Apl 2005

download Apl 2005

of 7

Transcript of Apl 2005

  • 7/24/2019 Apl 2005

    1/7

    ________________________________________

    XXI Encontro Nacional da Associao Portuguesa de Lingustica, Lisboa, APL, 2006, pp. 427-433.

    A lingustica e o consumidor: teoria, poltica e poltica da teoria

    Carlos A. M. Gouveia

    FLUL

    Seguindo contributos terico-analticos de diferentes reas disciplinares (Foucault,1980; Capra, 1982; Cetina, 1999; Prigogine, 1997; Martin, 2000; Beaugrande, 1998b), eem funo do quadro geral das relaes de poder que ao longo dos ltimos cinquentaanos tm vindo a configurar a investigao em lingustica, o objectivo fundamentaldesta comunicao questionar algumas das ideias actualmente prevalecentes nadisciplina, tomando como objecto particular o caso portugus, e tendo Halliday (1964) eMartin (1998) como quadro referencial imediato, pelo menos no que diz respeito aojogo intertextual do ttulo proposto (Syntax and the consumer, no primeiro caso,Linguistics and the consumer, no segundo).

    A partir de uma viso da linguagem como prtica social, e assumindo que arealidade social constituda tanto por estruturas sociais abstractas como por eventossociais concretos e que a relao entre umas e outros mediada por prticas sociais, isto, por formas de actividade social mais ou menos estveis e permanentes, queconcorrem para a constituio de reas, instituies e organizaes sociais (vd.Fairclough, 2005: 77), procurarei ao longo da comunicao analisar algumas dasprticas discursivas da lingustica em Portugal e em funo dessa anlise demonstrarcomo a lingustica hoje, no nosso pas, uma disciplina profundamente marcada porrelaes de poder e de dominao.

    Para alm de demonstrar que o silenciamento de teorias, de paradigmas deconhecimento, tem sido uma prtica sistemtica em lingustica, procurarei demonstrarainda que dessa atitude resultaram prejuzos vrios ao nvel da relao da disciplina comoutras disciplinas e, em particular, das aplicaes e das representaes sociais dos seusresultados nas diferentes reas e actividades da vida social, nomeadamente a educao(vd. Martin, 2000; Castro, 2003), no caso das aplicaes, ou os mdia e a opinio

    pblica, no caso das representaes.A comunicao analisar a dinmica das relaes entre disciplinas e teorias no seioda lingustica, tendo como campo de anlise o contexto acadmico em que esta investigada e ensinada (procurando indagar que lingustica se ensina e investiga emPortugal), o contexto associativo (procurando indagar que lingustica se discutepublicamente nos encontros da APL, por exemplo), e o contexto dos mdia (procurandoindagar a que propsito e de que modo se fala de lingustica nos mdia).

    Construda em funo de dicotomias e oposies entre conceitos e constructostericos, a lingustica vive ela prpria, h muitos anos, numa oposio e relao de

  • 7/24/2019 Apl 2005

    2/7

    XXI ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAO PORTUGUESA DE LINGUSTICA

    428

    foras aparentemente irresolvel. De um lado, perfilam-se modelos e teorias ditos dalingustica funcional, da sociolingustica, da lingustica aplicada, da pragmtica ou daanlise do discurso; do outro, modelos e teorias ditos pura e simplesmente da lingusticaou da lingustica formal, a lingustica propriamente dita, como lhe chamou Emlia Pedro(1992: 335), h j catorze anos, no VII Encontro da APL. Sem querer entrar peladiscusso das implicaes associadas ao uso de cada uma destas designaesdicotomicamente construdas, diria que, mais importante do que as designaes, todas

    elas de utilidade e pertinncia terica discutvel, j que, por exemplo, formalismo efuncionalismo no so, de todo, termos dicotmicos, o facto de as mesmas apontarem,efectivamente, para a existncia de uma ciso, uma fractura nos estudos lingusticos,demasiadas vezes escondida ou escamoteada. Resultante do modo como hojeentendida a lingustica, tal fractura separa uma lingustica dita cincia da cognio deuma outra, dita cincia social. Isto mesmo reconhecem Faria, Pedro, Duarte & Gouveia(1996: 23) quando afirmam que podemos hoje situar a lingustica em dois paradigmasfundamentais: o das Cincias da Cognio e o das Cincias Humanas e Sociais.

    At aqui tudo bem. Dois paradigmas, duas possibilidades de desenvolvimento e aafirmao de uma possibilidade de dilogo, de uma porta de comunicao entrediferentes ideologias do objecto. Mas se pensarmos que, em Portugal, a hegemoniaterica daquele que, luz do que atrs enunciei, pode ser referido genericamente comoo paradigma cognitivista tem contribudo fortemente para silenciar, de modo sistemticoe permanente, as outras formas e mtodos de fazer lingustica, verificamos que afinalnem tudo est bem. Conseguido, por exemplo, por meio de uma performatividadediscursiva, que, internacionalmente e no caso de algumas obras fundamentais de NoamChomsky, foi analisada em Beaugrande (1998a), mas tambm trabalhada em Martin(1998), esse processo de silenciamento tem sido sistemtico, institucional, individual e,embora muitas vezes inconsciente, quase sempre premeditado. Isto mesmo reconheceBeaugrande (1998a: 765), quando afirma: In the discourse of 'modern' linguistics, thequestion of whether the 'reality' of language is mental, material, or social has beenevaded by a performative campaign to replace real language with ideal language and toshort-circuit mental with material whilst bypassing the social basis of language.

    Entendida como um processo de indirectamente transformar o carcter constativodos actos de fala (esta a verdade porque a realidade assim) em aco performativa(esta a verdade porque eu assim o afirmo e a minha leitura da realidade superior dos outros), a campanha referida por Beaugrande est exemplarmente demonstrada na

    recente entrevista de Noam Chomsky a Jozsef Andor (Andor 2004), sintomaticamenteintitulada The master and his performance: an interview with Noam Chomsky epublicada no primeiro nmero de uma nova revista, intitulada, tambmsintomaticamente, Intercultural Pragmatics. Voltarei a esta entrevista mais tarde; poragora, deixem-me retomar Faria, Pedro, Duarte & Gouveia (1996: 23) e os doisparadigmas fundamentais da lingustica, para vos mostrar como nesse texto se trabalha amenorizao de um paradigma custa da sobrevalorizao do outro. Veja-se, porexemplo, o seguinte enunciado: Cada vez mais, tambm, alguns aspectos das relaesentre diferentes reas da Lingustica, implicadas sobretudo na anlise da interaco

  • 7/24/2019 Apl 2005

    3/7

    A LINGUSTICA E O CONSUMIDOR: TEORIA, POLTICA E POLTICA DA TEORIA

    429

    verbal, da conversao e da produo discursiva, que claramente situam a investigaolingustica no espao da Cincia Social, tm vindo de modo progressivo a ser includosno mbito mais alargado da Cincia Cognitiva. Atravs de pressuposies eimplicaturas configuradoras de oposies avaliativas como mbito restrito vs. mbitomais alargado ou questes implicadas vs. questes includas, o que neste excerto sedefende, ainda que de uma forma no transparente, um esvaziamento de sentido dalingustica cincia social, custa do engrandecimento da cincia cognitiva. Igualmente,

    no final do texto em questo, possvel assistir ao mesmo fenmeno deengrandecimento e valorizao da cincia cognitiva, desta feita por via daperformatividade retrica de que fala Beaugrande (1998a), e que, de alguma forma, fazesquecer a existncia de outra realidade terico-disciplinar que no a da cincia dacognio: As mudanas paradigmticas permitem facilmente verificar que alguma dareorientao actual se faz no mbito da Cincia Cognitiva, isto , no entendimentocientfico de como funciona a mente humana, critrio presentemente irrefutado parauma teoria coerente e consistente da linguagem verbal.

    A afirmao tem duplo alcance: que a reboque da reorientao da lingustica,cada vez mais na direco das cincias da cognio, se sobrepe a realidade mental dalngua sua realidade material ou social, encerrando definitivamente a linguagem namente humana. Ou seja, no h teorias cientficas coerentes e consistentes da linguagemverbal que no sejam mentalistas, ou, dito de outra forma, nenhuma teoria cientfica dalinguagem verbal no-mentalista pode ser coerente e consistente.

    O afastamento de qualquer aspecto social na caracterizao da lngua e dalinguagem est tambm presente em Duarte (2004), um texto publicado num jornalsemanal e destinado a alimentar uma polmica sobre os programas de portugus doensino secundrio. A particularidade, neste caso, reside no facto de se compactar numanica nominalizao uma srie de processos, assim os objectificando e invalidando asua contradio: qualquer reflexo sobre o ensino da lngua materna e a formao deprofessores no contexto das novas exigncias da sociedade do conhecimento e do estadoactual de conhecimentos sobre o processo de aquisio e desenvolvimento da lnguamaterna e sobre as bases neurobiolgicas e os processos psico-lingusticos que suportamos seus usos.

    Repare-se que este, como os anteriores exemplos dados, no de um texto daespecialidade. Que os textos produzidos no mbito do paradigma cognitivo dalingustica sejam discriminatrios de outras prticas e de outras teorias compreensvel.

    Discutvel, mas compreensvel. Mas no disso que se trata aqui. Aquilo de que se trataaqui do modo como operada a caracterizao da lingustica, enquanto cincia queestuda a linguagem verbal e as lnguas naturais, em textos que supostamente deladeveriam dar uma imagem completa e isenta.

    Mas se formos para o modo como a lingustica estudada e investigada emPortugal, a situao no muito diferente. Veja-se o caso deste XXI Encontro da APL.Das 68 comunicaes constantes do programa, cerca de 72 % (49) correspondem acomunicaes que seguramente podemos incluir na rea da lingustica de carizcognitivo. Mesmo aceitando que a totalidade das restantes comunicaes faz parte dalingustica de cariz social, incluindo aquelas cuja integrao num ou noutro paradigma

  • 7/24/2019 Apl 2005

    4/7

    XXI ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAO PORTUGUESA DE LINGUSTICA

    430

    no transparente, o resultado fica-se pelos meros 27 % (19). Diro que umapercentagem legtima, considerando a importncia do paradigma cognitivo nacaracterizao da lingustica, mas precisamente esse tipo de manufacturao deconsentimento que esta comunicao quer problematizar. A forte presena doparadigma cognitivo a enquadrar as comunicaes deste Encontro decorre menos dacaracterizao da lingustica do que facto de esse ser o paradigma de estudo e deinvestigao dominante em Portugal.

    Uma leitura das estruturas curriculares dos dois cursos de lingustica existentes nasuniversidades portuguesas, um na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, outrona Faculdade de Cincias Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa,comprova esta realidade. certo que da estrutura curricular do curso da FCSH da UNLfazem parte cadeiras como Anlise do Discurso, Lingustica do Texto, Pragmtica ouSociolingustica, mas tambm certo que o seu peso no curso diminuto, considerandoa prevalncia de cadeiras como Sintaxe (I e II), Morfologia (I e II), Fonologia (I e II) ouSemntica (I e II), todas elas cadeiras denotadoras de um modo de entendimento dalinguagem como um sistema autnomo, componencial e compartimentado, enfim ummodelo lingustico do funcionamento da mente humana. Quanto licenciatura emLingustica da FLUL, nada tenho a dizer, considerando a aridez do respectivo planocurricular no que diz respeito a cadeiras de lingustica de base social, de queSociolingustica, no stimo semestre, a honrosa excepo.

    Podero argumentar que nada disto tem a ver com Lingustica e que tudo tem a ver

    com interesses corporativistas e individuais e que os planos curriculares destaslicenciaturas apenas reflectem os interesses dos docentes e investigadores envolvidos nasua leccionao e nada nos dizem sobre a caracterizao da lingustica ou como cinciada cognio ou como cincia social. Assim se explicaro, por exemplo, as diferenascurriculares entre as duas licenciaturas existentes em Portugal, atrs descritas. Tantopior, pois assim se d conta do modo como a lingustica portuguesa, isto , os linguistasportugueses pouco ou nada tm contribudo para o verdadeiro ensino da Lingustica nonosso pas, se por Lingustica entendermos, como eu entendo, multiplicidade disciplinare diversidade terico-metodolgica.

    evidente que poderia continuar por aqui adiante e falar de lingustica e educao,de lingustica aplicada e do modo como o movimento de articulao entre os estudoslingusticos e o ensino da lngua tem sido de disjuno, para usar a imagem de RuiVieira de Castro (2003). Poderia ainda, a propsito, trazer para discusso a polmicasobre os novos programas de portugus do ensino secundrio e a clebre frase Os

    linguistas tm dio Literatura e indagar que imagem da lingustica actualmenteveiculada junto da opinio pblica. Mas outros o fizeram melhor do que eu poderiafazer. Poderia ainda, se quisesse, repetir uma formulao de Emlia Pedro de h catorzeanos atrs e perguntar: que contributo real nos deu a formulao matematicamenterigorosa de regras gramaticais para a compreenso e explicao do modo como aspessoas constroem e verbalizam a sua experincia? No o farei, porm. Ao invs, epara terminar, deixem-me antes retomar a entrevista de Noam Chomsky, anteriormentereferida. Vejamos o que o linguista americano afirma sobre a lingustica de corpus(Andor, 2004: 97).

  • 7/24/2019 Apl 2005

    5/7

    A LINGUSTICA E O CONSUMIDOR: TEORIA, POLTICA E POLTICA DA TEORIA

    431

    Corpus linguistics doesnt mean anything. () suppose physics andchemistry decide that instead of relying on experiments, what theyregoing to do is take videotapes of things happening in the world and theyllcollect huge videotapes of everything thats happening and from thatmaybe theyll come up with some generalizations or insights. Well, youknow, sciences dont do this. () Theyre not going to get much supportin the chemistry or physics or biology department. () My judgment, if

    you like, is that we learn more about language by following the standardmethod of the sciences. The standard method of the sciences is not toaccumulate huge masses of unanalyzed data and to try to draw somegeneralization from them. The modern sciences, at least since Galileo,have been strikingly different.

    Note-se como, a partir de uma posio de (pseudo) superioridade cientfica,Chomsky no s questiona a validade de outros modos de trabalhar em lingustica comoimpossibilita a questionao da sua prpria metodologia e da sua forma de fazer cincia,a nica possvel, a verdadeira, pelo menos desde Galileu. Apesar de enunciado porum dos grandes gnios do Sex. XX, o que temos neste excerto no , infelizmente,superioridade cientfica. Das duas uma: ou ignorncia pura e simples ou ento manipulao e manufacturao do consentimento, o fenmeno to estudado peloprprio Chomsky a propsito da poltica interna e externa do seu pas.

    Efectivamente, nem a lingustica de corpus to accumulate huge masses ofunanalyzed data and to try to draw some generalization from them, nem as cinciasmodernas se regem por um mtodo nico, standard e inquestionvel. Para alm disso,evocar Galileu neste contexto , no mnimo, esquecer todos os desenvolvimentoscientfico-tecnolgicos do sculo XX e as suas implicaes no eco-sistema, quer estasse reportem s relaes entre os seres humanos, s relaes entre disciplinas ou srelaes entre o conhecimento cientfico e o senso-comum, com reflexos no prprioentendimento de o que o conhecimento cientfico. A problematizao da noo decincia, assim como da natureza e do valor do conhecimento cientfico, uma realidadeinquestionvel do ltimo quartel do sculo XX, como provam as obras de Capra (1982)e Prigogine (1997), por exemplo, mas tambm a obra de Boaventura de Sousa Santos(1987, 1989, 2000), no caso portugus, ou de Debora Cameron et al. (1992), no caso dalingustica, e as suas defesas, por diferentes vias e formas, de mtodos de investigao

    dialgicos, no distanciadores e no objectificadores.Em 1964, numa tentativa de dilogo com o modelo de descrio gramaticalproposto por Noam Chomsky, Michael Halliday escreveu Syntax and the consumer,para apresentar numa das famosas roundtables de Georgetown. Com esse texto,Halliday procurava, muitos anos antes, contrariar a possibilidade de existncia de umapergunta como a colocada por Emlia Pedro em 1991 (Pedro, 1992) e que reproduziatrs, tentando que a descrio sintctica contribusse, de facto, para a compreenso eexplicao do modo como as pessoas constroem e verbalizam a sua experincia. Nofoi ouvido. A sua nfase no consumidor passou ento despercebida, nos EstadosUnidos, como tem passado despercebida em Portugal, ao longo destes anos todos, a sua

  • 7/24/2019 Apl 2005

    6/7

    XXI ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAO PORTUGUESA DE LINGUSTICA

    432

    teoria sistmico-funcional de descrio lingustica (Halliday, 1978, 2004). Talvez essadesateno se processe porque, ao contrrio da lingustica do paradigma dominante, asua lingustica seja uma lingustica do conhecimento consumvel, uma lingusticainstrumental, que no est preocupada com os modos como os nossos genesconstrangem a forma das nossas gramticas e, desse modo, constrangem tambm o quepodemos e no podemos dizer, mas com o modo como essas gramticas soinstrumentos de interaco humana e como moldam e so moldadas pela nossa

    existncia (cf. Martin, Matthiesen & Painter, 1997: 1).Com Halliday ou sem Halliday, com Chomsky ou sem Chomsky, quer-me parecer

    que tempo de a lingustica em Portugal passar definitivamente para a sua fase adulta,livre de relaes de poder e mais preocupada com o que pode trazer de til no apenasem termos de conhecimento, mas tambm com o que pode trazer de til comunidade eao consumidor, isto , o falante real que usa a lngua para construir e verbalizar a suaexperincia e a comunicar aos outros.

    Referncias

    Andor, J. (2004) The master and his performance: An interview with Noam Chomsky.Intercultural Pragmatics1 (1), pp. 93111.

    Beaugrande, R. de (1998a) Performative speech acts in linguistic theory: The rationalityof Noam Chomsky.Journal of Pragmatics29, pp. 765-803.

    Beaugrande, R. de (1998b) Society, Education, Linguistics, and Language: Inclusionand Exclusion in Theory and Practice.Linguistics and Education9 (2), pp. 99-158

    Cameron, D. et al. (1992) Researching Language: Issues of Power and Method.London: Routledge.

    Capra, F. (1982) The Turning Point: Science, Society, and the Rising Culture . London:Flamingo.

    Castro, R. V. de (2003) Estudos lingusticos e ensino do portugus: conjuno,disjuno, rearticulao. In I. Castro & I. Duarte, eds.: Razes e Emoo:

    Miscelnea de Estudos em Homenagem a Maria Helena Mira Mateus. Vol. I.Lisboa: IN-CM, pp. 203-217.

    Cetina, K. K. (1999) Epistemic Cultures: How the Sciences Make Knowledge.Cambridge, Mass.: Harvard University Press.

    Duarte, Ins (2004) Do sujeito e (dos objectos) do dio.Expresso-Actual, 27 de Maro:20-21.

    Fairclough, N. (2005) Critical discourse analysis.Marges Linguistiques9, pp. 76-94.Faria, I. H., E. Pedro, I. Duarte & C. A. M. Gouveia (1996) Introduo Lingustica:

    Geral e Portuguesa. Lisboa: Editorial Caminho.Foucault, M. (1980)Power/Knowledge: Selected Interviews and Other Writings, 1972-

    1977. Ed. by C. Gordon. New York: Pantheon Books.Halliday, M. A. K. (1964) Syntax and the consumer.Monograph Sries in Language &

    Linguistics, 17. Washington, D.C.: Georgetown University Press, pp. 14-23.Halliday, M. A. K. (1978) Language as a Social Semiotic: The Social Interpretation of

    language and Meaning. London: Edward Arnold.

  • 7/24/2019 Apl 2005

    7/7

    A LINGUSTICA E O CONSUMIDOR: TEORIA, POLTICA E POLTICA DA TEORIA

    433

    Halliday, M. A. K. (2004)An Introduction to Functional Grammar. 3ndEd. revised byC. M. I. M. Matthiessen. London: Arnold.

    Martin, J. R. (1998) Linguistics and the Consumer: The Practice of Theory. Linguisticsand Education9 (4), pp. 411-448.

    Martin, J. R. (2000) Grammar meets genre reflections on the Sydney School. Arts22, pp. 47-95.

    Martin, J. R., C. M. I. M. Matthiessen & C. Painter (1997) Working with FunctionalGrammar. London: Arnold.

    Pedro, E. (1992) Algumas questes sobre a prtica da lingustica. In Actas do VIIEncontro da Associao Portuguesa de Lingustica, Lisboa, 1991. Lisboa: APL, pp.330-341.

    Prigogine, I. (1997) The End of Certainty: Time, Chaos, and the New Laws of Nature .New York: The Free Press.

    Santos, B. de S. (1987) Um Discurso sobre as Cincias. Porto: Edies Afrontamento.Santos, B. de S. (1989) Introduo a uma Cincia Ps-Moderna. Porto: Edies

    Afrontamento.Santos, B. de S. (2000)Para um Novo Senso Comum: A Cincia, o Direito e a Poltica

    na Transio Paradigmtica. Volume 1: A Crtica da Razo Indolente: Contra oDesperdcio da Experincia. Porto: Edies Afrontamento.