APORTES DA PÓS-GRADUAÇÃO À FORMAÇÃO DE … · PPGCI/UFBA integra o projeto de pesquisa...
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XI Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação Inovação e inclusão social: questões contemporâneas da informação
Rio de Janeiro, 25 a 28 de outubro de 2010
GT06 – Informação, Educação e Trabalho
Modalidade de apresentação: Comunicação Oral
APORTES DA PÓS-GRADUAÇÃO À FORMAÇÃO DE DOCENTES NA ÁREA DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO:
o Tirocínio Docente do PPGCI/UFBA em foco
Aida Varela Varela Universidade Federal da Bahia
Marilene Lobo Abreu Barbosa Universidade Federal da Bahia
Bruno Batista dos Anjos Universidade Federal da Bahia
RESUMO: O estudo analisa o significado do Tirocínio/Estágio Docente, componente curricular dos programas de pós-graduação, e as contribuições advindas desta atividade complementar para o fortalecimento da área, com o acionamento da transversalidade das teorias cognitivas com os estudos de usuários no âmbito da Ciência da Informação. Apresenta-se a Pós-graduação como espaço de formação de docentes e pesquisadores, onde se focalizam e se discutem teorias/paradigmas, metodologias e estratégias didáticas específicas da área, como subsídios para a profissionalização e consequentemente como contribuição para a elevação da qualidade do ensino da Ciência da Informação e na prestação de serviços de informação. Argumenta-se sobre a transversalidade teórica e metodológica entre as áreas profissionais que lidam com a mediação da informação e a construção do conhecimento. Palavras-Chave: Estágio docente; Pós-graduação; Estudos cognitivos; Construção do conhecimento.
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1 INTRODUÇÃO
A riqueza dos países está cada vez mais dependente da qualidade da educação
de seu povo e dos recursos tecnológicos que possuem. Partindo do pressuposto que o
acesso ao conhecimento é um processo extenso e complexo e que implica o
desenvolvimento de competências e atitudes socialmente constituídas, pode-se afirmar
que, em suma, promover o desenvolvimento social é o papel da universidade. A ela cabe
estudar, analisar, interpretar, compreender fatos e acontecimentos, criar e inovar
conhecimentos e formar profissionais que atuem diretamente na sociedade. Como
propulsora da produção científica e cultural, a universidade assume função de destaque na
sociedade, ao tempo em que vivencia, em suas próprias fronteiras – devido à explosão do
conhecimento e transformações advindas do avanço das tecnologias – um conflito entre a
formação generalista e do pensamento reflexivo, por um lado, e as pressões pela
especialização, rapidez, utilização e aplicabilidade do conhecimento, por outro.
Já em 1994, Lancaster destacava a importância dos programas de educação
continuada e de pós-graduação para profissionais da informação, como alternativa para: a)
qualificação de especialistas em acesso à informação, capazes de implementar e
administrar impactos tecnológicos; b) capacitação de profissionais aptos a exercer funções
de consultoria e administração de projetos de engenharia e reengenharia de serviços de
informação; c) formação de pesquisadores aptos a realizar estudos sobre questões da
informação; d) habilitação de profissionais no entendimento das tecnologias da informação,
sua implementação e condições adequadas de aplicação.
A educação continuada se apresenta de diferentes formas, entre as quais se
destacam cursos de características e duração diversificadas, teóricos e/ou práticos,
programas de pós-graduação, seminários, ciclos de debates ou conferências, aos quais se
somam a iniciativa pessoal básica da leitura e o estudo da literatura profissional
especializada. A função principal dos programas de pós-graduação nas universidades
brasileiras é formar novos cientistas e professores de nível superior que garantam
aprendizagem, produção de conhecimento e de tecnologia. A criação de cursos de pós-
graduação é atribuída a três razões:
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1) formar professores competentes que atendam à expansão quantitativa do ensino superior e que garantam a elevação dos atuais níveis de qualidade 2) estimular o desenvolvimento da pesquisa científica preparando adequadamente o pesquisador 3) assegurar treinamento eficaz de técnicos e trabalhadores intelectuais [....] para fazer face às necessidades do desenvolvimento nacional em todos os setores (SUCUPIRA apud SÁLVIO, 2005).
O estudo sobre a Atividade Complementar Tirocínio Docente Orientado do
PPGCI/UFBA integra o projeto de pesquisa “Pós-graduação em Ciência da Informação:
competências e habilidades para o fortalecimento profissional”, no qual é analisado o
curso de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal da Bahia
(PPGCI/UFBA). Nesta fase, estão em foco as contribuições que a prática do Tirocínio
Docente Orientado, também conhecido como Estágio de Docência, podem trazer para a
formação dos alunos-profissionais e principalmente, para a formação de profissionais da
informação, e de especialistas e mestres, entendendo o curso de mestrado como um
processo de educação continuada, também no que tange ao processo ensino-
aprendizagem e seus componentes (interação humana, planejamento, mudança de
comportamento, apreensão e construção de conhecimento), ou seja, dar condições a
outro sujeito de passar do estado de desconhecer para o de conhecer.
A metodologia utilizada para a realização deste estudo consistiu, num primeiro
momento, de um survey sobre os sítios dos programas de Pós-graduação em CI nas
universidades federais e estaduais, para se obterem mais informações sobre o significado
da atividade - objetivos, regulamentos e planejamentos. Neste segundo momento da
pesquisa, dá-se continuidade à revisão bibliográfica sobre a trajetória cognitiva da relação
aluno-professor e da relação do profissional da informação com seus usuários, na
perspectiva da construção do conhecimento.
A coleta de dados teve início com uma pesquisa documental, com consulta aos
relatórios dos tirocinantes, no período de 2007 a 2009, para conhecer princípios e normas
sobre os comportamentos e relações que se estabeleceram durante o período de
realização do tirocínio, identificando e registrando facilidades, dificuldades e sugestões
manifestadas pelos tirocinantes; concomitantemente foi aplicado um questionário
semiaberto, instrumento escolhido pelas vantagens da rapidez, baixo custo, maior grau de
liberdade e tempo ao respondente, menores possibilidades de distorções e pelo fato das
questões abertas permitirem a obtenção de dados mais detalhados. O questionário foi
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estruturado com a finalidade de caracterizar a população pesquisada, quanto ao exercício
do tirocínio e as contribuições advindas desta prática; e de explicitar os pontos de vista e
argumentos sobre a escolha da disciplina para o tirocínio e sua relação com os temas de
dissertação.
A investigação procurou contribuir para melhor entendimento da atividade de
Tirocínio Docente Orientado, com um olhar que mescla transversalidades teóricas e
práticas, com foco nas questões básicas e significativas, quais sejam a apreensão de
informações específicas de CI, a construção e transformação do conhecimento e
estratégias metodológicas de ensino e aprendizagem.
2 TRANSVERSALIDADES TEÓRICAS
Nas últimas décadas, os estudos sobre a cognição humana sofreram um
processo de aceleração, principalmente no campo da modelagem computacional e
inteligência artificial. A ciência cognitiva, a exemplo da CI, é uma área de estudos
interdisciplinares na qual se relacionam Psicologia Cognitiva, Ciência da Computação,
Sistemas de Informação, Inteligência Artificial, Neurociências e Linguística, entre outras
(LIMA, 2003).
Dias Sobrinho (2008) afirma que existe uma ruptura nas fronteiras disciplinares.
Há ainda a necessidade de mudança nos hábitos do trabalho acadêmico, tanto na
pesquisa como na docência, uma vez que o trabalho solitário deve ceder espaço ao
trabalho solidário, à constituição de equipes, ao diálogo interdisciplinar e interinstitucional,
culminando em novo paradigma, que se caracteriza pela produção e socialização do
conhecimento. Dessa maneira, novos saberes e pautas orientam as ações, a linguagem,
os valores, as estratégias e procedimentos da comunidade acadêmica e,
conseqüentemente, as práticas pedagógicas dos docentes têm de ser repensadas, para
acompanhar esta evolução.
Segundo Piaget (1971) e Vigotsky (1991), a base do conhecimento é a atividade
mental construtiva do aluno e o processo de aprendizagem é visto numa relação de
objetivação do real que se estabelece num contexto espaço-temporal determinado, entre
um sujeito e um objeto (ou entre um conjunto de sujeitos e um conjunto de objetos),
existindo uma interação que, na maioria das vezes, é mediatizada.
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Para Lenoir (1999, apud ÁVILA, 2008), falar de mediação significa perceber o ser
humano como ser da práxis, um ser social capaz de, não só se inserir na sociedade, mas
de também transformar o seu entorno. O autor reconhece dois processos de mediação:
“aquele que liga o sujeito aprendiz ao objeto de conhecimento (relação S – O), chamado
de mediação cognitiva, e aquele que liga o formador-professor a esta relação S – O,
chamado de mediação didática” (LENOIR, 1999). Infere-se que no contexto pedagógico
os estudantes não descobrem o desejo de aprender tão somente pela qualidade do objeto
de aprendizagem, mas mediante o desejo do outro, do professor mediador, ou seja, o
objeto desejado pelo sujeito cognoscente. Mediar não significa, tão somente, efetuar uma
passagem, mas intervir no sujeito aprendiz, transformando-o.
Conclui-se que ensinar a buscar a informação, pesquisar, desenvolver o espírito e
autonomia investigativa são aspectos que decorrem não só da compreensão cognitiva,
mas também do desenvolvimento de competências e atitudes que potencializem a
apropriação da informação e sua transformação em conhecimento.
Em consonância com o exposto, e com a necessidade de se fundamentar o estudo
sobre a atividade de Tirocínio Docente Orientado, propõe-se a revisão de alguns teóricos,
primeiramente, daqueles que estudam o processo de ensino e aprendizagem e, em
seguida, de outros que estudam a interação do profissional da informação com o usuário.
Piaget (1971) defende que a estrutura cognitiva é construída em etapas e cada
etapa incorpora as anteriores, dando-se a construção do conhecimento pela ação
recíproca e interativa do sujeito com os objetos (meio). A assimilação e a acomodação do
mundo externo são os dois pilares de sua teoria. Na sua perspectiva, assimila-se o mundo
por meio da estrutura cognitiva, atuando no ambiente, apreendendo a realidade,
mobilizando-se e modificando-se em função dela.
Vigotsky (1991) defende que o ser humano se desenvolve pela interação social.
O sujeito adquire a condição humana na relação com o mundo, mediado por instrumentos
culturais – signo, palavra, símbolo. O conhecimento é uma produção cultural, diretamente
relacionada com a linguagem, com a interação social e a mediação é a ação que se
interpõe entre o sujeito e o objeto de aprendizagem, sendo a palavra de fundamental
importância neste processo.
Freire (1980) recupera e aplica ao processo pedagógico conceitos e instrumentos
metodológicos do estruturalismo genético e da razão dialética. No conjunto de sua obra,
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podem ser destacados alguns elementos ontológico-epistemológicos, entre eles o
conceito de “educação dialógica” versus “educação bancária”, aquela em que não há
interação entre o que aprende e o que ensina.
Para Feuerstein (1980) a aprendizagem humana emerge da relação indivíduo
versus meio, mediatizada por outro indivíduo mais experiente, e não só pela integridade
biológica dos genes e cromossomos.
Morin (1995) afirma que a capacidade de aprender está ligada ao
desenvolvimento das competências inatas do indivíduo ao adquirir conhecimentos,
associadas às influências e estímulos externos, da cultura. O ato de conhecer está
presente nas ações biológicas, cerebrais, espirituais, culturais, linguísticas, sociais
políticas e históricas. Desse modo, o ser condiciona o conhecer, que, ao mesmo tempo,
condiciona o ser.
O cognitivismo ganha espaço na CI a partir dos anos 1980, com autores como
Belkin (1984) que construiu seu conceito de Informação com base no conceito de
representação mental. Esta orientação cognitivista sustenta argumentos acerca da
inteligibilidade da informação, ao deslocar o objeto dos estudos da recuperação da
informação, em direção aos estudos de usuários. Belkin (1984) explica o desenvolvimento
da abordagem cognitivista na CI, como suporte para a modelagem do sistema de
informação com recursos da inteligência artificial. Isto indica, também, que a concepção
da Informação, como entidade ou substância, é substituída pela concepção que parte do
significado e da interpretação e, neste caso, a informação é vista como fator de mudança
de estruturas cognitivas dos sujeitos.
Neste sentido, já existe, no campo da Ciência da Informação, um consenso entre
os estudiosos quanto à contribuição das Ciências Cognitivas na interação do usuário com
o profissional da informação, bem como nas especificidades profissionais a exemplo do
processo de representação e recuperação da informação e no serviço de referência.
Rozados (2003) defende a intersecção da Ciência da Informação com as
Ciências Cognitivas e afirma que, no estudo do objeto informação, já estão implícitos o
ato de conhecer e os processos cognitivos, justificando que o ser humano tem jeito ou
estilo de conhecer as coisas, ou seja uma memória interior, visão de mundo, um modelo
de conhecimento.
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Na década de 90, a hegemonia cognitiva é questionada por HjØrland (1995),
que levanta questões sobre a exclusão da cognição dos contextos sociais e culturais em
que participa o indivíduo e declara incorporar na investigação psicológica perspectiva
social, cultural e histórica mais ampla.
Dervin (1986) elaborou proposta teórico-metodológica denominada sense-making
, com base no trinômio situação - lacuna- uso, que entende a informação como um dado
incompleto, ao qual o indivíduo atribui sentido, a partir do contexto temporal e espacial em
que surge a necessidade de informação(lacuna), que o sujeito tenta compreender para
posteriormente empregá-la como informação útil.
Kuhlthau (1991) estudou padrões do processo de busca e uso de informação,
explorando a visão construtivista do aprendizado, sob uma perspectiva fenomenológica.
Pela abordagem da Significação de Kuhlthau (1991), o processo de busca de informação
é uma atividade de construção do usuário para encontrar significado, a partir da
informação, a fim de ampliar seus conhecimentos sobre determinado problema ou
assunto.
Pesquisas da cognição humana feitas por Ingwersen (1982, 1996), em sua
interação com os sistemas de recuperação da informação, indicam etapas que levam à
recuperação da informação. A necessidade de informação leva o usuário a formular
questões ao sistema, que são negociadas entre usuário e bibliotecário. Para responder as
questões, o profissional da informação estabelece uma estratégia de busca, seja
alfabética ou sistemática, que levará à escolha das ferramentas a serem utilizadas. O
bibliotecário disponibilizará ao usuário a descrição dos documentos baseada em resumos
e títulos, visando à avaliação pelo usuário. Comprova-se, assim, que a interação entre
usuário e bibliotecário, tanto na etapa de indexação versus recuperação, como no
atendimento no serviço de referência, perpassa um processo de gestão cognitiva.
Estudiosos da CI, como HjØrland (1998), Beghtol (1986) e Pinto Molina (1994),
têm salientado a aplicação da abordagem cognitiva na indexação, que tem por base a
compreensão do texto e a representação do documento. As pesquisas identificam três
etapas na atividade de indexação: compreensão textual, representação do conteúdo
(criação de linguagens de indexação) e geração de texto (resumo).
A título de reforço da presença da cognição no processo de indexação, destacam-
se os estudos de Lancaster (2004) e de Guinchat e Menou (1994) sobre a relação que
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guarda a indexação de conteúdos com o interesse do usuário, o que leva o indexador a
considerar o interesse daquele que busca a informação no momento da escolha de
termos, na representação de conteúdos. Por isso, a mesma fonte de informação pode
estar indexada de diferentes modos, focando interesses diversificados dos usuários.
Similaridade da representação da solicitação Com a representação da informação
(COMP)
Processo de Formulação da solicitação
Processo de indexação
SOL DOCS
Conjunto de solicitações
Linguagem de indexação
Conjunto de informações
Figura 1 – Esquema funcional de um SRI
Fonte: Kuramoto, 2006.
O gráfico acima ilustra particularmente a existência da convergência de trajetórias
cognitivas entre quem elabora o esquema de indexação e o sujeito que o
codifica/decodifica no momento da busca da informação, demonstrando que a
recuperação só se torna possível quando as estratégias de indexação e de busca se
aproximam.
Este percurso está estreitamente relacionado com as categorias cognição /
conhecimento, elementos que permeiam o curso das ações de indexação de conteúdo /
recuperação da informação, na medida em que embasam a trajetória lógica do indexador
na construção do instrumento de busca e do usuário na elaboração da estratégia.
Destacam-se ainda os estudos de Fujita (1999) que, ao caracterizar o processo de
indexação, identificou o uso de estratégias metacognitivas na condução da leitura
realizada para fins de representação informacional. Nesta mesma linha de pensamento,
Neves, Dias e Pinheiro (2006) sugerem que o indexador poderia ser instruído, durante a
sua formação, no uso de estratégias metacognitivas de leitura, com o fim de obter mais
eficiência no seu desempenho durante o processo de indexação.
Pelo exposto, entende-se que os seres humanos estão em movimento
permanente de aprendizagem, por meio de construções e transformações que realizam
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em si, modificando-se continuamente, à medida que suas necessidades informacionais,
cognitivas e afetivas são atendidas, ou seja, seu modo de conhecer, refletir, proceder e de
se comportar em relação com o mundo se transforma.
3 PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO E O ESTÁGIO DOCENTE: APORTES PARA A FORMAÇÃO DE PESQUISADORES E DOCENTES
Os programas de pós-graduação stricto sensu cumprem dois objetivos principais:
formar pesquisadores nas áreas de conhecimentos específicos e preparar docentes para
atuarem no ensino superior. Em virtude da importância atribuída à formação de
professores, neste trabalho, propõe-se o estudo sobre o Estágio Docente, como atividade
complementar, sob o argumento de que a formação de docentes é relevante para o
fortalecimento teórico e metodológico das suas respectivas áreas do conhecimento.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
(2002), pela portaria nº 64, de 18 de novembro de 2002, regulamenta o Programa de
Fomento à Pós-Graduação (PROF) e estabelece no artigo 22, critérios para o estágio de
docência:
Art. 22. O estágio de docência é parte integrante na formação do pós-graduando, objetivando a preparação para a docência, a qualificação do ensino de graduação, e será obrigatório para todos os bolsistas do PROF, obedecendo os seguintes critérios: I – para o programa que possuir os dois níveis, mestrado e doutorado, a obrigatoriedade ficará restrita ao doutorado; II - no programa que possuir apenas o nível de mestrado será obrigatória a realização do estágio; III - as instituições que não oferecerem curso de graduação deverão associar-se outras instituições de ensino superior para atender as exigências do estágio de docência; IV - o estágio de docência com carga superior a sessenta horas poderá ser remunerado a critério da IES, vedada a utilização de recursos repassados pela CAPES; V - a duração mínima do estágio de docência será de um semestre para o mestrado e dois semestres para o doutorado; VI – compete à Comissão de Bolsa/CAPES, registrar e avaliar o estágio de docência para fins de crédito do pós-graduando, bem como a definição quanto a supervisão e o acompanhamento do estágio; VII - o docente de ensino superior que comprovar tais atividades ficará dispensado do estágio de docência; VIII - as atividades do estágio de docência deverão ser compatíveis com a área de pesquisa no programa de pós-graduação, realizada pelo pós-graduando (COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR, CAPES, 2002).
Souza e Stumpf (2009), com base em registros da CAPES, identificaram que são
onze os Programas de Pós-Graduação em CI no Brasil: cinco em níveis de Doutorado e
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Mestrado, cinco de Mestrado e um de Mestrado Profissional e afirmam que a CI no Brasil
é uma área recente, em estágio de formação de seus pesquisadores e docentes, e
interdisciplinar, tendo em vista um grande espectro de possíveis temáticas que a área
abrange. Confirmando a preocupação em relação à delimitação da abrangência do campo
da CI, as autoras se reportam à pesquisa de Zins (2007), em colaboração com outros
estudiosos, que ainda buscam respostas para as seguintes questões: o que é CI, quais
são seus limites e quais são seus fundamentos.
Refletindo sobre a interdisciplinaridade da CI, as autoras apontam programas de
Pós-Graduação em outras áreas, as quais têm, de algum modo, relação com CI “seja na
sua denominação, incluindo a palavra Informação, nas suas linhas de pesquisa, tratando
de algum aspecto ou aplicação da CI, ou na titulação de parte do seu corpo docente”
(SOUZA; STUMPF, 2009).
Neste estudo, foram consultados os sítios dos respectivos cursos de Pós-
Graduação em CI. Dos onze programas elencados, sete deles praticam, de algum modo,
o tirocínio docente e não foram obtidas informações sobre quatro dos referidos
programas.
Ano de início
PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CI
M D
LINHAS DE PESQUISA
1 Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da IBICT/ UFRJ (convênio UFRJ – 1983-2002 e UFF - 2003-2008) Área de Concentração: Informação e Mediações Sociais e Tecnológicas para o Conhecimento
1970 2008
1992 2008
- Epistemologia e Interdisciplinaridade na Ciência da Informação - Organização, Estrutura e Fluxos da Informação - Informação, Sociedade e Gestão Estratégica
2 Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UFMG Área de Concentração: Produção, Organização e Utilização da Informação
1976 1997 - Gestão da Informação e do Conhecimento; - Informação, Cultura e Sociedade; - Organização e Uso da Informação.
3 Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UnB Área de Concentração: Transferência da Informação
1978 1992 - Gestão da Informação e do Conhecimento; - Arquitetura da Informação; - Comunicação da Informação;
4 Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação UNESP Área de Concentração: Informação, Tecnologia e Conhecimento
1998 2005 - Informação e Tecnologia; - Organização da Informação; - Gestão, Mediação e Uso da Informação.
5 Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UFBA Área de Concentração: Informação e Conhecimento na Sociedade Contemporânea
2000 - - Informação e Conhecimento em Ambientes Organizacionais; - Informação e Contextos Socioeconômicos.
6 Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UFSC Área de Concentração: Gestão da Informação
2000 - - Fluxos de Informação; - Profissionais da Informação.
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7 Programa de Pós-Graduação em Ciência da
Informação da USP Área de Concentração: Cultura e Informação
2006 2006 - Acesso à Informação; - Mediação e Ação Cultural.
8 Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UFPB Área de Concentração: Informação, Conhecimento e Sociedade
2007 - - Memória, Organização, Acesso e Uso da Informação; - Ética, Gestão e Políticas de Informação.
9 Mestrado Profissional em Gestão da Informação na UEL Área de Concentração: Gestão da Informação
2007 - - Organização e Compartilhamento da Informação e do Conhecimento.
10 Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação UFF Área de Concentração: Dimensões Contemporâneas da Informação e do Conhecimento
2008 - - Fluxos e Mediações Sociotécnicas da Informação; Informação, Cultura e Sociedade.
11 Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação UFPE Área de Concentração: Informação, Memória e Tecnologias
2008 - - Memória da Informação Científica e Tecnológica.
Quadro 1 – Estruturas dos Programas de Pós-Graduação em Informação no Brasil, reconhecidos pela CAPES em 2009 Fonte: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, CAPES, 2009. Disponível em: <http://www.capes.gov.br/capes/portal/conteúdo/10/Programas Reconhecidos.htm>. Acesso em: 08 jun. 2009.
O Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UFF tem como
disciplina o “estágio docência”, de caráter obrigatório para os alunos que possuírem
bolsas de estudos da CAPES, mas é optativa para os demais estudantes.
Já na UFMG, a disciplina é exigida para todos os alunos, independentemente de
serem bolsistas ou não.
Na UnB, as atividades de docência são integradas em duas disciplinas, quais
sejam, “Estágios de Docência em Ciência da Informação I e II”, das quais constam
ementas, professor responsável, objetivo, metodologia, avaliação e referências básicas
(UNB, 2009).
Na UFSC, a pós-graduação em CI possui as disciplinas “PCI 3301/2 Estágio de
Docência I e II”, porém ambas de caráter optativo. Suas ementas falam da “prática
orientada de ensino de graduação, visando ao aperfeiçoamento de técnicas de
preparação e ministração de aulas teóricas e práticas em disciplinas da área de interesse
do mestrando” (UFSC, 2009).
O Programa de Pós-Graduação em CI da ECA/USP integra-se ao programa
Estágio PAE (Programa de Aperfeiçoamento de Ensino), oferecido a todos os cursos de
pós-graduação da USP.O PAE conta com a orientação de um professor e é dividido nas
etapas de Preparação pedagógica e Estágio supervisionado em docência, visando a
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proporcionar ao mestrando as vivências de preparação, ensino e avaliação das
disciplinas. Ressalte-se que o Estágio supervisionado em docência é realizado dentro
da área de conhecimento de cada curso, em disciplinas de graduação e só é obrigatório
para os mestrandos com bolsas da CAPES (USP, 2009).
Na UFPB, a pós-graduação em CI tem como atividade complementar o estágio docência. Não há uma ementa ou outras informações sobre a atividade, porém a
Resolução 06-2006, do CONSEPE/UFPB, que a regulamenta, determina que a atividade
de estágio docência, seja realizada, preferivelmente, no âmbito do curso de graduação
em Biblioteconomia, constando de prática, seleção e organização de conteúdos,
metodologias e estratégias de avaliação em sala de aula. Esta atividade só é obrigatória
para alunos bolsistas da CAPES (UFPB, 2009).
No PPGCI/UFBA o Estágio de Tirocínio Docente Orientado – TDO – é parte
integrante da formação do pós-graduando, objetivando a preparação para a docência na
área da CI, sendo obrigatório para os alunos regulares, de acordo com a atividade
denominada de Estágio Docente Orientado pela CAPES, Portaria n. 64.
O Tirocínio deve ser realizado nos cursos de graduação em Biblioteconomia e
Arquivologia do Instituto de Ciência da Informação (ICI), ocorrendo paralelamente ao
desenvolvimento do curso pelo pós-graduando e independentemente do seu tempo de
conclusão. É exigido dele o cumprimento de 1/3 de atuação na carga horária da disciplina
escolhida para o Estágio, no caso de disciplinas com carga horária de 68 horas ou mais;
sua participação inclui o comparecimento a todas as aulas, observando e partilhando das
atividades docentes, do planejamento e avaliação das disciplinas, durante um semestre.
No programa da UNESP, não constam informações sobre a atividade de docência
no portal do curso. A Universidade Estadual de Londrina (UEL) tem o curso de Mestrado
Profissional em Gestão da Informação, porém não há informações sobre a prática da
docência no sítio do curso. Também na UFPE, não foi possível obter informações sobre o
curso e a atividade de docência, pois o site encontrava-se em construção.
Para Veiga (2008), o exercício da docência requer formação profissional, com
domínio de conhecimentos específicos e a aquisição de habilidades e dos conhecimentos
vinculados à atividade docente. A docência universitária envolve três princípios: a) a
construção da identidade do docente, que é um processo de construção de maneiras de
ser e estar na profissão; b) a profissionalização, para atuação no contexto educativo; c) e
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a interligação das dimensões da identidade com a profissionalização, somando-se à
dimensão da formação continuada.
Veiga (2008) observa que a profissionalização refere-se a um processo de
aquisição de capacidades específicas da profissão, visto que não se resume à formação
profissional centrada em teorias e metodologias pedagógicas, mas comporta outras
características de cunho subjetivo, valores, atitudes e formas de trabalho, que se vão
constituindo no exercício da profissão, ou seja, a docência vai-se construindo a partir da
integração crescente de estruturas básicas do conhecimento prático, adquiridas com a
experiência do exercício da profissão e das atividades formativas. O docente, a partir da
internalização de suas competências e do domínio do conhecimento científico, cria um
estilo próprio que facilita a aprendizagem do outro.
Confrontando-se a linha de pensamento defendida nesse trabalho com o modo
como o tirocínio docente é concebido e acionado em alguns dos cursos de pós-graduação
em CI, pode-se inferir que há uma preocupação em atender às normas da CAPES. No
entanto, o fato de não ser obrigatório cursar a atividade de tirocínio docente orientado
demonstra que a pós-graduação em CI não assume a formação de docentes como
princípio, ficando uma lacuna no que tange à formação de cunho pedagógico. Ela inclui
o conhecimento e aplicação de teorias de ensino e aprendizagem e de estratégias
metodológicas, bem como, o domínio e vivência do planejamento e da avaliação de
atividades de ensino; inclui também a organização, delimitação e adequação de
conteúdos e linguagens às necessidades da clientela, do relacionamento humano e do
atendimento a diferenças culturais, étnicas e de faixa etária.
4 A Experiência do Tirocínio Docente no PPGCI/UFBA
Imbuídos do valor da formação de docentes para o fortalecimento da CI, pois a sua
ação é a de dar condições aos alunos de construir, desconstruir e reconstruir o
conhecimento, prosseguiu-se o estudo com a aplicação de um questionário objetivando
averiguar a visão do fenômeno educativo pelos alunos do PPGCI/UFBA. Participaram da
amostra nove alunos, que no momento cursavam a disciplina Seminários de Pesquisa em
Andamento I. Destes discentes, 66,7% cursavam o 3º semestre, 11,1%, no primeiro
semestre e 22,2% não indicaram o semestre.
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Cursos de formação na graduação – 55,5% dos discentes participantes eram egressos
do bacharelado em Biblioteconomia e Documentação. Os demais eram dos cursos de
bacharelado em Informática e em Administração de Empresas, licenciatura em Letras e
Pedagogia.
Cursos de especialização – 55,5% responderam que realizaram algum curso de
especialização, entre os quais Gestão da Comunicação Organizacional Integrada; MBA
Executivo em Telecomunicações; Metodologia de Ensino Superior; Competências
Docentes; Psicopedagogia e Gestão do Conhecimento.
Justificativa da escolha da disciplina em que desenvolveu o tirocínio docente – esta
questão visou a aliar coerência entre o tema de dissertação e a disciplina, a partir do
pressuposto de que, durante o processo do tirocínio, aconteça a ampliação da
fundamentação teórica referente à dissertação do tirocinante e o alinhamento da sua
temática com a CI; além disso, a vivência do tirocínio exige planejamento e organização
de conteúdos e metodologias objetivando a transferência e transcendência do que foi
apreendido. Toda esta ação preparatória se constitui em pré-requisito para assumir o
processo ensino e aprendizagem.
Nº Aluno
Disciplina em que desenvolveu a atividade de Tirocínio Docente Orientado
Tema de dissertação
Justificativa de escolha da disciplina
#1 ICIA04 – Competência Informacional – Ementa: Conhecer as diversas fases a serem percorridas para o domínio de informações úteis na construção do conhecimento e da competência informacional.
“Participação política e Governo Eletrônico: uma análise das Websites dos deputados do Estado da Bahia” (provisório)
“A escolha deu-se devido à disciplina que ministro na pós-graduação em Administração da UFBA. Desta forma, acreditava que o Tirocínio Docente contribuiria para o aperfeiçoamento dos temas que abordo em sala de aula”.
#2 ICI021 – Tecnologia da Informação – Ementa: Tecnologias utilizadas no tratamento, transmissão e difusão da informação. Evolução permanente destas tecnologias e repercussão no gerenciamento da informação. Contribuição das tecnologias da informação para o desenvolvimento e a nova ordem da sociedade. O uso destas tecnologias nos serviços de informação. O computador e os recursos de teleinformática no processamento e transmissão de dados.
“A representação digital da informação geográfica no ciberespaço”
[NÃO RESPONDEU]
#3 ICIA04 – Competência Informacional – Ementa: Conhecer as diversas fases a serem percorridas para o domínio de informações úteis na construção do conhecimento e da competência informacional.
“Competência informacional para o pensamento estratégico”
[NÃO RESPONDEU]
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#4 ICI011 – Fundamentos da Informação –
Ementa: Conceitos de comunicação e informação. Caracterização da informação segundo sua função. O ciclo da comunicação da informação segundo sua natureza. Políticas de informação. Mecanismos de transferência da informação: o controle bibliográfico. Organismos, instituições, programas e produtos nacionais, regionais e internacionais. Redes e sistemas.
“Relações interdisciplinares entre Ciências da Informação e Comunicação”
“Por ser uma área específica e como não sou graduado em Biblioteconomia, tive receios para assumir o Tirocínio”.
#5 ICI017 – Normalização da documentação – Ementa: Documento: conceituação, classificação e tipos, segundo a natureza da fonte. Normalização: conceituação, importância e objetivos. Organismos internacionais, regionais e nacionais de normalização e documentação. Estudo e aplicação das normas técnicas documentais da ABNT. Tipos e apresentação de trabalhos monográficos.
“Educação continuada do profissional da informação”
“Escolhi esta disciplina por me identificar com ela e pelo fato de trabalhar com normalização de trabalhos acadêmicos”.
#6 ICI173 – Conservação e restauração de documentos – Ementa: Concepção. Teoria, prática e ética da conservação-restauração; conceituação; normalização. A cooperação internacional e a preservação de documentos; conservação preventiva. A restauração: método curativo e fase final do tratamento do documento.
“O arquivo da família Calmon: patrimônio documental baiano”
“Escolhi para vivenciar o contato direto com o meu objeto de estudo (arquivo), e durante o tirocínio foi vivenciado o estudo do arquivo de uma instituição, que já pratica a pesquisa; o tirocínio também me proporcionou a proximidade com a minha orientadora de dissertação”.
#7 ICI018 – Planejamento em Unidades de Informação – Ementa: Conceitos básicos de planejamento; Planejamento econômico e planos governamentais como norteadores de uma política nacional de desenvolvimento; planejamento como função e processo administrativos e seu atrelamento às políticas e estratégias organizacionais. Planejamento estratégico como recurso para implementar a eficiência e a eficácia organizacional; construção de cenários como recurso para prospectar as tendências de futuro; metodologia e técnica de construção de cenários; planejamento tático e operacional; planejamento em serviços de informação:metodologia e implementação.
“Competências em informação e transferência da Informação Ambiental para o Desenvolvimento Integrado e Sustentável da APA do Pratigi: a experiência da Fundação Odebrecht no Baixo Sul da Bahia”
“A escolha da disciplina teve por objetivo fortalecer a vivência da gestão da informação e do conhecimento; e também pelo fato de ter cursado a especialização promovida pelo ICI/UFBA, que se relacionou com esta mesma temática”.
#8 ICI020 – Redes e Sistemas de Informação – Ementa: Conceituação e finalidade das redes e sistemas de documentação e informação. Estrutura, organização e funcionamento. Produtos e serviços. Avaliação.
“Competência em informação com ênfase na abordagem digital”
“Escolhi esta disciplina porque, quando a cursei na graduação, gostei muito e acreditei que tinha condições de ministrá-la. Outro motivo foram as boas recomendações da docente responsável por esta disciplina. Foi a disciplina que mais se aproximou da minha pesquisa”.
#9 ICI011 – Fundamentos da Informação – Ementa: Conceitos de comunicação e informação. Caracterização da informação segundo sua função. O ciclo da comunicação da informação segundo sua natureza.
“Acessibilidade e visibilidade às publicações científicas nos Repositórios
[NÃO RESPONDEU]
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Políticas de informação. Mecanismos de transferência da informação: o controle bibliográfico. Organismos, instituições, programas e produtos nacionais, regionais e internacionais. Redes e sistemas.
Institucionais: os métodos de indexação adotados na armazenagem e auto arquivamento” (provisório)
Quadro 2 – Relação entre a disciplina em que desenvolveu o tirocínio docente, tema de dissertação e justificativa da escolha Vantagens de ter vivenciado as atividades do Tirocínio Docente Orientado – Os
respondentes apontaram: experiências com alunos de graduação; elaboração de planos
de aula; aplicação de processos avaliativos; aproximação com o corpo teórico da
disciplina ao qual desenvolveu o TDO; auxílio e amadurecimento de ideias para o
desenvolvimento da dissertação; desenvolvimento de metodologias próprias através da
observação e aplicação do conhecimento adquirido.
Exercício da docência anterior à atividade de Tirocínio Docente Orientado – 66,7%
dos respondentes nunca haviam ensinado antes de ter desenvolvido atividades do TDO.
33,3% responderam que haviam ministrado disciplinas, tais como “Estratégias de
Pesquisa em Fontes de Informação Eletrônicas”; “Métodos de Pesquisa” (Escola de
Administração da UFBA) e “Políticas de Transferência da Informação” (na especialização
oferecida pelo ICI/UFBA); “TGA – Teoria Geral da Administração”; “Gestão Estratégica”;
“Simulação Empresarial Competitiva”; e disciplinas da área pedagógica como “Medidas e
avaliação” e “Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio”.
Contribuições do Tirocínio para o exercício da docência – elaboração de planos,
métodos, dinâmicas, a serem utilizadas em sala de aula; apresentação de aulas através
de recursos eletrônicos como slides; identificação de dificuldades dos alunos e resolução
destas; relação recíproca entre professor-aluno; construção de autonomia diante do
aluno; desafio de aprender novos conhecimentos e repassá-los de forma clara e
dinâmica; montagem, aplicação e correção de instrumentos avaliativos; fechamento de
uma disciplina (resultados); retomar determinados assuntos vistos durante a graduação;
acrescentar novas referências (novos conhecimentos); poder se ver na profissão;
Sugestões para melhorar as atividades do Tirocínio Docente Orientado – “o
programa poderia orientar os mestrandos quanto às políticas inerentes ao Tirocínio,
como: as responsabilidades dos mestrandos (carga horária obrigatória para o
tirocinante)”; “que o docente esteja ciente do objetivo do Tirocínio Docente com relação à
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sua orientação e prática, ou seja, um docente para o tirocinante ensinando-lhe como
facilitar a aprendizagem”; “construção de um relatório mais detalhado, como um memorial
da atividade”; “é preciso definir, com maior antecedência, a disciplina (e respectivo
professor-orientador) com a qual irá trabalhar o mestrando, pra realizar, com melhores
condições, a preparação teórica, os planos de aula, apresentações, palestras etc”; “acho
que o ideal seria preparar o docente responsável pela disciplina para receber o estagiário
docente, assim como o programa de pós deve desenvolver seu regulamento do Tirocínio
Docente Orientado”; “acessar a ementa no início da disciplina, a fim de que o tirocinante
possa “estudar” para desenvolver a metodologia de ensino e preparar esquemas para o
exercício de lecionar”.
Dos relatos dos alunos ressaltam-se aspectos importantes como as reflexões sobre
o despreparo para assumir o Tirocínio Docente Orientado e a ministração de aulas; no
entanto reconhecem que ao vivenciar as atividades do Tirocínio Docente Orientado,
houve o fortalecimento de conhecimentos e transcenderam quanto ao significado do
processo de ensino e aprendizagem e da necessidade de preparar-se para enfrentar a
docência.
4.2 Considerações finais sobre a atividade de Tirocínio Docente Orientado como fortalecedora da CI É sabido que o espaço de discussão sobre a formação de docentes na CI é na pós-
graduação da área, onde se dão as discussões teóricas e metodológicas sobre a CI, que,
ao longo de quase meio século de história, tem propiciado o surgimento de correntes das
mais diferentes matrizes, e estimulado discussões que vão desde o seu domínio de
estatuto científico, passando pelo objeto de estudo – a informação –, abrangendo
problemas de terminologia, alongando-se até as suas conexões interdisciplinares.
Isto posto, justifica-se questionar: como fortalecer a área senão pela docência,
disseminando conteúdos e estratégias metodológicas de construção do conhecimento?
Segundo Población (1993), os principais fatores que influenciaram a implantação da
pós-graduação em CI no Brasil foram: a necessidade de formação de recursos humanos
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especializados, a capacitação de docentes para as instituições de ensino superior e a
conscientização da importância do desenvolvimento da pesquisa em informação.
No entanto, os resultados deste estudo deixam antever a fragilidade da formação de
docentes para fortalecer a área, daí a necessidade de intensificar a formação
profissional/docente com conhecimentos mais aprofundados sobre o corpus teórico-prático
da CI, mas também a respeito de estratégias metodológicas de ensino e aprendizagem,
quando se pretende formar docentes capazes de partilhar e coletivizar o conhecimento da
área.
Das declarações dos alunos, infere-se que, para alguns, o Tirocínio Docente foi o
despertar para a interpretação da complexidade da docência e da importância do ato de
pesquisar, a partir do fluir de lógicas e significados de diferentes paradigmas. À
complexidade da docência, alia-se a especificidade da CI, por ser uma área
interdisciplinar e de desenvolvimento recente e por congregar alunos-profissionais de
diferentes formações acadêmicas e com atuações diversificadas no campo da
informação.
Antes de assumir a responsabilidade de ensinar, recomenda-se ao docente a
reflexão sobre os objetivos e metas que estruturam o conteúdo a ser ensinado. O
professor, além de ser especialista no assunto que leciona, precisa saber como se
processa a aprendizagem na mente humana e quais estratégias podem garantir a
aprendizagem significativa. Conhecer conteúdos sem saber a maneira de intermediar sua
construção pelo aluno é como conhecer a fórmula de um medicamento sem saber a
patologia para a qual ele foi criado.
Esta preocupação tem sentido, na medida em que cabe ao professor dar condições
para que os alunos percorram diferentes etapas do processo de compreensão até obter
aquela que caracteriza o domínio dos conteúdos trabalhados, observando, inclusive, o
domínio que o aprendiz tem da terminologia científica, diferenciando o vocabulário do
cotidiano do específico.
Justifica-se, deste modo, a preocupação em fortalecer o tirocínio docente, como
atividade formadora de docentes/mediadores – essência da área da CI e da educação – e
aponta-se, como uma das estratégias, a transversalidade teórica, ou seja, o
entrelaçamento entre a CI, as ciências cognitivas, a sociologia, dentre outras. A outra é
sedimentar a base epistemológica da CI pelo investimento em pesquisa na área, pois o
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uso da pesquisa como recurso de aprendizado, leva o estudante a, não só adquirir a
habilidade de realizar trabalhos acadêmicos, mas também a internalizar o senso
metodológico e desenvolver a capacidade de criação. Neste caso, a perspectiva é que o
aluno passe a ser, então, um sujeito crítico e reflexivo, apto a produzir conhecimento
científico, dentro da sua realidade social.
Outrossim, é desejável que o docente seja aquele que instigue e propicie as
descobertas; trabalhe com múltiplas fontes presentes na autoatividade do aluno; favoreça
a relação horizontal, professor-aluno, permitindo atendimento às singularidades, evitando
a homogeneização; assegure a relação ensino-aprendizagem, com o trabalho como
princípio educativo; e atribua, à pesquisa, importante espaço de mediação entre o ensinar
e o aprender.
ABSTRACT: This study analyses the meaning of Tyro/Training Teaching, as a post-graduation program curriculum component, and additional contributions from this complementary activity to strengthen the area, arrived from the improvement of transversality between cognitive theories and user studies in the Information field. It presents the post-graduation as a space to enable teachers and researches, where students and teachers should discuss about theories/paradigms, methodologies and teaching strategies, such as subsidies for the professionalism and consequently as a contribution to raise the teaching quality in Information Science and in the delivery of information services. It also argues about the theorical and methodological transversality among the professional fields that deal with the mediation of information and knowledge construction. Keywords: Practice study; Post-graduation. Cognitive studies. Knowledge construction.
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