Apostila de Cabeleireiro Masculino - Barbeiro Profissional

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Curso de Cabeleireiro Masculino – Barbeiro Profissional – Exattus Escola de Profissões Página 1 Como surgiu a profissão de Cabeleireiro A profissão de cabeleireiro é uma das mais antigas da humanidade. Achados arqueológicos, como pentes e navalhas feitos em pedra, mostram que a preocupação com as madeixas vem da pré-história. Contudo, foi no Egito, há aproximadamente cinco mil anos, que a arte de cuidar dos cabelos chegou ao ápice. Foi nessa época que surgiram perucas sofisticadas, as quais mostravam a habilidade dos cabeleireiros, que gozavam de grande prestígio na corte dos faraós. O arsenal empregado nesses cuidados (escovas, tesouras, loções de tratamento, etc.) era guardado em caixas especiais, luxuosamente decoradas. Embora a partir de 3.000 a.C., as cabeças raspadas e lisas e os corpos sem pêlos tenham passado a ser sinais de nobreza no Egito, a moda exigia que homens e mulheres usassem perucas de cabelo humano ou de lã de carneiro. As barbas postiças eram populares entre os homens. A tintura azul- escuro era usada para conseguir a cor preta (predileta) das perucas e barbas e a henna, um pó feito das folhas da alfena egípcia, dava um tom vermelho-alaranjado aos cabelos e unhas. Você sabia que foram os gregos que criaram os primeiros salões de cabeleireiro (koureia), em Atenas, construídos sobre a praça pública, os Kosmetes ou "Embelezadores de Cabelo", escravos especiais, circulavam soberanos. Os escravos cuidavam dos homens e as escravas das mulheres. Vemos que os cabelos, em particular, tiveram o privilégio de um espaço próprio. No século II AC, na Grécia antiga, para encontrar um verdadeiro penteado requintado era conveniente dar asas à imaginação e ir até ao topo do Olimpo: espaço reservado aos deuses e deusas. Os penteados ostentavam algumas sobriedades e fantasias, prevalecendo os cabelos louros, frisados, com caracóis estreitos e discretos, com franjas em espiral. Conversas sobre política, esportes e eventos sociais eram mantidas por filósofos, escritores, poetas e políticos, enquanto estes eram barbeados, faziam ondas nos cabelos, manicure, pedicure e recebiam massagens. Os cabelos eram principalmente espessos e escuros e eram usados longos e ondulados. É nos afrescos de Creta que o rabo-de-cavalo usado pelas mulheres aparece pela primeira vez. Os cabelos loiros eram raros e admirados pelos gregos e ambos os sexos tentavam descolorir seus cabelos com infusões de flores amarelas. As barbas, verdadeiras e falsas, continuaram populares até o reinado de Alexandre o Grande. Ainda na Grécia antiga, a moda dos cabelos se mantinha por dois a três séculos. A mudança era mais rápida na Roma Antiga, onde as esposas dos soberanos eram os exemplos, sendo seguidas por todas. A essa altura, no Império Greco-Romano, gregos e gregas faziam os cabelos dos romanos e penteavam as romanas. Nesses salões, discutiam-se novidades e propagavam-se as fofocas. As barbearias continuaram sendo instituições sociais, tendo um grande número de barbeiros que prestavam seus serviços nos mercados e casas de banho públicas. Os cidadãos prósperos ofereciam aos seus convidados os serviços dos seus barbeiros particulares. Os cabelos e a barba eram ondulados com ferro quente. Muitas poções eram usadas para prevenir a queda dos cabelos e o seu embranquecimento. O estilo de cabelo mais popular entre os homens era curto, escovado para a frente e com ondas. As mulheres usavam o cabelo ondulado, repartido no centro e caindo sobre as orelhas. Se antes existiam particularidades regionais, a partir de Luís XIV, a moda francesa dominou todas as civilizações. No começo do século XVIII, as mulheres casadas usavam uma touca para esconder os cabelos e somente o marido delas poderia ver seus cabelos soltos. Maria Madalena, a pecadora, foi sempre representada com cabelos longos e soltos, ao contrário das Santas, que usavam toucas ou presos. Jornais de moda, nos séculos XVIII e XIX, divulgavam os estilos por toda a Europa. Seguia-se o exemplo das casas reinantes de Paris e Viena, e também de todas elites européias. Os primeiros cabeleireiros para senhoras foram os Coiffures parisienses, Leonard, Autier e Legros Rumigny, que prestavam seus serviços à Rainha Maria Antonietta e recebiam altos salários. Contudo, foi no século XX que a moda dos cabelos aliou-se à tecnologia . A pesquisa científica sobre cabelos começou quando a higiene pessoal se tornou um meio de prevenir o acúmulo de piolhos e sujeira, que ficavam escondidos sob as perucas, pós, perfumes e poções que vinham sendo usados pelo homem. No início do século apareceram os salões de beleza para mulheres, os quais não serviam apenas para cuidar dos cabelos, mas eram um ponto de encontro como as barbearias na Grécia Antiga . Barbeiro-cirurgião Barbeiro-cirurgião era uma das profissões mais comuns na área médica durante a Idade Média, que eram geralmente incumbidos do tratamento de soldados durante ou após batalhas. Nesta época, cirurgias em geral não eram realizadas por médicos, mas por barbeiros, que também faziam pequenas cirurgias nos ferimentos dos camponeses e sangrias. Comumente, os babeiros-cirurgiões fixavam residência próxima a castelos, onde também forneciam serviços para os abastados. Nas Ilhas Britânicas da Idade Média O reconhecimento formal das habilidades do barbeiro-cirurgião (na Inglaterra, pelo menos) data de 1540, quando a Sociedade dos Cirurgiões se fundiu à Companhia dos Barbeiros para formar a Companhia dos Barbeiros-

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um passo a passo de um curso de barbeiro e cabeleiro masculino...

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  • Curso de Cabeleireiro Masculino Barbeiro Profissional Exattus Escola de Profisses Pgina 1

    Como surgiu a profisso de Cabeleireiro

    A profisso de cabeleireiro uma das mais antigas da humanidade. Achados arqueolgicos, como pentes e navalhas feitos em pedra, mostram que a preocupao com as madeixas vem da pr-histria. Contudo, foi no Egito, h aproximadamente cinco mil anos, que a arte de cuidar dos cabelos chegou ao pice. Foi nessa poca que surgiram perucas sofisticadas, as quais mostravam a habilidade dos cabeleireiros, que gozavam de grande prestgio na corte dos faras. O arsenal empregado nesses cuidados (escovas, tesouras, loes de tratamento, etc.) era guardado em caixas especiais, luxuosamente decoradas. Embora a partir de 3.000 a.C., as cabeas raspadas e lisas e os corpos sem plos tenham passado a ser sinais de nobreza no Egito, a moda exigia que homens e mulheres usassem perucas de cabelo humano ou de l de carneiro. As barbas postias eram populares entre os homens. A tintura azul- escuro era usada para conseguir a cor preta (predileta) das perucas e barbas e a henna, um p feito das folhas da alfena egpcia, dava um tom vermelho-alaranjado aos cabelos e unhas.

    Voc sabia que foram os gregos que criaram os primeiros sales de cabeleireiro (koureia), em Atenas, construdos sobre a praa pblica, os Kosmetes ou "Embelezadores de Cabelo", escravos especiais, circulavam soberanos. Os escravos cuidavam dos homens e as escravas das mulheres. Vemos que os cabelos, em particular, tiveram o privilgio de um espao prprio.

    No sculo II AC, na Grcia antiga, para encontrar um verdadeiro penteado requintado era conveniente dar asas imaginao e ir at ao topo do Olimpo: espao reservado aos deuses e deusas. Os penteados ostentavam algumas sobriedades e fantasias, prevalecendo os cabelos louros, frisados, com caracis estreitos e discretos, com franjas em espiral. Conversas sobre poltica, esportes e eventos sociais eram mantidas por filsofos, escritores, poetas e polticos, enquanto estes eram barbeados, faziam ondas nos cabelos, manicure, pedicure e recebiam massagens. Os cabelos eram principalmente espessos e escuros e eram usados longos e ondulados. nos afrescos de Creta que o rabo-de-cavalo usado pelas mulheres aparece pela primeira vez. Os cabelos loiros eram raros e admirados pelos gregos e ambos os sexos tentavam descolorir seus cabelos com infuses de flores amarelas. As barbas, verdadeiras e falsas, continuaram populares at o reinado de Alexandre o Grande. Ainda na Grcia antiga, a moda dos cabelos se mantinha por dois a trs sculos. A mudana era mais rpida na Roma Antiga, onde as esposas dos soberanos eram os exemplos, sendo seguidas por todas. A essa altura, no Imprio Greco-Romano, gregos e gregas faziam os cabelos dos romanos e penteavam as romanas. Nesses sales, discutiam-se novidades e propagavam-se as fofocas. As barbearias continuaram sendo instituies sociais, tendo um grande nmero de barbeiros que prestavam seus servios nos mercados e casas de banho pblicas. Os cidados prsperos ofereciam aos seus convidados os servios dos seus barbeiros particulares. Os cabelos e a barba eram ondulados com ferro quente. Muitas poes eram usadas para prevenir a queda dos cabelos e o seu embranquecimento. O estilo de cabelo mais popular entre os homens era curto, escovado para a frente e com ondas. As mulheres usavam o cabelo ondulado, repartido no centro e caindo sobre as orelhas.

    Se antes existiam particularidades regionais, a partir de Lus XIV, a moda francesa dominou todas as civilizaes.

    No comeo do sculo XVIII, as mulheres casadas usavam uma touca para esconder os cabelos e somente o marido delas poderia ver seus cabelos soltos. Maria Madalena, a pecadora, foi sempre representada com cabelos longos e soltos, ao contrrio das Santas, que usavam toucas ou presos. Jornais de moda, nos sculos XVIII e XIX, divulgavam os estilos por toda a Europa. Seguia-se o exemplo das casas reinantes de Paris e Viena, e tambm de todas elites europias. Os primeiros cabeleireiros para senhoras foram os Coiffures parisienses, Leonard, Autier e Legros Rumigny, que prestavam seus servios Rainha Maria Antonietta e recebiam altos salrios.

    Contudo, foi no sculo XX que a moda dos cabelos aliou-se tecnologia . A pesquisa cientfica sobre cabelos comeou quando a higiene pessoal se tornou um meio de prevenir o acmulo de piolhos e sujeira, que ficavam escondidos sob as perucas, ps, perfumes e poes que vinham sendo usados pelo homem. No incio do sculo apareceram os sales de beleza para mulheres, os quais no serviam apenas para cuidar dos cabelos, mas eram um ponto de encontro como as barbearias na Grcia Antiga .

    Barbeiro-cirurgio

    Barbeiro-cirurgio era uma das profisses mais comuns na rea mdica durante a Idade Mdia, que eram geralmente incumbidos do tratamento de soldados durante ou aps batalhas. Nesta poca, cirurgias em geral no eram realizadas por mdicos, mas por barbeiros, que tambm faziam pequenas cirurgias nos ferimentos dos camponeses e sangrias. Comumente, os babeiros-cirurgies fixavam residncia prxima a castelos, onde tambm forneciam servios para os abastados.

    Nas Ilhas Britnicas da Idade Mdia

    O reconhecimento formal das habilidades do barbeiro-cirurgio (na Inglaterra, pelo menos) data de 1540, quando a Sociedade dos Cirurgies se fundiu Companhia dos Barbeiros para formar a Companhia dos Barbeiros-

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    Cirurgies. Note-se que, poca, tais profissionais no eram reconhecidos como mdicos. Assim, sob presso crescente da classe mdica, em 1745 os cirurgies se separaram dos barbeiros para formar a Companhia dos Cirurgies. Em 1800, por intermdio de um Decreto Real, foi criada a Escola Real de Cirurgies da Inglaterra. O ltimo vestgio da tradio de barbeiros-cirurgies com atuao mdica , provavelmente, o tradicional cilindro de barbeiro, que sinalizava o local de atuao desses profissionais. As cores do cilindro, costumeiramente em listras de branco e vermelho, representam respectivamente os curativos e o sangue prprios da profisso.

    Cilindro de Barbeiro, ca. 1938, North Carolina Museum of History No Brasil colonial

    No Brasil dos sculos XVI e XVII os barbeiros-cirurgies, eram portugueses e espanhis, cristos-novos e meio-cristos-novos que praticavam pequenas cirurgias, alm de sangrar, sarjar, lancetar, aplicar bichas e ventosas e arrancar dentes, alm de cortar o cabelo e a barba. Negros e mestios tambm comearam a atuar a partir da metade do sculo XVII e enquanto os barbeiros escravos trabalhavam para os seus senhores, os livres amealhavam para s mesmo os rendimentos de suas atividades e muitas vezes mantinham em treinamento escravos. Dentre seus instrumentos constavam navalha, pente, tesoura, lanceta, ventosa, sabo, pedra de amolar, bacia de cobre, escalpelo, botico, escarificador, turqus e sanguessuga (Hirudo medicinalis). Os mais humildes praticavam suas atividades na prpria rua, enquanto os mais preparados tinham suas lojas nas ruas principais. As atividades dos barbeiros-cirurgies perdurou at o sculo XIX.

    Barbeiro - Uma cultura em extino ? : tradio versus modernidade

    Os reflexos das revolues industriais, tecnolgicas e do desenvolvimento do fenmeno da globalizao trouxeram consequncias marcantes para o ofcio dos barbeiros. A lgica do capitalismo industrial; a produo massiva de bens de consumo no durveis; o fetiche do novo; as novas tecnologias; os ideais de progresso; os estmulos do marketing e da propaganda, etc., so, dentre outros fatores, que podem ser percebidos como aqueles que contribuem para a perda de referenciais histricos, acarretando a reduo espao-temporal na relao entre presente e passado na sociedade contempornea. Conforme as categorias propostas por Reinhart Koselleck (2006) ocorre uma diminuio no campo de experincia dos indivduos e concomitantemente tambm reduz seu horizonte de expectativas.

    A destruio do passado ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experincia pessoal das geraes passadas um dos fenmenos mais caractersticos e lgubres do final do sculo XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espcie de presente contnuo, sem qualquer relao orgnica com o passado pblico da poca em que vivem. Por outro lado, este mesmo fenmeno leva, conforme demonstra Castriota (2009), a um contramovimento em que as culturas locais reaparecem ganhando novo sentido e muitas vezes visibilidade no cenrio mundial.

    Cada vez mais os novos padres impuseram populao a necessidade da procura por profissionais altamente especializados como mdicos, dentistas, farmacuticos, todos devidamente diplomados e regulamentados pelo Estado. Assim, essa reformulao do mundo do trabalho leva os diplomas e qualificaes a adquirem maior valor do que a experincia dos barbeiros (ANTUNES, 1995). Os saberes tradicionais dos barbeiros transmitidos pela oralidade foram perdendo flego e espao de atuao. A crescente difuso da cultura do self-made-man, do individualismo, dos padres de comportamento, higiene pessoal e do consumismo; aliados a propaganda massiva dos produtos industrializados e distribudos amplamente no conforto e proximidade dos lares e redes de supermercados, levou cada vez mais pessoas a adquirirem o hbito de cuidarem de seus cabelos, barbas e unhas em suas prprias casas.

    Houve tambm a difuso dos cursos profissionalizantes de cabeleireiros e outros profissionais do ramo com a propagao marcante dos sales de beleza cujas prticas, comportamentos cotidianos, tendncias e mtodos esto ligados aos padres de beleza da alta moda e j no correspondem s tradies dos barbeiros.

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    Tcnicas inovadoras, milagrosas de beleza atendem ambos os gneros, tipos de pele, cabelo, idade etc. Ocorre uma invaso masculina nessa rea dos sales de beleza que, deixou de ser exclusivamente feminina. Os sales utilizam-se de tecnologias, softwares, massagens estticas e corporais e uma variedade imensa de servios novos. Giddens (2003) aponta que as mltiplas possibilidades de escolha, a auto-reflexo e os estilos de vida so caractersticas fundamentais da modernidade para se construir nossa identidade. Os sales inovaram ao introduzir esses outros servios que no apenas o corte de cabelo ou o fazer a barba. A procura por esses servios se consolida para atender a grande oferta de estilos de vida disponveis. As barbearias so espaos masculinizados que no suprem estas novas exigncias da contemporaneidade, elas j foram espaos da modernidade no que diz respeito moda. Entretanto, a moda representa o fugidio, o efmero e a constante renovao. O domnio do corpo, as intervenes de beleza, a obsesso pelo belo constroem demandas de servio que as barbearias no acompanharam. No Brasil, em 2004, os ofcios de barbeiro, cabeleireiro e manicure foram regulamentados pelo Congresso Nacional com o objetivo de fiscalizar o exerccio da profisso. A regulamentao obriga os barbeiros adotarem novos padres higinicos e estticos para tratar dos cabelos e barbas, readequando sua profisso as demandas da sociedade capitalista globalizada. Um exemplo marcante da reinveno das tradies ligadas ao ofcio dos barbeiros diante das demandas sociais contemporneas pode ser percebido na matria intitulada: Barbearias combinam tradio e modernidade para conquistar novos clientes realizada pelo programa Mundo S/A da TV Globo. A reportagem relata o caso de alguns empreendimentos que obtiveram grandes lucros combinando elementos estticos que compunham o cenrio das tradicionais barbearias com a oferta de servios que englobam tanto a funo tradicional de corte de barba e cabelos quanto os servios praticados pelos grandes sales de beleza.

    A profisso de cabeleireiro masculino / barbeiro

    Antes de darmos continuidade ao aprendizado das tcnicas a serem empregadas na ocupao de cabeleireiro, importante conhecer mais sobre a profisso e as formas de ingressar nessa rea.

    Faa um exerccio de imaginao: pense como ser sua vida profissional e pessoal trabalhando como cabeleireiro. Inicie o percurso perguntando a si mesmo: como estarei daqui a 5 meses? Como voc se v? Onde estar trabalhando? Num salo/barbearia? Indo at a casa de clientes com sua maleta? Num teatro/televiso? Nos camarins de um programa de um canal de televiso?

    O Ministrio do Trabalho e Emprego e a profisso de cabeleireiro

    O Ministrio do Trabalho e Emprego produz um documento chamado Classificao Brasileira de Ocupaes CBO, que descreve 2.422 ocupaes e diz o que preciso para exerc-las: a escolaridade necessria, o que cada profissional deve fazer, onde pode atuar etc. Entre as informaes que constam desse documento existe um grupo que nos interessa definir nesse momento: quem o cabeleireiro hoje.

    De forma resumida, a CBO indica o que faz o cabeleireiro. Agrupamos suas atribuies pelos seguintes temas:

    Formao/qualificao profissional

    Participar de cursos, palestras e eventos. Consultar revistas e publicaes especializadas. Estagiar em sales. Ter ensino fundamental incompleto. Ter curso de qualificao profissional.

    Atitudes pessoais

    Manter o bom humor. Ouvir atentamente e no falar excessivamente. Cuidar da aparncia pessoal. Manter-se paciente. Demonstrar bom-senso.

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    Atitudes profissionais:

    Demonstrar noes de etiqueta social. Demonstrar senso esttico. Inspirar confiana e credibilidade. Demonstrar tica profissional. Saber trabalhar em equipe.

    Dica de quem trabalha e influncia o setor: um bom cabeleireiro no feito apenas de talento, mas de muita

    prtica. S se comea a ter destreza com as tesouras, depois de uns 3 ou 4 anos de prtica, atendendo clientes,

    analisando o perfil de cada um e fazendo o melhor como profissional, colocando em prtica o que aprendeu, e

    tendo bom senso ao entender que a cada novo um cliente mais uma oportunidade de aprender.

    ATIVIDADES

    Estudo de Caso

    1. Anteriormente, mencionamos diversos locais onde o cabeleireiro exerce sua ocupao. Vamos dividir a

    turma em pequenos grupos a fim de que cada um deles entreviste um cabeleireiro.

    Todos devem se organizar de forma que as equipes visitem locais diferentes e conversem com profissionais

    da rea. Seguem abaixo algumas sugestes:

    Cabeleireiro de salo de beleza de pequeno porte, de bairro, trabalhando em casa; Cabeleireiro de salo de mdio porte; Cabeleireiro de salo de beleza de grande porte, mais sofisticado, com mix de servios oferecidos e combinados de moda, entretenimento e etc; Cabeleireiro autnomo e cabeleireiro proprietrio de salo.

    2. O que vocs gostariam de perguntar a cada um desses profissionais?

    Acompanhe a seguir um roteiro de entrevista. Cada grupo acrescenta outras questes que considerar importantes.

    a) Qual o nome do entrevistado? b) homem ou mulher? Quantos anos tem? Qual sua escolaridade? Ainda estuda ou pretende voltar a estudar? c) Costuma fazer cursos de especializao em sua rea? d) Onde trabalha? e) Trabalha em apenas um lugar? f) Como escolheu essa ocupao? g) Como aprendeu a profisso? h) Quais so os pontos positivos e negativos dessa rea de atuao? i) Que conselhos ele d a um cabeleireiro que est comeando agora?

    O trabalho do cabeleireiro no se resume a cortar, fazer escova e tingir os cabelos. Desde o primeiro contato ele deve analisar o tipo de cabelo do cliente e verificar se est ou no danificado.

    Tambm precisa saber identificar o estilo pessoal do cliente e, sobretudo, conhecer suas expectativas. medida que estabelece um dilogo indicando ao cliente as melhores opes de cor e de corte, o profissional transmite maior confiana sobre o trabalho que vai executar.

    Segundo a CBO, o cabeleireiro masculino tem vrias atribuies e, dependendo do porte do salo em que trabalhar, poder ocorrer uma diviso de trabalho. Um auxiliar pode fazer a barba, o tinturista pode tingir o cabelo para depois outro profissional cort-lo. Vamos ver a relao das funes elencadas na CBO.

    Lavar, Preparar, Enrolar, Cortar, Escovar, Pentear, Hidratar, Relaxar Agora observe o bom profissional o que faz com as mesmas funes:

    Lavar com produtos especficos que ajudam no tratamento de caspas e seborreia, dentre outros, alm de orientar o cliente a buscar ajuda profissional com um Dermatologista.

    Preparar os procedimentos de acordo com o servio que ser feito, desde uma anamnese;

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    Cortar, de acordo com o perfil e estilo escolhido pela cliente; Escovar e ainda aplicar produtos especficos para modelar os cabelos ou controlar o volume; Pentear e ainda conseguir imprimir nos penteados comportamentos, destaques para aqueles os penteados

    de acordo com a situao e tendncia; Hidratar e entender de tipos de produtos que garantem um tratamento preciso e coeso de acordo com o

    tipo de cabelo (oleoso, seco, quebradios e etc) Relaxar e tambm atentar aos tipos de produtos que garantem cada um desempenho diferente e ao

    mesmo tempo satisfao plena ao cliente; Pintar e saber diferenciar tpicos de colorao para garantir um resultado esperado; Essas tcnicas sero abordadas em detalhes ao longo deste curso.

    Veja que legal o texto abaixo: A relao entre homens e cabelos no remete apenas a imagem de Sanso derrotando os filisteus quando recuperou suas madeixas que eram a fonte de sua fora. importante lembrar que essa histria de cabelos cortados e penteados comeou com eles. No de hoje que os rapazes se preocupam com a aparncia, para ter uma ideia, at o final da dcada de 1930, a profisso de cabeleireiro era exercida exclusivamente por homens. A novidade no Rio Grande do Sul justamente essa, os homens esto voltando ao comando dos fios para proporcionar um atendimento diferenciado e esse foi o tema de uma conversa do programa Patrola com o barbeiro Bruno Mattos da Rosa, de 30 anos, que se dedica exclusivamente esttica masculina quando o assunto barba e cabelo. Um dos motivos de Bruno seguir a profisso foi perceber que no existia um espao com a cara dos clientes do sexo masculino e que fosse agradvel para cuidar da aparncia. - Os homens estavam sentindo falta de ter um espao exclusivo como antigamente, incluindo eu. Agora como profissional, tento preservar as chegadas sem hora marcada, dar liberdade para os clientes como se fosse um encontro de amigos para falar sobre futebol, beber e ler jornal. Para quem quer entrar no mercado de trabalho com essa atividade, Bruno lembra que o pblico ainda est se adaptando a ter um local diferenciado para as necessidades dos rapazes. - Meu conselho definir bem o pblico para o qual se quer direcionar o servio. A maior parte dos meus clientes so msicos, bikers, galera da kultura kustom, rockabillies, mas, claro, as barbearias no atendem exclusivamente esse pblico.

    Suas experincias na rea

    Com a ajuda da Classificao Brasileira de Ocupaes CBO, vimos que o cabeleireiro pode atuar de diferentes maneiras em um salo ou mesmo indo at os clientes, atendendo em domiclio. No intuito de ajud-lo a se identificar com essas reas de atuao, vamos realizar um balano do que voc sabe fazer bem e de outras coisas que precisa aperfeioar para ser um bom profissional.

    O portflio uma tcnica utilizada para ajud-lo a encontrar esse caminho. Voc j teve as primeiras noes de como elabor-lo no tema Como se preparar para o mercado de trabalho,

    Aqui, vamos dar um passo adiante.

    ATIVIDADES

    Contando sua histria

    Prtica fundamental para ter sucesso nesse curso

    1. hora de trocar ideias. Que tal fazer isso com outros cinco colegas? Cada um se apresenta aos demais, contando suas qualidades e seus defeitos. Todos tm caractersticas boas e ruins, e falar sobre elas um primeiro passo para identific-las. Quais so as suas?

    2. Comente suas experincias relacionadas com a profisso de cabeleireiro: uma atividade realizada como passatempo, os cursos que voc j fez coisas que gosta de fazer (mesmo que no ganhe dinheiro ou que cobre por elas) ou algo que, segundo as outras pessoas, voc faz bem.

    Preencha a tabela usando como base os exemplos em cada quadro.

    MINHAS EXPERINCIAS NA REA DE BELEZA

    Minhas experincias

    Corta os cabelos de amigos e vizinhos.

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    O que precisei fazer

    Organizar os materiais de trabalho.

    O que foi fcil nessa experincia

    Ir separando os cabelos por mechas, quando cortei com tesoura, ou apenas pentear e passar a mquina.

    O que foi difcil nessa experincia

    Lidar ao mesmo tempo com a mquina, a tesoura e o pente.

    Ao preencher esse quadro voc pde perceber que j fez muita coisa na rea e que tambm sabe fazer

    bem outras tantas.

    ATIVIDADES

    O cabeleireiro profissional

    1. Vamos aprofundar a discusso sobre o que preciso saber para ser cabeleireiro.

    Forme grupos com mais pessoas na turma e discutam o que, na opinio de cada um, o cabeleireiro profissional

    deve saber fazer. Procurem organizar as ideias de forma que as frases abaixo sejam completadas.

    a) Um cabeleireiro profissional deve saber:

    b) Um cabeleireiro profissional precisa usar:

    c) Um cabeleireiro profissional necessita cuidar:

    d) Um cabeleireiro profissional deve, tambm:

    Depois de discutir o que um cabeleireiro faz, pense um pouco sobre voc mesmo. O que voc sabe fazer bem? O que voc sabe fazer mais ou menos ou ainda no teve a oportunidade de aprender? Marque com um na coluna correspondente.

    FAO BEM FAO MAIS OU MENOS NO SEI FAZER

    Escolher a corte do cabelo de acordo com design do rosto das pessoas.

    Reconhecer o estilo pessoal: perceber como o jeito de cada pessoa, a roupa que ela usa, os lugares que frequenta, a profisso etc.

    Identificar o tipo de cabelo que combina com cada pessoa.

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    Identificar o formato do rosto de cada um.

    Cortar o cabelo de modo a corrigir imperfeies do rosto.

    Lidar com pessoas.

    Ouvir atentamente.

    Conhecer as opes de produtos disponveis no mercado.

    Entender de colorao personalizada.

    Agora, voc j tomou conhecimento de quem , do que sabe fazer e, principalmente, do que precisa

    aprender para ser um bom profissional, com o objetivo de facilitar seu incio nessa profisso.

    O profissional Barbeiro ou Cabeleireiro o profissional que mediante conhecimentos prticos e tcnicos, aplica produtos e tratamentos no cabelo,

    na pele com a finalidade de tratar e prevenir problemas cutneos, buscando melhor aparncia do ponto de vista esttico, realiza cortes de cabelos e procedimentos epilatrios nos pelos do rosto.

    A funo desse profissional de analisar, aconselhar, e personalizar os tratamentos, avaliando minuciosamente o problema esttico de cada cliente. Trabalha exclusivamente com cabelos e pelos, para tanto deve estar atento s novas tcnicas desenvolvidas e ao lanamento de novos produtos, realizando uma anlise crtica, baseada no seu conhecimento e experincia. Por se tratar de um servio prestado de pessoa para pessoas, as questes ticas e de relacionamento so de grande importncia. E por a que iniciaremos nossos estudos.

    Princpios: Nesse ramo, o cliente no est preocupada unicamente com o preo, a qualidade do produto e

    do local, est tambm preocupada com um fator muito importante que o atendimento, o ambiente de trabalho e o grau de profissionalismo que oferecido.

    Um fator primordial em qualquer negcio a imagem, que quando favorvel, prospera por si s, o sucesso. Quando ruim pode ser responsvel pela decadncia e at o seu fim.

    Biosegurana A higiene pessoal e do prprio ambiente tem que ser observada com rigor. Portanto, antes de iniciar seu

    trabalho, esteja sempre com: Cabelos limpos, penteados e presos; Unhas limpas e curtas, se esmaltadas, usar sempre cores claras, discretas; No usar anis, relgios, pulseiras e brincos espalhafatosos; Maquiagem adequada (leve discreta); Vestimentas brancas, claras ou avental branco, limpssimos e passados ; Usar mscaras buo-nasal durante os procedimentos de barba, evita manifestaes de possveis

    odores bucais, (mau hlito), tenha por perto spray ou pastilhas para purificar o hlito.

    Ambiente de trabalho Cabides para as roupas do cliente em saco do inverno, pra acondicionar casacos e etc; Nunca abrir mo de usar luvas descartveis nos procedimentos que envolve secrees tais como

    barba e ao fazer o uso da navalha para acabamentos nos ps e costeletas; Limpeza, higiene e ordem so pontos observados pela cliente, ao chegar; Ter disponibilidade de todo materiais , principalmente os descartveis; Facilidade de acesso aos materiais; Manter o local limpo, com a lixeira esvaziada; Sala bem iluminada e arejada; Msica ambiente (opcional); Nunca reutilizar materiais descartveis, principalmente lminas e navalhas; Esterilize todos os materiais aps o uso;

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    Cada cliente nico, trate todos com muito respeito e carinho.

    tica Profissional Muitos autores definem a tica profissional como sendo um conjunto de normas de conduta que deve ser

    postas em pratica no exerccio de qualquer profisso. Seria a ao reguladora da tica agindo no desempenho das profisses, fazendo com que o profissional respeite seu semelhante, quando no exerccio de sua profisso.

    A tica profissional estuda e regula o relacionamento do profissional com sua clientela, visando dignidade humana e a construo do bem estar no contexto scio cultural onde exerce sua profisso. A tica indispensvel ao profissional porque na ao humana o fazer e o agir esto integrados. O fazer diz respeito competncia, eficincia que todo profissional deve possuir para exercer sua profisso. O agir refere se a conduta do profissional, ao conjunto de atitudes que se deve assumir no desempenho de sua profisso.

    Devemos lembrar que, o comportamento tico no se restringe apenas aos assuntos profissionais e sim em todo comportamento de uma maneira geral. Devendo ser no somente aos nossos clientes e tambm aos nossos colegas, os fornecedores e aos profissionais de outras reas, este comportamento contribui de maneira significativa para o nosso sucesso e harmonia no trabalho.

    Todo profissional tico e competente deseja aconteam com perfeio. O ideal no pensar somente na execuo do procedimento no caso da esttica, leve em considerao as preferncias de seus clientes. Por exemplo, mesmo tendo sido procurada para realizar um designer de sobrancelhas, a preferncia dela seja um formato fora do padro, procure ouvir atentamente e depois expor de forma simples e educada a sua opinio profissional, expondo o que seria melhor, qual a finalidade, quais os resultados, faa o cliente acompanhar a evoluo do trabalho, encontrando a melhor forma de conduzir o trabalho, e isto ir reforar os laos entre cliente e profissional.

    Acreditar em si mesmo, um fator muito importante. Os certificados e diplomas agregam ao seu currculo, as experincias profissionais anteriores tambm, contudo a autoconfiana em seu trabalho faz um diferencial enorme, pois transmite segurana ao cliente.

    Manter uma postura sbria, discreta, de maneira a tratar seus clientes e manter uma fisionomia de imparcialidade, porm simptica e agradvel, dando ateno ao cliente com educao e cortesia, nunca usar grias, pseudnimos, apelidos ou linguagem vulgar.

    muito importante ao atender um cliente de receb-lo na recepo, conduzi-la at sua sala e posteriormente acompanh-lo at a sada, despedindo-se de maneira agradvel e deixando naturalmente a sensao que estarei pronto a servi-lo em uma nova oportunidade.

    Algumas observaes a serem cuidadas perante seu cliente: - Intimidade demais - tom de voz muito alto - Fofocas - Bom senso com seu visual, sem expor muito corpo - Sua higiene pessoal, cabelos, boca, roupas bem limpas, calados uma harmonia no conjunto. Importante lembrar sempre: - Que seu local de trabalho seja agradvel e seguro, com servios e produtos de qualidade e valores

    compatveis. - Sempre ser cordial e flexvel - Deixe que o cliente a elogie, caso ache bom seu trabalho ou se no gostou deixe colocar o que

    desagradou e respeitar a opinio do cliente, nem todo trabalho feito s de elogios e que toda critica seja proveitosa de alguma maneira.

    - Dar total ateno ao cliente que esta sendo atendido, nunca ficar falando com colega de trabalho ou no telefone.

    - No horrio marcado estar pronto com o material disponvel - Respeitar todo tipo de diferena, ser a mesma com todos - Entre falar e ouvir prefira escutar mais suas clientes, sendo imparcial em assunto polmicos e delicados ou

    mesmo particulares, o que se ouviu ali na sala fica ali confidencial entre voc e a cliente - Evite conselhos pessoais (no conhecendo bem seu cliente) - No prometa o que no pode cumprir. Seja sincera com os resultados, de maneira clara e cordial - No atrase o atendimento do cliente - Quando houver divergncias, mantenha a calma e a postura, no esquea escute e esclarea as duvida,

    um bom dilogo pode resolver.

    Princpios ticos no dia a dia A tica profissional tem que ser observada em todas as reas, negcios e profisses, porm na rea de

    prestao de servios ela mais notada, portanto evite:

    Comentar sobre situaes particulares ou problemas relacionados com colegas, chefia e principalmente sobre clientes;

    Ser inoportuno, falando demais sobre assuntos que no so do interesse da cliente;

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    No comentar sobre seus problemas particulares; No dar uma de psiclogo de seus clientes, normal para algumas pessoas se abrirem espontaneamente

    com profissionais dessa rea, at mesmo pela intimidade que se cria atravs do servio prestado, mas no se envolva a ponto de opinar, oua, d ateno, mas no se envolva, seja profissional.

    Apresentao pessoal e Higiene pessoal Apresentar-se demonstrando cuidado pessoal que cause boa impresso e segurana para os clientes, uma

    aparncia sbria e neutra ao invs de exageros. De preferncias a roupas brancas e sapatos fechados, maquiada bem feita e leve, cabelos presos, unhas limpas e de preferncia curtas pra no correr risco de arranhar a cliente, perfume suaves, sem acessrios como anis, pulseiras ou algum outro que atrapalhem na execuo de seu trabalho.

    A higiene pessoal pode nos proteger de varias doenas e tambm aos clientes, j que estamos mantendo contato direto com varias pessoas, e isto envolve nossa higiene corporal (tomar banho, cortar unhas, lavar cabelos), bucal (cuidar e escovar os dentes) e atitudes simples como lavar as mos a cada cliente.

    Atendimento O ser humano gosta de ser bem recebido, atendido e respeitado. Observe, portanto, alguns princpios que

    iro ajud-lo: Cumprimentar sorridente, porm o mais natural possvel; Usar de discrio; Ser uma pessoa sincera, franca, humilde; Falar olhando nos olhos dos clientes; Ser uma pessoa amvel e simptica; Usar de cortesia e respeito com chefia e colegas; Evitar sempre alterar o tom de voz; Colocar-se na sua posio e respeitar a posio da cliente.

    Os instrumentos de trabalho

    Se, como vimos, a atuao do cabeleireiro diversificada, seus instrumentos de trabalho tambm variam conforme o profissional se especializa em uma das inmeras atividades que pode realizar.

    Vamos organizar nosso material considerando em primeiro lugar os itens bsicos para qualquer segmento da profisso.

    Cadeira

    Uma boa cadeira de barbeiro tem que ter base redonda, regulagem hidrulica de altura, encosto para cabea regulvel e tem que ter o encosto das costas reclinvel de pelo menos 45, para que consiga cortar, aparar pelos de nariz e ouvidos, aparar a barba e tambm fazer um aparo de sobrancelhas. Uma melhor escolha seria uma cadeira da marca "Ferrante", pois sua durabilidade bem superior s demais marcas compensando o alto investimento inicial, s pra se ter uma ideia em So Paulo, nas grandes barbearias e tradicionais comum encontrar uma cadeira dessa marca de fabricao de 1948. Linha astro modelo 464: Preo mdio R$ 4.400.

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    Uma outra opo, mas de qualidade inferior, seria essa poltrona barbeiro prtico da maxibel: Preo Mdio: R$3.100.

    Cadeira Somente para corte de cabelo

    Muito comum encontrar no mercado, em vrios sales esses modelos, por serem mais baratos, mais simples de trabalhar, alguns tem encostos de cabea para maquiagem e design de sobrancelhas, sem reclinagem e sem a base redonda, enfim especifica para corte e colorao. ESPECIFICAS PARA CORTE, O PROFISSIONAL TER DIFICULDADE DE FAZER BARBA, POR NAO HAVER INCLINAO E SER DESCONFORTVEL PARA OS CLIENTES.

    Pentes profissionais

    Escovas para vrios tipos e comprimentos de cabelos

    Ter na sua gaveta far uma grande diferena na hora de finalizar o cabelo do cliente, como poucos cabelos

    masculinos so necessrios fazer escovas trmicas e modelagens , esse item se torna barato.

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    Voc dever ter pelo menos os seguintes modelos de escova: Nilon para cabelos lisos e grossos. Finas para cabelos afros e curtos. Com bolinhas nas pontas para cabelos com volumes mais finos De fibras naturais Para pentear cabelos midos e com gel e etc..

    Tesouras:

    1 tesoura para cortar e desfiar. 2 tesoura dentada para desbastar o cabelo.

    Cada tesoura serve para dar um tipo de corte aos cabelos: afiada a laser cortes retos e pontas. fio navalha deixa as pontas mais leves. dentada corta os fios de maneira intercalada, REPICADOS. Trs tipos de tesoura: dentada, navalha e fio laser. Esta ltima tem seu nome por ser certeira na hora do corte e a mais conhecida, porque parece com a tesoura caseira de hastes retas. "A tesoura fio laser para cortes de preciso, que precisam ficar impecveis, como os cortes retos. J as do tipo navalha, como o prprio nome diz, so as mais afiadas, usadas para desfiar, fazer repicados nos cabelos e podem ter "potncias" diferentes de acordo com a lmina, desfiando de 10% a 30% ou 50% em outros modelos. A tesoura dentada, tambm conhecida como desbaste, tira o volume dos cabelos - e faz um acabamento harmnico, sem deixar a aparncia reta da fio laser. "A tesoura dentada pode ser usada tanto por homens como por mulheres, vai depender da quantidade de 'dentes' da ferramenta. As tesouras com mais 'dentes' so aconselhadas para quem tem cabelos curtos porque distribuem melhor o corte e fazem aquele acabamento batido",

    Navalha ou navalhete

    Secador de cabelo de mo

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    Uma curiosidade: O Titnio um metal mais leve que o ferro e quase to forte quanto o ao.

    Tem sido amplamente usado na indstria, em especial na de equipamentos e tecnologia, em razo de propriedades

    como resistncia.

    inclusive corroso, e facilidade devido a leveza.

    Os secadores com nanotecnologia titnio, alm de mais potentes, so resistentes a fungos e bactrias.

    Xampus para diversos tipos de cabelo

    Cremes condicionadores para diversos tipos de cabelo

    Gel protetor de couro cabeludo

    Laqu (hairspray)

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    Gel fixador e modelador

    Pomada modeladora

    Borrifador de gua

    Capas claras (para corte) e escuras (para colorao e descolorao)

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    Armarinhos

    Toalhas

    Pia com gua corrente

    Lavatrio

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    Espelho

    Porta instrumentos

    Mquinas de Corte de Cabelo

    Vamos agora fazer alguns apontamentos sobre a maquina de corte de cabelo, todos os profissionais espalhados pelo mundo no recomendo outra marca que no seja Wahl, lder mundial de vendas, tem mais durabilidade, melhores componentes e melhor acabamento interno.

    Ateno: h alguns anncios na internet que vendem a linha domstica(Homecut/Homepro) como profissional, esses modelos no tero a mesma durabilidade e desempenho pra uso dirio e contnuo.

    Vou descrever as trs melhores opes das maquinas da linha profissional whal e com fio, pois as sem fio que testei as baterias viciaram muito rpido e no foi um investimento vantajoso.

    3 Student Plus

    Mais econmica. Com fio e interruptor profissional. Ideal para o profissional iniciante ou trabalho de menor exigncia. Alavanca prtica para ajustar o nvel de corte e de textura sem trocar a lmina. No deve ser usada em cabelos molhados. 2 anos de garantia. Pentes: n1-3mm, n2-6mm, n3-10mm, n4-13mm, n6-19mm, n8-25mm. Disponvel em 2 voltagens, 110 e 220. Preo Mdio: R$190,00 2 Pro Basic

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    Motor vibratrio profissional, garantindo durabilidade e longa vida til. Ideal para profissionais iniciantes. Poderoso e confortvel ao operar. Alavanca prtica para ajustar o nvel de corte e de textura sem trocar de lmina. prova de ferrugem, lminas cromadas. 2 anos de garantia. Pentes: n1-3mm, n2-6mm, n3-10mm, n4-13mm. Disponvel em 2 voltagens, 110 e 220. Preo Mdio: R$220,00 1 Super Taper

    Cortador poderoso com motor vibratrio. Ideal para grandes exigncias e uso contnuo. Lmina profissional prova de ferrugem - Motor Shunt de maior potncia. Regulador de nvel de corte. A mquina mais vendida da Wahl a nvel mundial. 2 anos de garantia. Pentes: n1-3mm, n2-6mm, n3-10mm, n4-13mm, n6-19mm, n8-25mm. Disponvel em 2 voltagens, 110 e 220. Preo Mdio: R$ 250,00

    Lembre-se: voc no precisa comprar todo esse material de uma s vez. Defina suas prioridades e v adquirindo os itens conforme a necessidade.

    Se voc optar por trabalhar como autnomo, cuidado na hora de adquirir seu material de trabalho. No se deixe levar pelo entusiasmo ou pela beleza do instrumento.

    Acessrio de trabalho bom no necessariamente o mais bonito, e nem sempre o mais caro. Fique sempre atento descrio de cada item, incluindo a durabilidade. Alm disso, avalie bem suas compras para no adquirir coisas demais que podem ser desnecessrias.

    Sade no salo de beleza

    Sade sempre um tema fundamental em nossas vidas. Num salo de beleza, preciso ter cuidado com a sade dos clientes e tambm com a dos profissionais.

    Em pesquisa realizada em 2006, na capital paulista, por Gisele Mussi para a Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo, constatou-se que 7 em cada 10 cabeleireiros sofrem de leses por esforos repetitivos (LER/ DORT). Esse problema tem origem no trabalho repetitivo, na postura desconfortvel adotada por eles durante o trabalho e na tenso muscular. So muitos os movimentos repetitivos no desempenho das vrias funes do cabeleireiro: o manuseio da tesoura, a pintura e a escovao dos cabelos, entre outros.

    Alm dos problemas de postura, a qumica utilizada pelos cabeleireiros tambm pode provocar doenas. Por isso, nunca deixe de pr mscara e luvas ao manusear tintas e outros produtos qumicos presentes no cotidiano do salo. No pense que isso incomodar o cliente ou tornar seu trabalho mais lento. Voc pode perder alguns

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    minutos, mas ganhar anos de vida. Usar o equipamento correto para proteger-se faz parte da preveno de doenas. Xampus, tinturas, cidos, colorantes e descolorantes podem causar alergia e irritao (da pele e dos olhos, por exemplo). Eis aqui algumas razes para voc utilizar mscaras e luvas.

    Matemtica e visagismo

    Voc j reparou que a matemtica est presente em tudo ao nosso redor, inclusive no corpo humano? Vamos refletir a respeito e decifrar esse enigma.

    Por volta de 1490, no sculo 15 (XV), Leonardo da Vinci desenhou o homem vitruviano, um homem com medidas perfeitas baseadas nos estudos do engenheiro, matemtico e arquiteto romano Marcos Vitrvio Polio.

    Esse homem no existe na realidade. Contudo, tanto o estudo de Vitrvio quanto o desenho de Da Vinci marcaram o incio de uma preocupao esttica que procura reunir medidas perfeitas e simetria na busca de um ideal de corpo humano.

    VOC SABIA : Marcos Vitrvio viveu no sculo 1 (I) a.C. (antes de Cristo) e procurou apresentar a perfeio do

    corpo humano e suas medidas.

    Leonardo da Vinci (1452-1519) mais conhecido como pintor e

    escultor, autor de um dos quadros mais famosos da histria, a Mona Lisa. Ele considerado um verdadeiro gnio.

    Foi tambm cientista, matemtico, engenheiro, inventor, arquiteto, botnico, poeta e msico.

    Para um cabeleireiro, importante conhecer e analisar as medidas existentes no corpo humano a fim de realizar um trabalho mais harmonioso.

    Na dcada de 1930, surgiu na Frana um novo conceito na rea de beleza. Trata-se do visagismo. O termo foi criado pelo cabeleireiro e maquiador francs Fernand Aubry (1907-1976).

    O visagismo a arte de embelezar o rosto. Ele estuda as propores e os traos pessoais de cada um a fim de decidir a cor apropriada do cabelo em relao pele e cor dos olhos, bem como fazer um corte de cabelo de modo a valorizar os traos do cliente. O objetivo do profissional visagista estudar o rosto das pessoas e mostrar o que fica mais adequado a cada uma delas, respeitando suas caractersticas e traos pessoais.

    Propores do corpo e do rosto

    O homem vitruviano de Leonardo da Vinci traz uma srie de medidas baseadas em clculos matemticos.

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    Observe novamente o desenho da pgina anterior. Agora, veja algumas dessas medidas. A distncia entre a linha do cabelo e o queixo 1/10 da altura do homem. A altura da orelha 1/3 da longitude da face. A distncia da linha do cabelo at as sobrancelhas 1/3 da longitude da face. O rosto tambm possui algumas propores interessantes. Observe a seguir o desenho de Philip Hallawell (2002). Se nos basearmos s no tamanho da altura do nariz, chegaremos concluso de que ele: um pouco menor que o espao entre a base do nariz e o olho; um pouco maior que a largura do olho; igual ao tamanho da distncia entre a base do nariz e o queixo; igual altura da testa; igual ao tamanho entre o centro e a lateral do rosto, na parte mais larga; e igual ao tamanho das orelhas.

    Como vimos, ter noo de matemtica essencial para a nossa vida. Conhecer propores o auxiliar, por exemplo, a escolher a melhor maquiagem para o tipo de rosto de seu cliente.

    ATIVIDADES

    Exerccios para fixao do conhecimento:

    A proporo no corpo humano

    1. Procure no dicionrio o significado de longitude. O que encontrou e qual dos significados ajuda a

    compreender as medidas de Vitrvio?

    2. Em duplas e com um pedao de barbante, verifiquem as seguintes propores. a) Mea com barbante a distncia entre a raiz do cabelo e o queixo de seu colega. Compare-a com a altura dele. Essa distncia corresponde a 1/10 da sua altura? Depois, seu colega repete o procedimento com voc.

    b) Mea com um barbante a altura da orelha do colega. Ela representa 1/3 da longitude da face? A seguir,

    ele mede a altura de sua orelha.

    c) Repita o procedimento para verificar se a distncia desde a linha do cabelo at as sobrancelhas 1/3 da

    longitude da face. O que voc encontrou? Por fim, seu colega verifica a mesma medida em seu rosto.

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    e)Registrem aqui as concluses a que chegaram sobre as medidas. Por que essas medidas so

    importantes para um cabeleireiro?

    3. Agora, pegue uma foto de rosto de uma revista e com uma rgua monte um esquema de propores

    como a figura apresentada anteriormente. Verifique se o tamanho do nariz:

    a) um pouco maior que a largura do olho;

    b) igual altura da testa; e

    c) igual ao tamanho das orelhas.

    4. Com base nesse esquema, podemos dizer que todos os rostos so iguais? Justifique.

    A simetria

    Imagine uma ma cortada ao meio. Ela apresenta dois lados iguais?

    A isso chamamos de simetria: a semelhana entre duas metades. Olhe para um colega e trace uma linha imaginria, vertical, dividindo seu rosto em dois. Observe bem e

    responda: os dois lados so iguais? Assim como nosso rosto, o corpo humano simtrico, isto , tem dois olhos, um de cada lado; um lado do nariz semelhante ao outro, e assim por diante. Repare nos seus olhos. O olho direito igual ao esquerdo?

    Observe que legal: No s nas formas que encontramos simetria. Ela tambm est presente nas palavras.

    Quando conseguimos ler a mesma frase nos dois sentidos, a chamamos de palndromo. A palavra estranha, mas

    o resultado divertido.

    Leia essas frases de trs para frente e veja o que aparece.

    SOCORRAM-ME, SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS ! ANOTARAM A DATA DA MARATONA!

    A MALA NADA NA LAMA! A TORRE DA DERROTA!

    Simetria tem a ver com geometria

    Vamos relembrar alguns assuntos sobre Contedos Gerais, que trata sobre a geometria, a parte da matemtica que estuda as formas. Preste ateno em especial a esses assuntos eles que fazem a diferena entre um super profissional para um amador, que fala sobre as formas geomtricas.

    Para os profissionais de imagem e beleza, um conceito importante o ngulo.

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    A geometria importante para que o cabeleireiro identifique o formato do rosto, pois, para cada tipo, voc dever usar uma estratgia diferente a fim de valorizar os traos do cliente.

    Conhecendo a composio do fio

    Se, por um lado, compreendemos os conceitos de cor fria e quente e percebemos qual a mais adequada para cada tipo de pele, por outro, precisamos acumular conhecimento tcnico sobre as tintas e as formas de prepar-las e aplic-las. Em primeiro lugar, vamos recorrer ao estudo das cincias a fim de compreender a estrutura do fio do cabelo.

    O cabelo dividido em trs partes:

    1. Cutcula Parte externa do fio (como se fosse a pele do cabelo). Serve de proteo contra influncias externas. Quando o sol, a poluio e o uso de produtos inadequados maltratam o cabelo, a cutcula faz o fio perder o brilho e a maciez, causa pontas secas e duplas, torna o cabelo quebradio e provoca a queda dos fios. Isso porque ela no renovada da mesma forma que a pele humana. Para compensar o problema, existem produtos que agem como um protetor solar dos cabelos.

    2. Medula Parte interna do fio que funciona como um eixo central de clulas. Alguns tipos de cabelo, em

    especial os crespos, muitas vezes no contm a medula.

    Importante entender:

    A clula a menor parte de qualquer organismo vivo (animal e vegetal). Ela to pequena, que s pode ser vista

    com o auxlio de um microscpio aparelho com lentes que ampliam a imagem de seres e objetos que no

    conseguimos enxergar com nossos olhos. O ser humano formado por muitos trilhes de clulas.

    3. Crtex Parte do fio onde ficam os pigmentos (eumelanina/azul, feumelanina/amarelo e

    tricosiderina/vermelho), que determinam a cor natural dos cabelos de acordo com as diferentes propores das

    melaninas, indicadas numa escala de 1 a 10:

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    1. preto 2. castanho escurssimo 3. castanho escuro 4. castanho mdio 5. castanho claro 6. loiro escuro 7. loiro mdio 8. loiro claro 9. loiro muito claro 10. loiro clarssimo

    A pigmentao dos fios pode ser alterada quando recebe a luz solar. Em razo disso, muito comum

    algum voltar da praia dizendo que o cabelo ficou queimado de sol. Os raios alteram a colorao dos fios e,

    tambm por isso, importante que voc, como profissional, oriente seus clientes a usar produtos que protejam os

    cabelos dos raios do sol.Os cabelos normalmente ficam brancos com o passar do tempo, pois a formao dos

    pigmentos diminui por causa da interrupo da produo de melanina. Essa caracterstica provavelmente tem

    origem fisiolgica e gentica. Os cabelos brancos, em geral, tornam-se grossos e rebeldes porque a melanina

    substituda por bolhas de ar.

    Colorimetria -

    Voc j ouviu falar de colorimetria? Trata-se da cincia que estuda a composio da cor dos cabelos e os fatores que a alteram.

    Esses estudos nos informam tambm que a percepo da cor diferente de pessoa para pessoa. Isso explica por que, s vezes, certas pessoas afirmam que tal cor verde e outras teimam ser azul. Por causa dessas diferenas que dizemos que a percepo da cor subjetiva, ou seja, cada um pode ter uma viso diferente da mesma cor. Se quiser anular uma cor indesejada, seja em mechas, colorao ou descolorao, voc precisa ter conhecimentos de colorimetria. Veja, a seguir, uma tabela dos pigmentos contidos em uma colorao.

    Colorao Pigmentos

    Dourada Amarelados

    Cobre Laranjas

    Cinza Azuis

    Acaju ou vermelha Da mesma cor

    Roxa ou violeta Da mesma cor

    Verde ou mate Da mesma cor

    Cabelos e produtos Espec ficos

    Neste ponto de nosso trabalho, vamos mudar um pouco de assunto: o que voc acha de conhecer mais sobre biologia e qumica, por exemplo?

    Substantivos simples como hidratao, cor, limpeza, efeito etc., ou acompanhados de adjetivos, como intensivo, desbotado, profundo, liso, frio, entre outros, vo passar a fazer parte de seu cotidiano profissional. Esses nomes e expresses vo compor seu novo vocabulrio.

    Voc j deve ter ouvido falar em economs, que como as pessoas passaram a chamar a linguagem tpica dos economistas, repleta de termos tcnicos de difcil compreenso para quem no da rea. Nesse sentido, temos que comear a pensar cada vez mais em cabeleirs.

    Xampus e condicionadores: Mas o que, afinal, xampu? o lquido usado na lavagem dos cabelos com a finalidade de limpar, tratar, restaurar e hidratar. Os xampus atuais so bem diferentes dos primeiros, que tinham todos a mesma funo.

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    Hoje, esses cosmticos apresentam-se numa diversidade muito grande, com especificaes para os mais diferentes tipos de cabelo e seus respectivos problemas. Existem dois tipos de xampus especiais: Antirresduo Recomendado para limpezas profundas, pois remove restos de condicionadores, musses e outras substncias cujo acmulo ocasiona opacidade e falta de brilho. Ele no deve ser usado em cabelos com escova progressiva. Tambm no recomendvel us-lo com muita frequncia; no mximo, uma vez por ms. Sem sal Suave, indicado para cabelos tratados quimicamente (tingidos, descoloridos, com permanente, com escova progressiva etc.), pois combate o ressecamento.

    VOC SABIA: O xampu derivado de um detergente alemo criado em 1890. Ele comeou a ser vendido depois

    da Primeira Guerra Mundial. Os cabeleireiros ingleses o produziam aquecendo sabo em gua junto com

    bicarbonato de sdio e ervas, a fim de promover a sade do cabelo e impregn-lo com aromas. Acredita- se que a

    origem do nome veio de chhamna, expresso do idioma hindi que significa apertar, massagear ou amassar.

    E os condicionadores? Eles j foram chamados de creme rinse e tm como funes bsicas a hidratao e

    a revitalizao dos fios. Seu uso traz brilho, maciez e suavidade aos cabelos. Seu ingrediente principal uma

    composio de protenas que tem o objetivo de recuperar a condio normal dos fios expostos ao sol, ao vento,

    poluio, ao de produtos qumicos etc.

    Rinse um termo francs que significa enxgue.

    Conhecendo os tipos de xampu e condicionador

    1. Organizados em grupos de pessoas, voc e seus colegas devem pesquisar em supermercados, lojas de cosmticos, nos rtulos de produtos e em revistas especializadas quais so os tipos de xampu e condicionador disponveis para o pblico consumidor e para os profissionais da rea, sem se prender a marcas, mas prestando ateno nas funes de cada produto.

    2. Ao final desse levantamento cuidadoso, os grupos vo se reunir na classe e partilhar suas descobertas. Quais e quantos tipos de xampu e condicionador a turma identificou? Para o tratamento dos cabelos feito com produtos cujas frmulas contm frutas, ervas e/ou outras

    substncias. Ento, que tal comearmos a pensar em montar um manual ou um pequeno dicionrio enciclopdico que

    explique, por exemplo, para que serve o abacate em uma frmula de xampu? A pesquisa para a confeco desse material tambm o ajudar a descobrir como agem ou para que servem

    xampus e condicionadores para cabelos cacheados, modeladores de cachos, iluminadores e protetores de cor para nutrio celular, plstica dos fios, equilibrantes, energizantes, fortificantes, antiquebras, antirresduos, antiestresse, antioxidantes, ps-escova progressiva, reconstrutores para criar e manter efeito liso e muitos outros.

    Com base nos dados obtidos, construam uma tabela, anotando os componentes (abacate, banana, leite etc.) e suas finalidades (antirresduos, equilibrante, nutrio celular etc.) importante montar uma lista que relacione cada componente com sua(s) finalidade(s).

    Para fazer esse trabalho vocs devem analisar vrias coisas dentre elas se os componentes destacados nos rtulos dos produtos so mais eficientes sintetizados ou in natura.

    Por exemplo: ao examinar um xampu de leo de amndoa, a equipe vai ver para que serve o leo de amndoa. O trabalho final ficar semelhante aos exemplos citados na tabela abaixo.

    Componente Finalidade

    Amndoa Hidrata os cabelos secos, pois fonte de vitaminas, e ainda.......indicado para......in natura no recomendado

    haja vista os nutrientes terem que ser separado em laboratrio para ficar puro e livre de outras substncias.

    Nutrio e beleza dos cabelos

    Agora j conhecemos os principais tipos de xampu e condicionador e sabemos que necessrio avaliar o tipo de cabelo e o estado em que ele se encontra antes de comear a trat-lo. Tambm precisamos pensar no efeito que o cliente busca para, s ento, pensar nos produtos mais indicados ao tratamento.

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    Nesse ponto, teremos de usar outros produtos que auxiliaro na busca da condio ideal dos cabelos: cremes, mscaras revitalizantes, hidratantes, nutrientes, restauradores etc. A anlise dos ingredientes ativos de vrios produtos vai ajud-lo a resolver problemas que surgiro no dia a dia como, por exemplo, tratar cabelos ressecados e quebradios em consequncia da aplicao de sucessivas tinturas em curtos espaos de tempo. Nas prximas pginas vamos conhecer algumas informaes mdicas, em especial as relativas dermatologia (rea que cuida dos males da pele, das unhas e dos cabelos) ou, mais especificamente, tricologia, que analisa clinicamente o cabelo e o couro cabeludo; e tambm ginecologia, especialidade que informar paciente grvida sobre os produtos e tratamentos capilares que ela poder ou no utilizar. Se a medicina nos auxilia com conhecimentos sobre os cuidados com o corpo e os cabelos, outra rea da sade tambm bastante til aos cabeleireiros: a nutrio. Afinal, uma alimentao errada pode deixar os cabelos secos ou excessivamente oleosos, quebradios e sem vida. A alimentao mais adequada a que conhecemos como balanceada, equilibrada. Para sabermos do que se trata, vamos examinar a composio da pirmide alimentar. De acordo com o Departamento de Nutrio da Universidade de Braslia, essa pirmide formada por 8 grupos de alimentos:

    Grupo 1 Fica na base da pirmide e formado pelos alimentos que nos do energia. Grupo 2 Formado por alimentos que regulam o funcionamento do organismo, pois so ricos em sais

    minerais, vitaminas e gua. Grupo 3 Tambm cumpre a funo reguladora. Composto por frutas igualmente ricas em vitaminas, sais

    minerais e fibras. Grupo 4 Abrange os chamados alimentos construtores, em que h muito ferro, zinco e clcio. Gorduras e

    acares tambm fazem parte deste grupo. Grupo 5 Tambm inclui alimentos construtores com elementos qumicos como ferro e zinco. Fazem parte

    desse grupo carnes e ovos, itens geralmente associados ao colesterol nocivo. Grupo 6 Mais elementos construtores, com a vantagem de auxiliar na produo do colesterol bom pelo

    organismo. Grupo 7 Composto por gorduras que ajudam a conduzir as vitaminas pelo organismo. Grupo 8 No topo da pirmide, inclui alimentos altamente calricos, que devem ser consumidos em

    quantidades mnimas: todos os salgadinhos empacotados, balas e chocolates, por exemplo.

    O mesmo departamento da UnB recomenda, para uma dieta balanceada, o consumo dirio das seguintes pores:

    Alimentos Pores Calorias

    Grupo 1

    Cereais, pes, razes e tubrculos

    8 pores 150 kcal

    Grupo 2

    hortalias e verduras

    3 pores 15 kcal

    Grupo 3

    Frutas e sucos

    3 pores 70 kcal

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    de frutas naturais

    Grupo 4

    Leite e derivados: queijos,

    bebidas lcteas etc.

    3 pores 120 kcal

    Grupo 5

    Carnes e ovos

    2 pores 130 kcal

    Grupo 6

    Leguminosas: feijo, soja, ervilha etc.

    1 pores 55 kcal

    Grupo 7

    leos e gorduras

    2 pores 120 kcal

    Grupo 8

    Acares, balas, chocolates, salgadinhos

    2 pores 80 kcal

    ATIVIDADES

    Pesquisando alimentos

    1. Organizados em duplas, voc e seus colegas iro a pesquisar os alimentos ricos em substncias qumicas importantes para a sade dos cabelos citados na tabela a seguir.

    Elemento Qumico Funo Alimentos

    Magnsio Essencial na formao de protenas como a

    queratina, substncia constituinte dos fios.

    Clcio No pode faltar, pois, sem ele, os fios tornam-se

    finos e quebradios.

    Sdio Ajuda no controle da quantidade de gua dentro

    dos fios, alm de torn-los brilhantes.

    Potssio Tem importncia para a flexibilidade e a

    hidratao dos fios.

    Zinco Proporciona fora aos cabelos.

    Silcio e enxofre Fortalecem e estimulam o crescimento dos

    cabelos.

    Uma boa alimentao, combinada com o uso correto de produtos de beleza adequados e de boa qualidade,

    contribui para a sade e o vio dos cabelos. Algumas vitaminas e minerais tambm exercem um papel importante

    nesse processo. Entre eles esto:

    Vitamina B2 Encontrada nos cereais em gros, nos bifes de fgado, em sementes de girassol, na couve,

    no agrio, no leite, em ovos, ervilhas etc.

    Vitamina B7 Presente no melo, no levedo, no grmen de trigo, na laranja, no plen de flores, na alfafa

    germinada, no iogurte, em nozes e castanhas etc.

    Ltio Sua ausncia provoca queda de cabelo e seborreia. Encontrado na gua, no gengibre, em certos

    tipos de cogumelo, no agrio, na alface e em nozes e castanhas.

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    2. Debatam a importncia, ou no, de um cabeleireiro aconselhar seus clientes sobre a alimentao. Justifiquem suas concluses e apresentem essa argumentao turma. Esse pode ser mais um item na construo de seu dicionrio enciclopdico das prticas que te far um super profissional.

    DICA SUPER IMPORTANTE: A orientao sobre alimentao baseada no consumo de produtos naturais, e no

    no consumo de produtos industrializados. Alm disso, todo medicamento deve ser receitado somente por mdicos.

    A cie ncia nos cabelos

    Voc j deve ter reparado como a cincia est presente em muitos aspectos cotidianos do cabeleireiro. Vimos at aqui como o fio composto e quais so os alimentos adequados para dar brilho e maciez aos cabelos.

    Mas h muito mais cincia nessa profisso. Repare nos rtulos de cosmticos para cabelos ou mesmo nas propagandas desses produtos. Voc j ouviu falar em pH? a sigla de potencial hidrogeninico.

    Embora ele tenha um nome estranho, essencial conhecer sua funo, pois seu efeito tem relao direta com a estrutura dos cabelos. Esse curso no pretende conceituar o termo hidrogeninico. Basta, por ora, saber que o pH indica quanto uma determinada substncia alcalina ou cida. As substncias alcalinas so opostas s cidas. Alm disso, so capazes de diminuir ou anular a acidez de qualquer substncia.

    Os cabelos so formados por molculas que se unem por meio de trs tipos de ligaes: as pontes salinas, as de dissulfeto e as ligaes de hidrognio. Quando os fios esto molhados, ocorre a quebra das ligaes de hidrognio e, por isso, eles perdem volume. Quando secam, as ligaes so recompostas, o que os faz recuperar o volume.

    Xampus cidos (com pH semelhante a 1,5) quebram as ligaes de hidrognio assim como as pontes salinas, tornando os cabelos secos e rebeldes. Os xampus com pH elevado (maior ou igual a 8) quebram as pontes de dissulfeto, provocando pontas duplas pois h a ruptura das pontes localizadas nas extremidades dos fios. Portanto, o xampu ideal deve ter pH moderado (entre 4,0 e 5,0).

    DICA: O pH apresenta uma medida que varia entre 1 e 14 e indica o quanto um lquido cido ou alcalino (o oposto

    de cido). Se o pH menor que 7 (pH < 7), significa que a substncia cida. Se a substncia tiver pH maior que 7

    (pH > 7) ela alcalina. E quando o pH igual a 7? Isso quer dizer que a substncia neutra (nem cida nem

    alcalina).

    H produtos que modificam a estrutura dos cabelos sem, entretanto, danific-los. Assim, possvel alisar cabelos cacheados, ondulados, crespos e afros sem recorrer a produtos que os danifiquem e, principalmente, sem usar cosmticos nocivos sade, tanto do cliente como a sua caso do formol, por exemplo.

    As escovas progressivas com formol so ilegais no Brasil, j que o uso da substncia em tratamentos estticos est proibido pela Anvisa Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria desde 1997, apesar dos argumentos dos vendedores e dos defensores desses produtos a questo seguir uma recomendao da lei ou assumir o risco das consequncias....

    VOC SABIA: O uso contnuo de formol pode resultar em srios problemas respiratrios e favorecer o surgimento de Tumores. Essa substncia classificada como cancergena pela OMS Organizao Mundial da Sade.

    O BENEFCIO DO NO USO PRA PRESERVAR A SUA PROPRIA VIDA PROFISSIONAL.

    O ndice de formol em cosmticos de 0,2%, teor insuficiente para produzir o alisamento. Em seu lugar, atualmente, existem produtos cujas frmulas incluem compostos qumicos como hidrxido de sdio, tioglicolato de amnia, guanidina, queratina, metilparabeno e propilparabeno. Esses produtos tornam o cabelo malevel, mais elstico e mais liso, e amolecem a fibra. Mas no podem ser misturados num mesmo tratamento ou numa s tcnica.

    Reconhecendo os tipos de cabelo

    Nossa vivncia nos ajuda a identificar se um cabelo seco ou oleoso, mas um profissional da rea precisa conhecer o assunto com mais profundidade. Para cada tipo de cabelo h produtos diferentes. Se o cabelo oleoso, o cliente deseja tirar o excesso de leo. Por isso o xampu e o condicionador no podem ser iguais queles usados por quem tem cabelo seco.

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    O estado em que os cabelos se encontram no momento do tratamento outro fator que determina quais sero os produtos aplicados. Afinal, os cabelos podem precisar de nutrientes, hidratao, fora etc. Mais um aspecto a ser levado em conta o efeito desejado. H produtos indicados para manuteno do efeito liso, modeladores de cachos, protetores da cor, cosmticos que controlam o volume dos fios etc. Alimente aqui seu dicionrio enciclopdico anotando as caractersticas de cada tipo de cabelo. Depois de algum tempo, voc no utilizar o dicionrio com muita frequncia, mas no incio da carreira ele o ajudar bastante. Assim, o ideal que, no comeo da pesquisa, voc monte fichas para consulta.

    Cabelos secos

    Eles so ressecados em toda a extenso dos fios, diferentemente de outros que podem estar secos nas pontas, mas no perto da raiz. Tambm no brilham, j que apresentam oleosidade muito baixa. So quase sempre mais volumosos que os outros tipos de cabelo e apresentam mais dificuldade para pentear e desembaraar. Alis, em geral, parecem no ter sido penteados corretamente. So quebradios, speros no toque e costumam apresentar pontas duplas. Por isso tudo, podemos dizer que os fios secos so frgeis. Todas as caractersticas citadas acima decorrem da baixa lubrificao do couro cabeludo. Essa falta de lubrificao deixa os cabelos mais expostos a qualquer agente da natureza capaz de causar danos. E esse fator, alm da nutrio insuficiente, que torna os cabelos secos mais fracos que os demais.

    Cabelos normais

    No ressecam com facilidade, so macios e brilhantes, tm volume adequado, so fceis de pentear.

    Pedem hidratao, em mdia, a cada 15 dias.

    Cabelos oleosos

    A produo das glndulas sebceas excessiva, muito maior do que o necessrio, fazendo com que a

    gordura torne os fios mais finos e sem volume. Por isso, esse tipo de cabelo exige lavagens dirias. A hidratao,

    por outro lado, deve ocorrer somente uma vez por ms.

    Cabelos mistos

    So oleosos junto ao couro cabeludo, apresentando aspereza nas pontas que ressecam com frequncia.

    Requerem tratamento com produtos especficos para amenizar a oleosidade da raiz e hidratar as pontas secas. A

    hidratao deve ser feita quinzenalmente, com foco na rea entre o meio e as pontas dos fios.

    O pH

    A constituio Bioqumica da pele, identifica-se com a protena e esta vive num ambiente levemente cido. Isto quer dizer que o pH da pele dever ser sempre levemente cido. O pH da pele pode sofrer variaes dependendo da influncia de ambiente e produtos qumicos, O pH da mulher est em torno de 5,5 e do homem 5. Quando lavamos ou limpamos rosto e, tratando-se especialmente de uma pele sensvel e em desequilibro, nunca se deve recorrer aos sabes, loes de limpeza, tnicos, etc., porque a combinao qumica desses produtos alcalina. A alcalinidade modificar o pH da pele, intensificando os desequilbrios j existentes (acne, rugas, manchas, etc.), como tambm originar novos desequilbrios, especialmente a desidratao epidrmica e o aparecimento precoce de rugas. A pele do rosto a nica, de todo o corpo, continuamente exposta a todos os tipos de traumas do ambiente externo (sol, frio, calor, vento, poeira, etc.), razo pela qual deve ser a mais assistida em matria de cuidados.

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    O que pH

    pH o smbolo que determina o valor de acidez ou alcalinidade de um produto ou da pele. pH de um produto quer dizer o valor de concentrao de ons H (ons hidrognio) ou de ons OH (ons oxignio) que um produto tem. Isto quer dizer que para se determinar o pH de um produto, mede-se a quantidade de ons H ou ons OH que o mesmo tem. Se o produto tiver mais ons H, ento, ele ser de pH cido. Se ao contrrio, tiver mais ons OH, ento, seu pH ser alcalino. Quando voc encontrar a mesma quantidade de ons H e ons OH o valor de pH ser neutro. Um exemplo desse tipo a gua destilada.

    Veja o que pH cido

    Todo produto ou substncia que tiver o valor pH entre 1 a 6,9 considerada cido. Somente um produto cido neutraliza um produto alcalino. A tinta tem valor alcalino e para se neutralizar seu pH, deve ser aplicado um produto que tenha valor cido. Veja o caso do lquido de ondulao, que necessariamente deve ser alcalino, pois, sua funo a de amolecer os cabelos. Enquanto, aps sua aplicao e dando o tempo necessrio, torna-se necessrio tambm aplicao de um produto cido, que pe exatamente o neutralizante. O tratamento cido faz com que os cabelos encolham e as escamas das cutculas se fechem.

    pH neutro

    Os produtos ou substncias qumicas que possuem o valor igual a 7, so considerados neutros. pH neutro, como o prprio nome diz, aquele que no cido nem alcalino. Os produtos que entram em contato direto com a pele, devem ser necessariamente neutros (cremes, ps faciais, delineadoras, batons, loes, etc.). Existem produtos para os cabelos que tambm so de pH neutro, tais como: cremes para os cabelos, fixadores, loes anticaspa, laqu, etc. Entretanto, existem produtos utilizados nos cabelos que devem ser necessariamente alcalinos, para que o resultado desejado seja positivo. Enquadra-se nesse caso o descolorante, ondulador, alisador, hen, etc.

    pH alcalino

    Todo produto que, aps devidamente testado, acusar o valor acima de 7,1 considerado alcalino. No confunda o exaro sentido dos termos: cido e alcalino. Pelo fato de cido no quer dizer que seja mais forte que o alcalino. O potencial qumico relativo do pH , no cido, inferior ao do alcalino, embora tal afirmativa surpreenda a muitos, pois a expresso cido sempre transmite a idia de produto altamente violento e corrosivo. Sempre que falar em ambos, lembre-se. A funo dos alcalinos completamente oposta a dos cidos. Veja porque: Quando voc aplica um ondulador (para fazer a sua ondulao) o lquido usado alcalino e sua funo abrir as escamas dos cabelos. Isto se aplica tambm ao descolorante que, alm de abrir as escamas da cutcula, tambm retira o pigmento natural da cor dos cabelos. comum em ambos os casos, utilizar-se logo aps, um neutralizante que possua o pH cido e que ir naturalmente neutralizar a ao do alcalino anteriormente aplicado.

    Como fazer o teste do pH

    Talvez seja esta a primeira vez que voc, como profissional, tenha tomado conhecimento da maneira fcil de se testar o pH de um produto. Voc tem um determinado produto e deseja saber se ele cido, neutro ou alcalino. Existe no mercado, vendido por firmas que comerciam com produtos qumicos, pequenas cartelas de Papel Reagente Universal (este que citamos fabricado pela Merck).

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    FIG. 1 De posse de uma cartela, retire uma fita do Papel Reagente.

    FIG. 2 Mergulhe-a no lquido que deseja

    testar, por fraes de segundos, o bastante para o

    papel mudar de cor.

    FIG. 3 Quando se tratar de produtos viscosos ou cremes, passar o mesmo sobre a fita do Papel Reagente.

    4 Logo aps a aplicao, o Papel Reagente vai tomando a cor do pH indicado na Escala de Cores existente na prpria cartela. Conforme a cor que ficou o Papel Reagente, ser o valor cido, neutro ou alcalino. 5 - Quando o Papel Reagente mergulhado no lquido a ser testado, ele dever ser normalmente comparado com a escala de cores existente na cartela. 6 No caso de cremes ou lquidos viscosos, que so passados no Papel Reagente, o resultado dever ser visto no verso do papel. 7 Finalmente no esquecer de manter as mos limpas ao usar o Papel Reagente, para no contamin-la antes do uso.

    As cores que voc encontra na cartela.

    Quando voc tiver uma cartela de Papel Reagente, nela encontrar as cores para determinar o Ph. pH cido 1 Vermelho-cereja 2 Rosa 3 Vermelho-alaranjado 4 Laranja-avermelhado 5 Laranja 5 Amarelo pH neutro 7 Amarelo-esverdeado pH alcalino 8 Verde 9 Azul-esverdeado 10 Azul Sendo assim, conforme a cor que a tira de papel tomar, ser determinado, automaticamente, o pH do produto.

    Cuidado com os Cabelos e cuidando dos cabelos na prtica

    Dicas importantes no tratamento dos cabelos:

    FIG. 1

    FIG. 2

    FIG. 3

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    Evite passar a mo nos fios. Por mais limpas que estejam, as mos levam sujeiras para os cabelos, contribuindo para que eles fiquem pesados mais rapidamente, diminuindo a possibilidade de reflexo da luz e, conseqentemente, do brilho.

    Os cabelos podem ser lavados diariamente ou sempre que se sentir necessidade. Evite lavar os cabelos com gua muito quente. fundamental que o shampoo e o condicionador usados sejam adequados s necessidades do cabelo,

    com formulaes apropriadas para lavagens freqentes. Os shampoos, condicionadores e loo condicionadora da linha Simbios tm esta caracterstica.

    Como Lavar:

    Colocar uma quantidade suficiente de shampoo na palma da mo. Aplicar sobre os cabelos molhados, partindo da nuca em direo ao alto da cabea. Enxaguar muito bem para no deixar resduos sobre os fios. Se o comprimento dos cabelos for mdio para comprido, repetir a aplicao do shampoo para que toda a

    extenso dos fios possa receber os benefcios do produto. No caso dos cabelos secos, massagear o couro cabeludo com as pontas dos dedos para ativar as

    glndulas sebceas.

    Como condicionar:

    O condicionador deve ser usado a cada lavagem. Colocar uma pequena quantidade de condicionador na palma da mo e aplicar suavemente nos cabelos

    molhados. No deixar resduos de condicionador sobre os fios. Para isso, deve-se enxaguar muito bem os cabelos.

    Como enxugar e secar:

    Depois de lavados e condicionados, os cabelos devem ser envolvidos em uma toalha para que o excesso de gua seja eliminado. Assim, evita-se as frices rigorosas com a toalha, que agridem os fios e o couro cabeludo.

    Nunca utilizar o secador muito quente, para no quebrar os fios. Mant-lo a, pelo menos, 15 cm de distncia dos cabelos, movimentando sempre o aparelho.

    Como pentear / escovar:

    Usar de preferncia escovas de ceras naturais, mistas ou de material antiesttico, com pontas arredondadas.

    Jamais escovar os cabelos sob a gua para no arrebentar os fios. Usar pentes de dentes largos, de madeira, osso ou material sinttico antiesttico. Ao escovar, cuidar para

    no traumatizar o couro cabeludo.

    Como massagear:

    A massagem ativa a irritao sangunea do couro cabeludo, melhorando sua oxidao. Com a ponta dos dedos juntos, fazer movimentos rotativos para fora, comeando da nuca em direo

    testa. Em seguida, friccionar com a ponta dos dedos, da testa em direo nuca. Os cabelos oleosos no podem ser massageados com freqncia para no ativar as glndulas sebceas.

    Tipos de tratamento - Cabelos

    Devemos sempre oferecer tratamentos que busquem o equilbrio dos fios. Para balancear os cabelos secos,

    devemos usar produtos nutritivos; j no caso dos oleosos, os produtos devem controlar a produo das glndulas

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    sebceas; os cabelos mistos necessitam de controle da oleosidade para que haja uniformidade tanto junto s razes

    quanto ao longo dos fios. Por fim, os cabelos normais precisam de produtos que apenas mantenham essa condio.

    Hidratao

    Recomendao: cabelos secos, tingidos e danificados. Tempo: no caia na armadilha de que quanto mais tempo durar a aplicao de um produto, melhor ser o resultado. Os processos de hidratao devem seguir as recomendaes dos fabricantes em geral, no se deve ficar mais de uma hora com a mscara nos cabelos. Cuidados: no aplique o produto na raiz dos cabelos.

    Cauterizao capilar

    um tratamento que cicatriza as cutculas dos cabelos por meio de hidratao profunda, selando as escamas dos fios e suavizando as pontas duplas. Alm disso, elimina o aspecto arrepiado e seco.

    1) Devidamente vestido com luvas de silicone, avental e mscara, lave os cabelos do cliente com xampu antirresduos at que os fios estejam completamente livres de impurezas e abrir

    2) Passe uma mscara reconstrutora base de queratina ou protena, massageando todos os fios separados em pequenas mechas. O sentido da massagem deve ser o mesmo do crescimento dos fios. Deixe o produto agir por cerca de 10 minutos.

    3) Enxgue os cabelos, retirando os resduos de produtos aplicados. 4) Aplique um creme antitrmico para proteger os fios do calor do secador e da chapinha. 5) Separe os cabelos em quatro mechas (na frente, nos lados e atrs). 6) Seque os fios enquanto faz a escova. 7) Volte a dividir os fios em mechas. 8) Separe uma mecha menor e aplique nela a queratina lquida. Em seguida, passe a prancha (chapinha)

    nessa rea. Repita o procedimento at que todo o cabelo esteja cauterizado, se o cabelo for curto utilize um pente fino, e trabalhe a modelagem, ou puxamento usando o secar como recurso trmico.

    Lembre-se de aconselhar o cliente a no lavar os cabelos nas 48 horas seguintes.

    Tratamentos naturais e argiloterapia. Para Homens

    Oferecer tratamentos naturais pode ser um diferencial em sua relao de servios. Alguns, como a argiloterapia, remontam Antiguidade. A argiloterapia adstringente, tonificante e estimulante. Recomendao: fortalecer e recuperar os cabelos, pois inclui sais minerais que promovem uma limpeza

    profunda. A argila usada nesses tratamentos elimina as clulas mortas dos fios, revitalizando-os, alm de ativar a circulao do sangue no couro cabeludo. Tambm eficaz contra caspa, seborreia e queda dos cabelos, tem ao bactericida e regeneradora.

    Prefira as argilas preta ou verde. A primeira age na raiz contra a oleosidade excessiva e trata a queda de cabelo. A verde tem ao mais tonificante e indicada para fios mistos ou normais.

    Preparao: misture 2 colheres de sopa de argila com meia xcara de gua mineral at formar uma pasta homognea.

    Aplique essa pasta com um pincel nos cabelos limpos. Tempo: deixe a mistura agir durante 20 minutos. Diferentemente do que ocorre na hidratao, nesse

    procedimento voc pode (e deve) aplicar o produto tambm no couro cabeludo. Retire a mistura com bastante gua, lavando os cabelos em seguida com xampu neutro. Se necessrio,

    utilize hidratante ou condicionador. Ateno: a aplicao da argila semanal e o tratamento completo deve durar de 6 a 12 semanas,

    dependendo do tipo de cabelo. comum que os cabelos adquiram um aspecto ressecado aps as primeiras aplicaes. importante que o cliente esteja ciente de que a argiloterapia um processo e que o efeito surgir ao longo do tratamento.

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    Relaxamento, alisamento e recondicionamento te rmico. Pra homens

    O processo de relaxamento dos cabelos consiste em suavizar a ondulao existente, amolecendo a estrutura dos fios. Ele pode ser dividido em trs passos.

    1) Preparao: usando luvas descartveis, lave os cabelos do cliente com xampu antirresduos e separe-os em quatro partes. 1) Aplicao do creme de relaxamento: coloque o produto em uma vasilha no metlica. Com o auxlio de

    um pincel, inicie a aplicao pela nuca, evitando o contato do creme com o couro cabeludo (mantenha distncia de cerca de 1 cm em relao a ele).

    Aplique o produto rapidamente, mecha aps mecha, sobre todo o comprimento dos fios, tomando o cuidado de no pux-los. Se os cabelos j foram alisados, passe o creme unicamente na base dos fios, respeitando a j citada distncia de 1 cm.

    Certifique-se de que o produto seja bem distribudo por todos os fios. Alise-os com os dedos ou com a ajuda de um pente no metlico de dentes largos, assegurando-se de que h creme suficiente sobre os cabelos.

    Sem alterar a temperatura ambiente, faa uma pausa para o produto agir. Esse prazo deve ser de aproximadamente 15 minutos para cabelos naturais resistentes e 10 minutos para cabelos coloridos, fragilizados. Continue alisando os fios com os dedos ou o pente durante essa pausa.

    Enxgue com bastante gua morna at a eliminao total do produto. Seque cuidadosamente com uma toalha.

    3) Aplique cerca de 80 mL da quantidade de loo fixadora neutralizante sobre os cabelos. Espalhe o produto com delicadeza e deixe-o penetrar em toda a extenso dos fios. Alise regularmente os cabelos durante uma pausa de 5 minutos.

    Espalhe mais 40 mL da loo. Alise regularmente os cabelos durante uma pausa de 3 minutos. Enxgue cuidadosamente com gua morna por mais 3 minutos.

    O alisamento implica o uso de produtos mais fortes, pois, ale m de alargar as ondas, ele as estica por completo. O processo deve obedecer a seque ncia abaixo.

    1) Divida em quatro partes o cabelo previamente relaxado e aplique um produto de pr-tratamento. 2) Mecha aps mecha, passe nos fios uma mistura de creme de relaxamento e ativador, comeando pelo

    topo da cabea e seguindo em direo nuca. 3) Com movimentos leves, porm firmes, estique as mechas enquanto espalha a mistura usando as costas

    de um pente no metlico ou as mos enluvadas. Aguarde o tempo de pausa especificado pelo fabricante do creme.

    4) Depois de conferir se o cabelo est processando a mistura, enxgue-o at remover por completo os produtos aplicados.

    5) Aplique um condicionador normalizante e distribua-o de forma homognea enquanto massageia ao longo dos fios. Deixe o produto agir por 3 minutos e enxgue os cabelos.

    O recondicionamento trmico (tambm conhecido como alisamento japons ou escova definitiva)

    Mantm os cabelos lisos por mais tempo. O processo, que pode ser dividido em trs etapas, d-se por meio de uma chapinha trmica especial que redistribui uniformemente a queratina.

    1) Preparao: usando luvas descartveis, lave os cabelos do cliente com xampu antirresduos e separe-os em quatro partes.

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    2) Aplicao do creme de relaxamento: coloque o produto em uma vasilha no metlica. Com o auxlio de um pincel, inicie a aplicao pela nuca, evitando o contato do creme com o couro cabeludo (mantenha distncia de cerca de 1 cm em relao a ele).

    Aplique o produto rapidamente, mecha aps mecha, sobre todo o comprimento dos fios, tomando o cuidado de no pux-los. Se os cabelos j foram alisados, passe o creme unicamente na base dos fios, respeitando a distncia de 1 cm citada acima.

    Certifique-se de que o produto seja bem distribudo por todos os fios (em cabelos espessos voc pode usar um pente no metlico de dentes largos).

    Alise os fios com os dedos ou com a ajuda de um pente no metlico de dentes largos, assegurando-se de que h creme suficiente sobre os cabelos.

    CUIDADO: O uso do creme alisante deve ser obrigatoriamente acompanhado pelo uso de um

    neutralizante. Esses produtos so desaconselhveis para crianas e gestantes.

    Faa uma pausa levando em conta o tempo determinado pela mecha-teste e respeitando o tempo mximo de 40 minutos. Evite esticar os cabelos durante a pausa.

    Acompanhe as condies de elasticidade dos fios. Quando considerar que a ao do relaxante foi suficiente, passe um pente pelos cabelos com suavidade. Se

    os fios ficarem estendidos, enxgue-os abundantemente at retirar todo o produto. Caso contrrio, deixe que ele continue agindo e depois enxgue.

    Ento, use uma toalha para eliminar cerca de 80% da umidade dos cabelos. 3o passo Aplique cerca de 80 mL da quantidade de loo fixadora neutralizante sobre os cabelos. Espalhe

    o produto cuidadosamente e deixe-o penetrar em toda a extenso dos fios. Alise regularmente os cabelos durante uma pausa de 5 minutos.

    Espalhe mais 40 mL da loo. Alise regularmente os cabelos durante uma pausa de 3 minutos. Enxgue cuidadosamente com gua morna por mais 3 minutos.

    A fim de obter um resultado ainda melhor e mais durvel, aps a escova definitiva passe a chapinha nos cabelos separados em mechas finas, ou use a tcnica do pente fino e o secador.

    Cuidados a serem tomados Tanto o alisamento quanto o relaxamento pedem retoques em perodos que variam entre 40 e 60 dias. Esses procedimentos de manuteno devem se limitar s razes para que no haja ressecamento dos cabelos. Nem o alisamento nem o relaxamento so indicados para quem se submeteu a outros processos qumicos. A tcnica de relaxamento trmico no recomendada para cabelos muito crespos ou descoloridos. O ideal

    que os fios no tenham passado por processos qumicos por aproximadamente 6 meses.

    Cuidado: produtos txicos

    Utilize produtos de fabricantes reconhecidos no mercado e com selo de aprovao da Anvisa , pois estar lidando com substncias qumicas que envolvem riscos.

    Caso haja erro na aplicao ou na neutralizao dos produtos aplicados, os cabelos podem ficar gravemente danificados.

    Os cosmticos base de hidrxido de sdio possuem efeito alisador, mas so altamente txicos e podem lesionar o couro cabeludo e, por isso, no devem ser aplicados sobre ele. Guarde sempre uma distncia de 1 cm em relao raiz dos cabelos.

    Todo cuidado pouco na proteo dos olhos, pois esses produtos tambm podem afetar a viso do cliente. Aconselhe sempre que o cliente faa tratamentos mais naturais, explicando os riscos envolvidos no uso do

    hidrxido de sdio. Os produtos base de tioglicolato de amnia produzem o mesmo efeito e devem ser aplicados sobre os fios

    umedecidos. Os cremes de alisamento, por exemplo, contm amnia e sais de cido tiogliclico, enquanto as frmulas

    das loes fixadoras incluem perxido de hidrognio (gua oxigenada). H pessoas sensveis a esses produtos; alm disso, eles no devem ser utilizados em clientes cujo couro cabeludo apresente irritaes ou feridas, ou que j tenham sofrido algum tipo de reao alrgica a eles.

    Tratamento Para dar volume

  • Curso de Cabeleireiro Masculino Barbeiro Profissional Exattus Escola de Profisses Pgina 33

    Todo tipo de cabelo, liso ou ondulado, pode ser ralo. Para dar volume a cabelos muito finos e ralos, h produtos capazes de tornar as fibras capilares mais densas e pesadas, pois suas molculas penetram nas fibras, expandindo-se e solidificando-se em seu interior. Em outras palavras, deixam os cabelos at 66% mais encorpados e resistentes.

    Esses produtos devem ser usados regularmente, j que no suportam mais que uma dezena de lavagens. A queratina ideal para os cabelos lisos que estejam fracos e estticos (arrepiados), pois restaura as

    protenas, os minerais e a gua dos fios. Para os cabelos mais grossos, a reestruturao condiciona os fios, recupera a umidade e fecha as

    cutculas. Os produtos base de ceramidas, por exemplo, reconstroem as pontas danificadas e nutrem os fios sem

    deix-los pesados e sem balano. Esse tratamento tambm indicado para cabelos oleosos ou mistos com aparncia spera ou arrepiada.

    Produtos finalizadores, como o gel e a musse, ajudam a encorpar os fios. Outro recurso inclui o tipo de secagem dos cabelos que pode ocorrer com a cabea virada para baixo seguida de uso de uma escova redonda, com o jato do secador direcionado raiz.

    No custa lembrar que o tipo de corte tambm pode dar volume aos cabelos. O degrad e o desfiado so os mais aconselhveis para esse caso.

    Tratamento - Cabelos com caspa

    Os clientes que solicitarem tratamento contra caspa ou descamao devem ser aconselhados a

    buscar ajuda de um dermatologista.

    O cabeleireiro pode realizar uma hidratao profunda utilizando condicionadores ou mscaras a fim de reparar as cutculas. Os produtos que contm silicone, aminocidos e polmeros so os mais indicados para essa situao.

    Nesse momento algumas dicas so importantes:

    Sugira que o cliente lave os cabelos com gua morna (a gua quente dilata os poros e ativa a produo de sebo). Proponha que ele passe condicionador somente nas pontas dos fios. Ao secar os cabelos (ou fazer escova), ajuste o termostato do secador para a temperatura mdia e segure o aparelho a uma distncia mnima de 15 cm. Diga para o cliente fazer o mesmo em casa. Alerte o cliente para o fato de que o uso de tinturas e produtos qumicos mais agressivos piora o problema. Desaconselhe o uso de gis e musses. Lave os pentes e as escovas logo aps utiliz-los em algum que tenha caspa. Recomende que o cliente faa disso um hbito.

    A mensagem dos cortes de cabelos Antes de cortar

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