Apostila de Quimica Aplicada 1

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E 09 QUÍMICA APLICADA Victor Oliveira Kühne.

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Apostila sobre química aplicada utilizada em aulas com teoria e exercícios.

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E

09

QUÍMICA APLICADAVictor Oliveira Kühne.

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Química Aplicada_______________________________________________________________

Sumário

ITEM...............................................................................................................pg.

SUMÁRIO........................................................................................................2

1. – Segurança em Laboratório....................................................................3

2. – Apresentação de materiais de laboratório............................................4

3. – Densidade de líquidos e de sólidos.......................................................15

4. –Erro absoluto e erro relativo.................................................................17

5. – Separação de plásticos por densidade.................................................19

6. – Soluções...............................................................................................22

7. - Concentração de soluções....................................................................24

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Química Aplicada_______________________________________________________________

1 – Segurança em laboratório.

Introdução.

O laboratório de química é um lugar que possui vidros, equipamentos e materiais perigosos ( explosivos e tóxicos ) e há reações entre eles que exalam gases, liberam calor e podem são explosivas ou não. O manuseio dos materiais em geral deve obedecer a critérios preestabelecidos. Siga sempre as regras de segurança existentes a fim de preservar sua integridade física e prevenir acidentes. Seguindo as instruções abaixo você previne a ocorrência de acidentes, reduzindo o risco de acidentes pessoais e materiais.

Instruções de segurança em laboratório.

1.1 -  Use sempre avental, de algodão e com mangas compridas evitando queimaduras nos braços e punhos; 

1.2 -   Use calças e sapatos fechados evitando contato de materiais com pernas e pés;

1.3 – Use sempre óculos de segurança para evitar respingos de materiais corrosivos nos olhos;

1.4 -  Não use relógio, anéis ou pulseiras evitando derrubar objetos de vidro causando acidentes; 

1.5 -   Em caso de acidente, mantenha a calma e chame o professor ou   técnico, eles saberão como proceder; 

1.6 - Não fume, não beba e não coma no laboratório, os matérias existentes facilmente contaminam bebidas e alimentos e o cigarro pode causar incendio; 

1.7 - Utilize a capela sempre que trabalhar com solventes voláteis, reações perigosas, explosivas ou tóxicas, evitando assim inalação de vapores; 

1.8 - NUNCA jogue reagentes ou resíduos de reações na pia, localize os frascos apropriados para descarte a fim de preservar o meio ambiente e tubulações; 

1.9 - Para trabalhar com produtos corrosivos como ácidos e álcalis, utilizar luvas de proteção e óculos adequadas; 

1.10 - Nas pissetas usar somente água destilada; 

1.11 - Sempre identificar soluções preparadas com: Nome do reagente data de preparo, concentração, nome do preparador e fornecedor; 

1.12 - Sempre use equipamentos de proteção individual.

EXERCÍCIOS.

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1. Complete as lacunas das sentenças.A _______________ e a _________________________ são utilizados para prevenir intoxicação por gases. As _____________________________________ devem sempre ser identificadas.

2. Assinale com um circulo a alternativa correta.Qual é o frasco utilizado no laboratório onde só devemos utilizar água destilada ?

a) Becker;b) Tubo de ensaio;c) Erlenmeyer;d) Proveta;e) Pissetas.

O avental de algodão com manga comprida é utilizado:

a) Para evitar sujar a pele do braço;

b) Para não derrubar frascos;

c) Para evitar incêndio;

d) Para não molhar o braço;

e) Para evitar acidentes com a pele da mão e antebraço.

3) Por que não se pode utilizar chinelos e sandálias abertas no laboratório?

R.

Por que não de deve utilizar jóias, anéis e relógios no laboratório?

R.

4) Relacione a primeira com a segunda coluna:

a) EPI ( ) Materiais corrosivos.

b) Água destilada ( ) Luvas de proteção e óculos.

c) Resíduo na pia ( ) Contaminação dar rede de esgotos.

d) Luvas de proteção e óculos ( ) Equipamento de proteção individual.

e) Álcalis ( )  Pissetas

5) Escreva em três linhas o ,que você entendeu por Segurança em Laboratório.

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2 – VIDRARIA PARA LABORATÓRIO.

Vamos conhecer os principais materiais de vidraria do laboratório.       

ALMOFARIZ   COM PISTILO                                                        

 Usado na trituração e pulverização de sólidos.

 

 

 

BALÃO DE FUNDO CHATO                                          Utilizado como recipiente para conter líquidos ou soluções, ou mesmo, fazer reações com desprendimento de gases. Pode ser aquecido sobre o TRIPÉ com TELA DE AMIANTO. 

  

   

BALÃO DE FUNDO REDONDO                   

Utilizado principalmente em sistemas de refluxo e evaporação a vácuo, acoplado a ROTAEVAPORADOR.

  

      

BALÃO VOLUMÉTRICO                                        

Possui volume definido e é utilizado para o preparo de soluções em laboratório

 

 

BECKER                                                          

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É de uso geral em laboratório. Serve para fazer reações entre soluções, dissolver substâncias sólidas, efetuar reações de precipitação e aquecer líquidos. Pode ser aquecido sobre a TELA DE AMIANTO.

         

BURETA                                                                   

Aparelho utilizado em análises volumétricas.  

 

 

CADINHO                                                              

Peça geralmente de porcelana cuja utilidade é aquecer substâncias a seco e com grande intensidade, por isto pode ser levado diretamente ao BICO DE BUNSEN.

  

CÁPSULA DE PORCELANA                                          

Peça de porcelana usada para evaporar líquidos das soluções.

  

CONDENSADOR                                            

Utilizado na destilação, tem como finalidade condensar vapores

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gerados pelo aquecimento de líquidos.

  

  

DESSECADOR                                                        

Usado para guardar substâncias em atmosfera com baixo índice de umidade.

 

 

   

ERLENMEYER                                                     

Utilizado em titulações, aquecimento de líquidos e para dissolver substâncias e proceder reações entre soluções.

 

 

      

FUNIL DE BUCHNER                                     

Utilizado em filtrações a vácuo. Pode ser usado com a função de FILTRO em conjunto com o  KITASSATO.

 

 

FUNIL DE SEPARAÇÃO                                      

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Utilizado na separação de líquidos não miscíveis e na extração líquido/líquido. FOTO.

 

 

    

FUNIL DE HASTE LONGA                            Usado na filtração e para retenção de partículas sólidas. Não deve ser aquecido. 

 

 

  

KITASSATO                                                   

Utilizado em conjunto com o FUNIL DE BUCHNER em FILTRAÇÕES  a vácuo. 

 

 

          

PIPETA GRADUADA                                     

Utilizada para medir pequenos volumes. Mede volumes variáveis. Não pode ser aquecida. 

 

 

PIPETA VOLUMÉTRICA                               

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Usada para medir e transferir volume de líquidos. Não pode ser aquecida pois possui grande precisão de medida.

 

 

       

PROVETA OU CILINDRO GRADUADO                                                    

Serve para medir e transferir volumes de líquidos. Não pode ser aquecida. 

 

 

       

TUBO DE ENSAIO                                                

Empregado para fazer reações em pequena escala, principalmente em testes de reação em geral. Pode ser aquecido com movimentos circulares e com cuidado diretamente sob a chama do BICO DE BÜNSEN. FOTO.

 

VIDRO DE RELÓGIO                          

Peça de Vidro de forma côncava, é usada em análises e evaporações. Não pode ser aquecida diretamente.

 

 

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OUTROS EQUIPAMENTOS

ANEL OU ARGOLA                               

Usado como suporte do funil na filtração.

 

 

       

BALANÇA DIGITAL                                       

Para a medida de massa de sólidos  e líquidos não voláteis com grande precisão. 

 

 

              BICO DE BÜNSEN                                        

É a fonte de aquecimento mais utilizada em laboratório. Mas contemporaneamente tem sido substituído pelas MANTAS E CHAPAS DE  AQUECIMENTO.  

 

              ESTANTE PARA TUBO DE ENSAIO     

É usada para suporte de os TUBOS DE ENSAIO. 

 

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GARRA DE CONDENSADOR                

Usada para prender o condensador à haste do suporte ou outras peças como balões, erlenmeyers etc. 

 

              PINÇA DE MADEIRA                         

Usada para prender o TUBO DE ENSAIO durante o aquecimento. 

 

              PINÇA METÁLICA                                     

Usada para manipular objetos aquecidos. 

 

         

GARRA METÁLICA                                     

Usada para prender buretas ou termômetros ao suporte universal. 

 

 

PISSETA OU FRASCO LAVADOR                                        

Usada para lavagens de materiais ou recipientes através de jatos de água, álcool ou outros solventes.

SUPORTE UNIVERSAL                                 

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Utilizado em operações como: Filtração, Suporte para Condensador, Bureta, Sistemas de Destilação etc. Serve também para sustentar peças em geral.

  

TELA DE AMIANTO                                   

Suporte para as peças a serem aquecidas. A função do amianto é distribuir uniformemente o calor recebido pelo BICO DE BUNSEN.

 

 

        TRIPÉ                                                           

Sustentáculo para efetuar aquecimentos de soluções em vidrarias diversas de laboratório. É utilizado em conjunto com a TELA DE AMIANTO. 

  

Exercícios.

1- Complete as lacunas das sentenças.

O ____________________ é utilizado em titulações, aquecimento de líquidos e para dissolver substâncias e proceder reações entre soluções bem como o _____________________________ é utilizado em operações como: Filtração, Suporte para Condensador, Bureta, Sistemas de Destilação etc. e serve também para sustentar peças em geral.

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O Bico de Bunsen é utilizado para _______________________ e tem sido substituído por ________________________________________________ _______________________ para ______________________________ _______________________________________________.

3. Assinale com um circulo a alternativa correta.Qual é o utensílio de laboratório utilizado para suportar as peças a serem aquecidas?a) Tubo de ensaio;b) Pisseta;c) Suporte Universal;d) Tela de amiantoe) Pinça de Madeira

A pinça metálica é utilizada para :

a) Para evitar sujar a pele do braço;b) Usada para prender o tubo de ensaio durante o aquecimento;c) Para não derrubar frascos;d) Usada para manipular objetos aquecidos;e) Usada para prender o condensador à haste do suporte ou outras peças

como balões, erlenmeyers etc

3) Como montar um sistema de dosagem de produtos utilizando as vidrarias descritas acima ?

R.

Quais são os equipamentos que em alguns casos podem substituir o Bico de Bunsen ?

R.

4) Relacione a primeira com a segunda coluna:

a) Pipeta graduada. ( ) Utilizado na separação de líquidos não miscíveis e na extração líquido / líquido.

b) Bureta. ( ) Utilizado em conjunto com o funil de buchner em filtrações  a vácuo.

c) Proveta. ( ) Possui volume definido e é utilizado para o preparo de soluções em laboratório.

d) Pipeta volumétrica. ( ) Utilizado na destilação, tem como finalidade condensar vapores gerados pelo aquecimento de líquidos.

e) Balão volumétrico. ( ) Usada para medir e transferir

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volume de líquidos. Não pode ser aquecida pois possui grande precisão de medida.

f) Funil de separação. ( ) Utilizada para medir pequenos volumes. Mede volumes variáveis. Não pode ser aquecida.

g) Kitassato    ( ) Aparelho utilizado em análises volumétricas.

h) Condensador  ( ) Serve para medir e transferir volumes de líquidos. Não pode ser aquecida. 

5) Descreva como montar um sistema de filtração a vácuo em três linhas.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------

---------------------------------------------------------------------------------------------------------

---------------------------------------------------------------------------------------------------------

Descreva como montar um sistema de dosagem utilizando uma bureta, um becker, um suporte universal e uma garra metálica através de um desenho.

Desenho.

3 – DENSIDADE DE LÍQUIDOS E DE SÓLIDOS.

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Conceito de densidade.

Densidade é a massa por unidade de volume de uma substância. O cálculo da densidade é feito pela divisão da massa do objeto por seu volume.

Densidade = massa                        volume

A massa é expressa em gramas ( g ).

O volume é expresso em centímetros cúbicos ( cm3 ).

Daí a unidade da densidade ser g / cm3

Equivalência de medidas:

1000 g = 1 kg

1 cm3 = 1 mililitro ( ml )

1 litro = 1000 mililitros ( ml )

Desta forma, calculando a densidade de um líquido com volume igual a 500 ml com massa igual a 600 g temos:

Densidade (d ) = 600 g / 500 ml = 1,2 g / ml = 1,2 g / cm3

Outras unidades de densidade: kg / dm3 , kg / l , ton. / m3

A densidade existe para determinar a quantidade de matéria que está presente em uma determinada unidade de volume. O que você entenderia se te dissessem que o chumbo possui maior densidade do que o alumínio?

A explicação é que, num dado volume de chumbo há mais matéria que em uma mesma quantidade de alumínio.

Podemos caracterizar uma substância através de sua densidade. A densidade dos sólidos e líquidos é expressa em gramas por centímetro cúbico (g/cm3). Vejamos a densidade de alguns compostos:

Água ......................................0,997 g/cm3 Álcool etílico...........................0,789 g/cm3 Alumínio ................................ 2,70 g/cm3

Chumbo...................................11,3 g/cm3

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Diamante ..................................3,5 g/cm3 Leite integral............................1,03 g/cm3 Mercúrio .................................13,6 g/cm3

Então para calcular a densidade de líquidos e de sólidos precisamos saber o volume ocupado e também a quantidade de material.

EXERCÍCIOS

1. O QUE É DENSIDADE ?

R.

2. QUAIS AS UNIDADE DA DENSIDADE ?

R.

3. COMO VOCÊ ENCONTRARIA A MASSA, SABENDO A DENSIDADE E O VOLUME ?

R.

4. CALCULE A DENSIDADE DE UM LÍQUIDO COM VOLUME IGUAL A 0,6 litros E MASSA IGUAL A 550 ml.

R.

5. QUANTOS MILILITROS ( ml ) EXISTEM EM MEIO LITRO ?

R.

6. O QUE É NECESSÁRIO PARA CALCULAR A DENSIDADE, SEJA ELA DE UM LÍQUIDO OU DE UM SÓLIDO ?

R.

7. QUAL O MÉTODO UTILIZADO PARA MEDIR O VOLUME QUE UM SÓLIDO OCUPA?

R.

8. O QUE É PICNÔMETRO ?

R.

4. ERRO ABSOLUTO E ERRO RELATIVO.

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4.1 – ERRO ABSOLUTO.

Em uma medida de comprimento utilizando uma régua graduada em milímetros, onde sabemos que a medida é 1,5 e 1,6 cm é aceitável, então, escrever que, o comprimento é 1,55 ± 0,05 cm e chamamos esta de a melhor estimativa do comprimento medido.

Por isso, em geral, consideramos que o desvio ( ou erro ) do instrumento é aproximadamente a metade da menor divisão da escala do instrumento. A este desvio dá-se o nome de desvio avaliado ou erro absoluto.

Uma única medida é então expressa como:

melhor estimativa ± desvio avaliado seguido da unidade utilizada.

Ex.: 1,55 ± 0,05 cm

4.2 – Erros e algarismos significativos.

Um erro absoluto deve apresentar um único algarismo significativo. O motivo é que, se esse algarismo significativo já causa dúvida sobre o dígito correspondente na medida, o próximo algarismo do erro faz com que o próximo dígito da medida possa assumir qualquer valor, então podem e devem ser ignorados.

Assim nunca devemos escrever que uma medida é de 15,56 ± 0,24 unidades. Arredondamos o erro para um algarismo significativo ( no caso 0,24 0,2 ) e arredondamos o dígito na casa correspondente da medida ( o primeiro depois da vírgula ) escrevendo o resultado da medição como 15,6 ± 0,2 unidades.

4.3 – Arredondamentos.

Sempre arredondamos para o dígito mais próximo, levando em consideração todos os dígitos seguintes; se temos que arredondar um 5 ( seguido somente por zeros ), arredondamos para o dígito par mais próximo.

Exemplos de arredondamentos para a primeira casa decimal.

22,43 22,4

22,47 22,5

22,349999 22,3

22,350001 22,4

22,350000 22,4

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Exemplo.

Uma balança de padaria tem precisão de 6 g (ou seja o peso real é o peso marcado ± 6 g). Nessa balança um bolo “pesa” 306 g e uma torta “pesa” 420 g. Quais os pesos possíveis dos dois juntos?

Sabemos que o peso do bolo pode ser qualquer valor entre 300 e 312 g. Chamando o peso do bolo x,

x = (306 ± 6) g

Da mesma forma, o peso da torta y, é

Y = (420 ± 6) g.

Portanto os dois juntos podem pesar

(306 + 420) ± (6 + 6) = 726 g ± 12 g.

Mas nosso erro só deve ter um algarismo significativo. Portanto o erro deve ser apresentado com ± 10 g. Assim o algarismo significativo do erro é o segundo antes da virgula. Assim o último algarismo significativo do resultado também deveria ser o segundo antes da virgula. Olhando o nosso calculo temos que arredondar 726 para 730. Finalmente o resultado é apresentado como

730 g ± 10 g.

4.4 – Erros relativos e percentuais.

Às vezes é útil ter uma noção de quão grande é nosso erro em relação à medida. Um erro de ± 1m pode ser grande quando estamos medindo o comprimento de uma sala, mas seria considerado um muito pequeno na distância entre São Paulo e Rio. Assim temos o conceito de erro relativo de uma grandeza, que é simplesmente a razão entre erro absoluto na medida dividido por seu valor. Então, outra vez, nos erros relativos devem constar somente um algarismo significativo. Assim o erro relativo no peso do bolo acima é

6 ÷ 306 = 0,0196... = 0,02

O erro percentual é igual ao erro relativo x 100 = 0,02 x 100 = ± 2 %

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EXERCÍCIOS

1. O QUE É ÉRRO ABSOLUTO ? DÊ EXEMPLO.

R.

2. O QUE É ERRO RELATIVO ? DÊ EXEMPLO.

R.

3. DO QUE DEPENDE O ERRO ABSOLUTO?

R.

4. ARREDONDE O NÚMERO 2,3456 PARA DUAS CASAS DECIMAIS.

R.

5. SE O ERRO RELATIVO É 0,03 ENTÃO O ERRO PERCENTUAL É IGUAL A ___________________.

5. SEPARAÇÃO DE PLÁSTICOS POR DENSIDADE.

O descarte inapropriado e a queima de plásticos (polímeros), vem se revelando como fator principal das doenças provindas do acúmulo de lixos. A matéria Polímeros está inserida no programa de ensino de Química, nesta atividade experimental esse tema será retratado ao aluno com o envolvimento de situações reais. A reciclagem de plásticos aborda a diferença de densidade entre eles, sendo que este procedimento é utilizado no processo de separação de polímeros.

Conteúdos relacionados com esta prática: Conceitos de densidade, separação por decantação e flotação, contextualizando o problema do lixo urbano. Essa aula experimental permite abordar os diferentes tipos de plástico, seus usos e diferenças de propriedades. Antes de introduzir o experimento, saiba o significado de algumas siglas correspondentes à grande variedade de plásticos (polímeros) existentes:

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PVC – Policloreto de vinila;

PET – Politereftalato de etileno;

PEBD – Polietileno de baixa densidade;

PEAD – Polietileno de alta densidade;

PP – Polipropileno;

PS – Poliestireno.

Procedimento

Material:

• Frascos de produtos de limpeza (PVC);

• Copos descartáveis (PS);

• Garrafas descartáveis de água e sucos (PEAD);

• Copos de mate (PP);

• Tubos para passagem de água (PVC);

• Bico de bunsen (ou lamparina);

• Pinça metálica.

OBS: É importante que os frascos, copos e garrafas estejam limpos e picados em pequenos pedaços.

Preparo das soluções:

Material:

- Três copos de vidro (requeijão);

- Copinhos de plástico (de café);

- Água, sal de cozinha e Álcool comum (comercial).

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Preparo:

• Solução de sal: dois copos (requeijão) de água e três copinhos (café) de sal, misture bem.

• Solução de Álcool: um copo de água com um copo de álcool (copos de requeijão), agite bem.

Teste da densidade de polímeros:

Material:

- Recipientes de 2 Litros (potes de sorvete vazios);

- Soluções de álcool e sal (já preparadas).

Procedimento:

1. Misture todos os plásticos (já picados) e coloque em um pote (2 Lt) e acrescente água até a metade da capacidade do pote (aproximadamente1litro);

2. Mantenha esta mistura em repouso por cerca de 10 minutos e observe a separação dos pedaços de plástico;

3. Retire os pedaços que flutuaram e transfira-os para outro pote que contenha a solução de álcool;

4. Coloque os pedaços decantados (que afundaram) no pote com a solução de sal e agite bem.

O objetivo desta prática é observar a diferença de densidades: a densidade da solução de álcool é menor que a da solução de sal, e esta por sua vez é mais densa que a água. Mas como é possível perceber esta diferença? É só perceber como os materiais se afundam com maior facilidade em uma solução mais densa.

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EXERCÍCIOS.

1) O que você percebeu ?

2) Porque existe diferença da velocidade de afundamento dos sólidos ?

3) Porque alguns plásticos bóiam e outros afundam ?

4) Porque existe diferença quando trocamos os líquidos ?

6. SOLUÇÕES.

DEFINIÇÃO.

Soluções Químicas

Solução é o nome dado a dispersões cujo tamanho das moléculas dispersas é menor que 1 nanômetro (10 Angstrons). A solução ainda pode ser caracterizada por formar um sistema homogêneo (a olho nu e ao microscópio), por ser impossível separar o disperso do dispersante por processos físicos. Por exemplo, solução não saturada de NaCl em H2O.

As soluções compostas por moléculas ou íons comuns. Podem envolver sólidos, líquidos ou gases como dispersantes (chamados de solventes – existentes em maior quantidade na solução) e como dispersos (solutos). A solução também pode apresentar-se nesses três estados da matéria.

É importante destacar que soluções gasosas são formadas apenas por solvente e soluto no estado gasoso.

Classificações

As soluções podem ser classificadas de diversas maneiras:

1) De acordo com o estado da matéria, conforme visto anteriormente;

2) De acordo com a condução de corrente elétrica:

- soluções eletrolíticas (compostas por íons) e

- soluções não-eletrolíticas (compostas apenas por moléculas);

3) De acordo com as quantidades proporcionais de soluto e solvente: solução concentrada e solução diluída;

Soluções saturadas, insaturadas e supersaturadas

Para entendermos esses conceitos, primeiramente precisamos saber o que é Coeficiente Solubilidade. Ele é definido como a máxima quantidade de soluto que é possível dissolver de uma quantidade fixa de solvente, a uma determinada temperatura.

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A saturação de um a solução é uma propriedade que indica a capacidade da mesma em suportar quantidades crescentes de solutos, mantendo-se homogêneas.

A solução é dita insaturada se ainda tem capacidade de diluir soluto, sem precipitar excessos. É quando a quantidade de soluto usado se dissolve totalmente, ou seja, a quantidade adicionada é inferior ao coeficiente de solubilidade.

A solução saturada é aquela em que o soluto chegou à quantidade máxima: qualquer adição de soluto vai ser precipitada, não-dissolvida. É quando o solvente (ou dispersante) já dissolveu toda a quantidade possível de soluto (ou disperso), e toda a quantidade agora adicionada não será dissolvida e ficará no fundo do recipiente. Porém, em alguns casos especiais é possível manter uma solução com quantidade de soluto acima daquela que pode ser dissolvida em condições normais. Nesse caso fala-se em solução supersaturada, que é instável: com alterações físicas mínimas a quantidade extra de soluto pode ser precipitada.

Solução Sobressaturada (ou supersaturada)

Isto só acontece quando o solvente e soluto estão em uma temperatura em que seu coeficiente de solubilidade (solvente) é maior, e depois a solução é resfriada ou aquecida, de modo a reduzir o coeficiente de solubilidade. Quando isso é feito de modo cuidadoso, o soluto permanece dissolvido, mas a solução se torna extremamente instável. Qualquer vibração faz precipitar a quantidade de soluto em excesso dissolvida.

Solubilidade nos gases

Os gases apresentam propriedades particulares para a solubilidade. Quando aumenta-se a pressão, a solubilidade aumenta (Lei de Henry). O mesmo não acontece quanto à temperatura. Quando aumenta-se a temperatura, diminui a solubilidade. Assim, a solubilidade é diretamente proporcional à pressão e inversamente proporcional à temperatura. Vale lembrar que essas leis são válidas para qualquer gás, mas não para substâncias em outros estados físicos, como foi mostrado acima.

Exercícios.

1- Classifique a solução como insaturada, saturada ou supersaturada:

a) Sal de cozinha em água com sal precipitado.

b) Sal de cozinha sem sal precipitado

2 – Pode uma solução conter mais soluto com o aumento da temperatura ? Porque?

3 - O que acontece com o coeficiente de solubilidade de um gás quando a pressão diminui ?

4 - O que acontece com o coeficiente de solubilidade de um gás quando a sua temperatura aumenta ?

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5 – Como podemos aumentar o coeficiente de solubilidade de um líquido ?

7. Concentrações de soluções.

Concentração comum.

Definição.

A quantidade de soluto dissolvida em uma quantidade de solvente nos dá um valor que chamamos de concentração da solução. A concentração de uma solução é tanto maior quanto mais soluto estiver dissolvido em uma mesma quantidade de solvente.

É o quociente da massa do soluto (em gramas) pelo volume da solução (em litros).

Desta forma a unidade da concentração é gramas por litro ou g / l.

Exemplo:

Solução de NaCl

Massa do soluto (NaCl) = 20 g

Volume da Solução (NaCl+H2O) = 250 ml

C = 20 g / 0,25 l = 80 g / l

Molaridade.

É o quociente do número de moles do soluto (em g) pelo volume da solução (em litros).

N1 – número de moles do soluto ( peso em g do soluto / mol do soluto )

V – volume da solução em litros.

M - MOLAR

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substituindo o número de mols pela razão m / MM:

onde

M = molaridade

M1 = massa do soluto (g)

MM = massa molar (g)

V = volume (l)

Exemplo

Calcule a molaridade de 250 ml de solução com 25 g de NaOH.

Massa Molar = 40 g

M = 25 g ÷ ( 40 g x 0,25 l) = 2,5 molar

Outras concentrações:

Título (T)É o quociente da massa do soluto pela massa total da solução (soluto+solvente).

Exercícios.

1. Calcule a concentração de uma solução contendo 25 g de H2SO4 e volume igual a 200 ml

2. Calcule a molaridade de uma solução contendo 20 mg de NaOH e 0,2 l de solução.

3. Calcule o título de uma solução formada por 20 mg de NaCl e 40 g de H2O.

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