Apeixo
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Transmisso
Eixo Traseiro
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Prefcio
Este mdulo de treinamento refere-se ao eixotraseiro. O mdulo de treinamento parte de umasrie de mdulos destinados ao TreinamentoBsico de Transmisso.
Este mdulo deve ser estudado aps a concluso doestudo dos mdulos: Generalidades, Embreagem eCaixa de Cmbio.
Durante o estudo deste mdulo, voc teroportunidade de aprender a funo do eixo traseiro,quais so os seus principais componentes etambm como funcionam estes componentesindividualmente e no conjunto do eixo traseiro.
ContedoIntroduo 3Principais Componentes doEixo Traseiro - Carcaas 4Funo do Diferencial 5Componentes do Diferencial 6Parafuso de Encosto 7Conjunto de Coroa e Pinho 8Componentes do Diferencial 9Relao de Transmisso 10Caixa Satlite 11Semi-Eixos 12Funcionamento do Conjunto Diferencial 13Bloqueio do Diferencial-Generalidades 17Bloqueio do Diferencial - Principais Componentes 18Bloqueio do Deferencial - Funcionamento 19Reduo no Cubo - Generalidades 20Reduo no Tubo - Principais Componentese Funcionamento 21Trao Tandem 22Diferencial com Caixa de Transferncia 23
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Introduo:
O eixo traseiro tm a funo de transmitir potncia de trao do motor para as rodas de traoe tambm de diferenciar a velocidade entre as rodas de trao em algumas situaes.
O eixo traseiro composto de uma carcaa (1) com um diferencial (2) e dois semi-eixos (3).
A carcaa do eixo traseiro (1) uma unidade separada que est fixa suspenso do veculoatravs de parafusos.
O diferencial (2) consiste de uma carcaa, fixa atravs de parafusos carcaa do eixo traseiro(1).
Os semi-eixos (3) so totalmente flutuantes, e tm a funo de transmitir torque do diferencialpara as rodas.
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Principais Componentes do Eixo Traseiro - Carcaas:
Carcaa do eixo traseiro (1):
A carcaa do eixo traseiro suporta todos os componentes do eixo.
Em sua parte frontal montada a carcaa do diferencial, a qual fica apoiada e quatro pontos.
Carcaa do diferencial (2):
Para que o diferencial possa suportar grandes tenses e peso dos componentes datransmisso, sua carcaa fundida em uma s pea.Isto significa que s existe capa demancal e alojamento de pinho separado.
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Funo do Diferencial:
O diferencial tm a funo de balancear a velocidade das rodas de trao em curvas e, aomesmo tempo, multiplicar a fora de trao do veculo. Isto muito importante, pois em curvas,a roda externa tm uma extenso mais longa a percorrer do que a roda interna, o que significaque ela tem que girar mais rapidamente.
Se as rodas fossem ligadas atravs de um eixo rgido, seria necessrio que uma delaspatinasse, para compensar a diferena de trajeto.
O diferencial liga os dois semi-eixos, permitindo a diferena de rotao das rodas.
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Componentes do Diferencial
O diferencial instalado na carcaa do eixo e, seus principais componentes so os seguintes:
Pinho (1) : O pinho o eixo de entrada do eixo traseiro. Est alojado em um mancal, pormeio de dois rolamentos de rolos cnicos. A parte posterior do pinho est aparada em umrolamento de rolos cilindricos, alojado na carcaa do diferencial. Os rolamentos tem a funode manter o pinho em seu lugar contra a porca.
Coroa (2) : A potncia de trao transmitida do pinho coroa, que est fixa entre duasmetades da caixa de satlites e o conjunto est apoiado em dois rolamentos de rolos cnicosna carcaa do diferencial.
Caixa de Satlites (3) : A caixa de satlites dividi-se em duas partes. O conjunto diferencial composto por quatro engrenagens pequenas (satlites) e duas grandes (planetrias) nas duasmetades da caixa de satlites.
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Parafuso de Encosto
A carcaa do diferencial possui um parafuso de encosto que mantm a coroa e o pinho juntos,sem a possibilidade de se afastarem quando sujeitos a esforos elevados.
Em condies normais de trabalho, este parafuso fica afastado da coroa, somente entrando emcontato, quando a coroa se afastar do pinho devido a um grande esforo.
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Conjunto de Coroa e Pinho
Est apoiado em trs mancais, sendo dois mancais de rolos cnicos (1) no lado da frente e emum mancal de rolo cilndrico (2).
Alm disso, cada conjunto de coroa e pinho submetido a um trabalho de ajuste sendoidentificados com um mesmo nmero (3).
Este ajuste proporciona uma superfcie de contato com movimentos suaves.
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Componentes do Diferencial
A coroa e o pinho trabalham juntos, girando num ngulo de 90 (Noventa graus) entre si com afuno de transmitir a potncia de trao do motor para os semi-eixos.
A coroa e o pinho podem possuir trs tipos diferentes de dentes em suas engrenagenscnicas:
Dentes Retos (1) : Neste tipo de engrenamento ocorre o contato de um dente da coroa comum dente do pinho por vez.
Dentes Helicoidais Hipide (2) : O deslocamento do pinho em relao ao centro da coroa,usando dentes helicoidais, proporciona um aumento da rea de contato entre os dentes. Estadisposio tambm permite abaixar o centro de gravidade dos veculos.
Geralmente as engrenagens (coroa e pinho) utilizados nos diferenciais dos veculos VOLVOso do tipo hipode, o que significa que a linha de centro do pinho situa-se abaixo da linha decentro da coroa. A vantagem que o engrenamento feito com um maior nmero de dentes,resultando em uma maior capacidade de transmisso de torque do pinho coroa.
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Relao de Transmisso
Os veculos equipados com motores de combusto interna, como os dos veculos VOLVO,possuem um nmero elevado de rotaes. Em consequncia, a rvore de transmisso tambmpossui um nmero elevado de rotaes. Devido a este fato, necessrio reduzir essa velocidade,para que as rodas girem em velocidades adequadas.Esta reduo de velocidade realizada atravs da coroa (1) e do pinho (2). Ao mesmo tempoque reduzem a velocidade, estas duas engrenagens aumentam o torque transmitido s rodas.
A velocidade reduzida na seguinte relao:
Nmero de dentes da coroaNmero de dentes do pinho
Exemplo: 30 Reduo = 3:1 10
Se a coroa possuir trinta dentes e o pinho dez dentes, para cada volta da coroa, o pinho devedar trs voltas.Assim, a velocidade reduzida trs vezes e o torque aumentado trs vezes.
Isto denominado: Relao de Transmisso.
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Caixa Satlite
A caixa satlite dividide-se em trs partes:
- Quatro engrenagens pequenas denominadas satlites (1).
- Duas engrenagens grandes denominadas planetrias (2).
- Uma cruzeta (3) onde so montadas as engrenagens satlites.
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Semi-Eixos
Os semi-eixos so do tipo flutuante, isto , tem apenas como funo transmitir o movimento derotao s rodas.
A extremidade interna dos semi-eixos contm entalhos que engrenam com as engrenagensplanetrias do conjunto diferencial e a extremidade externa tem um flange com orifcio parafixao no cubo da roda.
A carga exercida sobre o eixo totalmente suportada pelos rolamentos dos cubos das rodas.
Os semi-eixos so construdos de ao especial com grande resistncia a toro e comprorpiedades de elesticidade.
Para se ter uma idia, pode-se torcer quase uma volta completa um semi-eixo, que ele retornaao ponto sem romper.
Ele possui estas propriedades para suportar o torque de sada de um caminho quando estcarregado.
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Funcionamento do Conjunto Diferencial
Para entender melhor como o diferencial faz a adaptao da velocidade, vamos conhecer o seusistema de engrenamento:
Cada semi-eixo est ligado a uma das rodas pela flange (1) presente em sua extremidadeexterna.
Na outra extremidade o semi-eixo est ligado a engrenagem planetria (2) do diferencial.
Existe uma engrenagem planetria para cada semi-eixo.
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Quando o veculo est andando em linha reta, o pinho faz girar todo o conjunto, composto pelacoroa, planetrias e satlites (2).
Neste caso, nenhuma roda precisa girar ou fazer mais fora que a outra, pois giram na mesmavelocidade (1) e (3).
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Nas curvas, as foras que atuam sobre a roda que fica do lado interno da curva aumentam,pois a velocidade desta roda diminui.
Nesta condio, as engrenagens planetrias giram com velocidade desigual (1) e (3),provocando o movimento de rotao das engrenagens satlites na cruzeta (2).
As engrenagens satlites passam a girar sobre o seu prprio eixo ao mesmo tempo que giramsobre as engrenagens planetria.
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Isto significa que ao entrarmos em uma curva, a roda interna sofre um esforo maior, o quereduz um pouco a rotao do semi-eixo interno.
Esta condio coloca em funcionamento as engrenagens satlites que passam a girar em seuprprio eixo, possibilitando ao outro semi-eixo girar com velocidade um pouco maior.
Isto vai possibilitar ao veculo fazer a curva sem que a roda, que fica do lado interno da curva,fique patinando.
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Bloqueio do Diferencial - Generalidades
O bloqueio do diferencial um equipamento instalado no prprio diferencial com a funo dedesativar a sua principal funo. Ou seja, bloquear os semi-eixos para que deixem demovimentar as rodas independentemente uma da outra e passe a moviment-las juntas commesma fora e velocidade.
Este equipamento utilizado por exemplo: Quando o veculo est em solo deslizante.
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Bloqueio do Diferencial - Principais Componentes
O bloqueio do diferencial composto por uma luva de acoplamento (1) que fixada no ladodireito da caixa de satlites do diferencial e por uma luva de acoplamento deslizante (2),acoplada no semi-eixo do lado direito.
A luva de acoplamento deslizante (2) acoplada por um diafragma (3), uma haste (4) e umgarfo de acionamento (5).
O bloqueio do diferencial acionado por uma tecla (7) presente no painel de instrumentos.
Um iterruptor (6) fecha o circuito e ao mesmo tempo a lmpada (8) acende no painel deinstrumento.
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Bloqueio do Diferencial -
Funcionamento
Quando o motorista quiser engatar o bloqueio do diferencial, ele pressiona o interruptor dobloqueio do diferencial no painel de instrumentos. O interruptor est conectado a uma vlvulasolenide que aps induzida libera ar para o diafragma. O diafragma empurra uma hasteconectada ao garfo de acionamento que move a luva de acoplamento fixa na carcaa dodiferencial. Quando elas se acoplam, as engrenagens da caixa satlites ficam impedidas degirar, e os semi-eixos, direito e esquerdo ficam bloqueados, passando a funcionar como umas unidade.
Quando o bloqueio do diferencial est acionado, uma lmpada de advertncia acende-se nopainel de instrumentos, ao mesmo tempo que soa um alarme sonoro.
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Reduo no Cubo - Generalidades
A reduo no Cubo usada em veculos que so utilizados para servios extremamentepesados, onde so exigidos grandes esforos nos semi-eixos e no diferencial.
A reduo no cubo reduz a relao de sada da potncia de trao para as rodas de trao.Desta forma possvel reduzir os esforos e, consequentemente, o desgaste.
Esta reduo realizada com a ajuda de um dispositivo de reduo do cubo inatalado nointerior do cubo da roda (1).
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Reduo no Cubo - Principais Componentes e Funcionamento
A reduo no cubo consiste de um sistema planetrio de engrenagens.
O sistema planetrio composto por uma engrenagem solar (1), trs engrenagens planetrias(2) e uma engrenagem anelar (3).
Quando a engrenagem solar comea a girar, a rotao transmitida s engrenagensplanetrias. Desta forma, as engrenagens planetrias giram de encontro engrenagens anelar,fazendo com que a reduo seja transmitida para as rodas de trao.
Esta rotao igual a metade da rotao do semi-eixo, ou seja, existe uma reduo de 2:1.
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Trao Tandem
A trao tandem aumenta a fora de trao do veculo permitindo menos patinagem nas rodas.
A trao tandem normalmente utilizada em veculos com reboques pesados e em veculosutilizados na construo civil.
A trao tandem corresponde trao nos dois eixos traseiro, onde o eixo matriz dianteironormalmente possui um diferencial com caixa de transferncia, enquanto o eixo matriz traseirotem um diferencial como vimos anteriormente.
OBS: Eixo Matriz = Eixo de Trao
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Diferencial com Caixa de Transferncia
Como vimos anteriormente, quando o veculo possui trao tandem, o eixo motriz dianteiro equipado com um diferencial com caixa de transferncias.
A caixa de transferncia tem a funo de distribuir a fora de trao pelos dois eixos traseiros.
O diferencial com caixa de transferncia funciona da seguinte maneira:
O torque do motor/caixa de mudana, transmitida atravs da rvore de transmisso para oflange do diferencial.
A rotao do flange e do eixo de entrada transmitida aos diferenciais do eixo motriz dianteiro eeixo motriz traseiro via a caixa de transferncia.
A engrenagem planetria posterior do diferencial dianteiro aciona o eixo de sada, que por suavez aciona o diferencial traseiro.
Se houver uma diferena de rotao entre o eixo motriz dianteiro e o eixo motriz traseiro, elaser equalizada pela caixa de transferncia.
Quando o veculo est sendo conduzido numa superfcie escorregadia, pode acontecer queuma das rodas motrizes esteja parada neste caso a outra roda motriz dobrar sua rotao.