Aposentadoria

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Economia 34 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, DOMINGO, 01 DE ABRIL DE 2012 APOSENTADORIA Especialista diz que meta é não depender do INSS Para o economista Mário Vasconcelos, todos deveriam ter um plano de previdência privada para melhorar o padrão de vida futuro Beatriz Seixas Q uando o assunto é planejar o futuro financeiro, econo- mistas defendem que a pes- soa deve colocar como meta não depender apenas da renda do Ins- tituto Nacional do Seguro Social (INSS). Para o economista e professor da UVV Mário Vasconcelos, “todo mundo deveria fazer um plano de previdência privada” para manter ou mesmo melhorar o padrão de vida que leva. “Atualmente, o teto do INSS é de R$ 3.916,20. Então se uma pessoa ganha mais e sempre contribuiu com quantias altas, ao se aposen- tar ela só vai receber esse valor li- mitado pelo teto. Por isso, reco- mendo pensar a longo prazo.” O economista e coordenador ge- ral da Faculdade Pio XII, Marcelo Loyola Fraga, diz que um dos mi- tos existentes em relação à previ- dência privada é de que somente pessoas com uma renda mais alta podem investir. “O importante é a pessoa reservar um pouco da ren- da, independente de ser uma pres- tação mais baixa.” Ele enfatiza que a escolha por uma complementação da aposen- tadoria é sempre importante: “Se imaginarmos alguém que ganha R$ 1.500, essa pessoa vai se apo- sentar com 80% do valor, ou seja, R$ 1.200. Então, se ela tiver condi- ções de reservar parte da sua ren- da ao longo dos anos, terá mais conforto financeiramente no futu- ro”, avalia. Vasconcelos afirma que quanto mais cedo a pessoa fizer um plano de previdência, melhor será. Ele explica que primeiro o investidor deve definir qual a renda comple- mentar que deseja ter na aposen- ARQUIVO/AT MÁRIO VASCONCELOS explica que o investidor deve definir qual renda complementar deseja ter na aposentadoria COMO ESCOLHER 1 Custo das taxas > É PRECISO avaliar os três tipos de ta- xas cobradas: a de administração (a razoável é de 1% ao ano - a.a); de car- regamento (varia de 0% a 5% a.a); e a taxa de saída, que varia conforme o prazo que o investidor fica no fundo. 2 Tipo de plano > O INVESTIDOR tem que escolher en- tre o Plano Gerador de Benefício Li- vre (PGBL) e o Vida Gerador de Be- nefício Livre (VGBL). > A PRINCIPAL distinção entre eles es- tá na tributação. > EM CASO de declaração de Imposto de Renda simplificada, a indicação é o VGBL. > JÁ PARA a declaração completa, o plano ideal é o PGBL. 3 Solidez > AVALIAR A solidez da instituição, ou seja, saber se é um banco confiável, se vai continuar no mercado nos pró- ximos 30 anos ou mais. 4 Rentabilidade > É IMPORTANTE pedir o histórico de rentabilidade do plano escolhido pa- ra compará-lo com os produtos ofe- recidos pelos concorrentes. 5 Objetivo > A RECOMENDAÇÃO é que a pessoa imagine quanto ela precisa ganhar para viver bem lá na frente. > A PARTIR DAÍ, ela vai ter uma ideia de quanto é preciso poupar por mês e durante quanto tempo para atingir seu objetivo. tadoria e com quantos anos ele quer se beneficiar disso. Estipulados esses pontos, a insti- tuição vai fazer o cálculo para de- terminar de quanto é a mensalida- de que ele terá de pagar. Mas Vasconcelos pondera que quem não teve a oportunidade de reservar parte do capital desde no- vo, “nunca é tarde para poupar”. Fraga recomenda muita pesqui- sa antes de escolher o plano: “A pessoa deve observar, principal- mente, a taxa de administração co- brada e a solidez da instituição. A recomendação é que o investidor avalie as opções de pelo menos três empresas diferentes.” Ele diz que essa preocupação das pessoas em buscar investir na previdência privada é positiva. “Porque além de garantir um futu- ro com mais renda, é um sinal de que o País está se desenvolvendo.” Contribuição de 30 anos no valor de R$ 150(Homem de 30 anos) > Taxa anual (juros): 8% > Total acumulado: R$ 206.710,31 > Rendimento: R$ 1.033, 81 para uma renda mensal e vitalícia > Taxa de administração: não cobra > Taxa de carregamento: em torno de 4% > Taxa anual (juros): 9% > Total acumulado: R$ 253.299,74 > Rendimento: R$ 894,67 para uma renda mensal e vitalícia > Taxa de administração: 3% ao ano (a.a.) > Taxa de carregamento: varia de 0% a 5% > Taxa anual (juros): 6% > Total acumulado: R$ 142.944,27 > Rendimento: R$ 468,19 para uma renda mensal e vitalícia > Taxa de administração: varia de 1,5% a 3% a.a > Taxa de carregamento: 2,28% > Taxa anual (juros): 6% > Total acumulado: R$ 146.176,95 > Rendimento : R$ 837,23 para uma renda mensal e vitalícia > Taxa de administração: varia de 1,5% a 3% a.a. > Taxa de carregamento: varia de 0% a 5% > Taxa anual (juros): 8% > Total acumulado: R$ 212.642,00 > Rendimento: R$ 751 para uma renda mensal e vitalícia > Taxa de administração: varia de 1% a 3,2% a.a. > Taxa de carregamento: varia de 0% a 3% > Taxa anual (juros): 10% > Total acumulado: R$ 291.525,32 > Rendimento: R$ 1.498,82 para uma renda mensal e vitalícia > Taxa de administração: varia de 1% a 2,6% a.a. > Taxa de carregamento: não é cobrada Contribuição de 20 anos no valor de R$ 200(Homem de 40 anos) > Taxa anual (juros): 8% > Total acumulado: R$ 111.378,00 > Rendimento: R$ 557,03 para uma renda mensal e vitalícia > Taxa de administração: não cobra > Taxa de carregamento: em torno de 4% > Taxa anual (juros): 9% > Total acumulado: R$ 126.760,85 > Rendimento: R$ 447,73 para uma renda mensal e vitalícia > Taxa de administração: 3% ao ano (a.a.) > Taxa de carregamento: varia de 0% a 5% > Taxa anual (juros): 6% > Total acumulado: R$ 88.649,77 > Rendimento: R$ 290,36 para uma renda mensal e vitalícia > Taxa de administração: varia de 1,5% a 3% a.a. > Taxa de carregamento: 2,39% > Taxa anual (juros): 6% > Total acumulado: R$ 90.687,73 > Rendimento: R$ 519,41 para uma renda mensal e vitalícia > Taxa de administração: varia de 1,5% a 3% a.a. > Taxa de carregamento: varia de 0% a 5% > Taxa anual (juros): 8% > Total acumulado: R$ 114.532,00 > Rendimento: R$ 405,00 para uma renda mensal e vitalícia > Taxa de administração: varia de 1% a 3,2% a.a. > Taxa de carregamento: varia de 0% a 3% > Taxa anual (juros): 10% > Total acumulado: R$ 134.326,72 > Rendimento: R$ 690,61 para uma renda mensal e vitalícia > Taxa de administração: varia de 1% a 2,6% a.a. > Taxa de carregamento: não é cobrada SIMULAÇÃO DE PLANOS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA 1 2

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Artigo de A Tribuna abordando a aposentadoria privada.

Transcript of Aposentadoria

Page 1: Aposentadoria

Ec o n o m i a

34 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, DOMINGO, 01 DE ABRIL DE 2012

A P O S E N TA D O R I A

Especialista diz que metaé não depender do INSSPara o economistaMário Vasconcelos,todos deveriam ter umplano de previdênciaprivada para melhoraro padrão de vida futuro

Beatriz Seixas

Quando o assunto é planejaro futuro financeiro, econo-mistas defendem que a pes-

soa deve colocar como meta nãodepender apenas da renda do Ins-tituto Nacional do Seguro Social( I NS S ) .

Para o economista e professor daUVV Mário Vasconcelos, “to domundo deveria fazer um plano deprevidência privada” para manterou mesmo melhorar o padrão devida que leva.

“Atualmente, o teto do INSS é deR$ 3.916,20. Então se uma pessoaganha mais e sempre contribuiucom quantias altas, ao se aposen-tar ela só vai receber esse valor li-mitado pelo teto. Por isso, reco-mendo pensar a longo prazo.”

O economista e coordenador ge-ral da Faculdade Pio XII, MarceloLoyola Fraga, diz que um dos mi-tos existentes em relação à previ-dência privada é de que somentepessoas com uma renda mais altapodem investir. “O importante é apessoa reservar um pouco da ren-da, independente de ser uma pres-tação mais baixa.”

Ele enfatiza que a escolha poruma complementação da aposen-tadoria é sempre importante: “Seimaginarmos alguém que ganhaR$ 1.500, essa pessoa vai se apo-

sentar com 80% do valor, ou seja,R$ 1.200. Então, se ela tiver condi-ções de reservar parte da sua ren-da ao longo dos anos, terá maisconforto financeiramente no futu-ro ”, avalia.

Vasconcelos afirma que quantomais cedo a pessoa fizer um planode previdência, melhor será. Eleexplica que primeiro o investidordeve definir qual a renda comple-mentar que deseja ter na aposen-

A R Q U I VO / AT

MÁRIO VASCONCELOS explica que o investidor deve definir qual renda complementar deseja ter na a p o s e n ta d o r i a

COMO ESCOLHER

1 Custo das taxas> É PRECISO avaliar os três tipos de ta-

xas cobradas: a de administração (arazoável é de 1% ao ano - a.a); de car-regamento (varia de 0% a 5% a.a); e ataxa de saída, que varia conforme oprazo que o investidor fica no fundo.

2 Tipo de plano> O INVESTIDOR tem que escolher en-

tre o Plano Gerador de Benefício Li-vre (PGBL) e o Vida Gerador de Be-nefício Livre (VGBL).

> A PRINCIPAL distinção entre eles es-tá na tributação.

> EM CASO de declaração de Impostode Renda simplificada, a indicação éo VGBL.

> JÁ PARA a declaração completa, oplano ideal é o PGBL.

3 So l i d e z> AVALIAR A solidez da instituição, ou

seja, saber se é um banco confiável,se vai continuar no mercado nos pró-ximos 30 anos ou mais.

4 R entabilidade> É IMPORTANTE pedir o histórico de

rentabilidade do plano escolhido pa-ra compará-lo com os produtos ofe-recidos pelos concorrentes.

5 O b j e t i vo> A RECOMENDAÇÃO é que a pessoa

imagine quanto ela precisa ganharpara viver bem lá na frente.

> A PARTIR DAÍ, ela vai ter uma ideia dequanto é preciso poupar por mês edurante quanto tempo para atingirseu objetivo.

tadoria e com quantos anos elequer se beneficiar disso.

Estipulados esses pontos, a insti-tuição vai fazer o cálculo para de-terminar de quanto é a mensalida-de que ele terá de pagar.

Mas Vasconcelos pondera quequem não teve a oportunidade dereservar parte do capital desde no-vo, “nunca é tarde para poupar”.

Fraga recomenda muita pesqui-sa antes de escolher o plano: “A

pessoa deve observar, principal-mente, a taxa de administração co-brada e a solidez da instituição. Arecomendação é que o investidoravalie as opções de pelo menostrês empresas diferentes.”

Ele diz que essa preocupaçãodas pessoas em buscar investir naprevidência privada é positiva.“Porque além de garantir um futu-ro com mais renda, é um sinal deque o País está se desenvolvendo.”

Contribuiçãode 30 anos

no valor deR$ 150(Homemde 30 anos)

> Taxa anual (juros):8%

> To ta l acumulado:R$ 206.710,31

> R endimento:R$ 1.033, 81 para umarenda mensal e vitalícia

> Taxa de administração:não cobra> Taxa de carregamento:em torno de 4%

> Ta x a anual (juros):9%

> To ta l acumulado:R$ 253.299,74

> R endimento:R$ 894,67 para umarenda mensal e vitalícia

> Ta x a de administração:3% ao ano (a.a.)

> Ta x a de carregamento:varia de 0% a 5%

> Taxa anual (juros):6%

> Total acumulado:R$ 142.944,27

> R endimento:R$ 468,19 para umarenda mensal e vitalícia

> Taxa de administração:varia de 1,5% a 3% a.a

> Taxa de carregamento:2, 2 8 %

> Taxa anual (juros):6%

> Total acumulado:R$ 146.176,95

> Rendimento :R$ 837,23 para umarenda mensal e vitalícia

> Taxa de administração:varia de 1,5% a 3% a.a.

> Taxa de carregamento:varia de 0% a 5%

> Taxa anual (juros):8%

> Total acumulado:R$ 212.642,00

> Rendimento: R$ 751para uma renda mensal ev i ta l í c i a

> Taxa de administração:varia de 1% a 3,2% a.a.

> Taxa de carregamento:varia de 0% a 3%

> Taxa anual (juros):10%

> Total acumulado:R$ 291.525,32

> R endimento:R$ 1.498,82 para umarenda mensal e vitalícia

> Taxa de administração:varia de 1% a 2,6% a.a.

> Taxa de carregamento:não é cobrada

Contribuiçãode 20 anos

no valor de R$200(Homemde 40 anos)

> Taxa anual (juros):8%

> Total acumulado:R$ 111.378,00

> R endimento:R$ 557,03 para umarenda mensal ev i ta l í c i a

> Taxa de administração:não cobra

> Taxa de carregamento:em torno de 4%

> Taxa anual (juros):9%

> Total acumulado:R$ 126.760,85

> R endimento:R$ 447,73 para umarenda mensal ev i ta l í c i a

> Taxa de administração:3% ao ano (a.a.)

> Taxa de carregamento:varia de 0% a 5%

> Taxa anual (juros):6%

> Total acumulado:R$ 88.649,77

> R endimento:R$ 290,36 para umarenda mensal e vitalícia

> Taxa de administração:varia de 1,5% a 3%a .a .

> Taxa de carregamento:2,39 %

> Taxa anual (juros):6%

> Total acumulado:R$ 90.687,73

> Rendimento: R$519,41 para uma rendamensal e vitalícia

> Taxa de administração:varia de 1,5% a 3%a .a .

> Taxa de carregamento:varia de 0% a 5%

> Taxa anual (juros):8%

> Total acumulado:R$ 114.532,00

> R endimento:R$ 405,00 para umarenda mensal e vitalícia

> Taxa de administração:varia de 1% a 3,2%a .a .

> Taxa de carregamento:varia de 0% a 3%

> Taxa anual (juros):10%

> Total acumulado:R$ 134.326,72

> R endimento:R$ 690,61 para umarenda mensal e vitalícia

> Taxa de administração:varia de 1% a 2,6%a .a .

> Taxa de carregamento:não é cobrada

SIMULAÇÃO DE PLANOS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA

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Page 2: Aposentadoria

Ec o n o m i aVITÓRIA, ES, DOMINGO, 01 DE ABRIL DE 2012 ATRIBUNA 33

FALE COM A EDITORA ISABELA LAMEGO E-MAIL: [email protected]

A P O S E N TA D O R I A

Previdência: bom ou mau negócio?A Tribuna c o n ve r s o ucom especialista parasaber o que é maisimportante na hora deescolher um plano deprevidência privada

JULIA TERAYAMA - 06/07/2011

PAU LOHENRIQUE: nahora de decidiro perfil doi n ve s t i m e n t oé a idade doconsumidor queimporta mais.Quanto maistempo tiver atéa p o s e n ta d o r i a ,mais arrojadaspodem ser asaplicações

Luísa Buzin

Saber qual tipo de previdên-cia privada escolher é o pri-meiro passo para garantir

uma aposentadoria tranquila. Nasopa de letrinhas das linhas de in-vestimento, qual é o mais adequa-do para o seu perfil?

O Vida Gerador de Benefício Li-vre (VGBL) e o Plano Gerador deBenefício Livre (PGBL) se dife-renciam principalmente pelo tipode tributação.

Enquanto os investimentos PG-BL podem ser descontados anual-mente da declaração de Impostode Renda (IR), o VGBL não é de-d u t í ve l .

Já no momento do saque do di-nheiro, os descontos do VGBL sãoapenas sobre o rendimento, e nãosobre o valor total investido.

Segundo o analista de investi-mentos Paulo Henrique Corrêa, aescolha entre os dois deve levarem conta o perfil de quem investe.

Quem declara IR no modelocompleto, por ter uma porcenta-gem alta do salário retido na fonte,pode escolher investir em PGBL, edescontar do imposto devido osinvestimentos até o limite de 12%da renda bruta anual.

Já os gastos com o VGBL não po-dem ser descontados do Impostode Renda, mas no momento doresgate apenas os rendimentos se-

rão tributados, ao contrário doPGBL, que quando for sacado vaisofrer tributação integral de acor-do com a tabela anual.

Mas na hora de decidir o perfildo investimento é a idade do con-sumidor que importa mais. Quan-to mais tempo tiver pela frente atéa aposentadoria, mais arrojadaspodem ser as aplicações, e maiorpode ser a porcentagem de fundosde renda variável (mercado deações) no fundo de previdência.

“Uma pessoa de 30 anos podeser mais arrojada nos investimen-tos do que uma pessoa de 60 anosque tem que pensar mais em pre-servar capital”, afirmou Corrêa.

Nesses casos, segundo ele, é me-lhor reservar uma porcentagemmaior aos investimentos em fun-dos de renda fixa. “Antes de inves-tir na previdência privada é preci-so escolher uma instituição finan-ceira e prestar atenção às taxas dea d m i n i st ra ç ã o ”, aconselha.

SAIBA MAIS1 Quanto o cidadão devecomeçar a investir?

O investidor pode começar comaportes mínimos de R$ 100. Quantomaior o valor de contribuição, maiorserá o valor resgatável na aposenta-doria. Nesse caso, o investidor precisaavaliar o quanto está disposto a pou-par para ter uma aposentadoria queseja suficiente para que ele mantenhaum bom padrão de vida.

2 Existe uma contribuiçãomínima?

O mínimo para iniciar uma previdên-cia privada é R$ 100. Os aportes men-sais não são obrigatórios, mas são re-comendáveis, afinal, é a disciplina depoupar que vai fazer a previdência sermais interessante no futuro.

3 Quais os cuidados paraaplicar em previdência?

Definir qual fundo de previdênciapode ser mais adequado ao perfil doinvestidor. Existem fundos que apli-cam 100% dos recursos em renda fixa,e fundos mais arriscados que podemaplicar até 49% em renda variável

Comparar previdências de diferen-

tes instituições para verificar quaisoferecem melhor rentabilidade tam-bem é importante. A rentabilidade temque estar, no mínimo, próxima ao Cer-tificado de Depósito Interbancário.

É bom preencher no cadastro daprevidência a declaração de saúde docontribuinte. Essa parte passa batidopela maioria dos investidores. É o quegarante que o beneficiário receberá odinheiro caso o contribuinte faleça.

4 A taxa de administração é umdos fatores a se observar?

Sem dúvida. Ela faz muita diferençase considerarmos que será paga du-rante vários anos até a aposentadoria.E também, no caso de fundos de rendafixa, essa taxa impacta diretamente narentabilidade do fundo. É possível en-contrar bons fundos de previdênciacom taxas de administrações justas(entre 0,7% a 1,5% ao ano) e ausênciade taxa de carregamento na entrada.

5 Quais as taxas devem serp ro c u ra d a s ?

Fundos de previdência em renda fi-xa: taxa de administração máxima de1,5% ao ano e para fundos de previ-

dência multimercados: taxa de admi-nistração máxima de 2% ao ano.

Taxa de carregamento 0%, ou seja,ausência dessa taxa na entrada. É im-portante dizer que a maioria dos fun-dos de previdência cobram essa taxana entrada.

6 Quando posso fazer a retiradasem prejuízos?

Existem dois tipos de prejuízo, o ine-rente ao investimento quando o inves-tidor resgata o valor em um momentopouco adequado, como uma crise nomercado financeiro, por exemplo.

Ou o inerente aos impostos envolvi-dos: para investidores que optarempela tabela regressiva de IR, é bom ob-servar os prazos de retirada. Com otempo de acumulação de dois anosinicia, a taxa de imposto é de 35%, jácom mais de 10 anos, a alíquota é de10%.

7 Como planejar quanto receberna aposentadoria?

Fazendo uma simulação conside-rando: taxa de juros anual, valor deaporte inicial, valor de aporte mensal edata da aposentadoria.

Grande parte das seguradoras fa-zem essa simulação personalizadapara o investidor. É bom lembrar que odinheiro tem valor ao longo do tempoentão sempre considerar a taxa de ju-ros real, isto é, taxa de juro nominal edescontar a taxa de inflação.

8 Quais opções de benefíciossão mais vantajosas?

Esse ponto é importantíssimo. Casoo investidor opte por renda vitalícia, evenha a falecer no mês seguinte, ele eos beneficiários perdem todo o direito.Se optar por resgatar o valor completoem uma única vez, o investidor podeaplicar esses recursos em outro inves-timentos financeiro (que não seja pre-vidência), e caso venha a falecer, osherdeiros podem receber o valor.

9 Quais as diferenças entreperfil do investimento?

Historicamente renda fixa tem ren-tabilidade inferior a renda variável nolongo prazo. Porém, nem todos inves-tidores têm perfil para aguardar umperíodo mais longo para ter maior ren-tabilidade, se sentindo mais segurosganhando menos e sem passar por

momentos de crise.

10 Essa escolha é ligada à idadedo investidor?

Se o investidor tiver pela frente umhorizonte mínimo de 5 anos até a apo-sentadoria, aconselho optar por umaprevidência com exposição em ações,já que tem uma boa chance de obtermaior rentabilidade do que um fundode renda fixa.

A composição do que deve ser alo-cado em renda variável de acordo coma idade tem que ser considerado sim.Uma pessoa de 30 anos pode ser maisarrojada nos investimentos do queuma pessoa de 60 anos, portanto de-ve ter uma exposição menor em rendavariável (mercado de ações).

11 Qual o risco dessesi n ve s t i m e n t o s ?

O risco de qualquer investimento fi-nanceiro está ligado ao emissor dos tí-tulos que compõem a carteira de in-vestimentos. Os fundos de renda fixageralmente têm em sua carteira gran-de parte de títulos públicos federaisque são considerados os títulos noBrasil com o menor nível de risco.

Previdência privada Para quem é mais indicado

Melhor para quem> PARA quem é isento, decla-

ra Imposto de Renda sim-plificado ou tem previdên-cia complementar ou jáab at e o limite máximo de12% da Renda Bruta.

Tra ta m e n t ofiscal

> DURANTE o perío-do de acumulação,os recursos aplica-dos estão isentosde tributação. So-mente no momentodo recebimento derenda ou resgate dodinheiro haverá a inci-dência de Imposto deRenda, apenas sobre osrendimentos e não so-bre todo o valor recebido

Tra ta m e n t ofiscal

> ABATIMENTO* dascontribuições noImposto de Renda(até o limite de 12% darenda bruta anual)durante o período deacumulação. Sobre osvalores de resgate erendas haverá a inci-dência de tributaçãoconforme alíquota da ta-bela do Imposto de RendaPessoa Física em vigor.

Melhor para quem> MAIS atraente para quem

declara o IR completo, por-que pode ser abatido até o li-mite de 12% da renda.

PGBL> É UM p l a no de previdência

complementar que permitea acumulação de recursose a contratação de rendaspara recebimento a partirde uma data escolhidapelo participante.

VG B L> UM plano com possibilida-

de de acumulação de re-cursos, que podem serresgatados na forma derenda mensal ou paga-mento único.