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Curso Técnico Análise de Circuitos I

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Descrição do Código de Cores Para Resistores

Existem basicamente duas opções para conhecer o valor de um resistor:

medir o resistor com um multímetro ( o que pode ser às vezes impraticável, se o componente estiver soldado num circuito) ler o valor direto do corpo do resistor

A segunda opção tem se mostrando mais eficaz. considerando-se porém que na maioria das vezes, os valores vêm codificados em cores, é necessário conhecer o código de cores que possibilitará a leitura desses valores.

O código de cores é a convenção utilizada para identificação de resistores de uso geral. Compreende as séries E6, E12 e E24 da norma internacional IEC.

Tabela de cores

Cores 1º anel

1º digito

2º anel

2ºdigito

3º anel

Multiplicador

4º anel

Tolerância

Prata - - 0,01 10%

Ouro - - 0,1 5%

Preto 0 0 1 -

Marrom 01 01 10 1%

Vermelho 02 02 100 2%

Laranja 03 03 1 000 3%

Amarelo 04 04 10 000 4%

Verde 05 05 100 000 -

Azul 06 06 1 000 000 -

Violeta 07 07 10 000 000 -

Cinza 08 08 - -

Branco 09 09 - -

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Procedimentos para Determinar o Valor do Resistor

Devemos:

1. Identificar a cor do primeiro anel, e verificar através da tabela de cores o algarismo correspondente à cor. Este algarismo será o primeiro dígito do valor do resistor. 2. Identificar a cor do segundo anel. Determinar o algarismo correspondente ao segundo dígito do valor da resistência. 3. Identificar a cor do terceiro anel. Determinar o valor para multiplicar o número formado pelos itens 1 e 2. Efetuar a operação e obter o valor da resistência. 4. Identificar a cor do quarto anel e verificar a porcentagem de tolerância do valor nominal da resistência do resistor.

OBS.: A primeira faixa será a faixa que estiver mais perto de qualquer um dos terminais do resistor.

Exemplo 1º Faixa Vermelha = 2

2º Faixa Violeta = 7 3º Faixa Marrom = 10

4º Faixa Ouro = 5%

O valor será 270W com 5% de tolerância. Ou seja, o valor exato da resistência para qualquer elemento com esta especificação estará entre 256,5W e 283,5W.

Entenda o multiplicador é o número de zeros que você coloca na frente do número. No exemplo é o 10, e você coloca apenas um zero se fosse o 100 você colocaria 2 zeros e se fosse apenas o 1 você não colocaria nenhum zero.

Outro elemento que talvez necessite explicação é a tolerância. O processo de fabricação em massa de resistores não consegue garantir para estes componentes um valor exato de resistência. Assim, pode haver variação dentro do valor especificado de tolerância. É importante notar que quanto menor a tolerância, mais caro o resistor, pois o processo de fabricação deve ser mais refinado para reduzir a variação em torno do valor nominal, ou o teste dos resistores pelo fabricante, rejeitam mais componentes.

Veja na figura abaixo um exemplo de resistor de cinco faixa:

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Veremos agora como fazemos para ler os resistores:

Resistor com 5 faixas :

1º faixa: Algarismo significativo

2º faixa: Algarismo significativo

3º faixa: Algarismo significativo

4º faixa: Nº de zeros

5º faixa: Tolerância

Resistor com 6 faixas :

1º faixa: Algarismo significativo

2º faixa: Algarismo significativo

3º faixa: Algarismo significativo

4º faixa: Nº de zeros

5º faixa: Tolerância

6º faixa: Coeficiente de Temperatura

A = 1ª Dígito B = 2ª Dígito C = 3ª Dígito D = Multiplicador (

) E = Tolerância (

% ) F = Coef.

Temp.

PRATA - - - 0,01 10 -

DOURADO - - - 0,1 5 -

PRETO 0 0 0 1 - -

MARROM 1 1 1 10 1 100

VERMELHO 2 2 2 100 2 50

LARANJA 3 3 3 1K - -

AMARELO 4 4 4 10K - -

VERDE 5 5 5 100K - -

AZUL 6 6 6 1M - -

VIOLETA 7 7 7 10M - -

CINZA 8 8 8 - - -

BRANCO 9 9 9 - - -

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A B C D E F

------- ( Veja na

tabela abaixo)

Resistores de carbono e de Filme

No início da eletrônica, os resistores eram feitos de carbono ou de fio de níquel-cromo. Com o tempo, outros materiais passaram a ser utilizados para a fabricação, como é o caso dos resistores de filme metálico.

Alguns fabricantes de resistores adotaram uma codificação especial para informar valores nos novos resistores de filme. No desenho abaixo, os resistores apresentam três faixas de cores para leitura do seu valor ôhmico e mais uma para indicar a tolerância. A cor que é pintada o corpo do componente, se refere ao tipo de resistor de filme. Note que um dos resistores, que é de precisão, tem 5 faixas para identificar o seu valor e mais uma faixa, destacada e mais larga, para indicar o coeficiente de temperatura.

A cor, que é pintada o corpo dos resistores, ao lado, determina as diversas modalidades. Resistor de filme de carbono (CR), tem o corpo pintado de cor bege; resistor de filme metálico (SFR), tem o corpo pintado de cor verde claro; resistor de filme vítreo metalizado (Metal Glazed (VR)), tem a cor azul; e o de filme metálico (MR) [PRECISÃO] é verde escuro.

RESISTORES SMD

Resistores SMD são utilizados em aparelhos modernos ou de tecnologia mais avançada. São soldados na placa de circuito industrialmente ou manualmente de forma minuciosa. Possuem as mesmas funções como resistor, porém devido ao seu tamanho muito pequeno são mais utilizados em equipamentos de alta tecnologia.

Filme de carbono (CR) BEGE Filme metálico (SRF) VERDE CLARO Filme vítreo metalizado (Metal Glazed) (VR) AZUL Filme metálico (MR) [PRECISÃO ] VERDE ESCURO

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- A leitura do valor não é dada por código de cores e sim pelo valor direto mas o multiplicador escrito no componente.Sendo assim , os dois primeiros dígitos significam o valor da resistência. O terceiro significa o número de zeros. Veja os exemplos a seguir: 102 sendo 10 mais 2 zeros 10 00 = 1000 ou 1K ohm 473 sendo 47 mais três zeros 47 000 = 47000 ou 47K ohm 1001 sendo 100 mais 1 zero 100 0 =1K ohm de precisão +/- 1% Como devemos fazer para ler estes números? Simples, com uma lupa. - Os cálculos do limite de potência dissipada em um resistor convencional prevalecem também para os resistores SMD. O código padrão para resistores SMD : Código compr. largura potência 0402 1,5 0,6 0,063 ou 1/16W 0603 2,1 0,9 0,063 ou 1/16W 0805 2,6 1,4 0,125W ou 1/8W 1206 3,8 1,8 0,25W ou 1/4W 1218 3,8 1,8 em desuso (muito caro) 2010 5,6 2,8 em desuso (muito caro) 2512 7,0 3,5 em desuso (muito caro) Dimensões em mm Caso não seja dada a potência você deverá utilizar a convencional.

Dimensões Configurações

unidade: mm

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Tipo Dimensão

L W C D T

0402 1.00 ± 0.05 0.50 ± 0.05 0.20 ± 0.10 0.25 ± 0.05 0.35 ± 0.05

0603 1.60 ± 0.15 0.80 ± 0.15 0.30 ± 0.15 0.20 ± 0.15 0.45 ± 0.10

0805 2.00 ± 0.15 1.25 ± 0.15 0.40 ± 0.20 0.30 ± 0.15 0.50 ± 0.10

1206 3.10 ± 0.15 1.60 ± 0.15 0.50 ± 0.20 0.40 ± 0.15 0.60 ± 0.10

Resistores de montagem em superfície SMD (Surface Mounted Device)

fig.1 fig.2

-primeiro dígito: corresponde ao primeiro dígito do valor -segundo dígito: corresponde ao segundo dígito do valor -terceiro dígito (5%): representa o expoente, o “número de zeros" a agregar (fig. 1) -terceiro dígito (1%): corresponde ao terceiro dígito do valor (fig. 2) -quarto dígito (1%): representa o expoente, o "número de zeros" a agregar

Exemplos 1: Resistores com 3 dígitos (5%)

650 332 472

1º dígito = 6 1º dígito = 3 1º dígito = 4

2º dígito = 5 2º dígito = 3 2º dígito = 7

3º dígito = 100 = 1 3º dígito = 102 = 100 3º dígito = 102 = 100

65 x 1 = 65 ohms 33 x 100 = 3300 ohms 47 x 100 = 4700 ohms

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Exemplos 2: Resistores com 4 dígitos (1%)

1023 1000 2492

1º dígito = 1 1º dígito = 1 1º dígito = 2

2º dígito = 0 2º dígito = 0 2º dígito = 4

3º dígito = 2 3º dígito = 0 3º dígito = 9

4º dígito = 103 = 1000 4º dígito = 100 = 1 4º dígito = 102 = 100

102 x 1000 = 102 Kohms 100 x 1 = 100 ohms 249 x 100 = 24.9 Kohms

Exemplos 3: resistores "estranhos"

TESTE DE RESISTORES COM O OHMÍMETRO

Antes de aprendermos a medir os resistores utilizando o multímetro, vamos conhecer esse instrumentos de grande importância para os técnicos e engenheiros.

O Multímetro O multímetro, também chamado de VOM (Voltímetro, Ohmímetro e Miliamperímetro), é utilizado para medir as diversas grandezas eletro-eletrônico conhecidas, tais como: resistência, tensão CC e CA e corrente, e em alguns modelos mais sofisticados, capacitância, indutância, temperatura etc. Ele pode ser:

Analógico: É composto por um galvanômetro que faz com que um ponteiro deslize sobre um fundo de escala graduado.

Digital: O fundo de escala graduado é substituído um display alfa-numérico que apresenta diretamente o valor da grandeza medida.

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Exemplo de multímetro analógico e digital.

TESTE ESTÁTICO COM MULTÍMETRO DIGITAL Consiste na medição de seu valor resistivo, comparando-o com seu valor nominal, indicado em seu corpo ou no esquema do respectivo equipamento ao qual ele pertença. Processo:

1. Verifique, no corpo do resistor, o valor de resistência do mesmo Obs.: O valor do resistor pode ser obtido em seu próprio corpo ou através do esquema do aparelho ao qual o respectivo resistor pertença. 2. Selecione, no ohmímetro, uma escala que permita leitura imediatamente acima do valor de resistência do resistor. 3. Aplique as ponteiras do ohmímetro aos terminais extremos do resistor.

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4. Compare o valor obtido com o valor nominal do resistor. Leve em consideração o valor de tolerância do mesmo.

É importante que para que haja precisão na medição, desliguemos o resistor do circuito ao qual

pertença, se pertencer, é claro, além de “levantar” um dos terminais do componente.

Exemplo:

TESTE ESTÁTICO COM O OHMÍMETRO ANALÓGICO Consiste na medição de seu valor resistivo, comparando-o com seu valor nominal, indicado em seu corpo ou no esquema do respectivo equipamento ao qual ele pertença. Processo:

1. Verifique, no corpo do resistor, o valor de resistência do mesmo. Obs.: O valor do resistor pode ser obtido em seu próprio corpo ou através do esquema do aparelho ao qual o respectivo resistor pertença.

Observe a

abertura do

circuito!

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2- Selecione, no ohmímetro, a escala adequada.

Obs.: A escala adequada é aquela que permita a visualização do valor do resistor de forma confortável , dando preferência, quando possível, a primeira metade da escala (0 Ω até a metade de sua escala). 3- Efetue o ajuste de “zero ohm”, caso o instrumento disponha deste recurso. Este recurso é comum nos multímetros analógicos.

4- Aplique as ponteiras do ohmímetro aos terminais extremos do resistor.

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5- Multiplique o valor encontrado no fundo de escala pelo valor ajustado na chave seletora.

6- Compare o valor obtido com o valor nominal do resistor. Leve em consideração o valor de tolerância do mesmo.

É importante que para que haja precisão na medição ,desliguemos o resistor do circuito ao qual

pertença, se pertencer, é claro.

Também, não devemos segurar em ambas as pontas das ponteiras durante o teste, visto que, se assim

fizermos, encontraremos um resultado incorreto.

Exemplo:

PRÁTICA DE RESISTORES

Vamos testar agora o que você aprendeu!

PROCEDIMENTOS:

Efetuar a identificação dos resistores, preenchendo adequadamente as células abaixo.

Nº COLUNA/LINHA

CORES VALOR

NOMINAL

VALOR MÍNIMO

TOLERÁVEL

VALOR MÁXIMO TOLERÁVEL

VALOR MEDIDO

ESTADO DO RESISTOR

Ω Observe a abertura

do circuito!

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Leitura de Capacitores

Alguns capacitores apresentam uma codificação que é um tanto estranha, mesmo para os técnicos experientes se torna muito difícil a sua compreensão, imagine para o técnico novato. Observemos o exemplo abaixo:

O valor do capacitor,"B", é de 3300 pF (picofarad = 10-12 F) ou 3,3 nF (nanofarad = 10-

9 F) ou 0,033 µF (microfarad = 10-6 F). No capacitor "A", devemos acrescentar mais 4 zeros após os dois primeiros algarismos. O valor do capacitor, que se lê 104, é de 100000 pF ou 100 nF ou 0,1µ F.

Capacitores usando letras em seus valores

O desenho ao lado, mostra capacitores que tem os seus valores, impressos em nanofarad (nF) = 10-9F. Quando aparece no capacitor uma letra "n" minúscula, como um dos tipos apresentados ao lado por exemplo: 3n3, significa que este capacitor é de 3,3nF. No exemplo, o "n" minúsculo é colocado ao meio dos números, apenas para economizar uma vírgula e evitar erro de interpretação de seu valor.

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Multiplicando-se 3,3 por 10-9 = ( 0,000.000.001 ), teremos 0,000.000.003.3 F. Para se transformar este valor em microfarad, devemos dividir por 10-6 = ( 0,000.001 ), que será igual a 0,0033µF. Para voltarmos ao valor em nF, devemos pegar 0,000.000.003.3F e dividir por 10-9 = ( 0,000.000.001 ), o resultado é 3,3nF ou 3n3F.

Para transformar em picofarad, pegamos 0,000.000.003.3F e dividimos por 10-12, resultando 3300pF. Alguns fabricantes fazem capacitores com formatos e valores impressos como os apresentados abaixo. O nosso exemplo, de 3300pF, é o primeiro da fila.

Note nos capacitores seguintes, envolvidos com um círculo azul, o aparecimento de uma letra maiúscula ao lado dos números. Esta letra refere-se à tolerância do capacitor, ou seja, o quanto que o capacitor pode variar de seu valor em uma temperatura padrão de 25° C. A letra "J" significa que este capacitor pode variar até ±5% de seu valor, a letra "K" = ±10% ou "M" = ±20%. Segue na tabela abaixo, os códigos de tolerâncias de capacitância.

Tabela 1

Até 10pF Código Acima de 10pF

±0,1pF B

±0,25pF C

±0,5pF D

±1,0pF F ±1%

G ±2%

H ±3%

J ±5%

K ±10%

M ±20%

S -50% -20%

Z +80% -20%

ou +100% -20%

P +100% -0%

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Agora, um pouco sobre coeficiente de temperatura "TC", que define a variação da capacitância dentro de uma determinada faixa de temperatura. O "TC" é normalmente expresso em % ou ppm/°C ( partes por milhão / °C ). É usado uma seqüência de letras ou letras e números para representar os coeficientes. Observe o desenho abaixo.

Os capacitores ao lado são de coeficiente de temperatura linear e definido, com alta estabilidade de capacitância e perdas mínimas, sendo recomendados para aplicação em circuitos ressonantes, filtros, compensação de temperatura e acoplamento e filtragem em circuitos de RF.

Na tabela abaixo estão mais alguns coeficientes de temperatura e as tolerâncias que são muito utilizadas por diversos fabricantes de capacitores.

Tabela 2

Código Coeficiente de temperatura

NPO -0± 30ppm/°C

N075 -75± 30ppm/°C

N150 -150± 30ppm/°C

N220 -220± 60ppm/°C

N330 -330± 60ppm/°C

N470 -470± 60ppm/°C

N750 -750± 120ppm/°C

N1500 -1500± 250ppm/°C

N2200 -2200± 500ppm/°C

N3300 -3300± 500ppm/°C

N4700 -4700± 1000ppm/°C

N5250 -5250± 1000ppm/°C

P100 +100± 30ppm/°C

Outra forma de representar coeficientes de temperatura é mostrada abaixo. É usada em capacitores que se caracterizam pela alta capacitância por unidade de volume (dimensões reduzidas) devido a alta constante

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dielétrica sendo recomendados para aplicação em desacoplamentos, acoplamentos e supressão de interferências em baixas tensões.

Os coeficientes são também representados com seqüências de letras e números como por exemplo: X7R, Y5F e Z5U. Para um capacitor Z5U, a faixa de operação é de +10°C que significa "Temperatura Mínima" e +85°C que significa "Temperatura Máxima" e uma variação de "Máxima de capacitância", dentro desses limites de temperatura, que não ultrapassa -56%, +22%.

Veja as três tabelas abaixo para compreender este exemplo e entender outros coeficientes.

Temperatura Mínima

Temperatura Máxima

Variação Máxima de Capacitância

X -55°C

Y -30°C Z +10°C

2 +45°C 4 +65°C 5 +85°C 6

+105°C 7 +125°C

A ±1.0% B ±1.5% C ±2.2% D ±3.3% E ±4.7% F ±7.5% P ±10% R ±15% S ±22%

T -33%, +22% U -56%, +22% V -82%, +22%

Capacitores de Cerâmica Multicamada

Capacitores de Poliéster Metalizado usando código de cores A tabela abaixo, mostra como interpretar o código de cores dos capacitores abaixo. No capacitor "A", as 3 primeiras cores são, laranja, laranja e laranja, correspondem a 33000, equivalendo a 3,3 nF. A cor branca, logo adiante, é referente a ±10% de tolerância. E o vermelho, representa a tensão nominal, que é de 250 volts.

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Algarismo 2ª Algarismo

3ª N° de zeros

4ª Tolerância

5ª Tensão

PRETO 0 0 - ± 20% -

MARROM 1 1 0 - -

VERMELHO 2 2 00 - 250V

LARANJA 3 3 000 - -

AMARELO 4 4 0000 - 400V

VERDE 5 5 00000 - -

AZUL 6 6 - - 630V

VIOLETA 7 7 - - -

CINZA 8 8 - - -

BRANCO 9 9 - ± 10% -

TESTE DE CAPACITORES COM O OHMÍMETRO

ANALÓGICO

Consiste na verificação da existência da capacitância e na isolação do dielétrico.

ATENÇÃO!

Multímetros analógicos, de origem não americana, possuem a polaridade real do ohmímetro inversa àquela indicada no painel do multímetro. Isto deve ser considerado quando efetuarmos o teste de componentes polarizados, como é o caso de capacitores eletrolíticos, diodos, transistores, etc.

Não devemos trocar as ponteiras do multímetro de seus respectivos lugares, quando no uso do ohmímetro. Lembre-se que este fato ocorre somente quando selecionamos a escala do ohmímetro. Quando selecionamos, no voltímetro DC e no amperímetro DC, isto não ocorre. Se trocássemos as ponteiras de seus respectivos lugares quando usássemos ohmímetro, teríamos que reconduzi-las a seus respectivos lugares quando usássemos as outras funções, já mencionadas, do multímetro, produzindo, assim, perda de tempo e desgaste desnecessário dos bornes de contato.

Somente precisamos considerar este fato quando usarmos o ohmímetro no teste de componentes polarizados, como é o caso de capacitores eletrolíticos, diodos, transistores, tiristores, etc.

Procedimentos:

1. Identifique o capacitor como sendo eletrolítico ou não eletrolítico. 2. Se o capacitor a ser testado for do tipo eletrolítico, selecione a escala X 100 do ohmímetro. Se seu

ohmímetro não possuir a escala X 100, utilize a escala X 10.

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3. Se o capacitor a ser testado não for eletrolítico (não importa de que outro tipo seja), utilize a escala X 10 K.

Resultados Possíveis:

1. Capacitor Bom - Produz deflexão no ponteiro do ohmímetro e o seu total retorno a sua posição de repouso, ou seja, infinito.

2. Capacitor Aberto - Não produz deflexão no ponteiro do ohmímetro.

3. Capacitor em Curto - Produz a máxima deflexão no ponteiro do ohmímetro e a permanência do mesmo

nesta condição.

4. Capacitor com Fuga - Produz deflexão no ponteiro do ohmímetro e o seu retorno parcial a sua condição de repouso.

5. Capacitor com Capacitância Alterada - É aquele que produz deflexão no ponteiro do ohmímetro diferente

da que seria própria de seu valor de capacitância. Compare a deflexão produzida com a produzida com outro capacitor de mesma capacitância e que esteja, logicamente, em bom estado.

É importante que para que haja precisão na medição, desliguemos o capacitor do circuito ao qual

pertença, se pertencer, é claro.

Exemplo:

Ω

IMPORTANTE!

Descarregue o capacitor

antes da aplicação do

capacímetro

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TESTE DE CAPACITORES COM O CAPACÍMETRO DIGITAL

Consiste na medição de seu valor resistivo, comparando-o com seu valor nominal, indicado em seu corpo ou no esquema do respectivo equipamento ao qual ele pertença.

Procedimentos:

1. Verifique, no corpo do capacitor, o valor de capacitância do mesmo.

Obs.: O valor de capacitância pode ser obtido em seu próprio corpo ou através do esquema do aparelho ao qual o respectivo capacitor pertença.

2. selecione uma escala do capacímetro imediatamente acima da capacitância do capacitor.

Obs.: Para capacitâncias de valor muito pequeno, não deveremos utilizar as ponteiras do capacímetro, visto que as mesmas produziriam interferência no valor medido (capacitância entre os fios). Deveremos utilizar as fendas, que existem neste instrumento e que são próprias para a inserção dos terminais destes capacitores.

Não use as fendas mencionadas para a inserção de capacitores maiores, pois haveria a possibilidade de danos mecânicos. Além, de ser um procedimento desnecessário, pois para as capacitâncias maiores, podermos utilizar as ponteiras do capacímetro.

3. Compare o valor obtido com o valor nominal de capacitância do capacitor. Leve em consideração o valor de tolerância do mesmo.

IMPORTANTE!

Descarregue o capacitor

antes da aplicação do

capacímetro

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EXERCICIOS:

Vamos testar o que aprendemos!

PROCEDIMENTOS:

Efetuar a identificação dos capacitores, preenchendo adequadamente as células abaixo.

C/L CÓDIGO

VALOR NOMINA

L

VALOR MÍNIMO

TOLERÁVEL

VALOR MÁXIMO

TOLERÁVEL

VALOR MEDIDO

ISOLAMENTO DO DIELÉTRICO

ESTADO DO CAPACITOR

IDENTIFICAÇÃO DE ANODO E CATODO DOS DIODOS COM O OHMÍMETRO DIGITAL

Aplique as ponteiras do ohmímetro aos terminais do diodo, de tal modo que ele conduza.

Quando o diodo é feito conduzir pelo ohmímetro, a ponteira negativa (prata) desse instrumento, encontra-se no terminal do diodo correspondente ao catodo. A preta (vermelha), logicamente, encontra-se no terminal correspondente ao anodo.

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TESTE DE DIODOS COM O OHMÍMETRO DIGITAL

Consiste na verificação das resistências direta e inversa (reversa) da junção do diodo.

Procedimentos:

Selecionar a escala do ohmímetro própria para junção, ou seja, aquela que possui o símbolo de um diodo.

Aplique as ponteiras do ohmímetro aos terminais do diodo sob teste; observe a indicação do display. Inverta, agora, as ponteiras do ohmímetro e aplique, novamente, aos terminais do diodo.

Resultados Possíveis: 1. Diodo Bom - É aquele que conduz somente em um sentido. 2. Diodo Aberto - É aquele que não conduz em nenhum sentido.

3. Diodo em Curto - É aquele que conduz em ambos os sentidos.

4. Diodo com Fuga - É aquele que conduz normalmente em um sentido e no outro sentido, que não deveria

conduzir, conduz levemente. È importante que, para que haja precisão na medição, desliguemos o diodo do circuito ao qual pertença,

se pertencer, é claro.

Exemplo:

Ω Observe a abertura

do circuito!

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IDENTIFICAÇÃO DE ANODO E CATODO DOS DIODOS

COM O OHMÍMETRO ANALÓGICO Aplique as ponteiras do ohmímetro aos terminais do diodo, de tal modo que ele conduza.

Quando o diodo é feito conduzir pelo ohmímetro, a ponteira negativa (vermelha) desse instrumento, encontra-se no terminal do diodo correspondente ao catodo. A preta (positiva), logicamente, encontra-se no terminal correspondente ao anodo.

TESTE DE DIODOS COM O OHMÍMETRO

ANALÓGICO

Consiste na verificação das resistências direta e inversa (reversa) da junção do diodo.

Procedimentos:

1. Selecionar a escala mínima do ohmímetro para polarização direta e escala máxima do ohmímetro para polarização inversa.

2. No caso de diodos de germânio, a escala máxima para polarização inversa, deverá ser de X 1K.

Resultados Possíveis: 1. Diodo Bom - É aquele que conduz somente em um sentido, ou seja, produz deflexão no ponteiro do

ohmímetro somente em um sentido.

2. Diodo Aberto - É aquele que não conduz em nenhum sentido, ou seja, não produz deflexão no ponteiro do ohmímetro.

3. Diodo em Curto - É aquele que conduz em ambos os sentidos, ou seja, produz deflexão no ponteiro do

ohmímetro nos dois sentidos.

4. Diodo com Fuga - É aquele que conduz normalmente em um sentido e no outro sentido, que não deveria conduzir, conduz levemente.

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É importante que, para que haja precisão na medição, desliguemos o diodo do circuito ao qual

pertença, se pertencer, é claro.

Exemplo:

ENCAPSULAMENTOS DE DIODOS

DO-5 DO-35 DO-41 TO-220AC

TO-3 PWRTAB PWRTABS SOT-223

SMA SMB SMC D618sl

D2pak Dpak TO-200AB TO-200AC

Puentes rectificadores

Ω

Observe a abertura

do circuito!

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VALORES COMERCIAIS DE ALGUNS COMPONENTES

Resistores comerciais

1.0ohm 1.1ohm 1.2ohm 1.3ohm

1.5ohm 1.6ohm 1.8ohm 2.0ohm

2.2ohm 2.4ohm 2.7ohm 3.0ohm

3.3ohm 3.6ohm 3.9ohm 4.3ohm

4.7ohm 5.1ohm 5.6ohm 6.2ohm

6.8ohm 7.5ohm 8.2ohm 9.1ohm

Para obter os demais valores, basta multiplicar por: 10, 102, 103, 104, 105, 106, Capacitores Comerciais

1.0F 1.1F 1.2F 1.3F

1.5F 1.6F 1.8F 2.0F

2.2F 2.4F 2.7F 3.0F

3.3F 3.6F 3.9F 4.3F

4.7F 5.1F 5.6F 6.2F

6.8F 7.5F 8.2F 9.1F

Para obter os demais valores, multiplique pelos seus submúltiplos: mili, micro, nano e pico.

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