Ao redor do relicário de São Vicente de Paulo de março de§ão... · de Paulo entregou a sua...

12
RSV No. 3 — Março de 2015 Postulação de março de A linda história da nossa fundação Ao redor do relicário de São Vicente de Paulo

Transcript of Ao redor do relicário de São Vicente de Paulo de março de§ão... · de Paulo entregou a sua...

Page 1: Ao redor do relicário de São Vicente de Paulo de março de§ão... · de Paulo entregou a sua alma a Deus. Foi enterrado no dia seguinte na igreja Saint‐Lazare, numa tomba escavada

 

 

RSV No.3—Marçode2015

Postulação

de março de

A linda história da nossa fundação Ao redor do relicário de São Vicente de Paulo

Page 2: Ao redor do relicário de São Vicente de Paulo de março de§ão... · de Paulo entregou a sua alma a Deus. Foi enterrado no dia seguinte na igreja Saint‐Lazare, numa tomba escavada

 

 

 

anos   Neste ano de 2015 celebramos  

os 170 anos da fundação dos Religiosos de São Vicente de Paulo. 

  

Segunda‐feira, 3 de março de 1845, alguns dias antes da Páscoa, 

Jean‐Léon Le Prevost, Clément Myionnet e Maurice Maignen  se encontraram na capela dos Lazaristas,  

para receber a benção de Dom Angebault  

na frente do relicário de São Vicente de Paulo. 

  

Este acontecimento o conhecemos muito bem, mas talvez não saibamos a 

que ponto  

devemos a este famoso relicário do grande Santo da caridade  

a nossa identidade vicentina? 

  

Propomos‐lhes que reliam nossos primeiros anos descritos em dez quadros,  

inspirados por um grande mestre na arte da caridade, São Vicente,  

de acordo com os planos e “as intenções” de Deus!  

A capela São Vicente de Paulo na Casa mãe da Congregação da Missão   

O relicário se encontra acima do altar mestre. Os fiéis podem subir uma escada, de lado, para venerar São Vicente.     Página de cobertura: O relicário de prata, a obra do ourives Sr. Jean‐Baptiste Odiot.   É coroada por um grupo composto de uma estátua principal de 1,5 m. onde se vê São Vicente glorificado e quatro figuras que representam anjos com os emblemas da Religião, da Fé, da Esperança e da Caridade.   Dos dois  lados, sobre os pedestais, se encontram duas figuras de órfãos cujo olhar está voltado para o interior do relicário e que parecem invocar o seu benfeitor. 

Page 3: Ao redor do relicário de São Vicente de Paulo de março de§ão... · de Paulo entregou a sua alma a Deus. Foi enterrado no dia seguinte na igreja Saint‐Lazare, numa tomba escavada

 

 

 

 

História tormentada do relicário 

de São Vicente de Paulo  

1660‐1830 1

A morte de São Vicente em 1660   Em Paris, no dia 27 de setembro de 1660, o Sr. Vicente de Paulo entregou a  sua alma a Deus.  Foi enterrado no dia seguinte na igreja Saint‐Lazare, numa tomba escavada no meio do coro da capela.    No dia 19 de  setembro de 1712, durante o processo de beatificação  foi  feita  a  primeira  exumação.  Para  a  sua canonização, os  seus  restos mortais  foram depositados num relicário de prata colocado sobre o retábulo do altar na capela Saint‐Lazare.  

A Revolução francesa 

  No dia 13 de  julho de 1789, na  véspera da  tomada da Bastilha,  os  revolucionários  foram  roubar  a  Casa  de  St‐Lazare. No dia 14  inicou a Revolução  francesa. Nos anos seguintes, um decreto da Assembleia  legislativa suprimiu todas as ordens religiosas.   Na véspera da expulsão  legal dos missionários, no dia 31 de agosto de 1792, um grupo de rebeldes se apresentou na  Casa  de  St‐Lazare.  Pouco  antes,  foram  retirados  os ossos de São Vicente do relicário. Este foi roubado pelos revolucionários, deixando a casa em incêndio.  

  As relíquias ficaram escondidas durante 40 anos 

  A ossada foi confiada ao notário de St‐Lazare, Sr. Clairet. Em 1806, o despojo consagrado  foi posto num modesto relicário de madeira de  carvalho e  confiado às Filhas da Caridade da rua Du Vieux‐Colombier. Em 1815, foi trans‐ferida na sua Casa da rua Du Bac onde permaneceu até o dia 10 de março de 1830.   

Construção de uma nova capela   

Em  1827,  uma  nova  capela,  oferecida  pela  Cidade  de Paris  em  reconhecimento  pela  obra  de  São  Vicente,  foi inaugurada, na rua de Sèvres no 95. Um magnífico relicá‐rio de argento também foi feito. 

  Traslada do relicário de São Vicente de Paulo 

  No dia 30 de março de 1830, a urna de carvalho, contida as relíquias, foi levada da Casa da rua Du Bac para a casa Arquidiocesana.     No dia 10 de abril, os ossos foram  juntados, por quatro médicos, segundo a sua posição natural do esqueleto hu‐mano. Uma vez o  reconstituído  foi enfaixado com peços algodão de seda e selado com 14 selos judiciais. Em segui‐da,  foi coberto com as vestes sacerdotais. A cabeça e as mãos foram cobertas de cera e o rosto modelado segun‐do o retrato de São Vicente.   

  No dia 25 de abril de 1830, 2º Domingo de Páscoa, dia do Bom Pastor, uma grande procissão foi organizada nas ruas de Paris para a translação do relicário de São Vicente da catedral Notre‐Dame para a capela da rua de Sèvres.    Apesar da  lei que proibia qualquer manifestação pública nas  ruas de  Paris,  tiveram  a participação de numerosos bispos, centenas de padres e todas as comunidades religi‐osas aos quais se juntaram milhares de fiéis.   

A Revolução de julho de 1830    

Três meses após a translada, durante os três dias da Re‐volução de  Julho,  temendo o pior, se  retirou o corpo de São Vicente do relicário para colocá‐lo, em segurança, na Casa das Filhas da Caridade.   

Grande celebração para a volta das relíquias   No dia 13 de abril de 1834, 2º Domingo de Páscoas, em recordação da translada de 1830, o corpo de São Vicente foi recolocado no relicário da capela da rua De Sèvres.  

 St‐Lazare—13 de julho de 1789 

Capela São Vicente, rua de Sèvres 

Page 4: Ao redor do relicário de São Vicente de Paulo de março de§ão... · de Paulo entregou a sua alma a Deus. Foi enterrado no dia seguinte na igreja Saint‐Lazare, numa tomba escavada

 

 

 

 

Jean‐Léon Le Prevost vive em Paris  

1825 ‐ 1832 2

Jean‐Léon Le Prevost estava em Paris desde 1825 e tra‐balha no Ministério dos Cultos. Habitava na rua Cassete no 4, perto da igreja St‐Sulpice.    

No dia 25 de abril de 1830   

Como  todos os Parisienses, ele  foi  certamente  tocado pela translada pelas ruas de Paris, das relíquias do gi‐gante da caridade, São Vicente de Paulo… o santo mui‐to amado pelos Franceses. Não era ainda a hora para o Sr.  Le  Prevost  de  relatar  isto  numa  das  suas  cartas... Mas a graça estava agindo no seu coração…   

No “Salão de Montalembert”   Desde a sua chegada a Paris, a dois passos da sua casa, Le Prevost frequentava o “Salão” de Montalembert on‐de se encontravam artistas, pensadores, escritores, tais: Eugène  Boré,  Lacordaire,  Lamennais,  o músico  Liszt  e também o mais novo do grupo, um jovem universitário, estudante  em  direito,  Frédéric  Ozanam…    Discutiam política, mudança social, catolicismo…    Ainda  que  os  acontecimentos  políticos  perturbassem Le Prevost, jovem artista sensível e romântico (a Revolu‐ção de Julho – os Três Gloriosos dias 26‐27‐28 de julho – a queda do rei Charles X… as revoltas na Bélgica, na Po‐lónia, a capitulação de Varsóvia), ele aspira a outras coi‐sas … 

O seu amigo, Charles Gavard, que frequentava também o  Salão de Montalembert,  lhe  fez  conhecer um  jovem poeta angevino de nome de Victor Pavie. Foi a ele que Le Prevost confiou, em suas primeiras cartas, conserva‐das em nossos arquivos, o seu caminho espiritual.   

Do romantismo à Fé   A sua amizade com Victor Pavie lhe abriu o coração.    Ele abandonou gradualmente os sonhos  do  romantismo  e  da  li‐berdade  política  e  começou  a sua  subida  para  Deus…  o  seu caminho de conversão e a busca de sua vocação.   No  dia  9  de  agosto  de  1832, anunciou  ao  seu  amigo  Pavie que tinha “redescoberto a Fé”.    

Como para São Vicente,  Deus fazia o seu caminho em seu coração,  sem forçá‐lo, mas no momento favorável. 

  Um piscar de olhos do céu…  para um futuro vicentino ! 

 

Victor Pavie 

Paris, 9 agosto de 1832 

Meu caro amigo Victor,   

Você me viu, lembra‐se, a caminho do catolicismo, olhando

‐o como meu objetivo, mas dando alguns passos bem  len‐

tos,  parando muitas  vezes  pelo  caminho  e  ficando  afinal 

naquele triste estado misto, que não é nem de luz nem tre‐

vas, e que ora me parecia o crepúsculo de minha antiga fé, 

ora a aurora de uma nova fé...  

  

Graças a Deus saio enfim destes nevoeiros de  incerteza e 

de dúvida. Volto a ser crente. Sinto que meus laços se des‐

fazam e que estou subindo novamente em direção à verda‐

de. Minha oração não é mais vaga, incerta, jogada ao aca‐

so em direção ao Deus desconhecido. Era numa inclinação 

natural ao Deus que eu sinto, que vejo, que ouço e sob o 

olhar do qual estou neste  instante como em  todos os ou‐

tros. Você partilhará, eu sei, meu caro amigo, esta minha 

felicidade...

Jean‐Léon Le Prevost — 1831 

Page 5: Ao redor do relicário de São Vicente de Paulo de março de§ão... · de Paulo entregou a sua alma a Deus. Foi enterrado no dia seguinte na igreja Saint‐Lazare, numa tomba escavada

 

 

 

 

No caminho da caridade  

1833 

A miséria dos pobres de Paris   A  situação  social na França, e particularmente em Paris, era dramática: os pobres eram deixados ao seu destino, a  industrialização nascente escravizava os operários, e sobretudo as crianças, que  trabalhavam em  condições miseráveis  e  os  artesões  tinham  dificuldades  para  so‐breviver.    Se a justiça era totalmente inexistente, a caridade era também pouco presente em Paris, como o relicário da rua De Sèvres sempre órfão das relíquias de São Vicen‐te.   

A fundação da Conferência de Caridade   Mas aí,  surgiu uma pequena chama: Ozanam, um  jo‐vem estudante da Sorbone que, com um grupo de ami‐gos se  reunia na casa de Emmanuel Bailly num círculo de estudos chamado “Conferência de história”, decidiu se comprometer mais para a dedicação caritativa.   Assim, no dia 23 de abril de 1833, do coração cheio de amor e de zelo de Frédéric Ozanam, “a Conferência de Caridade” foi fundada, tendo Bailly como presidente.     

                              

  Na mesma época, a Irmã Rosália Rendu, Filha da Cari‐dade de São Vicente de Paulo, mostrava o exemplo do amor efetivo tão caro a São Vicente: cuidava, alimenta‐va, aliviava e consolava os pobres do bairro Mouffetard.    Foi ela, Irmã Rosália, que empurrou estes jovens estu‐dantes à ação concreta, e  lhes ensinou a ver o Senhor nos pobres, visitando‐os,  respeitando‐os e consideran‐do‐os como irmãos. 

 Pois, uma outra chama surgiu, desta vez vem do coração já conquistado do Sr. Le Prevost que queria “dar uma for‐ma à sua Fé”. Deus respondeu ao seu desejo por um en‐contro providencial num pequeno restaurante da rua Des Canettes onde frequentemente almoçava com o seu ami‐go Levassor.    Um  dia,  neste  restaurante,  se  encontrou  com  Frédéric Ozanam  ‐ que ele tinha conhecido na casa de Montalem‐bert ‐ e com os seus companheiros. A partilha foi mais que cordial, os corações se uniram ao redor da mesma Fé e do mesmo  impulso de caridade. Le Prevost  foi convidado a fazer parte da nova Conferência de Caridade.    Em seguida, conheceu Emmanuel Bailly, cuja devoção pa‐ra São Vicente era manifesta.   

  Aí está outro piscar de olhos do céu  

por parte de São Vicente!  Rua Des Cane es  

Foto de Charles Marville (1813‐1879) 

3

Encontro providencial entre Le Prevost e Ozanam 

Page 6: Ao redor do relicário de São Vicente de Paulo de março de§ão... · de Paulo entregou a sua alma a Deus. Foi enterrado no dia seguinte na igreja Saint‐Lazare, numa tomba escavada

 

 

 

 

O início de um grande movimento vicen no  

1833 4

Proposta de Le Prevost:  São Vicente patrono da Conferência 

  O Sr. Le Prevost, certamente,  foi marcado muito pela vida de São Vicente. Por isso, no dia 4 de fevereiro de 1834, ins‐pirado por uma graça do Espírito, ele propõe à Conferência de  Caridade  que  assumisse  São  Vicente  como  patrono.  A proposta foi aceita e um novo momento decisivo foi vivido pela “Conferência São Vicente de Paulo”. 

  Outro piscar de olhos do céu para o Sr. Le Prevost:  

    

A volta do corpo de São Vicente    No dia 12 de abril do mesmo ano, o corpo de São Vicente, escondido durante a Revolução de julho de 1830, foi trazido de volta na casa de rua De Sèvres.    Uns sessenta Irmãos da nova Sociedade São Vicente de Pau‐lo foi venerar o corpo do seu Santo patrono exposto numa sala contígua à capela. Após terem rezado, beijaram os pés de São Vicente.      

No dia seguinte, 13 de abril, 2º Domingo de Páscoa, missa solene pela o aniversário da primeira translação. O relicário recebeu uma outra vez, e definitivamente, o corpo de São Vicente.  Entre  os membros  da  SSVP,  estava  Jean‐Léon  Le Prevost  que,  10  anos mais  tarde,  na  frente  deste mesmo relicário de São Vicente, se tornou o pai de uma nova famí‐lia religiosa.   

Sem a  influência providencial do Pai celestial e a proteção 

de São Vicente que conduziu o Sr. Le Prevost, estes  jovens 

vicentinos  não  teriam,  provavelmente,  estado  presentes 

neste dia 13 de abril de 1834, e nós entriamos aqui em 2015 

a celebrar o 170º aniversário. 

  

  

  

  

    

Foi o início de um grande movimento vicentino!  

 

 

 

M. Le Prevost habitava no no 98 da rua Du Cherche‐Midi  A dois passos do relicário de São Vicente  

 

O casamento com Aure De Lafond   

O Sr. Le Prevost procura  junto de Deus a sua vocação. 

Em  1833,  quando  ele  habitava  com  a  família  Hébert, 

encontrou Aure De Lafond, dez anos mais velha, artista 

pintora que gostava, como ele, de arte e de literatura.   

  

Esta  amizade  recíproca  será  reforçada  pelos  cuidados 

que ela dará ao  Sr.  Le Prevost quando ele  foi  atingido 

pela epidemia de cólera. Ele acreditava, naquele tempo, 

que a vontade de Deus para ele, se encontra na vocação 

nobre do matrimônio. 

  

Rua Du Cherche‐Midi   

Le Prevost se casou com a Sra. De Lafond no dia 19 de 

junho de 1834 e se instalou no no 98 da rua Du Cherche‐

Midi,  a  dois  passos  da  Casa  das  Lazaristas,  na  parte 

traseira da capela São Vicente de Paulo onde, cada dia, 

ele ia rezar. 

 O nosso Santo patrono não estava muito distante. Ele 

vigiava  sobre  Le  Prevost  ajudando‐o  neste  casamento 

“de  caridade”,  que  se  tornou  uma  prova  santificante 

para o nosso fundador. Immeuble  ‐ rue du Cherche‐Midi — vers 1850 

Page 7: Ao redor do relicário de São Vicente de Paulo de março de§ão... · de Paulo entregou a sua alma a Deus. Foi enterrado no dia seguinte na igreja Saint‐Lazare, numa tomba escavada

 

 

 

 

Le Prevost preside a Conferência St‐Sulpice  

1834‐1835 A formação de uma nova Conferência 

  No  fim de 1834, a Sociedade São Vicente de Paulo  ficou 

numerosa.  Ozanam e alguns companheiros, dentre eles, 

Le Prevost, pensavam dividir a Conferência em dois grupos 

e mesmo a difundir o  seu movimento em  toda a França. 

Uma comissão foi formada, apresentou o seu relatório no 

dia  16  de  dezembro:  a  discussão  foi  difícil,  Emmanuel 

Bailly era contrário.  

  

O ano 1835  começou em paz, mas na noite da Epifania, 

Bailly  não  se  apresentou  e  foi  Le  Prevost  que  presidiu  a 

sessão. Ele teve um papel de moderador e  foi assim que, 

no dia 17 de  fevereiro apoiada por Bailly, a decisão é  to‐

mada pela SSVP de se dividir em dois grupos: St‐Etienne‐

des‐Monts, com Bailly e Ozanam, e St‐Sulpice com Levas‐

sor apoiado pelo Sr. Le Prevost.  

1ª sessão da Conferência St‐Sulpice   No dia 3 de março de 1835, dez anos antes da nossa fun‐

dação,  se  realizava  a  primeira  sessão  da  Conferência  St‐

Sulpice. Le Prevost se tornou presidente no dia 11 de de‐

zembro de 1836.  Durante quase dez anos o zelo e a criati‐

vidade do Sr. Le Prevost o conduziu a se doar de coração e 

alma  às  obras  de  caridade  da  SSVP.  A  Conferência  St‐

Sulpice mereceu  o  lindo  título  “de  rainha  das  conferên‐

cias”.  

  

5

 

Rua Du Cherche‐Midi  

Encontro com Maurice Maignen 6 Le Prevost devient peu à peu un « autre Vincent de Paul » 

Na primavera 1843, um  jovem homem de 21 anos se apre‐sentou ao no 98 da rua Du Cherche‐Midi.    Chamava‐se Maurice Maignen. Nasceu no dia 3 de março de 1822 em Paris. Ele tinha ouvido falar da Sociedade São Vicen‐te de Paulo.    

Naquele dia na capela da  rua De Sèvres, “… onde eu  sabia que  se  encontrava  o  relicário  de  São  Vicente  de  Paulo.  Era ainda uma lembrança da minha infância e um fato providen‐cial.    A minha mãe me  tinha  conduzido  na  procissão  solene  que teve  lugar  em  1830  pela  translada  das  suas  relíquias… Um bom Irmão Lazarista me tinha informando… mas ele se enga‐nou.  Em  vez do  endereço do presidente da Conferência das 

Missões que se reunia rua De Sèvres, ele me deu o endereço do Sr. Le Prevost…” Aí está um outro e duplo piscar de olhos de São Vicente… 

A translada das relíquias e um erro providencial !   Maurice Maignen  se  tornou  rapidamente  um  amigo  e  um filho  do  Sr.  Le  Prevost,  que  o  levou  à  prática  religiosa  e  o acompanhou no caminho da sua vocação.   

A obra da Sagrada Família   São Vicente não parou de inspirar o Sr. Le Prevost. Em abril de 1844, ele fundou a obra do Sagada Família. No domingo, no  subsolo  da  igreja  St‐Sulpice,  ele  reunia  as  famílias mais humildes para lhes dar um pouco de consolação e de forma‐ção cristã: orações, cantos, palestras, bingos… O Sr. Maignen ajudava o Sr. Le Prevost nesta obra que se espalhou rapida‐mente em outras paróquias.    

Projeto de fundação de um Instituto religioso   

No outono 1844, durante um passeio no bosque de Chaville, o Sr. Le Prevost confiou ao Sr. Maignen o seu projeto: o de fundar um  Instituto de  Irmãos dedicados às obras de carida‐de para apoiar a SSVP.    “Seria necessário, declara a Maignen, que Deus  faça surgir na  sua  Igreja,  para  a  salvação  dos  pobres  e  dos  operários, uma sociedade nova de religiosos,  inteiramente consagrados a estas obras, cujo potencial vemos, e, sobre as quais, vemos manifestações das bênçãos de Deus… Seria, amigo, os verda‐deiros monges do décimo nono século”.    “Ah! respondeu o seu jovem confidente,  se encontrasse al‐guns homens decididos a abraçar uma vida assim, eu deixaria tudo para segui‐los…” 

M. Maignen a 21 ans — desenho feito por ele mesmo 

Page 8: Ao redor do relicário de São Vicente de Paulo de março de§ão... · de Paulo entregou a sua alma a Deus. Foi enterrado no dia seguinte na igreja Saint‐Lazare, numa tomba escavada

 

 

 

Na capela São Vicente de Paulo  

Encontro com Clément Myionnet 7

 No mesmo dia do passeio de 1844, continuando a conversa com Maurice Maignen, Le Prevost conta como, uma manhã, saindo da capela dos Lazaristas, ele tinha sido abordado por um membro da Conferência São Vicente de Paulo de Angers, desejoso também de se consagrar a Deus num novo Instituto dedicado às classes operárias.    Ele se chamava Clément Myionnet. Tinha 32 anos.   

  A Conferência de Angers tinha sido fundada no fim de 1838 graças ao concurso de Florestan Hébert que reuniu três ou‐tros companheiros, incluindo Clément Myionnet. Em dezem‐bro, Victor Pavie se tinha juntado a eles e o grupo contava já com 36 membros.    Dando‐se aos mais pobres, a vocação de Clément Myionnet se firmava. Frente às dificuldades para manter as obras, em especial uma casa de família para os jovens em dificuldades, Myionnet vê efetivamente que é necessário ter homens to‐talmente  dedicados  às  obras  de  juventude.  Fala  com  seu bispo, Dom Angebault que o incentivou na sua empresa. Mas faltavam  os  colaboradores.  Então,  ele  pediu  a  Dom  Ange‐bault  a  permissão  de  partir  para  Paris,  “Lá,  eu  encontrarei alguém que tenha o mesmo pensamento. Tenho esta  íntima convicção”.    Encontro de Clément Myionnet com Jean‐Léon Le 

Prevost   Após  ter  rezado  na  igreja  Notre‐Dame  des  Victoires, Clément Myionnet encontra um  Irmão de Angers, o doutor Renier, que  lhe  fala de  Jean‐Léon  Le Prevost. Myionnet  vai para a casa dele, na rua Du Cherche‐Midi, mas o Sr. Le Pre‐vost estava em Duclair.   Clément Myionnet  permanece  em  Paris  e  tenta  encontrar 

Le Prevost. Somente na quinta  tentativa o encontra na  rua 

Du  Cherche‐Midi.  Juntos  foram  para  a  capela  da  rua  De 

Sèvres, na frente do relicário de São Vicente.   

No dia 6 de outubro de 1844, Myionnet dá a sua  resposta 

definitiva e no dia 20 de  janeiro de 1845 ele deixa Angers e 

vai assistir à missa na frente do relicário de São Vicente em 

companhia do Sr. Le Prevost.     

Diante destas santas relíquias, os dois Irmãos  

  

 

   

                                 Paris, 27 de dezembro de 1844 

  Meu caríssimo irmão,     

Tenho apenas o tempo de  lhe escrever duas pa‐lavras para dizer‐lhe que acabo, como anunciei há alguns dias, (por uma carta que se cruzou com a sua) de me diri‐gir ao Bispo de Angers, para solicitar‐lhe mais diretamen‐te seu apoio e seus conselhos e para suplicar‐lhe também a mandá‐lo para o meio de nós.  

 Somos tão fracos e a obra empreendida tão ele‐

vada, que nos é preciso absolutamente reunir nossos re‐cursos,  sob pena de  ficarmos no  caminho  sem atingir o fim almejado...  

  Rezemos  bem  instantemente  para  que  nosso 

Bispo de Angers o envie a nós. Nossa querida obra, tanto tempo  parada  nos  seus  primeiros  atos,  sofreria,  tenho medo125,  com  novos  adiamentos,  se  não  tivemos  sua cooperação.  Entreguemos  tudo  nas mãos  do  divino  Se‐nhor;  possa  sua  caridade, que  nos  aproximou,  creio  fir‐memente, nos reunir para sua maior glória. 

Seu nos corações de J. e M.                                                                                                                            

Châsse de saint Vincent — croquis 1830 

Page 9: Ao redor do relicário de São Vicente de Paulo de março de§ão... · de Paulo entregou a sua alma a Deus. Foi enterrado no dia seguinte na igreja Saint‐Lazare, numa tomba escavada

 

 

 

 

Diante do relicário de São Vicente  

3 de março de 1845 A Casa da rua Du Regard 

  Em 1844, a SSVP aluga uma casa no 24, da rua Du Regard, para aí instalar um patronato para os aprendizes. Foi nesta casa que se estabeleceu a primeira comunidade nascente. Mas desde 1842, o Sr. Le Prevost pensava em  fundar uma comunidade religiosa.    Com este objetivo, ele animava, uma reunião de um peque‐no grupo de jovens, na casa do Sr. de Missol, no 18, da rua St‐Sulpice.  Entre  eles,  estava  um  jovem  arquiteto, Guar‐das, que se engajou ao lado de C. Myionnet e do Sr. Le Pre‐vost, mas partiu, no final do segundo dia…   

1º de março de 1845   

Solicitado para assumir a obra dos Irmãos dos Escolas Cris‐tãs que deixavam a casa da rua Du Regard, o Sr. Le Prevost, como Jacó, atravessou o seu rio Jaboque… e  instalou a sua comunidade nesta casa da rua Du Regard. No diário da obra dos aprendizes, ele redige em algumas linhas o ato de nas‐cimento da sua família religiosa:   “J.M.J sancte Vincenti Paulo, 1º de março 1845. Os  Irmãos Myionnet e Guardas tomam posse de uma casa na rua Du Regard n° 16, alugada pela Sociedade São Vicente de Paulo para a  reunir os aprendizes que patrocina. Os dois  Irmãos cuidarão destas crianças…”   

2 de março de 1845   

Era um domingo, por conseguinte um dia “de patrô”, na rua 

Du Regard! Com esta criançada bagunceira, que são os me‐

ninos  Parisienses,  o  Sr. Myionnet  passa  um  dia…  penoso, 

mas “afinal passou”. À noite, ficou sozinho… na casa vazia e 

abandonada por  seu  companheiro, o  jovem arquiteto que 

recuou a obra a edificar… 

  

  

                

3 de março de 1845   Inverossímil reunião para os  inícios oficiais de uma congre‐gação  religiosa:  é  composta,  com  efeito,  apenas  de  um membro totalmente  livre; os outros, um era casado, o ou‐tro ainda tinha que cuidar da sua família… Compreende‐se melhor  que,  na missa  das  7:00  da manhã,  celebrada  por Dom Angebault na  rua De Sèvres, o  relicário do seu Santo patrono foi descoberto “por favor especial” …    Sim, como imaginar São Vicente que se esconde aos olhos dos que o escolhiam como patrono ?!    As palavras de ordem do bispo de Angers  são:  coragem e perseverança,  porque  “o  grão  de mostarda  vai  dar  o  seu fruto”. O sol vai fazer crescer esta humilde semente planta‐da numa terra ainda pedrosa… neste dia abençoado de 3 de março…  a Deus  e  aos  seus  Irmãos…  ambos  assinaram  no seu coração o ato de  fundação, a palavra é dada, será ne‐cessário ser fiel !  

8

Os « Três Gloriosos » dias dos RSV 1, 2, 3 de março de 1845

Eis uma vera revolução… vicentina !

Page 10: Ao redor do relicário de São Vicente de Paulo de março de§ão... · de Paulo entregou a sua alma a Deus. Foi enterrado no dia seguinte na igreja Saint‐Lazare, numa tomba escavada

 

 

10 

 

O ano dos compromissos  

1846 9

 

Após um longo suspense…   

No dia 17 de setembro de 1845, após um longo suspense, numerosas cartas, mui‐ta  psicologia  e  “capacidade  em  lidar com as almas”, o Sr. Le Prevost escre‐ve  a  Dom  Angebault  que  obteve  o consentimento  formal da  sua esposa. Após ter sabido desligar sem quebrar o laço  conjugal  em  dificuldade,  ele  esta‐

va, doravante,  livre para seguir o seu de‐sejo… mas necessitará  ainda de  tempo para 

se liberar completamente.   O primeiro dia consagrado à Santa Virgem Maria   No dia 1º de maio de 1846: foram necessários finalmente quatorze longos meses depois o dia 3 de março de 1845… de modo que  a paciência dos  três primeiros  Irmãos  seja recompensada. Neste, “primeiro dia do mês consagrado a Santíssima Virgem Maria”, a solidão de Clément Myionnet acaba: ele acolhe o fundador da família na  casa “comum” da rua “Du Regard. “Dia muito tempo esperado, dia para sempre abençoado”.   

O compromisso solene   

Dois meses  antes,  no  dia  1º  de março  de 1846, um ano (e dois dias) após a funda‐ção, os dois  Irmãos  tinham  se  compro‐metidos  reciprocamente  a  se doar  aos pobres  por  ato  escrito.  Sr.  Myionnet escreveu:  “Comprometo‐me  diante  de Deus e por um voto formal a me consa‐grar às obras de zelo e de caridade, em 

união  com  o  Sr.  Jean  Le  Prevost.  Poderei me  libertar desta promessa solene apenas com o livre e inteiro consentimento do Sr. Le Prevost…”   

   Paris, 1º de março de 1846, 1º domingo de Quaresma.  

 Um quarto de hora de heroísmo  de Maurice Maignen 

  Durante este tempo, a vida de Maurice Maig‐nen continuava, entre o seu dever de fun‐cionário do Estado, a  sua  família, a obra da  rua Du  Regard,  e  a missa  na  capela dos Lazaristas. Ele desejava muito poder se  juntar  aos  seus  Irmãos,  mas  estava ligado  pelas  relações  do  coração  com  a sua família… 

  Quan‐ do de repente, num quarto de hora de heroísmo decidiu se libertar… No dia 2 de setembro, deixando o seu trabalho e a sua família e ele vai para a Normandia encon‐trar o Sr. Le Prevost! 

  O retiro em Notre‐Dame de Chartres 

  Chegou no dia seguinte, 3 de setembro, em Duclair… A sua decisão estava tomada. Com o Sr. Le Prevost se ajoelhou frente  ao  Santíssimo  da  igreja  da  aldeia.  Em  seguida  foi para Chartres para fazer um retiro. No dia 21 de setembro de 1846, Clément Myionnet foi também se juntar a ele.   

A aparição na montanha de La Salette   

Foi durante este retiro, que no dia 19 de setembro,  no  cume  dos  Alpes,  na  al‐deia de  La Salette, uma  linda  senhora confiava  a  duas  humildes  crianças uma  mensagem  de  conversão  e  de reconciliação.      

Os  Irmãos de São Vicente de Paulo aco‐lheram  este  acontecimento  como  um  sinal 

do céu! O Sr. Le Prevost fará erigir uma capela em Vaugi‐rard que se tornou a sua última residência sobre a terra.  

 

 

 

 

Os três Irmãos enfim reunidos!   

No dia 3 de outubro, com a entrada na comunidade do Sr. Maignen, os três Irmãos já unidos pelo coração,  Estavam, agora, inteiramente, corpo e alma, na casa da rua Du Regard. 

Page 11: Ao redor do relicário de São Vicente de Paulo de março de§ão... · de Paulo entregou a sua alma a Deus. Foi enterrado no dia seguinte na igreja Saint‐Lazare, numa tomba escavada

 

 

 Duclair, 26 de agosto de 1847 

Caríssimos e bem‐amados irmãos,   Alguns dias já se passaram desde minha saída, e vocês esperam sem dúvida uma carta que me aproxime alguns momentos de vocês.  […]   

Sentindo no fundo do coração uma suave e pura alegria com todas essas recordações, bendigo a Deus, que já se digna formar em nós o espírito de família e consolidar no dia‐a‐dia nossa união […]   

Vejo os elementos de um bom futuro, se soubermos acomodar‐nos em tudo de nossos pequenos inícios, tempori‐zar e não exigir de nossas obras, nem de nossa constituição, nem de nós mesmos o que somente um desenvolvi‐mento sucessivo deverá trazer. Dependeria, sem dúvida, do Senhor que colocou em nós um germe de vida, fazê‐lo crescer e florir de repente, Ele poderia consolidar nossas obras, aumentar nossas forças, lançar‐nos mais sensivel‐mente na perfeição, mas não  lhe apraz proceder assim. Empregou, desde o começo, seis dias para configurar o mundo e, desde então, só realiza algo, na maioria das vezes, por um trabalho lento, medido, que avança, mas que a gente não vê andar.    

Entremos nesse compasso, caros amigos, sem pressa como sem moleza, seguindo o passo de Deus. Com Ele, iremos com segurança e atingiremos nosso fim. Não sentem como eu, no coração um certo poder, um tipo de an‐seio pelo futuro, um grande desejo, uma grande esperança? Pois bem, o sinal e a força de nossa missão estão aí. Deus colocou em nós o desejo para que oremos, a esperança para que ajamos. Oremos com todo o fervor de nossa alma, trabalhemos com uma santa coragem, e caminhemos com confiança, porque estamos no caminho; cada passo nos conduz ao fim.    

Não temos desesperado de nosso tempo, de nosso país, de nossos irmãos, temos pensado que, neste movimen‐to, vago e fraco ainda, do povo para a fé, havia algum impulso, alguma promessa fecunda. Não seremos iludidos.    

É a caridade que suscita tudo ao redor de nós; é ela que desperta as almas, as impulsiona e as unifica. É ela tam‐bém que nos  leva e nos envolve na sua ação. A caridade não fraqueja e não fica no meio da  jornada. Uma vez acesa, é preciso que se espalhe, brilhe e leve longe seu calor. Tudo também lhe serve de alimento. Não tenha‐mos medo, portanto, queridos amigos, não olhemos demais à nossa indignidade, que nos freia frequentemente e nos torna tímidos. A caridade, como a chama, consome e purifica; por ela seremos penetrados, vivificados, por ela seremos transfigurados. Oh! que esse pensamento nos anime e nos console. É a caridade que nos impulsiona e nos pressiona, somos movidos por ela; por ela  tão ardente, tão poderosa; por ela, que é força, vontade, amor, amor infinito, amor de Deus! […]   

O Senhor tendo nos dado bem definitivamente uns aos outros, não saberíamos entrar melhor em sua perspectiva a não ser adotando‐nos bem ternamente, bem fraternalmente; tenho certeza de que, se tivermos a coragem de nos amarmos e de nos suportarmos uns aos outros com caridade, Deus também nos suportará, nos amará, nos confirmará em nossa missão, quaisquer que sejam as qualidades que nos possam faltar por outro  lado. Parece‐me, caríssimos amigos, que, de minha parte, chegarei a  isso sem dificuldade, procurem fazer também a metade do caminho. […]                                                                                                     Seu amigo e irmão em N.S.                                                                           

 

A comunidade dos três Irmãos !  

3 outubro de 1846 

Esta carta é aquilo que temos de mais lindo: a nossa identidade. 

Ela, podemos dizer, foi escrita a duas mãos…  

a mão de Vicente de Paulo e a mão de Jean‐Léon. 

 

Neste sábado, 3 de outubro, o Irmão Le Prevost escreveu no diário da comunidade: “O Ir. Maignen, ao preço de grandes sacri‐

fícios, e quebrando as relações naturais que faziam obstáculos à sua dedicação, se tornou o terceiro membro da comunidade”. 

“Os três monges do XIXo século” agora foram estabelecidos na casa da rua Du Regard. Três homens tão diferentes, que deve‐

rão aprender a viver em comum, não sem dificuldades, mas na caridade…   

Alguns meses depois, quando estava em Duclair, descansando em sua terra natal,  

o pai da família escreveu a seus filhos Clément Myionnet e Maurice Maignen 

11 

10

Page 12: Ao redor do relicário de São Vicente de Paulo de março de§ão... · de Paulo entregou a sua alma a Deus. Foi enterrado no dia seguinte na igreja Saint‐Lazare, numa tomba escavada

 

 

Postulação RSV Via Palestro, 26 ‐Roma ‐ Itália 

postula on@r‐s‐v.org 

Pai,deinfinitaCaridade,quefizestedo

VenerávelJean‐LéonLePrevostumdignofilhodeSaoVicentedePaulo

plenodedelicadeza,depacienciaedezeloapostolico.

Concedei‐nosterpartenofogodecaridadequeoEspıritoSantoacendeunoseucoraçao,

paraqueanossaCongregaçaocontinuecomunicar

aospobres,aosjovens,aosoperarios,eatodos aquelesqueestaoemnecessidade,

aternuradeCristo

PelaintercessãodovossoServo,concedei‐nosagraçaqueVospedimos…

porJesusCristonossoSenhor.Amen !

 

Realização: Pe. Yvon Sabourin, postulador geral e Pe. Richard Corbon, arquivista geral 

A partir dos diversos escritos dos nossos Irmãos ‐ Arquivos gerais de Roma 

Documento imprimido na Casa geral em março de 2015 

Oração pela glorificação do Venerável Jean-Léon Le Prevost