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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA

DEPARTAMENTO DA FORÇA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA COORDENAÇÃO GERAL DE TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO

Esplanada dos Ministérios, Palácio da Justiça, Ed. Sede, Bloco T, 5º andar, sala 500, Brasília – DF, Fone: (61) 3429.9953

 

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INSTRUÇÃO TÁTICA INDIVIDUAL

(Apostila)

 

 

 

 

 

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Autores: 

1º Ten PMSC Julival Queiroz de Santana1

2º Ten PMDF Ricardo Ferreira Napoleão2  

 

 

 

                                                            1   1 º  Ten J. Q. de SANTANA Especialista na Área de Operações Especiais da PMSC. 2 2º Ten R. F. Napoleão Especialista na Área de Operações Especiais da PMDF. 

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CÓDIGO DE CONDUTA PARA OS FUNCIONÁRIOS ENCARREGADOS PELA APLICAÇÃO DA LEI

ARTIGO 1.º

Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem cumprir, a todo o momento, o dever que a lei lhes impõe, servindo a comunidade e protegendo todas as pessoas contra atos ilegais, em conformidade com o elevado grau de responsabilidade que a sua profissão requer.

ARTIGO 2.º

No cumprimento do seu dever, os funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem respeitar e proteger a dignidade humana, manter e apoiar os direitos fundamentais de todas as pessoas.

ARTIGO 3.º

Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei só podem empregar a força quando tal se afigure estritamente necessário e na medida exigida para o cumprimento do seu dever.

ARTIGO 4.º

As informações de natureza confidencial em poder dos funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem ser mantidas em segredo, a não ser que o cumprimento do dever ou as necessidades da justiça estritamente exijam outro comportamento.

ARTIGO 5.º

Nenhum funcionário responsável pela aplicação da lei pode infligir, instigar ou tolerar qualquer ato de tortura ou qualquer outra pena ou tratamento cruel, desumano ou degradante, nem invocar ordens superiores ou circunstanciais excepcionais, tais como o estado de guerra ou uma ameaça à segurança nacional, instabilidade política interna ou qualquer outra emergência pública

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como justificação para torturas ou outras penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.

ARTIGO 6.º

Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem assegurar a proteção da saúde das pessoas à sua guarda e, em especial, devem tomar medidas imediatas para assegurar a prestação de cuidados médicos sempre que tal seja necessário.

ARTIGO 7.º

Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei não devem cometer qualquer ato de corrupção. Devem, igualmente, opor-se rigorosamente e combater todos os atos desta índole.

ARTIGO 8.º

Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem respeitar a lei e o presente Código. Devem, também, na medida das suas possibilidades, evitar e opor-se vigorosamente a quaisquer violações da lei ou do Código.

Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei que tiverem motivos para acreditar que se produziu ou irá produzir uma violação deste Código, devem comunicar o fato aos seus superiores e, se necessário, a outras autoridades com poderes de controle ou de reparação competentes.

(Resolução nº 34/169 de 17 de setembro de 1979 adotado pela ONU).

 

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REFLITA!

“Tudo o que estiver prescrito

tem de ser feito;

— Tudo o que estiver vedado

não pode ser feito sob qualquer

hipótese;

— Tudo o que, não estando prescrito ou vedado, e sendo regulamentar e legal, dependendo do arbítrio de quem vai realizar, pode ser feito sem restrições”3.

                                                            3 Exército Brasileiro. Diretrizes do CML/2005. Rio de Janeiro, RJ, 27 de janeiro de 2005. P. 2.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

2 FINALIDADE

3 OBJETIVOS

4 CORRELAÇÃO DA ITI COM ARÉAS AFINS

5 FUNDAMENTOS DA ITI

6 PRINCÍPIOS ELEMENTARES DA ITI

7 TÉCNICA APLICADA

8 CONCLUSÃO

9 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

                                                                                                                                                                               

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1 INTRODUÇÃO

Historicamente antes de enfrentar qualquer tipo de situação grave os

Estados lançavam mão de homens e mulheres pré-selecionados, que recebiam

treinamento individual em diversas áreas, partindo-se do pressuposto de que o

individuo compõe a célula elementar de qualquer estrutura funcional apta a dar

respostas a eventos variados e complexos.

No Mundo, observamos que houve, ao menos inicialmente, certa

influência dos treinamentos tipicamente militares, empregados pelas FA, no

sentido de selecionar e preparar homens e mulheres para exercerem funções

operacionais e atuarem em campanhas e conflitos que exigiam: conhecimento

apurado dos equipamentos de proteção individual e coletiva, das técnicas de

camuflagem, orientação e navegação de campanha, habilidade para enfrentar

e vencer obstáculos, deslocar com agilidade e velocidade, manejar e operar

armas com destreza, em suma manter-se ileso em combate e em condições de

enfrentar as adversidades e ajudarem-se uns aos outros mutuamente, de tal

sorte que a Unidade só poderia existir com e a partir do individuo.

Assim em inúmeras Instituições policiais na Europa, Ásia e América,

passaram a fazer uso e adequar as técnicas e táticas tipicamente militares para

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a consecução das atividades de polícia, conhecimentos que antes serviam para

manter o homem vivo nos campos de batalha, passaram a ser amplamente

difundidos, utilizados e adaptados a nova realidade social, qual seja: o

desenvolvimento de ações e operações de polícia para preservar a integridade

física, a vida e a segurança de pessoas em situação de risco e por vezes dos

próprios operadores.

Mudou-se o teatro de operações, mas de certa forma, as habilidades

consideradas indispensáveis ao homem (técnicas e táticas) continuam a serem

respeitadas e continuamente desenvolvidas tais como: habilidade com armas,

técnicas de progressão em áreas urbanas e rurais, domínio de equipamentos e

armas não letais, etc, compondo um pressuposto elementar no sucesso das

missões realizadas.

No Brasil, observamos que também houve certa influência na condução

e difusão das técnicas de instrução individual, conhecidas no meio militar pela

designação de “Treinamento Individual para o Combate”, que nos dias de hoje

ainda são largamente empregados e difundidos pelo Exército Brasileiro,

compondo quadro duplo, ou seja, num primeiro momento há uma chamada

“fase de instrução individual básica” sugerindo que o homem deve ser

submetido a um treinamento inicial no qual recebe informações e treinamento

elementar que o habilitar a desempenhar funções correspondestes aos cargos

militares para só então, num segundo momento serem submetidos a segunda

fase, qual seja: a “fase de instrução individual de qualificação”, na qual

recebem informações e treinamentos avançados que o habilitam a compor as

diversas frações orgânicas destas Unidades, a partindo então para o

adestramento conjunto e a realização de operações militares.

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Nas organizações Policias Militares a instrução individual por sua vez,

tornou-se meio de qualificação, capacitação e adestramento técnico, passando

a compor, em especial nas frações especializadas, uma disciplina específica

dada a sua relevância na qualificação do homem, recebendo designações

próprias, tais como: “Instrução Técnica Policial”, Instrução Tática Policial”,

“Fundamentos Táticos” dentre outros, que nos dias atuais devido a

complexidade e incremento dos conflitos sociais acabou por se tornar premente

necessidade de aplicação junto a tropa ordinária, passando a ser amplamente

difundido no corpo policial, como pressuposto basilar na formação técnica-

profissional do homem.

O preparo técnico individual, reflete diretamente na execução das ações,

operações e atividades típicas de polícia em desenvolvimento e a serem

desenvolvidas pela FNSP em todo o Território Nacional. Neste contexto o

homem se constitui em fator diferencial através do qual a Instituição estrutura e

executam as mais diversas missões no campo da Segurança Pública e Defesa

do Cidadão, conhecimento técnico, preocupação constante em aprimoramento,

capacitação e melhoria das condições individuais por certo se fazem refletir no

coletivo. Ao racionalizarmos que a fração tem por elo elementar o homem apto

a integrá-la, cônscio de suas potencialidades e limitações, então há que ser

devidamente treinado, adestrado e capacitado a exercer individualmente suas

atribuições e funções técnicas com primazia, eficiência e eficácia, assegurando

assim higidez, integridade e a composição do tecido coletivo, quer compondo

um grupo, um pelotão, Cia ou BTL da FNSP, mas sempre com foco na Lei,

Ética e na Técnica Policial.

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2 FINALIDADE

Normatizar o planejamento e o desenvolvimento da Instrução Tática

Individual da Força Nacional de Segurança Pública, a partir da padronização

de técnicas, procedimentos e ações policiais, devendo buscar a disseminação

e a fixação de conhecimentos técnico-científicos junto aos operacionais com

vista ao desenvolvimento constante e permanente das qualidades e aptidões

indispensáveis ao desempenho da atividade policial na área da Segurança

Pública e Defesa do Cidadão.

3 OBJETIVOS DA INSTRUÇÃO TÁTICA INDIVIDUAL

Tem por objetivo habilitar os policiais que integram a FNSP no emprego

adequado das técnicas, princípios e fundamentos táticos individuais quando da

realização de qualquer ação, operação e/ou atividade típica de polícia,

ampliando o rol de conhecimentos e os atualizando em função de novos

conceitos e experiências obtidas, sendo atingida através de atividades teóricas

e práticas que permitam:

a. Fomentar e fortalecer valores sociais, morais e éticos;

b. Ampliar a cultura geral e adquirir conhecimentos específicos;

c. Desenvolver e manter a força física, a agilidade e a destreza;

d. Aprimorar os reflexos e o enquadramento necessário à atividade

policial-militar;

e. Manter e atualizar conhecimentos técnico-profissionais;

f. Buscar, incessantemente, a interação interpessoal intra e extra

Força Nacional de Segurança Pública.

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4 ARÉAS AFINS4 - CORRELAÇÃO COM A INSTRUÇÃO TÁTICA

INDIVIDUAL

A instrução tática individual deve ser entendida como elemento basilar

ao exercício e realização de qualquer prática operacional, logo indispensável à

consecução e ao desempenho de outras áreas do conhecimento na atividade

policial, possuindo assim correlação direta com diversas outras disciplinas e

áreas do saber.

                                                            4 O eixo transversal a ser observado está adstrito a área de Direitos Humanos.

 

ITI

ÁREAS DO SABER

Técnicas de Abordagem

Tiro Tático Policial

Patrulha UPF

Doutrina eTécnica

Segurança Dignitários

Outras

Direitos 

Humanos 

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5 FUNDAMENTOS BÁSICOS DA INSTRUÇÃO TÁTICA INDIVIDUAL

A instrução tática individual deve primar pelo desenvolvimento

continuo das qualidades e habilidades técnicas dos seus operadores,

possuindo dentre outros os seguintes fundamentos:

a. Homogeneidade: todos os policiais militares submetidos ao ensino

(teórico e prático) devem possuir obrigatoriamente uma consistência

no entendimento e aplicação das técnicas que lhes são transmitidas,

a fim de que o conjunto, a unidade ou equipe atinjam e mantenham

padrões de conduta únicas frente a eventos de qualquer natureza,

contribuindo desta forma para a excelência das ações, operações e

atividades no campo da Segurança Pública.

LEMBRE-SE: a homogeneidade pressupõe que todas as partes

ou membros de uma equipe são ou estão solidamente e/ou

estreitamente ligados, logo não podem apresentar ou quase não

apresentam desigualdades, altos e baixos entre si – devem possuir

assim um mesmo nível e padrão geral.

b. Espírito de Corpo: a instrução tática individual muito embora vise

num primeiro momento o desenvolvimento de habilidades individuais,

tem como fim maior contribuir para a cooperação, a participação, o

envolvimento, o compromisso e até mesmo o sacrifício do individuo

para com o todo.

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LEMBRE-SE: o espírito de corpo reflete o grau de coesão das

frações operacionais e de CAMARADAGEM, AMIZADE E

RESPEITO entre seus integrantes

c. Disciplina Tática: o policial militar a par de suas habilidades,

capacidades e limitações, deve estar cônscio de que em inúmeras

atividades surgirão problemas simples e complexos, que exigem

além da flexibilidade de raciocínio, criatividade e bom senso, acima

de tudo disciplina tática que se reveste da imponderável necessidade

de ver, entender e agir oportunamente ante as dificuldades e

adversidades que se apresentam.

A pro - atividade constitui fator imperativo para, mesmo na

ausência de comando, ao visualizar situações de risco e problemas

graves o operador possa tomar a iniciativa, comunicar o escalão de

comando, intervir se estiver apto e em condições de fazê-lo, sem no

entanto colocar em risco desnecessário a sua vida, a de seus

companheiros e de terceiros no teatro de operações.

6 PRINCÍPIOS ELEMENTARES DA INSTRUÇÃO TÁTICA INDIVIDUAL

a. Atuar sempre em dupla: todo policial ao realizar qualquer tipo de

atividade operacional não deve atuar isoladamente acreditando que

suas habilidades individuais serão suficientes ou preponderantes

ante aos fatores adversos alguns dos quais imprevisíveis nos

decorrer de uma intervenção policial. Assim, temos que o apoio

mútuo constante é elemento imprescindível a manutenção da

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segurança individual e da equipe, bem como a consecução eficaz

das missões que lhes são afetas.

ATUE SEMPRE EM DUPLA

b. Portar recursos táticos adicionais: preponderante aos policiais

quando no desempenho de suas atribuições mantenham ajustados e em

excelentes condições todo o seu aparelhamento tático e de proteção individual,

bem como seu armamento, equipamentos não letais e outros, os quais, via de

regra, deve compor dotação individual e coletiva necessária a prevenção e

repressão legal, proporcional e técnica. Logo, não há que falarmos em

escalonamento do uso da força, se tal não for objeto de preocupação

constante, que se reflete na manutenção e porte destes recursos pelos

operacionais, arma principal e reserva, carregadores extras, bastão aspen,

espargidor, algemas, e outros capazes de minimizar a exposição a riscos e

prevenir danos aos envolvidos numa ação e/ou operação policial.

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PORTE RECURSOS ADICIONAIS

c. Controlar todos os ambientes e/ou meios: independente se as

ações e ou operações serão realizadas em ambiente fechados ou abertos, em

áreas urbanas ou rurais, em terra ou em meio aquoso, todo operacional dever

manter-se atento aos fatores de risco e ameaças, fazendo uso da

observação, dos sentidos, e da sua própria experiência profissional, com

vista a controlar todo o ambiente que o circunda ou no qual está inserido,

sempre que possível mantendo a segurança perimetral próxima e de área em

trezentos e sessenta graus.

CONTROLE TODO O AMBIENTE/MEIO ONDE ESTIVER OPERANDO

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7 TÉCNICAS APLICADAS

Neste tópico abordaremos alguns conceitos e técnicas que aplicadas

adequadamente propiciam aos operacionais um ganho estratégico e tático em

relação ao meio e aos possíveis agressores.

7.1 CONCEITOS GERAIS:

a. TÉCNICA, TÁTICA E ESTRATÉGIA

Em inúmeras ações policiais nas quais nos defrontamos com eventos

e situações de risco lançamos mão dos conhecimentos pré-adquiridos que

aliados a experiência profissional nos garante, ao menos em tese, darmos a

resposta mais satisfatória aos inúmeros problemas e dificuldades no campo da

Segurança Pública.

Mas você já refletiu sobre o emprego da técnica, da tática, da

estratégia e do aproveitamento conceitual e doutrinário em relação a ação

realizada? Se de fato os recursos e esforços empreendidos foram os mais

acertados e necessários à situação problema?. Você seria capaz de efetivar a

distinção entre o que é técnica, tática e estratégia? Então, este é o momento

proprício para fazê-lo, pois são indispensáveis a compreensão e execução das

missões policiais.

Podemos conceituar a técnica5 como sendo “o conjunto de processos

de uma arte. Ex. técnica cirúrgica, jurídica ou, policial (inserção e grifo nosso).

                                                            5 Wikipédia Enciclopédia Eletrônica. Consulta ao verbete Técnica. Disponível em

http://pt.wikipedia.org. Acessado em 29 Julho de 2008. No ser humano, a técnica surge de sua relação com o meio e se caracteriza por ser consciente, reflexiva, inventiva e fundamentalmente individual. O indivíduo a aprende e a faz progredir. Só os humanos são capazes de construir, com a imaginação, algo que logo podem concretizar na realidade. Campos de ação: o campo da técnica e da Tecnologia responde ao interesse e à vontade do

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Podemos dizer em suma que a técnica é maneira, jeito ou habilidade

especial de executar ou fazer algo6”, compõe uma habilidade ou conhecimento

específico numa determinada área do saber humano.

Assim, quando tratamos da técnica policial, tal compreende todo o

conhecimento sistematizado e aplicável à realidade que nos habilita a agir,

intervir e dar respostas eficazes a situações problemas no campo da

Segurança pública.

A técnica importa em obtenção contínua de conhecimentos específicos e

a utilização destes conhecimentos na prática policial, saber utilizá-los da

melhor forma possível, com oportunidade, a fim de obtermos êxito em ações e

operações de polícia, a melhor forma para sacar a arma, ou a melhor forma

para empregar as algemas, ou a forma mais segura de adentrar num ambiente,

dentre outros, são conhecimentos técnicos que jamais podem ser

desconsiderados. Técnica em resumo é conhecimento sistematizado e

aplicável a situações reais.

O conceito clássico de tática compreende a “arte de manobrar tropas”,

porém pode ser entendida, no sentido policial, como a arte da disposição, da

movimentação e emprego das forças e equipes policiais durante situações de

risco, embate ou na iminência destes. Se por um lado a técnica nos propicia

conhecimentos específicos é através da tática que os utilizamos da forma mais

adequada para resolver problemas complexos. Tática se traduz em emprego

do que conhecemos de forma eficiente, oportuna e eficaz.

A tática é qualquer elemento componente de uma estratégia, com a

finalidade de se atingir a meta desejada num empreendimento qualquer.

                                                                                                                                                                              homem de transformar seu ambiente, buscando novas e melhores formas de satisfazer suas necessidades ou desejos. Esta atividade humana e seu produto resultante é o que chamamos técnica e Tecnologia, segundo o caso.  6 Dicionário Aurélio Eletrônico. Consulta ao verbete Técnica. Ano 2007. 

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Enquanto estratégia busca visão "macro", de conjunto ou, por assim

dizer, sistêmica, relativamente ao empreendimento, tática ocupa-se de visão

"micro", no sentido de elementar ou particular em relação ao todo.

Numa comparação mais simples, a tática seria 'como' se deve realizar

determinada função (em oposição à estratégia, mais próxima de 'o que' se

deve realizar).

Intimamente relacionadas, tática e estratégia se complementam, sendo

que aquela seria o plano a curto prazo e esta o plano a longo prazo7”.

LEMBRE-SE: Não adianta possuir uma técnica refinada em

determinada area policial, se no decorrer de ações inusitadas

e de risco não soubermos utilizar estes conhecimentos

taticamente, “estratégicamente”. Ex. saber atirar muito bem,

porém não fazer uso adequado do terreno, ou vice-versa,

dentre outros.

c. VISÂO PERIFÉRICA: a nossa visão deve ser treinada e

estimulada a assimilar o que costumamos chamar de “visão periférica”, ou seja,

mesmo tendo como foco principal o objetivo a nossa frente, podemos

simultaneamente “estender o alcance” da nossa visão para um campo visual

mais amplo o que nos permite observar coisas, pessoas e objetos que estão

fora do nosso foco principal (alvos secundários), consistindo em mecanismo

essencial para que possamos evitar riscos e fatores inusitados ou, mesmo

sermos surpreendidos no decorrer de atividades operacionais.

No texto publicado o Doutor Luiz Roberto Cotti, faz o seguinte

comentário e nos lança à seguinte questionamento, quais sejam:                                                             7 Wikipédia, enciclopédia livre. Consulta ao verbete Tática. Acessado em 29 de Julho de 2008. 

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“Certamente a visão periférica é a grande responsável por você ter saído

ileso de uma série de situações de risco. Qual a última vez que ela te salvou?!

De fato, poderíamos elencar uma gama considerável de ações e

situações de risco (acidentes, confrontos armados, agressões, etc) em que a

nossa visão periférica foi o fator determinante para que as nossas vidas e

integridade física fossem preservadas.

VISÃO PERIFÉRICA

LEMBRE-SE: O sentido da Visão é responsável por 80% das

informações que recebemos do ambiente externo8.

d. SUPERIORIDADE OPERACIONAL: Em qualquer atividade

policial devemos contar com a superioridade, que pode ser numérica ou

relativa. A superioridade numérica cinge-se a proporção elementar de dois para

um, ou seja, dois operacionais, em tese estão em condições de abordar ou

intervir em relação a um suspeito, checar áreas e averiguar situações suspeitas

em locais controlados. Já a relativa cinge-se as condições gerais, análise de

risco, logística e preparo técnico profissional dos operadores, sempre que

possível devemos aliar a superioridade numérica a relativa e ter um ganho

operacional diferenciado em relação as situações de risco ou confronto. Porém

                                                            8  Cotti, Luiz Roberto M. C. O Sentido da visão. Disponível em http://www.perkons.com.br/imprensa_opiniao.php. Acessado em 29 de Julho de 2008. 

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jamais devemos nos colocar em situação de risco operando isoladamente, logo

se a situação importar em possível fragmentação da unidade elementar, acione

apoio e aguarde a sua chegada.

LEMBRE-SE: Procure atuar sempre na proporção mínima

de: DOIS operacionais para UM suspeito!

DUPLA DE FN

e. TÉCNICA DO TERCEIRO OLHO

A técnica do terceiro olho, como é conhecida, remonta a

necessidade dos policiais estarem em plenas condições de enfrentamento ante a

situações planejadas ou inusitadas, independente do tipo de ação a ser

desenvolvida a arma deverá sempre acompanhar a direção para onde o

operacional estiver olhando, mantendo-se os dois olhos abertos por sobre

o cano da arma, independente se esta for curta ou longa. Está técnica depende

em parte da observação de outros dois aspectos, quais sejam:

Evitar a visão de túnel: quando ocorre, principalmente em

situações de confronto armado, onde o nível de estresse derivado das

ocorrências se acentua bruscamente, a tendência dos profissionais é

entrarem numa espécie de visão extremamente limitada, ou seja, num tipo

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dode túnel, que bloqueia os seus sentido e a percepção espacial e

situacional do terreno. Então o que fazer? Devemos procurar treinar a

postura tática adequada e aliar tal a dois aspectos simples: ohar por

sobre o cano da arma e manter os dois olhos abertos ampliando assim

nosso campo de observação e tiro.

Controle da arma e do cano: tal aspecto é imprescíndivel a

manutenção da segurança individual e do grupo, logo devemos dar

especial atenção e este fator e manter o cano da arma apontado para

direções seguras ou para o objetivo, porém sempre desviando e

evitanto passar ou apontar o cano da arma na direção de pessoas

não suspeitas ou de outros policiais.

 

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LEMBRE-SE: “A arma acompanha simultaneamente a direção para onde o Policial estiver observando”;

f. CONTROLE DE ÁREA E ÁREA DE RESPONSABILIDADE

Durante qualquer ação, operação ou atividade operacional especialmente

durante os deslocamentos, entradas, varreduras e outras ações de risco, o

policial deve estar em condições de dominar completamente a área, meio ou

ambiente em que se encontre.

A responsabilidade do grupo se dilui com e através dos individuos que

compõem as diversas equipes, importa assim na necessidade e obrigação de

monitoramento, observação e controle da área, perimetros e suspeitos pelo

 

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operador, não podendo ser desconsiderada em nenhum momento antes, durante

e em certos casos após a ação policial.

Logo, além do controle de área há real necessidade de que o operador

esteja consciente e atento a sua própria responsabilidade individual

derivada da missão que lhe foi delegada.

O controle de área e perimetros, quer em áreas urbanas ou rurais,

compreende a busca incessante pelo controle e pelo domínio total do ambiente

onde se opera, a ser atingido através dos seguintes mecanismos:

Estabelecer e Manter a Proteção 360º: a proteção em 360º graus se

constitiui numa maneira eficaz para mantermos a segurança no decorrer

de ações e operações, compreende que todos os lados/direções devem

permanecer sob domínio do operador. No exemplo, temos o conhecido

“Auto Guardado9”;

Pontos distantes: devemos procurar observar sempre os pontos mais

próximos (riscos iminentes), superada está etapa devemos então lançar

nossas vistas e preocupações para os locais mais profundos, elevados ou

distantes que devem ser observados, monitorados e mantidos sobre

controle permanente;

Disciplina de ruídos: devemos, em ações e situações de risco, manter o

silêncio como forma de aumentar a percepção do ambiente.

g. FUNIL FATAL: o funil fatal ou “cone da morte” como é conhecido

decorre da projeção (contraste) da silhueta humana ante a um facho de luz,

gerando conseqüentemente uma maior exposição a situações de risco e

                                                            9 O alto guardado é uma  técnica de  controle e  segurança de perímetro em 360 graus, normalmente utiliza‐se para a sua estruturação o dispositivo do relógio 12, 3, 6 e 9 horas são os marcos referenciais para o posicionamento dos homens. 

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agressão. O facho de luz projetada pelas aberturas e vazios entre espaços que

contrastam com o perfil humano (forma) especialmente através de aberturas

tais como: portas, janelas, corredores etc.

Assim, temos que os cones da morte se constituem em pontos

inerentes a um determinado ambiente onde há a maior probabilidade dos

operadores serem ameaçados, atacados ou alvo de ações letais por

eventuais agressores que ali estejam.

Então o que devemos fazer quando nos depararmos com funis fatais?

Temos duas respostas a este questionamento: evitar se for possível, não

o sendo, passar com cobertura o mais rápido possível sem quebrar a

segurança.

LEMBRE-SE: As aberturas e a projeção de luz sobre a

silhueta do operador são combinações perigosas,

extremo cuidado na transposição destes locais e

aberturas.

h. PERIGO IMEDIATO: Perigo imediato é o ponto, local ou situação

em um ambiente onde existe a maior probabilidade de surgir uma ameaça física

contra o policial. A identificação do perigo imediato é fundamental para o policial

decidir aonde ir e o que fazer. O deslocamento, ação de busca ou reação do

operacional deve ser dirigida prioritariamente para o perigo imediato tão logo seja

identificado.

LEMBRE-SE: O agressor pode contar com o elemento

surpressa, logo não subestime ou desconsidere a

existência de outros perigos além do que você consegue

ver.

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i. VERBALIZAÇÃO: O termo “verbalizar” aponta para a

necessidade de comunicação permanente quer entre Policias ou destes em

relação a um suspeito no decorrer de uma ação ou operação. Tal pode ser

levada a termo através dos seguintes meios: utilizando sinais sonoros,

luminosos, sendo os mais comuns o emprego da VOZ (DE FORMA DIRETA

ou VIA SISTEMA DE COMUNIAÇÃO – RÁDIO10, TELEFONE) e GESTOS,11

estes últimos – gestos - quando a ação exigir disciplina de ruídos e ação

furtiva.

A verbalização deve ser “CLARA, FIRME e OBJETIVA”, as palavras

devem ser proferidas em velocidade moderada facilitando a compreensão por

parte do interlocutor, sempre iniciada com a palavra POLÍCIA, FORÇA

NACIONAL! e, uma “DETERMINAÇÃO IMPERATIVA” indicativo a ação

desejada pelo operador a ser ouvida e executada pelo suspeito. Por exemplo:

“Polícia, Força Nacional! largue a arma”, “não realize movimentos bruscos,

etc”.

LEMBRE-SE: A verbalização aplicada adequadamente (sem

gritarias, gírias, etc) compõe elemento técnico

indispensável ao êxito em qualquer ação policial. Então

verbalizem, falem, comuniquem-se!

j. PROTEÇÕES: As proteções comumente chamadas de

“barricadas” no meio policial podem se constituir numa gama extremamente

diferenciada de recursos a serem utilizados pelos operacionais.

                                                            10 A comunicação via rádio possui códigos específicos não sendo objeto de estudo neste momento. 11 Os gestos não serão objeto de estudo neste manual. 

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As proteções podem compor objetos naturais12 ou artificiais13,

equipamentos e ambientes que ofereçam garantias de segurança aos

operadores contra possíveis agressões físicas, além de contribuírem para a

dissimulação, ocultação e aproximação furtiva destes profissionais em

ambientes urbanos e rurais. Segundo a doutrina podemos classificar as

proteções/barricadas em dois tipos:

COBERTAS: São estruturas e anteparos mais frágeis que

os abrigos, normalmente protegem ou ocultam parte do corpo, porém sua

resistência pode ser facilmente rompida por uma ação agressora, em

especial as que são oriundas de armas de fogo. Ex. Proteger-se atrás de

uma vegetação ou fazer uso de uma porta de madeira laminada, muito

embora o suspeito não o veja ou apenas parcialmente se disparar contra

o operador este poderá ser fatalmente atingido.

                                                            12 Arvores, depressões e dobras no terreno, etc. 13 Postes, veículos, colunas, paredes, etc. 

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LEMBRE-SE: Nas cobertas não posso ser visto ou visto

apenas parcialmente, porém posso ser atingido pelo

agressor.

ABRIGOS14: Compõem estruturas mais resistentes, que

além de ocultarem o corpo do operador, o protegem contra

agressões letais. Ex. Parede ou coluna de concreto,

estruturas rígidas e espessas de metais, etc.

Ao progredir procure identificar o melhor local para estacionar, que

proteja a maior área corporal possível e que lhe permita ver sem ser visto,

atirar mas não ser atingido pela ação do suspeito.

                                                            14 Destinam-se a proteger em todas as direções o pessoal e o material, antes ou durante o combate14.  

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LEMBRE-SE: Nos abrigos não posso ser visto ou visto

parcialmente, porém estou protegido dos fogos do suspeito.

7.2 UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS TÁTICOS

Todos os equipamentos táticos compõem ferramentas necessárias a

realização das missões e atividades peculiares de polícia, a manutenção e o

uso criterioso destes equipamentos, armamentos, munições e agentes (letais e

não letais) dentre outros são importantíssimos para proporcionar conforto,

equilíbrio distribuição do peso e funcionalidade no seu emprego.

Assim como a Instituição busca observar os princípios para a seleção

de equipamentos, tais como: Utilidade, Qualidade e Preço, todos

indistintamente que os utilizam devem:

Mantê-los em condições de uso;

Utilizá-los tecnicamente;

Portá-los adequadamente;

Utilize apenas os necessários ao cumprimento das missões.

LEMBRE-SE: Os equipamentos táticos são indispensáveis

a manutenção da sua vida!.

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Aparelhamento tático da FNSP

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7.3 POSTURA TÁTICA

A postura ou posição tática nada mais é do que a adoção de uma

posição corporal diferenciada que proporcione ao policial boa plataforma para

engajar ante as situações de risco, mantendo-o em perfeitas condições de

oferecer resposta imediata a qualquer agressão física.

Atualmente, a postura tática mais recomendada tem sido a postura de

combate15, corpo posicionado DE PÉ e frontalmente em relação ao alvo ou

agressor, levemente projetado a frente e joelhos moderadamente flexionados.

Esta posição baseia-se no princípio de uma posição natural de expectativa e

deslocamento corporal.

POSTURA DE COMBATE

                                                            15 Também conhecida como posição SAS, oriunda do Special Air Service, unidade especial do exército inglês. 

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Existem outras plataformas que podem ser utilizadas de acordo com a

situação, circunstancias e fatores de risco, isoladamente ou de forma alternada,

quais sejam: posição de joelho e posição deitado.

POSIÇÃO DE JOELHOS

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POSIÇÃO DEITADO

LEMBRE-SE: A velocidade de reação e uma plataforma estável são fatores extremamente relevantes para a obtenção de êxito ante as ações agressivas.

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7.4 POSTURAS TÁTICAS COM ARMAS

Antes de abordarmos as posturas/posições com armas, abordaremos

rapidamente um aspecto técnico extremamente relevante, qual seja: a

empunhadura, com armas de porte e portateis. A empunhadura deve ser

realizada sempre com as duas mãos, mantendo –se o dedo fora do gatilho,

salvo na hora do emprego efetivo em conrontos armados.

Empunhadura Arma Portátil Empunhadura Arma Porte

Prosseguindo a postura corporal acima referenciada (de combate)

compõem a plataforma ideal para o uso de armas (de porte e portateis), sendo

que as adotadas pela FNSP são as seguintes:

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POSIÇÃO 1: Nesta posição a arma reserva (pistola) deve estar no coldre, a

arma principal deve ser empunhada próximo ao corpo com o cano para baixo,

badoleira sobre a coronha da arma, sendo utilizada em situaçãoes onde não há

perspectiva de confronto eminente, na composição de filas e na presença de

pessoas não suspeitas.

 

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POSIÇÃO 2: partindo da posição NATURAL DO CORPO A ARMA SERÁ LEVEMENTE INCLINADA EM DIAGONAL, permanecendo junto ao corpo e não o ultrapassando lateralmente. Utilizada em situações rotineiras onde não há risco ou perigo imediato de agressão ou ameaça em relação ao operador.

POSIÇÃO 2

ERRO COMUM: Não manter a bandoleira sobreposta a coronha.

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POSIÇÃO 3: partindo da posição corporal de combate arma deverá ser

empunhada junto ao corpo, cano em posição intermediária, ou seja, direcionado

em ângulo aproximado de 45 graus, utilizadas em qualquer ação onde o

confronto ou risco é iminente ou previsível, tais como na aproximação de

suspeitos, no decorrer de abordagens ou deslocamentos para locais de risco.

  

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POSIÇÃO 4: arma será empunhada mantendo-se o cano na altura dos olhos

(pouco abaixo para evitar visão de túnel), paralela ao solo, usada em

deslocamentos em situações risco iminente, varreduras, abordagens, confrontos

armados e ante a ações agressivas letais deflagradas;

ERROS COMUNS: deixar a coronha muito abaixo do ombro, manter o dedo no gatilho, sair da postura tática após o primeiro disparo ou antes de concluir a ação.

LEMBRE-SE: Ao operar com armas, treinamento e instruções, verifique se a arma está descarregada. Em situações reais e treinamento de tiro nunca mantenha o dedo no gatilho, salvo na hora do dispar e não esqueça, aponte a arma apenas para o alvo pretendido.

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6.5 DESLOCAMENTOS TÁTICOS16

Os deslocamentos congregam as formas ou métodos adotados pelos

policiais para moverem-se em meio urbano ou rural de um ponto a outro, ou de

um lugar para outro em uma área ou situação quer ofereça risco ou não.

Independente do processo empregado, os policiais devem observar o

seguinte aspecto:

Realizar planejamento mental rápido a fim de responder as

seguintes questões: Pra onde vou? Por onde vou? Como vou?.

e, Quando vou?.

Os deslocamentos táticos individuais podem ser assim distribuídos:

DESLOCAMENTO FRONTAL: Mantendo-se na posição, postura de

combate, o operador inicia o deslocamento a frente, mantendo uma boa

postura e plataforma de tiro, pernas semi-flexionadas e os joelhos

próximos, o corpo levemente inclinado para a frente, colocando primeiro

o calcanhar no solo depois a planta do pé.

Assim, os operadores conseguem manter o equilíbrio do corpo e

da arma, possibilitando uma estabilidade e conseqüentemente um

melhor aproveitamento de seus disparos em situações de ameaça ou

agressão letal. Importante salientar que neste deslocamento os joelhos

                                                            16 Também conhecidos pelo termo “Técnicas de Progressão” 

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servem como uma espécie de “amortecedor natural”, ou seja, o tronco

permanece estável até a altura da cintura independente do terreno em

que o operador estiver caminhando, porém os joelhos devem flexionar e

absorver o impacto do corpo e assimilar as diferenças de terreno e

obstáculos.

DESLOCAMENTO FRONTAL

DESLOCAMENTO LATERAL: Este deslocamento não é tão usual,

porém em certas situações pode ser empregado, partindo-se da posição

“cavaleiro” mantendo a arma na posição 3, deve juntar os pés

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lateralmente, abrindo e fechando, movimentando-se para a direita ou

para esquerda, porém sem cruzar as pernas.

DESLOCAMENTO LATERAL

DESLOCAMENTO A RETAGUARDA: A postura é idêntica a utilizada

no deslocamento frontal, porém é executado em ordem inversa, sempre

que houver necessidade de recuar em segurança, mantendo a arma em

situação de emprego e uso. Neste deslocamento, devemos utilizar a

nossa visão periférica e sentidos, a fim de evitarmos obstáculos e

quedas.

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DESLOCAMENTO A RETAGUARDA

Segundo a doutrina militar existem basicamente três formas ou técnicas

para efetivarmos um deslocamento, quais sejam: caminhando, engatinhando

ou rastejando, sendo a primeira destes métodos o mais usual e os dois

últimos mais afetos ao meio rural, porém não há que ser descartado o seu

emprego no meio urbano. A técnica de engatinhar não será objeto de estudo

neste momento.

Caminhar baixo Rastejo alto - combate

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LEMBRE-SE: Só desloque se estiver coberto, ou seja, contar com o

apoio de outro policial já posicionado e em condições de proteger o seu deslocamento através do apoio de fogo.

Via de regra, os deslocamentos serão executados fazendo-se uso de

velocidades variadas, assim descritas:

VELOCIDADE DE COBERTURA: deslocamento lento, progressivo,

usado em situações de terrenos desconhecidos;

VELOCIDADE DE BUSCA: deslocamento moderado, usado para

domínio rápido de um ambiente ou para atingir um ponto pré-

determinado; e

VELOCIDADE DE ASSALTO: deslocamento rápido e direcionado,

usado quando a situação exige uma ação dinâmica.

Independente da velocidade adotada, não devemos correr e, sim

caminhar taticamente, aumentando ou diminuindo a amplitude e freqüência

dos nossos passos no decorrer do deslocamento de um ponto a outro.

LEMBRE-SE: a velocidade está diretamente vinculada a certos

fatores a urgência da ação, a necessidade de dar ou receber apoio,

a saída de pontos críticos ou sob ameaça letal e principalmente a

manutenção da segurança individual e coletiva.

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7.5 FORMAÇÕES E DESLOCAMENTOS TÁTICOS EM DUPLA

Além das técnicas de deslocamento, podemos agregar outro fator

extremamente importante para a manutenção da segurança e da integridade

individual e do grupo, a partir da conjugação deslocamento e uso adequado

das formações táticas, dentre outras podemos destacar as seguintes:

FORMAÇÃO E DESLOCAMENTO EM COLUNA: nesta formação um

policial se posta atrás do outro, convencionam o momento de iniciar o

deslocamento, mantendo a arma na posição 3, um mantêm a segurança

à frente, o segundo guarda o flanco ou dá apoio de fogo a frente,

mantendo assim a segurança e o apoio mútuo. Existindo outro operacional

mantem a segurança a retaguarda.

FORMAÇÃO E DESLOCAMENTO EM COLUNA

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Esplanada dos Ministérios, Palácio da Justiça, Ed. Sede, Bloco T, 5º andar, sala 500, Brasília – DF, Fone: (61) 3429.9953

 

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FORMAÇÃO E DESLOCAMENTO ALTO E BAIXO17: nesta formação o

primeiro homem desloca-se com a silhueta bem baixa mantendo a a arma

na poisção 3 e garantindo a segurança a frente, o segundo homem se

posiciona a retagurada do primeiro, encostado neste e passa a se

deslocar em pé, mantendo a arma apontada para a frente em posição 3.

A formação alto e baixo devido ao desgaste que impõe ao homem, pouca

flexibilidade de movimento e velocidade diminuta, só deve ser utilizada

em situações muito peculiares, onde pelas características do terreno e

limitações quanto ao emprego de outra formação não haja outra forma de

realizar a progressão.

POSIÇÃO ALTO E BAIXO

                                                            17 Conhecida como High-Low. 

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FORMAÇÃO E DESLOCAMENTO SIAMES18: neste método um dos

operacionais deverá estar direcionado para frente e outro postado um

pouco a retaguarda e lateralmente formando uma espécie de “L”, o

primeiro assegura o perímetro à frente e o segundo mantêm a segurança

lateral, ambos com a arma na posição 3.

FORMAÇÃO E DESLOCAMENTO SIAMES OU “L”

FORMAÇÃO E DESLOCAMENTO COSTA A COSTA19: formação

elementar quando se pretende deslocar, ou estacionar mantendo a

segurança à frente e a retaguarda, logo um dos operadores deverá

deslocar-se a frente com a arma na posição 3 e o outro de costas para o

primeiro deverá deslocar-se de costas para o objetivo com as costas em

contato com as do primeiro operador, também mantendo a arma em

condições de uso posição 3.

                                                            18 Chamado de “L” pode ser realizada com dois ou três operadores. 

19 Conhecida como Back to Back. 

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FORMAÇÃO E DESLOCAMENTO COSTA A COSTA

FORMAÇÃO E DESLOCAMENTO TORRE: na formação torre um dos

policiais se posta de joelhos com a arma na posição 3 e o outro policial

se posiciona a retaguarda deste, porém na posição de pé, mantendo a

arma na mesma posição. Realizada a análise do terreno, riscos e

proteções o homem que está na posição de joelhos mantendo-se com

a silhueta baixa dá um grande passo a frente perdendo assim

contato com o homem a sua retaguarda iniciando o deslocamento

(lanço). Durante a movimentação deste primeiro operacional o segundo

permanece em posição fornecendo apoio de fogo (cobertura) até que o

primeiro esteja em local seguro (coberto ou abrigado), partindo então ele

próprio para o local já seguro.

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FORMAÇÃO TORRE

A formação torre permite ainda a presença de um terceiro homem

na formação aproximada apto a dar apoio de fogo a frente em situações

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em que a máxima potencia e convergencia de fogo a frente for

necessária.

LEMBRE-SE: O policial nunca deve se deslocar sozinho.

7.8 MUDANÇAS DE FRENTE E DIREÇÃO

Não basta ao policial conhecer e empregar a postura tática, utilizar

adequadamente as formações e o armamento, se ele não estiver apto a mudar

de frente ou direção de forma rápida e eficaz, afinal na maioria das ações

policias é comum observarmos que os suspeitos se deslocam em diversas

direções a frente, a retaguarda, em sentido lateral e diagonal compondo um

quadro complexo de movimentos que obrigam os policias a alternarem de um

para outro local, de uma direção para outra, mudando assim a sua frente de

combate ou engajamento. Assim, independente da posição de combate

adotada pelo policial seja ela: de pé, joelho ou deitado, parado ou em

movimento, deve estar apto a efetivar a transição de uma para a outra20 e de

uma direção para outra no menor tempo possível com segurança e destreza.

As mudanças de frente ou sentido de deslocamento podem ser realizadas:

DE FORMA ESTÁTICA: normal utilizarmos um pé como apoio (base)

sobre a qual realizaremos o movimento giratório, para a direita,

esquerda ou a retaguarda.

                                                            20 Lei o tópico que fala sobre posição tática e alternância de uma para a outra. 

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EM MOVIMENTO: nesta a mudança de frente acorre quando estamos

em deslocamento, utilizamos um dos pés como base e giramos para o

lado que se encontra a ameaça ou alvo, sendo necessário manter a

postura tática e da arma em condições de emprego imediato.

LEMBRE-SE: Ao realizarmos qualquer mudança de frente, quer em

situações estáticas ou em movimento, devemos retrair a arma no

decorrer da transição para a posição 2, retomando a 3 ao final do

movimento.

7.9 TRANSIÇÃO DE ARMAS

Em situações de confronto é comum ou podem ocorrer uma série de

problemas com a arma principal21 dos policiais, tais como: o mal funcionamento

da arma ou da munição, impondo ao policial a necessidade de lançar mão da

arma reserva22, com agilidade e segurança, mantendo-se em condições de

pronto emprego ou combate.

                                                            21 Arma principal é a que estamos empregando no momento da ação, tal pode se constituir em qualquer arma portátil tais como: o fuzil, a submetralhadora ou a doze. 22  Arma  reserva  é  aquela  que  está  sendo  portada  pelo  policial,  porém  via  de  regra  encontra‐se  no coldre, podendo constituir qualquer arma, tais como: pistolas, revolveres, etc. 

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POSIÇÃO 4 BAIXANDO A ARMA PRINCIPAL

MÃO INVERTIDA SAQUE DA ARMA RESERVA

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FINALIZANDO O SAQUE

A transição enquanto técnica pode ser executada de formas variadas, na

FNSP a transição adotada é a aquela em que a arma principal permanece

à frente do corpo, porém em dadas circunstâncias podemos ainda empregar

outras técnicas.

A transição a retaguarda - EMERGENCIAL, onde a arma principal é

movimentada para a as costas tanto na posição de pé quanto deitado, com

vista a utilização da arma reserva, transposição de escadas e muros ou,

mesmo em situações em que o operador deva manter as duas mãos livres para

prestar socorro a um companheiro ferido ou mesmo na condução de uma maca

dentre outros.

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TRANSIÇÃO DE ARMA NA POSIÇÃO DE PÉ

TRANSIÇÃO DEITADO

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7.10 TÉCNICAS DE VARREDURA E OBSERVAÇÃO DE AMBIENTES

Em inúmeras ações, operações típicas de polícia os operadores são

demandados a executarem uma série de atividades tais como: efetivar a

abordagem e vistoria em veículos, manter a segurança em bloqueios e

contenções, adentrar em edificações, averiguar denuncias em locais de difícil

acesso, dentre outras sendo de tal sorte indispensável a utilização de técnicas

que lhe assegurem maior segurança no desempenho destas atividades. Tais

técnicas hoje são conhecidas como técnicas de varredura e observação de

ambientes, dentre elas podemos destacar:

TOMADA DE ÂNGULO: é a técnica que consiste na abertura gradativa

do nosso campo visual, a partir do distanciamento das paredes e quinas. Este

procedimento embora simples fará com que seu campo visual domine a área não

visualizada (ângulo morto) porém manterá simultaneamente um ponto de

proteção a ser utilizado pelo policial. Quanto maior o ângulo de abertura, maior a

área visualizada (varrida e observada) sem que no entanto o policial perca a

proteção. A aplicação da técnica inicia com o policial na posição de pé ou

ajoelhado, antes de chegar na abertura começa a descrever o arco (uma meia

lua) a partir da proteção (parede, muro, etc) mantendo sempre a posição de

combate e tiro, de frente para o objetivo.

Esta técnica pode ser usada individualmente ou em dupla em

portas, escadas, corredores, cômodos e, também em relação a veículos em

situação estacionária, dentre outras situações.

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INICIANDO A TOMADA DE ÂNGULO TOMADA DE ÂNGULO

OLHADA RÁPIDA: Consiste em uma rápida projeção da cabeça para o

interior do local a ser varrido, retornando imediatamente para o local de proteção

se houver agressão ou, permanecendo na posição final se não houver agressão

alguma. No caso de uma agressão, após retirar a cabeça da área de risco,

podemos realizar uma segunda olhada, porém o ponto de entrada deve ser

alterado ou alternado: alto, médio, baixo aleatoriamente. Está técnica deve ser

utilizada apenas quando não for possível fazer a tomada de ângulo, mantendo

doravante a arma deverá acompanhar o movimento da cabeça fazendo-se uso

da Técnica 3o Olho, em condições reais de emprego em caso de uma ação

suspeita agressiva.

OLHADA RÁPIDA

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USO ESPELHOS E EQUIPAMENTOS OPTICOS: O uso de espelhos e

de equipamentos ópticos (barras de espionagem) são técnicas simples, porém

muito eficazes, especialmente em ocorrências em ambientes fechados, ela

consiste basicamente no uso de espelhos fixados numa haste ou em barras

telescópicas flexíveis que de certa forma “alongam e ampliam” o alcance da

visão do policial, evitando assim que este se exponha ou seja alvo de ações

agressivas. Normalmente são recursos utilizados em ocorrências de alto risco,

para se verificar corredores, ambientes, o interior de móveis, buracos, sótão e

outros locais elevados de difícil acesso e visualização.

7.11 TRANSPOSIÇÃO E TOMADA DE OBSTÁCULOS E PONTOS

CRÍTICOS.

A transposição ou a passagem por pontos críticos são uma constante no

decorrer de ações policiais, logo, por se constituir locais de extremo risco ao

operador, devemos adotar procedimentos seguros que envolvem:

deslocamento com cobertura, passagem utilizando a tomada de ângulo

(rápida ou lenta) dependendo das circunstâncias e locais (áreas abertas ou

fechadas), mantendo-se a técnica do terceiro olho. Tal procedimento deve

ser adotado na passagem de: portas, janela, tomada de ruas estreitas (vielas e

becos), escadarias, corredores, transposição de muros, dentre outros.

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PASSAGEM POR PORTAS

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PASSAGEM POR CORREDORES

POR JANELAS:

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PASSAGEM POR ESCADAS

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TRANSPOSIÇÃO DE MUROS:

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Quem sobe segura o fuzil pela coronha Arma travada.

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Cobertura

8 CONCLUSÃO

Ao concluir as atividades previstas para a Instrução Tática Individual,

presumimos que muito há que se aprender, porém temos a certeza de que

muitos conhecimentos serão aprimorados e de fato empregados pelos

operadores em situações reais. Então, leia, revise, e busque assimilar estes

conhecimentos, repasse para outros companheiros de farda e jamais esqueça:

HAJA COM SEGURANÇA, TÉCNICA, ÉTICA, CUMPRA E FAÇA CUMPRIR

A LEI.

Por fim, solicitamos aos operadores que tenham contato com este

material didático e que possam de alguma forma contribuir para a melhoria e

aporte doutrinário e técnico-científico, entre em contato com:

1° Ten PMSC Julival Queiroz de de SANTANA:

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63

[email protected]

Telefone: (048) 9923-0008

2° Ten PMDF Ricardo Ferreira Napoleão, através da Coordenação de Ensino

da FNSP.

FORÇA NACIONAL. BRASIL!

9 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ANOTAÇÕES do Curso de Operações Especiais. COESP. Polícia

Militar de Santa Catarina, SC. Ano 2005.

ANOTAÇÕES do Curso Táticas Policiais em Duplas. TEES Brazil.

Curitiba, PR. 2001.

APOSTILA do Curso de Ações Táticas Especiais. Tigre. Polícia Civil,

Curitiba, PR. 2003.

TÉCNICAS POLICIAIS: Uma questão de Segurança. Franco, Paulo

Ricardo Pinto. Cruz, Valdir Silva da. Porto Alegre, RS. 3 Edição. 2003.