Apostila de Bromato
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7/30/2019 Apostila de Bromato
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Faculdade Educacional S.A.
Faculdade Anhanguera de Anpolis
BROMATOLOGIA
Laboratrio de Nutrio Animal
PROCEDIMENTOS DE LABORATRIO(Manual Didtico)
Prof. Anderso Luiz Caetano
Anpolis2011
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1 INTRODUO
A Anlise Bromatolgica uma rea importante no ensino das cincias
que estudam alimentos, pois ela atua em vrios segmentos do controle de
qualidade, do processamento e do armazenamento dos alimentos.
A palavra Bromatologia deriva do grego : BROMATOS dos alimentos e
LOGOS cincia. Portanto, a cincia que estuda os alimentos.
A anlise bromatolgica tem como principal objetivo a obteno da
composio qumica dos alimentos, ou seja, a determinao das fraes
nutritivas de um alimento. Estas fraes so compostos essenciais para a
manuteno da vida e so classificados em gua, protenas, carboidratos,
gorduras, vitaminas e minerais.
Substncias nutritivas so aquelas necessrias ao organismo para que
este possa exibir todas as manifestaes vitais, bem como as necessrias
construo e reconstituio dos tecidos. Assim, torna-se indispensvel ao setor
de nutrio animal, Analisar primeiro Balancear depois, porque a qualidade
dos alimentos pode ser o fator determinante da rentabilidade da explorao.
A eficincia da converso dos alimentos em produto animal, inclusive em
termos de custos, depende de uma avaliao precisa deles, em relao sexigncias do animal e qualidade dos produtos a utilizar (capins, silagens,
fenos, resduos, farelos, gros, etc), obtidos na prpria fazenda ou adquiridos
no mercado.
As variaes encontradas nos teores nutricionais dos volumosos e
concentrados, notadamente nos farelos e resduos agroindustriais, como farelo
de algodo, farelo de soja, farelo de trigo e outros. Nos gros como milho,
sorgo, milheto, soja e etc, quando bem limpos e com boa granao,apresentam variaes de qualidade menores. Porm, a ocorrncia de
impurezas, de contaminaes e de perdas de qualidade no armazenamento,
como ataque de pragas e fermentaes, comum, especialmente nas partidas
de gros estocadas por muito tempo. Estas variaes comprometem a
qualidade das raes para a alimentao animal.
A prtica rotineira da anlise bromatologica antes de qualquer
formulao de raes, permite ao produtor e ao nutricionista desenvolver um
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padro de avaliao dos alimentos disponveis a cada poca, e ajustar
adequadamente as raes para a obteno dos resultados planejados.
2 COLHEITA E PREPARAO DE AMOSTRAS DESTINADAS AO
LABORATRIO
A colheita de amostras o ponto de partida para se obter uma anlise o
mais aproximadamente possvel da composio real do estoque de um
alimento. A colheita errada de amostras produzir informaes no
verdadeiras, portanto os mtodos analticos NUNCA iro corrigir o erro da
amostragem.
A AMOSTRAGEM a coleta representativa de um material a ser
analisado. Para uma amostragem tornar-se representativa devem-se
considerar os seguintes fatores:
Finalidade da inspeo: aceitao ou rejeio, avaliao da qualidade
mdia e determinao da uniformidade;
Natureza do lote: tamanho, diviso em sub-lotes e se est a granel ou
embalado;
Natureza do material em teste: sua homogeneidade, tamanho unitrio,
histria prvia e custo;
Natureza dos procedimentos de teste: significncia, procedimentos
destrutivos ou no destrutivos e tempo e custo de anlises.
A segunda operao o preparo da Amostra para anlise, portanto, dentro
do processo operativo temos a Coleta da Amostra Bruta e o Preparo da
Amostra para Anlise.
AMOSTRA definida como uma poro limitada do material tomada do
conjunto, do universo, selecionada de maneira a possuir as caractersticas
essenciais do conjunto.
Aps a Amostragem, deve-se homogenizar todo material para assegurar
que a amostra seja obtida com necessria condio de representatividade. A
amostra obtida atravs de incrementos recolhidos segundo critrios
adequados. A reunio dos incrementos forma a Amostra Bruta. A Amostra de
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Laboratrio o resultado da reduo da amostra bruta mediante operaes
conduzidas de maneira a garantir a continuidade da condio de
representatividade da amostra. A Amostra para Anlise uma poro menor
da amostra de laboratrio, suficientemente homogeneizada para poder ser
pesada e submetida anlise.
Em resumo, os aspectos fundamentais para a Amostragem so:
a) A amostra deve ser representativa da totalidade do alimento;
b) A amostra no deve causar prejuzo econmico significativo;
c) A parte da amostra a ser analisada numa anlise de contraprova deve
ser representativa da totalidade da amostra.
2.1 Colheita da amostras de Farelos, Farinhas, Raes e Gros
Quando o material a ser amostrado est embalado dever proceder-se
da seguinte maneira:
1. Embalagens com Peso Unitrio Menor do que 5 kg quando em
pequena quantidade, uma embalagem constitura em uma amostra
mdia. Porm, se for em grande quantidade coletar-se- amostras em
nmero de sacos equivalentes raiz quadrada do nmero de sacos do
lote, isto , 10 sacos de 100; 15 sacos de 225 e etc, ou ento 5% do
total ( as indstrias devem trabalhar com 5% do total de sacos quando
a produo for superior a 500 sacos).
2. Embalagens com Peso Unitrio Maior do que 5 kg quando o universo
for menor do que 5 unidades, devem-se colher amostras de todas
embalagens. E acima de 6 unidades, seguir as observaes doQuadro 1.
Quadro 1 Amostragem de grandes quantidades
Quantidade de sacos Nmero mnimo de sacos amostrados
De 6 a 100 6 a 10
De 101 a 200 10 a 25
De 201 a 2000 25 a 60
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Acima de 2001 60 ou mais sacos
Selecionar os sacos para amostragem de acordo com exposio dos
mesmos, razo de 40% dos mais expostos, 30% dos prximos menos
expostos, 20% dos seguintes e 10% da poro menos exposta do lote.
De cada saco a ser amostrado, retirar uma amostra a partir de um dos
cantos diagonalmente, para o centro do saco, por meio de um Calador. Repetir
a coleta a partir do outro canto do saco. Proceder assim com todos os sacos a
ser amostrado, coletar pelo menos 1 kg de amostra bruta.
3. Material Armazenado a Granel retirar no mnimo uma amostra mdia
para 5 toneladas, ou seja, amostra parcial por toneladas estocadas. As
amostras devero ser colhidas no momento da descarga. Procurar
amostrar todos os pontos
As amostras parciais devem ser reunidas para serem homogeneizadas.
Todas as amostras parciais tm que ser rigorosamente misturadas pois este
material representa o todo, em seguida, recolhe-se cerca de 1 kg que dever
ser colocada em um saco plstico (ou qualquer recipiente seco) bem fechado,
devidamente identificado, para ser remetido ao laboratrio.
INSTRUMENTO UTILIZADO PARA AMOSTRAGEM
CALADOR
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PONTOS DE COLHEITA DA AMOSTRA PARA SACARIA
Procure balanar bem os sacos para uniformizar o contedo;
Utilize o calador adequado a cada tipo de sacaria;
Os sacos escolhidos para amostragem devem ser utilizados os mais
rpidos possveis.
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PONTOS DE COLHEITA DE AMOSTRA A GRANEL
Tipo de carga Comprimento da Sonda (m)
Barcaas Graneleiras 3,65
Carro Caamba 3,04
Graneleiros 1,82
Caminhes 1,82
Fundo de caamba de caminho 2,50
SONDA DEPROFUNDIDADE
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PONTOS DE COLHEITA NA CARGA DE CAMINHES
Funil de descarga
Sonda na verticalSonda na posio inclinada
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2.2 Colheita de amostras de Feno
A amostra bruta dever ser obtida da raiz quadrada do nmero de fardos
do lote, no mnimo, como exemplo: 30 fardos de um lote de 900 fardos.
Os fardos devero ser retirados de diferentes pontos do local de
armazenamento. Os mesmos devero ser desamarrados, a camada superficial
dever ser rejeitada e colhidas amostras do centro de cada fardo.
As colheitas de amostras de fenos so mais difceis, pois o produto
apresenta variaes de acordo com a capacidade de reteno de folhas da
planta. Feno de leguminosas tendem ter maiores perdas de folhas que os de
gramneas, logo o cuidado na coleta de amostra deve ser maior, quando for
fazer o desmanche do fardo deve-se observar se as folhas esto presas s
hastes das plantas enfardadas.
O peso da amostra remetida ao laboratrio pode variar de 1 a 3 kg e
estar acondicionada em saco plstico seco e limpo, bem vedado e identificado.
A identificao dever conter qual espcie, quanto tempo de armazenamento e
como o local de armazenagem, a tcnica empregada na elaborao do feno.
2.3 Colheita de amostras de Pastagens
a. Amostragem da parte area pelo mtodo do quadrado:
Este mtodo aplicado para reas de pastejo, fenao ou ensilagem,
quando se quer saber tanto sobre a produtividade da rea como o valor
nutricional da forragem.Deve-se usar um quadrado de alumnio, ferro ou madeira de 1m x 1m
para reas grandes e tambm se pode usar quadrado de 0,5m x 0,5m para
reas menores, como exemplo piquetes divididos para pastejo rotacionado,
para ambas reas deve-se colher de 10 a 12 pontos/ha.
Visualize um esquema da rea escolhida, traar retas imaginrias em
zig-zag e, cortam-se todas as plantas com a base radicular dentro do quadrado
na altura recomendada para pastejo. Deve-se ser cortada at as plantas
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invasoras, podendo ser retiradas aquela que com certeza os animais no
estejam consumindo.
As plantas de porte baixo devem ser colocadas em saco plstico limpo e
seco devidamente identificada, as de maior porte so removidas inteiras e
pode-se pass-las por um picador de forragem ou cortadas em partes menores
para serem acondicionadas em sacos plsticos.
Para identificao da produtividade por rea deve-se fazer a pesagem
imediatamente aps a colheita, para a avaliao do valor nutricional deve-se
colocar em caixa de isopor bem fechada identificada e levar o mais rpido
possvel ao laboratrio. Caso no seja possvel levar as amostras rapidamente
para o laboratrio, as mesmas podero ser secas ao ar livre ou ento
congeladas. So necessrios cerca de 3 kg de forragem verde.
b. Amostragem de partes que o animal est consumindo:
Para pesquisas cientficas comum usar animais com fstulas
esofageana ou ruminal, mas este mtodo tambm pode ser utilizado para
avaliar o valor nutricional da gramnea pastejada pelo animal.
Deve-se observar um animal pastejando avaliando a quantidade de
gramnea por bocado e as partes da planta colhida pelo animal, assim, com as
mos, colher amostras em diversos pontos da rea, simulando o pastejo
observado.
As amostras coletadas devem ser enviadas imediatamente ao
laboratrio para serem submetidas a pr-secagem.
2.4 Amostragem de Capineiras Capim ou Cana-de-acar ou
Leguminosa
A Amostra de laboratrio deve representar a extenso de toda rea.
Logo, a amostragem deve ser realizada coletando-se 1 m linear de algumas
linhas de plantio, em zig-zag por toda rea plantada, corta-se rente ao solo a
planta para formar a amostra bruta.
A forrageira coletada deve ser passada por um triturador ou picador de
forragens, toda parte da planta (caule, folhas e folhas secas) tem que serpicada. Uma vez muito bem homogeneizada, so necessrios de 1 a 3 kg de
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forragem verde para formar a Amostra de laboratrio. Esta deve ser congelada
por no mnimo 12 horas e encaminhada ao Laboratrio em uma caixa de
isopor, devidamente identificada.
2.5 Colheita de Amostras de Silagens
Colher amostras corretamente da silagem dentro de um silo o primeiro
e o mais importante passo do processo que nos levar a correta interpretao
da qualidade nutricional desta silagem. Somente atravs de um criterioso
procedimento de amostragem poder-se- ter certeza que os resultados
analticos realmente refletem a composio nutricional da amostra e que, neste
caso, estes resultados possam ser utilizados co segurana no balanceamento
das dietas dos animais.
Na prtica, o que realmente predomina a amostragem que visa
conhecer o contedo do silo como um todo, j que ser o que realmente
representar a realidade do fornecimento dirio. A colheita deve ser feita
diretamente no silo, coletando de 12 a 20 sub amostras por silo. Amostrar com
pelo menos 10 cm de profundidade em relao a face do silo, desconsiderando
as amostragem das bordas superior, inferior e laterais. Misturar vigorosamente
todas as sub amostras, retirar uma amostra entre 1 a 3 kg e coloc-la em saco
plstico limpo e seco, procurar retirar o ar contido no saco, fechar muito bem o
saco plstico para conservar as caractersticas originais da silagem,
principalmente a umidade e, fazer as devidas identificaes do material.
A utilizao de mini-silos pode ser providencial para facilidade prtica na
obteno do valor nutricional da silagem que ser oferecida aos animais. Os
nimi-silos podem ser feitos com tubos de PVC composto por tampas queproporcionam uma excelente vedao. Este deve ser preenchido com o mesmo
material ensilado, passando por todos processos de ensilagem: a
compactao, a vedao e a fermentao. Os mini-silos apresentam como
vantagem a obteno do valor nutricional da silagem antes da abertura do silo,
podendo assim programar-se com antecipao o balanceamento da dieta, e
como ponto negativo, a compactao realizada nos mini-silos mais favorvel
a uma perfeita fermentao quando comparado com silos de grande extenso.
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As amostras coletadas diretamente nos silos devem ser congeladas porno mnimo 24 horas e ento enviadas em caixa de isopor ao laboratrio. A
utilizao de gelo exige maior cuidado com o material do saco plstico e com a
vedao que contm a silagem.
2.6 Coleta de Amostras de Fezes
Nos ensaios de digestibilidade e de balano nutricional, a colheita de
fezes para anlise muito importante, a fim de se deduzir seus componentes,
da anlise do alimento teste.
Aps serem pesadas, diariamente, as fezes produzidas, devem ser
vigorosamente misturadas e retirada uma amostra de 1 a 5% para cada dia deamostragem. conveniente que seja retirada cada dia a mesma alquota no
mesmo horrio. As alquotas dos dias de colheita so guardadas em
recipientes de plstico tampados, identificados e armazenado em congelador.
Depois que passar todo o perodo de colheita, as alquotas devem ser
homogeneizadas em uma bandeja inoxidvel ou plstica. Para manter os
contedos dos alimentos eliminados, as fezes devem ser mantidas congeladas.
Tambm pode-se estar preservando as amostras com clorofrmio, cido
sulfrico, cido clordrico, tolueno ou formaldedo.
2.7 Coleta de Amostras de Urina
Colher a cada dia uma alquota em peso ou volume, cerca de 10%,
guardar em recipiente de vidro ou de plstico limpo, ter o cuidado de no
encher demais o frasco e conservar a 1 oC.
Ao fim do perodo de coleta, misturar vigorosamente todo a urina colhida
e retirar uma amostra de 250 ml para realizao das anlises. A conservao
das amostras devem ser a uma temperatura de 1 oC ou acrescentado
clorofrmio, cido sulfrico ou cido clordrico.
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3 PREPARO DE AMOSTRAS PARA ANLISE
A preparao de uma amostra para os procedimentos analticos um
processo que converte uma amostra em um material homognea, satisfatria
para este procedimento, isto , a anlise. Este processo geralmente envolve
secagem e moagem:
a) Secagem prvia, pr secagem ou 1 Matria Seca :
empregada geralmente no preparo de amostras com elevado teor de
umidade (menos de 90% de MS). realizada a uma temperatura de 45
a 65 oC em estufa de ventilao forada de ar por 72 horas. A pr-
secagem pode ser efetuada tambm por forno de microondas.
b) Triturao prvia :
s vezes, o material remetido ao laboratrio deve sofrer primeiramente,
uma triturao grosseira antes de se iniciar as anlises. Assim se deve
proceder com gros e sementes, alguns farelos, fenos e forragens pr-
secas.
c) Moagem final :
feita aps a secagem e triturao prvia. Esta moagem consiste em
moer as amostras de modo que se obtenha um p bastante fino, usando
moinhos de faca ou ciclones dotados de peneira de 1 mm. Amostras de
alimentos que apresentam baixo teor de umidade (mais de 90% de MS),
podem sofrer a moagem final diretamente.
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3.1 Esquema de Preparo de Amostras de Alimentos para Anlises
Qumicas
Amostras com mais de 80% Amostras com menos de 80%
de Matria Seca (MS) de Matria Seca (MS)
Moer usando peneira de 1mm Determinar a % de MS
parcial em de malha Estufa de Ventilao
Forada de Ar ( 45 a 65 oC )
Determinar a MS a
105 oC Moer usando peneira de 1 mm de malha
Analisar quimicamente Determinar a
MS as amostras a 105 oC
Analisar quimicamente as mostras
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4 PESAGEM DE AMOSTRAS PARA ANLISE
As pesagens de amostras para anlises devem ser feitas em balanas
analticas de sensibilidade de 0,1 mg, ou seja, quatro decimais quando a
umidade dada em gramas.
H duas maneiras de se usar a balana para se obter a amostra para
anlise:
a. Processo Direto: neste mtodo tara-se primeiramente um pedao de
papel impermevel ou recipiente inoxidvel ou de alumnio prprio para
tal finalidade. A tara obtida acrescenta-se o peso desejado (da balana)
e coloca-se o material at atingir a soma do conjunto.
Exemplo: Tara do papel impermevel 0,8945 g
Peso desejado do material 1,0000 g
Total 1,8945 g
Obtm-se assim, diretamente no papel impermevel ou no recipiente
prprio, exatamente o peso da amostra desejado. Geralmente este processo
usado para amostras secas como farelos, raes e etc.
b. Processo Indireto ou Por Diferena : usa-se um pesa-filtro contendo o
material do qual vai se tirar amostras para anlise e uma pequena
concha ou colher. O pesa-filtro deve ser mantido fechado para evitar que
o contedo adquira ou perca umidade. Obtm-se peso total do conjunto.Tira-se uma poro prvia suficiente e torna-se a determinar peso do
conjunto. A diferena entre as pesagens corresponde ao peso da
amostra retirada do peso-filtro. especialmente recomendado para
amostras muito midas, muito secas ou higroscpicas.
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5 ANLISES QUMICAS
O mtodo usado para as anlises que se fazem normalmente o
chamado Weende. Por esse mtodo que se tem a anlise proximal dos
alimentos desde 1864. As analises clssicas comumente feitas visam obter
informaes sobre os seguintes componentes dos alimentos:
A. MATRIA SECA (MS) : representa o peso do material analisado
totalmente livre de gua, extrada num processo de secagem. um
dado de extrema importncia, principalmente quando obtido de
alimentos volumosos, que normalmente apresentam umidade varivel.
Os valores de matria seca facilitam a comparao qualitativa dos
diversos nutrientes, entre diferentes alimentos. A composio dos
alimentos em tabelas, o clculo das necessidades dos animais e o
consumo de alimentos so expressos em termos de matria seca.
B. PROTENA BRUTA (PB) : o requerimento protico, assim como o
energtico, de fundamental importncia para a produo animal, a sua
deficincia tem interferncia direta na produtividade animal. A protena
normalmente suplementada atravs dos concentrados. Portanto, para
que ocorra uma suplementao adequada de um balanceamento correto
da dieta, torna-se necessrio o conhecimento do real valor nutritivo.
Com base no fato de as protenas terem porcentagem de nitrognio
quase constante, em torno de 16%, o que se faz determinar o
nitrognio, e por meio de um fator de converso, transformar o resultado
em protena bruta.C. FIBRA BRUTA (FB) : a metodologia de avaliar as percentagens de
fibra que contem os alimentos, principalmente os volumosos. Este valor
esta relacionado com a idade da forragem, pois quanto maior a
percentagem de fibra bruta, menor a qualidade da forragem, podendo
limitar o consumo da matria seca. A fibra bruta representa as fraes
dos carboidratos ramificados que contem os vegetais, a celulose e a
lignina.
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D. EXTRATO ETREO (EE) : determina a percentagem de gordura dos
alimentos, sendo til para quantificar a energia. Os alimentos com altos
teores de gorduras tm altos valores de NDT (Nutrientes Digestveis
Totais), pelo fato das gorduras fornecerem 2,25 vezes mais energia
quando comparadas aos carboidratos e protenas. Gorduras, leos,
pigmentos e outras substncias gordurosas solveis contidas na
amostra de alimento so dissolvidas atravs da extrao com ter, o
resduo resultante a gordura bruta do alimento analisado.
E. MATERIA MINERAL (MM) : utilizada para estimar a frao bruta de
minerais do alimento e tambm para verificar contaminaes na
amostra, atravs de compostos que no fazem parte da frao nutritiva
do alimento (solo, metais e etc). As cinzas, ou matria mineral, nos
alimentos contem fraes dos seguintes ctions: clcio, potssio, sdio,
magnsio, ferro, cobre, cobalto e alumnio; e os nions: sulfato, cloreto,
silicato, fosfato.
F. EXTRATIVOS NO NITROGENADOS (ENN) : um valor calculado a
partir da soma de PB, FB, EE e MM, expressos em termos de MS e
subtrado de 100. Representa os carboidratos de mais fcil digesto,
como os acares e o amido.
G. NUTRIENTES DIGESTVEIS TOTAIS (NDT) : expressa o valor
energtico dos alimentos. Seus valores so obtidos atravs de frmulas
que baseiam-se na anlise bromatolgica dos alimentos. Os valores de
FB e MM afetam de forma negativo os valores de NDT e os valores de
PB, EE e ENN contribuem para aumentar os valores de NDT.
Estimativa de NDT em funo da anlise bromatolgica:
I. Fenos, palhas e resduos fibrosos secos:
NDT= - 17,2649 + 1,2120PB + 0,8352ENN + 2,4637EE + 0,4475FB
II. Pastagens e forragens frescas:
NDT= - 21,7656 + 1,4284PB + 1,0277ENN + 1,2321EE + 0,4867 FB
III. Silagens e volumosos:
NDT= - 21,9391 + 1,0538PB + 0,9738ENN + 3,0016EE + 0,4590 FB
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IV. Alimentos energticos < 20%PB e < 18% FB:
NDT= 40,2625 + 0,1969PB + 0,4828ENN + 1,903EE 0,1379 FB
V. Alimentos proticos >20% PB:
NDT= 40,3217 + 0,5398PB + 0,4448ENN + 1,4223EE 0,7007 FB
5.1 Mtodo de Van Soest
A metodologia de anlise proposta por Van Soest (1965) baseado na
separao das diversas fraes de fibras constituintes das forrageiras, por
meio de reagentes especficos, denominados detergentes.
Por meio do detergente neutro possvel separar o contedo celular
formado principalmente, de protenas, gorduras, carboidratos solveis, pectina
e outros constituintes solveis em gua da parede celular, denominada Fibra
em detergente Neutro (FDN) que constituda por celulose, hemicelulose,
lignina e protena danificada pelo calor e minerais.
Outro detergente especfico, o detergente cido, solubiliza o contedo
celular, a hemicelulose e os minerais solveis alm da maior parte das
protenas insolveis, obtendo um resduo denominado de Fibra em Detergente
cido (FDA), constituda, em quase sua totalidade de celulose e lignina,
protenas danificadas pelo calor e minerais insolveis.
Como a Lignina a frao de carboidrato com maior nmero de
carbonos, tornando-a indigervel no tratogastrointestinal dos animais, o
conhecimento de sua percentagem torna-se importante para a avaliao da
digestibilidade da forragem, logo para sua determinao deve-se acrescentarao resduo do FDA, cido sulfrico a 72% e pergamanto de potssio para
solubiliz-la.
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6 TCNICAS LABORATORIAIS
6.1 PRINCPIOS GERAIS DE TCNICAS DE LABORATRIO
a) OBRIGATRIO O USO DE JALECO EM QUALQUER ATIVIDADE
REALIZADA DENTRO DO LABORATRIO DE NUTRIO ANIMAL;
b) Antes de retirar de um frasco uma soluo qualquer, agita-lo para homogenizar
seu contedo, caso no tenha indicao contrria;
c) Nunca pipetar as solues diretamente dos fracos, exceto se tiver absoluta
certeza do estado de limpeza da pipeta, ou em casos especiais de reativos
facilmente alterveis;
d) No gastar solues inutilmente. Retirar a quantidade de que v necessitar;
e) Para medir solues txicas ou corrosivas, obturar com um pouco de algodo a
extremidade superior da pipeta.Colocar uma pra, o mais seguro;
f) Nunca recolocar nos frascos restos das solues que deles foram retiradas;
g) Colocar uma quantidade de lquido inferior metade da capacidade do tubo deensaio, quando deve ser submetido a aquecimento ou ebulio, em caso
contrrio haver perigo de projeo. Segurar o tubo com pina, e nunca manter a
sua boca dirigida a seu rosto ou de seu colega;
h) Utilizar sempre a Capela, para operaes que desprendem gases txicos,
irritantes ou dotados de cheiro desagradvel;
i) Quando trabalhar com inflamveis, evitar a proximidade de chama;
j) Se um solvente contido em um frasco se inflamar acidentalmente, no se
precipite. Cubra a boca do frasco com material no inflamvel (pano molhado,vidro de relgio, copo, placa, etc)
k) Em qualquer trabalho prtico, seguir rigorosamente as indicaes da tcnica, e
caso tenha dvida, procure esclarecimentos antes de iniciar o trabalho;
l) Tenha sempre um caderno apropriado para os clculos e anotaes, pois folhas
avulsas geralmente se extraviam;
m) Leia completamente o roteiro antes de iniciar as anlises para evitar enganos.
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1) Pr-secagem, Matria Seca parcial ou 1 MS
Em geral, necessria quando a amostra possui alto teor de umidade
ou baixo teor de matria seca, como exemplo as forrageiras, silagens, fezes,
etc. Normalmente, feito em temperatura entre 55 a 65 oC para evitar perda
por volatilizao ou alteraes de outros nutrientes, principalmente compostos
nitrogenados.
A pr-secagem deve ser feita de preferncia em estufa com circulao
forada de ar. O tempo de pr-secagem varivel, em mdia trs dias (72horas), dependendo da umidade e da carga que se coloca na estufa, ou seja, o
tempo suficiente para que a amostra apresente consistncia quebradia,
permitindo moagem perfeita. A perda dgua que se verifica na pr-secagem
tem que ser computada no clculo da umidade total, portanto, a amostra antes
de ser colocada na estufa deve ser pesada em balana adequada, com
preciso de 0,1 g, e para isso coloca-se a amostra em um recipiente prprio,
limpo e seco, comumente denominado de tara. Recomenda-se o uso de
recipientes que facilitem a circulao do ar e favorea a rpida secagem.
Ao trmino de 2 a 3 dias, retira-se o material da estufa deixando-o esfriar
sobre balces ou mesas de laboratrio durante cerca de uma hora, ou seja, at
que a amostra entre em equilbrio com a umidade do ar, fazendo-se a seguir a
pesagem (no pesar se estiver chovendo ou com umidade relativa do ar muito
alta).
Aps estas operaes obtemos a Matria Seca ao Ar (ASA). Para cada
amostra, devem-se fazer pelo menos, duas determinaes paralelamente. A
seguir faz-se a moagem final, guardando a amostra em recipientes limpos,
secos, fechados e identificados, para as anlises subseqentes.
A ocorrncia de compostos volteis, como a amnia, encontrada em
silagens e cama de frango, exige cuidados especiais, durante a secagem da
amostra, a pr-secagem no dever ser superior a 55 oC e, em muitos casos, as
determinaes devem ser feitas na forragem natural.
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Equipamentos :
Bandeja inoxidvel ou de alumnio, sacos de papel ou embalagens de
alumnio;
Balana com preciso de 0,1 g;
Estufa de ventilao forada de ar.
Marcha Analtica :
Numerar e pesar uma bandeja inoxidvel ou de alumnio, saco de papel
ou embalagens de alumnio
Homogeneizar a amostra em um recipiente grande, limpo e seco;
Retirar uma quantidade significativa da amostra e colocar na bandeja,
pesar e anotar o peso;
Levar para estufa com ventilao forada de ar por 48 a 72 horas;
Retirar da estufa e deixar esfriar em temperatura ambiente;
Pesar e anotar o peso.
Clculo :
Peso bandeja aps estufa Peso bandeja vazia%MS (ASA) = ----------------------------------------------------------------------- x 100
Peso bandeja com amostra Peso bandeja vazia
2) Pr-secagem, Matria Seca parcial em Forno Microondas :
Atualmente a determinao de matria seca de alimentos com alta
umidade realizada pelo mtodo convencional, que o da estufa de ventilao
forada de ar. Apesar de preciso este mtodo apresenta desvantagem do
tempo, de at 72 horas, para se obter o resultado da MS. A obteno rpida da
MS com o mtodo da pr-secagem em Forno Microondas, tem como vantagem
economia de tempo e de energia, tornando-se possvel a deciso de rpidas
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prticas de manejo e utilizao da forrageira em questo, principalmente para
fenao e silagem.
As desvantagens do uso do Microondas esto nas altas temperaturas
que as amostras atingem, danificando sua estrutura. Por este motivo,
necessrio colocar um bquer de 300 a 400 ml, contendo gua no interior do
microondas, para que a gua absorva os megatrons da execessiva radiao
refletida durante o processo de pr-secagem.
As amostras devem ser preparadas de acordo com o tamanho interno do
microondas, se necessrio for deve-se cort-las em partculas menores. O
Microondas deve ser ligado em sua potncia mxima de aquecimento.
Deve-se dividir a amostra de laboratrios e fazer a pr-secagem em
vrias repeties. Os intervalos de tempo dever ser de 5 minutos
primeiramente, espera-se a amostra esfriar em temperatura ambiente e depois
pes-la, retorna-se ao microondas num intervalo de 3 minutos, depois de 2
minutos e posteriormente com 1 minuto, este tempo deve ser repetido at que
a amostra obtenha peso constante.
Equipamentos :
Bandeja do tamanho e de material adequado a forno microondas;
Balana com preciso de 0,1 g;
Forno de Microondas.
Marcha analtica:
Pesar a bandeja a ser utilizada;
Homogeneizar a mostra de acordo com o volume do microondas;
Pesar a quantidade de amostra verde e anotar o peso; Fazer a seqncia de intervalo de tempo de pr-secagem, 5 minutos,
3, 2 e 1 minutos ate atingir ps constante;
Deixar a amostra esfriar em temperatura ambiente a cada intervalo e
fazer a pesagem;
Trocar ou completar o bquer com gua em cada intervalo de
aquecimento;
Fazer a somatria de peso verde e ps pr-seco a cada intervalo.
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Clculo :
Somatria do peso seco% MS (ASA) = ----------------------------------------- x 100
Somatria do peso verde
3) Matria Seca a 105 oC ou 2 MS
Usada para amostras que foram submetidas pr-secagem ou para
amostras que contem mais de 80% de matria seca, como raes fareladas,
gros de cereais e etc. A perda de peso representa a umidade bruta, ou seja,
todos os compostos volteis temperatura de 105 oC.
Certas raes ricas em gordura podem aumentar de peso, durante uma
secagem demorada, uma vez que poder haver fixao do oxignio, durante o
processo. Em tais casos, torna-se necessrio usar processos especiais de
secagem. As silagens e outras forragens submetidas fermentao podem
sofrer perdas de determinadas substncias, durante a secagem, cidos
orgnicos e amonacos como por exemplo. Neste caso, o mais prtico a
determinao da MS por secagem a vcuo.
Equipamentos :
Estufa a 105 oC ;
Garra tenaz;
Balana analtica com preciso de 0,0001 g; Dessecador
Cadinho de porcelana ou recipiente adequado (pesa-filtro ou
forminha de alumnio).
Marcha analtica :
Retirar o cadinho de porcelana ou o recipiente adequado da estufa a 105o
C, identifica-lo, transferir para o dessecador, esfriar + ou 30 minutos,pesar e anotar;
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Adicionar ao cadinho 2 g da amostra;
Levar a estufa a 105 oC por 12 horas;
Retirar o cadinho com amostra da estufa transferi-lo ao dessecador por
30 minutos, pesar e anotar.
Clculo :
Peso do cadinho aps estufa Peso cadinho vazio% MS (ASE) = ------------------------------------------------------------------------ x 100
Peso cadinho com amostra Peso cadinho vazio
4) Matria Mineral (MM) :
Cinza ou Resduo Mineral o produto que se obtm aps o aquecimentode uma amostra a uma temperatura de 600 oC, durante quatro horas ou at a
combusto total da matria orgnica.
A determinao da cinza fornece apenas uma indicao da riqueza da
amostra em elementos minerais, quando se trata de produtos vegetais
(forragens, raes, cereais, etc).
A determinao da matria mineral ou cinzas feita muitas vezes
apenas para se conhecer os extrativos no nitrogenados (ENN) e/ou a matria
orgnica (MO) de determinada amostra de alimento, sem a preocupao do
teor de minerais.
Equipamentos :
Cadinho de porcelana;
Garra tenaz;
Balana analtica com preciso de 0,0001 g;
Dessecado;
Forno Mufla.
Marcha analtica :
Retirar o cadinho de porcelana da estufa a 105 oC, transferi-lo para o
dessecador, esfriar por 30 minutos, pesar e anotar;
Adicionar 2 g da amostra;
Levar em Forno Mufla por 4 horas nas temperaturas:
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1 hora a 200 oC
+ 1 hora a 400 oC
+ 2 horas a 600 oC
Desligar o foro mufla e deixar a temperatura abaixar para 100 oC
Retirar o cadinho com cinzas e coloc-lo no dessecador por 30 a 40
minutos, pesar e anotar.
Clculo :
Peso cadinho aps mufla peso cadinho vazio% MM = ------------------------------------------------------------------- x 100
Peso cadinho com amostra peso cadinho vazio
5) Extrato Etreo (EE) :
As gorduras ou lipdios so substncias insolveis em gua, mas solveis
no ter clorofrmio, benzeno e em outros solventes orgnicos chamados de
extratores. O grupo inclui as gorduras e muitos outros compostos intimamente
ligados ou associados, como fosfatdeos, esteris (colesterol), clorofila, leos
volteis, resina, pigmentos, etc.
O ter usado no processo aquecido at tornar-se voltil e, ao
condensar-se, circula sobre a amostra em anlise arrastando toda a frao
gordurosa e demais substncias solveis em ter. Este recuperado em outro
recipiente, enquanto a gordura extrada calculada por diferena de pesagens.
Equipamentos :
Extrator tipo Goldfish
Tubo extrator de vidro borosilicato
Cartucho extrator de celulose
Balana analtica com preciso 0,0001 g
Dessecador
Pina
Estufa a 105 oC
Marca Analtica :
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Retirar o tubo extrator rebolo da estufa a 105 oC e lev-lo ao
dessecador por 30 minutos, pesar e anotar;
Pesar 3 g da amostra em um cartucho extrator de celulose
Adicionar 100 ml de ter de petrleo ao rebolo
Extrair em aparelho tipo Goldfish por 4 horas, em uma temperatura de
60 oC;
Recuperar o ter utilizado na extrao
Levar o rebolo com o produto da extrao para estufa a 105 oC por 12
horas
Retirar da estufa, levar ao dessecador por 30 minutos, pesar e anotar.
Clculo :
Peso do balo com extrato Peso balo vazio% EE = ------------------------------------------------------------------ x 100
Peso da amostra
6) Fibra em Detergente Neutro (FDN)
Por meio do tratamento da amostra com uma soluo de detergente
neutro, possvel separar o contedo celular constitudo, principalmente, de
protenas, gorduras, carboidratos solveis, pectinas e outros constituintes
solveis em gua, da parede celular, tambm chamada de Fibra em
Detergente Neutro (FDN) que constituda, basicamente, de celulose,
hemicelulose, lignina e protena lignificada.
Equipamentos : Aparelho digestor de fibras
Balana analtica com preciso de 0,0001 g
Cadinho de Gooch
Bomba a vcuo
Dessecador
Estufa a 105 oC
Marcha Analtica :
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Pesar 1 g da amostra e transferi-la para o vidro adaptado ao aparelho
digestor de fibras;
Adicionar 100 ml de soluo digestora de FDN e 30 mg de sulfito de
sdio anidro;
Levar ao aparelho por 1 hora aps o incio da ebulio;
Tirar o cadinho de Gooch da estufa a 105 oC, coloca-lo no dessecador
por 30 minutos, pesar e anotar;
Filtrar o resduo com auxlio da bomba vcuo e 100 ml de gua quente;
Lavar o resduo com 50 ml de Acetona
Levar o cadinho para estufa a 105 oC por 12 horas;
Retirar o cadinho da estufa, lev-lo ao dessecador por 30 minutos, pesar
e anotar.
Clculo :
Peso do cadinho com amostra Peso cadinho Vazio% FDN = -------------------------------------------------------------------------- x 100
Peso da amostra
7) Fibra em Detergente cido (FDA)
A amostra tratada com um detergente cido especfico, a fim de
solubilizar o contedo celular e a hemicelulose, alm de maior parte da
protena insolvel, obtendo o resduo insolvel no detergente cido,
denominado de Fibra em Detergente cido (FDA), constituda em sua
totalidade de lignina e celulose, a lignocelulose.
Equipamentos :
Aparelho digestor de fibras
Balana analtica com preciso de 0,0001 g
Cadinho de Gooch
Bomba a vcuo
Dessecador
Estufa a 105 oC
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Marcha Analtica :
Pesar 1 g da amostra e transferi-la para o vidro adaptado ao aparelho
digestor de fibras;
Adicionar 100 ml de soluo digestora de FDA;
Levar ao aparelho por 1 hora aps o incio da ebulio;
Tirar o cadinho de Gooch da estufa a 105 oC, coloc-lo no dessecador
por 30 minutos, pesar e anotar;
Filtrar o resduo com auxlio da bomba vcuo e 100 ml de gua quente;
Lavar o resduo com 50 ml de Acetona
Levar o cadinho para estufa a 105 oC por 12 horas;
Retirar o cadinho da estufa, lev-lo ao dessecador por 30 minutos, pesar
e anotar.
Clculo :
Peso do cadinho com amostra Peso cadinho Vazio% FDA = -------------------------------------------------------------------------- x 100
Peso da amostra
8) Determinao da Lignina
A partir do resduo obtido pela extrao da fibra em detergente cido (FDA),
determina-se a Lignina pela adio de cido sulfrico a 72% ou permaganato
de potssio. A lignina calculada por diferena de peso aps estes
tratamentos, enquanto a celulose e a cinza insolvel so determinadas pela
perda de peso aps a queima na mufla.
Equipamentos :
Bandeja de vidro, tipo marinex;
Bastes de vidro
Estufa a 105 oC
Marcha Analtica :
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Colocar os cadinho com resduo de FDA em uma bandeja de vidro com
gua destilada;
Adicionar aos poucos 30 ml de cido sulfrico a 72% ou soluo de
permaganato de potssio;
Com o basto de vidro, misture o contedo com o reagente e vai
acrescentando o reagente aos poucos e deixa filtrar devagar;
Lave os cadinhos com gua quente at a retirada total do cido;
Secar os cadinhos em estufa a 105 oC por 12 horas;
Transferi-los ao dessecador por 30 minutos, pese e anote;
Coloque os cadinhos na mufla a 500 oC por trs horas transfira-os para a
estufa a 105 oC por 12 horas;
Coloque-os no dessecador por 30 minutos, pese e anote para o clculo
da celulose.
9) Determinao do Nitrognio Total pelo Mtodo MicroKjeldahl
O mtodo Kjeldahl o mtodo padro de determinao de nitrognio. Ele
consiste em trs passos bsicos: 1 Digesto da amostra em cido sulfrico
com um catalizador que resulta em converso do nitrognio em amnia; 2
Destilao da amnia em uma soluo receptora; 3 Quantificao da amnia
por titulao com soluo padro.
As protenas e outros compostos nitrogenados so decompostos na
presena de cido sulfrico concentrado, a quente, com produo de sulfato de
amnia. O sulfato de potssio ou de sdio adicionado, a fim de aumentar o
ponto de ebulio do cido sulfrico, apressando a digesto. Outro compostocom sulfato de cobre, selenito, etc, tambm ajudam, durante a digesto da
matria orgnica.
O sulfato de amnio resultante, na presena da soluo concentrada de
hidrxido de sdio, libera NH3 que recebido na soluo de cido brico. A
amnia, na soluo de cido brico, titulada com cido clordrico de ttulo
conhecido e, assim, determina-se o teor de nitrognio total da amostra. Para o
clculo da Protena Bruta (PB), basta multiplicar o resultado pelo fator 6,25.
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Equipamentos :
Balana analtica com preciso de 0,0001 g
Tubo digestor
Proveta de 15 ml
Esptula
Bloco Digestor
Capela de Exausto
Destilador MicroKjedahl
Erlenmeyar de 125 ml
Bureta de 50 ml
Agitador magntico
Marcha Analtica :
Pesar 0,25 g da amostra e transferir para tubo de digesto de protena
limpo e seco;
Adicionar 10 ml de soluo digestora;
Levar ao Bloco Digestor em Capela por:
1 hora a 100 oC
mais 1 hora a 180 oC
mais 1 hora a 250 oC
mais 1 hora a 360 oC
Deixar esfriar e colocar 15 ml de gua destilada no tubo digestor;
Fazer a destilao da amnia;
Completar o volume de gua da caldeira;
Ligar a gua do condensador;
Aquecer a gua da caldeira; Completar a soluo de hidrxido de sdio no destilador;
Acoplar o tubo digestor ao destilador;
Colocar o erlenmayer com 25 ml de cido brico na sada do
destilador;
Adicionar ao tubo digestor 25 ml de hidrxido de sdio a soluo;
Ligar o destilador;
O final da destilao ocorre quando passar da cor rsea para verde ouquando o volume estiver em 50 ml
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Fazer a tiluo com cido clordrico 0,1 N e anotar o volume do cido
gasto.
Clculo :
Volume de cido gasto x N x FC x 0,014 x 6,25%PB = ------------------------------------------------------------------------- x 100
Peso da amostra
N = Normalidade
FC = Fator de correo do cido clordrico
10) pH
Equipamentos :
pH-metro
Becker de 600 ml
Balana com preciso de 0,01 g
Proveta de 100 ml
Marcha Analtica :
Pesar 100 g da amostra verde no Becker
Adicionar 100 ml de gua destilada
Deixar de repouso por 30 minutos
Fazer a leitura e anotaes.
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7 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ANFAR (Associao Nacional dos Fabricantes de Raes). Mtodos analticos
de controle de alimentos para uso animal. So Paulo:ANFAR, 1992.
BUTOLO,J.E. Anlise de alimentos. Jaboticabal:FCAV-UNESP, 1994.
PEREIRA, J.R.A.; JUNIOR, P.R. Manual prtico de avaliao nutricional de
alimentos. Piracicaba:FEALQ, 1998.
SILVA, D.J.; QUEIROZ, A.C. Anlise de alimentos Mtodos qumicos e
biolgicos. 3 ed. Viosa:UFV, 2002.