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Aplicação da videografia na avaliação da mobilidade articular

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Aplicação da videografia na avaliação da mobilidade articular

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A flexibilidade é uma capacidade/qualidadecada vez mais descriminada na avaliaçãofísica.

A necessidade de realização de váriosprotocolos para poder avaliar mais que umaarticulação, despoletou interesse na criaçãode um que pudesse ser valido paraquantificar a flexibilidade.

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A visão da actividade física como meio paraatingir uma melhor saúde esta a fazer comque esta cresça implicando cada vez maisuma melhor prescrição e adaptação damesma aos vários objectivos;

Este estudo visa qualificar mais umaferramenta de avaliação que pode assim serutilizada em qualquer estabelecimentogímnico sem a presença de um fisioterapeutaou especialista em goniometria.

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Conjunto de tecidos moles característicos queunem os ossos entre si é designado dearticulação;

O conjunto articulação e músculosenvolventes é designado de complexoarticular.

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Estrutura articular:

Fibrosas (ossos unidos por tecido fibroso)

Cartilaginosas (ossos unidos por cartilagem)

Sinovial (existe um espaço com liquido entre osossos para amenizar o atrito entre os ossos).

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Com o avanço da idade a produção deste liquido sinovial é mais lenta e menor;

O atenuar de atrito é dificultado

A capacidade e qualidade de mobilidade é dificultada;

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A deterioração da amplitude articular envolveestruturas que são directamenteinfluenciáveis com o treino através deestímulos específicos

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O envelhecimento como fenómeno natural davida, está associado a causas que dificultam aMobilidade articular

Desgaste ósseo, muscular, cartilaginoso ediminuição da produção de liquido sinovial…;

Para que haja o grau desejável de movimento,é necessário manter a saúde articularprevenindo a deterioração do complexoarticular.

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A mobilidade depende directamente daflexibilidade, quanto melhor for aflexibilidade, melhor será a qualidade dosnossos movimentos e a facilidade com que osexecutamos, ou seja, a flexibilidade potenciaa mobilidade.

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Permite estabelecer parâmetros de prescrição deexercícios de alongamento;

Identificar grupos músculo-articulares com poucaflexibilidade;

Identificar descoordenações posturais reconhecendopossíveis patologias com a devida antecedência;

Avaliar periodicamente para verificar possíveis alteraçõescom o passar dos anos;

Estabelecer correlação entre dores músculo-articulares eencurtamento músculo-tendineo relacionando com amelhora da flexibilidade;

Identificar previamente casos de encurtamento muscularfacilitando o seu tratamento;

Conhecer amplitude de várias articulações como um dadofuturamente mensurável podendo ser comparável entreindivíduos da mesma faixa etária, etc.

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Testes angulares“são aqueles que possuem os seus resultados em

ângulos (formados entre dois segmentos corporaisque se opõem na articulação)…”

Testes lineares“caracterizam-se por expressar os resultados numa

escala de distância” Testes Adimensionais“São testes de flexibilidade onde não existe uma

unidade convencional, tal como o ângulo ecentímetros, para expressar o resultado obtido, comoregra, eles não dependem de equipamentos,utilizando-se unicamente de critérios ou mapas deanálise preestabelecidos.

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Este estudo visa apresentar uma soluçãoprática para quantificação da mobilidadearticular.

A criação de um programa de análise porvídeo, do qual serão analisadas imagens comvista a calcular ângulos articulares a partir depontos anatómicos pré-definidos.

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Consta de dois processos

Primeiro relativo á avaliação da consistênciainter e intra sujeito;

Segundo relativo à validação do instrumento;

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Na primeira metodologia, os dados foram recolhidos sob o filme de apenas um executante.

Para avaliação da consistência foram seleccionados ao acaso 12 participantes voluntários de várias áreas profissionais;

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Para validação dos cálculos angulares foramoito alunos (4 género feminino 21+2 deidade; 156+3,2cm de altura; 56+4,1kg depeso - 4 género masculino 23+2 de idade;176+4,1 de altura; 74+5,1kg de peso) doInstituto de Fisioterapia da Escola Superior deCastelo Branco.

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Para a realização deste trabalho duas tarefasforam apresentadas:

1- digitalização que consiste na recolha decoordenadas para o calculo dos ângulosinter-segmentares e absolutos de algumasarticulações;

2- recolha dos ângulos de abdução/adduçãode extensão/flexão da cintura pélvica e dacintura escapular.

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Para a primeira tarefa experimental foipedidos a doze sujeitos aleatoriamente com omínimo de conhecimento sobre, anatomia aoqual foi pedido que digitalizassem váriospontos (coordenadas) sobre várias imagens.

Desta forma, foi possível quantificar aconsistência da obtenção dos ângulosavaliando assim as variações inter operador;

O mesmo processo foi repetido pelooperador quantificando a consistência intraoperador.

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A segunda tarefa experimental teve comoobjectivo a validação do método de recolhaapresentado.

Foi pedido a um especialista em avaliação porgoniometria ( fisioterapeuta) que realiza-se amedição das amplitudes articulares do ombroe da anca.

Esta avaliação foi posteriormente repetidacom os mesmos sujeitos mas pelo método devideografia.

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O cálculo dos ângulos foi realizado com oauxílio de uma rotina em MatLab ® criadapara o efeito.

Nesta rotina foi implementados dois métodosutilizados para calcular ângulos entrevectores ou ângulos com a horizontal ouvertical;

Esta rotina foi utilizada nos doisprocedimentos de recolha (consistência evalidade).

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Aspecto visual e rotina de Cálculo em MatLab®

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Os procedimentos estatísticos de análiseforam para a comparação entre os valoresobtidos pelo operador e pelos sujeitos tendoem vista a consistência entre dados foram amédia o desvio padrão e o coeficiente devariação. A comparação entre o valoresobtidos foi aplicado o t-student.

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Tabela 1 – resultados da comparação entre ângulos obtidos pelo

operador(2) e por diferentes operadores (1)

Na análise comparativa dos dados não foi obtida qualquer valor significativo nas comparações realizadas

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Tabela 2 – Resultados obtidos nos valores dos ângulos medidos por diferentes sujeitos para avaliar a consistência inter grupo

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Tabela 3 – Resultados obtidos para valores dos ângulos medidos pelo mesmo operador para avaliar a consistência intra grupo

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Tabela 4 – Valores obtidos por comparação dos ângulos calculados por goniometria(A) e por videografia (N)

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Os dados obtidos permitem afirmar que ométodo apresentado neste trabalho parece útilna medida em que apresenta mais uma forma derecolha de amplitudes articulares não intrusiva;

A análise inicial aos valores obtidos permiteafirmar que de após a recolha de todos osângulos por videografia a variação média dosdesvio-padrão foi de (DP) ±2,34 e um coeficientede variação (CV) de 1,58%. Para cada ângulocalculado o desvio padrão entre as medidasnunca ultrapassou os 5º reflectindo assim umavariação normal e inerente ao processo dedigitalização;

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Outra preocupação na apresentação dométodo foi de confirmar se seria necessáriotreino para a recolha das coordenadas.

O operador familiarizado com Anatomia eBiomecânica apresenta assim valores devariação mais baixos do grupo de nãoespecialistas (CV= 0,27;DP= 1,56).

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Para a validação dos ângulos calculados comparou-se os valores de cálculo realizados por doismétodos diferentes (Videografia; Goniometria).

A comparação foi realizada somente sobre seisexecutantes e da análise estatística não apresentoudiferenças significativas entre as recolhas.

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Pode-se então concluir que o métodoapresentado e que utilizada a videografia e osprocessos da Biomecânica é um instrumentoútil e pode estar à disposição do profissionalna sala de exercício uma vez que demonstraser um instrumento consistente e comvalidade para aferir amplitudes articularesque são uma informação fundamental para oprofissional responsável peloacompanhamento e prescrição do exercício.

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Mestrado em Exercício e Saúde

Nelson Rodrigues