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Método Teoria Musical (Leitura Musical, Acordes, escalas, Campo Harmônico) David Thomazone

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Método Teoria Musical (Leitura Musical, Acordes, escalas, Campo Harmônico)

David Thomazone

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Índice Introdução.....................................................................................................1 Notas Musicais..............................................................................................1 *Parte 1 - Leitura Musical Pauta Musical..............................................................................................2 Claves ..........................................................................................................3 Valores Musicais..........................................................................................4 Figuras Primitivas............... .........................................................................5 Sinais de alteração.......................................................................................6 Fórmulas de Compasso...............................................................................10 Classificação dos Tempos............................................................................15 Contra-tempo..............................................................................................17 *Parte 2 – Escala Diatônica e seus intervalos Acidentes Musicais......................................................................................19 Escala Cromática.........................................................................................21 Escalas Diatônicas.......................................................................................22 Escalas maiores...........................................................................................23 Escalas Menores..........................................................................................24 Tons Relativos..............................................................................................25 Armaduras das Claves..................................................................................26 Intervalos.....................................................................................................27 Inversão dos intervalos................................................................................29 *Parte 3 - Harmonia e Acordes Tríades.........................................................................................................30 Cifras............................................................................................................31 Tétrades.......................................................................................................32 Distribuição de notas dos Acordes...............................................................35 Acordes e suas categorias............................................................................38 *Parte 4 - Campo Harmônico Campo Harmônico Maior.............................................................................41 Modos Gregos ou Modos diatônicos do Campo Harmônico Maior............ 41 Campo Harmônico Menor............................................................................43 Escala Menor Harmônica..............................................................................44 Modos gregos ou modos diatônicos da Escala Menor Harmônica............... 45 Escala Menor Melódica.................................................................................47 Modos gregos ou modos diatônicos da Escala Menor Melódica..................48

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Introdução

Música: é a arte de expressar todos nossos sentimentos através do som. Teoricamente a música é a arte de combinar três elementos: melodia, harmonia e ritmo; Melodia: é a combinação de sons sucessivos, um após o outro; Harmonia: é a combinação de sons simultâneos, tocados de uma só vez (exemplo, um acorde); Ritmo: é a ordem simétrica dos sons, a combinação dos valores de tempo; Altura ou entoação: é a diferença de uma nota para a outra, de acordo com o número de vibrações executadas pelo corpo sonoro. Essa diferença se divide em: graves, médios e agudos; Duração ou quantidade: é o maior ou menor tempo produzido pelo som ou pelo silêncio (valores positivos ou negativos); Intensidade: é a força maior ou menor do som; Timbre: é a característica própria do som. Pelo timbre conseguimos perceber a diferença entre dois sons da mesma altura; Movimento: é a maneira apressada ou vagarosa de um trecho ou peça musical; Ascendente: Em frente, do grave para o agudo; Descendente: Para trás, do agudo para o grave;

Notas Musicais

São sete sinais usados para representam a altura dos sons: Do, Re, Mi, Fa, Sol, La e Si, repetidas em seqüência tanto ascendente como descendente; Os nomes das notas musicais são originados de um Hino Litúrgico feito á São João Baptista, o Monge Guido D’ Arezzo tirou o nome da primeira sílaba de cada verso do hino e definiu o nome das notas:

Ut queant laxis Resonare fibris Mira gestorum Famuli tuorum Solve Polluti Labli reatum Sancte Joannes

Em 1640, o maestro Italiano Giovanni Battista Doni, percebendo que a sílaba Ut terminava em consoante e considerando que isso dificultada para que seja cantada, ele mudou-a para Do, vindo da sílaba de seu sobrenome(Doni);

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Leitura Musical

Pauta Musical

Ao conjunto de 5 linhas e 4 espaços dá -se o nome de Pentagrama ou Pauta Musical;

Usamos o Pentagrama para escrever as notas e também todos os sinais que representam a música dentro da partitura, e que facilitam a leitura mesmo que a música nunca tenha sido ouvida antes. As linhas e espaços são contados de baixo para cima. As notas serão colocadas na pauta na ordem natural alternando entre uma linha e um espaço:

A localização das notas podem mudar de acordo com o instrumento (ou voz), nesse caso as notas foram colocadas de acordo com uma partitura para guitarra, violão ou a mão direita no teclado ( ou piano). Quem preferir pode decorar primeiro as notas das linhas (Mi, Sol, Si , Re e Fá) e depois decorar as notas dos espaços (Fá, Lá , Dó e Mi):

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Quando as 5 linhas e os 4 espaços não forem suficientes para escrever as notas de uma partitura, usa-se as linhas suplementares na parte superior(conta-se de baixo para cima) e na parte inferior(conta-se de cima para baixo);

Resumindo:

Claves

No Exemplo acima e em todos os anteriores, usamos a Clave de Sol, pois é a clave usada para representar as notas da guitarra e do violão, e também a mão direita no teclado ou piano. As Claves são sinais que colocamos no início de uma composição para definir onde se encontram as notas na pauta, de acordo com a altura da voz ou das notas de determinado instrumento. As claves são representadas por três notas: Sol, Do e Fa;

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Clave de Sol: é assinada na 2º linha da pauta, é usada para sons agudos; Os instrumentos agudos usados nessa clave são: flauta, violino, trompete, gaita, oboé, guitarra, violão, cavaquinho, clarinete, bandolim, etc.;

Clave de Do: é assinada na 1º, 2º, 3º e 4º linha, é usada para sons médios ( Soprano, Mezzo-soprano, Contralto e Tenor); A clave de Dó na 1º linha representa a voz de soprano; A clave de Dó na 2º linha é usada para representar a voz de mezzo-soprano; na 3º linha é assinada a voz de contralto, e na 4º a de Tenor; Essa clave também é usada para a viola;

Clave de Fá: é assinada na 3° e 4° linha, para sons graves (Barítono na 3º linha e Baixo na 4º); Também é usada para instrumentos graves como: Contra-baixo, trombone, violon-cello, fagote e tuba;

Valores Musicais Valores Positivos e Valores Negativos: Valores positivos são as figuras que representam a duração dos sons, já os valores negativos representam as durações das pausas. Sem conhecer perfeitamente quanto vale cada figura fica muito difícil de ler uma partitura, á menos que seja lendo uma música identificando a duração de cada nota auditivamente, porém, apenas dessa forma fica impossível tocar uma música sem antes ouvi-la; As figuras musicais são sete: Semibreve, Mínima, Semínima, Colcheia, Semicolcheia, Fusa, Semifusa. Método/Teoria Musical 4

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Veja as figuras Musicais na tabela abaixo e sua pausa correspondente (que possui o mesmo valor de tempo):

Cada figura vale metade de sua anterior, assim sendo, 1 Semibreve vale 2 Mínimas, 2 Mínimas valem 4 Semínimas, 4 Semínimas valem 8 Colcheias, 8 Colcheias valem 16 Semicolcheias, e assim por diante...cada figura sempre valerá metade de sua anterior, e as pausas seguem o mesmo esquema;

Figuras Primitivas Antigamente existiam outras figuras musicais além das sete que conhecemos hoje. Para exemplificar como era a duração de tempo dessas figuras, vamos Imaginar que uma semibreve vale 4 tempos, assim sendo, uma semifusa valeria 1/16, e teríamos a quartifusa ainda, que iria valer metade da semifusa (1/32). Além disso, ainda tinha a figura que vale o dobro da semibreve, a Breve, e depois ainda a Longa e a Máxima. Veja a tabela com as figuras primitivas e lembre-se que isto é apenas um exemplo em que a semibreve vale 4, e lembre-se também que essas figuras não são mais usadas, portanto isso é apenas uma curiosidade:

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Sinais de alteração Existem vários sinais diferentes que alteram a duração do tempo das figuras musicas, e a maneira de tocar as notas, em alguns casos, até o valor de tempo das pausas. Esses sinais, que são muito importantes na hora de se transcrever partituras, serão estudados a partir de agora:

Legato ou Ligadura: é um sinal semicircular colocado em cima ou embaixo das notas. Elas possuem uma importância muito grande no estudo da música, até para que os próximos exemplos sejam bem compreendidos; Existem três tipos de ligaduras: *Ligadura de Valor: ela tem o efeito de unir o som de figuras para aumentar o valor do tempo do som (desde que seja na mesma altura):

*Ligadura de Portamento: é quando a ligadura une dois sons de diferentes alturas, sendo que a primeira será bem ligada e levemente acentuada, e a segunda levemente destacada. Esse tipo de ligadura é um sinal de alteração apenas da maneira de ser tocada a nota, ela não interfere no valor de tempo, como a ligadura de valor;

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*Ligadura de Fraseado: aparece acima ou abaixo de três ou mais notas, sendo a primeira levemente acentuada e a última levemente destacada;

Ponto de Aumento: é um ou mais pontos colocados ao lado da figura musical (nota ou pausa), para alterar a duração de seu tempo;

*Ponto de Aumento simples: sua função é elevar metade do valor da figura; Por exemplo, se colocarmos um ponto de aumento numa mínima, ela valerá uma mínima acrescentada de uma semínima(metade de seu valor) ou então se colocarmos um ponto em uma colcheia, ela valerá uma colcheia acrescentada de uma semicolcheia; Exemplos:

*Ponto de aumento duplo: é um segundo ponto colocado ao lado do primeiro; Será acrescentado á figura metade do valor aumentado pelo primeiro ponto (ou melhor, o segundo ponto vale 1/4 da figura principal)

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*Ponto de aumento triplo: é um terceiro ponto colocado ao lado do segundo; Será acrescentado á figura metade do valor aumentado pelo segundo ponto (o terceiro ponto vale 1/8 da figura principal);

Ponto de diminuição ou Staccato: é um ponto colocado abaixo ou acima da figura de nota. Este sinal não é colocado em pausas, afinal, ele substitui parte do tempo tocado pela nota por uma pausa, diminuindo assim sua duração. Também é chamado de Staccato ou Destacado. Existem três tipos de Staccato: *Staccato Simples: é colocado um ponto acima ou abaixo da nota, indicando que a mesma terá metade de seu valor reduzido, substituindo o valor reduzido por uma pausa equivalente;

*Staccato Portato: Também conhecido como “Doce Destacado”, é indicado por um ponto acima ou abaixo da nota acrescentado de uma ligadura; Seu efeito elimina ¼ do valor da nota, sendo substituído por pausa relativa ao valor eliminado;

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*Staccato Martelato: é indicado por um sinal específico como se fosse uma acentuação, seu efeito elimina ¾ do valor da nota, substituindo por pausa o tempo eliminado;

Quiálteras: são grupos de figuras que dentro da subdivisão Binária ou Ternária (isso será explicado melhor mais á frente) alteradas para mais ou menos; São indicadas por uma ligadura em cima do grupo de notas com um número para representar a quantidade para qual foi alterada; Exemplos:

Para que todas essas figuras de alteração tenham algum sentido na aplicação prática, é necessário o estudo de fórmulas de compasso, pois de alguma forma precisa-se saber o valor de cada uma das sete figuras musicais, que podem variar de acordo com a música, ou a situação musical em que o trecho tocado se encontra. Método/Teoria Musical 9

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Fórmulas de Compasso

Compasso: é uma reunião de tempos, separados por barras; Os compassos podem ser: simples ou composto; Compasso Simples: compasso simples é todo aquele que possui como Unidade de Tempo, um valor simples (divisível por 2, ou melhor, é uma subdivisão binária). Agora vamos á explicação sobre o que é a Unidade de Tempo: toda música possui uma marcação de tempo, um meio de contar cada batida do metrônomo, e todo compasso possui uma própria quantidade de tempos e uma figura que representa cada tempo. A figura que vale 1 tempo no compasso é chamada de Unidade de Tempo (U.T.). Para se definir a unidade de tempo, usa-se uma fórmula no início do compasso. No Compasso simples o Numerador (número superior) define a quantidade da unidade de tempo que pode ser colocada no compasso, e o Denominador (número inferior) define qual figura que será a Unidade de Tempo; A soma da quantidade de tempo contida num compasso resulta na unidade de compasso (U.C.), resumindo, é o valor de tempo ou figura que completa o compasso;

Obs: Também temos que levar em consideração que cada música também tem seu andamento, e isso não tem nada a ver com o valor de tempo contido no compasso, normalmente no começo de uma música tem uma marcação com o desenho de uma semínima indicando o andamento através de um número, que representam a quantidade de semínimas por minuto;

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Ainda falando sobre compassos simples, eles são representados por 5 grupos:

*Compasso Simples Binário: é todo compasso simples que possui 2 tempos(numerador 2); *Compasso Simples Ternário: é todo compasso simples que possui 3 tempos; *Compasso Simples Quaternário: é todo compasso simples que possui 4 tempos; *Compasso Simples Quinário (misto): é todo compasso simples que possui 5 tempos, ou melhor, é uma reunião do compasso simples Ternário e Binário(3 + 2), ou vice-e-versa; *Compasso Simples Setenário (misto): é todo compasso simples que possui 7 tempos, ou melhor, é uma reunião do compasso simples Quaternário e Ternário (4 + 3), ou vice-e-versa; Obs.: o fato de o compasso ser Binário não tem nada a ver com sua subdivisão ser Binária;

Exemplos de compassos simples:

Nesse caso acima, trata-se de um compasso Binário em que a unidade de tempo é a semínima (pois o denominador 4 define isso) e cabem no compasso 2 semínimas. Como duas semínimas formam uma mínima, ela é a unidade de compasso (que é a figura que completa o compasso);

Nesse outro exemplo, o compasso é ternário, e a unidade de tempo é a colcheia, devido ao denominador ser o número 8, e a unidade de compassso acaba sendo uma semínima pontuada (que vale 3 colcheias, ou melhor, 1 semínima acrescentada da metade do valor dela);

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Aqui temos um compasso quaternário simples, em que a unidade de tempo é a semínima(denominador 4) e a unidade de compasso é a semibreve, devido á quantidade de 4 semínimas que cabem no compasso;

Esse é um compasso Quinário simples, onde a unidade de tempo é a semínima, e a unidade de compasso é a semibreve ligada com a semínima (5 tempos);

Nesse caso temos um compasso setenário, sendo a unidade de tempo a colcheia, e a unidade de compasso uma mínima pontuada ligada com 1 colcheia;

Compasso Composto: compasso composto é todo aquele que possui como Unidade de Tempo, um valor composto (um valor pontuado e divisível por 3, ou melhor, é uma subdivisão ternária, que não tem nada a ver com o compasso Ternário, que é outro assunto). Para encontrar a quantidade de tempo, devemos dividir o numerador por 3, e o resultado é equivalente á quantidade de U.T. no compasso composto; Para definir qual é a U.T. , devemos dividir o denominador por 2 e acrescentar á figura um ponto de aumento;

Os compassos compostos são representados por 5 grupos: Compasso Composto Binário: é todo compasso composto que possui 2 tempos (numerador 6, que divide-se por 3); Compasso Composto Ternário: é todo compasso composto que possui 3 tempos (numerador 9);

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Compasso Composto Quaternário: é todo compasso composto que possui 4 tempos (numerador 12); Compasso Composto Quinário (misto): é todo compasso composto que possui 5 tempos, ou melhor, é uma reunião do compasso composto Ternário e Binário (numeradores 9 + 6), ou vice-e-versa (numerador 15); Compasso Composto Setenário (misto): é todo compasso composto que possui 7 tempos, ou melhor, é uma reunião do compasso composto Quaternário e Ternário (numeradores 12 + 9), ou vice-e-versa (numerador 21);

Exemplo de Compasso Composto:

Nesse exemplo de compasso composto, dividimos o numerador 6 por 3, resultando em 2 (compasso binário) unidades de tempo, e dividimos o denominador por 2, resultando no número 4, que é o número da semínima, agora deve-se acrescentar-lhe um ponto de aumento; Sendo assim, a unidade de tempo é a semínima pontuada, sendo que cabem duas no compasso, e a soma das duas resulta na Mínima Pontuada(Unidade de Compasso);

Nesse outro exemplo, temos um compasso ternário composto, onde a unidade de tempo é a colcheia pontuada e a unidade de compasso é a mínima ligada com a semicolcheia;

Aqui temos um quaternário composto, dividindo o numerador por 3, e o denominador por 2, temos como unidade de tempo a semínima pontuada e como unidade de compasso a semibreve pontuada;

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Este é um compasso quinário composto, onde a unidade de tempo é a semínima pontuada, e a unidade de compasso é a semibreve pontuada ligada com a semínima pontuada;

Nesse caso de compasso setenário, a unidade de tempo é a colcheia pontuada, e a unidade de compasso é a semibreve ligada com uma semínima e uma semicolcheia;

Compassos correspondentes: Todo compasso simples tem seu correspondente composto. Para encontrar o correspondente de um compasso simples, deve-se multiplicar o numerador do compasso por 3 e o denominador por 2, e teremos o resultado:

Para encontrarmos o correspondente do compasso composto, basta dividir o numerador por 3 e o denominador por 2:

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Barras de Compasso: *Simples: separa cada compasso:

*Dupla: Separa um trecho de outro, também é usado em caso de mudança de tom(quando muda a armadura da clave);

*Repetição ou ritornello: usa-se quando o conteúdo de um ou mais compassos se repetem;

*Final: Término da Música;

Classificação dos Tempos

Tempos Fortes e Tempos Fracos: Os compassos se diferem pela força de seus tempos, o compasso Binário possui o 1º tempo forte e o segundo fraco:

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Já o compasso Ternário possui o primeiro tempo forte, o segundo e terceiro são fracos:

O Compasso Quaternário possui o 1º tempo forte, e os demais são fracos, porém, é considerado por alguns teóricos que o 3º tempo é “meio-forte”:

Quanto aos compassos mistos, o Quinário é uma junção do Ternário com o Binário, e em muitos casos o ternário antecede o binário:

No compasso Setenário muitas vezes o Ternário antecede o Quaternário:

Em relação ás subdivisões de cada tempo, chamamos a parte forte de Tésis e a parte fraca de Ársis:

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OBS: o primeiro tempo de cada compasso é chamado de Tempo Tônico;

Contra-tempo

Contratempo é quando a nota é tocada em um tempo fraco ou parte fraca de um tempo havendo pausas no tempo forte ou na parte forte. O contra-tempo pode ser:

*Regular: é quando a pausa e a nota possuem a mesma duração de tempo;

*Irregular: é quando a pausa e a nota possuem duração diferente;

Fermata ou Coroa: É um sinal colocado em cima da nota ou pausa para indicar que ela terá duração indeterminada, independente de qual seja o valor de tempo da figura:

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Síncope ou Síncopa: é quando um tempo fraco se prolonga até um tempo forte na figura seguinte;

A sincopa pode ser: *Regular: é quando ambas as notas possuem o mesmo valor de tempo;

*Irregular: é quando as notas possuem valor de tempo diferente;

Anacruse: Nome dado ao primeiro compasso quando estiver incompleto:

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EscalaDiatônica e seus Intervalos

Acidentes Musicais

Antes de conhecermos a Escala Diatônica e cada um de seus intervalos devemos conhecer perfeitamente os acidentes musicais. Os sons podem ser elevados ou abaixados por meio de acidentes: *Acidentes simples: Sustenido: eleva a nota em meio-tom.

Bemol: reduz a nota em meio-tom.

Bequadro: anula o efeito do sustenido e do bemol.

*Acidentes Dobrados: Dobrado Sustenido: eleva a nota em um tom.

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Dobrado Bemol: reduz a nota em um tom.

Dobrado Bequadro: anula o efeito do dobrado sustenido e dobrado bemol.

*Acidentes Mistos: Bequadro Sustenido: elimina 1 sustenido do dobrado sustenido.

Bequadro Bemol: elimina 1 bemol do dobrado bemol.

Os acidentes se classificam como: Fixos ou tonais: são acidentes que aparecem junto á clave; No exemplo abaixo vemos um caso de acidentes fixos na clave, os acidentes são nas notas Fá, Dó e Sol, então todas as vezes que aparecer essas três notas na música (em qualquer altura), deve-se tocar com sustenido, a menos que apareça um bequadro (mas como no exemplo abaixo, o bequadro só terá efeito no compasso onde ele se encontra):

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Ocorrentes: São acidentes que aparecem no decorrer da música, e seu efeito dura apenas no compasso onde ele se encontra como o La# no exemplo abaixo:

De precaução: são aqueles que confirmam a eliminação de um acidente ocorrente, para evitar erros na leitura rápida;

Escala Cromática A escala cromática, também conhecida como escala semitonada, é a união de todas as 12 notas existentes em nosso vocabulário musical, em todas as alturas,; A palavra Cromática, vem de “Kroma”, que em grego significa “cor”, pois antigamente se escrevia os graus alterados com cores; De forma ascendente, a escala terá sustenidos, de forma descendente a escala terá bemóis:

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Resumindo:

A distancia de uma nota pra outra na escala cromática é de 1 semi-tom(ou meio-tom); As notas Do# e Reb, Re# e Mib, Fa# e Solb, Sol# e Lab, La# e Sib são chamadas notas Enarmônicas. O nome Enarmônico ou Enarmônia se dá á notas, intervalos ou escalas ( e etc) que possuem a mesma ou as mesmas notas, porém nomes diferenciados dependendo de ser colocado em uma situação ascendente(em frente) ou descendente(para trás);

*Semitom Cromático: é quando as duas notas têm o mesmo nome. Ex: Do e Do#, Fa e Fa#, etc. *Semitom Diatônico: é quando as notas possuem nomes diferentes. Ex: Do e Reb, Mi e Fa, etc.

Relação Entre os Sons: *Relação Diatônica: notas diferentes que pertencem á uma mesma escala; *Relação Cromática: notas com mesmo nome; *Relação Enarmônica: notas diferentes, mas com sons iguais;

Escalas Diatônicas Escala significa uma sucessão ascendente ou descendente de graus (notas); Existem inúmeros tipos de escalas, vamos começar á estudar pelas maiores, pois são elas que dão origem aos intervalos, que serão usados para estudarmos os acordes, os outros modos das escalas, entre tantas coisas importantes. O que diferencia uma escala da outra são as notas que fazem parte dela, as notas que recebem acidentes e as que não recebem, o principal é observar os acidentes fixos na clave usada na partitura. Os acidentes são colocados nas linhas e nos espaços das notas alteradas por eles, formando assim a “armadura da clave”, e assim, cada escala terá uma quantidade de acidentes diferentes, e através disso fica mais fácil identificar a tonalidade de uma música;

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Escalas maiores

Ordem dos sustenidos: Ordem dos bemóis:

Fa, Do, Sol, Re, La, Mi, Si; Si, Mi, La, Re, Sol, Do, Fa;

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Nomes do grau da escala maior:

*Graus Conjuntos: é uma sucessão que segue a ordem natural das notas; *Graus Disjuntos: é uma sucessão que não segue a ordem natural das notas;

Escalas Menores

As escalas menores são encontradas no 6º grau da escala maior:

Dessa forma, a escala maior de Dó é a mesma coisa da menor de lá, pois possuem as mesmas notas, apenas o que muda é o modo em que se encontram as notas nas duas. Os graus são os mesmos das duas escalas, porém, na aplicação prática será fundamental saber diferenciar a maior da menor.

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Ordem dos sustenidos: Ordem dos bemóis:

Fa, Do, Sol, Re, La, Mi, Si; Si, Mi, La, Re, Sol, Do, Fa;

Tons Relativos

Cada escala maior possui sua relativa menor, ou cada escala menor possui sua relativa maior. É chamada escala relativa qualquer escala que é derivada de outra escala e que possuem as mesmas notas;

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Para termos mais facilidade de ler partituras em tons diferentes, é fundamental ter bom conhecimento dos tons relativos e também de suas respectivas “armaduras de claves”, pois como já vimos anteriormente, o diferencial de uma escala para outra são seus acidentes;

Armaduras das Claves

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Intervalos

Os intervalos são a distância de uma nota até outra dentro de uma escala ou uma situação musical qualquer; Os intervalos podem ser: maiores, menores, aumentados, diminutos ou justos; Os intervalos se dividem em: Intervalos Simples: São os intervalos dentro de uma oitava;

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Os intervalos Maiores quando reduzidos de 1 semitom, tornam-se menores, e quando acrescentados de 1 semi-tom tornam-se Aumentados. Os menores quando reduzidos de 1 semitom tornam-se diminutos, e quando acrescentados 1 semitom, tornam-se maiores. Os Justos quando reduzidos de 1 semitom tornam-se diminutos, e quando acrescentados de 1 semitom tornam-se aumentados; OBS: Os intervalos de 4# ou 5b também são chamados de trítono (por ser um intervalo de 3 tons). O Trítono é um intervalo de extrema importância dentro da Harmonia Funcional. Já o Intervalo de Sexta Maior também é conhecido como intervalo de Sétima Diminuta, pois é o intervalo de Sétima Menor reduzido de 1 semitom; Intervalos Compostos: São os intervalos que ultrapassam uma oitava;

Os intervalos podem ser: *Ascendente: é quando o primeiro som é mais grave que o segundo; *Descendente: é quando o primeiro som é mais agudo que o segundo; *Melódico: quando são tocados consecutivamente; *Harmônico: quando são todos ao mesmo tempo; *Natural: é o intervalo entre as notas da escala; Método/Teoria Musical 28

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Inversão dos intervalos No exemplo abaixo temos um Dó e um Mi, que é um intervalo de Terça Maior. No segundo compasso este intervalo está invertido, resultando em um intervalo de Sexta Menor:

Veja abaixo a tabela de inversão dos intervalos:

OBS: o intervalo de Tônica e Oitava Justa é chamado de Uníssono. Método/Teoria Musical 29

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Harmonia e Acordes

Tríades Tríade é a união de 3 notas. Existem cinco tipos de tríades: a Maior, menor, Aumentada, Diminuta e de 4º Suspensa. Todos esses exemplos foram transcritos com a Tônica em Dó: Tríade Maior: é formada pela Tônica, Terça Maior e Quinta Justa:

Tríade menor: é formada pela Tônica, Terça menor ( 1 semitom abaixo da terça Maior) e Quinta Justa:

Tríade Aumentada: é formada pela Tônica, Terça Maior e Quinta Aumentada ( 1 semitom acima da Quinta Justa):

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Tríade Diminuta: é formada pela Tônica, Terça menor e Quinta diminuta ( 1 semitom abaixo da Quinta Justa):

Tríade Sus4: é formada pela Tônica, Quarta Justa (pois foi elevado meio-tom na Terça Maior) e Quinta Justa:

Cifras

Para facilitar a leitura tanto das notas com acordes e escalas, usaremos as cifras, que são letras maiúsculas usadas para representar o nome das notas;

Quando o Acorde, Escala ou Intervalo for Maior, usaremos um M (maiúsculo) ao lado da cifra da nota ou apenas a cifra. Caso seja menor, usa-se um m (minúsculo); Exemplo: Dó Maior = CM ou C

Dó menor=Cm

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Tétrades

Acorde Maior com Sétima Maior: Basta adicionar á tríade Maior, a 7M da escala, e assim teremos um acorde de 4 vozes;

Acorde Maior com Sétima Menor: Adiciona-se á Tríade Maior, a 7m ( 1 semitom abaixo da 7M);

Acorde Maior Com Sexta Maior: Acrescenta-se a 6M da escala á Tríade Maior;

Acorde Maior com Nona Maior: Adiciona-se á tríade Maior a 9M:

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Acorde Menor Com Sétima Maior: Adiciona-se á Tríade Menor, a 7M;

Acorde Menor com Sétima Menor: Adiciona-se á Tríade Menor, a 7m ( 1 semitom abaixo da 7M);

Acorde Menor Com Sexta Maior: Acrescenta-se a 6M á Tríade menor;

Acorde Menor com Nona Maior: Adiciona-se á tríade Menor a 9M:

Acorde Aumentado com Sétima Maior: Acrescenta-se á Tríade Aumentada, a 7M;

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Acorde Aumentado com Sétima Menor: Acrescenta-se á Tríade Aumentada, a 7m;

Acorde Meio Diminuto: Deve-se acrescentar á tríade Diminuta a 7m para termos o acorde meio-diminuto;

Acorde Diminuto: Adicione á tríade diminuta a 7b (sétima diminuta, 1 semitom abaixo da 7m) e assim teremos o acorde diminuto;

Acorde Sus4 com Sétima Menor: Acrescenta-se a 7m á tríade Sus4;

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Extensões: os acordes são divididos em três partes: Tríade formadora, parte baixa e parte alta. A tríade formadora, como já foi dito anteriormente, são as três notas que compõe o acorde básico; A parte baixa são as notas que compõe o acorde básico com mais alguma nota de pouca dissonância, sendo uma sexta, sétima ou em alguns casos pode ser a nona. A parte alta são notas de maior dissonância, chamadas também de tensões ou extensões do acorde. Trata-se de intervalos compostos que podem ser adicionados ao acorde:

Distribuição de notas dos Acordes

Para facilitar a execução dos acordes, é necessário conhecer as posições diferentes de um mesmo acorde, mudando a altura das notas, ou alterando a nota do baixo, nota mais grave, que até agora, era representada pela Tônica. Essa ultima alteração citada só é usada para harmonizar algumas seqüências de acordes pelo baixo; *Posição Fechada: as vozes do acorde são colocadas em intervalos de terça:

*Primeira Abertura: eleva-se a terça uma oitava acima:

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*Segunda Abertura: eleva-se a terça e a quinta uma oitava acima:

Agora vamos falar das inversões, pois é diferente do assunto anterior, pois a nota mais grave do acorde (que até agora era a Tônica) é mudada para outra; *Posição Fundamental: é aquela em que as notas se encontram na ordem natural, com a Tônica no baixo (C ):

*Primeira Inversão: Subindo a Tônica uma oitava acima, deixando a Terça no baixo, ou apenas mantendo a Tônica e a Quinta no mesmo lugar e descendo a Terça uma oitava abaixo ( C/E ):

*Segunda Inversão: Elevando a Tônica e a Terça uma oitava acima, e deixando a Quinta no baixo, ou então mantendo a Tônica e a Terça no mesmo lugar e baixando uma oitava na Quinta deixando ela no baixo, teremos a segunda inversão ( C/G ):

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*Terceira Inversão: Em caso de acordes de quatro vozes, podemos colocar a nota que não pertence á tríade formadora no baixo. No exemplo abaixo, teremos um acorde com a sétima menor no baixo (C/Bb):

*Dobramento, Triplicação e supressão das notas do acorde: Também podemos mudar um pouco a estrutura básica dos acordes, a quinta justa pode ser dobrada, triplicada ou até suprimi-la. A Tônica pode ser dobrada e até triplicada. A terça pode ser dobrada, porém, perde a força do acorde. A Tônica só pode ser suprimida caso outro instrumento estiver tocando ela no baixo; Normalmente a quinta é suprimida quando o acorde possui duas notas a mais (além da tríade), por exemplo, uma sétima e nona, a quinta acaba sendo excluída. Em alguns casos específicos, a terça pode ser suprimida desde que seja um acorde originado da tríade diminuta ou aumentada.

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Acordes e suas categorias

Categoria Maior

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Categoria Menor

Categoria Dominante

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Categoria Diminuta

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Campo Harmônico

Campo Harmônico Maior Através do Campo Harmônico, podemos conhecer as notas que fazem parte de uma tonalidade, os acordes, as funções harmônicas, os arpejos, e os mais variados tipos de escala que podem ser usados. Para formar um campo harmônico maior, devemos escrever a escala maior e sobrepor a mesma escala começando pela Terça Maior e mais uma vez sobrepor a mesma escala, porém, começando pela Quinta Justa:

Em todo Campo Harmônico Maior, o I, IV, V Graus serão acordes maiores, os II, III e VI serão menores e o VII será com Quinta Diminuta. O Campo Harmônico maior também pode ser feito com sétimas, após sobrepor as quintas:

Modos Gregos ou Modos diatônicos do Campo Harmônico Maior Modo significa a ordem em que os tons e semitons de uma escala diatônica se encontra, resultando em diferentes escalas com as mesmas notas. Todo modo tem sua nota característica, que é a nota que caracteriza a sua própria sonoridade. Adicionando a nota característica ao acorde inicial da escala, temos seu acorde característico;

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*Jônico: No primeiro grau temos o modo Jônico (Jônio), que é a própria Escala Maior:

*Dórico: No segundo grau temos o modo Dórico, trata-se de um modo menor (por ter a 3m). Sua nota característica é a 6M (pois na escala de Dm temos a 6m):

*Frígio: O terceiro grau é o modo Frígio, se comparar com a escala menor de Em, percebemos que a 2m é o diferencial deste modo, portanto, a nota característica. Trata-se de um modo menor;

*Lídio: O quarto grau é o modo Lídio, é um modo maior (3M) e se compararmos com a escala maior de F, vamos notar que o diferencial nesse modo é a quarta aumentada;

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*Mixolídio: No quinto grau temos o modo Mixolídio, um modo maior, o diferencial aqui é a 7m;

*Eólio: o sexto grau, que também é a própria escala menor (ou a relativa menor deste tom maior);

*Lócrio: o sétimo grau é um modo diminuto, o modo lócrio, sua nota característica é a quinta diminuta;

Campo Harmônico Menor O campo harmônico menor é um pouco mais complexo que o maior, pois além da escala menor natural que é relativa da escala maior que conhecemos, ainda temos a Escala Menor Harmônica e a Escala Menor Melódica;

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Escala Menor Harmônica Para encontrarmos a Escala Menor Harmônica basta aumentar um semitom na sétima da escala menor natural. Dessa forma elevaremos a sétima menor para sétima maior, pois a “sensível” é a nota que caracteriza essa escala.

As Tríades que fazem parte do campo harmônico de Am Menor harmônica são:

E as Tétrades:

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Modos gregos ou modos diatônicos da Escala Menor Harmônica Quanto ao estudo dos modos das escalas menor harmônica e menor melódica, alguns modos são extremamente úteis na aplicação prática, porém, nem todos seus modos possuem tanto utilidade e alguns são usados com tão pouca freqüência que são vistos mais como curiosidade. Em relação á este assunto, vamos dividir os modos em três tipos: *Funcional: é quando o modo tem alguma função harmônica específica em relação á algum acorde. *Opcional: é quando um modo oferece apenas uma opção á outro modo existente. *Sonoridade Específica: é quando um modo tem uma utilidade bem restrita, quando o assunto é a parte prática, pois sua aplicabilidade só é possível para uma situação harmônica específica. *Menor Harmônica: é o primeiro modo deste campo harmônico. É um modo Opcional para o acorde Menor com sétima maior.

*Lócrio 6M: no segundo grau da escala menor harmônica temos este modo que é uma variação do modo Lócrio, porém, com a Sexta Maior. Este é um modo opcional para o acorde Meio-diminuto.

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*Jônico 5#: no terceiro grau (bIII) encontramos uma variação do modo jônico, mas com a quinta aumentada. É um modo opcional para o acorde Aumentado com sétima maior.

*Dórico 4#: no quarto grau temos uma variação do modo dórico com quarta aumentada. Essa escala combina a blue note (b5 ou 4#) o modo dórico, porém, possui sonoridade específica.

*Frígio Maior: neste quinto grau temos uma variação do modo frígio, por ter a terça maior, trata-se do modo frígio maior, ou então, escala Dominante Harmônica. Muito funcional.

*Lídio #9: ou Lídio com 2m, esse é um modo de sonoridade específica, é o sexto grau (bVI) da escala menor harmônica.

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*Diminuta Harmônica: o sétimo grau é o formato natural da escala diminuta, possui sonoridade específica. Ela possui a quarta diminuta, quinta diminuta e sétima diminuta.

Escala Menor Melódica Para encontrarmos a Escala Menor Melódica devemos aumentar um semitom na sexta menor e na sétima da escala menor natural. Essa escala se aproxima muito da escala maior, pois a única diferença é que a escala menor melódica possui a terça menor.

As Tríades do Campo Harmônico da Escala Menor Melódica:

E as Tétrades:

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Modos gregos ou modos diatônicos da Escala Menor Melódica *Menor Melódica: este é o primeiro grau, é um modo opcional para o acorde menor com sexta, menor com sétima menor ou sétima maior.

* Dórico 9b/Frígio 6M: segundo grau da escala menor melódica, modo de sonoridade específica para o acorde frígio (quarta suspensa com nona menor).

*Lídio 5#: modo do terceiro grau (bIII), modo opcional para acorde Aumentado com sétima maior.

*Lídio 7m/Mixolídio 4#: o quarto grau é funcional, ótimo para acordes com sétima, desde que esteja fora do V grau dominante.

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*Mixolídio 13b: o quinto grau é um mixolídio que possui uma 6m(13b), mas possui sonoridade específica, e só pode ser aplicado ao acorde G7(9,b13) ou melhor, V7(9,b13).

*Lócrio 9: ou ainda Lócrio 2M, é um modo opcional para o acorde meio-diminuto, junto com lócrio 6 e lócrio.

*Escala Alterada: é o sétimo grau da menor melódica, é o formato natural da escala dominante alterada, talvez um dos maior funcionais de todos os modos e combina bem com o V7 alterado.

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