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A N O 9 N º 4 8 9 D O M I N G O , 1 7 / 0 2 / 2 0 0 8 Experiência, seriedade e competência a serviço do leitor Mais artigos e informações no site www.redegestao.com.br Dica Tributária Agenda O Profissional em Foco www.desafio21.com.br Eduardo Lemos Filho Economista, integrante da Rede Gestão. Diretor-executivo do Shopping Guararapes. Seguindo uma tendência mundial, os shoppings devem passar a apostar cada vez mais no conceito de uso misto. Responsabilidade Técnica Criação Publicitária www.redegestao.com.br Apoio Outra tendência são os shoppings menores, para atender mercados em desenvolvimento, também agregando vários serviços, com o objetivo de proporcionar facilidade e conveniência ao consumidor. A oferta de serviços, aliás, será ampliada para um nível muito além do que estamos acostumados hoje, ganhando mais espaço dentro das lojas e dentro da estratégia e do mix dos shoppings. Também se observa no mercado internacional projetos influenciados pelos antigos centros comerciais urbanos. Esse formato tem tido muito sucesso porque cria um agradável centro de convivência para as compras, oferecendo segurança e comodidade — marcas registradas dos shoppings —, mas mantendo, em seu projeto arquitetônico, o charme da rua e o estilo de vida da cidade. Para que o setor aproveite essas boas oportunidades e perspectivas, é preciso, entretanto, superar grandes desafios. Alguns comuns a outros setores, como a alta carga tributária com pouquíssima contrapartida e a falta de investimento público em infra- estrutura. Outros mais específicos do segmento, como a ausência de boas fontes de financiamento, inclusive para os lojistas, e a confirmação do cenário positivo da economia nacional observado em 2007. O mercado nacional de shoppings centers vive uma boa fase, e quem conseguir compreender melhor os novos fatos, as tendências e as mudanças que estão por vir terá ainda mais chance de traçar uma estratégia de sucesso para se consolidar nesse importante segmento da economia, responsável, no Brasil, pela geração de 630 mil empregos e por uma arrecadação significativa de impostos. O segmento de shopping centers no Brasil se encontra em um momento bastante promissor. A abertura de capital de alguns dos principais grupos nacionais aliada à entrada de investidores estrangeiros oxigenou o setor, provocando um número recorde de fusões e aquisições, lançamentos de projetos inovadores e um grande investimento na expansão e revitalização de shoppings em todo o País. Esse cenário positivo é resultado de uma combinação de vários fatores. Dentre eles, destacam-se o interesse de empreendedores internacionais por novos mercados e o potencial de crescimento do varejo nacional, devido ao aumento do crédito, ao crescimento da renda da população e à queda da taxa de juros. Essa fórmula, associada à estabilidade econômica e à própria maturação da indústria brasileira de shopping centers, delineia um cenário muito positivo e otimista para o segmento. Implantados a partir da bem- sucedida experiência do modelo norte- americano, os shoppings brasileiros adotam o conceito de gestão centralizada, com a maioria das lojas locadas, estudo minucioso do mix de produtos e serviços e relação equilibrada entre lojas-âncoras (grandes supermercados, lojas de departamento, cinemas, etc.) e satélites (operações especializadas). O Brasil tem uma indústria de shoppings moderna, com empreendimentos muito bem equipados, bons recursos humanos e tecnológicos, além de compromisso socioambiental. Toda essa movimentação tem aumentado o nível de profissionalização, acirrando a concorrência entre os shoppings brasileiros. Isso naturalmente leva a uma maior busca por inovação e novos mercados, influenciando o surgimento de novos formatos. Seguindo uma tendência mundial, os shoppings devem passar a apostar cada vez mais no conceito de uso misto — empreendimentos integrados a outros tipos de equipamentos, como hotéis, escritórios, residências, sistema de transporte, entre outros. Nesse formato, embora cada empreendimento deva se rentabilizar isoladamente, eles se ajudam e se complementam, gerando um maior fluxo de clientes e consumidores. Curso de Desenvolvimento Gerencial Estão abertas as inscrições para o Curso de Desenvolvimento Gerencial, promovido pelo Instituto da Gestão (INTG).Voltado para profissionais que desempenham funções de gestão nas empresas e organizações, o curso propõe a ampliação da capacidade de análise e compreensão dos participantes sobre a dinâmica da ação gerencial, oferecendo ferramentas práticas para estimular o desenvolvimento da competitividade nas empresas. A coordenação é dos consultores Francisco Cunha, Cármen Cardoso, Georgina Santos e Tiago Siqueira, sócios da TGI Consultoria em Gestão e do INTG. O Programa tem carga horária de 204 horas, distribuídas em 22 módulos, e duração de dez meses. Mais informações pelo telefone (81) 3134.1745. “A maioria das pessoas gosta de comprar, mas detesta que alguém tente lhe vender alguma coisa.” Mike Duff, consultor de empresas, diretor da Sales Performance International. Tendências do Setor de Shopping Centers no Brasil O segmento de shoppings vive um momento promissor, atraindo o interesse de investidores internacionais. Três Pontos Vulneráveis dos Gestores A um observador atento ao cotidiano dos gestores, é comum se notarem três pontos em que eles geralmente são vulneráveis. O primeiro é a administração do tempo; o segundo, o monitoramento das ações de cada equipe; e o terceiro, a comunicação. Como vem crescendo a sobrecarga de trabalho, a tendência, se não se contornar esses três "gargalos", é piorar. Para reverter essa situação, só mesmo empregando mais disciplina e mais paciência. O aumento de tarefas pelo mesmo número de horas requer uma vigilância quase absoluta quanto à organização do tempo. Focando no tempo, fica mais fácil lidar com os outros dois "gargalos", para os quais falta justamente... tempo. Assim, uma vez bem administrada, a geralmente alegada "falta de tempo" não será mais argumento para deixar de se cuidar das ações da equipe e da comunicação. Fonte: Minuto Ágilis (www.agilis.com.br) IOF Pode Beneficiar Pessoa Jurídica A alíquota do IOF nas operações de crédito realizadas pelas empresas foi mantida (0,0041%), ao contrário do que ocorreu com as pessoas físícas, que terão que arcar com uma alíquota de 0,0082%. Foi acrescentado, no entanto, 0,38%, incluído como compensação à extinta CPMF. Ou seja, ao contrário do que vem ocorrendo com as pessoas físicas, nas operações de crédito, as empresas não terão custo adicional, mas também não terão redução. Em resumo, a queda da CPMF e a majoração do IOF podem não ter sido um bom negócio para as pessoas físicas, mas algumas pessoas jurídicas poderão ter uma importante economia. Fonte: Bernhoeft Contadores (www.bernhoeft.com.br)

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A N O 9 • N º 4 8 9 • D O M I N G O , 1 7 / 0 2 / 2 0 0 8

Experiência, seriedade e competência a serviço do leitor

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Dica Tributária

Agenda

O Profissional em Foco

w w w . d e s a f i o 2 1 . c o m . b r

Eduardo Lemos FilhoEconomista, integranteda Rede Gestão.Diretor-executivo doShopping Guararapes.

Seguindo uma

tendência mundial,

os shoppings

devem passar a

apostar cada vez

mais no conceito

de uso misto.

ResponsabilidadeTécnica

Criação Publicitária

www.redegestao.com.br

Apoio

Outra tendência são os shoppingsmenores, para atender mercados emdesenvolvimento, também agregando váriosserviços, com o objetivo de proporcionarfacilidade e conveniência ao consumidor. Aoferta de serviços, aliás, será ampliada paraum nível muito além do que estamosacostumados hoje, ganhando mais espaçodentro das lojas e dentro da estratégia edo mix dos shoppings.

Também se observa no mercadointernacional projetos influenciados pelosantigos centros comerciais urbanos. Esseformato tem tido muito sucesso porquecria um agradável centro de convivênciapara as compras, oferecendo segurança ecomodidade — marcas registradas dosshoppings —, mas mantendo, em seu projetoarquitetônico, o charme da rua e o estilode vida da cidade.

Para que o setor aproveite essas boasoportunidades e perspectivas, é preciso,entretanto, superar grandes desafios. Algunscomuns a outros setores, como a alta cargatributária com pouquíssima contrapartidae a falta de investimento público em infra-estrutura. Outros mais específicos dosegmento, como a ausência de boas fontesde financiamento, inclusive para os lojistas,e a confirmação do cenário positivo daeconomia nacional observado em 2007.

O mercado nacional de shoppingscenters vive uma boa fase, e quem conseguircompreender melhor os novos fatos, astendências e as mudanças que estão porvir terá ainda mais chance de traçar umaestratégia de sucesso para se consolidarnesse importante segmento da economia,responsável, no Brasil, pela geração de 630mil empregos e por uma arrecadaçãosignificativa de impostos.

O segmento de shopping centers noBrasil se encontra em um momentobastante promissor. A abertura de capitalde alguns dos principais grupos nacionaisaliada à entrada de investidoresestrangeiros oxigenou o setor,provocando um número recorde defusões e aquisições, lançamentos deprojetos inovadores e um grandeinvestimento na expansão e revitalizaçãode shoppings em todo o País.

Esse cenário positivo é resultadode uma combinação devários fatores. Dentre eles,destacam-se o interesse dee m p r e e n d e d o r e sinternacionais por novosmercados e o potencial decrescimento do varejonacional, devido ao aumentodo crédito, ao crescimentoda renda da população e àqueda da taxa de juros. Essafórmula, associada àestabilidade econômica e à própriamaturação da indústria brasileira deshopping centers, delineia um cenáriomuito positivo e otimista para osegmento.

Implantados a partir da bem-sucedida experiência do modelo norte-americano, os shoppings brasileiros

adotam o conceito de gestão centralizada,com a maioria das lojas locadas, estudominucioso do mix de produtos e serviçose relação equilibrada entre lojas-âncoras(grandes supermercados, lojas dedepartamento, cinemas, etc.) e satélites(operações especializadas). O Brasil temuma indústria de shoppings moderna, comempreendimentos muito bem equipados,bons recursos humanos e tecnológicos,além de compromisso socioambiental.

Toda essa movimentação temaumentado o nível deprofissionalização, acirrando aconcorrência entre os shoppingsbrasileiros. Isso naturalmenteleva a uma maior busca porinovação e novos mercados,influenciando o surgimento denovos formatos. Seguindo umatendência mundial, os shoppingsdevem passar a apostar cada vezmais no conceito de uso misto— empreendimentos integrados

a outros tipos de equipamentos, comohotéis, escritórios, residências, sistema detransporte, entre outros. Nesse formato,embora cada empreendimento deva serentabilizar isoladamente, eles se ajudame se complementam, gerando um maiorfluxo de clientes e consumidores.

Curso de Desenvolvimento GerencialEstão abertas as inscrições para o Curso de Desenvolvimento

Gerencial, promovido pelo Instituto da Gestão (INTG). Voltado paraprofissionais que desempenham funções de gestão nas empresas eorganizações, o curso propõe a ampliação da capacidade de análisee compreensão dos participantes sobre a dinâmica da ação gerencial,oferecendo ferramentas práticas para estimular o desenvolvimentoda competitividade nas empresas. A coordenação é dos consultoresFrancisco Cunha, Cármen Cardoso, Georgina Santos e Tiago Siqueira,sócios da TGI Consultoria em Gestão e do INTG. O Programa temcarga horária de 204 horas, distribuídas em 22 módulos, e duraçãode dez meses. Mais informações pelo telefone (81) 3134.1745.

“A maioria das pessoas gosta de comprar,mas detesta que alguém tente lhe vender

alguma coisa.”Mike Duff, consultor de empresas, diretor da Sales

Performance International.

Tendências do Setor de ShoppingCenters no Brasil

O segmento de shoppings vive um momento promissor,atraindo o interesse de investidores internacionais.

Três Pontos Vulneráveis dos GestoresA um observador atento ao cotidiano dos gestores, é comum se

notarem três pontos em que eles geralmente são vulneráveis. Oprimeiro é a administração do tempo; o segundo, o monitoramentodas ações de cada equipe; e o terceiro, a comunicação. Como vemcrescendo a sobrecarga de trabalho, a tendência, se não se contornaresses três "gargalos", é piorar. Para reverter essa situação, só mesmoempregando mais disciplina e mais paciência. O aumento de tarefaspelo mesmo número de horas requer uma vigilância quase absolutaquanto à organização do tempo. Focando no tempo, fica mais fácillidar com os outros dois "gargalos", para os quais falta justamente...tempo. Assim, uma vez bem administrada, a geralmente alegada "faltade tempo" não será mais argumento para deixar de se cuidar dasações da equipe e da comunicação.

Fonte: Minuto Ágilis(www.agilis.com.br)

IOF Pode Beneficiar Pessoa JurídicaA alíquota do IOF nas operações de crédito realizadas pelas

empresas foi mantida (0,0041%), ao contrário do que ocorreu comas pessoas físícas, que terão que arcar com uma alíquota de 0,0082%.Foi acrescentado, no entanto, 0,38%, incluído como compensaçãoà extinta CPMF. Ou seja, ao contrário do que vem ocorrendo comas pessoas físicas, nas operações de crédito, as empresas não terãocusto adicional, mas também não terão redução. Em resumo, a quedada CPMF e a majoração do IOF podem não ter sido um bom negóciopara as pessoas físicas, mas algumas pessoas jurídicas poderão teruma importante economia.

Fonte: Bernhoeft Contadores (www.bernhoeft.com.br)