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UNIVERSIDADE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO Departamento de Desporto Licenciatura em Educação Física e Desporto Escolar Fundamentos de Educação Física e Desporto Escolar II Prática da Ginástica 2.º Semestre – 1.º Ano Documento de Circulação Interna Docente. Fan Yanneng Vila Real, 2008

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UNIVERSIDADE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

Departamento de Desporto

Licenciatura em Educação Física e Desporto

Escolar

Fundamentos de Educação Física e Desporto Escolar II

Prática da Ginástica 2.º Semestre – 1.º Ano

Documento de Circulação Interna

Docente. Fan Yanneng

Vila Real, 2008

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Nota prévia: O presente documento é de circulação interna e foi construído,

exclusivamente, para consulta dos alunos que frequentam a disciplina de Fundamentos

dos Desportos II – Ginástica, 1º ano (2º semestre), da Licenciatura em Educação Física e

Desporto Escolar da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Pretende-se proporcionar aos alunos um quadro de referências global, relativamente à

aquisição e domínio dos fundamentos práticas e metodológicos das actividades gímnicas

e a sua implementação numa realidade particular e contextual de ensino e formação

técnica inicial. A sua leitura deverá ser sempre complementada com o conhecimento e o

material adicional que é fornecido nas aulas.

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3

1. Exercícios Corporais

1. Movimentos Básicos de Braços

1. 1. Movimentos Simples

A

0 1 2 3 4

B

0 1 2 3 4

C

0 1 2 3 4

D

0 1 2 3 4

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4

1.2. Posições Básicas

1.2.1. Estilo Clássico

0 1 2 3 4

A

5 6 7 8

1.2.2. Estilo Coreográfico

0 1 2 3 4

A

5 6 7 8

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5

1.3. MOVIMENTOS COMBINADOS

1.3.1. Estilo Clássico

A

0 1 2 3 4

B

0 1 2 3 4

C

0 1 2 3 4

0 1 2 3 4

D

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6

0 1 2 3 4

Estilo Clássico (continuação)

0 1 2 3 4

E

0 1 2 3 4

0 1 2 3 4

F

0 1 2 3 4

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7

1.3. 2. Movimentos Livres

A

0 1 2 3 4

B

0 1 2 3 4

C

0 1 -2 3 4

0 1 2 3 4

D

0 1 2 3 4

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8

Movimentos Livres (continuação)

0 1 2 3 4

E

5 6 7 8

0 1 2 3 4

5 6 7 8

1 2 3 4

F

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9

5 6 7 8

1.3.3. Movimentos com Palmas

0 1 2 3 4

A

5 6 7 8

B

0 1 2 3 4

C

0 1 2 3 4

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10

D

0 1 2 3 4

E

0 1 2 3 4

F

0 1 2 3 4

1.3. 4. Movimentos Coreográficos

A

0 1 2 3 4

B

1 2 3 4

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11

C

0 1 2 3 4

1.4. MOVIMENTOS EM GRUPO COM RESISTÊNCIA EXTERNA

1.4.1. Auxílio de um companheiro

1.4.2. Oposição de um companheiro

1.4.3. Movimentos Sincronizados

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12

2. SOLO

2.1. TÉCNICAS GÍMNICAS ELEMENTARES

2.1.1. Rolamento à frente

a) Determinantes Técnicas

1. Apoio correcto e efectivo das mãos no solo, à frente dos pés;

2. Flexão da cabeça (queixo ao peito);

3. Impulsão de pernas;

4. Posição arredondada do tronco até ao apoio dos pés no solo.

b) Acções Motoras Fundamentais

1. Fecho;

2. Repulsão de braços;

3. Impulsão de pernas;

4. Abertura.

c) Situações de Aprendizagem

1. “Bolinha”:

Objectivo: Educação e manutenção da posição arredondada do tronco com queixo ao

peito.

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2. “Bolinha”ou “Vela” a levantar na parte final:

Ou

Objectivo: Levantar sem apoio adicional das mãos no solo.

3. Rolamento em plano inclinado:

Objectivo: Facilitar o balanço inicial sem necessidade de impulsão de pernas e a sua

continuidade através do plano inclinado.

4. Rolamento com a ajuda de um colega a partir de apoio facial:

Objectivo: Facilitar o balanço sem necessidade de impulsão de pernas através da

posição e balanço facilitados pelo colega. Entre-ajuda.

5. Rolamento a partir de um plano superior:

Objectivo: Facilitar a posição inicial sem necessidade de impulsão das pernas.

6. Rolamento com ajuda na parte final para levantar:

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d) Erros Típicos

1. Apoio incorrecto das mãos;

2. Ausência de impulsão de pernas;

3. Ausência de posição arredondada do tronco por falta de queixo ao peito ou

abertura durante o rolamento.

e) Variantes

1. Rolamento de pernas afastadas:

2.1.2. Rolamento atrás

a) Determinantes Técnicas

1. Apoio correcto e efectivo das mãos no solo, junto às orelhas, palmas

voltadas para cima;

2. Flexão da cabeça (queixo ao peito);

3. Repulsão de braços para aliviar peso sobre a cabeça e pescoço;

4. Posição arredondada do tronco até ao apoio dos pés no solo.

b) Acções Motoras Fundamentais

1. Fecho;

2. Repulsão de braços;

3. Abertura.

c) Situações de Aprendizagem

1. “Bolinha”:

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Objectivo: Educação e manutenção da posição arredondada do tronco com queixo ao

peito.

2. “Bolinha” com apoio das mãos no solo:

Objectivo: Educar o apoio das mãos no solo.

3. Rolamento em plano inclinado:

Ou

Objectivo: Facilitar o balanço sem necessidade da repulsão de braços para a sua

continuidade através do plano inclinado.

4. Rolamento com um objecto entre o apoio das mãos e pés:

Objectivo: Obrigar a uma efectiva repulsão de braços antes do apoio final dos pés.

d) Erros Típicos

1. Apoio incorrecto ou tardio das mãos;

2. Ausência de repulsão de braços;

3. Abertura durante a repulsão de braços.

e) Variantes

1. Rolamento atrás para apoio invertido.

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2.1.3. Apoio invertido – “Pino”

a) Determinantes Técnicas

1. Correcto afundo frontal;

2. Postura alongada da bacia;

3. Braços estendidos e alinhados com o tronco;

4. Cabeça em posição neutra com olhar dirigido para as mãos;

5. Tonicidade geral do corpo.

b) Acções Motoras Fundamentais

1. Fecho;

2. Impulsão de braços;

3. Impulsão de perna de afundo;

4. Abertura;

5. Retroversão da bacia.

c) Situações de Aprendizagem

1. Da posição de afundo frontal, realizar tesoura:

Objectivo: Percepção do trabalho de cada uma das pernas.

2. Posição semi-invertida com apoio das pernas num plinto:

Objectivo: Percepção da posição invertida com apoio alinhado entre braços e tronco.

3. Apoio invertido com apoio dorsal:

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Objectivo: Auxílio de equilíbrio.

4. Apoio invertido com apoio ventral:

Objectivo: Auxílio de equilíbrio e correcção da posição.

d) Erros Típicos

1. Afundo frontal incorrecto: - Falta de alinhamento braços-tronco;

- Perna de impulsão estendida.

2. Hiper-extensão da cabeça;

3. Anteversão da bacia.

2.1.4. Roda

a) Determinantes Técnicas

1. Correcto afundo frontal;

2. Rotação do tronco ¼ de volta, apenas antes do apoio das mãos;

3. Apoio das mãos:

a) Alternado;

b) Alinhado;

c) Mãos paralelas, afastadas e a passar pela vertical;

4. Pernas estendidas, afastadas e a passar pela vertical.

b) Acções Motoras Fundamentais

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1. Fecho;

2. Abertura;

3. Impulsão

de braços;

4. Impulsão

da perna de afundo;

5. Fecho;

6. Abertura;

7. Impulsão

de braços.

c) Situações de Aprendizagem

1. Passagem alternada das pernas por cima de um banco sueco:

Objectivo: Aprendizagem da passagem alternada das pernas por um plano elevado,

fixando a posição das mãos.

2. Atravessar um colchão com apoio alternado de mãos e pernas:

Objectivo: Introduzir à situação anterior o apoio alternado das mãos.

3. Roda sobre uma linha curva, aumentando gradualmente o raio:

Objectivo: Procurar maior verticalidade das pernas.

4. Roda com passagem ventral ou dorsal por um colchão vertical:

Ou

d) Erros Típicos

1. Afundo lateral;

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19

2. Apoio incorrecto das mãos: a) Simultâneo braços-tronco;

b) Desalinhado;

c) 2.ª mão voltada para fora.

3. Não passar as pernas pela vertical.

2.1.5. Rondada

a) Determinantes Técnicas

1. Correcto afundo frontal;

2. ¼ de volta com junção das pernas na vertical;

3. Curveta: - Impulsão de braços;

- Fecho parcial.

4. Apoio das mãos: a 2.ª mão voltada para a 1.ª.

b) Acções Motoras Fundamentais

1. Fecho;

2. Abertura;

3. Impulsão de braços;

4. Impulsão da perna de afundo;

5. Fecho;

6. Abertura;

7. Impulsão de braços;

c) Situações de Aprendizagem

1. Roda em plano elevado com ¼ de volta na vertical e recepção a 2 pernas no

solo:

Objectivo: Criar espaço para a rotação e recepção com as pernas juntas.

2. Curveta:

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20

Objectivo: Aprender a curveta separado, sem a complexidade da parte anterior.

3. Rodada com início em plano elevado e recepção no solo:

Ou

d) Erros Típicos

1. Incorrecto apoio das mãos;

2. Afundo lateral;

3. Ausência de curveta.

2.1.6. Salto de mãos

a) Determinantes Técnicas

1. Correcto afundo frontal;

2. Coordenação das acções: - Impulsão da perna de afundo;

- Abertura da perna livre;

- Impulsão de braços.

3. Manutenção da postura alongada (aberta);

4. Olhar dirigido para as mãos (sempre).

b) Acções Motoras Fundamentais

1. Fecho;

2. Abertura;

3. Impulsão de braços;

4. Retroversão da bacia.

c) Situações de Aprendizagem

1. Pino com queda dorsal:

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Objectivo: Adquirir a noção da rotação do tronco sem perder a postura alongada

(combater o fecho).

2. Pino saltado:

Objectivo: Aprender a coordenação das 3 acções que resultam no salto.

3. Pino saltado com queda dorsal:

Objectivo: Juntar as duas situações anteriores sem preocupação de recepção.

4. Salto de mão em plano elevado ou apoio facilitado das mãos:

d) Erros Típicos

1. Flexão da cabeça;

2. Ausência de impulsão de braços;

3. Ombros avançados;

4. Fecho na parte final.

2.1.7. Flick-flack atrás

a) Determinantes Técnicas

1. Posição inicial com desequilíbrio atrás e:

• Ligeira flexão das pernas;

• Fecho do tronco sobre as pernas;

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• Braços em retropulsão.

2. Movimento enérgico e coordenado das seguintes acções:

• Impulsão de pernas;

• Abertura;

• Antepulsão de braços.

3. Manutenção da Postura alongada Aberta até ao apoio das mãos no solo.

4. Forte Impulsão de braços, coordenada com fecho parcial (retroversão da bacia)

das pernas sobre o tronco – CURVETA.

b) Acções Motoras Fundamentais

1. Abertura;

2. Antepulsão de braços; Simultâneas

3. Impulsão de pernas;

4. Impulsão de braços;

5. Fecho (parcial);

6. Retroversão da bacia.

c) Situações de Aprendizagem

1. Da posição de pé, descer para ponte:

Obs.: Com a ajuda lateral de um ou dois colegas na região lombar.

Objectivo: Percepção espaço-temporal – noção de rotação atrás em abertura.

2. De ponte com apoio dos pés elevados, subir para apoio invertido:

Obs.: Com a ajuda lateral de um ou dois colegas na região lombar e pernas.

Objectivo: Percepção espaço-temporal .

3. Salto para cima e para trás, para queda dorsal num colchão em postura

alongada aberta:

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Objectivo: Coordenação das 3 acções motoras determinantes (antepulsão de braços,

abertura e impulsão de pernas), direcção do salto (para cima e para trás) e postura do corpo

durante o voo (postura alongada aberta).

Deitado em decúbito dorsal, num plano elevado, descer dorsalmente em postura

alongada aberta até à posição de apoio invertido:

Ou

Obs.: Com ajuda de um ou dois colegas na região lombar e pernas.

Objectivo: Noção de chegada ao solo em Apoio invertido:

• Em postura alongada aberta;

• Com tonicidade dos braços.

4. Em Apoio invertido com apoio dos pés numa parede, espaldar ou ajudante,

alternar entre a postura alongada e postura alongada aberta com amplitude

máxima de antepulsão de braços:

Objectivo: Noção da posição correcta aquando da chegada das mãos ao solo em Apoio

invertido.

5. Apoio invertido num plano elevado ou superfície elástica, realizar Curveta:

Objectivo: Execução facilitada da curveta através de:

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• Impulsão de braços ampliada pela elasticidade do trampolim;

• Aumento do espaço desde a impulsão de braços até à recepção dos pés.

7. Com a ajuda de duas pessoas, carregar o executante desde a posição de pé

(sem salto) até ao apoio invertido, mantendo sempre a postura alongada aberta:

Obs.: As ajudas realizam-se conforme a figura, com pegas cruzadas ao nível da região lombar e parte posterior

das pernas.

Objectivo: Dar a noção ao executante do trajecto real do elemento, cumprindo com a

postura básica do corpo. Pela primeira vez experimenta a inversão dorsal do corpo, com

voo até ao apoio das mãos no solo.

8. Com a ajuda de duas pessoas, realizar a primeira parte do flick-flack (até apoio

invertido), com a impulsão de pernas realizada num mini-trampolim:

Obs.: A ajuda mantém-se relativamente ao suporte lombar, apenas a mão que suporta as pernas vai ser colocada

na parte anterior destas, contrariando a tendência das mesmas fazerem um fecho prematuro sobre o tronco.

Objectivo: Igual à situação anterior com a introdução da parte inicial (impulsão das pernas

facilitada).

9. Situação anterior continuando com a realização da Curveta:

Objectivo: execução global do elemento com a impulsão de pernas facilitada.

d) Erros Típicos

1. Posição inicial incorrecta:

Ou

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2. Insuficiência de alguma das 3 acções motoras iniciais;

3. Fecho prematuro das pernas sobre o tronco:

a) Durante a fase

aérea

b) No apoio das mãos

no solo

c) Ausência de Curveta:

3. SALTOS DE CAVALO

Todos os elementos do salto de cavalo podem dividir-se em sete fases:

3.1. O PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM DO SALTO DE CAVALO

3.1.1. Saltos de iniciação:

Sem Apoio

Com Apoio

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26

Saltos Gerais

3.1.2. A aprendizagem de Saltos com entrada facial (salto de eixo)

O salto de eixo é um elemento básico importante. A aprendizagem deve ter em conta as

fases deste elemento.

Dominar o pré-salto e a chamada.

A

Efectuar exercícios específicos de

impulsão de pernas.

B

Desenvolver a força e a técnica de

impulsão dos braços.

C

Aperfeiçoar as impulsões (pernas e braços).

D

Coordenação das técnicas do salto de eixo.

Final

Realiza o elemento completo.

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27

3.2 TÉCNICAS GÍMNICAS ELEMENTARES

3.2.1. Salto de Eixo

a) Determinantes Técnicas

1. Correcta ligação entre Corrida, Pré-chamada e chamada;

2. Chamada com a bacia em retroversão e antepulsão de braços;

3. 1º Voo em Postura Alongada com elevação dos pés da horizontal até 45º;

4. Impulsão de braços com simultâneo Fecho das pernas estendidas sobre o

tronco;

5. 2.º Voo com abertura controlada para uma recepção estável.

b) Acções Motoras Fundamentais

1. Impulsão de pernas;

2. Antepulsão de braços;

3. Retroversão da bacia;

4. Impulsão de braços;

5. Fecho;

6. Abertura.

c) Situações de Aprendizagem

1. Saltos de Eixo seguidos através de um banco sueco:

2. Salto de Eixo por cima de um colega, Bock ou Cogumelo:

3. Salto coelho ou subida para cima de um plinto longitudinal de baixa altura,

com saída em salto de eixo:

4. Situação igual à anterior com maior altura do cavalo. Se necessário, forrar o cavalo

ou plinto com um colchão. A chama poderá ser feita num mini-trampolim:

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28

5. Salto de Eixo em plinto transversal com ajuda.

d) Erros Típicos

1. Chamada

incorrecta:

* Ausência de Antepulsão;

* Ombros à frente dos pés. (Pré-chamada curta).

2. Ausência de 1º voo. O apoio faz-se quase em simultâneo com a chamada e não

há elevação dos pés antes do Fecho;

3. 1º voo excessivamente alto; ou insuficiente impulsão de braços. Após o apoio

não há uma re-inversão total;

4. Pernas flectidas.

3.2.2Salto entre Mãos

a) Determinantes Técnicas

1. Correcta ligação entre Corrida, Pré-chamada e chamada;

2. Chamada com a bacia em retroversão e antepulsão de braços;

3. 1º voo em Postura Alongada com elevação dos pés da horizontal até 45º;

4. Impulsão de braços com simultâneo Fecho das pernas flectidas sobre o tronco;

5. 2º voo com abertura controlada para uma recepção estável.

b) Acções Motoras Fundamentais

1. Impulsão de pernas;

2. Antepulsão de braços;

3. Retroversão da bacia;

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29

4. Impulsão de braços;

5. Fecho;

6. Abertura.

c) Situações de Aprendizagem

1. Saltos entre mãos sucessivos no solo ou entre dois bancos suecos:

2. Salto entre mãos no solo ultrapassando um pequeno obstáculo:

3. Salto entre mãos com apoio dos pés num plinto longitudinal:

6. Salto entre mãos para cima de um colchão elevado:

Objectivo: Permitir a elevação dos pés no 1º voo sem receio de cair ou falhar o apoio.

d) Erros Típicos

1. Chamada incorrecta: * Ausência de Antepulsão;

* Ombros à frente dos pés. (Pré-chamada curta).

2. Ausência de 1º voo. O apoio faz-se quase em simultâneo com a chamada e não

há elevação dos pés antes do Fecho;

3. 1º voo excessivamente alto ou insuficiente impulsão de braços. Após o apoio não

há uma reinversão total.

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30

3.2.3. Queda Facial

a) Determinantes Técnicas

1. Correcta ligação entre Corrida, Pré-chamada e chamada;

2. Chamada com a bacia em retroversão e antepulsão de braços;

3. 1º voo em Postura Alongada com elevação dos pés;

4. Impulsão de braços com alinhamneto entre braços e tronco e olhar dirigido para

as mãos,

5. 2º voo em Postura alongada com braços e tronco alinhados.

b) Acções Motoras Fundamentais

1. Impulsão de pernas;

2. Antepulsão de braços;

3. Retroversão da bacia;

4. Impulsão de braços.

c) Situações de Aprendizagem

1. Pino com queda dorsal:

Objectivo: Apreender a rotação do tronco sem perder a postura alongada (combater o fecho)

2. Pino saltado:

Objectivo: Aprender a coordenação das 3 acções que resultam no salto.

3. Pino saltado com queda dorsal:

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31

Objectivo: Juntar as duas situações anteriores sem preocupação de recepção.

4. Impulsão de pernas num Mini-trampolim com as mãos apoiadas no plinto para

realizar apoio invertido com ajuda:

Objectivo: Percepção da inversão do corpo após chamada e do apoio invertido à altura

do cavalo ou plinto.

5. Chamada com 1.º Voo, Apoio e queda dorsal para cima de um colchão de

queda pouco elevado:

6. Salto de mãos em cima de um plinto com recepção no solo. Com ajuda:

Objectivo: Percepção do 2.º voo.

7. Queda facial com impulsão no Mini-trampolim e com o plinto transversal forrado

com um colchão:

Objectivo: Facilitar a impulsão e retirar o receio de algum contacto extra com o cavalo/

plinto.

d) Erros Típicos

1. Chamada incorrecta: * Ausência de Antepulsão;

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32

* Ombros à frente dos pés. (Pré-chamada curta).

2. Ausência de 1º voo. O apoio faz-se quase em simultâneo com a chamada e é

necessário realizar Fecho para a elevação dos pés;

3. Flexão da cabeça antes ou durante o apoio das mãos no cavalo;

4. Fecho durante o 2.º voo.

4. TÉCNICAS GÍMNICAS ELEMENTARES

4.1. PARALELAS

4.1.1. BALANÇO EM APOIO

a) Determinantes Técnicas

1. Postura alongada fechada (PAF) atrás e à frente;

2. Postura alongada aberta (PAA) na passagem pela linha vertical do apoio;

3. Durante o balanço à frente e na passagem pela vertical, enérgico fecho

parcial e bloqueado (até à PAF) – Pontapé;

4. Aumento da amplitude angular entre os segmentos braço – tronco no

balanço à frente e atrás.

b) Acções Motoras Fundamentais

1. Antepulsão;

2. Abertura;

3. Fecho;

4. Retropulsão.

c) Situações de Aprendizagem

1. Balanço tipo pêndulo com permanente postura alongada do corpo.

• Balanço utilizado numa fase inicial, da

aprendizagem do balanço em apoio.

Executa-se com o corpo alinhado, amplitude

limitada e controlada.

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33

• Correctamente executado, o balanço à frente, deverá ser efectuado pela

retropulsão de braços (aumentar a amplitude do ângulo entre o braço – tronco) e à

retaguarda, pelo mesmo motivo, deverá executar uma acção de antepulsão de

braços.

Objectivo: Facilitar o domínio da técnica elementar do balanço em apoio.

2. Manutenção das posições do balanço atrás e à frente, no espaldar.

Objectivo: Noção correcta das posições sem mais condicionantes. Facilitar a aquisição

das acções motoras determinantes do balanço em apoio.

3. Movimento de balanço em apoio, na sua máxima amplitude.

d) Erros Comuns (a evitar)

1. “Selar” atrás;

2. Avanço dos ombros em relação à linha vertical do apoio;

3. Fecho prematuro no balanço à frente;

4. Ausência de amplitude do ângulo entre o braço – tronco.

4.1.2. “TESOURA”

a) Determinantes Técnicas

1. Tomada de balanço, partindo de uma posição sentada com a perna de

passagem em apoio e o braço correspondente em elevação superior. Perna de

balanço elevada relativamente aos banzos com o braço correspondente em

apoio;

2. Da posição transversal para lateral: abertura e abdução da perna de balanço

para apoio facial (perna de passagem em cima do banzo);

3. Amplitude da abdução da perna de balanço;

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34

4. Transição da perna de passagem , impulsão de braços e troca do apoio, com

rotação do corpo até à posição de sentado com duas pernas (5);

5. Sentado tanversalmente com duas pernas.

b) Acções Motoras Fundamentais

Fecho; Abertura; Abdução; Impulsão de braços; Antepulsão; Retropulsão.

c) Erros Comuns (a evitar)

1. Perna de passagem flectida; 2. Ausência da posição de apoio facial;

3. Amplitude insuficiente da perna de balanço.

d) Progressões Pedagógicas

Iniciação no solo Com aparelho Plano elevado

(superfície rígida)

A

Coordenação motora entre passagem de uma perna, rotação do corpo e a troca de apoio.

Execução com passagem a uma perna Execução com o auxílio da perna de

balanço

B

Domínio da técnica da perna de balanço e transição da perna de passagem.

C

Execução do movimento completo

Coordenação entre todas as acções motoras do elemento técnico.

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35

4.1.3. SAÍDA À FRENTE COM ½ VOLTA

a) Determinantes Técnicas

1. Execução correcta dos balanços;

2. Postura alongada fechada (PAF) na parte final do balanço à frente;

3. Rotação do corpo simultaneamente com deslocação dos apoios;

4. Manter a postura alongada, durante a fase de rotação, do corpo até à

recepção no solo;

b) Acções Motoras Fundamentais

1. Impulsão de braços;

2. Antepulsão;

3. Retropulsão.

d) Erros Comuns (a evitar)

1. Fraca amplitude nos balanços;

2. Fecho exagerado na fase de rotação do corpo;

3. Pernas flectidas ou afastadas na execução da rotação (½ volta).

d) Progressões pedagógicas

Page 36: Apoio p ef.d.eesc.ii.g09

36

1 Balanço tipo pêndulo 2 Balanço em apoio com amplitude

Facilitar o domínio da técnica elementar do

balanço em apoio.

Coordenação da troca dos apoios e

rotação do corpo.

3 Salto para apoio com saída 4

Salto para apoio e saída com ¼ de volta

para a posição facial + ¼ de volta para a

posição costal

Facilitar o domínio da postura alongada da bacia e da acção de retropulsão e

impulsão dos braços.

5

.

Salto para apoio seguido de saída com ½ volta para a posição

costal

Facilitar o domínio da postura alongada da bacia, acção de

retropulsão e impulsão dos braços. Coordenação da troca dos apoios

e rotação do corpo.

6 De balanço em apoio, saída com ½ volta para a posição costal

Coordenação entre todas as acções motoras do elemento técnico.

Page 37: Apoio p ef.d.eesc.ii.g09

37

4.2. ARGOLAS

4.2.1. BALANÇO EM SUSPENSÃO

a) Determinantes Técnicas

1. Antepulsão de braços no balanço à frente mantendo postura alongada

fechada (PAF);

2. Afastar as argolas à retaguarda e manter a postura alongada aberta (PAA);

3. Durante o balanço à frente e atrás elevação dos ombros e tronco;

4. Pontapé executado na passagem pela vertical (PAA) energicamente – fecho

parcial e bloqueado (até à PAF) à frente;

5. Olhar em frente no balanço à frente e ligeiramente para baixo no balanço

atrás.

b) Acções Motoras Fundamentais

1. Fecho;

2. Antepulsão;

3. Abertura;

4. Retropulsão.

c) Situações de Aprendizagem

1. Deitado dorsalmente/ventralmente no solo, realizar de uma forma

estática as posturas de balanço à frente e atrás.

Objectivo: Manutenção da posição de balanço à frente e atrás

2. Deitado dorsalmente/ventralmente no solo realizar movimento dinâmico

(“barquinhos”) aplicando a técnica de balanço à frente e atrás.

Objectivo: Coordenação facilitada das acções dos diferentes segmentos corporais na

realização do balanço, à frente e atrás.

Page 38: Apoio p ef.d.eesc.ii.g09

38

3. Balanços com amplitude limitada

Objectivo: Noção de lançamento dos membros inferiores, à frente e atrás, após a

passagem pela vertical.

d) Erros Comuns (a evitar)

1. Pouca amplitude e ausência de antepulsão de braços nos balanços.

2. Fecho exagerado no balanço à frente e flexão dos membros inferiores no

balanço à retaguarda;

3. Não afastar as argolas no balanço atrás e, não subir os ombros e o tronco,

no balanço à frente;

4. Lançamento dos membros inferiores, à frente e atrás, antes da passagem

pela vertical.

4.2.2. VELA

a) Determinantes Técnicas

1. Balanço com amplitude e afastamento das argolas à retaguarda, mantendo

a postura alongada aberta (PAA);

2. Após a passagem pela vertical, “Pontapé” e bloqueio no balanço à frente;

3. Retropulsão de braços e manutenção do corpo em postura alongada aberta

(PAA) até à posição de vela (invertida);

4. Corpo completamente alinhado na vertical (braços, tronco e pernas) e olhar

dirigido para baixo;

5. Tonicidade e completa extensão do corpo na posição de vela.

b) Acções Motoras Fundamentais

Fecho; Antepulsão; Abertura; Retropulsão.

Page 39: Apoio p ef.d.eesc.ii.g09

39

c) Situações de Aprendizagem

1. Execução de vela no espaldar 2. Execução de vela nas paralelas

Objectivo: Noção da posição invertida. Objectivo: Noção da posição de vela e aquisição de

equilíbrio na posição invertida.

3. Execução de vela nas argolas baixas 4. Movimento completo

Objectivo: Assimilação do equilíbrio invertido nas

argolas.

Objectivo: Coordenação entre todas as acções

motoras do elemento técnico.

d) Erros Comuns (a evitar)

1. Corpo fechado na fase de balanço à frente até vela;

2. Corpo desalinhado na vertical (braços, tronco e pernas);

3. Braços flectidos e flexão da cabeça;

4. Ausência de tonicidade geral do corpo.

6.2.2. DESLOCAMENTO DE OMBROS À FRENTE (SIMPLES)

a) Determinantes Técnicas

1. Grande amplitude no balanço especialmente atrás (elevação dos ombros e

tronco);

2. Grande afastamento das argolas, mantendo a extensão dos braços;

3. Durante o deslocamento de ombros à frente, elevação da bacia e fecho do

corpo até à posição invertida.

Page 40: Apoio p ef.d.eesc.ii.g09

40

b) Acções Motoras Fundamentais

Abertura; Retropulsão; Fecho.

c) Erros Comuns (a evitar)

*Falta de amplitude do balanço; *Insuficiente afastamento das argolas;

*Membros superiores flectidos no momento de deslocamento de ombros à frente;

*Após o deslocamento, na parte final, flexão dos membros inferiores.

d) Progressões Pedagógicas

A

Deslocamento de ombros com auxílio de impulsão

de pernas

Noção de deslocamento de ombros até à posição invertida.

B

Deslocamento de ombros com

manipulação

Aquisição da técnica do movimento – abertura do corpo, afastamento de braços com deslocamento

de ombros e fecho.

C

Execução do movimento completo

Ligação e coordenação entre o balanço e o deslocamento de ombros à frente.

Page 41: Apoio p ef.d.eesc.ii.g09

41

4.3. TRAVE1

Praticamente todas as técnicas gímnicas elementares, executadas na trave, iniciam-se

no solo. Só quando devidamente consolidadas se transferem, para a trave.

Deste modo, o aluno/praticante necessita de dominar, primeiramente, as técnicas no solo

de forma a transferi-las para a trave baixa e, posteriormente, para a trave alta,

aumentando progressivamente, o grau de complexidade das técnicas gímnicas

elementares.

Os exercícios de adaptação e familiarização devem ser executados numa trave baixa,

colocada quase ao nível do solo. Durante a realização destes exercícios elementares, o

professor deverá informar, o executante, relativamente aos aspectos técnicos de cada

elemento, como também, relativamente à atitude e postura corporal.

Quando o aluno/praticante já possui autonomia para realizar a técnica gímnica elementar

no solo, deverá ser incentivado a executar na trave baixa e, numa fase posterior, numa

trave um pouco mais alta. Nesta etapa, o professor/ajudante deve sempre que

necessário e conveniente intervir para auxiliar no caso de algum desequilíbrio.

Todos os elementos que o executante possua capacidade para realizar autonomamente,

deverão ser incentivados a efectuar com maior frequência, afim de possibilitar um maior

grau de eficácia na realização com sucesso dos mesmos. Com o objectivo de evitar o

surgimento de constrangimentos e bloqueios psicológicos é conveniente não precipitar

nem acelerar a transição da realização das técnicas gímnicas elementares da trave baixa

para a alta.

Quando se transita da trave baixa para uma mais alta, é necessário e conveniente, ter

maior cuidado relativamente às questões de segurança, nomeadamente no processo de

ajuda e protecção que será efectuado pelo professor, como também, na forma como

estão colocados os colchões de protecção em torno da trave.

4.3.1. Rolamento à frente

1 Nas técnicas gímnicas elementares abordadas neste aparelho, as situações de aprendizagem reportam-se

somente à trave, uma vez que partimos do princípio que já estão consolidadas no solo.

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42

a) Determinantes Técnicas

1. Apoio correcto e efectivo das mãos na trave, à frente dos pés;

2. Flexão da cabeça (queixo ao peito);

3. Impulsão de pernas;

4. Posição arredondada do tronco até ao apoio dos pés na trave.

b) Acções Motoras Fundamentais

Fecho; Repulsão de braços; Impulsão de pernas; Abertura.

c) Situações de Aprendizagem

Efectuar rolamento à frente em diferentes planos:

1. No solo em cima de uma linha previamente marcada;

2. Em cima da cabeça do plinto ou banco sueco;

3. Na trave baixa colocando colchões ao mesmo nível;

4. Na trave baixa e posteriormente na trave alta.

d) Erros Comuns (a evitar)

1. Apoio incorrecto das mãos;

2. Ausência de impulsão de pernas;

3. Ausência da posição arredondada do tronco por falta de queixo ao peito

4. Abertura e extensão das pernas e afastamento dos joelhos do peito,

durante o engrupamento (“bolinha”).

4.3.2. ROLAMENTO À RETAGUARDA

a) Determinantes Técnicas

5. Apoio correcto e efectivo das mãos na trave, junto às orelhas, palmas das

mãos voltadas para cima;

6. Flexão da cabeça, mantendo o queixo junto ao peito;

7. Repulsão de braços para aliviar peso sobre a cabeça e pescoço;

8. Posição arredondada (engrupada) do tronco até ao apoio dos pés na trave.

b) Acções Motoras Fundamentais

Fecho; Repulsão de braços; Abertura.

c) Situações de Aprendizagem

Efectuar rolamento à retaguarda em diferentes planos:

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43

1. No solo em cima de uma linha previamente marcada;

2. Em cima da cabeça do plinto ou banco sueco;

3. Na trave baixa colocando colchões ao mesmo nível;

4. Na trave baixa e posteriormente na trave alta.

d) Erros Comuns (a evitar)

4. Apoio incorrecto ou tardio das mãos;

5. Ausência de repulsão de braços;

6. Ausência da posição arredondada do tronco por falta de queixo ao peito;

7. Abertura e extensão das pernas e afastamento dos joelhos do peito, durante

o engrupamento (“bolinha”).

8.

4.3.3. SAÍDA EM RODA

a) Determinantes Técnicas

5. Correcto afundo frontal;

6. Rotação do tronco ¼ de volta, apenas antes do apoio das mãos;

7. Apoio das mãos:

e) Alternado;

f) Alinhado;

g) Mãos paralelas, afastadas e a passar pela vertical;

8. Pernas estendidas e afastadas até à posição vertical;

9. Na posição vertical, pernas juntas até recepção no solo.

c) Situações de Aprendizagem

1. No solo em cima de uma linha previamente marcada (roda normal);

2. Na trave baixa colocando colchões ao mesmo nível (roda normal);

3. Num plano elevado (banco sueco ou cabeça do plinto) execução da roda

com chegada à recepção a pernas juntas (roda específica);

4. Execução do movimento completo, com manipulação, na trave alta (roda

específica).

Page 44: Apoio p ef.d.eesc.ii.g09

44

d) Erros Comuns (a evitar)

1. Afundo incorrecto;

2. Apoio incorrecto das mãos: a) Mãos voltadas para fora;

c) Flexão dos braços.

3. Não passar as pernas pela vertical;

4. Juntar as pernas tardiamente.

4.4. BARRA FIXA

4.4.1. BALANÇO EM SUSPENSÃO

a) Determinantes Técnicas

1. Postura alongada fechada (PAF) atrás e à frente;

2. Postura alongada aberta (PAA) na passagem pela vertical da barra;

3. Durante o balanço à frente e na passagem pela vertical, enérgico fecho

parcial e bloqueado (até à PAF) – Pontapé;

4. Antepulsão de braços no balanço à frente;

5. Arranjo das mãos no balanço atrás e flexão dos pulsos.

b) Acções Motoras Fundamentais

1. Fecho;

2. Abertura; Postura Alongada

3. Fecho;

4. Antepulsão de braços.

Page 45: Apoio p ef.d.eesc.ii.g09

45

c) Situações de Aprendizagem

4. Em suspensão e em postura alongada, alternar energicamente entre a

postura alongada aberta e fechada.

Objectivo: Noção correcta da posição fecho parcial e bloqueado (até à PAF) – Pontapé

5. Manutenção das posições do balanço à frente e atrás, no espaldar.

Objectivo: Noção correcta das posições sem outras condicionantes.

6. Iniciar o balanço partindo de um plano elevado.

Objectivo: Permitir o início do balanço com a posição inicial correcta e noção do pontapé.

7. Realizar movimento com pouca amplitude (limitada), possibilitando um maior

controlo do mesmo, até à sua realização na máxima amplitude (movimento

completo).

d) Erros Comuns (a evitar)

1. “Selar” atrás e à frente;

2. Pontapé sem retroversão da bacia;

3. Ausência de antepulsão de braços.

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46

4.4.2. SUBIDA DE FRENTE

a) Determinantes Técnicas

1. Puxar a bacia à barra com lançamento, para cima e

para trás, da perna livre (fecho da perna, detrás, sobre o

tronco);

2. Juntar as pernas na posição invertida;

3. Cabeça em posição neutra;

4. Rotação dos pulsos, estabilizando o corpo, com postura alongada da bacia,

sobre a barra.

c) Situações de Aprendizagem

1. Com a barra baixa, subir com os pés um plano inclinado à frente e próximo da

barra e encostar a bacia à barra para realizar a subida, através da impulsão de uma ou

das duas pernas.

Objectivo: Facilitar a aproximação da bacia à barra e a rotação do corpo.

2. Realizar a subida pela frente na barra baixa com a ajuda da impulsão de uma ou

duas pernas até à posição invertida.

Objectivo: Aproximação da bacia à barra através da impulsão das pernas.

3. Movimento completo

Ganhar e aumentar

velocidade de

rotação do

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47

d) Erros Comuns (a evitar)

1. Incapacidade de aproximação da bacia à barra;

2. Hiper-extensão da cabeça;

3. Abertura prematura afastamento da bacia;

4. Ausência de rotação dos pulsos na parte final.

4.4.3. VOLTA DE APOIO À RETAGUARDA

a) Determinantes Técnicas

1. Forte balanço em apoio;

2. Aproximação da bacia à barra em postura

alongada;

3. Cabeça em posição neutra;

4. Manutenção da postura alongada durante a volta;

5. Rotação dos pulsos Realizar e completar a parte final

c) Situações de Aprendizagem

1. Realização de balanços em apoio.

Ganhar e aumentar

velocidade de

rotação do

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48

Objectivo: Noção de fecho e abertura das pernas sobre o tronco (aprender a ganhar

balanço).

2. Subida pela frente.

Objectivo: Noção da rotação atrás e rotação dos pulsos, sem o balanço inicial.

3. Volta atrás sem balanço e com manipulação.

Objectivo: Noção da posição em postura alongada durante toda a volta.

4. O mesmo exercício que o anterior, mas com balanço, com manipulação

imprimindo mais velocidade de rotação.

5. Movimento completo

d) Erros Comuns (a evitar)

1. Balanço insuficiente;

2. Fecho antes do contacto da bacia com a barra

(inclinação dos ombros à frente) afasta a bacia da barra;

3. Ausência da acção dos braços (retropulsão);

4. Ausência de rotação dos pulsos não atinge o apoio final.

4.5. Cavalo com Arções

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49

4.5.1. BALANÇOS LATERAIS

a) Determinantes Técnicas

1. Apoio facial com postura alongada e hiper-extensão dos ombros;

2. Amplitude da oscilação lateral da bacia;

3. Movimentos de deslocamento lateral dos ombros para o lado oposto ao

membro inferior que balança;

4. Afastamento dos membros inferiores, alternadamente, com máxima

amplitude.

b) Acções Motoras Fundamentais

1. Impulsão de braços;

2. Abdução/adução de pernas;

3. Retropulsão.

c) Situações de Aprendizagem

1. No solo em apoio, lançamento lateral e alternado de membros inferiores.

Objectivo: Noção correcta das posições de apoio e de balanço alternado de pernas.

2. Lançamento lateral e alternado de membros inferiores.

Objectivo: Noção correcta do balanço alternado, de pernas, com máxima amplitude.

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50

3. Elemento completo.

d) Erros Comuns (a evitar)

1. Ausência de extensão completa dos membros superiores;

2. Falta de amplitude na elevação lateral da bacia;

3. “Peito fora” e movimentos oscilatórios da cabeça (flexão, extensão e

laterais);

4. Falta de amplitude no afastamento de membros inferiores;

5. Ausência de deslocamento lateral dos ombros para o lado oposto ao

membro inferior que balança.

4.5.1. BALANÇOS TRANSVERSAIS

a) Determinantes Técnicas

1. Em apoio facial, balanços laterais com amplitude;

2. Inclinação lateral dos ombros para o lado contrário à perna de passagem e

impulsão do braço correspondente à mesma;

3. Elevação lateral, do membro inferior e da bacia, com grande amplitude,

passagem de uma perna à frente;

4. Após o balanço transversal (passagem de uma perna à frente), retorno dos

ombros à posição inicial;

5. Continuidade do movimento de balanço, da perna de passagem para a

frente;

6. No retorno, inclinação lateral dos ombros para o lado contrário da perna de

passagem, impulsão do braço correspondente à mesma passando-a, novamente,

para trás;

7. Boa elevação do membro inferior na passagem para trás, continuando em

balanço lateral.

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51

b) Acções Motoras Fundamentais

1. Impulsão de braços;

2. Abdução/adução de pernas;

3. Fecho;

4. Abertura.

c) Situações de Aprendizagem

1. Balanço transversal, lançamento lateral e alternado das pernas, em apoio

braqueal nas paralelas.

Objectivo: Noção correcta do balanço transversal.

2. Balanço transversal, para a frente e para trás, em apoio braqueal, nas

paralelas ou argolas (cavalo com arções colocado em baixo das paralelas ou

argolas).

Objectivo: Assimilação do balanço transversal com a máxima amplitude.

3. Elemento completo no cavalo com arções

c) Erros Comuns (a evitar)

1. Flexão de braços e falta de hiper-extensão dos membros superiores;

2. Falta de amplitude e insuficiente afastamento dos membros inferiores;

3. Flexão dos membros inferiores na passagem da perna à frente e atrás;

4. Ausência de deslocamento lateral dos ombros para o lado oposto ao

membro inferior que balança.

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52

5. TRAMPOLINS

5.1. HISTÓRIA

É muito difícil, se não impossível, situar com precisão as origens do trampolim. O homem

sempre procurou as superfícies elásticas para se elevar mais alto e realizar assim,

exercícios cada vez mais difíceis.

De acordo com alguns estudiosos da arte circense, o primeiro trampolim a ser

desenvolvido teve como criador o artista francês Du Trampoline (daí o nome trampolim),

que na Idade Média, em Espanha, viu a possibilidade de usar a rede de segurança do

trapézio voador, como forma de propulsão. Este artista experimentou diferentes sistemas

de suporte para este aparelho, acabando por reduzir o tamanho da rede para um

tamanho mais prático (Gymmedia, 2001).

O trampolim na sua forma actual só emergiu na última metade do séc. XX, quando, em

1936, um aparelho protótipo foi construído por Larry Griswold e um dos seus estudantes

de tumbling, George Nissen (Walker, 2000; cit. Laws, 2005).

Durante a II Guerra Mundial, a Marinha (Escola Naval) e a Força Aérea dos EUA

utilizaram o trampolim com o propósito de treinar os seus pilotos e navegadores

dando-lhes uma prática em termos de orientação espacial (sentido cinestésico e

proprioceptividade, orientação espacio-temporal). Depois da guerra, nas Agências

Espaciais e com o desenvolvimento do programa de voo espacial, o trampolim assume,

novamente, papel de relevo no treino dos astronautas, dando-lhes a experiência da

variabilidade de posições corporais durante os voos (Walker, 2000; cit. Laws, 2005).

As autoridades médicas e quem trabalha com pessoas portadoras de deficiência,

encontraram muitos benefícios no uso do trampolim. Este aparelho, ao nível recreativo,

tem uma atracção imediata, especialmente para os jovens, podendo assumir-se como

factor de motivação e interesse para a prática das actividades gímnicas e contribuir para

o desenvolvimento da coragem, capacidade de superação, etc. (FIG, 2000).

Pelas elevadas qualidades pedagógicas, lúdicas e recreativas que o trampolim assume,

estes foram introduzidos nos programas escolares de educação física. A sua prática

chegou à Europa nos anos 50 (séc. XX). No início dos anos 60, formaram-se muitas

federações nacionais, tendo em 1958 sido realizada a primeira Nissen Cup na Suíça, sob

a organização de Kurt Bachler, outro pioneiro do desporto. Este é um evento que ainda

hoje se realiza (FIG, 2000).

Actualmente os Trampolins são amplamente reconhecidos como uma ferramenta de

treino para muitos outros desportos, tais como, as diversas modalidades gímnicas,

mergulho, freestyle aéreo, entre outros.

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53

Em 1964, foi formada a Federação Internacional de Trampolim (FIT) com sete

federações fundadoras. O movimento da competição continuou a desenvolver-se e a

crescer continuamente, ano após ano. Os Campeonatos do Mundo foram realizados

anualmente a partir de 1964. Passando, entretanto, desde 1968, a terem lugar de dois

em dois anos. Os Campeonatos da Europa iniciaram-se em 1969 e os Campeonatos

Pan-americanos em 1981.

Desde 1972, passaram-se a organizar os Campeonatos da Europa de Juniores, de dois

em dois anos. A disciplina de Trampolim integra o quadro competitivo dos Jogos

Mundiais desde 1981. Em 1993 surgiu a Taça do Mundo, contribuindo de forma decisiva

para o extraordinário crescimento desta disciplina, através da cobertura mediática dos

diferentes órgãos de comunicação social, nomeadamente as televisões.

Em 1998, o Trampolim foi apresentado pela primeira vez, na Gala Olímpica de Ginástica

em Atlanta. No ano seguinte, passou a integrar o Programa Olímpico, tendo sido

considerado como Modalidade Olímpica nos Jogos Olímpicos de 2000, em Sydney.

5.2. NORMAS DE SEGURANÇA

Os saltos de Trampolim têm, de uma maneira geral, grande aceitação por parte dos

alunos. A sua iniciação, no entanto, requer uma atenção especial, pois o seu poder de

impulsão poderá oferecer alguns riscos, se não for devidamente controlado. Deste modo,

a adaptação, familiarização e aprendizagem dos Trampolins deverá processar-se

metódica e progressivamente.

Associado ao risco, é conveniente salientar que, enquanto os alunos não estiverem na

plena posse das técnicas dos saltos, o Professor, deverá estar com uma atenção

constante para oportunamente prestar ajuda e apoio a fim de evitar acidentes; que

poderão revestir-se de certa gravidade.

A capacidade de impulsão, conjugada com uma chamada defeituosa - dos

alunos/praticantes - poderão conduzir a uma trajectória do salto imprevista e

descontrolada. Assim, quer na iniciação, quer na execução dos saltos, propriamente

ditos, por norma e regra de preservação e manutenção da segurança, é conveniente

salvaguardar e respeitar alguns requisitos essências, dos quais destacamos os

seguintes:

• Altura mínima do tecto 8 metros (pé direito), e espaço suficiente em torno do

aparelho;

• Não haver objectos por baixo do aparelho;

Page 54: Apoio p ef.d.eesc.ii.g09

54

• A tela e as protecções encontrarem-se em bom estado de conservação (deverá

haver um cuidado especial com as tensões dos elásticos e das molas);

• Banquetes de protecção com os respectivos colchões em bom estado;

• Não existirem focos de luz (natural ou artificial), que possam incidir muito

directamente nos olhos dos praticantes, especialmente, em fases mais perigosas

dos saltos (posições invertidas);

• Verificar se existem correntes de ar fortes, especialmente, se forem

descontínuas e que possam prejudicar na fase aérea dos saltos;

• Não utilizar Trampolins de diferentes medidas, ou colocados em posições

inversas (entenda-se um em posição longitudinal e outro em posição transversal);

• Colchões de protecção colocados em ambos os lados do aparelho;

• O Trampolim deve estar fechado quando não está a ser utilizado;

• O material deve ser sempre revisto antes de qualquer aula/treino,

comprovando-se o estado das molas, ou elásticos, o material de protecção, o

encaixe das pernas, as correntes e os esticadores, etc;

• A abertura e o fecho do Trampolim (montar/desmontar), deverá ser efectuada

por pessoas autorizadas e treinadas para o efeito. Para se executarem estas

tarefas são precisas pelo menos dois indivíduos, que devem cumprir as seguintes

acções:

o Colocar o trampolim na horizontal (suportado pelas rodas) e afastar

lateralmente as pernas;

o Retirar as rodas (uma de cada vez) e afastar completamente as pernas

do Trampolim;

o Elevar a parte lateral do Trampolim (a que está por cima, quando

fechado), colocando as barras de suporte no respectivo encaixe da perna

correspondente. Abrir depois a outra parte lateral e, de igual forma,

encaixar as barras de suporte para finalmente se colocarem as protecções

do topo (banquetes), ou plintos com colchões de recepção.

• Condições de segurança por parte dos utilizadores:

o Vários ajudantes (professores ou alunos), deverão colocar-se ao lado do

aparelho (pelos menos dois de cada lado) que tentarão, na medida do

possível, evitar quedas de cabeça, no caso de ocorrência de algum

acidente;

o Silêncio ou ruído moderado no ginásio;

Page 55: Apoio p ef.d.eesc.ii.g09

55

o Alunos disciplinados e avisados para manterem a concentração de

forma a não perturbarem o colega que está a saltar;

o Não subir para o aparelho sem antes se saber exactamente o que se vai

fazer;

o Preparação física adequada.

• Num outro nível de exigências, o professor:

1. Tem a obrigação de conhecer os saltos que pretende ensinar (os

aspectos técnicos, os erros mais frequentes de execução, as situações de

aprendizagem mais adequadas aos seus alunos, etc.);

2. Deve assegurar-se, que os alunos percebem o que lhes pretende

ensinar; explicando, exemplificando (ele ou um aluno), ou mostrando em

vídeo os saltos a abordar;

3. Deve fornecer informações (feedbacks), nos momentos oportunos da

execução, de forma a facilitar a aprendizagem e o aperfeiçoamento

técnico;

4. Deve tentar desenvolver a motivação, dos alunos, no sentido de se

esforçarem por manter um comportamento adequado, disciplinado e

concentrado (os comportamentos desviantes devem ser completamente

eliminados das aulas/treinos, pois podem levar a acidentes dos próprios ou

dos colegas);

5. Tem de saber utilizar e aplicar as ajudas manuais e materiais,

adequadas a cada salto, em função dos seus alunos;

6. Deve conhecer os erros de execução, mais frequentes, de cada salto

para poder fazer uma boa prevenção, minimizando os efeitos de possíveis

acidentes (isto consegue-se, colocando colchões de recepção mais

adequados e também ajudante atento no local);

7. Ter em consideração, que o desenvolvimento prévio da condição física

pode ser determinante na aprendizagem, tecnicamente correcta e segura,

de cada salto.

Complementarmente, a estas normas e medidas de segurança, comuns à generalidade

dos trampolins, achamos conveniente salientar, de forma particular, algumas regras a

serem consideradas na execução dos saltos de Mini e Duplo Mini-Trampolim (MT e DMT,

respectivamente), pois estes aparelhos são os mais comum e vulgarmente e utilizados

nas nossas Escolas:

• Prever e executar um aquecimento adequado e completo;

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56

• Deve haver especial atenção ao piso, onde se executa a corrida, que não deve

ser escorregadio ou irregular. A zona de corrida deverá ter um comprimento de

pelo menos 12 metros;

• Os colchões de recepção devem ter uma densidade que absorva bem o impacto

da recepção, sem ser demasiado mole, para permitir uma boa estabilidade e, de

preferência, sem uniões ou encaixes. O material de revestimento deve ser

resistente e não escorregadio;

• O MT e DMT devem ser colocados longe de paredes e de outros aparelhos;

• O MT e DMT, devem estar fechados quando não utilizados;

• O MT, DMT e os colchões de recepção devem ser revistos antes de qualquer

aula, ou treino, para avaliar o seu estado geral de conservação (elásticos,

armação, ganchos, lona, almofadas de protecção, parafusos, etc);

• Regular a altura do MT conforme a situação de utilização (saltos à frente, saltos

atrás) e conforme as idades dos alunos, verificar posteriormente a estabilidade do

mesmo;

• Nunca deixar saltar os alunos descalços, em meias, em sapatilhas de sola

grossa, ou com outros equipamentos impróprios. Aconselhamos sapatilhas

próprias para ginástica de sola flexível;

• Não permitir que os alunos saltem para o chão ou para tapetes pouco espessos,

pois poderão originar lesões musculares e articulares (coluna vertebral, pés,

tornozelos e joelhos). Aconselhamos a utilização de colchões de queda com

tapetes à volta para a protecção de eventuais desequilíbrios após os saltos;

• Nunca deixar saltar os alunos sem que haja pelo menos um ajudante

experimentado. São aconselháveis duas ajudas para o treino de saltos de maior

grau de dificuldade (uma de cada lado do MT/DMT);

• Nunca permitir que o mesmo aluno faça saltos seguidos; ele deverá ter um

tempo de recuperação entre cada salto;

• Não permitir saltos difíceis logo no início da aula. Os primeiros saltos deverão ser

de adaptação ao MT/DMT, de correcção da corrida e da chamada no MT/DMT, de

ajustamento na velocidade de rotação (mortais, piruetas), para que o aluno possa

tirar o maior rendimento possível, tanto na aprendizagem de novos saltos como

na melhoria na execução de saltos já aprendidos. Não deveremos, contudo,

deixar para o fim da sessão o treino dos saltos mais difíceis (pois nesse período

os alunos apresentam maior cansaço físico e psíquico, perturbando logicamente a

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concentração, a capacidade de reacção, a coordenação, o poder de orientação,

etc.).

Pelo referido, pensamos ter ficado claro, que uma das tarefas mais importantes; nas

aulas em que utilizamos os Trampolins; são a observação das regras e normas de

segurança e prevenção de acidentes. Contudo, de forma alguma perfilhamos a ideia de

se considerarem os Trampolins aparelhos perigosos. Só o serão, se desrespeitarmos as

normas de segurança necessárias quando da sua utilização.

5.3. TÉCNICAS GÍMNICAS ELEMENTARES

5.3.1. Salto de extensão (vela)

A

Impulsão de pernas eantepulsão de

braços Preparação da Técnica de Chamada

B

Pré-salto/Chamada (Impulsão de

pernas e antepulsão de braços)

C

Corrida de

balanço/Pré-salto/Chamada/Vela

/Recepção

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58

5.3.2. Salto de carpa

A

Preparação Física Preparação da Técnica de Chamada

B

Impulsão de pernas e antepulsão de

braços

Pré-salto/Chamada (Impulsão de

pernas e antepulsão de braços)

C

Corrida de

balanço/Pré-salto/Chamada/Vela/Rec

epção

Corrida de

balanço/Pré-salto/Chamada/Salto

engrupado/Recepção

D

Preparação Física (Acção de Fecho e

Abertura) Preparação da Técnica de Carpa

E

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59

10.3.3. Salto encarpado

5.3.4. Pirueta vertical

A

Impulsão de pernas e

Antepulsão de braços

Impulsão de pernas e

Antepulsão de braços

com ½ pirueta

Impulsão de pernas e

Antepulsão de braços

com 1 pirueta

B

A

Corrida de

balanço/Pré-salto/Chamada/Vela/R

ecepção

Corrida de

balanço/Pré-salto/Chamada/Salto

engrupado/Recepção

B

Preparação Física (Acção de

Fecho e Abertura) Preparação da Técnica de Carpa

C

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Impulsão de pernas e

Antepulsão de braços

(de um plano elevado)

Impulsão de pernas e

Antepulsão de braços

com ½ pirueta

(de um plano elevado)

Impulsão de pernas e

Antepulsão de braços

com 1 pirueta.

(Plano elevado)

C

Corrida de balanço;

Pré-salto;

Chamada;

Salto de Vela;

Recepção.

Corrida de balanço;

Pré-salto;

Chamada;

½ Pirueta Vertical;

Recepção.

Corrida de balanço;

Pré-salto;

Chamada;

Pirueta Vertical;

Recepção.

5.3.5. Mortal à frente

Mortal à frente é uma técnica elementar com 360º de rotação em torno do eixo

transversal.

a) Determinantes Técnicas

1. Deve ser realizado após corrida de balanço seguida de uma pré-chamada

rasante, colocando os braços para baixo e para trás (retropulsão);

2. Chamada efectuada a duas pernas (no centro do MT) para cima e para a

frente, acompanhada de antepulsão de braços e retroversão da bacia;

3. Na trajectória aérea efectua-se o fecho dos segmentos corporais, tronco e

membros superiores sobre os membros inferiores efectuando flexão ao nível dos

joelhos;

4. A rotação é efectuada pela flexão do tronco à frente, conjugada com a acção

dos membros superiores (as mão deverão agarrar os joelhos), a cabeça deverá

efectuar flexão à frente (queixo ao peito), como também a bacia deverá ser

elevada a retaguarda;

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Nota: Quanto mais fechado sobre si próprio se encontrar o corpo, maior será a velocidade de rotação

(por diminuição do momento de inércia).

5. Durante a fase descendente para a recepção executa-se o movimento de

abertura do corpo, pelo afastamento dos membros superiores e do tronco

relativamente aos membros inferiores, bem como a sua extensão e alinhamento

com a bacia. Após a abertura os membros superiores devem ser colocados

paralelamente ao tronco de forma a preparar a recepção;

6. A recepção deverá ser efectuada de forma estável e em equilíbrio,

realizando uma flexão das pernas ao nível do joelho, mantendo o tronco

ligeiramente inclinada à frente e com os braços elevados lateralmente e à frente

do tronco.

b) Acções Motoras Fundamentais

1. Impulsão de pernas;

2. Antepulsão de braços;

3. Fecho;

4. Retropulsão;

5. Abertura.

c) Situações de Aprendizagem

1. Rolamento à frente partindo sobre o MT de, uma posição semi-agachada.

Realizar o enrolamento, com apoio de mãos, efectuando o fecho completo das

pernas sobre o tronco mantendo os joelhos flectidos e fixos pelas mãos:

2. Rolamento à frente partindo sobre o MT de, uma posição semi-agachada.

Realizar o enrolamento, sem apoio de mãos, efectuando o fecho completo das

pernas sobre o tronco mantendo os joelhos flectidos e fixos pelas mãos. Na parte

final, efectuar a abertura e extensão completa das pernas, conjugada com a

acção de retroversão da bacia, mantendo os braços estendidos paralelamente ao

tronco:

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Objectivo: Aquisição do tempo de abertura (de modo a evitar tocar com os joelhos na

cara).

3. Rolamento à frente, após chamada no MT, para um plano elevado. Realizar

o enrolamento, com apoio de mãos, efectuando o fecho completo das pernas

sobre o tronco mantendo os joelhos flectidos e fixos pelas mãos. Na parte final,

efectuar a abertura e extensão das pernas, procurando efectuar a recepção em

equilíbrio no solo:

Objectivo: Realização das acções motoras do mortal à frente, com apoio intermédio. O

plano elevado obriga a realização da chamada na direcção adequada.

4. Rolamento à frente sem apoio de mãos, após chamada no MT, para um

plano elevado. Realizar o enrolamento, efectuando o fecho das pernas sobre o

tronco mantendo os joelhos flectidos e fixos pelas mãos. Na parte final, efectuar a

abertura e extensão das pernas, procurando efectuar a recepção em equilíbrio no

solo:

Objectivo: Mantendo a segurança e direcção do elemento, retira-se o apoio intermédio.

Na parte final da execução percepção da recepção após a rotação à frente.

5. Mortal à frente no MT, com ajuda de impulsão na fase ascendente, de

manipulação na fase de rotação e de parada na recepção:

6.

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63

Objectivo: Manter a segurança da execução da fase aérea do mortal, auxílio no

momento de rotação, abertura e recepção.

7. Mortal à frente no MT, realizado autonomamente (protecção do ajudante):

d) Erros Típicos

1. Chamada incorrecta:

a. Má ligação da corrida de balanço, pré-salto e chamada;

b. Bacia em anteversão e tronco projectado à frente;

c. Ausência de antepulsão de braços.

2. Falta de manutenção engrupada do corpo;

3. Abertura prematura.

5.3.6. Mortal atrás

Mortal à retaguarda engrupado é um elemento técnico com 360º de rotação em torno do

eixo transversal.

a) Determinantes Técnicas

1. Deve ser realizado com o corpo em extensão completa. Os membros

superiores efectuam antepulsão até à elevação superior, mantendo o seu

alinhamento com o tronco, de modo a induzir uma trajectória vertical;

2. Após saída da tela, realiza-se a elevação dos joelhos ao peito, colocando-se

as mãos abaixo dos joelhos, fixando-os;

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3. A cabeça deve ser mantida em posição anatómica (olhar dirigido para a

frente – horizontal), não contrariando o movimento de rotação à retaguarda;

4. Imediatamente após a rotação (fase de inversão), executa-se a abertura da

posição engrupada, pela extensão completa do corpo, colocando os membros

superiores lateralmente ao tronco, preparando a recepção;

5. A recepção deverá ser efectuada de forma estável e em equilíbrio,

realizando uma flexão das pernas ao nível do joelho, mantendo o tronco

ligeiramente inclinado à frente e com os braços elevados lateralmente e à frente

do tronco.

b) Acções Motoras Fundamentais

1. Impulsão de pernas;

2. Antepulsão de braços;

3. Fecho;

4. Retropulsão;

5. Abertura.

c) Situações de Aprendizagem

1. Partindo de semi-agachamento, pequena impulsão de pernas , para realizar

queda dorsal sobre um colchão:

2.

Objectivo: Assimilação da posição engrupada (fecho das pernas sobre o tronco).

3. No MT, realizar queda dorsal, para um plano elevado e inclinado, seguido de

rolamento à retaguarda. O ajudante auxilia (manipulação), com uma mão

colocada no terço superior do dorso e outra na parte posterior das coxas,

impulsionando para cima e para trás:

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Objectivo: Assimilação da posição engrupada (fecho das pernas sobre o tronco) e da

rotação à retaguarda.

4. Partindo de um plano superior, efectuar o fecho das pernas sobre o tronco,

executando enrolamento à retaguarda, seguido de abertura e extensão de pernas

realizando a recepção em equilíbrio no solo:

5.

Objectivo: Assimilação dos últimos ¾ da rotação, percepção do tempo de abertura e da

recepção.

6. Mortal à retaguarda no MT, com ajuda de impulsão na fase ascendente, de

manipulação na fase de rotação e de parada na recepção:

7.

Objectivo: Manter a segurança da execução da fase aérea do mortal, auxílio no momento

de rotação, abertura e recepção.

8. Mortal à retaguarda no MT, realizado autonomamente (protecção do

ajudante):

d) Erros Típicos

1. Momento de saída da tela:

a. Membros superiores colocados à frente da cabeça ou flectidos

(desalinhados com o troco);

b. Hiper-extensão da cabeça;

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c. Tronco projectado à frente da perpendicular dos apoios, bacia em

anteversão;

d. Ausência de antepulsão de braços;

e. Início da rotação antes da impulsão total e completa de pernas.

2. Fase de voo:

a. Indefinição da posição engrupada;

b. Fecho do tronco sobre as pernas;

c. Colocação das mãos atrás dos joelhos;

d. Abertura do tronco e pernas demasiado tarde;

e. Membros inferiores flectidos e afastados.

6. Ajudas Manuais da Ginástica

1. Manipulação: o ajudante conduz o aluno pelas trajectórias e velocidades

adequadas de forma a que execute o elemento ou parte dele. Na prática, é o

ajudante que “sustenta” o aluno e com ele “realiza” o movimento ou a parte

fundamental, compensando-o pela sua falta de força ou de “noção” do

movimento.

2. Impulsão: o ajudante ajuda com maior ou menor força (pequenos ou

maiores impulsos) o aluno em fases determinantes do movimento. Procura-se

melhorar a amplitude e/ou recolocar a trajectória, contribuindo para a manutenção

adequada da velocidade, ritmo, fluidez e continuidade do movimento. Esta acção

visa essencialmente impulsionar no momento determinante da execução técnica.

3. Parada: este tipo de ajuda executa-se no final do elemento (na recepção),

com o propósito de favorecer a recepção de forma estável e em equilíbrio. No

entanto, por vezes, o ajudante pode intervir noutras fases dos saltos, travando ou

parando completamente o aluno, quando detecta que da sua continuidade pode

resultar um acidente.