APAGÃO DA APAGÃO DA

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Junho/Julho 2016 - Nº 159 - Ano 43 - www.ammg.org.br associação médica Jornal da de Minas Gerais Ensino Evento aborda emergências Página 3 Minas Filiada de Itajubá é reativada Página 7 70 anos AMMG recebe homenagem Página 13 iStock.com Entidades dizem não à Proposta de Emenda Constitucional 4/2015 e à possível repactuação do Sistema Único de Saúde (SUS). Falta de financiamento e gestão levam o setor ao declínio, com fechamento de hospitais e leitos em todo o país. Médicos e parlamentares se organizam diante do caos e apresentam propostas. Páginas 10, 11 e 12 APAGÃO DA SAÚDE APAGÃO DA SAÚDE

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Junho/Julho 2016 - Nº 159 - Ano 43 - www.ammg.org.br

associaçãomédica

Jornal da

de Minas Gerais

Ensino

Evento abordaemergênciasPágina 3

Minas

Filiada de Itajubáé reativada Página 7

70 anos

AMMG recebehomenagemPágina 13

iStock.com

Entidades dizem não à Proposta deEmenda Constitucional 4/2015 e à

possível repactuação do Sistema Únicode Saúde (SUS). Falta de financiamentoe gestão levam o setor ao declínio, com

fechamento de hospitais e leitos emtodo o país. Médicos e parlamentares

se organizam diante do caos eapresentam propostas.

Páginas 10, 11 e 12

APAGÃO DASAÚDE

APAGÃO DASAÚDE

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Junho/Julho 2016 • Página 3

JORNAL DAassociação

médica

ENSINO

A Sociedade de Acadêmicosde Medicina de Minas Gerais(Sammg) promoveu de 23 a 25 dejunho, no Centro de Convençõese Eventos da Associação Médicade Minas Gerais (Cencon AMMG),o I Curso de Atualização em Trau-ma e Emergências Clínicas. O even-to recebeu o apoio da AMMG econtou com a parceria da Socie-dade Mineira de Terapia Intensiva(Somiti), responsável por ministraros cursos práticos Hands Only e deRessuscitação Cardiopulmonar(RCP) para leigos.

De acordo com o presidenteda Sammg, André Marins, a ediçãocontou com mais de 250 inscritos,entre acadêmicos do primeiro ao12° período de diversas escolas demedicina de Minas Gerais, médi-cos formados e profissionais deoutras áreas, como enfermeiros efisioterapeutas. “Uma grande opor-tunidade de atualização, conheci-mentos práticos e troca de expe-riências”, disse Marins.

A secretária geral da Sociedade,Juliana Alves, contou que o cursofoi pensado ainda no final do anopassado, assim que a gestão 2016tomou posse. “Foi planejado con-forme os questionários de opiniãorespondidos em nossos eventos em2015 e, portanto, seguiu uma de-manda da comunidade acadêmicaem abordar temas relacionados àsemergências médicas.”

Segundo Alves, toda a progra-mação executada, principalmentepelo diretor científico Bruno Mello,tentou abranger os assuntos maisfrequentes na prática clínica. “Con-versamos com especialistas e bus-camos palestrantes de referênciaem Belo Horizonte, com larga ex-periência nos assuntos propostos.Isto refletiu no sucesso do evento.As palestras foram bastante elogia-

das e as atividades práticas ofere-cidas ultrapassaram as expectativasdos inscritos.”

Houve ainda a abordagem dasnovas diretrizes em atendimentopré-hospitalar e suportes básico eavançado de vida, além das situa-ções emergenciais vivenciadas pe-los plantonistas nas unidades depronto atendimento e de terapiaintensiva. Para a diretora de Promo-ções Culturais da AMMG e gestorade qualidade da Somiti, Maria Apa-recida Braga, a atualização e a ca-pacitação são fundamentais para agarantia de um atendimento dequalidade, de tal forma que o pa-ciente crítico possa ser melhoracompanhado, desde a entrada naemergência até sua transferênciapara as unidades fechadas, refletin-do na segurança assistencial. Den-tre os palestrantes, o professor doDepartamento de Clínica Médicada Faculdade de Medicina da Uni-versidade Federal de Minas Gerais(UFMG), Gabriel Assis Lopes doCarmo, falou sobre a abordagemda dor torácica e a síndrome coro-nariana aguda na sala de emergên-

cia. Orientou sobre o momentoadequado de solicitação de eletro-cardiograma e exames laboratoriaise apresentou protocolos, estratifi-cações e tratamentos. ‘Controle dodano’ foi o tema da aula do cirur-gião geral, Sizenando Vieira Starling,do Hospital João XXIII. O especia-lista mostrou traumas graves ecomplexos e seus devidos proce-dimentos, tendo em vista o contro-le rápido das lesões fatais, restau-ração da fisiologia e correção daanatomia do paciente.

O presidente da Sammg ressal-tou, ainda, a participação das ligasacadêmicas de medicina nas cate-gorias ensino, pesquisa e extensão.Participaram a Associação Brasileiradas Ligas de Cirurgia Plástica(ABLCP), Liga de Trauma e Emer-gência da Universidade José do Ro-sário Vellano (Lite Unifenas), Ligade Cirurgia e Trauma da PontifíciaUniversidade Católica de MinasGerais (Lacit PUC Minas), Liga Aca-dêmica de Feridas (LAF) e Liga Aca-dêmica de Medicina da Família eComunidade (Lamfec). Ficou emprimeiro lugar a Lite Unifenas, como trabalho: ‘BLS para adolescentesem uma escola de ensino médio darede pública de Belo Horizonte’. Asegunda colocação foi a LAF, com‘Experiência de Sucesso da LAF naprodução do conhecimento cien-tífico e suas repercussões’. A tercei-ra colocada foi a ‘Campanha Na-cional de Prevenção de Queima-duras - um relato de experiência”,da ABLCP. Os premiados recebe-ram um curso gratuito da Somiti.

Em agosto, a Sammg dá conti-nuidade as atividades com o I Cursode Análise Clínica de Exames Labo-ratoriais. Em breve, inscrições dispo-níveis no site: www.sammg.com.br.

Sammg debate traumas e emergênciasDouglas Barbosa

Mais de 250 inscritos acompanharam as aulas com os assuntos maisfrequentes na prática clínica, urgência e emergência

A Sammg abraçou a Campa-nha do Agasalho da AMMG e re-cebeu donativos durante os trêsdias do curso. Para estimular a par-ticipação, a Sociedade sorteouuma gratuidade na inscrição doseu próximo evento. O ganhadorfoi o estudante Fabrício Costa, daFaculdade de Medicina de Barba-cena (Fame/Funjobe).

A campanha vai até o dia 31de agosto. As doações podemser entregues no saguão de en-trada da Associação (Av. João Pi-nheiro, 161 – Centro – BH). Acoleta será feita pela Cruz Ver-melha de Minas Gerais, respon-sável pela triagem, organizaçãoe distribuição dos donativos àspessoas carentes.

Acadêmicos abraçam ação solidária

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OPINIÃO OPINIÃO

JORNAL DAassociação

médica

JORNAL DAassociação

médica

Presidente:Lincoln Lopes FerreiraVice-Presidente:Gabriel de Almeida Silva JúniorSecretário Geral:Alcebíades Vitor Leal FilhoPrimeira Secretária:Regina Fátima Barbosa EtoDiretor Financeiro Adjunto:Luiz Carlos Molinari GomesDiretor Administrativo:Mauro Gualberto CoelhoDiretor Administrativo Adjunto:Odilon Gariglio Alvarenga de FreitasDiretora Científica:Luciana Costa SilvaDiretor Adjunto Científico:Agnaldo Soares LimaDiretor de Defesa do Exercício Profissional:Márcio Silva FortiniDiretora Adjunta de Defesa do Exercício Profissionalpara Assuntos Legislativos:Maria Inês de Miranda LimaDiretor Adjunto de Defesa do Exercício Profissionalpara Assuntos de Remuneração:Juraci Gonçalves de OliveiraDiretor de Benefícios:Fábio Augusto de Castro GuerraDiretora de Comunicação e Marketing:Ruth Borges DiasDiretor Adjunto de Comunicação e Marketing:Paulo BastianettoDiretora de Promoções Culturais:Maria Aparecida BragaDiretor de Assuntos do Interior:Paulo Roberto Repsold Diretor Adjunto de Assuntos do Interior:Lineu Henriques Camargos JúniorDiretor Adjunto de Assuntos do Interior:Manoel Torres Neves NetoDiretor Adjunto de Assuntos do Interior:Melicégenes Ribeiro Ambrósio

Jornal da AMMGReportagem e redação:Daniela Colen, Nétali Leite e Renata ClímacoAssessoria de Imprensa da AMMGAvenida João Pinheiro, 161, CentroCEP 30130-180 - Belo Horizonte/MGTelefone: (31) 3247 1600 - Fax: (31) 3247 1632E-mail [email protected] www.ammg.org.brEditoras e jornalistas responsáveis:Daniela Colen – MG 6966 JPNétali Leite - MG 07842 JPRenata Clímaco – MG 6341 JPProjeto gráfico: Carlos DomingosDiagramação e editoração:3R ComunicaçãoTelefone: (31) 3643 4423CTP e impressão: Rona EditoraDistribuiçãoEmpresa Brasileira de Correios e TelégrafosPublicidade:3R Comunicação – (31) 3643 [email protected]

O Jornal da AMMG é uma publicação bimestral,com tiragem de 17.000 exemplares. É proibida areprodução do conteúdo, sem autorização prévia.Os artigos assinados não refletem,necessariamente, a opinião da entidade. Produtose serviços anunciados nesta edição são deresponsabilidade de seus anunciantes. A AMMGnão se responsabiliza pelo conteúdo ou acertificação dos eventos realizados por terceirosem suas dependências.

POSITIVO

Vivenciamos um período de deteriorizaçãodo setor de saúde em nosso país. As mazelas pro-vocadas por cortes orçamentários e o atraso naliberação de recursos, montante que ultrapassaa casa de um bilhão de Reais, engrossam o caosque se apresenta. O fechamento de hospitais ede serviços podem ser vistos, claramente, nasviagens que fazemos pelo interior. Os municípiosmineiros enfrentam dificuldades para o paga-mento de seus profissionais e prestadores, o queresulta em demissões e paralisações. Os hospitaispúblicos estão no limite de seu funcionamento.Muitos estão endividados, sem recursos para ma-nutenção, contratação de médicos e até para acompra de materiais básicos necessários parasimples procedimentos. Atendimentos eletivosestão sendo suspensos e já ameaçam as áreas deurgência e emergência. Serviços de pediatria, on-cologia e obstetrícia são os mais atingidos. Ummédico recebe do Sistema Único de Saúde (SUS)quantias irrisórias, sem falar na falta de insumose de um ambiente adequado de trabalho.

Na ponta, a população adoece, seja por ques-tões naturais, ou pelo reaparecimento de doençasque chegaram a ser erradicadas ou surgimentode novas moléstias. A lista é grande: sífilis, leishma-niose, raiva, tétano, dengue, zika, chikungunya eH1N1, dentre outras. A verdade é que com amorte eminente, ausência de vacinas, programasde prevenção adequados e tratamento digno,buscam-se por culpados. Quando as pessoas che-gam a um hospital e não conseguem atendimen-to ou um leito de internação, por exemplo, achamque a culpa é do médico ou da instituição. 

Nos últimos anos, fomos apontados injusta-mente como algozes da decadência de um sis-tema mal financiado e administrado. A situação

é dramática, mas não cruzamos os braços. Dianteda corrupção instalada e de tantas medidas ab-surdas estabelecidas: abertura indiscriminada deescolas, contratação de médicos estrangeirossem a devida revalidação do diploma, cortes emverbas já mais do que enxutas e agora, a eminen-te recriação da Desvinculação de Receitas daUnião (DRU), com vigência retroativa a primeirode janeiro de 2016 e validade até 2023, e atémesmo a possibilidade de repactuação do SUS,ganhamos as ruas, elaboramos propostas e bus-camos sensibilizar parlamentares e comunidadepara estas causas que são de todos nós cidadãos.

Nós médicos estamos juntos e bem represen-tados pela AMB, AMMG, CFM, CRM - MG e Sin-dicatos dos Médicos, dentre outras entidades daclasse. A inquietação é de todos. Todavia, gostariade acrescentar que meio a este apagão na saúde,acreditamos nas soluções apresentadas. A criaçãoda carreira de estado do médico, tão almejada,se mostrará exitosa, acompanhada de melhorescondições de trabalho e justa remuneração.

*Diretor de Assuntos do Interior da AMMG

Expediente

Ao leitor Paulo Roberto Repsold*A 3ª edição do Catálogo

de Especialidades Médicaspor Idioma pode ser vistano novo site da AMMG:www.ammg.org.br. É possívelconsultar médicos por espe-cialidade e as línguas que do-minam. Instituições parceirasjá receberam seus exemplares.

Mais verbasO Governo Federal libera no segun-

do semestre, R$ 23,7 milhões para hos-pitais universitários dos quatro estadosda região Sudeste. Em Minas, R$ 18,9milhões serão destinados a quatro ins-tituições. O dinheiro vem do ProgramaNacional de Reestruturação dos Hos-pitais Universitários.

Vacinação antecipadaApós registrar um aumento de ca-

sos de gripe, neste ano, mais cedo doque o período esperado, geralmenteno início do inverno, o Ministério daSaúde estuda antecipar a campanha devacinação contra a doença em 2017.Neste ano, ela começou dia 30 de abrile terminou em 20 de maio.

Febre amarelaDesde o início de julho, o Brasil exi-

ge o certificado internacional de vaci-nação e profilaxia a turistas que che-gam ou se destinam aos países comsurto de febre amarela. A medida foianunciada pelo Ministério da Saúde esegue recomendação da OrganizaçãoMundial da Saúde.

Epidemia mortalO Brasil registrou 5.411 casos de

H1N1 entre janeiro e seis de julho desteano, segundo dados divulgados, no dia26 de junho, pelo Ministério da Saúde.Em Minas, neste período foram 23 mor-tes. No país, nesses últimos seis mesesforam 19 notificações, com duas mortes.

Rotina das drogasEstudo ‘Conhecer e Cuidar 2015’,

realizado pelo Centro Regional de Re-ferência em Drogas da UFMG, revelaque 15% da população de Belo Hori-zonte já experimentaram drogas. Qua-se metade deste total, 142.509, faz usoconstante. A pesquisa completa serádivulgada em agosto.

Corte no SUSLevantamento, em maio, feito por

especialistas em gastos com a saúdeaponta perda de R$ 12,72 milhões emdois anos para o setor, caso seja apro-vada a Proposta de Emenda à Consti-tuição 241. Ela estabelece tetos paraos gastos públicos limitados à variaçãoda inflação do ano anterior.

Editorial

À beira do caos

GENTE NOVA A As so ci a ção Mé dica de Mi nas Ge rais dá as boas-vindas a seus 91 no vos as so ci a dos:

NEGATIVO

Adalberto José de Oliveira NetoAlexandre Viana ReisAna Cláudia Moreira AraújoAna Cláudia Silva AlvesAna Luiza Constância PimentaAndré Oliveira CostaAngélica Tavares Pontello Vaz de MeloBárbara Vieira SoaresBernardo Drumond MatiasBernardo Nogueira PieroniBrenda Costa de PaulaBruno Mendes Soares CamposBruno Veloso de SouzaCamila Marques MadureiraCarolina Oliveira AssisCésar Fernandes LoredoClaudemiro Pereira NetoCláudio Márcio Silva de SouzaCristiane Câmara Alves de AssisCristiane Guimarães Heringer SathlerCristiane Mendes Gonçalves LimaDaniel Caldeira TeixeiraDaniel Matos GasparDaniela Castro Pires de AlmeidaDaniela Pinho FerreiraDaniela Rocha Franco DrumondDanielle Carolinne Alves BritoDébora Fernandes Ferreira Baeta NevesDiana Alvarenga BastosDieggo Pires Barbosa RamalhoDuanne Pinheiro Fonseca

Eisenhower Pêgo de Sales FilhoElisa Siqueira NovaesElisângela de Oliveira Horácio CrivellariEmanuelly Botelho Rocha MotaFabiana Andrade RezendeFabrício Junqueira de MeloFidellan Viana DiasFrancinelli Sabrina HoelzleFrederico Augustus MartinsFrederico Figueiredo AmâncioGabriel Ademar ReisGabriela Catarina de Paula QueirozGraziella Oliveira Pinho SantosGustavo Henrique Silva AmarizHélio Amaury de MirandaIsadora Pinto PignatonIzabela Franco RasoJanaína Diniz SantosJanaynne Teixeira da SilvaJaqueline Aparecida da SilvaJardel Rhandson Pimenta MachadoJivago Antônio Tanahashi LisotJosé Augusto de VasconcellosJoyce Armany Queiroz SilveiraJuliano Machado de OliveiraLarissa Cristina NascimentoLucas Carvalho NeivaLuciano Assis CostaLudmila Barcelos PortoMarcelo Cesar Reggiani AlvesMarcus Vinicius Costa Bicalho

Maria Amália de Miranda PereiraMyrian de Pinho BarrosoNadia David PeresOtávio Bellavinha ThomaziPaula Luftalla PessôaPedro Daibert de NavarroPedro Falci PagotoPedro Henrique Tannure SaraivaPedro Tolentino Figueiredo GuimarãesRafaella Minucci Guimarães LopesRamires Fahfe Sampaio SantosRamon Souza LagoRaphaella Cambraia Furtado CamposRaquel Lanna CamposRimack Antonio Rosa Almeida FilhoRodrigo Moura RezendeRoseane Eloiza Máximo SilvaRossini Lopes MonteiroSandra CoutinhoSolange Aparecida BanoskiSuze Caetano de Almeida CornélioTarsila Campanha da Rocha RibeiroThadeu Alves MáximoThales Abel JacobThiago Assis LisboaTiago Cerzósino de OliveiraTúlio Coelho de OliveiraWalcelly de Almeida Santos ProcópioWesley Martins de Figueiró

*Filiados entre 11 de março a 9 de maio de 2016

Posse Sinmed MGDia primeiro de julho, a nova diretoria do Sinmed MG tomou posse para o triênio 2016-2019. A cerimônia aconteceu na sede da AMMG. Participaram da abertura (esq. p/ dir.): EudesMagalhães, presidente da Fencom, Lincoln Lopes Ferreira, presidente da AMMG, representandotambém a AMB, Wilson Wanderlei Vieira, 1º vice-presidente do CNPL, Fernando Mendonça,presidente do Sinmed MG, Amélia Pessôa, diretora financeira do Sinmed MG, Marília JannottiGuerra, secretária municipal adjunta de Saúde de Belo Horizonte, Fábio Guerra, presidente doCRM MG e Hermann Alexandre Von Tiesenhausen, conselheiro do CFM.

Gláucia Rodrigues

Em destaque

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Cartas

Abri l /Maio 2016 - Nº 158 - Ano 43 - www.ammg.org.br

associaçãomédica

Jornal da

de Minas Gerais

Ensino

Diploma depende deteste finalPágina 3

Especialidade

Novo portal entra no arPágina 9

70 anos

AMMG presente nas lutasda classePágina 17

Clóv

is Ca

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s

O investimento em vigilância epidemiológica,tecnologias de ponta, pesquisas e promoçãoda educação são alguns dos caminhos para

evitar a propagação de epidemias. Para oespecialista em medicina preventiva JoséGeraldo Leite Ribeiro (foto), a fragilidade

da atenção primária ainda é um entravena maioria dos países.

Páginas 12 e 13

COMBATE ÀS EPIDEMIAS

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ERRATACampanha cerveja também é álcoolNa edição abril/maio, foi publicado que o Projetode Lei (PL) que visa modificar o parágrafo único daLei 9294/96, que permite que a cerveja seja veicu-lada como se não fosse bebida alcoólica, é de au-toria do deputado Antônio Jorge (PPS). Na verdade,a campanha é para criar um PL de autoria popular.

Boa tarde a todos. Gostaria de parabenizar pelonovo site da AMMG. Ficou muito bom. Abraços.

Rosângela Dias de Oliveira Occhi/AssociaçãoMédica de Ubá.

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JORNAL DAassociação

médica

MINASPágina 6 • Junho/Julho 2016

JORNAL DAassociação

médica

BENEFÍCIOS

Centro de Convenções tem site repaginadoNo mês de junho, o Centro de

Convenções e Eventos da Associa-ção Médica de Minas Gerais (Cen-con AMMG) colocou no ar o seunovo site. Com um visual modernoe interface agradável, o usuário en-contra todas as informações refe-rentes aos espaços com imagens,capacidade e infraestrutura, datasdisponíveis, prestadores de servi-ços e depoimentos de clientes.

Ao acessar o endereço eletrô-nico www.centrodeconvencoe-sammg.com.br, um vídeo apre-senta os principais pontos de re-ferência no entorno da AMMG,facilitando a identificação do lo-cal, principalmente, para os clien-tes que não residem na capitalmineira.

A coordenadora do setor, Nú-bia Scanuffo, explica que o com-portamento do consumidor, espe-cialmente do turismo de negóciosque utiliza grande parte das insta-lações do Cencon, tem se modifi-cado, trazendo novas motivaçõesde viagens e expectativas que pre-cisam ser atendidas. “Nos últimos

anos, desenvolvemosum trabalho amplo e es-tratégico para ofereceraos nossos clientes,além de espaços de ex-celência, a integraçãocom serviços que per-mitem customizar tem-po e dinheiro.”

No site há uma listade parceiros que ofere-cem tudo o que é neces-sário para o sucesso deum evento: segurança,decoração, música, buf-fets, cerimonial, fotogra-fias, montadoras, agên-cias de viagens, veículos, gráficas,dentre outros. “São empresas ca-dastradas, que já trabalham conos-co e podemos dar referências con-cretas”, acrescenta a coordenadora.Para valorizar o tempo do usuário,a agenda mensal está visível paraque ele possa checar se o espaçodo seu interesse está disponível nadata e horário desejados. “Busca-mos estabelecer uma interatividadecom o nosso público desde o pri-

meiro contato. Sabemos que hojeas pessoas procuram constante-mente informações na internet eter um site de fácil navegação, comas principais informações acessíveisé fundamental. Nossa equipe estápreparada para atender pronta-mente. Os orçamentos e questio-namentos encaminhados online sãorespondidos com agilidade.”

Scanuffo explica que as pes-soas imaginavam que o Cencon

AMMG era exclusivo para eventosda área da saúde. “Com o novo si-te visamos desmistificar isso, mos-trando toda a nossa capacidade deatendimento e expertise, incluindoeventos sociais e coorporativos deoutros segmentos.”

ReproduçãoDia 20 de maio, aconteceu na

Faculdade de Medicina de Itajubá areativação da Associação Médica deItajubá (AMI). A cerimônia contoucom a presença do reitor José Mar-cos dos Reis, presidente da Associa-ção Médica de Minas Gerais, LincolnLopes Ferreira (AMMG), vice-presi-dente da AMMG, Gabriel de Almei-da Silva Júnior, diretor de assuntosdo interior da AMMG, Paulo Rober-to Repsold, e médicos da região.

Assumiu a presidência, o pe-diatra Carlos Alberto Benfatti. Se-gundo ele, há hoje na região umgrupo expressivo de profissionaisrenomados e altamente qualifica-dos, que aprimoram os serviçosoferecidos, principalmente, na altacomplexidade. “O momento é bas-tante oportuno para o desenvolvi-mento de um trabalho associativo,que envolva os mais jovens, dê

acesso ao conhecimento científicoe também à defesa profissional.”

A expectativa é de que a insti-tuição receba a classe médica e aten-da as suas demandas, além de levaros benefícios oferecidos pelaAMMG. De acordo com o presiden-

te da AMMG, as entidades são im-portantes para a vida do profissionalem sua localidade, representandoum fórum para discussão e umaoportunidade de congraçamento eampliação do saber, por meio dereuniões e jornadas científicas.

O presidente da AssociaçãoMédica de Pouso Alegre (AMPL), omédico do trabalho e vereadorPaulo Valdir Ferreira (PR), teve seuprojeto de criação do Serviço Mu-nicipal de Verificação de Óbitosaprovado pela Câmara de Verea-dores, dia sete de junho. O docu-mento seguiu para a sanção da Pre-feitura e futura implantação. A pro-posta do vereador difere da ofere-

cida pelo Instituto Médico Legal(IML), que deriva de interesse judi-cial. No caso do Serviço de Óbito,a investigação se dá sobre as mor-tes provocadas por causas naturais.“Quando implantado, ele será umdos primeiros do estado. Além dascapitais, pouquíssimas cidades con-tam com a estrutura”, disse Ferreira.

Para que nenhuma morte sejaregistrada sem causa definida, o pro-

jeto prevê que os oficiais de registrocivil não poderão lançar óbitos pormoléstia mal definida, encaminhan-do os pedidos ao Serviço de Verifi-cação de Óbitos. Se mesmo apósaveriguação a causa não for identi-ficada, será registrado no cartório oatestado expedido pelo serviço. Fer-reira avalia que há, ainda, o lado so-cial da medida, que desburocratizaos trâmites e é feito gratuitamente.

Filiada de Itajubá é reativada em solenidade

AMPL terá serviço de verificação de óbitos

A Associação Médica de Var-ginha (AMV) completou 65 anos.Fundada em 20 de maio de 1951,a AMV se destaca pelo papel im-portante junto à categoria. Seuobjetivo, de acordo com o presi-dente, Alberto Severo de Paiva Fi-lho, é a promoção de atividadesassociativas, científicas, sociais e

culturais, bem como a defesa dosinteresses de seus associados, 230médicos do município. “A AMVatua com relevância nas deman-das relacionadas à saúde, semprearticulada com os anseios da co-munidade.”

Como parte da comemoraçãode aniversário, a AMV intensificou

suas atividades. No dia 18 de ju-nho, aconteceu o seminário ‘ASaúde e a Assistência Médica queVarginha deve assegurar – Reali-dade, possibilidades e necessida-des’. O vice-presidente da AMMG,Gabriel de Almeida Silva Júnior,participou do encontro e elogioua iniciativa.

Varginha completa 65 anos de associativismo

No dia dez de junho, a Associa-ção Médica de Lavras (AML) reali-zou o I Simpósio Médico Jurídicode Lavras. O presidente da entida-de, Hélio Haddad Filho, valorizoua importância dos debates sobre ajudicialização da saúde, seus custose impactos e a realidade dos pro-cessos médicos no estado.

O presidente da AMMG, Lin-coln Lopes Ferreira, falou sobre opanorama atual da medicina noBrasil e o deputado estadual, Antô-nio Jorge de Souza Marques (PPS),abordou os desafios do financia-mento da saúde pública no país.

Lavras promovesimpósio

Dia 18 de junho, ocorreu a tra-dicional Reunião das Regionais daZona da Mata, em Ubá. A Urezo-ma de número 458 teve na progra-mação: ‘Os Riscos da Polifarmáciano Idoso’, com a especialista em clí-nica médica e geriatra Ivna LessaVilas Boas; ‘O Uso Racional dos An-timicrobianos’, como o pediatra einfectologista Vanderson FirmianoValente; ‘Situação Atual do Movi-mento Médico’ pelo presidente daAMMG, Lincoln Lopes Ferreira, e odelegado do Conselho Regional deMedicina de Minas Gerais (CRMMG), João Batista Gomes Soares.

Ubá realizaUrezoma

Arquivo Itajubá

O presidente da AMMG, Lincoln Lopes Ferreira, prestigiou a posse dopediatra Carlos Benfatti e falou sobre a importância do associativismo

Visite o site

Acompanhe as datas das próximas edições 460ª Muriaé 20/08461ª Carangola 03/09462ª Cataguases 01/10463ª Ponte Nova 05/11464ª Manhuaçu 19/11465ª Juiz de Fora 10/12

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No dia 12 de maio, a Prefeitu-ra de Belo Horizonte (PBH), pormeio da Secretaria Municipal Ad-junta de Planejamento Urbano(SMAPU), realizou Audiência Pú-blica na Associação Médica de Mi-nas Gerais (AMMG) para discutire avaliar o impacto urbano da am-pliação da sede da entidade. O en-contro contou com a participaçãode médicos associados, represen-tantes da Sociedade dos Acadêmi-cos de Medicina de Minas Gerais(Sammg) e de diretores das socie-dades de especialidades.

O secretário municipal adjuntode Planejamento Urbano, Leonar-do Castro, afirmou que o projetoé totalmente viável e que já foramsugeridas ações que tornem a obrade interesse público. Segundo ele,foi observado que recuando a en-trada do novo prédio é possívelampliar o espaço para passagemde pedestres. “O prédio é de esqui-na e será um marco na paisagemcentral. Alongar a calçada e cons-truir um jardim próximo à entradadeixará o local mais agradável e

contará como uma das contrapar-tidas associadas ao empreendi-mento”, explicou.

Outros diretores da PBH leva-ram os seus pareceres, incluindo ovice-prefeito Délio Malheiros (PSD),que reafirmou o apoio à continui-dade da construção. A equipe daSMAPU também apresentou co-mo contrapartida de responsabili-dade de AMMG a revitalização daPraça Afonso Arinos, localizada noquarteirão da Avenida Álvares Ca-bral, entre as Avenidas João Pinhei-ro e Rua da Bahia, região centro-sul da capital mineira.

Castro abriu a sessão para per-guntas e relatou que as ações fa-zem parte da Operação UrbanaSimplificada (OUS) que nada maisé do que “um conjunto de inter-venções e medidas coordenadaspelo poder executivo municipal,com a participação de agentes pú-blicos ou privados, com o objetivode viabilizar projetos urbanos deinteresse público”.

O presidente da Sociedade Mi-neira de Pneumologia e Cirurgia

Torácica (SMPCT), David Vogel Ko-za, questionou se a revitalizaçãoda Praça não tiraria a segurançadas pessoas, já que os carros queficam estacionados por lá atraemmovimento e isto não será extintocom o fechamento do quarteirão.O secretário da SMAPU respondeuque a ideia é tornar tudo mais se-guro com iluminação e criar áreaspara atividades culturais.

O diretor da Sociedade Brasilei-ra de Angiologia e Cirurgia Vascular– Regional Minas Gerais (SBACVMG), Bruno de Lima Naves, sugeriu

a implantação de banheiros quími-cos na região já que, de acordo comele, o formato atual da Praça e aproximidade com os bares é umalatrina a céu aberto. “O planejamen-to precisa contemplar sanitários,mesmo que se cobre um Real pelouso e manutenção.”

O presidente da AMMG, Lin-coln Lopes Ferreira, disse conside-rar importante que as pessoas cri-tiquem e elogiem as propostas. Oandamento do projeto da amplia-ção da sede será divulgado no sitewww.ammg.org.br.

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HONORÁRIOSATUAÇÃO

Clóvis Campos

PBH avalia impacto urbano da nova sede

Encontro reuniu médicos e gestores para discutir e avaliar o impacto urbanoda ampliação da seda da entidade

A Associação Médica de MinasGerais (AMMG), em parceria como Conselho Regional de Minas Ge-rais (CRM MG), a Federação Nacio-nal de Cooperativas Médicas (Fen-com) e o Sindicato dos Médicos deMinas Gerais (Sinmed MG), realiza,no dia dois de setembro, na sededa entidade, o VI Fórum Nacionalda Classificação Brasileira Hierar-quizada de Procedimentos Médicos(CBHPM). Além dos tópicos refe-rentes à classificação, o evento terácomo temas: o ‘Panorama atual eos rumos da Saúde Suplementar’,na visão da Associação Médica Bra-sileira (AMB) e do Conselho Federalde Medicina (CFM), ‘Aspectos jurí-dicos da contratualização na formada Lei 13.003/2014’ e a ‘ResoluçãoNormativa da ANS 364/14 e o Fa-tor de Qualidade’.

De acordo com o presidenteda AMMG e 2º vice-presidente daAMB, Lincoln Lopes Ferreira, aAMB e as sociedades de especiali-dades mantêm um diálogo perma-nente com a Agência Nacional deSaúde (ANS), no intuito de estabe-lecer critérios de avaliação compa-tíveis com a realidade brasileira.

Sobre a Lei 13.003/2014, em vi-gor desde o final de 2015, que es-tabeleceu a obrigatoriedade deexistência de contratos por escritoe detalhados entre médicos e ope-radoras de planos de saúde, Ferrei-ra disse que a AMB, juntamentecom o CFM, publicou no início de2016 uma cartilha com orientaçõesaos médicos. “Este material deveser lido no momento de análise eassinatura do contrato. O médicoprecisa procurar a AMB e o CFMcaso os contratos estejam fora dasdiretrizes estabelecidas”, pontuou.

Durante o encontro, serão apre-sentados os aspectos jurídicos dacontratualização, conforme a lei, e aimportância de estar atento às regras.

O diretor de Defesa do Exercí-cio Profissional da AMMG, MárcioSilva Fortini, considera a sançãouma vitória para a categoria médi-ca na luta pela valorização da pro-fissão. “Estas determinações con-tribuem para uma melhor assistên-cia ao paciente e preveem garan-tias jurídicas na relação de trabalhoentre médico e operadoras.”

As inscrições para o VI FórumNacional da CBHPM estão abertas.Mais informações: (31) 3247 1619.

Fórum da CBHPM realiza sua sexta ediçãoClóvis Campos

Encontro realizado em 2015 reuniu lideranças da classe médica e do setor desaúde suplementar na AMMG

8h30 - 9h – Café de boas vindas e credenciamento9h - 9h20 – AberturaLincoln Lopes Ferreira – Presidente da AMMGFábio Augusto de Castro Guerra – Presidente do CRM MGFernando Luiz de Mendonça – Presidente do Sinmed MGEudes Arantes Magalhães – Presidente da Fencom9h20 - 10h20 – Panorama atual e os rumos da Saúde Su-plementar na visão da AMB e CFMFlorentino de Araujo Cardoso Filho – Presidente da AMBCarlos Vital Tavares – Presidente do CFMDebate Secretário: Antônio Vieira Machado (Fencom)Presidente: Fábio Augusto de Castro Guerra (CRM MG)

10h20 - 12h – CBHPM x Rol de procedimentos da ANS X TUSS.Quem normatiza o Rol de Procedimentos da ANS a CBHPMe a TUSS? Quais são as suas semelhanças e diferenças?Emílio Cesar Zilli – Presidente da Câmara Técnica Permanenteda CBHPMQuais são os critérios para inclusão, revisão e exclusão deprocedimentos na CBHPM? Como proceder para isso? Miyuki Goto – AMBPapel da ANS no processo de revisão do Rol Michelle Mello /Diretora Adjunta de Desenvolvimento Setorialda ANSSecretário: Márcio Fortini/Diretor de Defesa Profissional daAMMGPresidente: Eudes Arantes Magalhães (Fencom)Debate

12h - 13h – Almoço13h - 14h – Aspectos jurídicos da contratualização na formada Lei 13.003 Tendo como base os contratos já avaliados pelas entidadesmédicas quais são as principais inadequações? O que está

sendo feito quando o contrato não prevê os itens básicosprevistos na Lei 13.003/14 e RN’s da ANS? Debate Carlos Magno dos Reis Michaelis Jr – Advogado da AMBJosé Alejandro Bullon Silva – Advogado do CFMQual o papel e a atuação do SINMED MG e MPT em relaçãoà aplicação da Lei 13.003/14 para pessoas físicasFilipe Ribeiro Duarte – AdvogadoGeraldo Emediato de Souza – Procurador do Ministério Pú-blico do Trabalho de Minas Gerais – MPT-MGDebateSecretária: Regina Barbosa Eto (CRM MG)Presidente: Fernando Luiz de Mendonça (Sinmed MG)

14h - 15h20 – Resolução Normativa da ANS 364/14 e o Fa-tor de QualidadeComo avaliar qualidade na saúde e garantir que o Fatorde Qualidade não seja um deflator do honorário médico? Martha Regina de Oliveira – Diretora de DesenvolvimentoSetorial da ANSAMB e Sociedades de Especialidades como estão se pre-parando par ao o fator de qualidade? Márcio Fortini – Diretor de Defesa do Exercício Profissionalda AMMGExperiência dos Hospitais e Clínicas na aplicação do fatorde QualidadeCastinaldo Bastos Santos – Presidente da Central dos Hos-pitais de Minas GeraisDebateSecretário: Juraci Gonçalves de Oliveira (AMMG)Presidente: Lincoln Lopes Ferreira (AMMG)

15h30 – EncerramentoJuraci Gonçalves de Oliveira – Coordenador da ComissãoEstadual de Honorários Médicos

CONTABILIDADE MÉDICA

4Elaboração de IMPOSTO DE RENDA;4Escrituração detalhada do livro caixa;4Elaboração do DMED c/cruzamento com a Receita Federal;4Elaboração de Rateio de Despesas;4Regularização da atividade profissional Liberal, consultórios,

clínicas e hospitais, às normas estabelecidas pela legislação;4Constituição, regularização e baixa da Pessoa Jurídica;4Assessoria Fiscal, Contábil e Trabalhista;4Demonstração de resultados, através de Relatórios

Gerenciais e balancetes mensais;4Recuperação de Impostos;4Recursos Humanos - Administração

e elaboração da folha depagamento;

4Acompanhamento de processos delicitação e convênios;

4Retirada de Alvará Sanitário, PGRSS Projeto Técnico eCadastro nacional de Estabelecimento de Saúde - CNES.

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Page 6: APAGÃO DA APAGÃO DA

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JORNAL DAassociação

médica

O Plenário da Câmara dos De-putados aprovou dia oito de ju-nho, em segundo turno, a Propostade Emenda à Constituição - PEC4/2015, que recria a Desvincula-ção de Receitas da União (DRU)com vigência retroativa a primeirode janeiro de 2016 e validade até2023. A matéria, aprovada com ovoto favorável de 340 deputadoscontra 96, foi enviada ao Senadopara votação. O relator é o depu-tado Laudívio Carvalho (SD-MG).

O consultor parlamentar doConselho Federal de Medicina(CFM) e da Associação MédicaBrasileira (AMB), Napoleão Puen-tes Salles, esclareceu que o textopermite ao Governo realocar livre-mente 30% das receitas obtidascom taxas, Contribuições Sociais ede Intervenção sobre o DomínioEconômico (Cide), que hoje sãodestinadas por determinação cons-titucional ou legal, a órgãos, fundose despesas. O substitutivo de Car-valho também autoriza estados,Distrito Federal e municípios a ins-tituírem o mesmo mecanismo fis-cal, uma inovação, já que a desvin-culação sempre foi restrita à União.No caso de estado e municípios évedado que recaia sobre a saúdee a educação.

O principal objetivo da DRU éliberar recursos para ajudar o Go-verno a cumprir a meta de resul-tado primário, que só neste ano,teve um déficit de R$ 170,5 bi-lhões. Entidades da saúde estimamque o Sistema Único de Saúde(SUS) perderá R$ 80 bilhões coma aprovação da proposta. O temaaliado à declaração do ministro dasaúde, Ricardo Barros, em entrevis-ta ao Jornal Folha de São Paulo so-bre a repactuação do Sistema Úni-co de Saúde (SUS), aumentou apreocupação das entidades que jáhaviam se manifestado diante dafalta de investimento no setor. Bar-ros afirmou que o Brasil está emmaus lençóis e que, em algum mo-mento, o Governo não conseguirámais arcar com os custos do SUS.

Atenta às discussões, a Comis-são de Saúde da Assembleia Legis-lativa de Minas Gerais (ALMG)promoveu, no dia 18 de junho, Au-diência Pública com a presença dedeputados, representantes da clas-se médica, hospitais, instituições fi-

lantrópicas, Conselhos Municipale Estadual de Saúde, comunidadee Ministério Público. O presidenteda Comissão, Arlen Santiago (PTB)disse que vivemos um momentobastante perigoso. “Houve umareação popular e o presidente emexercício Michel Temer (PMDB SP)falou publicamente que, caso sejaaprovada a DRU, seriam mantidosos percentuais de saúde e de edu-cação, mas devemos ficar vigilan-tes. Além disso, estamos vendo onão cumprimento da integralidadee o aumento da judicialização, on-de não se mantém nem o básicopara a sociedade.”

Santiago citou, ainda, dadosdo Conselho Federal de Medicina(CFM) sobre o fechamento de 24mil leitos no país, mais de três milem Minas Gerais. “Estamos vendoo fim de serviços como pediatria,maternidades, psiquiatria e onco-logia em hospitais de grande portena capital e demais regiões do es-tado. O atraso no repasse de re-cursos estaduais para o custeio dosprogramas estruturadores da saú-de e a ausência de resposta dos en-tes responsáveis. Há uma inversãono modelo de saúde, com 70% dosgastos em internação e ausênciade recursos para prevenção e aten-ção básica.”

Para o presidente da Associa-ção Médica de Minas Gerais

(AMMG), Lincoln Lopes Ferreira,estamos diante de um sistemacronicamente subfinanciado, ca-rente de planejamento e com mí-nimas condições para o exercíciodigno da medicina. “A populaçãomorre à espera de atendimento eos médicos não encontram con-dições dignas de trabalho. Qual-quer medida que diminua as apli-cações na saúde é irresponsável einaceitável. Estamos presenciandoo apagão no setor e temos quenos unir com o apoio da socieda-de”, denunciou.

O deputado estadual AntônioJorge de Souza Marques (PPS) dis-se que não vê com esperança a si-tuação. “Nosso problema é histó-rico, crônico e de difícil solução.”Marques apresentou dados da LeiOrçamentária da União, que mos-tram que o gasto com seguridadesocial dobrou. Já, os percentuaisda saúde caíram de 17% para 13%.“A saúde é marginal nas contribui-ções e a criticidade se alastra tam-bém para as questões qualitativas.Desde a última década estamosgastando percentualmente menosde 20% do total com as atividadescorrelatas na atenção primária econtinuamos com um modelo es-sencialmente centrado nas ativi-dades curativas, o que não apontauma mudança estrutural para ofuturo.”

Outro ponto levantado pelo de-putado foi a discriminação de Mi-nas Gerais na transferência dos re-cursos federais. “Apesar de termoso segundo PIB e a terceira capaci-dade instalada na prestação de ser-viços, somos a décima quarta percapita, o que demonstra uma injus-tiça federativa. É preciso que tenha-mos perante o Ministério da Saúdeuma fala uníssona para resgatar ummínimo de equidade. Dos 396.172milhões macro alocados em recur-sos novos no país, 70% foram dire-cionados para o Nordeste e apenas0,07% desses recursos para Minas.”Marques disse que é importantemostrar para a população que de-vemos lutar juntos. Ele explicou quemesmo que a PEC não seja aprova-da, em 2025 teríamos 90 bilhões dereais de orçamento, o que numaprojeção de cinco a seis anos tam-bém não seriam suficientes.

Para o deputado, se faz urgenteuma autocrítica despojada de as-pectos políticos partidários paraalcance do que preconizamos naConstituição, com um serviço desaúde universal, gratuito e integral.“Talvez a tão combatida judiciali-zação seja a saída, não de formaindividualizada, mas por um direitomacro, na perspectiva de que nãoé possível permitir a regressão deum princípio básico de direito fun-damental”, concluiu.

De acordo com o economistaem saúde do Banco Mundial, An-dré Cezar Medici, desde 2015 ve-rifica-se a redução nos gastos pú-blicos do Governo Federal em saú-de. Conforme estimativas realiza-das por ele, houve a diminuiçãoem 9% destes gastos entre 2014 e2015, e as perspectivas para 2016indicam que mais cortes serão rea-lizados, trazendo possíveis impac-tos como o fechamento de unida-des de saúde e o aumento da po-pulação desassistida.

O tema do financiamento po-de ser parte do problema, mastambém destaca-se a ineficiênciana gestão pública. O que maispreocupa, portanto, não é somen-te o fato de faltar recursos, mas aausência de um plano para evitarque a situação fique ainda pior, se-gundo Medici. “Com a epidemiade Zika, por exemplo, todas asatenções voltaram para os proble-mas de combate ao Aedes aegypti,mas a questão da deterioração dascondições assistenciais nos estabe-lecimentos públicos tem sido to-talmente abandonada”, afirmou.

O especialista ponderou quenão se pode perder o foco em man-ter o atendimento da população nossetores de saúde básica, urgência eemergência e evitar a descontinui-dade dos serviços de promoção eprevenção que estavam avançandoaté cinco anos atrás, em áreas comoo Programa Saúde da Família (PSF)e em temas como o controle dos fa-tores de risco associados às doençascrônicas (diabetes, doenças cardio-vasculares, depressão etc.), que de-verão aumentar como resultado doenvelhecimento da população e doestresse trazido pela crise econômi-ca e a falta de perspectivas.

Dentre as sugestões de melho-ria da gestão do setor sugeridas pe-lo economista estão: a comple-mentação de processos que garan-tam um melhor uso dos recursosexistentes do SUS, aumentando aeficiência; a fiscalização para redu-zir a corrupção e o mau uso damáquina. “No âmbito da gestãodos serviços, estabelecer processosque integrem, desde a atenção bá-sica aos hospitais, com os serviços

auxiliares e a oferta de medica-mentos, até modelos alternativos,que permitam aumentar a autono-mia gerencial, premiar a eficiênciae remunerar os estabelecimentose o pessoal de acordo aos resulta-dos alcançados.”

Medici disse que os serviçosdevem também ser modernizados,com a existência de registros ele-trônicos que contenham os dadosclínicos dos pacientes para acom-panhamento com qualidade e pa-ra a produção e análise de dados,como forma de subsidiar os pro-cessos de planejamento.

O Governo, no entanto, andana contramão das necessidades

identificadas. Monitoramento di-vulgado pelo Conselho Federal deMedicina (CFM), dia 13 de junho,mostra que no total das 13.238Unidades Básicas de Saúde (UBSs),projetadas na segunda edição doPrograma de Aceleração do Cres-cimento (PAC 2), apenas 2.830(21%) foram entregues. A situaçãodas UPAs é ainda pior. Foram pre-vistas 554 e entregues apenas 50(9%). No site da entidade, o segun-do vice-presidente do CFM, JecéBrandão, disse que “o CFM lamen-ta profundamente esses números,pois a cada vez que o SUS deixa deexpandir a sua rede, aumenta a fal-ta de atendimento. Sem assistência

na atenção básica, o paciente pro-cura o pronto-socorro, que já estálotado devido à redução no núme-ro de leitos - só no governo Dilmaforam fechadas mais de 20 mil uni-dades - e com a falta de profissio-nais. É uma tragédia que se agrava”.

O promotor e coordenadordo Centro de Apoio das Promo-torias de Justiça de Defesa da Saú-de (CaoSaúde), Gilmar de Assis,reforçou que apesar das dificulda-des, a população precisa entenderque o SUS é um produto socialque a ela pertence e, portanto, de-ve defendê-lo. “Se ele sucumbir apopulação estará fragilizando oseu direito fundamental à saúde.”Assis complementou que, como aeducação, a saúde precisa ser pou-pada dos efeitos da DRU e que adesvinculação é perversa para osmunicípios.

O 1º vice-presidente da Asso-ciação Médica Brasileira (AMB),Eleuses Vieira de Paiva, acreditaque todos são unânimes na defesado SUS. “Sabemos que é necessáriomelhorar a gestão, mas é funda-mental um aporte financeiro míni-mo. Existem inquietações de todosos segmentos, principalmente emrelação ao financiamento. Se o sis-tema já não possui a qualidade ea eficiência que desejamos com osrecursos investidos atualmente, éfácil imaginar como ficará commenos ainda. Entendemos que nãopodemos aceitar essa redução emum sistema que vive uma eternacrise”, reiterou.

ESPECIAL

Entidades dizem não ao sucateamento da saúdeFuturo será de mais cortes nos gastos públicos

Audiência da Comissão de Saúde da ALMG debateu aprovação da PEC 4/2015 e relevância do SUS para os brasileiros

Clóvis Campos

Clóvis Campos

Para André Medici, o que mais preocupa é ausência de um plano para evitarque a situação fique ainda pior

A crise também tem tido im-pacto no setor de saúde suple-mentar. O mercado brasileiro deplanos de saúde médico-hospita-lares registrou, no terceiro trimes-tre de 2015 em relação ao ante-rior, uma queda de 0,5% dosusuários, o que representou a saí-da de 236,2 mil beneficiários. Parao economista André Medici, como aumento do desemprego e afalta de uma solução para a gravecrise econômica e de governabi-

lidade do país, essa situação devepiorar ainda mais em 2016.

Segundo o Instituto de Estudosda Saúde Suplementar (Iess), a es-trutura de custos da saúde suple-mentar no Brasil está orientada pa-ra crescer de forma contínua e, noúltimo ano, o custo médico-hos-pitalar bateu recorde com alta de19,3%. O Instituto divulgou, ainda,que se o ritmo de crescimento doscustos continuar, nem as operado-ras e nem os contratantes terão

condições de arcar com os custosdo plano, colocando em risco aexistência do setor, sobrecarregan-do ainda mais o SUS.

Dados do Iess mostram queos planos de saúde ofereciam emsetembro de 2015, 2,6 leitos paracada grupo de mil beneficiários,enquanto o SUS 1,5 para cadagrupo de mil brasileiros, situaçãoque tende a se deteriorar com ofechamento de leitos públicos nospróximos dois anos.

Setor privado enfrenta crise

Page 7: APAGÃO DA APAGÃO DA

Presidentes das federadas e dassociedades de especialidades esti-veram na sede da Associação Mé-dica Brasileira (AMB), dia 17 de ju-nho, para participar de reuniõesda Diretoria Executiva e do Con-selho Deliberativo. O encontro re-sultou em propostas sobre o ade-quado financiamento da saúde, es-tabelecimento da carreira de mé-dico, atuação de outros profissio-nais na medicina e abertura de no-vas escolas. As reivindicações fo-ram apresentadas aos ministros daSaúde, Ricardo Barros, e da Educa-ção, José Mendonça Bezerra Filho,pelos presidentes da AssociaçãoMédica Brasileira (AMB), Florenti-no Cardoso, e presidente do Con-selho Federal de Medicina (CFM),Carlos Vital, dia 21 de junho.

Barros solicitou prazo de 60dias para avaliação das questõesreferentes à Carreira de Médico deEstado e programa Mais Médicos,com compromisso de criação eparticipação de representantes daAMB e do CFM, em comissão deestudo sobre os temas. Já com oministro da Educação foram dis-cutidas a revalidação dos diplo-mas, inclusive dos profissionais doMais Médicos, a avaliação dos aca-dêmicos e dos cursos lato sensu,reconhecidos pelo Ministério daEducação e Cultura (MEC) e quetêm propiciado a atuação de ou-tros profissionais de saúde na áreamédica. Sobre este assunto, os se-tores jurídicos da AMB e do CFMtambém trabalharão em conjuntona abordagem que permita coibiras práticas inadequadas.

O presidente da AssociaçãoMédica de Minas Gerais (AMMG),Lincoln Lopes Ferreira, acompa-nhou todo o processo em Brasília,dia 21 de junho, onde participoudo I Fórum de Médicos de Frontei-ras, na sede do CFM. Na pauta doevento estavam os desafios do exer-cício da medicina nas fronteiras doBrasil, revalidação de diplomas, for-mas de trabalho, migração médicae a formação na América Latina.

Ferreira destacou a produção deum detalhado projeto referente àCarreira Médica de Estado, que seráentregue ao ministro da Saúde, e ci-tou a importante participação daAcademia Brasileira de Medicina Mi-litar (ABMM). “O comprometimentodos colegas militares foi fundamental

na elaboração deste projeto.” A AMBcriou a Comissão Especial de Carrei-ra Médica de Estado e nomeou opresidente da AMMG, como seucoordenador. Ferreira explicou queforam semanas intensas de debatese elaboração de propostas, com re-presentação de médicos de todo opaís, o que demonstra que a classeestá unida e consciente dos seus di-reitos. “Buscamos uma resposta plau-sível e eficiente ao programa MaisMédicos. Só assim será possível em-pregar recursos de maneira efetivapara a fixação do médico, com con-dições técnicas para atuação nas re-giões mais carentes, beneficiando defato a população”, afirmou.

Outro tema debatido em Bra-sília, a formação profissional, in-

cluindo a abertura de novas esco-las de medicina, recebeu críticas.“O sistema começa a dar sinais deesgotamento, na medida em quenão existem médicos doutores,professores e instalações suficien-tes para abrigar, nem mesmo as fa-culdades já existentes. As institui-ções que já funcionam, hoje semestrutura montada, vão formar deforma precária um profissional quevai desempenhar inadequadamen-te suas funções, o que não é nossodesejo enquanto entidade médica,nem como cidadão”, alertou.

A Avaliação Nacional Seriadados Estudantes de Medicina (Ana-sem), proposta pelo MEC, tambémfoi questionada. “A realização doexame, como possuem outros cur-

sos, como o Direito, não é viável.O médico não tem como exerceroutra atividade que não a medici-na. Os testes devem ocorrer de for-ma progressiva, nos segundo, quar-to e sexto períodos, para que sejammedidos também a instituição e oconteúdo por ela oferecido.” ParaFerreira, as avaliações precisam seramplas e envolver todos os partí-cipes do processo de formação,bem como aplicadas correções pa-ra os problemas identificados. Eleconcluiu, afirmando que as entida-des médicas estão trabalhandoexaustivamente nos principais te-mas que afligem à classe e queaguardam um retorno ágil e pro-positivo do Governo Federal àssuas reivindicações.

A Associação Médica de MinasGerais (AMMG) recebeu, no dia23 de maio, homenagem da As-sembleia Legislativa de Minas Ge-rais (ALMG) pelos seus 70 anos detrajetória. Na abertura da cerimô-nia, proposta pelo deputado e pre-sidente da Comissão de Saúde daALMG, Arlen Santiago (PTB), foiressaltado o papel representativoda Associação na área da saúde.“Venho aqui parabenizar a todosaqueles que primam pela qualida-de da formação dos profissionaisda medicina, que lutam por con-dições de trabalho adequadas econtra o sucateamento dos hospi-tais federais. Não poderia deixarde registrar esse momento. São 70anos que marcam um passado deluta e a contínua batalha travadapor representantes que buscamatendimento digno de saúde paraa população.”

Lincoln Lopes Ferreira, presi-dente da AMMG, falou em nomede todos os representantes das ges-tões passadas, e lembrou que a ce-lebração reforça o papel da enti-dade que é o de lutar pela aberturaindiscriminada de escolas médicas,pelo acesso da população à saúdee por uma medicina mais humani-zada e com recursos para atenderas mazelas de um povo já tão so-frido. “Partilhamos hoje, de proje-tos importantes com as entidadesnacionais. Comemorar esta data éuma honra e a certeza de que todoo trajeto construído ao longo desteperíodo, não é nada mais que umaobrigação.”

Para o presidente da UnimedBH, Samuel Flan, a operadora quefoi fundada na AMMG, os 70 anos

marcam uma grande história derepresentatividade junto aos mé-dicos mineiros.

Compuseram a mesa no plená-rio, a então presidente do Sindicatodos Médicos de Minas Gerais (Sin-med MG), Amélia Maria FernandesPessôa; o diretor da AMMG e pre-sidente do Conselho Regional deMedicina de Minas Gerais (CRMMG), Fábio Guerra; o deputado es-tadual João Leite (PSDB), o verea-dor Nilson César Rodrigues (PROS)e o vice-prefeito de Belo Horizonte,Délio Malheiros (PSD).

Prestigiando o momento sole-ne, estiverem presentes os ex-pre-sidentes da entidade, José GuerraLages e Castinaldo Bastos Santos.“É uma alegria participar de umahistória de dedicação plena e deservir ao próximo”, disse Lages.“Temos um grande trunfo que é ode, em todos esses anos, contarcom diretores e pessoas que dãocontinuidade ao trabalho sério eárduo da entidade. Dessa forma,

nunca perdemos o nosso objetivo”,concluiu Bastos.

Parcerias importantes

Parceiras nas lutas da classe porum cenário mais digno da saúde nãosó para a comunidade, como tam-bém para os profissionais da classe,o Sinmed MG e o CRM MG, partici-param da solenidade. Segundo opresidente do CRM MG, Fábio Guer-ra, o momento representou o reco-nhecimento do importante papel daAMMG na construção da saúde emMinas Gerais: “Estamos celebrandotambém a história de uma institui-ção irmã, que congrega dos nossosmesmos ideais”. Para a então presi-dente do Sinmed MG, Amélia Pes-sôa, falar da Associação é lembrarde uma entidade que investe, incan-savelmente, em educação continua-da, luta por melhores modelos deremuneração e pelo aprimoramen-to na qualidade da assistência.

Para o vice-prefeito de Belo Ho-

rizonte, Délio Malheiros (PSD), é umreconhecimento legítimo, que retra-ta com fidelidade o sentimento dopovo mineiro que tem a AMMG co-mo guardiã do direito à saúde. “Écom muito orgulho que homena-geamos uma entidade que presta osmais relevantes serviços nessa área.”

A secretária municipal adjuntada Saúde de Belo Horizonte, Maríliade Azevedo Jannotti Guerra, parabe-nizou a AMMG pelas ações conjun-tas com os órgãos públicos. “É umaconstrução baseada em parecerias e,só assim, é possível vencer os desafios,sobretudo em nosso meio.”

O presidente da Academia Mi-neira de Medicina (AMM), CláudioSalles, lembrou que a Associaçãofoi a primeira a congregar os mé-dicos de Minas Gerais. “Tenho or-gulho de o meu pai ter sido umadas pessoas que assinou a ata dafundação da entidade. E até hoje,temos uma série de parcerias, éuma instituição que sempre nosacolhe em nossas atividades.”

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70 ANOSESPECIAL

Assembleia homenageia AMMGAMB

Representantes reivindicam melhorias

O presidente da AMMG, Lincoln Lopes Ferreira, representou os médicos na maior manifestação da história deste país

No dia 13 de março, mais de 3,3milhões de pessoas se mobilizaramem pelo menos 250 cidades do país.Em Belo Horizonte, o encontro ocor-reu na Praça da Liberdade. A classemédica foi paras as ruas e se posi-cionou por um país melhor, comcondições adequadas de trabalho eassistência de qualidade para a po-pulação. Representantes das filiadasmineiras também se manifestaram.

O presidente da AMMG, Lin-coln Lopes Ferreira, estava em SãoPaulo e participou de ato promo-

vido pela AMB. Ele afirmou que aluta dos médicos é contra os equí-vocos praticados pelo então Go-verno Federal, no descompromissoe na não disponibilidade de inves-timentos adequados na saúde, comsucateamento de todo o sistema.

O presidente da AMB, FlorentinoCardoso, disse que a corrupção em-pobrece o país financeira e moral-mente, além de adoecê-lo cada vezmais. “Na saúde, vivemos uma criseque piora a cada dia e já dura déca-das. Nesses últimos anos, vimos

doenças recrudescerem, colapso nainfraestrutura, superlotação, hospi-tais universitários com leitos fecha-dos, desordem gerencial, entre tantasoutras situações que prejudicam osistema de saúde.” Cardoso reforçouque o Brasil precisa de mudança, pre-cisa voltar aos trilhos do desenvolvi-mento. “A crise não é só política. Oque mais prepondera hoje é uma cri-se de credibilidade de nossas insti-tuições. Nós precisamos pensar noBrasil, imaginar o país de todos e pa-ra todos, pensando no coletivo.”

Solenidade na Assembleia Legislativa de Minas Gerais reúne representantes da classe médica e autoridades

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Página 14 • Junho/Julho 2016 Junho/Julho 2016 • Página 15

JORNAL DAassociação

médica

JORNAL DAassociação

médica

ATUALIZAÇÃO ATUALIZAÇÃO

Florianópolis, SC. Informações: www.medi-cinadoesporte2016.com.br.

Medicina do Trabalho – Reuniões científicasmensais do departamento de Medicina do Tra-balho da AMMG. Informações: (31) 3247 1616.

Medicina Física e Reabilitação – XXV Con-gresso Brasileiro de Medicina Física e Rea-bilitação, 25 a 27 de agosto, São José doRio Preto, São Paulo. Informações: www.ce-nacom.com.br.

Nefrologia – Pensar Mineiro: 25 de agosto e27 de outubro, na sede da AMMG. Informa-ções: (31) 3247 1616. Congresso Brasileirode Nefrologia, 14 a 17 de setembro, Maceió,AL. Informações: www.nefro2016.com.br.

Neurocirurgia – Congresso Brasileiro deNeurocirurgia, 6 a 10 de setembro, Bra-sília, DF. Informações: www.neurocirur-gia2016.com.br.

Neurologia – XXVII Congresso Brasileiro deNeurologia, 27 a 31 de agosto, Belo Horizon-te. Informações: www.neuro2016.com.br.

Neurologia e Psiquiatria Infantil – Reuniõescientíficas do departamento de Neurologiae Psiquiatria Infantil da AMMG. Informações:(31) 3247 1647. 1º Econtro da AssociaçãoBrasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantile Profissões Afins: Desafios e Possibilidadesda Criança Contemporânea. Capítulo SãoPaulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, 2 e 3de setembro, Juiz de Fora. Informações:www.encontroabenepi.com.br.

Oftalmologia – 60º Congresso Brasileiro deOftalmologia, 3 a 6 de setembro, Goiânia,GO. Informações: www.cbo2016.com.br.

Ortopedia e Traumatologia – Congresso Bra-sileiro de Cirurgia Minimamente Invasiva deColuna, 28 a 30 de julho, São Paulo. Infor-

mações: www.cominco.com.br. XIV Con-gresso Brasileiro de Reconstrução e Alon-gamento Ósseo, 8 a 10 de setembro, Belém,PA. Informações: www.reconstrucaoossea-belem.com.br. 48º Congresso Brasileiro deOrtopedia e Traumatologia, 17 a 19 de no-vembro, Belo Horizonte. Informações: (11)3033 2864.

Otorrinolaringologia – Reuniões científicasdo departamento de Otorrinolaringologia daAMMG. Informações: (31) 3247 1647. 46ºCongresso Brasileiro de Otorrinolaringologiae Cirurgia Cérvico Facial, 2 a 5 de novembro.Goiânia, GO. Informações: (11) 5053 7502.

Patologia – Reuniões Científicas do departa-mento de Patologia da AMMG. Informações:(31) 3247 1647.

Patologia Clínica – Reuniões científicas men-sais, nas últimas terças-feiras do mês. In-formações: (31) 3247 1605. 50º CongressoBrasileiro de Patologia Clínica/Medicina La-boratorial, 27 a 30 de setembro, Rio de Ja-neiro. Informações: (21) 3077 1400.

Pediatria – XII Jornada de Atualização emAmamentação, 13 de agosto, na sede daAMMG. Informações: www.smp.org.br. IICuidando dos Ouvidos, Nariz e Garganta dasCrianças, 9 e 10 de setembro, Belo Horizon-te. Informações: www.iapo.org.br. 23º Con-gresso Brasileiro de Perinatologia, 14 a 17de setembro, Gramado, RS. Informações:www.perinato2016.com.br. 2º CongressoBrasileiro de Nutrologia Pediátrica e 5º Sim-pósio Internacional de Nutrologia Pediátrica,28 de setembro a 1º de outubro, Belém, PA.Informações: www.nutroped2016.com.br.14º Congresso Brasileiro de Adolescência e1º Congresso de Especialidades Pediátricas,30 de outubro a 2 de novembro, CampoGrande, MS. Informações: www.adolescen-cia2016.com.br. 19º Congresso Brasileirode Infectologia Pediátrica, 2 a 5 de novem-

bro, Fortaleza, CE. Informações: www.infec-toped2016.com.br.

Pneumologia – Reuniões Científicas do de-partamento de Pneumologia da AMMG. In-formações: (31) 3213 3197. Simpósio dePneumologia Pediátrica, 28 de setembro, nasede da AMMG. Curso de Atualização, 19 denovembro, na sede da AMMG. Informações:www.ampmg.org.br. XXXVIII CongressoBrasileiro de Pneumologia e Tisiologia, 13a 16 de outubro, Rio de Janeiro. Informa-ções: www.sbpt.org.br/sbpt2016.

Psiquiatria – Reuniões Científicas do depar-tamento de Psiquiatria da AMMG. Informa-ções: (31) 3213 7457. XXXIV Congresso Bra-sileiro de Psiquiatria, 16 a 19 de novembro,São Paulo. Informações: www.cbpabp.org.br.

Radiologia – Reuniões Científicas do departa-mento de Radiologia da AMMG. Informações:(31) 3227 8544. Curso de Leitura Radiológicadas Penumoconioses – OIT, 10 a 13 de agosto,Belo Horizonte. Informações: (31) 3227 8544.X Congresso de Imaginologia da Mulher, 26 e27 de agosto, Belo Horizonte. Informações:www.cim2016.com.br. 45º Congresso Brasi-leiro de Radiologia, 13 a 15 de outubro, Curi-tiba, PR. Informações: www.cbr.org.br.

Reumatologia – Reuniões científicas do depar-tamento de Reumatologia da AMMG. Infor-mações: (31) 3247 1613. Congresso Brasileirode Reumatologia, 24 a 27 de agosto, Brasília,DF. Informações: www.sbr2016.com.br.

Tanatologia – Reuniões científicas do depar-tamento de Tanatologia da AMMG. Informa-ções: (31) 3247 1616. Curso Anual de Ta-natologia e Cuidados Paliativos, início emmarço, na sede da AMMG. Grupo de Aten-dimento a Enlutados: setembro a outubro,na sede da AMMG.

Terapia Intensiva – Curso para residentes e es-

pecializandos em Terapia Intensiva, todas asterças-feiras, na AMMG. Informações: (31)3222 3172 ou www.somiti.org.br. Cursos:ACLS – 23 e 24, 30 e 31 de julho, Belo Hori-zonte; 28 a 29 e 30 a 31 de julho, Juiz de Fora,MG; 6 e 7, 9 e 10, 13 e 14, 20 e 21 e 27 e 28de agosto, Belo Horizonte; 20 e 21 de agosto,Viçosa, MG e Itumbiara, GO; 27 e 28 de agos-to, Campo Grande, MT e Vitória, ES; 3 e 4,10 e 11, 13 e 14, 17 e 18, 19 e 22 e 24 e 25de setembro, Belo Horizonte. PVMA – 13 e14 de agosto, 10 e 11 de setembro, Belo Ho-rizonte; 17 e 18 de setembro, Belo Horizonte.ATLS – 28 a 30 de julho, 25 a 27 de agosto,15 a 17 de setembro, Belo Horizonte. BLS –27 de julho, Juiz de Fora, MG; 12 e 20 deagosto, 2 e 17 de setembro, Belo Horizonte.FCCS – 30 e 31 de julho, Belo Horizonte; 20e 21 de agosto, Sorocaba, SP. ECTE – 6 e 7de agosto, Belo Horizonte. GASU – 27 a 29de julho, Belo Horizonte. MAVIT – 5 e 6 deagosto, Alfenas, MG; 19 e 20 de agosto, Bau-ru, SP; 27 de agosto e 24 de setembro, BeloHorizonte. CITIN – 23 e 24 de julho, Belo Ho-rizonte. CITI – 13 de agosto, Belo Horizonte.TINP – 27 e 28 de agosto, Belo Horizonte.PICC US – 17 e 18 de setembro, Belo Hori-zonte. Curso para residentes: aulas de marçoa novembro. 8ª Jornada Integração Somiti –Sul de Minas, 9 e 10 de setembro, Pouso Ale-gre, MG. 9ª Jornada Integração Somiti – Nor-deste, 30 de setembro a 1º de outubro, Go-vernador Valadares, MG. 10º Jornada Inte-gração Somiti- Triângulo Mineiro, 28 e 29 deoutubro, Uberlândia, MG e 11º Jornada de In-tegração Somiti – Norte de Minas, 25 e 26 denovembro, Montes Claros, MG. Informações:(31) 3222 3172 ou www.somiti.org.br.

Urologia – Reuniões científicas do departa-mento de Urologia da AMMG. Informações:(31) 3213 7002.

Videocirurgia – Reuniões científicas do de-partamento de videocirurgia da AMMG. In-formações: (31) 3247 1628.

Alergia e Imunopatologia – Aulas do depar-tamento de Alergia e Imunologia da AMMG.Informações: (31) 3247 1647.

Anestesiologia – XXVI Jornada Mineira deAnestesiologia, 16 a 18 de setembro, Juiz deFora, MG. Informações: www.samg.org.br.63º Congresso Brasileiro de Anestesiologia,10 a 14 de novembro, Brasília, DF. Informa-ções: www.sba.org.br.

Angiologia e Cirurgia Vascular – Reuniõescientíficas do departamento de Angiologia eCirurgia Vascular da AMMG. Informações:www.sbacvmg.com.br ou (31) 3213 0572.VII Congresso Brasileiro de Ecografia Vas-cular, 7 a 10 de setembro, Belo Horizonte.Informações: www.ecografia2016.com.br.XIV Panamerican Congresso on VascularSurgery, 5 a 8 de outubro, Rio de Janeiro.Informações: www.pan2016.com.br.

Cancerologia – XV Congresso Brasileiro deOncologia Pediátrica, 15 a 19 de novembro,Rio de Janeiro. Informações: www.sobo-pe2016.com.br

Cardiologia – Curso nacional de reciclagemem cardiologia, 7 a 10 de setembro e de in-centivo à pesquisa e produção cientifica daSociedade Mineira de Cardiologia, 22 deoutubro, Belo Horizonte. Informações:www.smc.org.br. IV Jornada Mineira deCardiologia, 7 e 8 de outubro, Belo Hori-zonte. IV Simpósio de Imagem Cardiovas-cular e X Simpósio Ecocardiografia da So-ciedade Mineira de Cardiologia, 4 e 5 denovembro, Belo Horizonte. Informações:www.smc.org.br. XV Congresso Brasileirode Insuficiência Cardíaca,11 a 13 de agosto,Campos do Jordão, SP. Informações:www.sbc-deic.com.br. 71º Congresso Bra-sileiro de Cardiologia, 23 a 25 de setembro,Fortaleza, CE. Informações: www.congres-so.cardiol.br. XXIV Congresso Brasileiro deCardiologia Cardiovascular Pediátrica, 2 a

5 de novembro, Belo Horizonte. Informa-ções: www.cardioped2016.com.br.

Cirurgia Pediátrica – VII Congresso Iberoa-mericano de Cirurgia Pediátrica, 24 a 26de agosto, Lima, Peru. Informações:www.congresoiberoamericanocirugiape-diatrica2016.org. XXXIV Congresso Brasi-leiro de Cirurgia Pediátrica, 13 a 17 de no-vembro, Campo Grande, MS. Informações:www.cipe.org.br.

Cirurgia Plástica – 21º Jornada Mineira de Ci-rurgia Plástica, 6 a 8 de outubro, Belo Ho-rizonte. Informações: www.sbcpmg.org.br.53º Congresso Brasileiro de Cirurgia Plásti-ca, 11 a 15 de novembro, Fortaleza, CE. In-formações: www2.cirurgiaplastica.org.br.

Clínica Médica – Reuniões científicas do de-partamento de Clínica Médica da AMMG. In-formações: (31) 3247 1613. IX CongressoMineiro de Clínica Médica, V Congresso Mi-neiro de Medicina de Urgência e Emergênciae II Congresso da Liga Acadêmica de ClínicaMédica, 6 a 8 de outubro, na sede da AMMG.Informações: (31) 3247 1613.

Coloproctologia – Reuniões científicas dodepartamento de Coloproctologia daAMMG. Informações: (31) 3247 1647 ouwww.smcprocto.com.br. 65º CongressoBrasileiro de Coloproctologia, 9 a 11 de ou-tubro, São Paulo. Informações: www.colo-proctologia2016.com.br.

Dermatologia – Reuniões científicas do de-partamento de Dermatologia da AMMG: 6de agosto e 1º de outubro. Jornadas cientí-ficas: 18 e 19 de novembro. Informações:(31) 3247 1627. I Simpósio Internacionalde Cabelos e Unhas da Sociedade Brasileirade Dermatologia, 21 a 23 de julho, Belo Ho-rizonte. Informações: www.sbd.org.br. 71ºCongresso Brasileiro da Sociedade Brasileirade Dermatologia, 7 a 10 de setembro, Porto

Alegre, RS. Informações: www.sbd.org.br.9º Simpósio de Cosmiatria e Laser e 3º Te-raRio. 20 a 22 de outubro, Rio de Janeiro.Informações: www.sbd.org.br.

Endocrinologia e Metabologia – Educaçãomédica continuada do departamento de En-docrinologia e Metabologia da AMMG. In-formações: (31) 3247 1605. Congresso Bra-sileiro de Endocrinologia e Metabologia, 20a 24 de setembro, Costa do Sauípe, BA. In-formações: www.cbem2016.com.br. 7º Con-gresso Brasileiro de Densitometria Óssea,Osteoporose e Osteometabolismo, 29 de ou-tubro a 1º de novembro, Joinville, SC. Infor-mações: www.bradoo.com.br. CongressoLatinoamericano de Diabetes, 4 a 8 de no-vembro, Bogotá, Colômbia. Informações:www.congresoalad2016.com.

Endoscopia Digestiva – Reuniões Científicasdo Departamento de Endoscopia Digestivada AMMG. informações: (31) 3247 1647 ouwww.sobedmg.org.br.

Gastroenterologia – Reuniões científicas dodepartamento de Gastroenterologia daAMMG. Informações: (31) 3247 1647 ouwww.sgnmg.org.br. II Encontro Minas Rio deHepatologia, 15 a 16 de setembro, Juiz de Fora,MG. Informações: www.sbhepatologia.org.br.XV Semana Brasileira do Aparelho Digestivo,29 de outubro a 2 de novembro, Belo Hori-zonte. Informações: www.sbad.org.br.

Geriatria e Gerontologia – Reuniões científicasdo departamento de Geriatria e Gerontologiada AMMG. Informações: (31) 3247 1640.

Ginecologia e Obstetrícia – V CongressoBrasileiro de Endometriose e Cirurgia Mi-nimamente Invasiva, 29 de setembro a 1ºde outubro, São Paulo. www.endometrio-se2016.com.br. Congresso Brasileiro deReprodução Humana, 3 a 5 de novembro,São Paulo. Informações: www.sbrh.org.br.

Hematologia – XX Congresso da SociedadeBrasileira de Transplante de Medula Óssea,24 a 27 de agosto, Fortaleza, CE. Informa-ções: www.sbtmo2016.com.br. Hemo 2016,10 a 13 de novembro, Florianópolis, SC. In-formações: www.hemo.org.br.

Homeopatia – XXXIII Congresso Brasileiro deHomeopatia, 3 a 6 de setembro, Mato Gros-so do Sul, MS. Informações: www.congres-sodehomeopatia.com.br.

Infectologia – Reuniões científicas do de-partamento de Infectologia da AMMG. In-formações: (31) 3247 1616 ou www.mi-nasinfecto.com.br. XV Congresso Brasilei-ro de Controle de Infecção e EpidemiologiaHospitalar, 9 a 12 de novembro, Belo Ho-rizonte. Informações: www.controledein-feccao2016.com.br.

Mastologia – Reuniões do Grupo Multidisci-plinar de Estudos em Câncer de Mama, BeloHorizonte. Informações: (31) 3247 1613.

Medicina da Família e Comunidade – 21ºConferência Mundial de Médicos da Famíliada Wonca, 2 a 6 de novembro, Rio de Ja-neiro. Informações: www.wonca2016.com.

Medicina de Urgência e Emergência – IX Con-gresso Mineiro de Clínica Médica, V Congres-so Mineiro de Medicina de Urgência e Emer-gência e II Congresso da Liga Acadêmica deClínica Médica, 6 a 8 de outubro, na sede daAMMG. Informações: (31) 3247 1613.

Medicina do Exercício e do Esporte – Reu-niões científicas mensais do departamentode Medicina do Exercício e do Esporte daAMMG. Informações: (31) 3247 1605. 34ºCongresso Mundial de Medicina do Esporte,29 de setembro a 2 de outubro, Istambul,Turquia. Informações: www.fims2016.org.br.28º Congresso Brasileiro de Medicina doExercício e do Esporte, 13 a 15 de outubro,

AGENDA C IENT ÍF ICA

Belo Horizonte sedia, nos dias26 e 27 de agosto, em Belo Hori-zonte, o X Congresso de Imagino-logia da Mulher. O encontro temcomo temas científicos as ‘Tendên-cias no rastreamento do câncer demama’, as ‘Novas tecnologias nodiagnóstico do câncer de mama’,‘Medicina fetal’, ‘Up to date em ul-trassom ginecológico e atualiza-ção em endometriose’ e ‘Atualiza-ção no acompanhamento ultras-sonográfico da gestação de altorisco e de risco habitual’. Serão rea-lizadas conferências e mesas re-dondas com especialistas e pes-quisadores dos estados de Minas

Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.Assuntos atuais como ‘Alteraçõesultrassonográficas na infecção fe-tal por Zika Vírus’ também estarána pauta de discussões do evento.

O congresso é voltado para médi-cos radiologistas, ginecologistas eobstetras, mastologistas, acadêmi-cos e residentes. Mais informa-ções: www.cim2016.com.br.

Imaginologia da Mulher em pautaReprodução

Organizada pela Academia Bra-sileira de Neurologia (ABN), acon-tece nos dias 27 a 31 de agosto, emBelo Horizonte, o XXVII CongressoBrasileiro de Neurologia. Serão ofe-recidos cursos pré-congresso comas aulas sobre ‘Neurologia cogniti-va’, ‘Acidente vascular cerebral’, ‘So-no’, ‘Neurofisiologia clínica’, ‘Neu-

ropatias periféricas’, ‘Neurologiainfantil’, ‘Neurogenética, dentreoutros. Conferências plenárias,mesas redondas e workshops, con-tarão com inúmeros convidadosnacionais e internacionais; alémda apresentação de temas livresorais e pôsteres com as temáticasque vão desde a neuroimulogia,

passando pelos transtornos domovimento, até a neurogenética.O objetivo do encontro é aqueceras discussões tanto para os quedesenvolvem atividade assisten-cial, predominantemente, quantopara os que atuam em ambientesacadêmicos. Mais informações:www.neuro2016.com.br.

Belo Horizonte recebe neurologistasAcontece, em Belo Horizonte,

o 1º Encontro da Associação Brasi-leira de Neurologia e Psiquiatria In-fantil e Profissões Afins: Desafios ePossibilidades da Criança Contem-porânea. Capítulo São Paulo, MinasGerais e Rio de Janeiro, em Juiz deFora (MG), nos dias dois e três desetembro. Serão realizadas grandes

conferências e mesas redondas,com palestrantes com larga expe-riência dos três estados. Dentre ostemas das palestras estão: o ‘Desen-volvimento cerebral e o vírus zika’e ‘A criança contemporânea’. Nasmesas redondas serão discutidos:‘Os desafios do tratamento/acom-panhamento do TDAH e contem-

poraneidade’, ‘O impacto real sobrea aprendizagem dos medicamentosusados em neurologia e psiquiatria’e ‘Desafios da irritabilidade crônicanão episódica na infância e a evo-lução longitudinal do TranstornoDisruptivo da Desregulação do Hu-mor’. Mais informações: www.en-controabenepi.com.br.

1º Encontro Abenepi Minas, Rio e SP

No dia 13 de agosto, na sededa AMMG, será realizada a XII Jor-nada Mineira de Atualização emAmamentação. A abertura será fei-ta com a premiação ao ‘Defensor(a) da Amamentação 2016 - Co-mitê de Aleitamento Materno/So-ciedade Mineira de Pediatria’. Serãoministradas palestras e mesas re-dondas sobre: ‘Porque investir emaleitamento materno?’, ‘Efeitos emlongo prazo do aleitamento ma-terno’, ‘Problemas comuns no alei-tamento materno’, ‘Aleitamentomaterno e desenvolvimento sus-tentável’ e ‘O Método Canguru eo aleitamento materno’. Palestran-tes de Minas Gerais, Rio Grandedo Sul e São Paulo, abordam os tó-picos com as linhas de pensamen-to mais atuais em sintonia com aOrganização Mundial da Saúde(OMS). A data limite para enviodos pôsteres é até oito de agosto.Mais informações: (31) 3224 0857ou www.smp.org.br.

A Associação Médica de MinasGerais (AMMG) sedia, de seis a oitode outubro, o IX Congresso Mineirode Clínica Médica, V Congresso Mi-neiro de Medicina de Urgência eEmergência e II Congresso da LigaAcadêmica de Clínica Médica. Te-mas como dor torácica, cefaleia,diagnósticos de diferentes tipos deanemia, distúrbios do sódio, abor-dagem inicial e conduta nos diversostipos de choque, insuficiência car-díaca, pneumonia e cirrose serãotratados em mesas redondas comgrandes especialistas do estado e deoutras localidades do país. Os de-bates giram em torno dos atendi-

mentos feitos nos pronto atendi-mentos e durante a internação. Ca-sos clínicos serão discutidos comoforma de auxiliar a melhor aborda-gem dos profissionais e também dos

estudantes de medicina. Ainda seráministrada uma palestra com o focona relação médico e paciente demodo a melhorar essa interface.Mais informações: (48) 3047 7600.

Congresso Mineiro de Clínica MédicaReprodução

Jornada deAtualização emAmamentação

Será realizado nos dias 14 a 17de setembro, em Maceió (AL), oXXVIII Congresso Brasileiro de Ne-frologia. Além das novidades emnível mundial trazidas por pales-trantes da Canadá, Espanha, Esta-dos Unidos, França, Itália, Portugale Suécia, serão abordados os aspec-tos práticos da rotina do nefrolo-gista clínico. Os participantes po-derão se inscrever em cursos pré-congresso sobre ‘Ultrassonografiapoint of care em Nefrologia - es-tendendo os sentidos dos nefrolo-gistas’, ‘Patologia renal’, ‘DistúrbioMineral e Ósseo da DRC’, ‘Nefro-logia intervencionista’, dentre ou-tros. Temas atuais sobre ‘Transplan-te renal’, ‘Nefropatias hereditárias:novas perspectivas de diagnósticoe de terapêutica’, ‘CardiomiopratiaUrêmica: um debate cardio-nefro-lógico?’. Os tópicos serão debatidosem mesas redondas, conferênciase mini-conferências. Mais informa-ções: www.nefro2016.com.br.

Nefrologistasreúnem-se emevento

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A Associação Médica de Minas Geraisrealiza, no dia 13 de agosto, a Reunião Mul-tidisciplinar sobre ‘Comportamentos deRisco à Saúde’. A coordenação do encontroé do Setor Científico da AMMG, em par-ceria com a Associação Mineira de Psiquia-tria (AMP). Segundo os diretores Científicosda AMMG, Luciana Costa e Agnaldo Lima,o objetivo é debater os comportamentosde risco em diversas situações que incluema adolescência, juventude, senescência, otrabalho e fatores que podem levar ao cân-cer. Serão abordadas também a influênciado ‘Jogo patológico – características e tra-tamentos’, ‘Internet, smartphones e a de-pendência digital’, ‘Tabaco, álcool e gravi-dez’ e ‘Prevenção do uso de drogas: o quede fato queremos prevenir’.

Sob o jogo patológico, pesquisas daUniversidade Federal de São Paulo (Uni-fesp) apontam que os jogos de azar vêmse tornando cada vez mais populares emvários países, inclusive no Brasil. Frente aoestímulo para jogar, pouco tem sido feitoem termos de prevenção, pesquisas ou tra-tamento no país.

Outro tema que traz dados alarmantese que será debatido durante o evento será‘Prevenção do uso de drogas: o que de fatoqueremos prevenir’. Dados da pesquisa‘Conhecer e Cuidar’, da UFMG, realizadaa pedido da prefeitura da capital para em-basar políticas públicas, que será divulgadaintegralmente em agosto, mostra dentreoutras coisas, que a cada 100 belo-horizon-tinos, 16 enfrentam problemas. Dos 408mil, 156.940 (6,3% da população) são ‘de-pendentes químicos’ e 251.602 (10%) fa-zem ‘uso abusivo’ das substâncias – quando

o consumo já é suficiente para causar ma-lefícios sociais, biológicos e psicológicos navida do usuário.

Participam do encontro, Associaçãodos Ginecologistas e Obstetras de MinasGerais (Sogimig), Associação Mineira deMedicina do Trabalho (Amimt), SociedadeBrasileira de Endocrinologia e Metabologia– Regional MG (Sbem-MG), Sociedade Mi-neira de Pediatria (SMP), Sociedade Mineirade Pneumologia e Cirurgia Torácica(SMPCT), e Sociedade dos Acadêmicos deMedicina de Minas Gerais (Sammg).

A Reunião Multidisciplinar é promovidapela AMMG na sede da entidade. Informa-ções e inscrições pelo site: [email protected] ou (31) 3247 1619.

Estudo realizado pela Sociedade Brasileirade Nefrologia (SBN) aponta que, nos últimos20 anos, o número de pacientes com doençarenal crônica (DRC) em programa de diálisetriplicou e a prevalência passou de 200 a 600pacientes por milhão da população. Entre-tanto, o número de Centros de Nefrologianão acompanhou este crescimento, colocan-do em risco a assistência e a vida de milharesde pessoas. O último censo revelou que ape-nas 7% dos municípios brasileiros têm serviçosde Terapia Renal Substitutiva (TRS).

O presidente da Sociedade Mineira deNefrologia (SMN), José de Resende BarrosNeto, explica que são realizados cerca de50% do número de transplantes renais ne-cessários no Brasil. De acordo com o espe-cialista, o maior problema relacionado aotransplante é a baixíssima captação de ór-gãos, principalmente, quando observada aalta demanda. “O transplante exige profis-sionais qualificados e um centro altamenteestruturado para tratar esses pacientes, difi-cultando sua instalação em municípios me-nores por questões óbvias. Com relação aonúmero de equipes, o maior problema é ofato de estarem distribuídas de forma muitoheterogênea pelo território brasileiro, sobramnas regiões Sul e Sudeste e faltam na Norte.”

Ele acrescenta que a maioria dos pa-cientes que recebe tratamento crônico dediálise inicia o programa desconhecendoa patologia. Os atendimentos de emergên-cia em hospitais públicos são os primeirospara mais de 70% dos pacientes. A partirdisso, há o redirecionamento ao centro dediálise mais próximo de suas residências,em muitos casos, após terem iniciado umtratamento dialítico como pacientes inter-nados. Segundo Neto, uma pequena fraçãoé encaminhada a partir dos consultóriosmédicos, sobretudo, porque a maioria dosmunicípios não tem centros de referênciaou nefrologistas atuando na rede de assis-tência. “Menos de 30% dos profissionaisatendem no sistema público de saúde. Afalta de acompanhamento prévio com oespecialista implica numa preparação in-completa do doente para a diálise, o quepode agravar suas condições clínicas.”

O cenário, ainda de acordo com o mé-dico, é de um aumento contínuo da DoençaRenal Crônica, tendo implicações na vidados indivíduos, de suas famílias e nos siste-mas de saúde, o que faz com que haja umanecessidade de implantação de uma políticaque estimule a expansão de centros na maio-ria dos municípios e estados brasileiros. 

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JORNAL DAassociação

médica

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ESPECIALIDADEESPECIALIDADE

Com prefácio do oftalmologista Elisa-beto Ribeiro Gonçalves, presidente do De-partamento de Oftalmologia da AMMG ecoordenador do Conselho de Diretrizes eGestão do Conselho Brasileiro de Oftalmo-logia (CBO), foi lançado em junho, o livroOftalmologia na Prática Clínica. A obra dis-põe de temas atualizados sobre o espectrodas doenças oculares e das principais causasda cegueira. A publicação teve a coordena-ção do professor titular do departamentode oftalmologia da UFMG, chefe do serviçode retina e vítreo do Hospital São Geraldo(HC/UFMG) e do Instituto da Visão, MárcioNehemy e do médico Elke Passos. Ao todo33 colaboradores participaram desta edi-ção. Mais informações: www.folium.com.br.

1 - Reajuste emergencial das sessões dehemodiálise de pacientes soronegativospara valor similar ao dos pacientes so-ropositivos para HIV e hepatites C e B;

2 - Revisão de pontos da Portaria 389, de13 de março/2014, publicada pelo Mi-nistério da Saúde, que define os crité-rios para a organização da linha de cui-dado da pessoa com DRC e institui in-centivo financeiro de custeio destinadoao cuidado ambulatorial pré-dialítico;

3 - Capacitação dos integrantes das equi-pes de saúde sobre a importância doencaminhamento precoce ao especia-lista (nefrologista), principalmente, da-queles pertencentes aos grupos de ris-co. O encaminhamento tardio, além dedificultar a adequada orientação ao pa-ciente que inicia a TRS, é acompanhadopor maiores taxas de hospitalização ecomplicações clínicas, e também demaior mortalidade.

Para evitar o colapso do sistema, o descredenciamento maciço de unidadesdo SUS e a morte de pacientes aguardando tratamento, a SBN e a SMN soli-citam atenção para alguns aspectos:

Em focoEstudo dá novo caminho

Ao longo do trato gastrointestinal, neurôniosagem para regular como os alimentos se movem atra-vés do sistema digestivo e para comunicar ao imu-nológico o surgimento de possíveis ameaças, comovírus e bactérias. O estudo é da Universidade de Du-ke, nos Estados Unidos, e foi publicado na edição dejunho da Revista Nature Communications. Para o coor-denador da pesquisa, Xiling Shen, a partir dessas in-formações será possível analisar melhor a fisiologiade uma série de doenças do aparelho digestivo.

Antidepressivos na berlindaA maioria dos antidepressivos prescritos é inefi-

caz para crianças e adolescentes, e alguns podemnão ser seguros, alerta uma pesquisa publicada narevista, em 9 de junho, The Lancet. Das 14 substânciasestudadas, apenas uma amenizou os sintomas dadepressão. Realizada pela Universidade de Oxford,no Reino Unido, ela coloca em dúvida a eficácia eo risco de danos graves, já que os ensaios clínicossão poucos e controversos. A falta de dados indivi-duais também contribui para a confiabilidade na se-gurança dos medicamentos.

Além do cérebroPesquisadores da Faculdade de Medicina da Har-

vard, nos Estados Unidos, descobriram o que faz comque alguns indivíduos dentro do espectro autista te-nham sensibilidade extrema ao toque. Segundo eles,isso pode acontecer devido a falhas ou mutações ge-néticas em nervos dos braços, pernas, mãos, dedos epele, os chamados nervos periféricos, que enviam in-formações sensoriais ao cérebro. O estudo foi publicadona edição de junho, da revista Cell. Acreditava-se queessas desordens eram, basicamente, em nível cerebral.

Banco de dadosA Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

criou, este ano, o primeiro banco de dados no Brasilcom irmãos gêmeos para subsidiar pesquisa na áreada saúde. De acordo com um dos coordenadoresdo projeto, Daniela Junqueira, ao estudar gêmeos épossível saber se uma doença é mais frequente entreindivíduos geneticamente iguais, em comparaçãocom aqueles geneticamente heterogêneos. O projetoestá sendo desenvolvido com o apoio do RegistroAustraliano de Gêmeos, sediado na Universidadede Melbourne (Austrália).

Café não é seguroA Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou

o café da lista de bebidas que podem causar câncer.Mas lembra que seu consumo em temperaturas ele-vadas (acima de 65ºC), assim como o do mate, podeprovocar a doença no esôfago. O alerta foi publica-do no dia 15 de junho por 23 cientistas no âmbitoda Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer.O café, por 25 anos, esteve no grupo 2B, como pos-sivelmente cancerígeno. Pela nova avaliação foi re-baixado para o 3B, de menor probabilidade de risco,mas ainda sem a classificação de seguro.

Atualização científicaO Jornal da AMMG publica sugestões de ar-

tigos médicos avaliados pelo Conselho Científico daentidade. Nesta edição, o médico da família e co-munidade, Ricardo Alexandre de Souza, comenta oartigo sobre a importância da compreensão médicado indivíduo e sua família.

DIGIOIA III, Anthony M; GREENHOUSE, PamelaK. Creating Value with the Patient- and Family-Centered Care Methodology and Practice: WhatTrainees Need to Know, Why, and Strategies forMedical Education, [S.L], v.18, n. 1, p. 33-39,jan 2016.

A ética do cuidado estabelece, de forma clara,que esteja ligada à saúde e leve em conta a aliançamutuamente respeitosa. Compreender a pessoa co-mo um todo e sua família, além do seu contexto é oprimeiro passo para valorizar o compromisso de mu-tualidade. O modelo médico tradicionalmente loca-liza a patologia dentro de um indivíduo. O sistêmico,usado para compreender famílias, trabalha com asinterações e vê os problemas manifestando-se entreas pessoas. Cada um esta� inserido em múltiplos con-textos, que incluem o financeiro, físico, histórico, es-piritual e cultural. Dentre os mais próximos ao indi-viduo está o familiar, que o acompanha durante todaa vida, sendo reconstruído a cada interação e etapa.

Sabemos que família é um complexo sistema deorganização, com crenças, valores, práticas desen-volvidas e ligadas diretamente às transformações dasociedade, em busca da melhor adaptação possívelpara a sobrevivência de seus membros como um to-do (Minuchin, 1981).

No artigo selecionado é relembrada a discussãoque Porter e Teisberg (2006) fazem sobre a importânciada experiência por parte dos pacientes, com satisfaçãoexcepcional e melhores resultados clínicos, levando amaior adesão e vínculo. No desenvolvimento disso,uma das ferramentas destacada é, justamente, a valo-rização da abordagem centrada na pessoa e em suafamília. Trazer esta família para participar da tomadade decisão e, ativamente, do processo de cuidado nãosó aprimora a qualidade, mas diminui o número de er-ros na interpelação do problema e danos desnecessá-rios ao paciente. O poder ético da abordagem centradana pessoa e na família transcende esta necessidade,mas não a releva a segundo plano, e se dá pelo respeitoda opinião dos envolvidos e em sua autonomia.

Esta metodologia de abordagem pode ser utilizadapor todos os especialistas, mesmo que de forma ob-jetiva e rápida, fomentando uma sensibilidade na abor-dagem das questões familiares e suas interações dosproblemas mais simples às doenças mais graves. Co-nhecer as ferramentas e praticá-las é a melhor maneirapara reconhecer a questão. Ter em mente que as fa-mílias são parte importante da solução e, muitas vezes,do problema, deve ser nossa preocupação diária.

4O trabalho pode ser encontrado na Biblioteca VirtualCDC-AMMG. Informações www.cdc.inf.br ou (31)3247 1633.

Centros de diálisereduzem serviços

Clóvis Campos

Multidisciplinar abordacomportamentos de risco

Oftalmologia na Prática Clínica

A diretora científica da AMMG, LucianaCosta, fala da importância do debateabranger diversas fases da vida

Pacientes com doença renal crônica sofrem com a redução dos serviços de diálise no Brasil

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Page 10: APAGÃO DA APAGÃO DA

O que estou lendo

“O autor encarou asmontanhas do Tibet, em2003, e mal sabia que es-tava embarcando numaviagem para dentro de simesmo, chegando à con-clusão que nós, ocidentais,acreditamos em padrõesexagerados de realizaçãopessoal, através de cami-

nhos desprovidos de significado.”

Fotos: Clóvis Campos

“Uma jovem espanho-la, no século XVI, vai ao Pe-ru em busca de seu marido.Mas encontra Pedro de Val-dívia, com quem tem umromance e enfrenta os ris-cos e as incertezas da con-quista e fundação do Chile.

A obra narra o papel dessa forte mulher que par-ticipou ativamente na colonização deste país.”

O Espaço Cultural Otto Cirne, na sededa Associação Médica de Minas Gerais(AMMG), recebe até o final de julho, a mostracom a temática de centros urbanos contem-porâneos - contemplando Hong Kong, Lon-dres, a Cidade Proibida em Beijing, Shangai,Roma e Veneza -, do pintor e economistaMarcelo A. De Paula. As telas utilizam a téc-nica de pintura a óleo com foco na lingua-gem figurativa.

Com cursos de pintura realizados na Es-cola de Belas Artes da Universidade Federalde Minas Gerais (UFMG), a arte começou afazer parte da história de De Paula como ati-vidade profissional, a partir de 1998, aindacomo autodidata. “A conciliação com minhacarreira de economista requer um grandeesforço de trabalho e dedicação, uma vezque ambas as atividades demandam umcontínuo estudo para o seu exercício. Apesardisso, a motivação para conciliar o interessepor esses dois temas reside nos intensos efascinantes desafios que tanto a economiacomo a pintura são capazes de proporcio-nar”, comentou.

Dentre os diversos artistas que influen-ciam as obras de De Paula, destacam-se ospintores italianos Ticiano Vecellio, Canaletto,John Singer Sargent, o americano EdwardHopper e o carioca Sérgio Telles.

De Paula, explica que a partir de 2002,após frequentar os cursos de pintura na Es-cola de Belas Artes da UFMG, com um dosmais respeitados aquarelistas brasileiros, Má-rio Zavagli, a temática dos trabalhos veio sen-do centrada, principalmente, na representa-ção de paisagens urbanas.

Segundo o artista, os primeiros estágiosde todos os projetos de pintura têm comoreferência registros fotográficos feitos in lo-co, por ele mesmo, de paisagens urbanas.

“Toda a fotografia ou parte da mesma servede base inicial para a concepção do traba-lho. Por fim, recursos de computação gráficasão extensamente utilizados na manipula-ção de todas as imagens, com a finalidadede desenvolver as primeiras concepções es-téticas. Cabe ressaltar que nessas primeirasetapas são igualmente definidos os elemen-tos de desenho necessários para a consecu-ção do trabalho final em pintura a óleo. Elessão sempre elaborados com materiais domais alto padrão”, pontuou.

A mostra com a temática Espaços Urba-nos Contemporâneos fica aberta à visitaçãoaté o final do mês de julho. As obras serãocomercializadas. O Espaço Cultural Otto Cir-ne está localizado no hall de entrada daAMMG e é destinado à exposição de obrasde arte de autoria de associados e seus de-pendentes. Médicos não associados e artistasnão médicos podem utilizar o espaço, de-pendendo da disponibilidade na agenda. In-formações com a Assessoria de Comunica-ção da AMMG: (31) 3247 1608 ou [email protected].

Flores e paisagens

O Espaço Cultural Otto Cirne recebeu,durante o mês de junho, a mostra ‘Flores efolhagens’, de Sandra Façanha. As telas foramproduzidas na técnica de óleo sobre tela.Nascida no Amapá, Façanha revelou que co-meçou a se interessar pela pintura ainda nainfância. Há mais de 30 anos em Belo Hori-zonte, a artista, no decorrer da última década,fez alguns importantes cursos, dentre eles, ode desenho da Escola de Belas Artes da Uni-versidade Federal de Minas Gerais, reforçan-do ainda mais seu talento e a particularidadede seus traços.

Mostra apresentaespaços urbanos Ivan Curtiss

Silviano BrandãoDermatologista

A Morada dos Deuses

Carlos Tramontina (Editora Sá)

Rodrigo Gomes da Silva Coloproctologista

Inés da Minha Alma

Isabel Allende (Bertrand Brasil)

Junho/Julho 2016 • Página 19

JORNAL DAassociação

médica

CULTURA

Tina Carvalhais

Sara Helena SoaresEstudante de medicina

Para Sempre Alice

Lisa Gênova (Nova Fronteira)

Página 18 • Junho/Julho 2016

JORNAL DAassociação

médica

COMUNIDADE

Ações alertam para os males do tabaco

Sociedades promovem treinamento de RCP

Dados da Organização Mun-dial da Saúde (OMS) apontam cer-ca de seis milhões de mortes decor-rentes do tabagismo, anualmente,sendo 130 mil delas somente noBrasil. Para lembrar a data, açõeseducativas marcaram as comemo-rações do Dia Mundial sem Tabaco,em 31 de maio. As atividades forampromovidas pela Comissão de Ta-bagismo Alcoolismo e Uso de Ou-tras Drogas da Associação Médicade Minas Gerais (Contad-AMMG),Hospital das Clínicas da Universi-dade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG) e Secretaria Municipal deSaúde de Belo Horizonte (SMS-BH).No hall de entrada do HC, médicose profissionais da saúde fizeram amedição de monóxido de carbonono ar expirado, distribuíram panfle-tos, realizaram abordagem aos fu-mantes e exibiram vídeos.

Neste ano, o tema mundial dacampanha foi ‘Embalagens padro-nizadas dos produtos do tabaco’.De acordo com a pneumologistae presidente da Contad-AMMG,Maria das Graças Rodrigues, o ob-jetivo das ações foi incentivar ospaíses a reforçarem as restriçõessobre a rotulagem, publicidade,promoção e patrocínio envolven-do os produtos do tabaco, já quea indústria, além de colocar aditi-vos para dar sabor e aroma a estes

produtos, vem intensificando seusinvestimentos nas caixinhas e noseu posicionamento nos pontosde venda como principal instru-mento para a captação de poten-ciais consumidores.

A adoção de embalagens pa-dronizadas foi implantada na Aus-trália, em 2012, com resultados po-sitivos no controle do tabagismo.No momento, outros países se pre-param para esta medida, como Ca-nadá, Nova Zelândia, Irlanda doNorte, Índia, Turquia, África do Sule países da União Europeia.

No Brasil, há dois Projetos de Lei(PL) tramitando no Senado Federalsobre a instituição de embalagenspadronizadas para produtos à basede tabaco. O PL 103/2014, do Se-nador Rodrigo Rollember e o PL769/2015, do Senador José Serra.

A Sociedade Mineira de Tera-pia Intensiva (Somiti), departamen-to científico da Associação Médicade Minas Gerais (AMMG), promo-veu no dia 1º de junho, o treina-mento de Ressuscitação Cardio-pulmunar (RCP) utilizando apenasas mãos, na sede da entidade. Acapacitação marcou a campanhamundial da American Heart Asso-ciation (AHA): ‘RCP só com asmãos’, realizada do dia 1º a seis dejunho, com o objetivo de orientara população sobre como procederdiante de uma pessoa vítima de pa-rada cardíaca súbita, acionando oserviço de resgate de urgência.

A Sociedade Mineira de Pedia-tria (SMP), com apoio da Faculda-de de Medicina da UFMG e da Li-ga Acadêmica de Simulação emSaúde da UFMG (Lass), também sejuntou à campanha. Foi treinado opúblico leigo, com destaque para

os garis na Gerência Regional deLimpeza Urbana, além da habilita-ção de estudantes e professores daUFMG que passaram pela praçade serviço da faculdade.

De acordo com a AHA, maisde 80% das paradas cardíacas sú-

bitas acontecem fora do ambientehospitalar e quase 15% ocorremem vias públicas ou em áreas degrande concentração de transeun-tes. Destas vítimas, 92% não sobre-vivem. O Brasil registra cerca de350 mil óbitos por infarto todos os

anos, e metade das vítimas faleceem até uma hora a partir da mani-festação dos primeiros sintomas.

Para a gestora de qualidade daSomiti, a intensivista Maria Apare-cida Braga, esses casos são assisti-dos, frequentemente, por pessoasque não sabem o que fazer frentea uma situação de emergência esão, na maioria das vezes, leigas ede idades variadas. “Essa estatísticapode melhorar se o indivíduo quetestemunha uma situação de emer-gência tem a simples habilidade deaplicar corretamente as manobrasde reanimação cardiopulmonar”,comenta a especialista.

Clóvis Campos

Douglas Barbosa

Contad-AMMG, em parceria com o Hospital das Clínicas da UFMG eSecretaria Municipal de Saúde, alerta para os males do cigarro

Funcionários da AMMG passam por treinamento de RessuscitaçãoCardiopulmonar, promovido pela Somiti

No dia 21 de maio, a Socieda-de Mineira de Cardiologia (SMC),em parceria com a AMMG e a So-ciedade dos Acadêmicos de Medi-cina de Minas Gerais (Sammg),também promoveu ação para co-memorar o Dia Mundial Sem Ta-baco. As atividades foram realiza-das no Mercado Central de BeloHorizonte, onde especialistas me-diram a pressão arterial e glicemia

e distribuíram material educativocom alertas sobre os fatores de ris-co cardíacos ligados ao consumodo cigarro. A ação foi gratuita econtou com o apoio do Laborató-rio Hermes Pardini.

O tabagismo é a principal cau-sa de morte evitável e importantefator de risco para o desenvolvi-mento de Doenças Crônicas NãoTransmissíveis, como são os casos

das doenças cardiovasculares, pul-monares e os cânceres. Dados doMinistério da Saúde (MS) apontamo tabaco como o responsável por200 mil mortes por ano no Brasil:responde por 25% das mortes cau-sadas por infarto do miocárdio eangina de peito, 45% das mortespor infarto do miocárdio na faixade idade abaixo dos 65 anos, e 90%dos casos de câncer de pulmão.

Cardiologia contra o cigarro

RCP somentecom as mãos

“Alice é uma professora mui-to conceituada em Harvard e aocompletar seus 50 anos é diag-nosticada com Alzheimer. O li-vro é um relato agonizan-te de como esta doençavai nos tirando aquiloque temos de mais pre-cioso na vida: nossaslembranças. Um livroinesquecível!” 

Page 11: APAGÃO DA APAGÃO DA

Remetente: Associação Médica de Minas Gerais - Av. João Pinheiro, 161 - Centro - CEP 30130-180 - Belo Horizonte - MG

Página 20 • Junho/Julho 2016

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CULTURA

Terça Cultural questiona o livre arbítrioA liberdade de escolha vem

sendo discutida pelos pensadorese filósofos ao longo das últimasdécadas, desde Santo Agostinhode Hippona, no século III, depoisde Cristo (d.C), com sua obra pri-ma ‘De Liberus Arbitrii’. Na obra,datada de 395, escrita na formade diálogo do autor com o seuamigo Evódio, Santo Agostinhoelabora algumas teses a respeitoda liberdade humana e aborda aorigem do mal moral. Este debateserá trazido para a Associação Mé-dica de Minas Gerais (AMMG), nodia dois de agosto, às 19h30, pelointegrante da Academia Mineirade Medicina (AMM) e professorda Faculdade de Ciências Médicase da Pós-graduação da Santa Casade Misericórdia de Belo Horizonte,Geraldo Magela Gomes da Cruz.O tema é polêmico e, muitas ve-zes, a palavra tem o mesmo signi-ficado que a expressão liberdade.No entanto, como esclarece Cruz,Santo Agostinho diferenciou cla-ramente esses dois conceitos. Sen-do que o primeiro leva a possibi-lidade de escolher entre o bem eo mal; enquanto que a liberdadeé o bom uso do livre arbítrio. Istosignifica que nem sempre o ho-mem é desprovido de amarrasquando põe em uso a sua liberda-de de escolha, depende sempre decomo usa essa característica, se-gundo o filófofo. Assim, o signifi-cado está mais relacionado com

a vontade. Porém, uma distinçãoentre os dois é que querer é umato ou ação, enquanto que o serlivre é uma faculdade.

De acordo com os pensadores,livre arbítrio significa juízo livre, ouseja, é a capacidade de escolha pe-la vontade humana. É uma crençareligiosa ou uma proposta filosó-fica que defende que a pessoa temo poder de decidir as suas ações epensamentos segundo o seu pró-prio desejo e crença. O conceitotem implicações religiosas, psico-lógicas,  filosóficas, morais e atémesmo científicas.

De acordo com Magela, o as-sunto aborda o homem em todosos seus aspectos, começando pelosseus registros biológicos, até chegaràqueles que foram adquiridos e ar-mazenados ao longo de sua vida.

Para a filosofia, sua origem estáno ‘Determinismo’, que defendeque todos os acontecimentos sãocausados por fatos anteriores. Paraa ciência da filosofia, o indivíduofaz exatamente aquilo que tinhade fazer, seus atos são inerentes asua vontade, e ocorrem com a for-ça de outras causas, internas ouexternas.

Os chamados registros biológi-cos, explica o médico, são comunsa todos os homens e dentre eles po-dem-se destacar, a ‘origem e evolu-ção do universo’, conhecido pelo fa-moso ‘big bang’; a ‘origem e evolu-ção da morada do homem’, ‘a ori-gem e a evolução da vida’, a ‘origeme evolução de um código de vida’, ofamoso DNA; a ‘origem pelo evolu-cionismo’ e a ‘identidade ideológica’.

“Os adquiridos são aquelesque podem ser divididos entre oimaginário e o real; o registro cons-ciente que incluem o ego, id e su-perego; o aparelho psíquico e o re-gistro simbólico, composto pelalinguagem, sexualidade, significadoe significante”, explicou o médico.

Já no anos 60, dois cientistasalemães, Hans Helmut Kornhubere Lüder Deecke, descobriram umfenômeno que eles chamaram de‘bereitschaftspotential’, uma palavragrande e bem complicada que querdizer ‘potencial de prontidão’. Esseé o nome que eles deram pra dizerque nosso livre arbítrio não só é re-lativo como, muito provavelmente,falso. Para eles, as escolhas são mui-to mais fruto da nossa inconsciên-cia do que qualquer outra coisa.

Para Magela, que abordará atemática com base em pesquisasde grandes filósofos, pensadorese escritores das mais diferentesépocas, o homem vive e escreve asua história de acordo com aquiloque adquiriu, e a partir daí, dese-nha o seu registro histórico. “Sãomuitos pontos a serem questiona-dos. O homem é bom ou mau pornatureza? Ele escolhe praticar atosbons e maus? Diante disso, existede fato o livre arbítrio? E como elefuncionaria?.”

Ao longo da apresentação, oespecialista falará sobre o registronato ou biológico e sobre os váriosregistros adquiridos, como o cons-ciente/inconsciente, o real/imagi-nário e o simbólico, dentre outrostemas.

As apresentações do ‘TerçaCultural’ são em parceria com aAMM, gratuitas e direcionadas amédicos e a população em geral.O projeto abre mais um espaçopara discussões, que vão além damedicina e oferece temas que tran-sitam por diversas formas da arte.Mais informações: (31) 3247 1619ou [email protected].

Clóvis Campos

O acadêmico Geraldo Magela Gomes da Cruz fala do livre arbítrio sob a óticade filósofos e grandes pensadores