros polímeros condutores, pela facilidade de síntese química [4] e/ou eletroquímica [4], estabilidade química e

térmica [2]. Para isso, foi confeccionado um eletrodo de aço inoxidável (3,0 cm / 3,0 cm2) e foi utilizado uma célula

eletroquímica contendo três eletrodos, sendo o eletrodo de aço como eletrodo de trabalho, Ag/AgCl/Cl-sat como eletrodo de

referencia e um fio de platina como contra-eletrodo. O eletrólito utilizado foi ácido Sulfúrico 0,5 mol L-1

contendo as soluções

dos monômeros de Anilina na concentração de 0,2 mol L-1

. Um filme de polianilina foi sintetizado na superfície do eletrodo de

trabalho. Para a síntese deste polímero o potencial do eletrodo foi variado controladamente entre -0,2 a +0,1 V vs.

Ag/AgCl/Cl-sat. [4] e, os resultados voltamétricos mostraram a formação de produtos com coloração majoritária verde e, em

potencias mais elevados coloração majoritária azul, provavelmente, acontece as formações de diferentes produtos com

estados de oxidação variados. O eletrodo de aço mostrou atividade catalítica para reações redox da Pani. Portanto, estudos

posteriores poderão ser realizados para caracterizar os produtos e produzir novos catalisadores para reações

eletrocatalíticas da Pani.

Agradecimentos: CAPES, CNPq, FAPEG

[1] I. M. Campebell, Oxford Sc. Public. 1994, 213. [2]

J.C. Scott, Q. Nova 1996, 19, 388-399. [3] C. K. Chiang, C. R., Fincher; Y. W. Parck; E. J. Louis; A. G. Macdiarmd, Phys. Rev. Lett. Soc. 1977, 39, 1098-1101. [4] A. Fontana; F. Garcia; R. J. Garcia, Publ. UEPG Ci. Exatas e da Terra, Ci. Agr. Eng., Ponta Grossa 2012, 18, 15-21.

WSPGQ-009

WSPGQ-010

Page 6: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

ESTUDO SEMIEMPÍRICO DO EFEITO DAS FORÇAS DE INTERAÇÃO E DO SOLVENTE NO PROCESSO DE

AUTOORGANIZAÇÃO DE NANOESTRUTURAS DE DIFENILALANINA. Antonio Carlos Chaves Ribeiro (PG)

1, Tatiana Duque Martins (PQ)

1.

1.Universidade Federal de Goiás - UFG, Campus Samambaia.

Palavras Chave: Difenilalanina, semiempírico, nanoestruturas.

Dentre as diversas nanoestruturas baseadas em peptídeos conhecidas hoje, a difenilalanina (FF) é a unidade mais estudada[1]. Derivados deste peptídeo são extremamente estáveis além de permitirem inúmeras modificações[2]. Suas nanoestruturas possuem arranjo hexagonal de seis unidades associadas entre seus terminais carregados. Os anéis se repetem lateralmente com cadeias laterais apontadas para fora, que interagem, por interações hidrofóbicas e empilhamento π[3]. Este trabalho busca estudar os efeitos do meio e das interações entre componentes do sistema, a partir de simulações computacionais em nível de teoria semi-empírico, além de avaliar o efeito do balanço de forças de interação sobre o processo de auto-organização. Para que se possa inferir sobre como o balanço de forças influencia o processo de formação dos anéis na nanoestruturação, julgamos necessário obter uma descrição detalhada das forças que dominam as interações entre duas FF, sua geometria em diferentes solventes, e as energias envolvidas nos processos de excitação. Cálculos teóricos de otimização e frequência foram realizados, em nível semi-empírico utilizando água como solvente implícito, buscando-se obter as energias do estado fundamental de duas moléculas de FF interagindo na forma neutra, zwitteriônica e com a formação de uma ligação peptídica(e liberação de uma molécula de água). Três FF na forma zwitteriônica também foram alvo de cálculos, em parâmetros similares, a fim de obter informações acerca da estabilização de anéis fenila entre moléculas adjacentes. Os resultados sugerem a interação por pontes salinas entre espécies carregadas como a mais desejável energeticamente em concordância com o que afirma Gorbitz[4]. Nestas simulações as cadeias laterais interagem extensivamente em conformação próxima ao T-shaped, em redes estruturadas em forma de folhas-beta[5]. Para o sistema contendo três FF, podemos justificar a estabilização das três FF devido à diminuição da entropia do sistema pela interação dos anéis fenila em conformação próxima à paralela inclinada, o que leva o conjunto à uma conformação piramidal. Nosso trabalho permite aventar que dentre todas as interações intramoleculares que se estabelecem, o empilhamento π-π têm posição de destaque, à medida que cada grupo fenila se empilha em conformação paralelo-inclinado com outras duas fenilas de FF adjacentes, totalizando 36 interações por arranjo hexagonal[5].

[1] SCANLON, S.; AGGELI, A. NanoToday 2008, v.3, p.22-30. [2] YEMINI, M.; RECHES, M.; RISHPON, J.; GAZIT, E. Nano Letters 2005, v.5, p.183-186. [3] E. GAZIT. The FASEB Journal 2002, v.16, p.77–83. [4] GÖRBITZ, C. H. Chemistry 2001, v.7, p.5153–9.

[5] JEON, J.; MILLS, C. E.; SHELL, M. S. The Journal of Physical Chemistry. B 2013, v.117, p.3935–43.

Recuperação de platina de conjuntos eletrodos/membranas usados em células a combustível (PEMFC) inativas Andre Mychell Sampaio, Flavio Colmati.

Instituto de Química Universidade Federal de Goiás Palavras Chave: Platina, Catalisador, Recuperação.

Resumo: O trabalho tem como finalidade recuperar platina de eletrodos de difusão de gás utilizados em células a combustível PEMFC (Proton Exchange Membrane Fuel Cell) e em seguida construir novos catalisadores para reutilização em nas mesmas células a combustível. A recuperação se inicia com a separação dos eletrodos do eletrólito (membrana de Nafion

®) e

posterior oxidação dos eletrodos em uma mufla. Em seguida, o material queimado é colocado para reagir com água régia para oxidar a platina e qualquer outro material que porventura tenha sobrado, formando íons metálicos em solução. Os quais são precursores para a síntese dos catalisadores. Para calcular a quantidade do metal aproveitado, foi realizado experimentos de espectroscopia de absorção atômica, utilizando a absorção 271,9 nm do espectro da platina. Os íons de platina na solução recuperada foram reduzidos e ancorados em carbono de alta área superficial (Vulcan XC 72R) novamente, utilizando como agente redutor o: i) borohidreto, ii) metanol, iii) etanol. Todos os materiais foram preparados cotendo 20% (m/m) de metal sobre carbono. Os materiais foram caracterizado por raio-X, microscopia eletrônica, voltametria cíclica e cronoamperometria. Na figura 1 é mostrado curvas de voltametria cíclica dos materiais recuperados e em comparação com material comercial E-TEK, utilizado como padrão.

Figura 1 – Voltametria cíclica em 0,5 mol L

-1 de H2SO4 dos materiais de Pt recuperada e reduzida sobre carbono, v = 10 mV s-1, temperadura

ambiente (27 ± 2 oC)

[1] H. Wendt, M. Gotz, M. Linardi, Química Nova, 2000,23(4).

[2] C. Lamy, S. Rousseau, E. C. Belgsir, C. Coutanceau, J. Léger Electrochimica Acta, 2004, v. 49, p. 3901-3908.

WSPGQ-011

WSPGQ-012

Page 7: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE NANOPARTÍCULAS FUNCIONALIZADAS COM BICAMADAS DE MOLÉCULAS ANFIFÍLICAS PARA A REMOÇÃO DE CONTAMINANTES ORGÂNICOS EM ÁGUA Diogo dos Santos Alves, Emília Celma de Oliveira Lima.

IQ, Instituto de Química - Universidade Federal de Goiás. Palavras Chave: Nanopartículas, agrotóxicos, adsorção.

Resumo: A nanociência tem ganhado espaço atualmente em diversas áreas do conhecimento tais como : farmacêutica, química, construção civil, entre outras, devido a sua alta aplicabilidade tecnológica. Dentre os sistemas nanoestruturados as nanopartículas com dimensões 1 nm até 100 nm são amplamente investigadas e aplicadas

[1]. Uma área de aplicação de

nanopartículas que está se destacando é a remediação ambiental. Os agrotóxicos são um problema ambiental, principalmente quando usados próximos a cursos d’água. As dificuldades na remoção de agrotóxicos residuais em águas motivaram o presente trabalho, cujo objetivo é avaliar a eficiência de três sistemas nanoestruturados na remoção de dois agrotóxicos utilizados na agricultura brasileira: iprodiona e carbendazim, ambos fungicidas

[2]. Os sistemas utilizados foram

nanopartículas de magnetita funcionalizadas com bicamadas dos íons oleato/dodecilbenzenosulfonato (O/D), laurato/laurato (L/L) e laurato/dodecilbenzenosulfonato (L/D). Cada sistema foi colocado em contato com uma mistura de sete agrotóxicos, todos com a mesma concentração e assim avaliou-se a eficiência de remoção da iprodiona e carbendazim. As eficiências de adsorções são em média para o carbendazim (Figura 1-a): 83,15%, 84,82% e 86,61% para as bicamadas O/D, L/L e L/D, respectivamente, enquanto que para a iprodiona (Figura 1-b) são 97,92%, 97,63% e 96,38% para as bicamadas O/D, L/L e L/D, respectivamente. Estes resultados mostram que tais sistemas são muito eficientes na remoção dos compostos. A maior eficientes para remoção da iprodiona será explicada em termos das interações intermoleculares presentes nos sistemas.

(a) (b)

Figura 1: Em a) Curvas de adsorção do Carbendazim e b) curvas de adsorção da Iprodiona. [1] Yang Q. Jiangong Liang J.,Han H. Probing the Interaction of Magnetic Iron Oxide Nanoparticles with Bovine Serum Albumin by Spectroscopic Techniques, 2009, volume 119, 10454–10458. [2] Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Diagnóstico Institucional de Nanotecnologia, 2014.

Caracterização morfológica e fotofísica de filmes finos de derivados de carbazol. Diéricon Sousa Cordeiro, Tatiana Duque Martins

Uinversidade Federal de Goiás, Instituto de Química – Campus Samambaia Palavras Chave: PVK, Fluorescência, Filmes finos.

Resumo: Materiais intrinsecamente luminescentes encontram emprego na construção de diversos dispositivos eletro-ópticos como sensores, displays, células solares, entre outros. Derivados de carbazol, especificamente o Polivinilcarbazol (PVK), é um dos materiais mais intensamente estudados, devido a sua emissão no azul. O PVK é um típico polímero transportador de buracos, o qual, é frequentemente usado em dispositivos eletroluminescentes [1]. Soluções em varias concentrações foram preparadas do 9-vinilcarbazol e do seu respectivo polímero o polivinilcarbazol (PVK), e deles filmes finos produzidos por métodos distintos, conhecidos como spin-coating e self-assemble. A fotofísica foi determinada por meio de espectroscopia de fluorescência foto-estacionária. Por meio dos espectros de fluorescência e de excitação, obtidos a partir das soluções em concentrações distintas e dos filmes produzidos pelas distintas técnicas, é possível observar deslocamentos espectrais e alterações nas larguras de banda quando se compara os espectros obtidos das soluções diluídas e dos filmes. Devido ao fato de no filme, a mobilidade ser muito menor e variar com o aumento da temperatura é possível inferir sobre as conformações que resultam nos deslocamentos espectrais. A espessura dos filmes e homogeneidade, assim como a morfologia é fornecida pelas imagens de microscopia de força atômica e de transmissão.

Figura 1 – Polivinilcarbazol (PVK) e 9-vinilcarbazol respectivamente.

[1] DKHIL, S. Ben et al. Synthetic Metals 2011, Vol. 161, pag 1928-1933.

Agradecimentos: CNPq, FAPEG pelo suporte financeiro. .

WSPGQ-013

WSPGQ-014

Page 8: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Estudo do Efeito da Anarmonicidade no Controle Coerente de Sistemas Quântico via Pulsos π Eric Johnn Mascarenhas, Freddy Fernandes Guimarães

Instituto de Química, Universidade Federal de Goiás, Campus Samambaia, CEP 74001-790, Goiânia – GO, Brasil Palavras Chave: Pulsos π, controle coerente, anarmonicidade

O controle de sistemas químicos é um problema que instiga pesquisadores desde os primórdios da ciência. Na segunda metade do séc. XX uma nova alternativa para o controle de tais sistemas foi proposta com o advento dos lasers[1]. Com a utilização de pulsos de laser com formatos distintos é possível obter o controle coerente de sistemas atômicos e moleculares devido ao seu caráter quântico. A obtenção de pulsos com características apropriadas para promover o controle ótimo pode ser realizada de diversos métodos como algoritmo genético ou teoria do controle ótimo[2]. Dentre as técnicas de controle de população de níveis quânticos, a teoria dos pulsos π generalizados se destaca por fornecer pulsos com formatos que podem ser realizados experimentalmente mais facilmente[3]. Para o emprego de qualquer técnica de controle coerente de sistemas quânticos, como por exemplo os modos normais vibracionais de moléculas, alguns fatores devem ser levados em conta. A anarmonicidade do sistema é um deles. Ela possibilita a excitação de níveis quânticos distintos permitindo restringir as excitações dos modos normais vibracionais a um sistema de dois estados quânticos. Quanto maior a anarmonicidade do sistema, menor é o tempo de pulso necessário para restringir os modos vibracionais moleculares a dois estados quânticos. Neste trabalho será demonstrado a correlação entre a anarmonicidade e o tempo de pulso necessário para controle do sistema através do emprego de pulsos π generalizados e o efeito da anarmonicidade na controlabilidade dos modos normais vibracionais.

[1] H. Rabitz, R. Vivie-Ridle, M. Motzkus, K. Kompa Science 2000, 288, 824-828. [2] A. P. Peirce, M. A. Dahleh, H. Rabitz Phys. Rev. A 1988, 37, 4950-4964. [3] M. Holthaus, B. Just Phys. Rev. A 1994, 49, 1950-1960.

Agradecimentos: CAPES, CNPq e FAPEG.

Figura 1. Gráficos da população final dos estados dos potenciais modelos de morse em função do

tempo

As Funções de Localização dos Elétrons para os Estados Eletronicamente Excitados do Ozônio Gabriel Rodrigues Martins e Anselmo Elcana de Oliveira

Instituto de Química (IQ), Universidade Federal de Goiás (UFG) Palavras Chave: SAC-CI, estados excitados, ozônio

Resumo: O Método de Configuração de Interação Adaptado à Simetria (SAC-CI) pode ser aplicado em vários tipos de

estados excitados usando os operadores de excitação adequados. Um mérito importante é que se pode calcular esses diferentes estados eletrônicos com uma mesma precisão. As funções de localização eletrônica (ELF) já foram estudadas para a molécula de ozônio por Slawomir e colaboradores, mas esses estudos foram feitos somente para o estado fundamental

1. O

presente trabalho realiza esses estudos também para os estados excitados, pois com a ajuda dessas superfiícies é possível uma melhor caracterização dos estados excitados. O cálculo para as geometrias das moléculas foram feitos no pacote Gaussian 09

2 com o método SAC-CI e o conjunto de base cc-pVTZ-f (sem a polarização do tipo f). A frequências hamônicas

foram obtidas para os dois primeiros estados singletos e tripletos de geometria C2V. As ELF permitiram a construção de modelos de fácil visualização para identificar as transições eletrônicas com base nos deslocamentos eletrônicos e caracterizar a ligação química.

Figura 1 – ELF para o estado 1A1 do ozônio

Tabela 1 – Geometrias e energias de excitação adiabáticas e verticais para a molécula de ozônio ao nível de teoria SAC-CI/CC-pVTZ-f

Estado ROO (Å) AOOO (°) EA (eV) EV (eV)

X1A1 1,241 117,43 ... ...

11A2 1,290 102,91 1,90 2,35

11B1 1,270 123,62 2,21 2,27

11B2 1,328 110,64 5,08 5,44

21B1 1,334 115,36 8,44 9,38

21B2 1,343 114,04 3,48 4,43

[1]. Slawomir Z., Lech C., Jan Wasilewski, Lower vibrational states of SO2. Density functional and discrete variable representation approach. Journal of Molecular Structure THEOCHEM, 629, p. 61-70. [2]. GAUSSIAN 09, Revision B.01, M. J. Frisch, et al. Gaussian, Inc., Wallingford CT, 2010.

Agradecimento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

WSPGQ-015

WSPGQ-016

Page 9: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Estudo da eletrooxidação de álcoois em eletrodos de PtSn/C e PtCu/C

. G. C. S. R.

Reis.

(1),F. Colmati

(1)

1 Universidade Federal de Goiás - UFG, Campus Samambaia, Goiânia - GO, Instituto de Química - IQ – Goiânia-GO - Brasil

Palavras Chave: Eletroxidação, Metanol, Etanol

Resumo: As reações de electrooxidação de alcoóis apresentam interesse para aplicações em células a combustível de álcool direto (DAFC), promissores especialmente para aplicações portáteis.[1] Alcoóis como o metanol e etanol são amplamente estudados por apresentarem oxidação em potenciais de interesse para aplicação em DAFC, resultando em altas densidades de corrente e baixos sobrepotenciais.[2] No ânodo da DAFC são utilizados catalisadores à base de platina, que é envenenada por intermediários absorvidos. Uma alternativa é acrescentar um metal combinado à platina, para modificar a estrutura eletrônica da platina, modificando os mecanismos de eletroxidação dos álcoois e também os intermediários de reação. Este trabalho compara os materiais de PtCu e PtSn para oxidação de metanol e etanol. Observa-se que PtSn tem pouca atividade para a oxidação do metanol se comparada com etanol, além disso observa-se também que o PtSn apresenta uma maior corrente de oxidação de etanol do que o PtCu.

A) B)

Figura A) Voltametria cíclica em 0,5 M de H2SO4, v= 50 mV.s

-1, T = 27

oC, B) Cronoamperometria em 0,5 M de H2SO4, 1M de etanol, dos

materiais PtCu e PtSn em E = 0,3V [1] Oliveira-Neto, A.; Brandalise, M.; Dias, R. R.; Ayoub, J. M. S.; Silva, A. C.; Penteado, J. C.; Linardi, M.; Spinacé, E. V.; Int. J. Hydrogen Energ. 2010, 35, 9177 [2] Spinacé, E. V.; Linardi, M.; Oliveira-Neto, A.; Electrochem. Commun. 2005, 7, 36

Agradecimentos: Capes e CNPq

-0.2 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8-1

0

1

2

3

4

5

6metanol: PtSn PtCu etanol: PtSn PtCu

co

rre

nte

/ m

A

potencial / mV vs. Ag/AgCl/Cl-

sat

0 300 600 900 1200 1500 18000.1

0.2

0.3

0.4

0.5

metanol: PtSn PtCuetanol: PtSn PtCu

co

rre

nte

/ m

A

tempo / segundos

WSPGQ-018

WSPGQ-017

Encapsulamento de álcool perílico por nanoestruturas peptídicas como proposta para tratamento de câncer CAMARGO, H.S., COLMATI, F., MARTINS, T.D.

Universidade Federal de Goiás – Instituto de Química Palavras Chave: Álcool Perílico, Câncer, L- difenilalanina.

Resumo: As alternativas terapêuticas hoje existentes para o tratamento de câncer apresentam grandes limitações para que se obtenha resultados satisfatórios, sendo necessário o desenvolvimento de novas alternativas que apresentem uma maior eficiência terapêutica no combate ao câncer. O álcool perílico é um monoterpeno extraído de óleos essenciais de hortelã e cascas de frutas cítrica, ele tem apresentado resultados expressivos no aumento de sobrevida de pacientes com câncer e redução no tamanho do turmo

1. A proposta de associar o álcool perílico a um sistema de drug delivery, onde o

álcool está encapsulado em um peptídeo (L- difenilalanina) favorece vantagens como a maior eficácia farmacêutica e liberação controlada e progressiva da droga. Este trabalho tem como objetivo a síntese de nanobioestruturas de L-difenilalanina para o encapsulamento de álcool perílico. A síntese das nanoestruturas ocorre por meio de crescimento espontâneo em solução, controlando a morfologia das estruturas por meio das condições empregadas ao sistema durante a síntese. Os materiais obtidos foram caracterizados por Microscopia Eletrônica de Varredura, afim de visualizar as estruturas produzidas.

[1] TAKAGAKI, T. Y. “Avanços no Tratamento do Câncer Pulmonar”. J. Bras. Pneumol. 31 (6): iii-v; 2005.

Page 10: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Estudo da eletrocatálise de etanol sobre PtSnCu/C em meio ácido Monah Marques Magalhães*, Flávio Colmati

* [email protected]

Instituto de Química,Universidade Federal de Goiás. Palavras Chave: PtSnCu/C, etanol, DEFC

Neste trabalho é apresentado um estudo sobre a estabilidade do eletrocatalisador trimetálico PtSnCu/C e bimetálicos de PtCu/C frente a reação de oxidação de etanol em solução. Estes materiais foram sintetizados por redução química de íons metálicos através de refluxo de etanol [1] e caracterizados fisicamente por difração de raios-X (DRX) e Microscopia Eletrônica de Transmissão de alta resolução (HRTEM). Por DRX observou-se a estrutura fcc da Pt, picos de óxidos de Cu e Sn não foram observados, mas a existência destes não pode ser descartada. HRTEM mostrou uma distribuição homogênea das partículas metálicas no suporte de carbono [1]. Os experimentos de oxidação de etanol foram realizados em uma célula eletroquímica contendo três eletrodos, um eletrodo de trabalho, um eletrodo de referencia de Ag/AgCl/Cl

-sat e um fio de

platina como contra eletrodo. O eletrodo de trabalho consiste de um cilindro de carbono vítreo imerso em teflon, na face exposta foi depositada uma camada ultra-fina com o catalisador e, após seco levado à célula eletroquímica ( a carga de platina no eletrodo de trabalho era de 100 µgPt). Como eletrólito foi utilizado uma solução 0,5 mol L

-1 de H2SO4. Foram

realizados experimentos de Voltametria Cíclica (VC) e Cronoamperometria (CR) na presença e na ausência de etanol no eletrólito. Para avaliar a estabilidade dos materiais, foi registrado uma CR em 0,25 V Ag/AgCl/Cl

-sat antes e após o material

ser submetido a 100 ciclos de potencial por voltametria cíclica (degradação acelerada) na presença de 2 mol L-1

de etanol em 0,5 mol L

-1 de H2SO4 [2], os materiais foram ciclados em uma janela de potencial de -0,2 a 0,8 V Ag/AgCl/Cl

-sat a 50 mV s

-1 a

temperatura ambiente (~27 oC) . Observou-se que após os ciclos a corrente de oxidação de etanol tem uma ligeira queda em

relação ao experimento inicial, isso pode ser atribuído à degradação acelerada do catalisador, alem disso, o material binário apresentou pequena mudança no perfil voltamétrico entre os primeiros e os últimos ciclos por outro lado o material ternário apresentou uma queda de corrente de pico de oxidação o que pode ser atribuído a adsorção de intermediários de reação ou degradação do catalisador. Agradecimentos: FAPEG, CAPES e CNPq. [1] M. M. Magalhães, F. Colmati, J. Braz. Chem. Soc., 2014, 25, 1317. [2] M. Ammam, E. B. Easton J. Power Sources, 2013, 222, 79.

SÍNTESE DE POLÍMEROS CONDUTORES NANO-ESTRUTURADO À BASE DE POLIANILINA/POLIPIRROL PARA APLICAÇÃO EM PRÓTESES CORPÓREAS.

Isabella Monteiro Santana1*

, Leandro Carvalho2, Sérgio Botelho de Oliveira

1, Flávio Colmati

2.

1.Instituto Federal de Educação, Campus Goiânia

2. Instituto de Química, Universidade Federal de Goiás

*[email protected],. Palavras Chave: polímeros condutores, eletropolimerização, polianilina.

Resumo: Polímeros condutores são formados por cadeias orgânicas que possuem ligações simples e duplas alternadas. Essa conjugação permite o controle da corrente elétrica, podendo então ter sua condutividade ajustada em função do grau de oxidação do polímero [1]. Há várias formas de síntese de polímeros condutores, duas principais são química [2] e eletroquímica [3]. Várias são as aplicações de polímeros condutores, por exemplo: LED, teto solar, próteses humanas, entre outros. O objeto deste trabalho é a síntese eletroquímica do copolímero polianilina/polipirrol. Para isso, foi confeccionado um eletrodo de aço inoxidável e foi utilizado uma célula eletroquímica contendo três eletrodos, sendo o eletrodo de aço como eletrodo de trabalho, Ag/AgCl/Cl

-sat como eletrodo de referencia e um fio de platina como contra-eletrodo. O eletrólito utilizado

foi ácido Sulfúrico 0,5 mol L-1

contendo as soluções dos monômeros de Anilina e Pirrol 1:1 (v/v) ambos na concentração de 0,1 mol L

-1. Um filme de copolímero foi sintetizado na superfície do eletrodo de trabalho. Para a síntese deste copolímero o

potencial do eletrodo foi variado controladamente entre -0,2 a +0,1 V vs. Ag/AgCl/Cl-sat. O composto formado não apresentou

característica redox nos experimentos de voltametria cíclica, entretanto observou-se uma a diminuição da corrente de oxidação e simultaneamente um aumento do potencial de reação. [1] A. Fontana, F. Garcia, J. Garcia UEPG Ciências Exatas 2012 , 18, 0002. [2] E. S. Medeiros, J. E. Oliveira, N. Consolim-Filho, L. G. Paterno, L. H. C. Mattoso Revista Eletrônica de Materiais e Processos 2012, 7.2, 62-77. [3] L. H. C. Mattoso Química Nova 1996, 19, 4.

Agradecimentos: Ao CNPq, CAPES e FAPEG.

WSPGQ-019

WSPGQ-020

Page 11: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Avaliação da Remoção de Compostos Ácidos do Petróleo em Diferentes Tipos de Carvões Ativados Anderson Barros Caixeta Araújo (PG), Boniek Vaz Gontijo (PQ), Indianara Conceição Ostroski (PQ).

Instituto de Química, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil. Palavras Chave: adsorção, ácidos naftênicos, carvões ativados, petróleo.

Resumo: A utilização do processo de adsorção em carvão ativado diretamente na remoção de compostos ácidos presentes no óleo de petróleo ainda é pouco investigada e, portanto, de grande interesse. Isso porque é desejável a remoção de tais compostos, uma vez que estes promovem a corrosão em equipamentos e tubulações das refinarias, além da formação de poluentes ambientais.

1 Visando uma maior eficiência do processo de adsorção, foi feito um tratamento químico para mudança

na polaridade superficial dos carvões. Para efeito de comparação, os ensaios de adsorção de compostos ácidos do petróleo foram conduzidos utilizando-se os carvões tratados e não tratados quimicamente.

Os resultados de Espectrofotometria e

Espectrometria de Massas revelaram que o tratamento químico é fundamental para a melhoria da capacidade adsortiva, uma vez que os carvões submetidos ao tratamento químico removem uma maior porcentagem de cor de uma solução de petróleo, bem como de compostos oxigenados (ácidos naftênicos). O carvão ativado que apresentou o melhor resultado foi o carvão de osso de boi tratado, o qual foi capaz de remover 97% da cor de uma solução de petróleo, além de remover todos os compostos da classe oxigenada de uma matriz petrolífera.

Figura 1: (a) Soluções de petróleo após os ensaios de adsorção (b) Distribuição das classes presentes no petróleo após

adsorção com os carvões de osso de boi. [1] Zhang, L.; Xu, Z.; Shi, Q.; Sun, X.; Zhang, N.; Zhang, Y.; Chung, K. H.; Xu, C.; Zhao, S.; Energy Fuels, 2012, 26, 5795-5803.

Agradecimentos: CAPES, IQ-UFG, PETROBRAS.

Dinâmica Quântica da Reação H + HCl → H2 + Cl sob a ação de pulsos de Lasers no Infravermelho: Efeitos da Fase do Pacote de Ondas e Distribuição Espacial dos Reagentes

Vinícius Vaz da Cruz e Freddy Fernandes Guimarães Instituto de Química, Universidade Federal de Goiás, Campus Samambaia, CP 131, CEP 74001-970, Goiânia – GO.

Palavras Chave: Controle Coerente, Pacote de Ondas, Lasers

Neste trabalho, são apresentados cálculos de dinâmica molecular quântica para a reação colinear H + HCl → H 2 + Cl, como sistema modelo para estudar o controle coerente[1] de um processo de colisão empregando pulsos de infravermelho. As simulações foram realizadas pela resolução numérica da equação de Schrödinger dependente do tempo na presença de um pulso de laser[2]. Os resultados das simulações computacionais mostram uma forte dependência da probabilidade de reação com a fase inicial do pacote de ondas (Fig. 1.a), a qual pode ser controlada pela fase do laser aplicado[3]. É feita a análise da distribuição espacial das moléculas reagentes nas probabilidades de reação, uma vez que devido à oscilação do pacote de ondas, a fase efetiva depende da distância percorrida pelo átomo de H (Fig. 1.b). É construida a superfície de probabilidade de reação completa, na qual as condições de maximização e minimização da obtenção dos produtos são evidenciadas, demonstrando teoricamente a possibilidade de se controlar o rendimento de reações químicas com lasers.

a)

b)

Figura 1: a) probabilidade de reação P em função da fase do pacote de ondas. b) esquema do efeito de distribuição espacial na colisão. [1] A. Rice e S.P. Shah Phys. Chem. Chem. Phys. 2002, 4, 1683. [2] V.V. Cruz, F.F. Guimarães Quim.Nova 2013, 36, 267. [3] V. Kimberg, F.F. Guimarães, V.C. Felicíssimo e F. Gel’mukhanov Phys. Rev. A 2006, 73, 023409.

Agradecimentos: Ao CNPQ e FAPEG. VVC agradece a CAPES pela bolsa de Mestrado.

WSPGQ-021

WSPGQ-022

Page 12: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Desenvolvimento de novas fases extratoras SPE de Quitosana e Compósitos de Polianilina para análises de Agroquímicos em amostras de água por cromatografia líquida

BRANQUINHO, Adriene de Cássia, SILVA, Franco Cesar Belchior da, AGUIAR, Ana Carolina Ribeiro, CAMPOS, Flávio Arantes, SOARES , Francielle Queiroz, RUGGIERO, Marçal Antônio,RABELO, Denilson, CHAVES, Andrea Rodrigues

Instituto Federal Goiano- Câmpus Rio Verde-GO Universidade Federal de Goiás- Câmpus Samambaia

Instituto Federal de Goiás-Câmpus Inhumas-GO Palavras Chave: extração em fase sólida, agroquímicos, cromatografia líquida

A proximidade dos corpos de água das áreas agrícolas e diversos outros fatores estão relacionados à contaminação dos mananciais por agroquímicos. A cromatografia liquida (LC) tem a capacidade de realizar separações e análises quantitativas de uma grande quantidade de compostos presentes em vários tipos de amostras que possibilita identificar e quantificar esses agroquímicos [1]. Entretanto, para emprego adequado da LC, faz-se necessário uma etapa prévia de preparo de amostras. Neste sentido, a extração em fase sólida (SPE) vem sendo amplamente empregada, comercialmente a SPE apresenta fases extratoras similares as empregada em LC, o que acaba limitando seu emprego devido a estreita faixa de pH, tipo de solventes e temperatura que estas fases apresentam. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi desenvolver novas fases extratoras SPE, padronizar e validar a metodologia SPE/LC-UV para análises de agroquímicos em amostras de água. Para tanto, microesferas de quitosana e Compósitos do copolímero estireno divinilbenzeno revestido com Polianilina foram avaliados frente processo de extração SPE. Os agroquímicos em estudo foram o diuron, glifosato, 2-4D e atrazina. As seguintes variáveis SPE foram avaliadas para cada fase extratora: massa da fase extratora, fluxo de extração, força iônica, pH da amostra, solvente e volume de dessorção. O processo de extração SPE dos analitos foi realizado utilizando cartuchos com 0,3 g de cada fase extratora com fluxo médio, pH 7, sem adição de sal. Os analitos foram dessorvidos em 5 mL de metanol, seguidos de 5mL de acetonitrila, posteriormente a amostra foi seca por um fluxo de ar comprimido e então, ressuspendido em 1 ml de acetonitrila. Os extratos foram analisados por cromatografia líquida, ambas as fases apresentaram sensibilidade analítica adequada para quantificação dos pesticidas em estudo. Em etapa futura os métodos deverão ser validados.

[1] Gatidou, G., Kotriklla, A., Thomaidis, N., Lekkas, T. D., Anal. Chim. Acta, 528 (2005) 88-99.

Agradecimentos: Ao Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás (UFG) - Câmpus Samambaia II, ao Instituto Federal de Goiás (IFG) - Câmpus Inhumas-GO, ao Instituto Federal Goiano (IFGoiano) - Câmpus Rio Verde e à CAPES.

600 700 800 900 1000 1100 1200

Na+

4Doador #3

Doador #2

Doador #1

6

321

1 23

54 6

6321

Li+Mg

2+Ca2+

NH4

+

Inte

ns

idad

e (

V)

Tempo (s)

0,5 V

K+

Padrão

Urinas

WSPGQ-023

WSPGQ-024

Construção de um sistema eletroforético híbrido acoplado com detecção condutométrica sem contato para aplicações bioanalíticas

Eulicio de Oliveira Lobo Júnior e Wendell Karlos Tomazelli Coltro 1Instituto de Química, Universidade Federal de Goiás, Goiânia/GO, Brazil

Palavras Chave: Eletroforese capilar, detecção condutométrica sem contato, amostras biológicas

Neste estudo foi realizada a construção de um sistema eletroforético híbrido acoplado com detecção condutométrica sem contato(figura 1 A) para determinação de espécies inorgânicas em amostras biológicas. O sistema foi montado usando-se capilares de sílica fundida interconectados através de uma interface central. O sistema foi aplicado na separação e determinação dos cátions NH4

+, K

+, Na

+, Ca

2+, Mg

2+ utilizando Li+ como padrão interno (pi). Os limites de detecção

encontrados para os cinco cátions foram 3,1 μM (NH4+), 4,2 μM (K

+), 7,3 μM (Na

+), 3,7 μM (Ca

2+) e 3,8 μM (Mg

2+). Foram

determinadas as concentrações destes cátions nas seguintes amostras: biológicas: saliva, urina (figura 1 B) e lágrimas.

Figura 1- em A, representação do sistema capilar híbrido acoplado com detecção condutométrica sem contato, em B

eletroferogramas mostrando a separação dos cátions NH4+, K

+, Na

+, Ca

2+, Mg

2+ e Li

+ (pi) em amostras de urina de 3

doadores, comparadas com amostra padrão.

[1] Segato TP, B. S., Gordon M, et al. . Analytical methods : advancing methods and applications. 2013, 5, 1652-1657

A B

Page 13: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Avaliação do grau de humificação do ácido húmico extraído de sedimento do Lago Bonsucesso (Jataí - GO) Elton Faria de Souza Lima

PG, Ana Paula Zenóbia Balduino

PG, Francismário Ferreira dos Santos

PQ, Giovanni Cavichioli Petrucelli

PQ.

[email protected] Palavras Chave: metais, ácido húmico, humificação.

Resumo: Os metais possuem grande afinidade por grupamentos orgânicos presentes em tecidos biológicos, solos e sedimentos. Os últimos são importantes compartimentos ambientais para avaliação da poluição de sistemas aquáticos por metais e importantes reservatórios de matéria orgânica [1]. Aproximadamente 80% dessa encontrada nos sedimentos constitui-se de substâncias húmicas (SH) [2]. Dentre as SH presentes no sedimento o ácido húmico (AH) é o principal responsável pelas interações com as espécies metálicas [2, 3]. No presente estudo objetivou-se avaliar o grau de humificação do AH presente no sedimento do lago Bonsucesso (Jataí - GO). O grau de humificação foi estimado através da análise estrutural do AH com base nas técnicas de análise elementar por meio das razões atômicas (H/C, O/C e C/N), e espectroscopia de ultravioleta e visível (Uv-Vis) por meio da razão E4/E6 e Δlog k. O grau de humificação está relacionado a capacidade de complexação de metais do AH [4]. A análise estrutural do AH extraído segundo a metodologia da Sociedade Internacional das Substâncias Húmicas, tabela 1, apontou que o AH presente no sedimento do Lago Bonsucesso possui um baixo grau de humificação. Essa conclusão aponta uma tendência desse para uma menor capacidade complexante de espécies metálicas, o que é um dado preocupante visto que a análise por EDXRF encontrou a presença de metais pesados regulamentados pela resolução Conama 454/2012 no AH extraído desse sedimento [5].

Tabela 1 - Análise estrutural do AH extraído de sedimentos do Lago Bonsucesso (Jataí-GO).

C (%) H (%) N (%) O (%) H/C O/C C/N E4/E6 ΔlogK

34,34 4,04 3,33 58,29 1,41 1,28 11,95 4,102 0,613

[1] I. S. B. MARTINS, Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Rio Grande do Norte, Brasil, 2011. [2] E. TIPPING, Cation Binding by Humic Substances. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. [3] J. A. SCHIAVO et al., Revista Brasileira de Ciências do Solo, 2007, 31, 1163. [4] W. G. BOTERO, Tese de Doutorado. Universidade Estadual Paulista, Brasil, 2010. [5] E. F. S. LIMA, F.F. SANTOS, G.C.PETRUCELLI, Anais da Associação Brasileira de Química, 2014.

Agradecimentos: CAPES, UFG – Regional Jataí e PPGCAS.

Diferenciação de cultivares tóxicos e não-tóxicos de folhas de Pinhão-manso (Jatropha curcas) por Leaf Spray-MS Igor Pereira da Silva

1, Bruno Galvêas Laviola

2, Clenilson Martins Rodrigues

2, Patricia Verardi Aldnelnur

2, Boniek Gontijo Vaz

1

1Universidade Federal de Goiás - UFG, Instituto de Química, Avenida Esperança, s/n, Campus Samambaia, 74690-970, Goiânia-GO.

Palavras Chave: Leaf Spray, Pinhão-manso.

Resumo: O pinhão-manso (Jatropha curcas) é uma Euphorbiaceae de grande interesse na produção de biocombustíveis devido ao alto teor de óleo (30-40%) presente em suas sementes. Também vem sendo estudado como uma potencial fonte de alimentação animal, devido ao alto valor proteico (48-64%) presente na torta extraída da semente. Porém, pela presença de compostos tóxicos, como alguns ésteres, a torta não é utilizada como ração. Por este motivo, a Embrapa vem selecionando novas cultivares de pinhão-manso modificadas geneticamente para não conter compostos tóxicos. Técnicas de ionização ambiente em espectrometria de massas (MS) podem ser utilizadas para um controle de qualidade neste processo de destoxificação. Neste trabalho, folhas de pinhão-manso tóxicas e não-tóxicas (Figura 1) foram analisadas por Leaf Spray-MS (+) para verificar a diferença dos perfis químicos. Nos espectros nota-se majoritariamente a detecção de monoacilglicerídeos (região de m/z 381) e triacilglicerídeos (região de m/z 850). Foi possível diferenciar as folhas tóxicas das não-tóxicas através do perfil apresentado nos espectros de massas.

Figura 1: Espectros de massas por Leaf Spray (+) de folhas de pinhão-manso: (a) folhas não-tóxicas; (b) folhas tóxicas

[1] H. P. S. Makkar, K. Becker. Eur. J. Lipid Sci. Technol. 2009, 111, 773-778.

[2] W. Parawira. Sci. Res. Ess. 2010, 15, 1796-1808.

WSPGQ-025

WSPGQ-026

Page 14: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

ESTUDO DA SÍNTESE, CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE DA TOXIDADE IN VITRO DE NANOPARTÍCULAS MAGNÉTICAS APLICADAS À SAÚDE

LIMA, Débora Rodrigues; PANCOTTI, Alexandre; MARTINS, Alessandro; VULCANI,Valcinir Aloísio Scalla [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

Palavras Chave: Nanopartículas, hipertermia, nanotecnologia

Resumo: A nanotecnologia é uma área da ciência em crescente desenvolvimento nas últimas décadas. As conseqüências da produção de materiais em escala nanometricas (10

-9 metros) refere-se a novas propriedades eletrônicas, ópticas, de

transporte, fotoquímicas, magnéticas, eletroquímicas e catalíticas (ROGACH, et.al 2002). As propriedades físicas e químicas de um nanomaterial diferem consideravelmente daquelas do mesmo material no estado sólido estendido (bulk),estas diferenças possibilitam diversas aplicações em diferentes áreas do conhecimento (ROGACH, et.al 2002; NOGUEIRA,2013;). Como exemplo de nanomateriais podemos referenciar os nanofios, nanotubos, nanopartículas semicondutoras, dentre outros. Neste estudo o interesse está na síntese de nanopartículas metálicas com propriedades magnéticas, visando a aplicação para área da saúde (POOLE, OWENS,2003). A síntese de materiais em escalas nanométricas proporcionou uma nova perspectiva em relação aos avanços tecnológicos em diferentes áreas do conhecimento (ROGACH, et.al 2002). Diante das diversas possibilidades de utilização de materiais em escala nanoscópica, é necessário controle sistemático para medir, manipular e organizar estes materiais, através de técnicas de síntese e caracterização já bastante discutida na literatura (NOGUEIRA, 2013). Para obter as ferritas foi utilizado o método sol-gel-proteíco, que consiste na transição de um sistema em solução coloidal para um sistema em gelificação. Com as amostras preparadas o próximo passo foi a realização de tratamento térmico em diferentes temperaturas, 250ºC, 300ºC, 400ºC, 500ºC, 600ºC, 800ºC, 1000ºC. Para remover a matéria orgânica residual foi realizado o tratamento químico com peróxido de hidrogênio. As técnicas para caracterização foram: Fluorescência de raios-x; Difração de raios-x; Espectroscopia de fotoelétrons por raios-x; Magnetometria de amostra vibrante;e Microscopia Eletrônica de transmissão. A avaliação da citotoxicidade in vitro, foi realizada por hemólise e viabilidade celular de leucócitos. O objetivo deste trabalho é apresentar dados referentes a síntese das nanopartículas de NiFe2O4 e CoFe2O4, caracterização destes materiais calcinados em diferentes temperaturas e relatar resultados dos teste de toxicidade in vitro. [1] A.L, Rogach, et al. Organization of matter on diferente size scales: Monodisperse nanocrystals and their superstrutcures. Advanced Functional Materials,2002, v. 12, n.10, p. 653-664. [2] N.A.S Nogueira. Síntese, caracterização e aplicação de nanopartículas de NiFe2O4 produzidas via método sol-gel protéico. Tese-

Doutorado - Programa de Pós‐Graduação em Engenharia e Ciência de Materiais da Universidade Federal do Ceará, 2013

Agradecimentos: Agradecemos a colaboração do técnico Thiago Oliveira Silva e mestranda Andressa Sabine Rabbers.

Identificação de alvos moleculares na via metabólica de fermentação de xilose utilizando estratégias de metabolômica

Christiane G. Campos1, José Antônio de A. Ribeiro

3, Henrique C. T. Veras

2, Patrícia P. K.G. Costa

3, Katiuscia P. Araújo

2,

João Ricardo M. Almeida3, Clenilson M. Rodrigues

3, Patrícia V. Abdelnur

3

1. UFG, Campus Samambaia, Goiânia, GO. 2. UNB, Campus Universitário Darcy Ribeiro, Brasília, DF.

3. Embrapa Agroenergia, Parque Estação Biológica (pqEB), PqEB s/nº, CEP 70770-901, Brasília, DF. Palavras Chave: espectrometria de massas, etanol de segunda geração, leveduras.

O etanol vem sendo considerado um substituinte em potencial para os combustíveis derivados do petróleo e uma solução sustentável para o problema da emissão de gases poluentes. Durante o processo de produção do etanol 1G, a partir da cana-de-açúcar, é gerada uma grande quantidade de biomassa residual, que pode ser utilizada para a produção do etanol de segunda geração (2G). No entanto, um dos desafios na produção deste biocombustível consiste no desenvolvimento de tecnologias eficientes para converter xilose em etanol no processo de fermentação de açúcares. O estudo do metaboloma de leveduras fermentadoras de xilose pode ajudar a elucidar as etapas limitantes no processo de conversão de xilose a etanol. Este trabalho tem por objetivo a identificação de alvos moleculares na via metabólica de fermentação de pentoses (Figura 1), utilizando estratégias de metabolômica (Figura 2). A fim de alcançar este objetivo serão realizadas as etapas: otimização do preparo de amostra (quenching e extração dos metabólitos), desenvolvimento e validação de métodos analíticos que

empregam a cromatografia líquida de ultra alta eficiência e a espectrometria de massas tandem (UHPLC-MS/MS) para a análise de leveduras fermentadoras de xilose.

Figura 1. Metabolismo de xilose em leveduras.

1 Figura 2. Fluxo de trabalho para estratégias de metabolômica.

2 Referências:

[1] B. Bergdahl, D. Heer, U. Sauer, B. Hahn-Hägerdal, W.J van Niel, Biotechnol. Biofuel 2012, 5, 34. [2] P. V Abdelnur, C. Caldana, C.M. Martins, Chem. Biol. Technol. Agri. 2014, 22, 1.

Agradecimentos: Os autores agradecem a Embrapa Agroenergia e a CAPES pelo apoio e suporte financeiro.

WSPGQ-027

WSPGQ-028

Page 15: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Desenvolvimento de polímeros monolitos à base de estireno e divinilbenzeno como fase extratora SPE para análise de pesticidas em amostras de água

Francielle Queiroz Soares1, Marçal Antônio Ruggiero

2, Denilson Rabelo

1 e Andrea Rodrigues Chaves

2

1Instituto de Química da UFG,

2Departamento de Áreas Acadêmicas do IFG

Palavras Chave: monolitos poliméricos, separação, pesticidas

Polímeros monolíticos podem ser definidos como polímeros porosos contínuos, que possuem uma estrutura sólida e fixa, altamente porosa de pequenos domínios e canais relativamente grandes [1]. Neste trabalho, monolitos poliméricos orgânicos foram preparados por polimerização in situ a partir dos monômeros de estireno e divinilbenzeno, usando azobisisobutironitrila (AIBN) como iniciador de polimerização, para aplicação como fase extratora da extração em fase sólida (SPE). Para tanto, diferentes tipos de solventes porogênicos, como tetra-hidrofurano (THF), isopropanol, decanol, tolueno e heptano foram avaliados frente à estabilidade química e física dos cartuchos e eficiência nos processos de extração para análises de pesticidas triazínicos em amostras de água. Os materiais sintetizados foram caracterizados por espectroscopia de absorção na região do infravermelho com transformada de Fourier, FTIR, por adsorção/dessorção de nitrogênio e pela técnica de microscopia eletrônica de varredura (MEV). A partir das imagens obtidas por MEV e dados de adsorção/dessorção de nitrogênio foi possível afirmar que os monolitos produzidos apresentaram macroporos. Os monolitos poliméricos preparados com os diluentes isopropanol e heptano não apresentaram resistência mecânica adequada para emprego como fase extratora em sistema SPE. Entretanto, os produzidos com decanol e tetrahidrofurano como diluentes, apresentaram poros maiores que 250 Å, com estabilidade química e física, adequadas. As fases desenvolvidas foram avaliadas frente ao processo de extração SPE para extração e pré-concentração de pesticidas triazínicos (atrazina e prometrina). O fator de concentração obtido, partindo de soluções originalmente a 0,1 mg.L

-1 foram aproximadamente de 165 vezes para a atrazina e

200 vezes para a prometrina. Em etapa futura o método deverá ser otimizado e validado para a fase extratora selecionada. [1] F. Maya and F. Svec, J. Chromatogr. A, 1317, (2013), 32-38.

Eletrodeposição de ouro em eletrodo de pasta de carbono: solução de NaCl/Glicerina/HAuCl4

Elter Gouveia Gama e Gildiberto Mendonça de Oliveira. Universidade Federa de Goiás/Regional Jataí, Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde, Rod. BR 360, Km 192, n. 3800

– Jataí – GO - Brasil Palavras Chave: Voltametria, aditivo, ouro.

Resumo: A eletrodeposição de ouro é tradicionalmente obtida em banho cianídrico o qual apresenta elevada taxa de deposição, porém, este banho apresenta o inconveniente de ser altamente tóxico. Alguns trabalhos têm utilizado outros aditivos para minimizar este problema, tais como: sulfito, tiossulfato, tiossulfato-sulfito, tioureia e ácido ascórbico [1]. Atualmente há um crescente interesse na obtenção de filmes e nanopartículas de ouro para aplicações em dispositivos eletrônicos; catalisadores; sensores eletroquímicos etc [2, 3]. Assim, o presente trabalho teve como objetivo caracterizar o processo de eletrodeposição de ouro em solução aquosa contendo HAuCl4 e glicerina por meio de espectrometria de absorção molecular no UV-Vis e por voltametria cíclica com eletrodo de pasta de carbono. Os espectros de UV-Vis mostraram que a glicerina não leva a complexação de íon ouro (III). Voltametrias cíclicas com o eletrodo de pasta de carbono (EPC) em solução aquosa contendo NaCl 0,10 M e diferentes concentrações de glicerina (0,10 M, 0,010 M e 0,0010 M) mostraram que há um aumento da corrente catódica e anódica com o aumento da concentração de glicerina e um pequeno ombro anódico situado no potencial de 0,90 V é observado, indicando que alta concentração de glicerina poderia interferir no processo de eletrodeposição de ouro. No entanto, voltametrias cíclicas com EPC em soluções contendo NaCl 0,10 M, HAuCl4 0,0010 M e diferentes concentrações de glicerina (0,10 M, 0,010 M e 0,0010 M) indicaram que a variação da concentração de glicerina não alterou significativamente o perfil da curva voltamétrica. Estas voltametrias indicam que a eletrodeposição de ouro ocorre a partir de potenciais mais negativos que +0,65 V, apresentando um pico catódico em +0,50 V e um pico anódico em 1,0 V (oxidação do eletrodepósito de ouro). Voltametrias cíclicas com o EPC em soluções contendo NaCl 0,10 M, glicerina 0,0010 M e diferentes concentrações de HAuCl4 (1,0 × 10

-6 M, 5,0 × 10

-6 M, 1,0 × 10

-5 M, 5,0 × 10

-5 M, 1,0 × 10

-4 M,

5,0 × 10-4

M e 7,0 × 10-4

M), mostraram um aumento dos picos catódicos e anódicos com o aumento da concentração de HAuCl4. Estudo voltamétrico com diferentes potenciais de corte catódico na região inicial de deposição de ouro tem se mostrado bastante dificultoso, entretanto tem indicado processo de nucleação de ouro sobre o EPC. Por fim, estudo com diferentes velocidades de varredura mostraram que o EPC em solução aquosa comporta-se como um sistema quase-reversível em todas as velocidades analisadas. [1] A. M. Kato, Y. Okinaka Gold Bulletin 2004, 37, 37-44. [2] J. Elias, M. Gizowska, P. Brodard, R. Widmer, Y. deHazan, T. Graule, J. Michler, L. Philippe Nanotechnology 2012, 23, 1-7. [3] J. Lí, Xiang-Qin Lin Analytica Chimica Acta 2007, 596, 222-230

Agradecimentos à CAPES e Pós Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde/UFG Regional Jataí.

WSPGQ-029

WSPGQ-030

Page 16: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Avaliação de parâmetros físico-químicos no Rio Verdinho localizado em Rio Verde-Goiás. SILVA, Franco Cesar Belchior.

1; AGUIAR, Ana Carolina Ribeiro.

1; BRANQUINHO, Adriene de Cassia.

1; CAMPOS, Flavio Arantes

1.;

MEDEIROS, Victor Souza.1; CHAVES, Andréa Rodrigues.

2

1Instituto Federal Goiano – campus Rio Verde

2Universidade Federal de Goiás

Palavras Chave: água, parâmetros físico-químicos, CONAMA.

Resumo: A água é uma das substâncias mais importantes, pois além de cobrir 70% da superfície terrestre ela também é essencial para a sobrevivência dos seres vivos. Apenas 3% do total da água disponível na natureza é água doce e somente 0,3% desse total representa a água doce explorável, sendo que uma parte está confinada em lençóis freáticos, aquíferos, geleiras, calotas polares e outros reservatórios[1]. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi realizar análises de amostras de água coletadas em Rio Verde-GO nos meses de Janeiro e Fevereiro de 2015 através da avaliação dos parâmetros físico-químicos e comparar com os parâmetros estabelecidos na Resolução 357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)[2]. Foram avaliados seis pontos ao longo do Rio Verdinho em Rio Verde-GO. As coletas e a preservação das amostras foram realizadas seguindo a NBR 9898/1987[3] e o guia nacional de coleta e preservação de amostras[4] e em seguida foram realizadas as análises físico-químicas. Em campo foram determinados os parâmetros de sólidos totais dissolvidos (STD), condutividade elétrica (CE), temperatura (T), oxigênio dissolvido (OD) e em laboratório determinou-se o pH e a turbidez (Tur). Observou-se que os parâmetros STD, OD e Tur atenderam aos limites estabelecidos pela Resolução CONAMA 357/2005 para águas de classe II. Entretanto, os valores de pH não atenderam os limites estabelecidos pela Resolução em pontos variados nos dois meses avaliados, pois os resultados foram superiores ao máximo permitido e não atendeu o mínimo estabelecido que é de 6 a 9. [1] CONCEIÇÃO, F.T.; SARDINHA, D.S.; NAVARRO, G.R.B.; ANTUNES, M.L.P.; ANGELUCCI, V.A. Composição química das águas pluviais e deposição atmosférica anual na bacia do Alto Sorocaba (SP). Quim. Nova, Vol. 34, No. 4, 610-616, 2011. [2]

CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA Nº 357/2005. Disponível em:

http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=459>. Acesso em: 08 de Junho de 2015. [3]ABNT CATÁLOGO. Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT Catálogo Segurança, Qualidade, Padrão e Confiança. Disponível em:http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=5410>. Acesso em: 08 Junho de 2015. [4]CETESB. Guia nacional de coleta e preservação de amostras: água, sedimento, comunidades aquáticas e efluentes líquidos. Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Disponível em: <http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/laboratorios/publicacoes/guia-nacional-coleta-2012.pdf>. Acesso em: 08 de Junho de 2015.

Ao Instituto Federal Goiano e à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Desenvolvimento de protocolo analítico para folhas de dendê utilizando imagem química por MALDI-MS. Jorge C. Rodrigues Neto

1,2, Maria Esther R. da Silva

2, Patrícia P. K. G. Costa

2, Clenilson M. Rodrigues

2, Patrícia V. Abdelnur

1,2.

1Instituto de Química, Universidade Federal de Goiás, Campus Samambaia, CEP 74001-970, Goiania-GO, Brasil;

2Embrapa Agroenergia,

Parque Estação Biológica (pqEB), PqEB s/nº, CEP 70770-901, Brasília-DF, Brasil. Palavras Chave: espectrometria de massas, imagem química, Elaeis guineenses.

Resumo: O dendezeiro (Elaeis guineensis) possui uma alta produção de óleo, sendo, portanto, uma matéria-prima promissora para a produção do biodiesel [1]. No entanto, esta cultura é afetada pelo “amarelecimento fatal (AF)”, uma doença que resulta na morte das plantas [2]. Estudos sobre o AF vêm sendo realizados desde a década de 80, mas a causa ainda continua desconhecida. A análise dos compostos químicos presentes no dendê pode auxiliar na descoberta da causa do AF. O uso de técnicas analíticas avançadas como a espectrometria de massas, em especial o Imageamento em Espectrometria de Massas por Ionização/Dessorção a Laser Assistida por Matriz (MALDI-MS Imaging) [3], vem se destacando como uma poderosa ferramenta para a identificação de compostos químicos presentes na superfície de um tecido com localização espacial. Neste trabalho é proposto o desenvolvimento de protocolos de MALDI-MS Imaging para análises de folhas de dendê, envolvendo o preparo da amostra, escolha e aplicação da matriz, análise dos compostos químicos e processamento dos dados (Figura 1). Estes protocolos serão empregados futuramente na análise de folhas com e sem sintomas de AF, visando identificar diferenças químicas decorrentes da doença.

Figura 1: Esquema geral de um protocolo analítico de imagem química por MALDI-MS. Adaptado de Lee, et al [4].

[1] Edem, D. O. Plant Foods for Human Nutrition, 2002, 57, 319-341. [2] Bergmann, J. C., Tupinambá, D. D., Costa, O. Y. A., Almeida, J. R. M., Barreto, C. C., & Quirino, B. F. Renewable and Sustainable Energy Reviews, 2013, 21, 411-420. [3] Kaspar, S., Peukert, M., Svatos, A., Matros, A., & Mock, H. P. Proteomics, 2011, 11, 1840-1850. [4] Lee, Young Jin, et al. The Plant Journal, 2012, 70, 81-95.

WSPGQ-031

WSPGQ-032

Page 17: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Estudos eletroquímicos de eletrodeposição de prata em eletrodo de pasta de carbono Lizandra Carol Barbosa Shimizu e Gildiberto Mendonça de Oliveira.

Universidade Federa de Goiás/Campus Jataí, Rod. BR 360, Km 192, n. 3800 – Jataí – GO - Brasil Palavras Chave: Eletrodo de pasta de carbono, nanopartículas, prata.

Resumo: Os eletrodos de pasta de carbono (EPC) são apresentam como características vantajosas a: facilidade de obtenção, possibilidade de modificação da superfície e boa seletividade [1]. A pasta de carbono (PC) é um substrato adequado para modificações químicas a partir de adsorção, formação de compósitos, recobrimento por membrana polimérica ou incorporação de partículas de metais (principalmente nanopartículas). Nosso grupo de pesquisa tem como objetivo estudar o processo de eletrodeposição de metais em pasta de carbono visando a obtenção de nanopartículas metálicas e posteriormente a aplicação destas no desenvolvimento de métodos eletroanalíticos. Neste trabalho, os EPC e EPC modificados (EPCM) foram obtidos mantendo-se a proporção em massa de 70:30 entre pó de grafite e óleo mineral, respectivamente, e montados em seringas de polipropileno de 1mL, utilizando-se um contato elétrico com fio de cobre. O estudo do processo de eletrodeposição foi realizado dentro de pasta de carbono contendo AgNO3, sem e com NaCl (eletrólito de suporte). Os resultados mostraram que o processo de eletrodeposição de prata foi dependente da concentração de íons prata na PC e influenciado fortemente pela presença do NaCl. A redução da prata ocorreu em dois processos catódicos diferentes (Ec1= ~0,000 V e Ec2= -0,150V), sendo observado um único pico de oxidação da prata metálica. Os estudos voltamétricos indicam que a redução da prata ocorre em todo o volume da PC, porém não de maneira uniforme, sendo dependente da espessura da pasta de carbono. Verificou-se que o aumento do volume de PC (espessura) modificada não corresponde de forma linear ao aumento da carga da região anódica (a1), representativa da totalidade do quanto foi reduzido de íons prata. Estes dados são indicativos de que o processo de redução de íons prata ocorre preferencialmente na região interfacial do eletrodo. O processo de eletrodeposição de prata nos EPCMs foram controlados por transporte de massa em velocidades de varredura de até 75 mV s

-1. As análises morfológicas dos eletrodepósitos (MET e MEV) apontaram para a

presença de partículas de prata de dimensões nanométricas (~50 nm) e pôde-se verificar um padrão de deposição de prata homogênea recobrindo as placas de carbono grafite. Foi observado ainda que mesmo em baixas cargas de deposição e em baixas concentrações de íon prata na PC, o padrão se repetiu. Pela difração de raios X não foi possível averiguar linhas de difração para a prata metálica, porém a análise por MET indicou a formação de estrutura policristalina. [1] K. Vytras, I. Svancara, R. J. Metelka. J. Serb. Chem. Soc., 2009, 10, 1021–1033, [2] G. F. Wang, M. G. Li, Y. C. Gao, B. Fang. Sensors, 2004. 4, 147-155. Agradecimentos: Ao Programa de Pós Graduação em Ciências aplicadas à Saúde/ UFG Regional Jataí

Diagnóstico de dengue em microplacas impressas usando análise de imagens digitais Karoliny A. Oliveira

1,2, Deangelis Damasceno

1,4, Cristina R. de Oliveira

3, Lucimeire A. da Silveira

3, Anselmo E. de Oliveira

1 e Wendell K. T.

Coltro1,2

1Instituto de Química, Universidade Federal de Goiás, 74001-970, Goiânia/GO, Brasil

2Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Bioanalítica (INCTBio), Campinas/SP, Brasil

3Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública, Universidade Federal de Goiás, Goiânia/GO, Brasil

4Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, 75250-000, Senador Canedo/GO,Brasil

Palavras Chave: Microplaca impressa, diagnóstico de dengue, detecção colorimétrica

As microplacas impressas, fabricadas a partir da tecnologia de impressão direta, vêm demonstrando grande potencialidade para a área bioanalítica.

1 O presente trabalho descreve o uso das microplacas impressas para o diagnóstico de dengue,

detectando os anticorpos IgG e IgM a partir do imunoensaio (ELISA). Após realizar os ensaios na microplaca, as imagens foram adquiridas (Fig. 1A) com o auxílio de uma câmera de celular e analisadas num programa gráfico (Matlab). Os valores de RGB (Red, Green e Blue) das componentes de cores foram extraídos de cada microzona e depois analisados com a ferramenta multivariada de análise de componentes principais (PCA).

2 Na Figura 1B, os histogramas de cores obtidos

separaram as amostras de soros de pacientes não contaminados (1 a 3) dos pacientes contaminados (4 a 14) com o vírus da dengue. A PCA apresentada na Figura 1C, pode ser observado a separação do grupo de pacientes contaminados (azul), dos pacientes não contaminados (verde). Portanto, as microplacas impressas aliadas a detecção colorimétrica e análise multivariada demonstrou grande potencial em serem aplicadas no “point-of-care”. Figura1. Representação (A) da imagem adquirida após o ensaios ELISA, (B) do histograma para o ELISA de captura para IgM e (C) da PCA obtida para a análise de IgG.

[1] K. A. Oliveira, C. R. De Oliveira, L.A. da Silveira, W. K. T. Coltro Analyst 2013, 138, 1114.

[2] M. S. Godinho, R. O. Pereira, K. O. Ribeiro, F. Schimidt, A. E. de Oliveira Química Nova 2008, 31, 1485.

WSPGQ-033

WSPGQ-034

Page 18: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Extração de RNA em dispositivos microfluídicos de poliéster-toner. Thiago Dadalto Gimenez

1, Habsarai Caiado Rosa

1, Alexandre Melo Bailão

2, Gabriela Rodrigues Mendes Duarte

1

(1) Instituto de Química, Universidade Federal de Goiás, Goiânia-GO (2) Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Goiás, Goiânia-GO

Palavras Chave: extração de RNA, microchip, poliéster-toner.

Dispositivos microfluídicos de poliéster-toner (PeT) já demonstraram ser capazes de realizar várias etapas de análises genéticas, como extração de DNA

[1], amplificação de DNA por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR)

[1] e separação

eletroforética de DNA[2]

. Neste trabalho, os microchips de PeT estão sendo utilizados para extração de RNA do vírus da dengue em amostras de soro de paciente infectados. O RNA foi extraído nos microchips através do método da extração dinâmica em fase sólida (dSPE) que consiste em três etapas: (1) adsorção das moléculas de RNA em partículas magnéticas de sílica em um meio contendo hidrocloreto de guanidina 6 molL

-1 pH 6,1; (2) lavagem das partículas com etanol 80% e (3)

dessorção e eluição das moléculas de RNA em água. Foram coletadas frações de 2 µL de RNA purificado, as quais foram

quantificadas por absorção molecular UV/Visível para a visualização do perfil da eluição, mostrado na Figura 1. A Figura 1 mostra que é na primeira fração eluída que se recolhe a maior quantidade de RNA. Verificou-se também que o RNA extraído tinha qualidade suficiente para as etapas subsequentes das análises genéticas, confirmado através da amplificação do fragmento de 482 pares de base, como mostrado na Figura 2.

Figura 1. Perfil de eluição do RNA extraído. Figura 2. Produtos de amplificação.do RNA extraído. [1] Gabriela R. M. Duarte et al., Analytical Chemistry, 2011, volume 83, p. 5182-5189. [2] Gabriela R. M. Duarte et al., Analyst, 2012, volume 137, p. 2692-2698.

Agradecimentos: CNPq, Laboratório de Virologia do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (UFG – GO).

Utilização de microplacas de papel para determinação de ferro em humor vítreo: dispositivos simples e de baixo custo para estimativa do post-mortem

Paulo de Tarso Garcia (PG)1, Ellen F. M. Gabriel (PG)

1, Marco A. Z. Arruda (PQ)

2,3 e Wendell K. T. Coltro (PQ)

1,3

1Grupo de Métodos Eletroforéticos, Instituto de Química, Universidade Federal de Goiás, Goiânia/GO, Brasil

2Instituto de Química, Universidade Estadual de Campinas, Campinas/SP, Brasil

3Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Bioanalítica, Campinas/SP, Brasil

Palavras Chave: Química Forense, post-mortem, dispositivos analíticos

Estudos recentes em química forense relataram a correlação entre a concentração de ferro no humor vítreo (HV) com o tempo de morte (post-mortem) do cadáver [1] explorando técnicas espectrométricas convencionais. Nesse presente trabalho é apresentado o desenvolvimento de microplacas de papel (MP) para determinação colorimétrica de ferro em HV, com a finalidade de estimar o post-mortem. As MP foram fabricadas pelo método de carimbagem [2]. Realizou-se primeiramente um estudo do melhor tipo de papel filtro para o ensaio de ferro. Em seguida foi construída uma curva analítica e realizou-se uma determinação quantitativa em amostras sintéticas de HV. Os valores encontrados foram próximos aos valores esperados e os erros percentuais foram inferiores a 6%. Os desvios padrão relativos foram inferiores a 9%, mostrando assim a potencialidade das MP como ferramentas para análises rápidas e de baixo custo na área forense.

Figura 1. (A) Representação esquemática de um olho humano mostrando a localização do HV. (B) MP utilizada e (C) curva analítica obtida. [1] J.C.S. Junior, P.C.M. Filho, R.B.F. Guidugli, M.N. Eberlin, G.S. Pessôa, E.G. Silva, M.A.Z. Arruda, N.F. Hoehr, Metallomics 2014, 6, 1801. [2] P.T. Garcia, T.M.G. Cardoso, C.D. Garcia, E. Carrilho, W.K.T. Coltro RSC Advances 2014, 4, 37637.

Agradecimentos: CAPES, CNPq, FAPEG, INCTBio.

0 1 2 3 4 5

0

5

10

15

20 R2= 0,988

Inte

nsid

ad

e d

e p

ixels

[Fe2+

] (mg/L)

(A) (B) (C)

WSPGQ-035

WSPGQ-036

Page 19: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Detecção da bactéria E.coli pela amplificação isotérmica de DNA mediada por loop (LAMP) em microchip de poliéster-toner

Kezia Gomes de Oliveira(1)

, Alexandre M. Bailão(2)

, Gabriela R. M. Duarte(1)

. 1. Instituto de Química, Universidade Federal de Goiás, Goiânia – GO, Brasil.

2. Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Goiás, Goiânia – GO, Brasil.

Palavras Chave: LAMP, microdispositivo de PeT, E.coli.

Resumo: As técnicas moleculares baseadas na amplificação de DNA têm se tornado ferramentas poderosas para identificação de patógenos como a E.coli. A LAMP (Loop-Mediated Isothermal Amplification) é uma tecnologia inovadora de

amplificação de DNA que amplifica os genes de interesse isotermicamente. Desta forma, a LAMP dispensa o uso de equipamentos sofisticados como os termocicladores, utilizando apenas um banho seco, que pode ser facilmente desenvolvido para uso em campo. A LAMP corresponde a um método rápido e simples com grande sensibilidade e especificidade que baseia-se no deslocamento da fita do ácido nucleico, mediado pela atuação da enzima Bst DNA polimerase juntamente com dois pares de iniciadores, que atuam especificamente em seis regiões alvos do gene. Estes primers detectam as regiões específicas do ácido nucleico, anelam nas fitas e promovem a extensão do gene isotermicamente, deslocando as fita. Este trabalho realizou a amplificação do gene malB da E.coli em microchips descartáveis de PeT. A reação foi aquecida isotermicamente a 66

ºC, por 60 minutos e a confirmação da reação de amplificação foi realizada retirando a solução do

microchip e separando os fragmentos amplificados por eletroforese. A Figura 1 mostra o sucesso da reação de amplificação do gene malB da E.coli por LAMP em microchip de PeT. Esses resultados demonstram que a LAMP possui grande potencial para desenvolver métodos de detecção de patógenos e diagnósticos moleculares para o point-of-care, devido a simplicidade da instrumentação requerida para sua realização.

Referências J. HILL, S. BERIWAL, et al. Journal of Clinical Microbiology, 2008, v. 46, p. 2800-2804. F. WANG, L. JLANG, B. GE. Journal of clinical Microbiology, 2012, v. 50, p. 91-97. Q. WU, W. JIN, et al. Analytical Chemistry. 2011, v.83, n.9, p. 3336-3342.

Figura 1. Eletroferograma mostrando os produtos amplificados do gene malB da E.coli.em microchip de PeT.

Degradação do herbicida atrazina via fotocatálise heterogênea Flávio Arantes Campos

1; Adriene de Cássia Branquinho

1; Franco César Belchior da Silva

1; Victor Souza Medeiros

1; Ana Carolina Ribeiro

Aguiar1; Andréa Rodrigues Chaves

2

1Instituto Federal Goiano Campus Rio Verde, Goiás;

2Universidade Federal de Goiás Câmpus Samambaia

Palavras Chave: Herbicida, atrazina, degradação.

Resumo: A atrazina é o herbicida mais utilizado nos Estados Unidos e provavelmente no mundo; tem sido frequentemente encontrado em águas norte-americanas, em torno de 80% das amostras analisadas de águas superficiais e tratadas [1]. No Brasil, em estudo sobre a ocorrência de pesticidas nas águas superficiais e nos sedimentos do Rio Corumbataí (São Paulo) e principais afluentes, foi verificado que a atrazina estava entre os herbicidas presentes em níveis mais elevados. Foram observados níveis quantificáveis desse agroquímico variando entre 0,6-2,7 μg/L [2]. Nesse estudo os níveis desse herbicida foram observados acima do limite da resolução CONAMA 357/05 [3] que é de 2 μg/L de atrazina na água doce. O objetivo deste trabalho foi avaliar a degradação do agroquímico atrazina por fotocatálise utilizando catalisadores de ZnO preparados pelo método Pechini. Este catalisador foi utilizado na forma de pó ultrafino. A atividade catalítica das amostras foi avaliada considerando a reação de degradação fotocatalítica usando solução de atrazina (20 mg/L). A fonte de luz UV consistiu em uma lâmpada de vapor de mercúrio de baixa pressão de 125 W. A mistura foi disposta a uma distância de 12 cm da fonte de luz e a performance fotocatalítica das amostras foi avaliada por um período de 5 horas. Alíquotas foram retiradas para análise de 30 em 30 minutos após o início da irradiação. O processo de fotodegradação foi acompanhado por espectroscopia de absorção Uv-visível. De acordo com a literatura a banda de absorção da atrazina aparece próximo de 222 nm. Levando em consideração esse pico de absorção, observou-se decaimento do mesmo entre 30 e 60 minutos de irradiação, o que indica que o herbicida foi degradado. [1] WU, M.; QUIRINDONGO, M.; SASS, J.; WETZLER, A. Atrazine Continues to Contaminate Surface Water and Drinking Water in the United States. NRDC The Earth’s Best Defense, p. 1-32, 2010. [2] ARMAS, E. D.; MONTEIRO, R. T. R.; ANTUNES, P. M.; SANTOS, M. A. P. F.; CAMARGO, P. B. Diagnóstico espaço-temporal da ocorrência de herbicidas nas águas superficiais e sedimentos do rio Corumbataí e principais afluentes. Química Nova, v. 30, n. 5, p. 1119-1127, 2007. [3] CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente (Brasil). Resolução nº 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, n. 53, Seção 1, p. 58-63, 18 mar. 2005.

Agradecimentos: Ao Instituto Federal Goiano e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

WSPGQ-037

WSPGQ-038

Page 20: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Materiais compósitos obtidos a partir da interação com o complexo bimetálico CuCo(opba) em sílicas porosas amino-funcionalizadas Naiara Raica Lopes de Oliveira, Danielle Cangussu

Universidade Federal de Goiás – Instituto de Química Palavras Chave: sílicas amino-funcionalizadas, magnetos moleculares.

Resumo: O interesse na incorporação de magnetos moleculares em matrizes porosas é devido à possibilidade de modular a interação magnética entre os magnetos de acordo com a organização e tamanho da sílica. As matrizes porosas restringem o crescimento de acordo com o tamanho e formato do poro. Este trabalho tem como objetivo a impregnação do complexo metálico (NBu4)2[Cu(opba)] em matrizes de sílicas porosas sintetizadas por diferentes metodologias e também com funcionalização da superfície com grupos amino. As amostras de sílica preparadas foram submetidas ao método de adsorção de nitrogênio para a obtenção da área superficial específica e do volume e diâmetro dos poros. A partir dos resultados obtidos, tabela 1, observa-se que a amostra S1AMAC obteve um poro de 7,9 nm, na amostra S2 obteve-se um menor poro (5,2 nm), pois nesta amostra não há amina e ácido cítrico que são direcionadores de poros. Já foi observado anteriormente para essa metodologia de síntese usando ácido cítrico que quanto menor a quantidade de ácido utilizado menor será o poro, pois o ácido ocupa o espaço entre a rede de sílica. Uma diminuição tão grande da área superficial (3,28 m

2g

-1) e do volume

do poro (0,03 cm3g

-1) na S3AM pode indicar que os grupos APTS ocuparam completamente os poros da sílica, criando uma

camada de Si-aminopropil em sua superfície. Neste trabalho foram preparadas diferentes matrizes de sílica, seguindo três metodologias diferentes. Foi observado que variando as metodologias houve mudanças no tamanho dos poros e na área superficial, devido à inserção do APTS em diferentes momentos da síntese e a não utilização do ácido cítrico como agente formador de poro. O magneto molecular com um ligante do tipo oxamato foi impregnado nas matrizes de sílica e os compósitos obtidos que foram caracterizados por meio das análises de espectroscopia de infravermelho que confirmaram a interação dos mesmos com a matriz.

Sílica Dp (nm) SBET (m2g

-1) Vp (cm

3g

-1)

S1AMAC 7,9 426,41 0,87 S2 5,2 396,05 0,53

S3AM 59,29 3,28 0,03

[1] Kalinke, L. H. G.; Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2014.

Agradecimentos: UFG, CNPq, CAPES, FAPEG.

WSPGQ-039

Determinação da estrutura cristalina de magnetos moleculares de Cu(II) com ligantes do tipo oxamato

Ana K. Valdo¹, Ramon S. Vilela¹, Felipe Terra Martins¹,Danielle Cangussu¹

¹Universidade Federal de Goiás- Instituto de Química Palavras Chave: oxamato, cobre, difração.

Resumo: Uma alternativa aos clássicos magnetos inorgânicos são os magnetos moleculares, entretanto para se compreender o magnetismo desses compostos se faz necessário a distância entres os centros metálicos na estrutura [1]. Uma maneira eficaz de se obter essa informação é através da difração de Raios-X de monocristal. Esse trabalho apresenta três estruturas de complexos com ligante do tipo oxamato mpyba (metapiridinabisoxamato) , tendo obtido três cristais com a mesma estrutura central [Cu2mpyba2] (Figura 01). A primeira estrutura possui fórmula mínima [Na6Cu2(mpyba)2(Cl)2].14H2O e pertence ao grupo espacial Pbcm; As outras duas estruturas pertenciam à mesma síntese, uma estrutura cristalizou no grupo espacial C2/c e possui fórmula mínima [Me4N]4[Cu2(mpyba)2(H2O)2].H2O, enquanto outra se apresentou de forma incomum

pela presença de metais alcalinos do bloco 1A que não foram utilizados na síntese, de fórmula mínima [Me4N]4[K2Na2Cu4(mpyba)4(H2O)8.4] e grupo espacial Cmca. As medidas de difração de Raios-X foram realizadas no Instituto de Física da UFG, utilizando o difratômetro Kappa Duo Bruker-AXS e o detector APEX II CCD. Os dados foram tratados através dos softwares APEXII, SHELX-2013 e para o auxílio gráfico foram utilizados os programas Wingx e Mercury.

Figura 01: A esquerda a estrutura central dos complexos [Cu2mpyba2] e a direita o complexo [Me4N]4[K2Na2Cu4(mpyba)4(H2O)8.4] .

[1] ORCHARD, A.F.; Oxford University Press; Magnetochemistry; . Pg. 1, 2 e 57, 2003.

Agradecimentos: CNPq, CAPES, Labsim.

WSPGQ-040

Page 21: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Síntese e caracterização de grãos magnéticos de magnetita/sílica funcionalizada com grupos amina e tiol

Ana Caroline Rodrigues Silva1, Karolina de Oliveira Gonçalves

1, Kely Lopes Caiado

2, Patrícia Pommé Confessori Sartoratto

1

1 Universidade Federal de Goiás, Instituto de Química, Goiânia-GO.

2 Instituto Federal de Goiás,Inhumas –GO

Palavras Chave: Nanopartículas, magnetita, sílica.

O uso de nanopartículas magnéticas para auxiliar na determinação e detecção de diversos tipos de contaminantes,

como herbicidas, inseticidas, fungicidas, hidrocarbonetos poliaromáticos, vírus e metais tóxicos em amostras de água tem sido demonstrado [1]. Neste contexto, nanopartículas de magnetita recobertas com sílica modificada com organotrialcóxissilanos, contendo funções químicas específicas como aminas, carboxilatos e tióis podem ser obtidas e utilizadas na extração rápida e seletiva de traços de metais pesados em amostras ambientais e biológicas. A vantagem é que os materiais magnéticos nanoparticulados são atraídos por um campo magnético externo, mas não retém magnetismo residual após o campo ser removido. Neste trabalho obteve-se nanopartículas de magnetita pelo método de coprecipitação de íons Fe

2+ e Fe

3+ em meio básico. A superfície das nanopartículas foi funcionalizada com citrato e, em seguida, essas

foram dispersas em água, obtendo-se uma dispersão coloidal estável, a qual foi adicionada a uma mistura sol-gel contendo tetraetoxissilano, água etanol e amônia. Após 24 horas de reação, uma alíquota de aminopropiltrimetoxisilano (APTS) foi acrescentada à mistura reacional. O mesmo procedimento foi realizado utilizando-se mercaptopropriltrimetoxissilano (MPTS). Esta metodologia resultou na formação de grãos magnéticos de magnetita/sílica funcionalizada com grupos amina e tiol, os quais podem coordenar íons de metais de transição. As amostras preparadas foram caracterizadas pelas técnicas de espectroscopia no infravermelho, difratometria de raios X (DRX), microscopia eletrônica de transmissão (MET) e espalhamento dinâmico de luz. O diâmetro médio dos cristalitos de magnetita foi de 8 nm, o qual foi calculado a partir dos dados de DRX. Os espectros de infravermelho confirmaram a funcionalização da superfície das nanopartículas de magnetita com citrato, assim como a presença de sílica e grupos amina e/ou tiol nas amostras dos grãos magnéticos. As imagens de MET mostraram a presença de grãos com morfologia aproximadamente esférica e diâmetros entre 200 e 500 nm, formados por agregados de nanopartículas de magnetita recobertos por uma camada espessa de sílica. Os grãos magnéticos contendo grupos amina e tiol superficiais estão sendo estudados para adsorção de íons de cobre e de chumbo, respectivamente.

[1] I. Safarik, K. Horska , K. Pospiskova, M. Safarikova. Analytical and Bionalytical Chemistry 2012, 404, 1257-1273. Agradecimentos: CNPq e Fapeg

Suspensão de Selol em meio aquoso estabilizado por Pluronic F-127: preparação e caracterização Julianna Veiga de Freitas; Prof. Dra. Emília Celma de Oliveira Lima

juliannaveiga@hotmail;[email protected] Palavras Chaves: Suspensão, Pluronic F-127, Selol

Resumo: O câncer é uma doença causada por algumas mutações que leva a uma mudança de uma determinada linhagem celular destacando o crescimento desordenado das células. Para o tratamento do câncer a medicina recorre à quimioterapia e radioterapia, destruindo as células doentes, porém esse tratamento é muito agressivo e traumático ao paciente

1. Busca-se

então um tratamento alternativo para ser associado ao tratamento convencional1. O Selol é uma substância sintética derivada

do óleo de girassol e possui propriedades antitumorais e anticancerígenas sendo por isso, estudadas para fins de aplicação no tratamento de câncer. Uma vez que o Selol é insolúvel em água, há a necessidade do desenvolvimento de sistemas que viabilize a aplicação terapêutica do mesmo. Nesse trabalho propõe-se o uso de Pluronic F-127

para a estabilização da

suspensão de Selol em PBS2. As suspensões de Selol na presença de Pluronic F-127 foram preparadas pela evaporação de

solução alcoólica da mistura Selol Pluronic. Resumidamente: Alíquotas de Selol e Pluronic F-127 em diferentes proporções, perfazendo um total de 100 mg foram dissolvidas em 5 ml de álcool sob agitação suave, em seguida a solução foi evaporada a 60°C. O filme formado foi hidratado com água a 60ºC originando gotículas carregadas com Selol em diferentes concentrações

3. A caracterização da suspensão foi realizada por espalhamento de luz dinâmico (DLS) e por microscopia

eletrônica de transmissão (MET). Os diâmetros das gotículas em uma formulação variaram entre 30 e 80 nm no período de três messes, conforme figura 1A. A análise da suspensão com tempo de vida de três meses por MET (utilizando o contraste acetato de uranila

3) mostrou gotículas esféricas com diâmetro médio de 30 nm (Figura 1 B e C).

0 20 40 60 80 100

30

40

50

60

70

80

Diâ

me

tro

Hid

rod

inâ

mic

o (

Nu

rico

) (n

m)

Tempo de vida da suspensمo (meses)

10 20 30 40 50 60

0

5

10

15

20

25

30

35

Freq

uênc

ia

Diâmetro/ nm

Figura1:(A) DH médio em função do tempo de vida; (B) Micrografias de transmissão das gotículas; (C) Histograma a partir da microscopia.

[1] A. C. Lopes. V. Amato. Tratamento de Clínica Médica. 2006, Vol II, 3010 e 2036 [2] I. Ksiazek, K.Sitarz,et. al. International Journal of Pharmacy and Pharmaceutical Sciences. 2014, Vol 6, 264 [3] C Gong, S. Deng. et. al. Biomaterials. 2013, Vol 34, 1413

Agradecimentos: A CAPES pelo apoio financeiro.

WSPGQ-041

(A) (B) (C)

WSPGQ-042

Page 22: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Incorporação de dispersões orgânicas de ferrita de cobalto em resina epoxídica. Eli Silveira Alves Jr.

1, Patrícia Pommé Confessori Sartoratto

1.

1Instituto de Química, Universidade Federal de Goiás.

Palavras Chave: ferrita de cobalto, resina epoxídica, ferrofluido.

A pesquisa relacionada à produção de compósitos constituídos de nanopartículas magnéticas e resina epoxídica tem avançado devido às possíveis aplicações deste tipo de material em dispositivos eletrônicos e no bloqueio de radiações eletromagnéticas [1]. A obtenção de compósitos com distribuição uniforme das nanopartículas na matriz polimérica tem sido um desafio, em virtude da incompatibilidade química entre estes materiais [2]. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi a preparação de compósitos a partir da incorporação de dispersões coloidais orgânicas de nanopartículas de ferrita de cobalto na mistura precursora de resina epoxídica. As nanopartículas (10-16 nm) foram obtidas pelo método de coprecipitação de íons de cobalto (II) e ferro (III) em meio alcalino, sendo posteriormente funcionalizadas com ácido oleico e dispersas em cicloexano ou tolueno. As nanopartículas funcionalizadas foram caracterizadas pelas técnicas de espectroscopia vibracional na região do Infravermelho e análise térmica, as quais possibilitaram avaliar a influência de alguns parâmetros experimentais, como a temperatura e o pH da suspensão, na eficácia do processo de recobrimento das nanopartículas com moléculas de ácido oleico. As medidas de espalhamento dinâmico de luz mostraram que as partículas de ferrita de cobalto funcionalizadas com uma monocamada de ácido oleico e dispersas em cicloexano apresentaram maior estabilidade coloidal com valores menores de diâmetro hidrodinâmico. Foram confeccionados 5 compósitos com composição variando de 0,3% a 1,3% em massa de CoFe2O4, foram obtidos por adição de uma alíquota da dispersão em cicloexano no endurecedor a base de poliamida, o qual foi posteriormente incorporado ao precursor diglicidil éter de bisfenol A. A cura do material foi realizada a temperatura ambiente por 72 horas. As imagens de microscopia eletrônica de transmissão dos compósitos mostraram que a distribuição das nanopartículas de ferrita de cobalto na matriz polimérica foi uniforme e revelaram a presença de nanopartículas isoladas e de agregados com 20 a 60 nm de tamanho.

[1] R.T. Olson, M. S. Hedenqvist, V. Ström, J. Deng, S. J. Savage, U. W. Gedde Polym. Eng. Sci. 2011, 51, 862. [2] J. Puig, C. E. Hoppe, L. A. Fasce, C. J. Pérez, Y. Piñero-Redondo, M. Bañobre-López, M. A. López-Quintela, J. Rivas, R. J. Williams J. of Phys. Chem. C, 2012, 116, 13421.

Agradecimentos: ELETRONORTE, FUNAPE e FAPEG.

WSPGQ-043

Utilização de quitosana como suporte para liberação controlada do anti-inflamatório Meloxicam

Isabela Milhomem Dias1, Flávio Arantes Campos

1, Rômulo Davi Albuquerque Andrade

1, Ana Carolina Ribeiro Aguiar

1

1Instituto Federal Goiano – Campus Rio Verde

Palavras Chave: ancoramento, anti-inflamatório, quitosana

Resumo: Os sistemas de liberação controlada apresentam inúmeras vantagens em relação aos sistemas convencionais, pois os materiais bioativos atingem um alvo específico com taxa e duração pré-determinadas [1]. A quitosana é considerada um bom material para a liberação controlada de medicamentos na mucosa oral e em regiões gastrointestinais, por ser seletivamente permeável [2]. Com isso, este trabalho propôs o uso do biopolímero quitosana como carreador do anti-inflamatório meloxicam. Para tanto, preparou-se uma solução aquosa de meloxicam 0,1 mol/L e uma solução de quitosana com 3% do biopolímero e 2% de ácido acético glacial. As soluções foram misturadas e deixadas sob agitação durante 24 horas, em seguida o pH foi ajustado para 2 através de adição de HCl. A titulação condutimétrica foi realizada através da adição de NaOH 0,1 M à solução de quitosana com fármaco ainda em agitação. Os dados da variação do pH e da condutividade foram obtidos e plotados para obter a curva de titulação. A cada variação na condutividade, foram coletadas alíquotas para posterior análise em FTIR. Observou-se que a medida que o pH se aproximava de 7, os pontos de mudança abrupta de condutividade foram evidenciados, ou seja, para o meloxicam ancorado na quitosana, a melhor faixa de liberação se deu entre pH 4 e 6,5. A partir dos espectros obtidos da solução do biopolímero e das alíquotas coletadas durante a titulação foi possível observar picos característicos nas regiões de 3300, 1600 e 900 cm

-1, esses picos são resultantes da

interação do ancoramento/liberação do anti-inflamatório meloxicam com a quitosana, demonstrado pelo alargamento e deslocamento das bandas. Além disso, essas bandas sofreram alargamento e diminuição na intensidade, pelas interações ocorridas na superfície do polímero e as cargas livres na molécula do fármaco. Os pontos em que se observou as maiores intensidades estão relacionados à liberação do meloxicam da superfície do biopolímero tendo como resultado o aumento da condutividade da solução. [1] SCHAFFAZICK, S. R.; GUTERRES, S. S. U.; FREITAS, L. D; POHLMANN, A. R. Caracterização e estabilidade físico-química de sistemas poliméricos nanoparticulados para administração de fármacos. Química Nova, v. 26, p. 726-737, 2003. [2] DA SILVA, R. L. Sistemas de liberação controlada de quitosana contendo antígeno capsular Vi de Salmonella Typhi. Dissertação

(Mestrado em Ciências Farmacêuticas) apresentada ao Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará. Belém, 2012.

Agradecimentos: Ao Instituto Federal Goiano e ao laboratório QuiMERA Team.

WSPGQ-044

Page 23: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Desenvolvimento de nanopartículas de γ-Fe2O3 revestidas com um híbrido de bicamada de ácido láurico / BSA funcionalizados com carboxilatos de ródio (II)

Matheus Oliveira da Silva; Aparecido Ribeiro de Souza Universidade Federal de Goiás- UFG, Campus Samambaia, Avenida Esperança, s/n, Campus Universitário, Goiânia – GO, Instituto de

Química, 74690-900 Palavras Chave: Carboxilatos de ródio (II), albumina de soro bovino, maguemita

Resumo: os carboxilatos de ródio (II) possuem pronunciada atividade antitumoral apesar de sua elevada toxicidade. Estudos realizados para os complexos da série acetato, propionato e butirato de ródio (II) mostraram que quanto mais lipossolúvel maior sua toxicidade

1. Nos últimos anos o foco do nosso trabalho tem sido melhorar as características destes compostos

tendo em vista diminuir tamanha toxicidade. Podemos citar como exemplos a associação de succinato de ródio (II) (SR) a uma suspensão coloidal de nanopartículas magnéticas (NM) de maguemita (γ-Fe2O3). O revestimento das NM com ácido

láurico (LA)2 e albumina de soro bovino (BSA)

3, ambos biocompatíveis, representam uma boa alternativa para melhorar o

índice terapêutico destes complexos. O LA possui sítios para funcionalização com drogas hidrofóbicas enquanto a albumina apresenta solubilidade aquosa e absorção preferencial em tecidos tumorais e inflamados. Dessa forma, a associação dos complexos de ródio (II) com suspensão coloidal de NM de γ-Fe2O3 revestidos com bicamada de LA e com BSA foram

utilizados nesse trabalho como uma plataforma de liberação direcionada representando uma alternativa no tratamento do câncer.

0 100 200 300 400 500

0

5

10

15

20

25

30

Qa

ds /

mm

ol

/ m

ol

Ceq / µmol.L-1

LL-AR

LL-PR

LL-BR

LL-SR

1800 1600 1400 2000 1800 1600 1400 1200 1000

s(OCO)

Tra

ns

mit

ân

cia

Número de onda / cm-1

LL

LL-BR

BR

a(OCO)

Tra

ns

mit

ân

cia

Número de onda / cm-1

LL

LL-SR

SR

a(OCO)

a) b)

100 200 300 400 500 600 700

50

60

70

80

90

100

Perd

a d

e m

as

sa

/ %

Temperatura / ºC

LL-SR-BSA

LL-SR

[1] R. A. Howard, E. Sherwood, A. Erck, A. P. KimbalL, J. L. Bear. Journal of Medicinal Chemistry 1977, 20, 943-946. [2] J. B. Mamani, A. J. Costa-Filho, D. R. Cornejo, E.D. Vieira, L. F. Gamarra. Materials charactterization 2013, 81, 28-36. [3] A. O. Elzoghby, W. M. Samy, N. A. Elgindy. Journal of Controlled Release 2012, 157, 168-182

Agradecimentos: CAPES, Instituto de Química – UFG, INCT.

Síntese de nanopartículas dos óxidos CeO2-NiO confinados na matriz PVG Lucas H. G. Kalinke, Ítalo O. Mazali, Danielle Cangussu

Instituto Federal de Goiás – IFG, Anápolis – GO, Brasil

Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, Campinas – SP, Brasil Universidade Federal de Goiás – UFG, Goiânia – GO, Brasil

Palavras Chave: óxidos, PVG, nanopartículas

Resumo: Nanopartículas de metais, óxidos metálicos e semicondutores tem sido materais de grande interesse devido a suas propriedade em relação ao sólido em massa e sua potencial aplicação [1]. Um dos desafios da obtenção de nanopartículas é o controle do tamanho que influencia diretamente nas propriedades do material. O objetivo desse trabalho foi a preparação de óxidos de níquel e cério confinados na matriz do vidro poroso Vycor (PVG) para controlar o crescimento das partículas dos óxidos. Foi utilizado a metologia de ciclos de impregnação-decomposição (CID) de complexos bimetálicos na matriz PVG. Os materiais foram caracterizados por difração de raios X (DRX), espectroscopia Raman, microscopia eletrônica de trasmissão (MET) e espectroscopia UV-Vis. As medidas de DRX apresentam a segregação de fase dos óxidos. Pelas imagens de MET foi possível observar que o tamanho médio das partículas foi de 4nm e 6nm para as amostras com 2 e 6 CID (Figura 1). Os espectros de UV-Vis mostram o deslocamento da banda de absorção em 279nm (CeNi@PVG2) para 296nm (CeNi@PVG10), indicando um efeito do tamanho da partícula. Foi realizada a linearização da borda de absorção e calculado a energia da banda proibida utilizando a relação de Kubelka-Munk. Os valores da banda proibida diminuem a medida que o número de CIDs são realizados, indicando que as partículas se encontram em regime de confinamento quântico. [1] J. A. Schooll, A. L. Koh, J. A. Dionne, Nature, 2012, 483, 421.

Agradecimentos: IFG, UFG, UNICAMP, CAPES, CNPq, FAPEG

WSPGQ-045

WSPGQ-046

Page 24: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Avaliação de metodologia sol-gel para obtenção de nanocompósito CoFe2O4/ZrO2

Sara Alves MACIEL, Patrícia Pommé C. SARTORATTO

Universidade Federal de Goiás, Instituto de Química, Goiânia, GO, 74.001-970, BR.

Palavras Chave: nanocompósitos, ferrita de cobalto, óxido de zircônio.

A combinação das propriedades do óxido de zircônia e da ferrita de cobalto em um nanocompósito pode resultar em propriedades únicas para aplicações em sensores e em dispositivos ópticos, eletrônicos e elétricos [1]. Neste trabalho, pretendeu-se avaliar uma metodologia baseada no método sol-gel para preparação de um nanocompósito CoFe2O4/ZrO2. Para isto, foi feita a incorporação de uma dispersão coloidal aquosa de nanopartículas de ferrita de cobalto, previamente preparadas via coprecipitação e funcionalizadas com ácido láurico, no sol precursor de zircônia. O material obtido foi caracterizado por Difratometria de Raios X (DRX) e Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET). Os difratogramas de raios X revelaram a formação da fases espinélio, da ferrita de cobalto, com diâmetro médio dos cristalitos de 8 nm; e tetragonal, da zirônia, com diâmetro médio de 15 nm. Na análise por DRX do compósito, foram observados apenas os picos de difração característicos da estrutura da zircônia tetragonal, devido ao baixo teor das NP´s na matriz. No entanto, pôde-se notar uma pequena diferença entre os valores dos parâmetros de rede calculados para o óxido de zircônio no compósito em relação à zirconia pura. Isto se deve à inserção de cátions (Co

2+, no caso) na matriz de zircônia, que podem ocupar as vacâncias de

oxigênio ou substituir os cátions Zr4+

na estrutura do ZrO2 [2]. Com a análise por MET, foi possível observar que a incorporação das nanopartículas na matriz não foi homogênea, o que foi confirmado pela análise de diferentes regiões da amostra por espectroscopia de energia dispersiva. Sendo assim, a metodologia sol-gel mostrou-se útil na preparação de zircônia em escala nanométrica. Entretanto, esta metodologia não permite a obtenção de compósitos com distribuição homogênea das partículas de ferrita de cobalto, nem tão pouco permite obter compósitos com alto teor de nanopartículas, devido à elevada reatividade do precursor de zircônia na presença de quantidades elevadas de água. [1] MAAZ, K.; MUMTAZ, A.; HASANAIN, S.K.; CEYLAN, A. Synthesis and magnetic properties of cobalt ferrite (CoFe2O4) nanoparticles prepared by wet chemical route. Journal of Magnetism and Magnetic Material, v. 308, p. 289-295, 2007. [2] FABRIS, S.; PAXTON, A.T.; FINNIS, M.W. A stabilization mechanism of zirconia based on oxygen vacancies only. Acta Materialia. V.50, p.5171 -5178, 2002.

Agradecimentos: UFG, ELETRONORTE E FAPEG.

Inserir abaixo as principais referências seguindo o estilo indicado (fonte Arial 8) [1] A. A. Surname, B. B. Surname, C. C. Surname Journal Title year, volume, page. [2] A. A. Surname, B. B. Surname, C. C. Surname Journal Title year, volume, page.

Agradecimentos: Inserir aqui o texto, fonte Arial, tamanho 9.

Complexos de Co(II), Co(III) e Ni(II) com o ligante bis(2-pirimidilcarbonil)amidato: síntese e caracterização. Renato Rabelo

1, Ana K. Valdo

1, Felipe Terra Martins

1, Danielle Cangussu

1

Universiade Federal de Goiás – Instituto de Química Palavras Chave: bpcam, precursores mononucleares.

Resumo: A hidrólise de 2,4,6-tris-(2-pirimidil)-1,3,5-triazine (TPymT) assistida pelo íon cobre(II) em solução aquosa quente resulta no complexo estável mononuclear de fórmula [Cu(bpcam)(H2O)3]

+ (bpcam = bis-2-(pirimidil)amidato).

1 O uso deste

complexo como precursor de Hbpcam torna possível estudar sua interação com uma variedade de íons da primeira série de transição visando a síntese de complexos precursores mononucleares do tipo [M(bpcam)2]

0/+, para posterior utilização destes

na construção de compostos de coordenação polinucleares de alta dimensionalidade.2 Neste trabalho o ligante Hbpcam foi

isolado na forma ácida, e duas diferentes metodologias de síntese foram utilizadas para preparação dos precursores mononucleares. Os complexos [Co(bpcam)2]ClO4∙DMSO∙H2O e [Co(bpcam)2] foram preparados a partir da hidrólise direta do TPymT assistida pelo íon Co(II), sendo que estes apresentam reversibilidade eletroquímica. Já o complexo [Ni(bpcam)2]∙H2O foi sintetizado pela reação do ligante Hbpcam com um sal de níquel(II) na proporção de 2:1. A evaporação lenta das soluções dos compostos de coordenação resultou em cristais apropriados para a técnica de difração de raios-X de monocristal e suas estruturas foram determinadas. Foi observado que estas duas diferentes metodologias de síntese podem levar a complexos precursores do tipo [M(bpcam)2]

0/+.

Figura 1: Esquema do 2,4,6-tris-(2-pirimidil)-1,3,5-triazine (TPymT) e bis-(2-pirimidilcarbonil)amida (Hbpcam).

[1] Lener, E. I.; Lippard, S. J. J. Am. Chem. Soc., 1976, 98, 5397; Lener, E. I.; Lippard, S. J. Inorg. Chem., 1977, 16, 1546. [2] A. Kamiyama, T. Noguchi, T. Kajiwara, T. Ito, Inorg. Chem., 2002, 41, 507.

Agradecimentos: UFG, CAPES,CNPQ e FAPEG.

WSPGQ-047

WSPGQ-048

Page 25: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Ferromagnetismo em Temperatura Ambiente para Amostras de Zn1-XFeXO Produzidas via Reação de Combustão para Aplicação em Semicondutores Magnéticos Diluídos (DMS)

Thiago E. P. Alves (IQ-UFG) e Adolfo Franco Júnior (IF-UFG) [email protected]

Palavras Chave: Ferromagnetismo, Combustão, DMS

Resumo: DMS (diluted magnetic semiconductors) são produzidos, em geral, pela dopagem de uma matriz semicondura convencional com íons d (metais de transição) ou f (terras raras) sendo a matriz II-VI ou III-V as mais utilizadas para esse fim [1]. No presente trabalho a matriz escolhida foi o ZnO e como íon dopante, o ferro. A síntese foi realizada pelo método da reação de combustão, os precursores metálicos são nitratos hidratados e o combustível escolhido foi a uréia [2]. As amostras foram caracterizadas por espectroscopia de absorção atômica (AAS), difração de raios x (XRD), espectroscopia de absorção no infravermelho (FTIR), microscopia eletrônica de varredura (SEM) e medidas de magnometria de amostra vibrante (VSM). Evidenciando a obtenção da fase wurtizita e também foi observado ferromagnetismo à temperatura ambiente. Conclui-se que o mecanismo da combustão e tratamento térmico incluencia diretamente as propriedades magnéticas, principalmente em relação à aglomeração e sinterização das partículas, percebidas nas micrografias.

20 30 40 50 60 70 80 90 100 110

******

* ** **

*

*

*

*

FF

(400

)

(220

)

ZnO * wurtzita JCPDS PDF #36-1451

F - ZnFe2O

4 espinélio JCPDS PDF #22-1012

(101

)

(002

)

ZnOMF

ZF9MF

ZF7MF

ZF5MF

ZF3MF

Inte

nsid

ade

Rel

ativ

a (u

.a.)

2 Theta

ZF1MF

(100

)*

4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500

ZF5MF

Abs

orbâ

ncia

número de onda (cm-1)

Fig. 1. XRD e FTIR evidenciado a formação da fase e da ligação Zn-O Fig. 2. Micrografia e Histereses mostrando ferromagnetismo a 298K

[1] J. Alaria, M. Venkatesan, and J. M. D. Coey. J. Appl. Phys. 2008, v. 103, p. 123. [2] T. Dietl et al; Science 2008, v. 287, p. 1019. [2] S. R. Jain, K. C. Adiga and V. R. Pai Verneker. Combustion and Flame 1981, v. 40, p. 71.

Agradecimentos: IQ-UFG, IF-UFG e CAPES

-2000 -1000 0 1000 2000

-4

-2

0

2

4

6

0

0em

u/c

m3

H (Oe)

ZnO

ZF1MF

ZF3MF

ZF5MF

ZF7MF

ZF9MF

emu/

cm3

H (Oe)

ZnO

ZF1MF

ZF3MF

ZF5MF

ZF7MF

ZF9MF

WSPGQ-049

Síntese, Caracterização Estrutural e Estudo de Equilíbrio do Ligante do Tipo Oxamato Et2H2mpyba Tamires S. Fernandes¹, Ramon S. Vilela¹, Enrique García², Mario Inclán², Danielle Cangussu¹

¹Instituto de Química, Universidade Federal de Goiás - UFG, Goiânia - Goiás, Brasil ²Instituto de Ciência Molecular, Universitat de València – UV, Valência, Espanha

Palavras Chave: ligante, oxamato.

Resumo: Os ligantes do tipo oxamato vêm se mostrando promissores para a síntese de novos magnetos moleculares. Sua característica bis-bidentada permite a obtenção de sistemas de diversas dimensionalidades e sua capacidade de atuar como ponte de transmissão de interações magnéticas tem atraído grande atenção na comunidade científica.¹ Nesse trabalho apresentamos a síntese, caracterização e um estudo de equilíbrio em solução do ligante Et2H2mpyba, no intuito de obter um informações a respeito da reatividade deste ligante frente ao metal Cu(II) para utilizá-lo na obtenção magnetos moleculares. O ligante Et2H2mpyba foi obtido através de uma reação de condensação direta entre a 2,6-diaminopiridina e o cloreto de etil-oxalila. Rendimento: 86,7%. Ele foi caracterizado por análise elementar calc. (%) para C13H15N3O6 (309,28 g/mol): C 50,48; H 4,89; N 13,58; experimental: C 51,00; H 4,83; N 12,95. IV (KBr) 1725 ν(C=O), 1453 ν(C-N)sp2, 3138 ν(C-H), 3332 ν(N-H) cm

-1;

e RMN ¹H (CDCl3) δ (ppm) 9,21 (s,2H,2 NH), 8,04 (d,2H,2 (CH)sp2), 7,83 (t,1H,1 (CH)sp2), 4,43 (q,4H,2 CH2O), 1,4 (t,6H,2 CH3); apresentando resultados bastante satisfatórios quanto a confiabilidade de sua obtenção na forma pura. Além da caracterização estrutural realizou-se um estudo de equilíbrio em meio aquoso para avaliarmos como ocorrem as desprotonações do ligante hidrolisado. Esse estudo foi realizado através de duas técnicas: a titulação potenciométrica e espectrofotometria UV-visível. No caso do ligante livre, dos quatro passos de protonação esperados apenas um pôde ser identificado pela titulação potenciométrica no intervalo de pH de 2-11, correspondendo a protonação de um carboxilato do ligante. Para obtermos dados sobre as demais protonações, foi realizada a titulação potenciométrica, com acompanhamento UV-vis, de uma solução ligante-Cu

2+ 1:1 com

monitoramento de pH. A figura 1 apresenta uma compilação dos dados de equilíbrio desse sistema.

Figura 1: Diagrama de distribuição do sistema Ligante-Cu

2+.

REFERÊNCIAS: [1] I. Fernández, R. Ruiz, J. Faus, M. Julve, F. Lloret, J. Cano, X. Ottenwaelder, Y. Journaux, M. C. Muñoz, Angew Chim Int. Ed., 2001, 40, 3039.

Agradecimentos: CAPES, CNPQ, FAPEG, IQ-UFG, LabSiM

WSPGQ-050

Page 26: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Preparação e caracterização de filmes finos de complexo de cobre com emissão óptica no visível Daniel Ribeiro

1(IC), Renato Rabelo

1(IC), Danielle Cangussu

1*(PQ), Lauro J. Q. Maia

2(PQ)

1 Laboratório de Síntese Molecular, Instituto de Química, Universidade Federal de Goiás

2Instituto de Física, Universidade Federal de Goiás

Palavras Chave: magnetismo molecular, materiais multifuncionais, filmes finos.

Resumo: Os magnetos moleculares mostram-se interessantes para a fabricação de materiais multifuncionais, estes apresentam várias propriedades como ópticas, magnéticas e elétricas resultantes da estrutura supramolecular. O objetivo do trabalho foi a preparação, caracterização e estudo das propriedades óticas de filmes finos obtidos por duas diferentes técnicas: (i) Spin-Coating e (ii) Dip-Coating a partir do complexo [NBu4]2[Cu(npbo)].[npbo = N,N'-1,8 -diaminonaftaleno-bis(oxamato)]

1. A confecção dos filmes finos foi feita sobre substrato de sodalima utilizando duas técnicas. (i) Spin-Coating: os

parâmetros controlados foram o tipo de solvente, a concentração do complexo e a velocidade de rotação. A microscopia de varredura eletrônica (MEV) revelou maior cristalinidade dos filmes feitos em diclorometano, onde há formação de bastões que

se cristalizam radialmente, em relação à acetona na qual ocorre a formação de placas amorfas. IV(cm-1

): 2963 ( Csp3-H),

1651 ( C=O éster), 1595 ( C=O amida). UV/Vis/NIR: 315 nm (transições π→π*) e 547 nm (transições d→d*) mostram que os filmes preparados com velocidade de rotação de 2000 rpm apresentam maior porcentagem de transmitância. A fotoluminescência de emissão dos filmes mostra que a intensidade do sinal é inversamente proporcional à concentração do complexo numa mesma velocidade de rotação, filmes feitos em acetona e diclorometano apresentam pico de emissão bem próximo quando excitados em 315nm. (ii) Dip-Coating: o parâmetro controlado foi a velocidade de subida e descida do substrato na solução. As caracterizações dos filmes feitas por espectroscopia no UV/Vis/NIR e de fotoluminescência de emissão são semelhantes aos filmes depositados por spin-coating. Essa semelhança sugere que o complexo utilizado possui uma estrutura cristalina e eletrônica muito estável que não são afetados pelas diferentes técnicas utilizadas. A metodologia de deposição dos filmes será utilizada com base no estudo das propriedades óticas de novos materiais. [1] B. Cerbera et al. Chem. Soc., Dalton Trans., 1998, 781-790.

Agradecimentos: UFG, CNPq, CAPES, FAPEG, IQ-UFG, IF-UFG, Labsim.

MODULAÇÃO DE DIÂMETRO DE NANOPARTICULAS ATRAVÉS DE TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO MULTIFATORIAL DE EXPERIMENTOS

Vitor Mendes de Oliveira¹, Eli Silveira Alves Jr., Gustavo Amorim Santos¹, Patrícia PomméConfessoriSartoratto¹ ¹Instituto de Química, Universidade Federal de Goias

Palavras Chave: Nanoparticulas, Magnetita, Box-Behnken.

O controle do tamanho das nanopartículas é um fator relevante para diversas aplicações em nanociência e nanotecnologia. Com base no modelo de nucleação e crescimento proposto por Lamer e Denegar [1] é possível selecionar as principais variáveis experimentais que interferem no tamanho das nanopartículas de magnetita, Fe3O4,sintetizadas pelo método de precipitação de íons Fe

3+ e Fe

2+em meio alcalino, tais como: concentração total de íons de ferro, velocidade de agitação, pH,

taxa de adição da solução de íons ferro, tempo de maturação e força iônica.No presente trabalho, empregou-se a metodologia Box-Behnken [2] para o planejamento multifatorial de 14 experimentos, nos quais foram selecionadas três variáveis de síntese de magnetita pelo método acima mencionado, as quais foram variadas em três níveis. A vantagem da utilização da metodologia Box-Behnken é a redução do número de experimentos necessários para construção do modelo. As variáveis escolhidas foram as de maior influência sobre o tamanho final das nanopartículas,sendo elas: a concentração da solução de íons ferro (variável A), a velocidade de agitação (variável B) e a força iônica (variável C). Outros parâmetros experimentais relacionados à resposta de interesse foram mantidos constantes, como a taxa de adição de reagentes, o tempo de maturação, a temperatura e as dimensões do aparato de síntese. Os sólidos obtidos foram analisados por difratometria de raios-X e, empregando-se a equação de Scherer, foi possível calcular o diâmetro médio dos cristalitos de magnetita obtidos em cada experimento. Uma regressão linear múltipla foi aplicada aos dados, utilizando-se o programa Octave. Obteve-se a equação 1 que descreve a relação das variáveis experimentais com o diâmetro médiodos cristalitos, na faixa de 2,8 a 4,6 nm, cujo coeficiente de correlação foi de 99,8%.

Y = 5,91 – 5,89A – 6,63B + 2,36AB + 6,77AC + 3,15B/CC (Equação 1) A equação mostra que para todas as variáveis analisadas é possível encontrar termos que contribuem tanto para o aumento quanto para o decréscimo do diâmetro médio dos cristalitos. Assim, por exemplo, quando a concentração da solução de íons ferro é aumentada, o termo -5,89A contribui para o decréscimo do diâmetro, enquanto os termos +2,36AB e +6,77AC) contribuem para o aumento do diâmetro. [1] V. K. LaMer; R. H. Dinegar, Journal of the American Chemical Society 1950, v.72, p. 4847-4854. [2] G. E. P. Box; D. W. Behnken, Technometrics 1960, v.2, p. 455-475.

Agradecimentos: CNPq, Eletronorte e Funape.

WSPGQ-051

WSPGQ-052

Page 27: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Síntese e Caracterização de fluidos magnéticos constituídos de maghemita funcionalizada com L-Lisina/DL-Histidina e adsorção de moléculas de DNA.

Breiner Gabriel Canedo Silva1, Patrícia Pommé Confessori Sartoratto

1, Marcio José Poças Fonseca

2, Zulmira Guerrero Marques Lacava

2

1Universidade Federal de Goiás, Instituto de Química, Goiânia, GO, 74.001-970, Brasil.

2 Universidade de Brasília, Instituto de Ciências

Biológicas, Brasília, DF, 70910-900, Brasil. Palavras Chave: fluidos magnéticos, nanopartículas, maghemita.

Nanopartículas funcionalizadas com moléculas contendo grupos amina protonáveis têm sido amplamente utilizadas em terapia gênica, devido à capacidade dessas moléculas de interagir eletrostaticamente com os grupos fosfato de moléculas de DNA e RNA [1]. Neste trabalho, foram preparados dois fluidos magnéticos, um constituído de maghemita funcionalizada com L-Lisina (NPLis) e outro constituído de maghemita funcionalizada com DL-Histidina (NPHis), pelo método de precipitação de sais de ferro (II) e (III) na presença do aminoácido, segundo a proporção 1:2:2 Fe

2+:Fe

3+:aminoácido [2]. As análises por

difração de raios X e microscopia eletrônica de transmissão evidenciaram cristalitos de 6 nm, estrutura cúbica do tipo espinélio inverso e parâmetro de rede de 0,835 nm, próximo ao da maghemita em volume. A associação do aminoácido à superfície das nanopartículas foi confirmada por espectroscopia de infravermelho. A partir das curvas termogravimétricas dos sólidos, determinou-se o coeficiente de recobrimento das nanopartículas em 1,2 moléculas de aminoácido por nm

2. Os

valores de raio hidrodinâmico das partículas nos fluidos NPLis e NPHis, obtidos por medidas de espalhamento dinâmico de luz, foram de 88 e 77 nm, respectivamente, evidenciando a presença de agregados de nanopartículas. O ponto isoelétrico para as partículas no fluido NPLis foi de 8,49, valor este superior ao observado para NPHis (7,65). Devido à maior basicidade da L-Lisina, o potencial zeta em pH fisiológico para o fluido NPLis (+16 mV) foi maior do que para NPHis (+4 mV). O fluido NPLis foi utilizado para adsorção de moléculas de DNA do fungo Humícola grisea. A adsorção das moléculas de DNA na

superfície das nanopartículas foi evidenciada por espectroscopia de infravermelho pelo surgimento de bandas em 1089 e 1049 cm

-1 referentes ao estiramento simétrico do grupo fosfato e ao estiramento C-O da ligação ribose-fosfato,

respectivamente [3]. O fluido NPLis foi capaz de adsorver 4.9 g de DNA por miligrama de maghemita.

[1] Y. Chen, G. Lian, C. Liao, W. Wang, L. Zeng, C. Qian, K. Huang, X. Shuai Journal of Gastroenterology 2013, 48, 7, 809-821. [2] Z. Durmus, H. Kavas, M. S. Toprak, A. Baykal, T. G. Altınçekiç, A. Aslan, A. Bozkurt, S. Coşgun. Journal of Alloys and Compounds 2009, 484, 1, 371-376. [3] H. Arakawa, J. F. Neault, H. A. Tajmir-Riahi Biophysical Journal 2001, 81, 3, 1580–1587.

Agradecimentos: CAPES, UFG, CNANO – UnB, INCT Nano.

Obtenção e caracterização de dispersões aquosas de magnetita/dextrana Anna Flávia Dias Zafred

1, Chelry Fernanda Alves de Jesus

1, Kely Lopes Caiado

2, Patrícia Pommé Confessori Sartoratto

1

1 Universidade Federal de Goiás, Instituto de Química,Goiânia-GO.

2 Instituto Federal de Goiás, Inhumas-GO.

Palavras Chave: Dextrana, Magnetita, dispersões aquosas.

Nanoparticulas magnéticas de óxido de ferro são amplamente utilizadas em aplicações biomédicas. Em diversos casos, polímeros são utilizados como revestimento da superfície das nanopartículas para melhorar a estabilidade das suspensões aquosas de magnetita e a biocompatibilidade dos materiais [1]. Neste trabalho, foram preparadas dispersões aquosas de nanopartículas de magnetita recobertas com dextrana de massas moleculares distintas, e com dextrana reduzida para avaliação comparativa dos diâmetros hidrodinâmicos dos sólidos dispersos. Nanopartículas de magnetita recobertas com dextrana foram sintetizadas por coprecipitação de sais de ferro (II) e (III), em meio básico, na presença de dextrana de massas moleculares de 10 kDa e 75 kDa, bem como de dextrana parcialmente reduzida, a qual foi obtida pela prévia redução da dextrana (10kDa) com borohidreto de sódio [2]. As amostras sólidas foram caracterizadas por difração de raios-X e espectroscopia no infravermelho, enquanto que as dispersões aquosas por espalhamento dinâmico de luz. Os difratogramas de raios X apresentaram um padrão de reflexão típico da estrutura cúbica de espinélio inverso e indicaram a presença de cristalitos com diâmetros na faixa de 5 a 7 nm. Os espectros de infravermelho confirmaram a associação da dextrana às nanopartículas magnéticas. As medidas de espalhamento dinâmico de luz indicaram diâmetros hidrodinâmicos entre 33 e 159 nm, evidenciando a presença de agregados de nanopartículas nas dispersões. O emprego de dextrana parcialmente reduzida resultou em agregados de menor tamanho.

[1] A. K. Gupta, M. Gupta. Biomaterials 2005, 26, 3995.5. [2] G. K. Paul, B. F. Frigo, J. Y. Groman, E. V. Groman. Bioconjugate Chemistry 2004, 15, 194-401.

Agradecimentos: UFG, Capes, FAPEG.

WSPGQ-053

WSPGQ-054

Page 28: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Sais de In(III) Catalisando Reações de Acilação de Friedel-Crafts entre Heterocíclicos Aromáticos e Cloretos de Acila. Gabriela Ferreira Matos

1, Jorge Juiz Souza Simão¹, Rafael Pavão das Chagas

1, Olga Soares do Rêgo Barros

1*.

Iinstituto de Química, Universidade Federal de Goiás – Goiânia - GO Palavras Chave: acilação de Friedel-Crafts, triflato de índio.

Resumo: O uso de sais de In(III) como catalisadores nas reações de Friedel-Crafts tem-se mostrado bastante eficiente, principalmente com o intuito de sanar as limitações das metodologias que usam ácidos de Lewis muito fortes, como AlCl3, que complexam também significativamente com o grupo carbonila do produto, desativando o catalisador da reação. Propomos uma nova metodologia para síntese de compostos heterocíclicos aromáticos α substituídos e também α,α’ dissubstituídos. Os compostos obtidos serão posteriormente utilizados como intermediários sintéticos, principalmente os tiofenos, selenofenos e telurofenos α carbonílicos. A condição reacional ótima após a investigação das variáveis experimentais, temperatura, razão estequiométrica dos reagentes, tempo reacional e aditivos está representada no Esquema 1. A presente metodologia utiliza sais de In(III) como catalisador, com condições reacionais brandas, para a síntese de tiofenos aromáticos alfa-substituídos, normalmente difíceis de serem acilados através de uma reação de Friedel-Crafts clássica.

Esquema 1: Reação de acilação catalisada por In(OTf)3.

[1] Opietnik, M.; Jungbauer, A.; Mereiter, K. e Rosenau, T. C. Org. Chem. 2012, 16, 2739. [2] Chapman, C. J.; Frost, C. G.; Hartley, J. P. e Whittle, A. J. Tetrahedron Lett. 2001, 42, 773.

Agradecimentos: UFG, CNPq, CAPES e FAPEG.

S

ClO

NO2

S

NO2

O

0,3 In(OTf)3, 0,3 TfOHC2H4Cl2, t.a., 12h

1 2+

76,24 %

Reações de abertura de epóxidos promovidas por organocalcogenolatos de zinco Francielle Rodrigues da Silva

1, Olga Soares do R. Barros

1.

1Instituto de Química, Universidade Federal de Goiás - UFG, Goiânia - Goiás, Brasil

Palavras Chave: epóxido, disseleneto de difenila, hidroselenação

Resumo: Na literatura são reportados vários métodos para produzir os reagentes organocalcogenolatos de zinco1. Nosso

objetivo neste trabalho é estudar a eficiência destes reagentes, gerados através do sistema Zn/NH4OH2. Desta forma,

fenilselenolato e feniltiolato de zinco foram obtidos, através da clivagem redutiva da ligação calcogênio-calcogênio, utilizando Zn

0 partindo dos respectivos disselenetos de difenila (PhSe)2 e dissulfetos de difenila (PhS)2 em meio básico (NH4OH). Para

avaliar a nucleofilicidade dos reagentes, fenilselenolato e feniltiolato de zinco, foram postos a reagir in situ com epóxidos, o que levou a formação de compostos β-hidroxicalcogenetos obtidos em bons rendimentos, com eficiência régio e estereosseletiva, através de mecanismos de abertura tipo SN2 e SN1. Depois de estudadas as variáveis experimentais, estabelecemos como melhor condição reacional, metil oxirana (1 eq.), difenil disseleneto (0.5 eq.) e zinco metálico (1 eq.), NH4OH (0.1 mL), dissolvidos em THF (3 mL), com aquecimento de 60º C em um tempo reacional de 3h (Figura 1). Podemos concluir que a metodologia desenvolvida, apresenta os seguintes aspectos regiosseletivos, reações envolvendo

epóxidos com substituintes alquílicos produziram -hidroxicalcogenetos derivados do ataque do nucleófilo, PhSe, ao carbono

menos impedido estericamente e reações envolvendo epóxidos com substituintes arílicos produziram -hidroxicalcogenetos

derivados do ataque do nucleófilo PhSe ao carbono mais impedido estericamente. Continuaremos os estudos de aberturada de epóxidos, utilizando água como solvente, investigando o curso régio e estereoquímico, bem como os rendimentos, buscando uma metodologia mais limpa, de fácil manuseio e por fim economicamente mais viável.

FIGURA 1 - Equação geral para abertura de oxiranas utilizando fenilcalcogenolato de zinco.

[1] Shamsipoor, M.; Movassagh, B. Synlett. 2005, 1, 121–122. [2] Nunes, V.L.; Oliveira, I. C.; Barros, O. S. R., Eur. J. Org. Chem., 2014, 1525–1530.

Agradecimentos: Capes, CNPQ, Fapeg.

WSPGQ-055

WSPGQ-056

Page 29: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Efeito do extrato aquoso das folhas de caju-de-árvore-do-cerrado (Anacardium othonianum Rizz.) na germinação e crescimento de sementes de rabanete (Raphanus sativus L.) e de alface (Lactuca sativa L.)

Waleska Arcanjo¹, Juliana Santos Vilela¹, Luciana Machado Ramos ², Ana Carolina Ribeiro Aguiar¹. 1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Câmpus Rio Verde – GO,

2Universidade Estadual de Goiás- GO.

Palavras Chave: alelopatia, caju-de-árvore-do-cerrado, metabólitos secundários.

O caju-de-árvore-do-cerrado (Anacardium othonianum Rizz.), também conhecido popularmente como cajuzinho e cajuí, distingue-se das demais espécies existentes na região Central do Brasil pelo porte arbóreo e econômico¹. O cajuzinho é rico em vitamina C, fibras e compostos fenólicos. Este vem sendo estudado no ponto de vista biológico, devido as suas propriedades na prevenção de doenças crônico-degenerativas². Alguns compostos fenólicos são conhecidos por afetarem a regulação do crescimento e desenvolvimento de plantas³. Assim este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes diluições aquosas das folhas de caju-de-árvore-do-cerrado na germinação e crescimento de sementes de alface (Lactuca sativa L.) e rabanete (Raphanus sativus L.). Para tanto, foram testados 2 extratos aquosos obtidos por infusão (I) e

decocção (D) na proporção 1:10 v/v. Foram realizadas 5 diluições seriadas destes extratos resultando em 5 amostras em triplicada para cada extrato. Foram avaliados a porcentagem de germinação, o comprimento da radícula e da parte aérea, podendo ser observada uma reação alelopática quando as sementes de alface e rabanete foram tratadas na menor diluição. Referências Bibliográficas [1] SOUZA, E. R. B.; ALMEIDA, K. S.; CAMILO, Y. M. V.; MARRA, G. E. R.; SELEGUINI, A.; NAVES, R. V.; CORRÊA, G. C. Avaliação agronômica do cajuzinho-do-cerrado (Anacardium othonianum Rizz.) em Goiás. VII ENSub, 2010. [2] SILVA, J. S. Considerações sobre a ocupação do cerrado na microrregião do sudoeste de goiás: modernização versus degradação. Revista em Agronegócios e Meio Ambiente, v.3, n.1, 2010. [3] TUR, C. M.; BORELLA, J.; PASTORINI, L. H. Alelopatia de extratos aquosos de Duranta repens sobre a germinação e o crescimento inicial de Lactuca sativa e Lycopersicum esculentum. Revista Biotemas, v. 23, n.2, p.13-22, jun. 2010.

Estudo de perfil químico de sucos em pó do tipo diet via Ressonância Magnética Nuclear Gabriela da Silva Ribeiro, Mábio João Santana, Luiz Henrique Keng Queiroz Júnior

Laboratório de RMN - Instituto de Química / Universidade Federal de Goiás Palavras Chave: RMN, Edulcorantes, Refrescos.

Resumo: Para realizar os estudos sobre os preparados sólidos para refresco foram adquiridos no mercado os edulcorantes ciclamato de sódio, sacarina sódica e aspartame, além do corante tartrazina. Para esses compostos foram realizados experimentos de RMN de ¹H, a fim de realizar a caracterização desses padrões, obtendo-se assim dados de deslocamentos químicos e multiplicidades, o que permitiria uma análise mais precisa dos preparados sólidos para refresco. Todos os compostos citados foram completamente caracterizados e os resultados experimentais foram condizentes com os dados já bem consolidados disponíveis na literatura. Findada esta etapa foram então realizados experimentos de RMN de ¹H de 7 (sete) amostras comerciais de preparados sólidos para refresco diet codificadas como: D1, D2, D3, D4, D5, D6 e D7. Nessas amostras foram identificados sinais de: ácido cítrico, aspartame, acessulfame de potássio¹, tartrazina (D1, D2, D3, D4, D5, D6), sacarina (D5, D6, D7) e ciclamato de sódio (D5, D6, D7). Os sinais de RMN de ¹H foram identificados através do deslocamento químico, multiplicidade e constante de acoplamento, por comparação com espectros de padrões, com o uso de banco de dados (HMDB) e artigos da literatura. As eventuais distorções de deslocamento químico podem ser explicadas por diferenças do pH do meio e por interações com o solvente. Dentre os sucos diet, uma das amostras apresentou os sinais referentes a tartrazina, no entanto essa informação não é contemplada na lista de ingredientes do rótulo, ou seja, esse suco não cumpre a RDC Nº340 de dezembro 2002². Vale ressaltar que esse composto é capaz a desencadear reações alérgicas em pessoas com hipersensibilidade ao mesmo conforme o Informe Técnico nº. 30, de 24 de julho de 2007 (ANVISA)³. [1] OHTSUKI T., SATO K., ABE Y., SUGIMOTO N., AKIYAMA H.; Quantification of acesulfame potassium in processed foods by quantitative ¹H NMR. Talanta 131 (2015) 712–718. [2] BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC Nº 340, de 13 de dezembro de 2002. República Federativa do Brasil, Brasília, 13 dez. 2002. [3] BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Informe Técnico nº. 30, de 24 de julho de 2007. República Federativa do Brasil, Brasília, 24 jul. 2007.

Agradecimentos: UFG, FAPEG, MCTI, CNPq, CAPES.

WSPGQ-057

WSPGQ-058

Page 30: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Sistemas multicomponentes e seu recente papel na separação de enantiômeros Cameron Capeletti da Silva e Felipe Terra Martins.

Instituto de Química-UFG, Goiânia (GO) Palavras Chave: Sistemas multicomponentes, enantioespecificidade e sínton.

Resumo: Apesar de haver muitos relatos sobre sistemas multicomponentes envolvendo fármacos quirais, a quiralidade em tais sistemas ainda é uma área pouco explorada.

Em 2012, Springuel reportou uma nova técnica de separação

enantiomérica envolvendo a formação de co-cristais enantioespecíficos através da cristalização em solução. Relatos na literatura mostram que há uma tendência de enantioespecificidade em sistemas de co-cristais, enquanto que em sais geralmente há a formação de um par diastereomérico

1-2. A enantioespecificidade em co-cristais é atribuída a existência de

ligações de hidrogênio altamente direcionais, enquanto que em sais há um caráter menos direcional da ligação. No entanto, nesse trabalho reporta-se pela primeira vez a formação de um sal enantioespecífico e a preferência da lamivudina pelo ácido R-mandélico além da resolução enantiomérica de uma mistura racêmica de ácido mandélico usando-se lamivudina como agente de resolução (Figura 1). Desse modo, sugere-se que o sínton R2

2(8) desempenha um importante papel ditando a

enantioespecificidade por determinado enantiômero independente do caráter salino. Essa função foi observada nas estruturas do sal e co-cristal de sal de lamivudina com ácido mandélico.

[1] G. Springuel,T. Leyssens Cryst. Growth. Des. 2012, 12, 3374. [2] N. Tumanova, N. Tumanov, K. Robeyns, Y. Filinchuk, J. Wouters, T. Leyssens CrystEngComm 2014, 16, 8185.

Agradecimentos: FAPEG (Processo 201410267000635).

Atividade alelopática de extratos aquosos da casca de aroeira preta sobre as espécies picão-preto (Bidens pilosa) e capim brachiaria (Brachiaria decumbens)

1

Andressa Rossi da Silva2, João Pedro Lopes do Nascimento3, Manoel Aguiar Neto Filho4, Carlos Frederico de Souza Castro5, Adriano Jakelaitis6 1 Projeto Financiado pela CAPES.

2 Mestranda do PPG em Agroquímica, Instituto Federal Goiano – Câmpus Rio Verde. [email protected] 3 Licenciado em Química, Instituto Federal Goiano – Câmpus Rio Verde. [email protected]

4 Licenciado em Química, Instituto Federal Goiano – Câmpus Rio Verde. [email protected]. 5 Orientador, Prof. Dr., Departamento de Química do Instituto Federal Goiano – Campus Rio Verde. [email protected]

6 Colaborador, Prof Dr., Laboratório de Plantas Daninhas – Campus Rio Verde. [email protected]

Resumo: A espécie do cerrado aroeira preta (Myracrodruon urundeuva Freire Allemão) é utilizada como planta medicinal devido às diversas atividades biológicas dos seus metabólitos secundários [1]. Alguns destes compostos fitoquímicos possuem atividade alelopática, com o efeito de alterar o desenvolvimento de outras plantas [2]. A interferência desses compostos químicos sobre o sistema geral de outras plantas pode ser investigado através da realização de bioensaios alelopáticos. A obtenção do extrato aquoso consistiu na coleta das cascas da aroeira-preta, as quais foram secas em estufa com circulação de ar forçada á 40°C por 48 horas, até massa constante, e trituradas, obtendo-se um pó fino. Realizou-se a infusão na proporção de 250g do material biológico em um litro de água destilada fervente, mantendo-se por 10 minutos e posterior filtração. A solução obtida foi aplicada sobre as sementes de picão-preto e capim brachiaria (25 sementes em quadruplicata) em placas de petri, em diluições sucessivas com água destilada e concentrações de 100%, 50%, 25% e controle negativo (água destilada). As espécies selecionadas de plantas daninhas são de difícil controle, tornando-se assim interessantes. Através do teste tukey á 5% de probabilidade destacou-se a inibição no índice de velocidade de germinação na concentração/diluição de 100% do extrato sobre o picão preto. Observaram-se alterações de 17.4 ±2,9 a do controle para 6.7± 1,4 b na concentração de 100%. Houve inibição no percentual de germinação nas sementes de picão preto na concentração/diluição de 100%, sendo que para o controle teve-se 51.0 ± 8,2 a e em 100% 27.0 ± 6,8 b (médias de letras diferentes diferem estatisticamente entre si ). O capim braquiária não apresentou alterações significativas. Sendo assim destacaram-se possibilidades de pesquisas mais amplas da utilização de aroeira preta como possível herbicida natural. [1] M. H. Chaves, A. M. G. L. Citó, J. A. D. Lopes, D. A. Costa, C. A. A.Oliveira, A. F. Costa, F. E. M. Brito Junior. Fenóis totais, atividade antioxidante e constituintes químicos de extratos de Anacardium occidentale L., Anacardiaceae. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 20, p. 106-112, 2010. [2] F. Omezzine, M. Bouaziz, J. S. M. Simmonds, R. Haouala. Variation in chemical composition and allelopathic potencial of mixoploid Trigonella foenum-graecum L. with developmental stages. Food Chemistry, v148, p.188-195, 2013.

Agradecimentos: Ao Instituto Federal Goiano, CAPES e todos os colaboradores.

WSPGQ-059

WSPGQ-060

Figura 1. A enantioespecificidade da lamivudina pelo R-mandelato em (a) sal R-mandelato de lamivudina e (b) co-cristal S-mandélico de R-mandelato de lamivudina trihidratado.

Page 31: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

WSPGQ-061

Flavonoides de Psychotria trichophora Müll. Arg. (Rubiaceae) Geralda de Fátima Lemes

1, Lucília Kato

1, Cecília Maria Alves de Oliveira

1, Piero Giuseppe Delprete

2

1Universidade Federal de Goiás, Instituto de Química, Laboratório de Produtos Naturais

2Herbier de Guyane, Cayenne Cedex, Guyane Francaise (French Guiana), France

Palavras Chave: Psychotria trichophora, flavonoides, Rubiaceae

Resumo: Psychotria trichophora é uma espécie pertencente à família Rubiaceae, encontrada como erva ou subarbusto de 0,5-1,5 m de altura. No Brasil, esta espécie é encontrada na Mata Atlântica, no Cerrado, em matas de encosta e pluviais. Este trabalho descreve estudo químico das folhas de P. trichophora, ainda não investigadas. A Fr. AcOEt foi submetida a purificação em CLAE em fase reversa e conduziu ao isolamento dos compostos I-IV. Análises dos dados de RMN de

1H e

13C

e comparação com a literatura [1-2], permitiram identificar os compostos como sendo o canferol-3-O-β-D-robinosídeo (I), cameliasídeo B (II), canferol-3-O-{β-D-xilopiranosil-(1→2)-[α-L-raminopiranosil-(1→6)]}-β-D-galactopiranosídeo (III) e o canferol-3-O-[β-D-xilopiranosil-(1→3)-α-L-raminopiranosil-(1→6)]-β-D-galactopiranosídeo (IV). Dentre os compostos isolados, destacam-se III e IV, por serem inéditos na família Rubiaceae. Relatados, anteriormente, apenas em espécies das famílias Fabaceae e Leguminosae. Já os compostos I e II estão sendo descritos pela primeira vez no gênero Psychotria.

HO

HO O

O

OH

O

O

OHR4

O

O

R2

OHR1

OH

R3

I: R1=R2=R4=OH, R3=HII: R1=O-xilose, R2=H, R3=R4=OHIII: R1=O-xilose, R2=R4=OH, R3=HIV: R1= R2=OH, R3=H, R4 =O-xilose

Referências [1] ABRAHAM, L. C. N., MASAKUNI, T., ISAO, H.; HAJIME, T. Food Chemistry. 2008, 109, 415–420. [2] SEKINE, T.; ARITA, J.; YAMAGUCHI, A.; SAITO, K.; OKONOGI, S.; MORISAKI, N.; IWASAKI, S.; MURAKOSHI, I. Phytochemistry. 1991, 30, 991-995.

Síntese de triazóis derivados dos bioprodutos abundante limoneno e canfeno com potencial atividade frente ao fungo Paracoccidioides brasiliensis

Monique F. Marques1 (PQ), Igor J. Diniz

2 (IC), Cecilia M. A. de Oliveira

2 (PQ), Lucilia Kato

2 (PQ), Emilia C. O. Lima

2 (PQ), Livia C. Silva

3

(PG), Maristela Pereira3 (PQ)

1Universidade Estadual de Goiás, Campus Palmeiras de Goiás, Rua S-7, St. Sul, CEP: 76190-000, Palmeiras de Goiás -GO 2Instituto de Química,

3 Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Goiás, CP 131, 74001-970, Goiânia-GO

Palavras Chave: Triazóis, limoneno, canfeno

Reações multicomponentes utilizando catalisadores metálicos e aliadas à hibridização molecular são

estratégias úteis para a obtenção de triazóis, que são conhecidos por suas propriedades biológicas, tais como

atividade anti-HIV e antimicrobial frente a bactérias gram-positivas.1

Dentro de um estudo de prospecção de

novas moléculas potencialmente ativas frente ao fungo Paracoccidioides brasiliensis, neste trabalho, uma série

de triazóis derivados do limoneno foi sintetizada através de reações multicomponentes, utilizando-se

nanopartículas de cobre suportadas em carbono como catalisador e diversos alcinos, tais como o fenilacetileno,

o 1-hexino e 1-octino, dentre outros (Figura 1). O triazol obtido a partir do fenilacetileno (R = fenilacetileno) foi

avaliado frente ao fungo Paracoccidioides brasiliensis pela técnica de microdiluição e o MIC apresentado para

este composto foi de 0,23 µM. Estudos com os demais produtos estão em andamento. Apesar dos bons

rendimentos obtidos na síntese destes triazóis (32-91%), experimentos para a otimização das sínteses estão em

andamento em nosso laboratório, utilizando diferentes catalisadores de cobre, bem como a síntese dos triazóis

derivados do bioproduto canfeno.

O

+ R + NaN3catalisador

H2O/EtOH, 70°C

ON

NN

RH

(1) (2) (3) (4)

Figura 1. Esquema geral para a síntese dos triazóis.

1 Alonso, F.; Moglie, Y.; Radivoy, G.; Yus, M. J. Org. Chem. 2011, 76, 8394.

Agradecimentos: CAPES, UFG e FAPEG

WSPGQ-062

Page 32: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Determinação estrutural e atividade biológica dos alcaloides de Psychotria capitata Ruiz & Pav. (Rubiaceae) Vinícius G. Wakui

1, Lucília Kato

1, Cecília M. A. de Oliveira

1, Luiz C. Klein-Júnior

2, Amélia T. Henriques

2, Helder Consolaro

3, Piero Delprete

4,

1. Universidade Federal de Goiás, Instituto de Química, Laboratório de Produtos Naturais 2. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Farmácia, Laboratório de Farmacognosia

3. Universidade Federal de Goiás, Dept. Ciências Biológicas, Unidade Catalão. 4. Herbier de Guyane, Cayenne Cedex, Guyane Francaise (French Guiana), France Palavras Chave: Psychotria capitata, alcaloides indólicos, monoamina oxidase.

Resumo: As espécies do gênero Psychotria são conhecidas como fonte de alcaloides bioativos1. Neste trabalho foi realizado

o estudo fitoquímico das folhas de Psychotria capitata de vasta ocorrência no Cerrado goiano, resultando no isolamento e elucidação estrutural dos alcaloides bufotenina (II) e N-óxido de bufotenina (III) e da cumarina iso-escopoletina (I). Além disso, foi identificado em mistura, dois alcaloides: o 6-hidroxi-2-metil-1,2,3,4-tetraidro-β-carbolínico (IV) e o 7-carboxil-2-metil-3,4-diidro-β-carbolínium (V). Considerando que os alcaloides indólicos, particularmente os isolados de Psychotria, possuem atividade biológica no sistema nervoso central, submetemos as frações e compostos isolados de P. capitata à avaliação in vitro tendo como alvo biológico as isoenzimas MAO-A e MAO-B, relacionadas a doenças neurodegenerativas tais como a

doença de Parkinson e de Alzheimer. Essa avaliação foi realizada em colaboração com o grupo de pesquisas da FF/UFRGS. As frações alcaloídicas de P. capitata (10 μg/mL) apresentaram taxas de inibição entre 60 e 89%, mostrando o potencial destas frações. A bufotenina (I) (86 μM), apresentou inibição para MAO-A, sendo seletiva para a mesma, enquanto que o N-

óxido de bufotenina não apresentou inibição para essas enzimas2. Este estudo contribui para o estudo das espécies do

gênero Psychotria, mostrando que as folhas de P. capitata, ricas em bufotenina e seu óxido, podem ser consideradas para futuros estudos de atividade biológicas relacionadas às doenças degenerativas cerebrais in vitro e in vivo.

[1] MORAES, et al. Antimycobacterial Activity and Alkaloid Prospection of Psychotria Species (Rubiaceae) from the Brazilian Atlantic Rainforest. Planta Medica, 2011, v. 77, p. 964-970. [2] KLEIN-JÚNIOR, et al. Indole Alkaloids and Semisynthetic Indole Derivatives as Multifunctional Scaffolds Aiming the Inhibition of Enzymes Related to Neurodegenerative Diseases – A Focus on Psychotria L. Genus. Current Topics in Medicinal Chemistry, 2014, v. 14, p. 1056-075.

Agradecimentos: CAPES, CNPQ, IQ-UFG e UFG.

Alcalóide β-carbolínicos de Galianthe ramosa com ação inibitória para Malato Sintase de Paracoccidioides spp. Carla S. de Freitas, Lucília Kato, Cecília M. A. de Oliveira, Ivânia T. Schuquel, Piero G. Delprete, Roosevelt A da Silva, Guilherme O.

Quintino, Benedito R. Da Silva Neto, Célia M. A. Soares, Maristela Pereira. Universidade Federal de Goiás – UFG, Instituto de Química, Avenida Esperança s/n, Campus Samambaia, 74690-970, Goiânia, GO.

Palavras Chave: Rubiaceae, Alcalóide, Malato sintase.

Estudos fitoquímicos de Rubiaceae revelaram uma grande diversidade de metabólitos secundários com alto potencial biológico fazendo com que muitas espécies dessa família sejam amplamente utilizadas na medicina popular e na obtenção de fitofármacos e fitoterápicos

1. Dentre as espécies de ocorrência no cerrrado, o gênero Galianthe tem descrito a ocorrência de

alcaloides e iridóides2. Galianthe ramosa é um subarbusto com ocorrência no Centro Oeste do Brasil e no presente trabalho

realizou-se a investigação fitoquímica de G. ramosa e a partir do fracionamento do extrato bruto das partes aéreas foi possível o isolamento de dois alcalóides indol-monoterpenos inéditos I e II e de outros três compostos já conhecidos. a epi-catequina, o ácido ursólico e o ácido oleanólico. O alcalóide II mostrou-se potencialmente inibidor da enzima malato sintase, a qual foi isolado do fungo Paracoccidioides spp. Estudos de docking molecular descrevem as interações entre o alcalóide essa enzima. A malato sintase é considerada uma importante molécula alvo por não ser encontrada em seres humanos.

[1] BOLZANI, V. S.; YOUNG, M. C. M.; FURLAN, M.; CAVALHEIRO, A. J.; ARAÚJO, A. R.; SILVA, D. H. S.; LOPES, M. N. Secondary metabolites from brazilian rubiaceae plant species: chemotaxonomical and biological significance. Recent Research Development Phytochemistry, 5: 19-31, 2001. [2] FIGUEIREDO PO, GARCEZ FR, MATOS MFC, PERDOMO RT, QUEIROZ LMM, POTT A, GARCEZ AJS, GARCEZ WS. A new cytotoxic b-carboline alkaloid from Galianthe thalictroides. Planta Med 2011; 77: 1852–1854

WSPGQ-063

WSPGQ-064

Page 33: Ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à ...1).pdf · Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas ... HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: ... a importância

Estudo da Remoção dos Compostos Nitrogenados Básicos do Resíduo de Vácuo do Petróleo G. A. Vasconcelos, B. G. Vaz

[email protected], [email protected] Palavras Chave: espectrometria de massas, compostos nitrogenados básicos, resíduo de vácuo.

O petróleo é considerado a mistura mais complexa da natureza

1 e sua caracterização a nível molecular normalmente é feita

por técnicas de espectrometria de massas de alta resolução. O emprego desta técnica para uma caracterização abrangente do petróleo necessita de uma ionização eficiente de todos os componentes do petróleo. A remoção de moléculas que contém sítios facilmente ionizáveis, como heteroátomos, é necessária quando se tem interesse em estudar moléculas com menor capacidade de ionização. Desta forma, este estudo avaliou a extração de compostos nitrogenados básicos (CNBs) do resíduo de vácuo do petróleo empregando dois diferentes métodos: i) extração líquido-líquido; ii) extração em fase sólida (SPE). No primeiro método, os CNBs foram removidos usando soluções ácidas sob diferentes pHs. A recuperação desses compostos foi feita pela adição de uma solução básica. No segundo método, o resíduo de vácuo foi eluído em um cartucho preenchido com sílica gel. O eluato foi então adicionado a um cartucho de resina de troca catiônica (SCX). Cada fração obtida foi analisada usando eletrospray (ESI) nos modos positivos e negativos em um espectrômetro de massas de ressonância ciclotrônica de íons com transformada de Fourier (FT-ICR MS). Ambos os métodos se mostraram eficazes na extração dos compostos nitrogenados básicos, sendo que os compostos das classes N, N2 e NO são predominantes na amostra. A extração em SPE, entretanto, foi mais seletiva (figura 1) e mais facilmente executada.

(a) (b)

Figura 1: Gráfico de distribuição de classes dos compostos nitrogenados básicos resultantes da (a) extração líquido-líquido e (b) extração SPE. [1] C. S. Hsu, C. L. Hendrickson, R. P. Rodgers, A. M. McKenna, A. G. Marshall. Journal of Mass Spectrometry. Petroleomics: advanced molecular probe for petroleum heavy ends. 2011, 46, 337-343.

Agradecimentos: PETROBRAS, CAPES.

WSPGQ-066