Apostila Da Escola Bíblica

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Apostila da Escola Bíblica Dominical I.E.Q. Ressaquinha 26/07/2015 a 30/08/2015 I - BIBLIOLOGIA: 1 - Importância de conhecer a bíblia ( 2 Timóteo 2:15 ); 2 - Origem da Bíblia; 3- Primeiras formas de transmissão da palavra de Deus; 4- Foi escrita por homens e inspirada por Deus. 5 - Autores da bíblia 6 - Divisões dos livros; 7- Período de tempo em que foi escrita.; 8- Idiomas bíblicos 9 - Escolha dos livros que integrariam a bíblia; 10 - Cânon do Antigo Testamento; 11- Cânon do Novo testamento 12- Livros Apócrifos,quais são eles? 13 - Livros Apócrifos, porque foram rejeitados ? 14 - Conteúdos dos livros apócrifos; 15- Motivo de inserção dos livros pela igreja Católica; 16- A heresia dos Apócrifos II - CRISTIANISMO: 1 - Igreja Primitiva; 2 - Primeiros Líderes da Igreja 3- Perseguição dos Cristãos;

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BIBLIOLOGIA

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I - BIBLIOLOGIA:

1 - Importância de conhecer a bíblia ( 2 Timóteo 2:15 );

2 - Origem da Bíblia;

3- Primeiras formas de transmissão da palavra de Deus;

4- Foi escrita por homens e inspirada por Deus.

5 - Autores da bíblia

6 - Divisões dos livros;

7- Período de tempo em que foi escrita.;

8- Idiomas bíblicos

9 - Escolha dos livros que integrariam a bíblia;

10 - Cânon do Antigo Testamento;

11- Cânon do Novo testamento

12- Livros Apócrifos,quais são eles?

13 - Livros Apócrifos, porque foram rejeitados ?

14 - Conteúdos dos livros apócrifos;

15- Motivo de inserção dos livros pela igreja Católica;

16- A heresia dos Apócrifos

II - CRISTIANISMO:

1 - Igreja Primitiva;

2 - Primeiros Líderes da Igreja

3- Perseguição dos Cristãos;

4- O término da perseguição e a corrupção da Igreja.

(Aula 26/07/2015)

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1 - Importância de conhecer a bíblia

A bíblia é um conjunto de livros escritos por homens inspirados por Deus, é através dela que Deus se comunica com o homem e transmite a sua verdade. Em vários versículos da bíblia somos instruídos a estudar as sagradas escrituras. A palavra de Deus é nossa espada, é nossa defesa e nossa instrução em todas as coisas, “8 Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite,  para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito;   porque   então   farás   prosperar   o   teu   caminho,   e   serás   bem   sucedido.”(Josué   1:8), é importante que tenhamos a palavra de Deus em nossa mente o tempo todo, com ela conseguimos enxergar o que o homem carnal não vê e podemos tomar atitudes não segundo a nossa carne mas segunda a vontade do Espírito Santo, que nos mostra a boa perfeita e agradável vontade de Deus para nossas vidas. Abaixo alguns versículos que nos mostram a importância de estudarmos a bíblia e exemplos de homens de Deus que estudavam as sagradas escrituras como Esdras e os bereanos.

“Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja corretamente a palavra da verdade.”( 2 Timóteo 2:15 ).

“Pois Esdras tinha decidido dedicar-se a estudar a Lei do Senhor e a praticá-la, e a ensinar os seus decretos e mandamentos aos israelitas.” (Esdras 7:10 )

“Jesus respondeu: "Vocês estão enganados! Pois não conhecem as Escrituras nem o poder de Deus!” Marcos 12:24

“E começando por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as Escrituras.” (Lucas24:27)

“E disse-lhes: "Foi isso que eu lhes falei enquanto ainda estava com vocês: Era necessário que se cumprisse tudo o que a meu respeito estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos". (Lucas 24:44 )

“Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo.”(Atos 17:11 )

“ Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.”(Hebreus 4:12)

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2 - Origem da Bíblia

A Bíblia Sagrada é o livro mais vendido de todos os tempos e já foi traduzida em mais de 2 000 idiomas. O primeiro livro da bíblia, o Gênesis, foi escrito por volta de 1 445 a.C. e o último livro, o Apocalipse, foi escrito por volta de 90 a 96 d.C. A Bíblia foi escrita por aproximadamente 40 homens, em um período que totalizou cerca de 1 600 anos.

Compõe-se de duas partes principais:

Antigo Testamento

Novo Testamento

Antigo Testamento: escrito pela comunidade judaica e preservado por mais de mil anos antes de Jesus. Novo Testamento: escrito pelos discípulos de Jesus ao longo do século I d.C.

Testamento: melhor traduzido por aliança. Veio de vocábulos gregos e hebraicos que significam “pacto” ou “acordo” celebrado entre duas partes.

3- Primeiras formas de transmissão da palavra de Deus

A transmissão dos fatos descritos na bíblia inicialmente era oral, se passava de geração em geração durante muito tempo os povos da antiguidade contavam os acontecimentos aos seus descendentes e isso manteve vivas as histórias do povo de Deus. Posteriormente Deus decidiu fazer com que as palavras que ele havia dito aos profetas e apóstolos permanecesse ao longo do tempo e fosse imortalizada. Deus então resolveu registrar sua palavra em livros para que pudesse alcançar a todos de maneira objetiva. Vamos ver alguns dos principais manuscritos da Bíblia, já que ela nem sempre esteve compilada num único livro.

Deus tinha várias formas para transmitir sua palavra aos homens

Anjos – Gn. 18 e 19; Ap. 22:8-21

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Urim e Tumim – Ex. 28:30; Pv. 16:33 De acordo com a visão judaica, Urim e Tumim são palavras plurais em hebraico e significam "As luzes" e "As perfeições.Remontam o Sumo Sacerdote de Israel. Urim e Tumim eram duas pedras colocadas no peitoral do Sumo Sacerdote de Israel, contendo em uma face resposta positiva e em outro resposta negativa, então fazia-se uma pergunta, jogavam-se as pedras, e de acordo com os lados que caíssem era confirmado uma resposta negativa, positiva ou sem resultados.o uso do Urim –Tumim, servia de consulta pelos sacerdotes, para saber qual a vontade de Deus, obter direção, orientação divina para determinadas questões que envolvia o povo de Deus.

Criação – Sl. 19:1-6

Vozes audíveis – 1 Sm 3

Milagres diretos – Jz. 6:36-40

História e acontecimentos que mostrariam o plano de Deus para o homem

Profetas

Por Jesus e posteriormente seus discípulos guiados pelo Espírito Santo.(Hebreus1)

3.1 As sagradas escrituras tem o objetivo:

Precisão – Para que um pensamento seja escrito, é necessário que o mesmo tenha sido claramente compreendido pelo autor. O leitor por sua vez, pode entender muito mais facilmente a palavra escrita.

Permanência – Por causa de nossos lapsos de memória a palavra escrita pode preservar nossos pensamentos.

Objetividade – Uma vez que os pensamentos já estão formados basta registrá-los.

Disseminação – A capacidade de propagação da palavra escrita é muito grande, e não se corre o risco de perder-se a ideia principal de um pensamento

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3.2 Autoridade da Bíblia

É conseqüência de sua Revelação,Inspiração,Inerrância e Infalibilidade.As características da autoridade da Bíblia são:Autoridade religiosa,Autoridade Histórica e autoridade Normativa.Essa autoridade é firmada pelo princípio da SOLA ESCRIPTURA

ANOTAÇÕES

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3.3 Materiais e instrumentos de escrita

Tabletes de Argila, ou tabuinhas de barro, que eram usadas na antiga Suméria, já em 3.500ª.C. No AT há referência delas em Jeremias 17:13 e Ezequiel 4:1;

Pedras foram usadas na Mesopotâmia, no Egito e na Palestina, por exemplo, o código de Hamurábi e as pedras de Roseta. Na bíblia há citação de seu uso em Êxodo 24:12; 32:15 e Deuteronômio 27:2,3;

Pedras preciosas, como o ônix, referidas em Êxodo 39:6-14; Metal, em lâminas de ouro, cuja referência bíblica encontra-se em Êxodo

28:36; Cera foi referida em Isaías 8:1; Madeira, tábuas, em Habacuque 2:2. Óstracos, pedaços de restos de azulejos e cascas de crustáceos, referidos em

Jó 2:8; Linho foi usado no Egito, Grécia e Itália, mas não tem referência bíblica. Papiro foi usado na antiga Gebal, ou Biblos, e no Egito por volta de 2100 a.C.

Era obtido através da prensa de cascas coladas. Desse material faziam-se rolos. Foi esse o material utilizado por João, o discípulo de Cristo, para escrever o Apocalipse.

Pergaminho surgiu pela primeira vez em Pérgamo, cidade grega da Mísia, daí a origem do seu nome. O uso desse material se expandiu devido ao monopólio imposto pelos exportadores de Papiro. Havia dois tipos: o pergaminho e o velino, o primeiro era feito com o couro de animais menores, como as ovelhas e cabras, e o segundo com bois e antílopes, o que encarecia o produto, diminuindo a sua utilização. Paulo se refere ao pergaminho em 2Timóteo 4:13;

Palimpsesto, um pergaminho reutilizado, utilizado para escrever o Códice Efraimita em 345 d.C.

3.4 As ferramentas de Escrita

Estilo ou Estilete simples – feitos em pedra talhadas, no formato de pontas de lanças, e usados sobre tabuinhas de argila ou cera. Alguns autores bíblicos também a denominavam pena.

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Estilete ponta resistente – ponta feita em ferro ou diamante, usados em material de metal (Jr 17:1).

Cinzel – ferramenta feita de ferro ou chumbo para escrever sobre pedra. Jó se refere ao cinzel como pena de ferro (Jo 19:24).

Canivete – Jeremias usa a expressão “canivete de escrivão” que era usado para documentos oficiais.

3.5 A preparação dos manuscritos

Os escritos originais, saídos da mão do profeta ou apóstolo eram chamados de autógrafos, e já não existem mais.

Antigo Testamento – Não existem manuscritos que foram feitos antes do cativeiro babilônico (586 a.C.). Após este período houve uma avalanche de manuscritos produzidos pelas sinagogas. Existiam dois tipos de produção: os particulares e os rolos das sinagogas. Os rolos das sinagogas eram tidos como sagrados por causa das rígidas regras que regiam a sua produção. O compromisso de copiar as Escrituras era uma tarefa sagrada. Havia milhares de métodos de controle de qualidade destinados a assegurar sua confiabilidade. Os escribas eram obrigados a memorizar mais de 4000 leis antes de começar a escrever. Nada poderia ser escrito a partir da memória.Cada letra das copiadas obedecendo um sistema de três escribas. Depois que um escrevia, outro verificava cuidadosamente cada letra e um terceiro escriba verificava a obra final. A maioria das cópias completas da Torá tinham cerca de 70 metros de comprimento e levavam mais de três anos para serem terminadas. Após a conclusão, três escribas verificavam o documento antes que ele pudesse ser usado.Sabe-se que os escribas literalmente contavam as letras do começo ao fim. São exatamente 304.805 letras na Torá, parando a contagem na 152.402a letra (em Levítico 11:42). Ficou estabelecido que a próxima letra era a chamada “letra central”. Se ela não estivesse certa, o pergaminho todo precisava ser reexaminado. Se estivesse correta, continuavam contando para ver se a última letra do pergaminho totalizava 152.402.

As cópias das Escrituras eram usadas nos cultos, leituras públicas e festas anuais. As cópias particulares eram consideradas cópias comuns, mas

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mesmo assim sujeitas a algumas regras de produção. Custava muito dinheiro ter uma cópia particular de toda escritura na época.

Novo Testamento – Os autógrafos desapareceram há muito tempo, porém existem evidências de que foram escritos em rolos e livros de papiro, entre os anos de 50 e 100 d.C. No começo do século II, com a chegada das perseguições, as cópias sistemáticas pararam, e depois da legalização do Cristianismo com Constantino, voltaram a ser feitas, desta vez usando-se o velino e o pergaminho. Só na época da Reforma (século XVI) é que haveriam as primeiras cópias impressas da Bíblia toda

4- Foi escrita por homens e inspirada por Deus.

A característica mais importante da Bíblia não é sua estrutura ou forma, mas o fato de ter sido   inspirada   por  Deus.Quando   falamos   de   inspiração,   não   estamos   tratando  de   inspiração poética, mas da autoridade Divina.A Bíblia foi literalmente “soprada por Deus”.

Descrição bíblica de inspiração

2 Timóteo 3:16 – Literalmente “soprado por Deus” (do grego theopneustos), por isso dotado da autoridade divina.

1 Coríntios 2:13 – Quaisquer palavras ensinadas pelo Espírito Santo são palavras divinamente inspiradas.

2 Pedro 1:21 – As mensagens anunciadas não eram fruto da imaginação dos homens, mas foram “sopradas pelo Espírito”. “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.”(2 Pedro 1:20,21)

1 Pedro 1:11 – Deus é o fato de eles sondarem seus próprios escritos.

4.1-Revelação,Inspiração e Iluminação

Revelação: exposição da verdade. Deus revelou seus pensamentos aos profetas.

Inspiração: Transmissão da verdade. Deus inspirou os profetas a escreverem essas verdades.

Iluminação: Compreensão da verdade. Deus nos ilumina a entender o que a Bíblia diz. (1 Co 2:14)

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4.2 A Inspiração no Antigo testamento

A reivindicação do Antigo Testamento a favor de sua inspiração

O Antigo Testamento toma para si a inspiração divina, com base no fato de se

apresentar perante o povo de Deus e ser por este povo recebido como um

pronunciamento profético. Estes textos eram conservados em lugares sagrados:

Arca de Deus (Dt. 10:2) Tabernáculo (Dt. 6:2)

O grande segredo da inspiração do Antigo Testamento  está na função

profética de seus escritores.O profeta era porta-voz de Deus. As funções do profeta

ficam evidentes nas várias menções que se fazem dele.

Homem de Deus (1 Rs 12:22) –  Mostra que foi escolhido por Deus. Servo do Senhor (1 Rs 14:18) – Mostra sua ocupação. Mensageiro do Senhor (Is. 42:19) – Mostra sua missão a serviço de Deus. Vidente (Is. 30:10; 1Cr. 29:29) – Mostra a fonte apocalíptica de sua verdade. Homem do Espírito (Os. 9:7) – Mostra quem o levava a falar. Atalaia (Ez. 3:17) – Mostra a prontidão em realizar a obra.

E acima de todas estas, se sobressai a de “Profeta”, ou seja, o porta-voz

de Deus.Arão – Deveria falar “todas as palavras que o Senhor Deus havia dito a Moisés” (Ex. 4:30)Desta forma, os profetas deveriam falar apenas o que

Deus lhes ordenasse. (Dt. 18:18)Além disso: “Nada acrescentareis ao que vos ordeno,

e nada diminuireis” (Dt. 4:2)Os falsos profetas  eram identificados por suas profecias

falsas e pela falta de confirmação miraculosa.“Quando o tal profeta falar em nome do

Senhor, e o que ele disse não se cumprir, essa palavra não procede do Senhor.” (Dt.

18:22).Sempre que um profeta era colocado sob suspeita, se o mesmo tivesse o

respaldo de Deus, o Senhor deixava bem claro, por meio de milagres, a confirmação

do chamado:

Moisés – A terra se abriu e engoliu Coré e os demais que contestaram sua vocação (Nm. 26:10)

Elias – Foi exaltado perante os profetas de baal (1 Rs. 18:38)

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Há várias maneiras de comprovarmos que as passagens do Antigo

Testamento  eram consideradas declarações proféticas.As declarações proféticas eram escritas – Muitas das declarações proféticas eram transmitidas oralmente.

Porém, aqui nos interessa o fato de que muitas foram registradas, e estes escritos são

considerados como palavras do próprio Deus. Não há a menor dúvida de que as

palavras escritas de Moisés foram consideradas de autoridade divina. “Não se aparte

da tua boca o livro desta lei.” (Js 1:8). Josué, sucessor de Moisés, também “escreveu

estas palavras no livro da lei de Deus” (Js 24:26). Quando o rei queimou o primeiro

rolo com a mensagem que Jeremias havia escrito, Deus ordenou que ele escrevesse

novamente em outro rolo as mesmas coisas que estavam no primeiro. (Jr. 36:28).

Isaías recebeu a ordem de tomar uma grande pedra e escrever nele (Is. 8:1).

Habacuque recebeu a incumbência de fazer o primeiro outdoor da história: “Escreve

a visão, torná-a bem legível sobre tábuas, para que aquele que a ler, corra com ela.”

(Hc. 2:2).

Os profetas posteriores usavam os escritos dos profetas anteriores

considerando-os como palavra de Deus escrita. Daniel, por exemplo, soube que o

cativeiro babilônico do povo estava chegando ao fim consultando os escritos de

Jeremias. “Eu, Daniel, entendi pelos livros que o número de anos , de que falou o

Senhor ao profeta ao profeta Jeremias…”(Dn. 9:2)

Os escritores do Antigo Testamento eram profetas – Todos os autores do

Antigo Testamento  eram denominados profetas, seja como um título, seja como

função.

Amós – Am. 7:14-15 Davi, que era rei, testificou – 2 Sm. 23:2. O Novo testamento o denomina

profeta – (At. 2:30) Salomão – teve visões de Deus – 1 Rs. 11:9. De acordo com Números  12:6 as

visões eram um meio comum para Deus mostrar ao povo quem eram seus profetas.

Daniel – Apesar de estadista, o próprio Senhor Jesus o denominou profeta. (Mt 24:15)

Moisés – legislador, foi denominado profeta ainda no Antigo Testamento  (Dt. 18:15; Os. 12:13)

Josué, sucessor de Moisés –  era considerado profeta de Deus (Dt. 34:9) Samuel, Natã e gade foram profetas que escreveram da mesma forma que

Isaías, Jeremias, Ezequiel e os doze profetas menores.

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Manteve-se um registro oficial dos escritos proféticos – Houve uma

continuidade dos escritos proféticos, e cada novo profeta que registrava as palavras

de Deus juntava seus escritos aos escritos anteriores.

Moisés guardou seus livros ao lado da arca. Josué acrescentou seu livro à compilação já existente. (Js. 24:26) Samuel fez o mesmo, acrescentou suas palavras à compilação profética, pois a

seu respeito está escrito: “E escreveu-o num livro e o pôs perante o Senhor” (1 Sm. 10:25)

Samuel fundou uma escola de profetas (1 Sm. 19:20) A história de Davi foi escrita pelos profetas Samuel, Natã e Gade (1 Cr. 29:29) A história de Salomão foi escrita por Natã, Aías e Ido (2 Cr. 9:29) O mesmo aconteceu com os reis Roboão, Josafá, Ezequias, Manassés e outros

reis (2 Cr. 9:29; 12:15; 13:22; 20:34; 33:19; 35:27).

De acordo com Ezequiel havia um registro oficial dos verdadeiros

profetas de Deus. todo aquele que transmitisse falsas profecias era excluído do rol

oficial. (Ez. 13:9)Desde os tempos mais antigos todos os 39 livros do Antigo

Testamento  já formavam o acervo de escritos proféticos e portanto inspirados por

Deus.

O ANTIGO TESTAMENTO é praticamente todo citado no novo

testamento por Jesus e os discípulos que logo veremos adiante, com isso confirma-se

a autoridade dos livros e a inspiração divina deles pelo próprio Jesus.Disto restam

apenas Ester e Cânticos dos cânticos sem referência implícita ou explícita no NT.

Porém Ester é o livro básico da Festa de Purim, comemorado até hoje. E Cânticos dos

cânticos  era sempre lido na festa da páscoa dos judeus, tal era a estima que lhe

prestavam. Ou seja, não é citado, mas está na história do povo de Deus e não contém

heresias e nem contradições com o restante dos livros.

O Novo Testamento dá apoio à autoridade que o Antigo Testamento

reivindica para si como autoridade divina. Além disso muitos outros ensino do

Antigo Testamento estão explícitos no Novo Testamento, a saber:

Criação de Adão e Eva (Mt. 19:4) Dilúvio no tempo de Noé (Lc. 17:27) Milagres de Elias (Lc. 4:24-25) Jonas no ventre do grande peixe (Mt. 12:41)

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4.2 A Inspiração no novo testamento

Temos 2 fatores que comprovam a inspiração do Novo Testamento: A promessa de Jesus de que o Espírito Santo guiaria os discípulos a toda verdade. Cumprimento disso no ensino apostólico e nos escritos do Novo Testamento. Jesus nunca escreveu um livro. Porém confirmou a autoridade divina

do Antigo Testamento e deu promessas sobre a autoridade e inspiração do Novo

Testamento.

Quando Jesus enviou os doze, prometeu a direção do Espírito Santo (Mt.

10:19-20; Lc. 12:11-12). A proclamação que os discípulos fizessem de Jesus, viria do

Espírito Santo. Esta promessa não se limitava aos Doze. Jesus deu a cada um

autoridade dele mesmo (Lc. 10:16) O sermão do Monte das Oliveiras – Jesus

reafirmou a promessa de que o Espírito Santo falaria por meio dos seus discípulos.

(Mc. 13:11) Os ensinos durante a última ceia – A promessa da orientação do Espírito

Santo fica mais clara aqui (Jo. 14:26). Por isso Jesus não escreveu seus ensinos, pois o

Espírito Santo faria com que os seus discípulos se lembrassem de tudo o que Jesus

ensinara. E temos também promessa de que o Espírito os guiaria a toda verdade. (Jo.

16:13)

A grande comissão – Quando Jesus enviou seus discípulos fez-lhes

também a promessa de que teriam toda autoridade nos céus e na terra. (Mt. 28:19-

20). A palavra dos discípulos seria a Palavra de Deus. Os discípulos não se

esqueceram da promessa de Cristo. Eles pediram que seus ensinos tivessem a

autoridade de Deus para continuarem a realizar o que Jesus realizara.

A afirmação de estarem dando prosseguimento ao ensino de Jesus –

Lucas diz que apresentou um relato exato de tudo quanto Jesus fez e ensinou em

seu evangelho. Em Atos ele dá a entender que Jesus continuou a fazer por meio dos

apóstolos. (At. 1:1; Lc. 1:3-4). A Igreja estava baseada no ensino dos apóstolos (At.

2:42). Até os ensinos de Paulo (Paulo não era apostolo direto)que vinham

diretamente de Deus (Gl. 1:11-12), passava pela aprovação dos apóstolos (At. 15). A

Igreja foi edificada sobre o fundamento dos apóstolos e profetas (Ef. 2:20; 3:5)

Não existe ensino apostólico nos dias de hoje – O Novo Testamento é o

único registro autêntico de ensino apostólico que temos. O apóstolo deveria ser

testemunha ocular do ministério e ressurreição de Jesus (At. 1:21-22), isso elimina a

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sucessão apostólica nos dias de hoje que não passaria do século I. O fato de não existir

ensino apostólico nos dias de hoje limita todo ensino apostólico ao Novo testamento.

Comparação entre o Novo e o Velho Testamento – Temos, por enquanto, dois indícios

da inspiração do Novo testamento:

A promessa de Cristo, de que o Espírito Santo inspiraria os apóstolos. Comparação direta com o Velho Testamento.(se completam)

Os livros que compõe o Novo Testamento são classificados como palavra de Deus entre si:*Paulo reconhecia claramente a autoridade do Velho Testamento (2 Tm. 3:16) –

chamou-o “Escrituras”.

*Pedro classificou as cartas de Paulo como escrituras, ao lado das demais (2 Pe. 3:16)

*Paulo menciona o evangelho de Lucas, chamando-o de Escritura. (1 Tm. 5:18 citando

Lc. 10:7)

*Hebreus menciona que Deus falara por meio dos profetas, e, neste últimos tempos

tem falado pelo Filho(Hb 1:2).

*Em Ap. 22:18-19, João chama seu livro de profecia e se classifica entre os profetas.

*Em Ef. 3:3-5 Paulo diz que os escritos proféticos do Novo Testamento revelam o

mistério de Cristo predito nos escritos proféticos do Velho Testamento.

Os evangelhos apresentam-se como registros autorizados do cumprimentos das profecias do Velho Testamento (Mt. 1:22; 2:15-17; Mc. 1:2)

Lucas escreveu para que o leitor soubesse dos fatos que se cumpriram (Lc. 1:1-2)

João disse que seu testemunho é verdadeiro (Jo. 21:24) Atos se apresenta como registro dos fatos que Jesus continuou a fazer e

ensinar por meio dos apóstolos. (At. 1). Também se apresenta como cumprimento de profecia do Velho Testamento(At. 2:16). Como Paulo, citou o evangelho de Lucas como Escritura (1 Tm 5:18), torna-se claro que tanto o apóstolo quanto Lucas consideravam o relato da continuação do Evangelho um texto autorizado.

Todas as cartas paulinas reivindicam inspiração divina. Em Romanos, Paulo ainda comprova sua vocação divina para o apostolado(Rm. 1:1-3) e encerra dizendo que se trata de texto profético (Rm. 16:26)

Em 2 Co. Paulo defende seu apostolado de forma mais completa do que em qualquer outra carta. (2 Co 10-13)

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Em Gálatas ele apresenta a mais forte defesa de suas credenciais ao falar sobre a revelação feita a ele (Gl. 1:12)

Em Efésios ele declara que tinha recebido a revelação de Deus e a tinha escrito. (Ef. 3:3)

Em Filipenses Paulo diz a todos seguirem o modelo apostólico de vida (Fl. 3:17; 4:9)

Em Colossenses Paulo diz que seu ofício de apóstolo foi dado diretamente por Deus (Cl. 1:25)

Em Tessalonicenses Paulo diz havia dito palavras de Deus e não de homens (1 Ts. 2:13)

Na outra carta aos Tessalonicenses, Paulo diz para não se misturar com quem não obedecer às palavras desta carta (2 Ts. 3:14)

Em 1ª Timóteo Paulo coloca seus escritos no mesmo nível que o Velho Testamento.(1 Tm. 4:11-13)

Em 2ª Timóteo temos o clássico  texto sobre a inspiração das Escrituras (2 Tm 3:16)

Hebreus 2:3-4 deixa claro que este livro baseia-se na autoridade de Deus dada aos apóstolos

Tiago escreve com autoridade apostólica (Tg. 1:1) A 1ª Carta de Pedro afirma ser do “apóstolo de Jesus Cristo” (1 Pe. 1:1) Em 2ª Pedro diz que o ensino dos apóstolos tem a mesma autoridade que os

escritos dos profetas (2 Pe. 3:2) A 1ª Carta de João é de alguém que viu, ouviu ,contemplou a Cristo e tocou em

suas mãos (1 Jo. 1:1). Afirma que a comunidade apostólica é vinda de Deus.(1 Jo. 2:19). Segundo e terceira cartas são do mesmo apóstolo, portanto, tem a mesma autoridade.

O Apocalipse traz a declaração mais evidente que se trata da inspiração da parte de Deus. (Ap. 1:10-11) , além de conter uma advertência sobre a profanação destas palavras.

A Igreja no século I não aceitou qualquer escrito como sendo inspirado.

Pois Jesus advertiu a igreja sobre os falsos mestres que viriam em seu nome. Paulo exortou os tessalonicenses para que não aceitassem determinados escritos como sendo seus. (2 Ts. 2:2) João advertiu com bastante intensidade para não crer em qualquer coisa, mas que provassem se os espíritos vinham de Deus (1 Jo. 4:1) Todo livro sem a assinatura apostólica deveria ser recusado. (2 Ts. 3:17) Leitura pública dos

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livros do Novo Testamento – Como era costume judaico ler as Escrituras aos sábados,

a Igreja também adotou este costume no dia do Senhor. A leitura em público dessas

cartas é prova da aceitação, deste o início pela Igreja do Novo Testamento, de sua

autoridade divina.

Persistir em ler, ensinar e exortar (1 Tm. 4:13) As cartas de Paulo deveriam ser lidas entre todos (Cl. 4:16)

Circulação dos livros do Novo Testamento – O texto acima expõe outro

fato importante: a troca de cartas entre as igrejas. É possível também que esta troca

tenha dado inicio às primeiras cópias dos escritos do Novo Testamento. Que por

serem cópias dos originais eram igualmente aceitos e tidos por inspirados.

A coleção de livros do Novo Testamento – Os livros que circulavam

entre as igrejas também eram possivelmente colecionados, conforme nos indica o

apóstolo Pedro. (2 Pe. 3:15-16). Nos parece que ele próprio possuía uma coleção dos

escritos de Paulo que ele põe em pé de igualdade com os escritos do Velho

Testamento.

Citação dos livros do Novo Testamento – Os livros do Velho Testamento

foram escritos num período de tempo muito maior do que o período de tempo nos

qual foram escritos os livros do Novo Testamento. Por isso há mais citações do Velho

testamento do que ao Novo. Porém alguns autores sagrados citam outros, apoiando

assim a autoridade divina daqueles escritos.

Judas cita com clareza 2 Pe. 3:2-3 em Jd. 18 Lucas faz referência à sua obra anterior (At. 1:1) João faz alusão ao seu próprio evangelho. (1 Jo 1:1) Paulo ainda menciona uma outra carta que ele havia escrito aos Coríntios (1

Co. 5:9)Ainda que estes exemplos não nos forneçam citações formais, ajudam a ilustrar que

os autores sagrados reconheciam os escritos uns dos outros como tendo autoridade

divina.

Apoio à reivindicação de inspiração dentro da Igreja PrimitivaOs primeiros pais da Igreja – Todos os autores do Novo testamento são mencionados

pelos patriarcas da igreja primitiva que viveram até duas gerações após o Novo

Testamento ser escrito, isto é, até por volta do ano de 150 d.C. Estes patriarcas da

igreja representam o vínculo ininterrupto desde o tempo dos apóstolos, passando

pela fundação da Igreja até os dias de hoje.

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Os escritos mais antigos do Cristianismo fazem menção aos escritos apostólicos.

Muitas destas citações são semelhantes às encontradas no Novo Testamento quando

fazem citações relativas ao Velho Testamento.

Epístola de Barnabé (Autor desconhecido – 70 – 130 d.C.) – Cita o evangelho de Mateus como “Escritura”

Epístola aos Coríntios (Clemente de Roma – 95-97 d.C.) – chama os evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) de Escrituras. Cita também passagens do Velho Testamento, cartas de Paulo e palavras de Jesus.

Inácio de Antioquia (110 d.C.) – Escreveu sete cartas (Epístola a Policarpo de Esmirna, Epístola aos Efésios, Epístola aos Esmirniotas, Epístola aos Filadélfos, Epístola aos Magnésios, Epístola aos Romanos, Epístola aos Tralianos) nas quais faz inúmeras citações ao Novo Testamento.

Policarpo (110-116 d.C.) – foi discípulo do apóstolo João, fez muitas citações dos Livros do Novo Testamento em sua Epístola aos Filipenses. Ele é um importante elo entre a Igreja recém nascida no século I com a Igreja no segundo século da era cristã.

O Pastor (Hermas 115 – 140 d.C.) Escrita em estilo de visões, como o Apocalipse, faz inúmeras referências ao Novo Testamento.

Didaquê (100-120 d.C.) – Importante obra do primeiro século quanto aos valores teológicos. A Didaquê cita diretamente ou faz menção indireta a diversos livros do novo testamento: sendo Mateus, Lucas, I Epístola aos Coríntios, Hebreus, I Epístola da Pedro, Atos dos Apóstolos, Romanos, Efésios, Carta aos Tessalonicenses e Apocalipse.

Epístola a Diogneto (150 d.C.) – faz muitas alusões ao Novo Testamento sem um título.Com tudo isto vemos que os escritos dos pais da Igreja (Patrística) fizeram amplo uso

do Novo Testamento, que à semelhança do Velho, era tido como inspirado por Deus.

Pais da Igreja de época posterior – A partir da segunda metade do século II, ainda

encontramos forte apoio para a reivindicação da autoridade divina do Novo

Testamento.

Justino Mártir – Grande escritor e defensor cristão do século II, considerava os evangelhos (ele os chamava de Memórias dos Apóstolos, pois provavelmente ainda não conhecia a divisão em 4 evnagelhos distintos) como a voz de Deus.

Taciano, discipulo de Justino, cita Jo. 1:5 como Escritura. Irineu, que havia conhecido Policarpo, afirma claramente a divisão em quatro

evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), fazendo numerosas citações

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desses evangelhos, únicos evangelhos reconhecidos como autênticos e lidos na Igreja.

Clemente de Alexandria  – classifica tanto o Velho como o Novo Testamento sendo inspirados por Deus, com a mesma autoridade divina.

Orígenes (185-254 d.C.), discípulo de Clemente de Alexandria – professor da escola em Alexandria, teólogo e escritor cristão com mais de 600 obras. Entre os seus numerosos comentários bíblicos devem ser realçados: “Comentário ao Evangelho de Mateus”; “Comentário ao Evangelho de João”.  Algumas de suas obras trazem escritas : “não ensinada pelos Apóstolos e não sustentada pela Escritura”. ( “Comentário ao Evangelho de Mateus” XIII, 1, 46–53).Como vimos havia amplo apoio dos pensadores e teólogos da Igreja Primitiva do

século II com relação à autoridade do Novo Testamento.

(Aula 02/08)

5 - Autores da bíblia

*Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio = Moisés – 1400 A.C.

*Josué = Josué – 1350 A.C.

*Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel = Samuel / Natã / Gade – 1000 – 900 A.C.

*1 Reis, 2 Reis = Jeremias – 600 A.C.

*1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias = Esdras – 450 A.C.

*Ester = Mardoqueu – 400 A.C.

*Jó = Moisés – 1400 A.C.

*Salmos = vários autores diferentes, grande parte foi escrita por Davi – 1000 – 400 A.C.

*Provérbios, Eclesiastes, Cânticos = Salomão – 900 A.C.

*Isaías = Isaías – 700 A.C.

*Jeremias, Lamentações = Jeremias – 600 A.C.

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*Ezequiel = Ezequiel – 550 A.C.

*Daniel = Daniel - 550 A.C.

*Oséias = Oséias – 750 A.C.

*Joel = Joel – 850 A.C.

*Amós = Amós – 750 A.C.

*Obadias = Obadias – 600 A.C.

*Jonas = Jonas – 700 A.C.

*Miquéias = Miquéias – 700 A.C.

*Naum = Naum – 650 A.C.

*Habacuque = Habacuque – 600 A.C.

*Sofonias = Sofonias – 650 A.C.

*Ageu = Ageu – 520 A.C.

*Zacarias = Zacarias – 500 A.C.

*Malaquias = Malaquias – 430 A.C.

*Mateus = Mateus – 55 D.C.

*Marcos = João Marcos – 50 D.C.

*Lucas = Lucas – 60 D.C.

*João = João 90 D.C.

*Atos = Lucas – 65 D.C.

*Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 Tessalonicenses, 2 Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2 Timóteo, Tito, Filemom = Paulo, 50-70 D.C.

*Hebreus = Desconhecido, talvez Paulo, Lucas, Barnabás ou Apolo – 65 D.C.

*Tiago = Tiago – 45 D.C.

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*1 Pedro, 2 Pedro = Pedro – 60 D.C.

*1 João, 2 João, 3 João = João - 90 D.C.

*Judas = Judas – 60 D.C.

*Apocalipse = João – 90 D.C

6 - Divisões dos livros

ANTIGO TESTAMENTO

O Antigo Testamento conta a história do povo de Israel. Essa história retrata a fé do povo no Deus de Israel e descreve a vida religiosa dos israelitas como povo de Deus. Os autores destes livros escreveram o que Deus fez por eles como povo e como eles deveriam adorá-lo e obedecer-lhe em resposta a seu amor. O quadro seguinte ensina graficamente como estão agrupados os livros que formam o Antigo Testamento.

*A Lei (Pentateuco):

Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Históricos, Josué, Juízes, Rute, 1Samuel, 2Samuel, 1Reis, 2Reis, 1Crônicas, 2Crônicas, Esdras, Neemias, Ester. *Poéticos E De Sabedoria:

Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares. *Profetas Maiores: Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel, Daniel.*Profetas Menores: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.

NOVO TESTAMENTO

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Os livros do Novo Testamento foram escritos pelos discípulos de Jesus Cristo. Eles queriam que outros ouvissem a respeito da nova vida que é possível através da morte e ressurreição de Jesus. O quadro que segue mostra os diferentes grupos de livros que compõem o Novo Testamento. Embora os eruditos divirjam em suas opiniões, tradicionalmente se diz que o apóstolo Paulo escreveu as cartas a ele atribuídas.

*Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas, João. *Epistolas (cartas): Romanos, 1Coríntios, 2Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1Tessalonicenses, 2Tessalonicenses, 1Timóteo, 2Timóteo, Tito, Filemom.Cartas Gerais: Hebreus, Tiago, 1Pedro, 2Pedro, 1João, 2João, 3João, Judas. *Histórico: Atos dos Apóstolos *Profético: Apocalipse

7- Período de tempo em que foi escrita

A bíblia foi escrita entre 1500 e 450 a.C. (livros do Antigo Testamento) e entre 45 e 90 d.C. (livros do Novo Testamento), totalizando um período de quase 1600 anos.

8- Idiomas bíblicos

O hebraico foi a língua em que foi escrito a maioria do Antigo Testamento. Era a língua falada pelos hebreus e, atualmente, é a língua oficial do estado de Israel. Apenas alguns trechos do Antigo Testamento foram escritos em outra língua, no caso, o aramaico.

O aramaico era um grupo de dialetos muito ligado à língua hebraica. Era falado não só em Israel, mas também em vários outros países da época no mundo bíblico (2 Rs 18. 26). Os trechos bíblicos do Antigo Testamento que foram escritos em aramaico são: Ed 4. 8-6, 18; Ed 7. 12-26; Dn 2. 4-7, 28 e Jr 10. 11). Todo o restante do Velho Testamento foi escrito originalmente em hebraico.

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Já no Novo Testamento temos como língua original o grego. Ele não foi escrito no grego clássico, mas em um grego popular que é chamado de grego Coiné .

(Aula 09/08/2015)

9 - Escolha dos livros que integrariam a bíblia

O vocábulo grego kanon significa "vara" ou "cana", e por extensão regra ou instrumento de medida. Em sentido figurado, "norma", "modelo" ou "princípio". Aplicado às Sagradas Escrituras, refere-se ao seu caráter de "regra da fé". As Escrituras canônicas são aquelas reconhecidas como inspiradas por Deus. O cânon da Bíblia é o conjunto dos livros reconhecidos como normativos pelas igrejas, possuidores de uma autoridade única e vinculante para todos os cristãos.

10 - Cânon do Antigo Testamento

A coleção mais antiga das palavras de Deus eram os Dez Mandamentos, escritos em tábuas de pedra, pelo próprio “dedo de Deus”. Depois, o próprio Moisés acrescentou palavras para que fossem depositadas ao lado da Arca Da Aliança (Dt. 21.24-26). Depois da morte de Moisés, Josué também recebeu revelações de Deus e as registrou, ampliando os escritos sagrados (ver Josué 24.26).

Mais tarde, os profetas israelenses também receberam mensagens de Deus e as transmitiram ao seu povo. Tais mensagens foram registradas por eles mesmos ou por seus assessores, ou por copistas (escribas), como palavras sagradas, vindas do próprio Deus. Um exemplo são as palavras de Jeremias: “Assim diz o Senhor, Deus de Israel: escreve num livro todas as palavras que eu disse” (Jr. 30.2). O último profeta do Antigo Testamento foi Malaquias (que viveu e escreveu por volta de 435 a.C.).

Digno de nota é que todas as Escrituras do Velho Testamento foram escritas em Hebraico, com exceção de alguns trechos dos livros de Esdras e de Daniel, escritos em Aramaico[1] por Esdras, durante o Exílio Babilônico. Este, inclusive, é um dos principais critérios utilizados para saber quais são os livros do Velho Testamento inspirados por Deus. O fato é que Deus transmitiu e ordenou apenas aos judeus (no período profético do Antigo Testamento) que suas palavras

I.E.Q. Ressaquinha, 09/08/15,
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sagradas fossem registradas. Esses registros foram feitos na língua falada por eles – o Hebraico, e no período do exílio – o Aramaico.

O conjunto das Escrituras do Antigo Testamento estava, então, completamente formado quando o livro de Malaquias foi concluído. Era reconhecido pelos judeus como Escritura. Esses livros são os 39 que integram a Bíblia judaica[2] e que coincidem com o Velho Testamento protestante, escritos ao longo de aproximadamente 1.600 anos. Esse conjunto ficou conhecido como A Lei,  os profetas e os escritos. Depois, os judeus passaram a se referir a este conjunto como A Lei e os profetas. Jesus Cristo muitas vezes se referiu às Escrituras com esta expressão (Mt. 7.12; 22.40; Lucas 16.16).

O Cânon Hebraico

A mais antiga referência ao cânon judaico está no livro Contra Apião (1.8), do historiador Josefo (nascido em 37/38 d.C.), onde ele afirma que os Judeus só possuem 22 livros divinos. Ele explica que “Desses, cinco pertencem a Moisés” e, para delimitar o período entre Moisés e Artaxerxes, diz “Os profetas depois de Moisés escreveram o que aconteceu em suas épocas em treze livros” e “Os quatro livros restantes contêm hinos a Deus”.

Cânon Hebraico

A Lei ou Pentateuco (Torá): Gênesis (No  princípio); Êxodo (Estes   são   os   nomes); Levítico (E chamou); Números (No deserto); Deuteronômio (Estas são as palavras).

Os Profetas (Neviim)

Anteriores: Josué; Juízes; Samuel; Reis (no Cânon Hebraico, 1º Reis e 2º Reis estão reunidos num só livro).

Posteriores: Isaías; Jeremias; Ezequiel; os doze profetas: Oséias; Joel; Amós; Obadias; Jonas; Miquéias; Naum; Habacuque; Sofonias; Ageu; Zacarias; Malaquias.

Os Escritos (Kêtuvim): Salmos; Jó; Provérbios; Rute; Cantares; Eclesiastes (Coélet); Lamentações; Ester; Daniel; Edras-Neemias; Crônicas (estes cinco últimos são conhecidos como cinco rolos ou Megillath).

Concomitantemente com os livros inspirados, existiam outros livros que circulavam entre os judeus, além dos canônicos, alguns escritos no período entre Moisés e Malaquias, mas que não entraram no Cânon. Alguns deles eram respeitados, apesar de que não passaram no “teste” de

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canonicidade. Outros eram pseudepígrafos(cuja autoria foi atribuída falsamente a homens de Deus). Alguns exemplos são: O Livro  de  Adão,  O   Livro  de   Enoque,  A  Ascensão  de  Moisés,  O Apocalipse de Elias etc.

Critérios de canonicidade dos livros do Antigo Testamento

Como os judeus decidiram quais são os livros sagrados? Os critérios foram os seguintes:

A língua original (Hebraico, e, no tempo do exílio, Aramaico);

O livro não podia conter qualquer incoerência com os escritos de Moisés;

O período (época) em que foram escritos – os livros tinham que ter sido escritos entre Moisés e Malaquias.

A autoridade – o escritor não podia expressar dúvida de que seus escritos eram inspirados por Deus;

Ausência de erros nas narrativas históricas;

A autoria direta ou indireta de homens de Deus – pessoas que tiveram contato direto com Deus, cuja história comprova isto;

O Silêncio Profético

Quanto à importância do período em que os livros foram escritos, há evidências históricas de que os judeus consideravam que depois de Malaquias houve um “silêncio profético”, ou seja, não apareceu mais quem falasse em nome do Senhor. No próprio livro (apócrifo) de 1 Macabeus, isso está claramente evidenciado. O autor, escrevendo sobre o altar do templo profanado, diz: “Demoliram-no, pois, e depuseram as pedras sobre o Monte da Morada, em lugar conveniente, à espera de que viesse algum profeta e se pronunciasse a esse respeito” (1 Macb. 5.45-46, grifo nosso). O mesmo autor, falando de um grande sofrimento, também disse: “O qual não tinha havido desde o dia em que não mais aparecera um profeta no meio deles” (1 Macb. 9.27 e 14.41, grifo nosso).

Josefo, no já citado livro intitulado Contra Apião, escreveu:

“Desde Artaxerxes[3], até os nossos dias foi escrita uma história completa, mas não julgada digna de crédito igual ao dos registros mais antigos, devido à falta de sucessão exata dos profetas” (Contra Apião 1.41).

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A literatura rabínica reflete a mesma convicção:

“Após a morte dos últimos profetas, Ageu, Zacarias e Malaquias[4], o Espírito Santo afastou-se de Israel, mas eles ainda se beneficiavam do bath qôl” (Talmude Babilônico, Yomah, 9b, repetido em Sota 48b, Sanhedrin 11a, e Midrash Rabah sobre o Cântico dos Cânticos, 8.9.3. conforme GRUDEM[5], p. 30).

A definição final do Cânon Hebraico – O Concílio Judaico de Jamnia e os Massoretas

Depois da destruição de Jerusalém e do Templo, em 70 d.C., uma colônia judaica de eruditos, sob a liderança de Johanan Ben Zakkai, se estabeleceu em Jâmnia (ou Jabnes), uma cidade próxima a Jerusalém, cerca de 45 km, e lá formaram uma escola para o estudo e o ensino das Escrituras. Em 90 d.C., um concílio de líderes judeus, conhecido como Concílio de Jamnia, discutiu quais os livros que deveriam ser reconhecidos como Cânon Hebraico. Em grande parte, este concílio foi realizado por causa da “seita dos cristãos”, que, segundo eles, adotava as Escrituras juntamente com outros livros que eles consideravam como sendo sem inspiração divina (referindo-se aos escritos dos apóstolos). O Concílio de Jâmnia decidiu oficialmente pelos 22 livros já descritos (39 livros do Velho Testamento das Bíblias evangélicas).

Alguns estudiosos não aceitam a decisão deste concílio como final porque, segundo eles, o Concílio de Jamnia não representava oficialmente o Judaísmo do primeiro século. Entretanto, este argumento não prospera, pois este cânon definido em Jamnia constitui a Bíblia Hebraica e persiste até hoje, indiscutivelmente, como o Cânon oficial judaico.

Os teólogos e clérigos católicos rejeitam o Cânon Hebraico, argumentando que Jamnia foi um concílio judeu e não da igreja. Muitos teólogos católicos alimentam um forte sentimento anti-judaico e acusam os judeus reunidos em Jamnia de criarem critérios que excluiriam do Cânon os livros escritos originalmente em Grego (tanto os livros do Novo Testamento, quanto os apócrifos do Velho Testamento da polêmica Versão Septuaginta).

Sem dúvida, os rabinos judeus estavam preocupados em preservar as Escrituras Vetero-Testamentárias contra uma possível mixagem com os livros dos apóstolos de Jesus Cristo. Porém, estes argumentos não podem ser aceitos pelos cristãos, primordialmente porque sabe-se que o povo de Deus no Antigo Testamento era o povo Judeu. Não podemos esquecer que Deus prometeu a Abraão “Em ti serão abençoados todos os povos da terra” (Gen. 12.3) e que Cristo disse “A salvação vem dos judeus” (João 4.22). Paulo também afirma que “Aos judeus foram confiadas as palavras de Deus” (Rom. 3.1).

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Deus inspirou judeus e confiou a eles a preservação dos livros sagrados, na época do Velho Testamento. Os judeus em Jamnia estavam corretos ao delimitar as Escrituras Hebraicas, confirmando apenas os livros escritos em Hebraico, com exceção das pequenas partes de Daniel, escritas em Aramaico.

A Contribuição dos Massoretas

O trabalho do Concílio de Jamnia foi confirmado e completado na Idade Média pelo trabalho dos Massoretas (590 a 950 d.C.). Esses eram rabinos que se esmeravam na confecção de um texto sagrado Hebraico que tivesse sinais vocálicos que não existiam até então nas Escrituras, por isso esses sinais ficaram conhecidos como sinais massoréticos. Os Massoretas trouxeram o texto do Velho Testamento para o Hebraico moderno. Produziram um texto hebraico do Velho Testamento na forma final, a que nós temos hoje. O cânon dos Massoretas é o mesmo cânon reconhecido pelo Concílio de Jamnia. O cânon judaico hoje é o mesmo reconhecido e afirmado no Concílio de Jamnia, que por sua vez, é o mesmo cânon que se formou entre os tempos de Moisés e Esdras – O Cânon Sagrado do Antigo Testamento.

Além do mais não temos nenhum registro de alguma controvérsia entre Jesus e os judeus sobre a extensão do cânon. Jesus e os autores do Novo Testamento citam, mais de 295 vezes, várias partes das Escrituras do Antigo Testamento como palavras autorizadas por Deus, mas nem uma vez sequer mencionam alguma declaração extraída dos livros apócrifos ou qualquer outro escrito como se tivesse autoridade divina.

11- Cânon do Novo testamento

Como os cristãos decidiram quais são os livros sagrados do Novo Testamento?

A igrejas primitivas sempre guardaram com especial carinho os escritos dos apóstolos e de seus companheiros de viagens. Esses livros começaram a ser então copiados, compartilhados, e lidos liturgicamente na maioria das igrejas.

Mais tarde, no Século IV, a igreja utilizou os seguintes critérios para definir quais livros pertenciam ao Cânon do Novo Testamento:

A autoria – o autor deveria ser um apóstolo ou alguém credenciado por um apóstolo;

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A doutrina do livro deveria ser coerente com a dos apóstolos (a igreja primitiva possuía pessoas que haviam sido discípulos dos apóstolos originais de Cristo; portanto, conhecia bem a doutrina dos apóstolos);

O uso majoritário – a maioria das igrejas primitivas deveria ter usado o livro em suas reuniões;

O período (época) em que foram escritos – os livros canônicos foram todos escritos no primeiro século.

A inspiração – os livros deveriam motivar as pessoas à santidade e à transformação de vida;

Os judeus e os cristãos creem que a formação do Cânon do Antigo Testamento é ato da autoria de Deus; ele certamente o preparou. Com relação ao Novo Testamento, a seleção final dos livros canônicos foi feita, em última análise, pelo Espírito Santo, em ação nas vidas de todos aqueles que crêem em Cristo. Os livros que Deus inspirou aos apóstolos foram preservados pelos cristãos. Os outros, não inspirados, foram desprezados.

Finaliza-se, reiterando as palavras de GRUDEM (1999), quando diz, “Podemos dizer, com a certeza da fé, que o Cânon das Escrituras Sagradas é hoje exatamente aquele que Deus queria que fosse e assim permanecerá até a volta de Cristo”.

12- Livros Apócrifos,quais são eles?

A   palavra   Apócrifo , do grego apokrypha,   escondido,  nome usado pelos escritores eclesiásticos para determinar, 1) Assuntos secretos, ou misteriosos; 2) de origem ignorada, falsa ou espúria; 3) documentos não canônicos.

Existem uma imensidão de livros apócrifos escritos na época no antigo e do novo testamento, ficaria muito extenso se colocasse todos aqui por isso vamos tratar apenas dos livros que foram considerados pela igreja católica como inspirados por Deus e foram retirados da bíblia evangélica.

A Bíblia evangélica tem 66 livros, enquanto que a Bíblia católica tem sete livros a mais. Estes livros são: Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Baruque, Sabedoria e Eclesiástico.

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1. CURIOSIDADES: OUTROS LIVROS APÓCRIFOS QUE FORAM ESCRITOS NA MESMA ÉPOCA DOS LIVROS INSPIRADOS PORÉM REJEITADOS POR AMBAS RELIGIÕES:

2. Antigo testamento: 3. Primeiro Livro de Adão e Eva

4. Apocalipse de Moisés

5. Apocalipse de Sidrac

6. Ascensão de Isaías

7. Assunção de Moisés

8. Caverna dos Tesouros

9. Epístola de Aristéas

10.Livro dos Jubileus

11.Martírio de Isaías

12.Oráculos Sibilinos

13.Prece de Manassés

14.Primeiro Livro de Enoque

15.Quarto Livro dos Macabeus

16.Revelação de Esdras

17.Salmo 151

18.Salmos de Salomão

19.Samuel Apócrifo

20.Segundo Livro de Adão e Eva

21.Segundo Livro de Enoque

22.Segundo Tratado do Grande Seth

23.Terceiro livro de Enoque

24.Terceiro Livro dos Macabeus

25.Testamento de Abraão

26.Testamento dos Doze Patriarcas

Escritos de Qumran

1. A Nova Jerusalém  (5Q15)

2. A Sedutora  (4Q184)

3. Antologia Messiânica  (4Q175)

4. Bênção de Jacó  (4QPBl)

5. Bênçãos  (1QSb)

6. Cânticos do Sábio  (4Q510-4Q511)

7. Cânticos para o Holocausto do Sábado  (4Q400-4Q407/11Q5-11Q6)

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8. Comentários sobre a Lei  (4Q159/4Q513-4Q514)

9. Comentários sobre Habacuc  (1QpHab)

10.Comentários sobre Isaías  (4Q161-4Q164)

11.Comentários sobre Miquéias  (1Q14)

12.Comentários sobre Naum  (4Q169)

13.Comentários sobre Oséias  (4Q166-4Q167)

14.Comentários sobre Salmos  (4Q171/4Q173)

15.Consolações  (4Q176)

16.Eras da Criação  (4Q180)

17.Escritos do Pseudo-Daniel  (4QpsDan/4Q246)

18.Exortação para Busca da Sabedoria  (4Q185)

19.Gênesis Apócrifo  (1QapGen)

20.Hinos de Ação de Graças  (1QH)

21.Horóscopos  (4Q186/4QMessAr)

22.Maldições de Satanás e seus Partidários  (4Q286-4Q287/4Q280-4Q282)

23.Melquisedec, o Príncipe Celeste  (11QMelq)

24.O Triunfo da Retidão  (1Q27)

25.Oração Litúrgica  (1Q34/1Q34bis)

26.Orações Diárias  (4Q503)

27.Orações para as Festividades  (4Q507-4Q509)

28.Os Iníqüos e os Santos  (4Q181)

29.Os Últimos Dias  (4Q174)

30.Palavras das Luzes Celestes  (4Q504)

31.Palavras de Moisés  (1Q22)

32.Pergaminho de Cobre  (3Q15)

33.Pergaminho do Templo  (11QT)

34.Prece de Nabonidus  (4QprNab)

35.Preceito da Guerra  (1QM/4QM)

36.Preceito de Damasco  (CD)

37.Preceito do Messianismo  (1QSa)

38.Regra da Comunidade  (1QS)

39.Rito de Purificação  (4Q512)

40.Salmos Apócrifos  (11QPsa)

41.Samuel Apócrifo  (4Q160)

42.Testamento de Amran  (4QAm)

Novos testamento:

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Evangelhos da InfânciaA escassez de informações sobre a infância de Jesus nos evangelhos canônicos provocaram uma grande demanda entre os primeiros cristãos por mais detalhes sobre os primeiros anos da vida Dele. Esta demanda foi logo suprida por diversos textos do século II d.C. e seguintes, conhecidos como "Evangelhos da Infância", nenhum dos quais foi aceito no cânon bíblico, embora o grande número de exemplares sobreviventes ateste a sua contínua popularidade.

A maior parte deles foi baseada no mais antigo dos evangelhos da infância, o Evangelho da Infância de Tiago (também chamado de "Proto-Evangelho de Tiago"), no Evangelho da Infância de Tomé e na combinação posterior de ambos no Evangelho de Pseudo-Mateus (também chamado de "Evangelho da Infância de Mateus" ou "Nascimento de Maria e Infância do Salvador").

Outros evangelhos da infância entre os mais antigos são:

1. O Evangelho da Infância Siríaco (ou Evangelho Árabe da Infância)

2. A História de José, o carpinteiro

3. A Vida de João Batista

4. O Evangelho Armênio da Infância de Jesus

Evangelhos Judaico-cristãos

Seitas judaico-cristãs durante o cristianismo primitivo ainda mantinham uma forte relação com o Judaísmo, mantendo a Lei mosaica e utilizavam evangelhos especícicos:

1. Evangelho dos Hebreus

2. Evangelho dos Nazarenos

3. Evangelho dos Ebionitas  (século II) é uma tentativa gnóstico-cristão de perpetuar as práticas do Antigo Testamento.

Versões rivais dos evangelhos canônicosMuitas versões alternativas e editadas de outros evangelhos existiram durante os primeiros anos do Cristianismo. Na maior parte das vezes, o texto afirma ser a versão mais antiga ou a versão que retirou todas as adições e distorções feitas por oponentes às versões mais reconhecidas do texto. Os padres da igreja insistiram que essas eram as pessoas que estavam a fazer distorções, ainda que nem todos os estudiosos modernos concordem. Ainda é tema de debate se existe ou não alguma versão mais antiga ou mais acurada dos

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evangelhos canônicos. Detalhes de seus conteúdos só sobreviveram na forma dos ataques feitos a eles por seus opositores e, por isso, é incerto quão diferentes eles são entre si e mesmo se constituem obras inteiramente diferentes ou não. Entre os textos dessa natureza estão:

1. Evangelho de Marcião

2. Evangelho de Mani , também chamado de Evangelho Vivo ou Evangelho dos Vivos

3. Evangelho de Apeles

4. Evangelho de Bardesanes

Evangelhos de ditosAlguns evangelhos tomaram a forma de pequenas logia - ditos e parábolas de Jesus - que não estão inseridos numa narrativa concatenada:

Evangelho de Tomé  (século I) é uma visão gnóstica dos supostos milagres da infância de Jesus.

Uma minoria dos estudiosos considera o Evangelho de Tomé como parte de uma tradição da qual os evangelhos canônicos eventualmente emergiram. Em todo caso, ambos são importantes para visualizarmos como seria o teórico Documento Q.

Evangelhos da PaixãoOutro conjunto de Evangelhos se focam especificamente na Paixão (prisão, execução e ressurreição) de Jesus:

Declaração de José de Arimatéia

Evangelho de Pedro

Atos de Pilatos , também chamado de Evangelho de Nicodemos

Relato de Pilatos a Cláudio

Cura de Tibério

Descida de Cristo ao Inferno

Evangelho de Bartolomeu

Questões de Bartolomeu

Ressurreição de Jesus Cristo , que alega ser "de acordo com Bartolomeu"

Sentença de Pôncio Pilatos contra Jesus

Embora três textos tomem para si o nome de Bartolomeu, é possível que ou as "Questões" ou a "Ressurreição" sejam, na verdade, o desconhecido "Evangelho de Bartolomeu".

Evangelhos Harmônicos

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Uma quantidade dos textos tenta apresentar uma única harmonização dos evangelhos canônicos que elimine as discordâncias entre eles e apresente um texto unificado derivado da união de todos. A mais famosa dessas versões é o Diatessarão. De todos os textos sobreviventes, a maioria parece ser uma variação do suprimido Diatessarão.

Textos gnósticos

Na era moderna, muitos textos gnósticos foram recuperados, especialmente após a descoberta da Biblioteca de Nag Hammadi em 1945. Alguns textos expõem acosmologia esotérica e a ética defendida pelos gnósticos. Muitas vezes, isso ocorre na forma de diálogos em que Jesus expõe seu conhecimento esotérico enquanto seus discípulos fazem perguntas. Há também um texto, conhecido como Epistula Apostolorum, que é uma polémica contra o esoterismo gnóstico, mas escrito de maneira similar aos textos gnósticos3 .

Diálogos com Jesus

Apócrifo de Tiago , também chamado de "O livro secreto de Tiago"

Livro de Tomé Adversário

Diálogo do Salvador

Evangelho de Judas , também chamado de "Evangelho de Judas Iscariotes"

Evangelho de Maria , também chamado de "Evangelho de Maria Madalena"

Evangelho de Filipe

Evangelho Grego dos Egípcios , que é distinto do Evangelho Copta dos Egípcios

Sofia de Jesus Cristo

Textos sobre Jesus

Evangelho da Verdade

A Revelação de Pedro , distinto do Apocalipse de Pedro)

Pistis Sophia

Segundo Tratado do Grande Sete

Atos ApócrifosOs "Atos de Apóstolos" eram um gênero literário durante o cristianismo primitivo, que contava a história do movimento cristão após a Ascensão de Jesus através das vidas e obras de seus apóstolos, principalmente São Pedro, João e Paulo, um convertido. O texto chamado Atos dos Apóstolos atualmente foi incluído nocânon bíblico e é a segunda parte de

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uma obra cuja primeira é o Evangelho segundo Lucas, com ambas dedicadas à Teófilo e com estilo similar 4 .

Entre os apócrifos, diversos textos tratam da vida subsequente dos apóstolos, usualmente pontuadas com eventos fortemente sobrenaturais. Existe uma tradição de que uma parte deles tenha sido escrito por Leucius Charinus (conhecidos como Atos Leucianos), um companheiro de João apóstolo. Os "Atos de Tomé" e os "Atos de Pedro e os doze" são considerados também textos gnósticos. Ainda que a maioria dos textos tenha sido escrita no século II d.C., pelo menos dois, os "Atos de Barnabé" e os "Atos de Pedro e Paulo" podem ter sido escritos tão tarde quanto o século V d.C.

Atos de André

Atos de André e Matias

Atos de Barnabé

Atos de João  (150 - 160 d.C) descreve milagres, cita sermões e é bastante ascético.

Atos de João o Teólogo

Atos dos mártires

Atos de Paulo  (c.e 160 d.C) contém a estória de uma jovem em Icônio que teria se convertido por Paulo e teria deixado o seu noivado.

Atos de Paulo e Tecla

Atos de Pedro  (século II) queda da igreja de Roma devido às vilezas de Simão Mago, fuga de Pedro de Roma, sua volta e crucificação de cabeça para baixo.

Atos de Pedro e André

Atos de Pedro e Paulo

Atos de Pedro e os doze , gnóstico

Atos de Filipe

Atos de Pilatos

Atos de Tadeu

Atos de Tomé , gnóstico, (final do século II) descreve Tomé como um missionário na Índia.

Atos de Xantipe, Polixena e Rebeca

Relatos de martírios:

Martírio de André

Martírio de Bartolomeu

Martírio de Mateus

Epístolas

Há também diversas epístolas não canônicas (ou "cartas") entre os indivíduos ou para os cristãos em geral. Algumas delas foram consideradas muito importantes pela igreja antiga:

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Epístola de Barnabé

Epístolas de Clemente :

I Clemente

II Clemente

Epístola dos Coríntios a Paulo

Epístola de Inácio aos Esmirniotas

Epístola de Inácio aos Trálios

Epístola de Policarpo aos Filipenses

Epístola dos Apóstolos

Epístola a Diogneto

Epístola aos Laodicenses , que está em nome de Paulo, escrita para materializar a epístola mencionada em Colossenses 4:16.

Correspondência entre Paulo e Sêneca

Terceira Epístola aos Coríntios , aceita no passado por algumas Igrejas Ortodoxas Armênias

Correspondência entre Jesus e o rei de Edessa, Abgar. Eusébio traduziu para o siríaco.

Ditos de Jesus ao rei Abgar

Epístola de Jesus ao rei Abgar  (2 versões)

Epístola do rei Abgar a Jesus

Correspondências de Pôncio Pilatos:

Epístola de Pôncio Pilatos a Herodes

Epístola de Pôncio Pilatos ao Imperador

Apocalipses Apócrifos

Diversas obras estão estruturadas na forma de visões escatológicas, discutindo o futuro, a vida após a morte ou ambos:

Apocalipse da Virgem

Apocalipse de Paulo , que é diferente do Apocalipse Copta de Paulo

Apocalipse de Pedro , que é diferente do Apocalipse Gnóstico de Pedro, (c.e 150 d.C) contém visões do Senhor transfigurado.

Apocalipse de Pseudo-Metódio

Apocalipse de Tomé , também chamado de "Revelação de Tomé"

Apocalipse de Estevão , também chamado de "Revelação de Estevão"

Consumação de Tomé

Primeiro Apocalipse de Tiago

Segundo Apocalipse de Tiago

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Vingança do Salvador

Visão de Paulo

Destino de MariaMuitos textos (mais de cinquenta) são descrições dos eventos que circundaram o destino variado de Maria ( a mãe de Jesus):

A Descida de Maria

Passagem da Bem-Aventurada Virgem Maria

Julgamento de Pôncio Pilatos  - Livro de João, o Teólogo sobre a Assunção da Virgem Maria

MiscelâneaEstes textos, por seu conteúdo ou forma, não se encaixam em nenhuma das categorias:

Caverna dos Tesouros , também chamado de "O Tesouro"

Constituições Apostólicas , regras da igreja que foram supostamente deixadas pelos apóstolos

Cânones dos Apóstolos  - último capítulo das Constituições Apostólicas, que teve ampla circulação independente

Didaquê , possivelmente o primeiro catecismo escrito

Discurso de Domingo

Literatura Clementina

Livro de Nepos

Liturgia de São Tiago

Morte de Pôncio Pilatos

Evangelho da Natividade de Maria

Penitência de Orígenes

Oração do Apóstolo Paulo

Retrato de Jesus

Retrato do Salvador

Sentenças de Sexto

Physiologus

FragmentosAlém das obras apócrifas conhecidas, há também diversos pequenos fragmentos de textos, partes de obras desconhecidas e de existência incerta. Alguns dos mais importantes são:

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O Evangelho desconhecido de Berlim, também chamado de "Evangelho do Salvador"

O Fragmento Naasseno

O Fragmento Fayyum

O Evangelho secreto de Marcos

Os Evangelhos de Oxirrinco

O Evangelho de Egerton

Obras perdidasExistem diversos textos mencionados em muitas fontes antigas e que seriam certamente considerados parte dos apócrifos, mas nada sobreviveu deles:

Evangelho de Eva , citado por Epifânio (Haer. xxvi. 2, 3). É possível que este Evangelho seja o "Evangelho da Perfeição" ao qual ele alude em xxvi. 2. A citação mostra que este evangelho era a expressão completa do panteísmo

Evangelho dos quatro reinos celestes

Evangelho de Matias , provavelmente diferente do Evangelho de Mateus

Evangelho da Perfeição , utilizado pelos seguidores de Basilides e outros gnósticos. Em Epifânio, Haer. xxvi. 2.

Evangelho dos Setenta

Evangelho de Tadeu , que pode ser o mesmo que o Evangelho de Judas, numa confusão entre Judas Iscariotes e Judas Tadeu.

Evangelho dos Doze

Memoria Apostolorum

Ortodoxia

Ainda que muitos livros citados aqui sejam considerados heréticos (especialmente os que pertencem às tradições gnósticas), outras não são consideradas particularmente heréticas no conteúdo e são na realidade aceitos como livros de importante valor espiritual. Não são, porém, considerados canônicos.

As Epístolas de Clemente: I Clemente e II Clemente

Pastor de Hermas

Didaquê

Epístola de Barna

Apocalipse de Pedro

Proto-Evangelho de Tiago

Terceira Epístola aos Coríntios

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(Aula dia: 16/08/2015)

13 - Livros Apócrifos, porque foram rejeitados ?

Por vários motivos, primeiramente eles foram inseridos para justificar os erros cometidos pela igreja católica e descobertos por Martinho Lutero,o cânon do antigo testamento já estava concluído pelo povo judeu que cuidadosamente separou os livros inspirados dos apócrifos e o nosso Senhor Jesus confirmou a veracidade dos livros que compunham o antigo testamento!

Além disso podemos enumerar as contradições :

1. Histórias fictícias, lendárias e absurdas2.Ensinam artes mágicas ou de feitiçaria como método de exorcismo3. Erros históricos e geográficos4.Ensinam que esmolas e boas obras limpam os pecados e salvam a alma 6. Ensinam a oração pelos mortos 7. Ensinam a existência de um lugar chamado purgatório8. Tobias 5.15-19 (um anjo enviado por Deus pega mentira!)

14 - Conteúdos dos livros apócrifos:

TOBIAS - (200 a.C.) - É uma história novelística sobre a bondade de Tobiel (pai de Tobias) e alguns milagres preparados pelo anjo Rafael.Apresenta:· justificação pelas obras - 4:7-11; 12:8· mediação dos Santos - 12:12· superstições - 6:5, 7-9, 19· um anjo engana Tobias e o ensina a mentir 5:16 a 19

JUDITE - (150 a.C.) É a História de uma heroína viúva e formosa que salva sua cidade enganando um general inimigo e decapitando-o. grande heresia é a própria história onde os fins justificam os meios.

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BARUQUE - (100 a.D.) - Apresenta-se como sendo escrito por Baruque, o cronista do profeta Jeremias, numa exortação aos judeus quando da destruição de Jerusalém. Porém, é de data muito posterior, quando da segunda destruição de Jerusalém, no pós-Cristo. Traz entre outras coisas, a intercessão pelos mortos - 3:4.

ECLESIÁSTICO - (180 a.C.) - É muito semelhante ao livro de Provérbios, não fosse as tantas heresias:· justificação pelas obras - 3:33,34· trato cruel aos escravos - 33:26 e 30; 42:1 e 5· incentiva o ódio aos Samaritanos - 50:27 e 28

SABEDORIA DE SALOMAO - (40 a.D.) - Livro escrito com finalidade exclusiva de lutar contra a incredulidade e idolatria do epicurismo (filosofia grega na era Cristã).Apresenta:· o corpo como prisão da alma - 9:15· doutrina estranha sobre a origem e o destino da alma 8:19 e 20· salvação pela sabedoria - 9:19

I MACABEUS - (100 a.C.) - Descreve a história de 3 irmãos da família "Macabeus", que no chamado período ínterbíblico (400 a.C. 3 ac) lutam contra inimigos dos judeus visando a preservação do seu povo e terra.

II MACABEUS - (100 a.C.) - Não é a continuação do 1 Macabeus, mas um relato paralelo, cheio de lendas e prodígios de Judas Macabeu.Apresenta:· a oração pelos mortos - 12:44 - 46· culto e missa pelos mortos - 12:43· o próprio autor não se julga inspirado -15:38-40; 2:25-27· intercessão pelos Santos - 7:28 e 15:14

ADIÇÕES A DANIEL:

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capítulo 13 - A história de Suzana - segundo esta lenda Daniel salva Suzana num julgamento fictício baseado em falsos testemunhos.capítulo 14 - Bel e o Dragão - Contém histórias sobre a necessidade da idolatria.capítulo 3:24-90 - o cântico dos 3 jovens na fornalha.

15- Motivo de inserção dos livros APÓCRIFOS pela igreja Católica

Os livros Apócrifos foram incluídos em 8 de Abril de 1546 no polêmico Concílio de Trento pela Igreja Católica para apoiar os dogmas que não tinham respaldo bíblico, e que estavam sendo alvo das críticas de Martinho Lutero, Nessa época, os “protestantes”se opunham violentamente às doutrinas romanistas do purgatório, oração pelos mortos, salvação pelas obras etc. A primeira edição da Bíblia católico-romana com os apócrifos deu-se em 1592,  com autorização do papa Clemente VIII..

Lutero era monge católico e, em virtude principalmente de um profundo estudo da carta de Paulo aos Romanos, viu que muitos dogmas da Igreja Católica não estavam de acordo com a Palavra de Deus. Uma das respostas da Igreja foi a inserção desses livros, que seriam usados posteriormente contra os ataques da Reforma Protestante.

16- A heresia dos Apócrifos

Os livros apócrifos, seja qual for o valor devocional ou eclesiástico que tiverem, não são canônicos, o que se comprova pelos seguintes fatos:

1. A comunidade judaica jamais os aceitou como canônicos.

2. Não foram aceitos por Jesus, nem pelos autores do Novo Testamento.

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3. A maior parte dos primeiros grandes pais da igreja rejeitou sua canonicidade.

4. Nenhum concílio da igreja os considerou canônicos senão no final do século IV.

5. Jerônimo, o grande especialista bíblico e tradutor da Vulgata, rejeitou fortemente os livros apócrifos.

6. Muitos estudiosos católicos romanos, ainda ao longo da Reforma, rejeitaram os livros apócrifos.

7. Nenhuma igreja ortodoxa grega, anglicana ou protestante, até a presente data, reconheceu os apócrifos como inspirados e canônicos, no sentido integral dessas palavras.

Em virtude desses fatos importantíssimos, torna-se absolutamente necessário que os cristãos de hoje jamais usem os livros apócrifos como se fossem Palavra de Deus, nem os citem em apoio autorizado a qualquer doutrina cristã.

(Aula 23/08/2015)

II - CRISTIANISMO:

1 - Igreja Primitiva

2 - Primeiros Líderes da Igreja (Pedro foi o primeiro Papa?)

3- Perseguição dos Cristãos

4- O término da perseguição e a corrupção da Igreja

(Aula 30/08/2015)

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Apostila da Escola Bíblica Dominical I.E.Q. Ressaquinha26/07/2015 a 30/08/2015

1.Primeiros líderes das igrejas protestantes

2.Principais erros da igreja Cristã da época

3.Dogmas

4. Indulgencias