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    Fundamentos de Economia

    CONCEITO DE ECONOMIA

    Etimologicamente a palavra Economiavem do grego oikos (casa) e nomos (norma, lei). Seria a

    administrao da casa, que pode ser generalizada como a administrao da coisa pblica.

    Economia pode ser deinida como a ci!ncia social que estuda como o indiv"duo e a sociedade

    decidem utilizar recursos produtivos escassos, na produo de bens e servios, de modo a distribu"#

    los entre as v$rias pessoas e grupos da sociedade, com a inalidade de satisazer %s necessidades

    &umanas.

    'ssim, trata#se de uma ci!ncia social, $ que obetiva atender %s necessidades &umanas. ontudo,depende de restri*es "sicas, provocadas pela escassez de recursos produtivos ou atores de

    produo (mo de obra, capital, terra e mat+rias primas).

    ode#se dizer que o obeto de estudo da ci!ncia econ-mica + a questo da escassez, ou sea, como

    economizar recursos.

    ' escassez surge em virtude das necessidades &umanas ilimitadas e da restrio "sica de recursos.

    'inal, o crescimento populacional renova as necessidades b$sicas contudo o deseo de elevao do

    padro de vida (que poder"amos classiicar como uma necessidade social de mel&oria de status) e

    a evoluo tecnol/gica azem com que suram novas necessidades (0ap tops, elulares, 123s de

    lasma e etc.). 4en&um pa"s, mesmo os mais ricos, + auto#suiciente em termos de disponibilidade

    de recursos produtivos, para satisazer a todas as necessidades da populao.

    Se no &ouvesse a escassez de recursos, ou sea, se todos os bens ossem abundantes, no &averia

    necessidade de estudarmos quest*es como inlao, crescimento econ-mico, desemprego,

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    concentrao de renda e etc. Esses problemas provavelmente no e5istiriam e obviamente a

    necessidade de se estudar economia.

    A LEI DA ESCASSEZ DE RECURSOS

    ' Economia undamenta sua e5ist!ncia na escassez de bens e servios para consumo euso no sistema produtivo. Se todos os bens ossem livres, o problema econ-mico undamental

    de quanto, como e para quem produzir dei5aria de e5istir. 6as os bens so econ-micos, isto +,

    relativamente raros. 7s conceitos de escassez e de abund8ncia dierenciam#se pela intensidade9

    terras agricultur$veis nos cerrados e min+rio de erro em 6inas :erais so recursos abundantes,

    mas alimentos e produtos siderrgicos so bens escassos, porque sua obteno + relativamente

    dispendiosa.

    7s recursos escassos so os insumos, ou fatores de produoutilizados no processo produtivo para

    obter bens e servios, destinados % satisao das necessidades dos consumidores. 7s atores de

    produo so9

    ;ecursos 4aturais < So os elementos da natureza utilizados pelo se &umano com a

    inalidade de criar bens. omo e5emplo temos a terra, a $gua, os recursos minerais e

    vegetais, a madeira e etc.

    1rabal&o < = a contribuio do ser &umano, na produo, em orma de atividade "sica oumental.

    apital < = o conunto de equipamentos, erramentas e m$quinas, produzidos pelo &omem,

    que no se destinam % satisao das necessidades atrav+s do consumo, mas concorrem para

    a produo de bens e servios, aumentando a eici!ncia do trabal&o &umano.

    om a combinao dos atores de produo temos ento os bens e servios dispostos na economia.

    2eamos9

    > > ?

    @m bem econ-mico, assim, + o que possui uma raridade relativa e, portanto, um preo.

    ' escassez s/ e5iste porque &$ procura para o bem, que tem uma utilidade suscet"vel de atender

    % determinada necessidade dos consumidores. 7 produto + um bem, porque satisaz uma

    necessidade &umana. 7 umo, embora aa mal % sade, + considerado um bem econ-mico,

    porque satisaz a necessidade do umante. ' Economia, como i!ncia, no entra em

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    1rabal&o apital ;ecursos Fens e

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    considera*es +ticas ou de u"zos de valor ela no questiona o que + um bem ou um mal para o

    indiv"duo e no determina quais as transa*es que devem ou no ser eetuadas.

    7 consumidor + soberano e a ele cabe decidir qual ser$ a composio de sua cesta de

    consumo, em uno de suas preer!ncias, necessidades e a renda de que disp*e. 'lgunsindiv"duos preerem levar uma vida mais simples e gastar com viagens outros decidem trocar

    de carro todos os anos. ' composio da cesta de consumo dos indiv"duos depende tamb+m dos

    gostos e &$bitos de consumo, que variam entre regi*es e classes sociais. 7 desenvolvimento dos

    meios de comunicao, a publicidade, as acilidades de pagamento com o uso do cr+dito tendem

    a &omogeneizar os &$bitos de consumo da populao e a criar novas necessidades a serem

    satiseitas.

    omo as necessidades so ilimitadas, as pessoas precisam estabelecer prioridades de gastos. 1odos

    precisam de &abitao, alimentao, vestu$rio, educao, sade, lazer. ara ter acesso a esse

    conunto de bens, segundo suas necessidades e preer!ncias, elas precisam ter uma renda dispon"vel

    em quantidades suicientes.

    'l+m disso, o setor produtivo precisa produzir os bens e servios deseados. ode ocorrer que no

    sea poss"vel oertar algum tipo de produto por alta de mat+ria#prima no mercado nacional. =

    poss"vel oertar determinado produto, importando#se a mat+ria#prima necess$ria de outros

    pa"ses. ode ocorrer, no entanto, que o pa"s no ten&a as divisas necess$rias para pagar as

    importa*es.

    E5istem necessidades que no podem ser atendidas porque o setor produtivo ainda no sabe como

    produzir. E5emplo disso so os medicamentos para a cura deinitiva do c8ncer e da 'ids. Esse +

    outro e5emplo de que apenas ter poder de compra no + suiciente para que as pessoas possam

    satisazer determinadas necessidades. 'p/s Aleming ter descoberto a penicilina, em BGDG, o setor

    armac!utico p-de produzir um medicamento capaz de curar doenas contagiosas, como a

    tuberculose.

    7 acesso a novas tecnologias permite grandes lucros para as empresas e isso as leva a gastar

    grandes somas de recursos inanceiros na HI de novos produtos e novos processos de produo.

    4ovos produtos podem satisazer necessidades ainda no satiseitas, como novos medicamentos

    para combater o c8ncer, como atendem a necessidades novas ou de que os consumidores ainda no

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    &aviam se dado conta. omo e5emplos temos o teleone celular, laptop, televiso a cabo,

    comunicao via internet etc.

    ' teoria econ-mica sup*e que as irmas e os consumidores seam racionais em suas

    decis*es, isto +, que os empres$rios procurem o m$5imo lucro e os consumidores a m$5ima

    satisao no consumo de bens e servios. 7 produtor quer minimizar custos e vender seusprodutos aos preos mais altos poss"vel. 7 consumidor, pelo contr$rio, age no sentido de obter o

    m$5imo de produtos, segundo seus gostos, com um m"nimo de disp!ndio. Seguindo a id+ia de

    racionalidade, ele no age por caridade ou capric&o, mas visando ao interesse pr/prio.

    A !UEST"O DA ESCASSEZ E OS #RO$LEMAS ECON%MICOS

    FUNDAMENTAIS

    1odas as sociedades, qualquer que sea seu tipo de organizao econ-mica ou regime pol"tico, so

    obrigadas a azer op*es, escol&as entre alternativas, uma vez que os recursos no so abundantes.

    Elas so obrigadas a azer escol&as sobre 7 K@E ;7I@LM;, K@'417 ;7I@LM;, 767

    ;7I@LM; e ';' K@E6 ;7I@LM;.

    O !UE E !UANTO #RODUZIR&' sociedade deve decidir se produz mais bens de consumo oubens de capital, como e5emplo bem claro, produzir mais can&*es de guerra ou manteigaN Em que

    quantidadeN 7s recursos devem ser dirigidos para a produo de mais bens de consumo ou bens de

    capitalN Sendo os recursos produtivos limitados, como mo#de#obra especializada (engen&eiros,

    t+cnicos, erramenteiros, torneiros etc.), mat+rias#primas, capital i5o (m$quinas, equipamentos,

    pr+dios, estradas, portos), capital inanceiro para pagar os trabal&adores e adquirir mat+rias#primas,

    terras +rteis para a agricultura e empres$rios dispostos a arriscar seus recursos no setor produtivo, e

    as necessidades &umanas ilimitadas, a sociedade precisa decidir qual ser$ a composio dos bens eservios que naquele per"odo ser$ produzido e em quais quantidades.

    'l+m da e5pectativa de obter lucro, a escol&a de um empreendedor em produzir pr+dios ou

    produzir alimentos, armas ou medicamentos dependem do con&ecimento que ele tem do mercado,

    de seu acesso % tecnologia e da tradio amiliar. Io ponto de vista da sociedade, a escol&a do que

    produzir est$ relacionada com as op*es de pol"tica econ-mica dos dirigentes. ' sociedade pode

    desear mais usinas &idrel+tricas e mais estradas, ou maior produo de gros e &abita*es

    populares.

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    COMO #RODUZIR&1rata#se de uma questo de eici!ncia produtiva, ou sea, sero utilizados

    m+todos de produo com capital intensivo ou mo#de#obra intensivaN Msso depende da

    disponibilidade de recursos de cada pa"s e da tecnologia. 7 con&ecimento tecnol/gico pode ser

    comprado de outros pa"ses, mediante o pagamento de direitos (roPalties). ara descobrir

    novos produtos e processos de produo novos ou apereioados, as empresas investem empesquisa e desenvolvimento (HI). :eralmente, os pa"ses menos desenvolvidos investem menos

    em HI, por insuici!ncia de recursos t+cnicos e inanceiros, preerindo importar t+cnicas

    con&ecidas em outros pa"ses.

    ' deciso de como produzir implica a escol&a das t+cnicas, que envolve a questo dos preos dos

    recursos. Se a mo#de#obra or barata e o custo do capital elevado, as empresas tendero a utilizar

    mais trabal&o (0, de labor) e menos capital (Q), isto +, o processo de produo ser$ mais manual e menos

    mecanizado. 4esse caso, diz#se que as t+cnicas so de trabal&o intensivo. Mnversamente, nos pa"ses

    desenvolvidos, em que os sal$rios so elevados e os direitos sociais dos trabal&adores mais amplos, as

    empresas tendem a mecanizar em massa o setor produtivo.

    #ARA !UEM #RODUZIR&' sociedade deve decidir quais os setores que sero beneiciados com

    a distribuio do produto9 trabal&adores, capitalistas e propriet$rios de terra. 7u ainda, agricultura

    ou indstriaN 6ercado interno ou e5ternoN ;egio sul ou norteN 1rata#se de decidir como ser$

    distribu"da a renda gerada pela atividade econ-mica.

    Iiante disso temos9

    A !UEST"O DA OR'ANIZA("O ECON%MICA ) SISTEMAS

    ECON%MICOS

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    4ecessidades &umanas ilimitadas # o que e quanto produzir

    R escassez escol&a # como produzir

    ;ecursos produtivos escassos # para quem produzir

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    omo as sociedades resolvem os problemas econ-micos undamentais interessa#nos saber qual o

    tipo de organizao econ-mica as mesmas apresentam.

    E5istem duas ormas principais de organizao econ-mica9

    Economia de 6ercado < Economia descentralizada ou do tipo capitalista, que deende apropriedade privada e dei5a sob responsabilidade das pessoas e empresas suprir a assist!ncia

    que deveria ser prestada pelo setor pblico

    Economia laniicada < Economia centralizada ou do tipo socialista, que deende um

    sistema de econ-mico que visa distribuir a mat+ria prima e a produo de maneira mais

    &omog!nea. 7 setor pblico se encarrega de garantir menos dierenas de classes sociais e

    econ-micas.

    DEFINI("O DO SISTEMA ECON%MICO

    4as sociedades modernas, onde + produzido um grande nmero de bens e servios, podemos

    observar que o consumo de uma pessoa + composto por bens e servios produzidos em $reas de

    atividades econ-micas dierentes daquela em que e5erce seu trabal&o. @m oper$rio que trabal&e em

    uma metalrgica, por e5emplo, produz c&apas de ao, mas necessita de alimentos, roupas, umacasa, transporte e etc.

    Entretanto, na economia em que esse oper$rio vive, + permitido que ele troque sua ora de trabal&o

    (um ator de produo que concorre para a produo de c&apas de ao) por um sal$rio que permita

    adquirir bens e servios necess$rios. Msto ocorre em razo do uncionamento daquilo que c&amamos

    de sistema econ-mico.

    @m sistema econ-mico pode ser deinido como a reunio dos diversos elementos participantes da

    produo de bens e servios que satisazem as necessidades da sociedade, organizados no apenas

    do ponto de vista econ-mico, mas social, ur"dico e institucional. 7bserve que os elementos

    integrantes de um sistema econ-mico no so apenas as pessoas, mas todos os atores de produo9

    trabal&o, capital e recursos naturais.

    Entretanto, para que esses atores aam parte do processo produtivo, eles precisam estar

    organizados de tal orma que a sua combinao resulte em algum bem ou servio. 's institui*esonde so organizados os atores de produo so denominadas unidades produtoras. @ma $brica de

    autom/veis, um banco e uma azenda so e5emplos de unidades produtoras, pois em cada uma

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    delas os atores trabal&o, capital e recursos naturais esto organizados para a produo de algum

    bem ou servio.

    4o entanto, no devemos pensar que tudo aquilo que or obtido pelas unidades produtoras ser$

    destinado diretamente ao consumo pelas pessoas. @ma $brica de c&apas de ao, por e5emplo, notem as pessoas, em geral, como consumidores diretos de seus produtos, da mesma orma que uma

    empresa de processamento de dados. 's c&apas de ao e os servios de computao so apenas um

    bem e um servio que entram na produo de outros bens e servios.

    Essa comple5idade da produo + uma caracter"stica undamental dos modernos sistemas

    econ-micos e e5plica como as pessoas desempen&am uma tarea especiica, como o oper$rio de

    quem alamos anteriormente, podem adquirir as coisas necess$rias % satisao de suasnecessidades.

    ' produo econ-mica pode ser classiicada em tr!s categorias, de acordo com a sua destinao9

    $ens e Ser*ios de Consumo )So aqueles bens e servios que satisazem as necessidades

    das pessoas quando so consumidos no estado em que se encontram, como alimentos,

    roupas, servios m+dicos e etc.

    $ens e Ser*ios Intermedi+rios )So os bens e servios que no atendem diretamente %snecessidades das pessoas, pois precisam ser transormados para atingir sua orma deinitiva.

    omo por e5emplo, podemos citar as c&apas de ao, os servios de computao, que

    preparam a ol&a de pagamentos de uma empresa e etc.

    $ens de Capita, )1amb+m no atendem diretamente %s necessidades dos consumidores,

    mas destinam#se a aumentar a eici!ncia do trabal&o &umano no processo produtivo, como

    as maquinas, estradas, portos e aeroportos e etc.

    COM#OSI("O DO SISTEMA ECON%MICO

    4o sistema econ-mico de uma nao, encontramos um grande nmero de unidades produtoras, cada

    qual organizando os atores de produo para a obteno de bens ou servios. Entretanto, apesar da

    diversidade de obetivos das inmeras unidades produtoras, podemos classiic$#las de acordo com

    as caracter"sticas undamentais de sua produo. @tilizando esse crit+rio, veremos que as unidades

    produtoras podem ser agrupadas em tr!s setores b$sicos, que comp*em o sistema econ-mico9

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    Setor #rim+rio ) constitu"do pelas unidades produtoras que utilizam intensamente os

    recursos naturais e no introduzem transorma*es substanciais em seu produto. 4este setor,

    esto as unidades que desenvolvem atividades agr"colas, pecu$rias e e5trativistas, seam

    minerais, animais ou vegetais.

    Setor Secund+rio ) onstitu"do pelas unidades produtoras dedicadas %s atividadesindustriais, atrav+s das quais os bens so transormados. aracteriza#se pela intensa

    utilizao do ator de produo capital, sob a orma de maquinas e equipamentos. Mndstrias

    de autom/veis, rerigerantes e de roupas so e5emplos de unidades produtoras neste setor.

    Setor Terci+rio )Se dierencia dos outros pelo ato de seu produto no ser tang"vel,

    concreto, embora sea de grande import8ncia no sistema econ-mico. = composto pelas

    unidades produtoras que prestam servios, como os bancos, escolas, &ospitais, empresas de

    transporte, o com+rcio em geral e etc.

    oderemos ter uma id+ia do grau de desenvolvimento de um pa"s se observarmos a import8ncia

    relativa dos tr!s setores em seu sistema econ-mico. @ma economia em que o setor prim$rio tem

    maior peso revela, quase sempre, um n"vel de desenvolvimento no satisat/rio, enquanto aquelas

    em que o setor secund$rio e terci$rio + preponderante apresentam maior grau de desenvolvimento.

    MODELO SIM#LIFICADO DO SISTEMA ECON%MICO

    ' economia decidir$ o que, quanto, como e para quem produzir em uno da demanda dos

    consumidores, da disponibilidade de recursos e da dotao tecnol/gica.

    4as economias de mercado, essas respostas so ornecidas pela concorr!ncia e pelo sistema de

    preos. 4as economias centralmente planiicadas, essas decis*es competem ao Vrgo entral deplaniicao, enquanto nas economias mistas, cabe tanto %s empresas estatais e ao plano central

    indicativo, como %s empresas privadas.

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    OS FLU-OS DO SISTEMA ECON%MICO

    Iurante o processo de produo, em que so obtidos bens e servios, as unidades produtorasremuneram os atores de produo por elas empregados9 pagam sal$rios aos trabal&adores, aluguel

    pelas instala*es que ocupam, uros pelos inanciamentos obtidos e distribuem lucros aos seus

    propriet$rios. Essa remunerao + recebida pelos propriet$rios dos atores de produo e permite#

    l&es adquirir os bens e servios de que necessitam.

    Este + um aspecto undamental do sistema econ-mico, e que garante sua eici!ncia9 as unidades

    produtoras, ao mesmo tempo em que produzem bens e servios, remunera os atores de produopor elas empregados, permitindo que as pessoas adquiram bens e servios produzidos por todas as

    outras unidades produtoras.

    @ma pessoa que trabal&a numa $brica de roupas, por e5emplo, no vai adquirir apenas o produto

    de seu trabal&o com o sal$rio que recebe, pois ela tem outras necessidades. Ela precisa comprar

    alimentos, alugar ou comprar uma casa, tomar uma conduo e etc. = atrav+s da remunerao de

    sua ora de trabal&o (ator de produo que concorreu para a produo de roupas) que ela poder$adquirir as coisas que necessita para viver.

    ode#se dizer, portanto, que num sistema econ-mico e5istem dois lu5os. 7 primeiro + o f,u.o rea,,

    ormado pelos bens e servios produzidos no sistema econ-mico, que tamb+m recebe o nome de

    produto. 7 segundo + o f,u.o nomina, ou monet+rio, ormado pelo pagamento que os atores de

    produo recebem durante o processo produtivo, tamb+m denominado renda.

    Esses dois lu5os t!m um signiicado muito importante para a teoria econ-mica. 7 lu5o real,

    ormado pelos bens e servios produzidos, constitui a oferta da economia, ou sea, tudo aquilo que

    oi produzido e est$ % disposio dos consumidores. 7 lu5o monet$rio, ormado pelo total da

    remunerao dos atores produtivos, + a demanda ou procura da economia, ou sea, aquilo que as

    pessoas procuram para satisazer suas necessidades e deseos.

    ' ofertae a procuraso as duas un*es mais importantes de um sistema econ-mico. Essas duas

    un*es ormam o mercadoonde as pessoas que querem vender se encontram com as pessoas que

    querem comprar.

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    X importante observar que o termo mercado/ na 1eoria Econ-mica, no signiica apenas o lugar

    "sico onde as pessoas esto localizadas, como uma eira livre, por e5emplo. Seu signiicado + mais

    amplo. 7 termo se reere a todas as compras e vendas realizadas no sistema econ-mico, tanto de

    bens de consumo, intermedi$rios e de capital como de servios. Em suma, sintetiza a ess!ncia dosistema econ-mico, em que as necessidades so satiseitas atrav+s da venda e da compra de

    mercadorias e servios.

    F,u.o Monet+rio F,u.o Rea,

    Demanda Oferta

    A CIRCULA("O NO SISTEMA ECON%MICO

    4o item anterior, oram apresentados os elementos undamentais do sistema econ-mico9 o lu5o

    real, o lu5o monet$rio e o mercado, para onde os lu5os se dirigem. Aalaremos agora, a respeito do

    uncionamento dos lu5os real e monet$rio, tanto no sentido do mercado como no sentido contr$rio.

    Entretanto, para discutir mel&or esse en-meno, que corresponde % circulao no sistema

    econ-mico, + necess$rio que se introduza alguns conceitos importantes.

    Mnicialmente, vamos admitir que nosso sistema econ-mico + ec&ado, ou sea, no mant+m rela*es

    econ-micas com outros sistemas. omo um sistema econ-mico corresponde a um pa"s, o que

    estamos dizendo + que esse pa"s no importa nem e5porta bens e servios de outros pa"ses.

    'dmitamos ainda, que este sistema econ-mico no possui setor pblico, ou sea, governo. Essa

    suposio no + de natureza pol"tica, mas econ-mica, pois o governo tem um papel importante no

    sistema econ-mico. E a sua e5cluso, assim como a das rela*es com outros sistemas econ-micos,

    Aundamentos de Economia < Escola 1+cnica de Aormao :erencial # BC Semestre DBBB

    Sal$rios

    Yuros

    0ucros

    'lugu+is

    '

    limentos

    2estu$rio

    Servios

    Equipament

    os

    6ercad

    o

    Empresas

    BCSetor

    DCSetor

    JCSetor

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    tem apenas a inalidade de tornar mais simples o racioc"nio. onv+m dizer ainda, que nesse sistema

    econ-mico toda a renda recebida pelos propriet$rios dos atores de produo + gasta em bens e

    servios de consumo e toda a produo das empresas + vendida, no &avendo ormao de estoques.

    Iessa orma, o nosso sistema econ-mico ser$ ormado pelas empresase fam0,ias.

    's empresas e am"lias so entidades econ-micas, ormadas pelas unidades produtivas, no caso das

    empresas, e pelas pessoas que consomem bens e servios e possuem atores de produo, no caso

    das am"lias. 4ormalmente, um sistema econ-mico + ormado por mais duas entidades9 o setor

    pblico, ou governo, e o resto do mundo, ou setor e5terno. Entretanto, para acilitar o racioc"nio,

    consideraremos apenas as empresas, cuo conunto vamos c&amar de aparel&o produtivo, e as

    am"lias.

    'gora podemos recolocar a discusso do sistema econ-mico em termos dessas duas entidades

    econ-micas. 7 aparel&o produtivo contrata, unto %s am"lias, os atores de produo, trabal&o,

    capital e etc originando#se a" o lu5o monet$rio. or outro lado, o aparel&o produtivo organiza os

    atores de produo de que agora disp*e e estabelece o lu5o real, que equivale % oerta de bens e

    servios produzidos. Esses dois lu5os se encontram no mercado, onde as am"lias trocam sua renda

    (ou lu5o monet$rio) pelo produto (lu5o real) para satisazer sua necessidade. Entretanto o

    uncionamento do sistema econ-mico no termina aqui.

    7bservemos que, no mercado, os lu5os trocam de mos9 o lu5o real passa para a mo das am"lias,

    onde ser$ consumido, pois se trata de bens e servios, enquanto o lu5o nominal passa para as mos

    do aparel&o produtivo, como pagamento dos bens e servios vendidos. Kuando as am"lias tiverem

    consumido os bens e servios adquiridos no mercado, precisaro oerecer novamente os seus atores

    de produo ao setor produtivo, para receber em troca a renda que l&es permitir$ dirigirem#se

    novamente ao mercado. 4este "nterim, as empresas podem contratar novamente os atores de

    produo com as am"lias, pois agora esto de posse do lu5o monet$rio, que oi obtido no mercado

    com a venda de sua produo de bens e servios. 1ivemos, portanto, uma volta completa dos lu5os

    monet$rio e real, que sa"ram, no primeiro instante, das mos das am"lias e empresas, dirigiram#se

    ao mercado, trocaram de mos e, novamente atrav+s da contratao dos atores de produo, esto

    nas mos das entidades originais, ou sea, o lu5o monet$rio com as am"lias e o real com o aparel&o

    produtivo. ' partir da", eles se dirigem novamente para o mercado, onde o processo + reiniciado.

    = importante observar que, na realidade, os lu5os monet$rio e real, esto, ao mesmo tempo, tanto

    com as am"lias e empres$rios como no mercado, no sendo necess$rio &aver um volta completa

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    para que os mesmo se reiniciem. ortanto, cumpre destacar o car$ter din8mico do sistema

    econ-mico, em que todos os agentes econ-micos e5ercem seu papel ininterruptamente.

    Essa movimentao dos lu5os + o processo de circu,ao do sistema econ-mico, que +

    important"ssimo para que o sistema econ-mico cumpra o seu papel, produzindo bens e servios eazendo#os c&egar %s pessoas para satisazer suas necessidades.

    7 processo de circulao no sistema economico est$ esquematizado na igura a seguir, onde os

    lu5os reais so representados por setas vermel&as e os lu5os monet$rios, por setas azuis.

    irculao no Sistema Econ-mico

    Aundamentos de Economia < Escola 1+cnica de Aormao :erencial # BC Semestre DBB

    Apare,1o #roduti*o2Empresas3

    $ens e Ser*iosFam0,iasIndi*0duos

    Mercado

    BD

  • 7/24/2019 Apostila Fundamentos de Economia

    13/14

    E.erc0cios

    B < Mdentiique os tr!s setores da economia e apresente as caracter"sticas b$sicas de cada um deles.

    D < lassiique as empresas a seguir por setor (prim$rio, secund$rio e terci$rio)9

    Empresa de pesca < &ospital < indstria de alimentos < inanceiras < compan&ia de seguros

  • 7/24/2019 Apostila Fundamentos de Economia

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    BB < 7 que signiica a circulao no sistema econ-micoN

    BD < Kual a import8ncia do lu5o monet$rio e real no sistema econ-micoN