Apostila Geografia da Paraíba - Concurso da PM

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1 CURSO PREPARATÓRIO CONCURSO da PM - DISCIPLINA: GEOGRAFIA Prof. Vando Félix – [email protected] – www.geograficamentecorreto.com Geografia Da Paraíba Vegetação A vegetação litorânea do estado da Paraíba apresenta matas, manguezais e cerrados, que recebem a denominação de "tabuleiro", formado por gramíneas e arbustos tortuosos, predominantemente representados, entre outras espécies por batiputás- manso e mangabeiras. Formadas por floresta Atlântica, as matas registram a presença de árvores altas, sempre verdes, como a peroba e a sucupira. Nos estuários predominam os manguezais, os quais apresentam árvores com raízes de suporte, adaptadas à sobrevivência neste tipo de ambiente natural pantanoso. A vegetação nativa do planalto da Borborema e do Sertão caracteriza- se pela presença da caatinga, devido ao clima quente e seco característico da região. A caatinga pode ser do tipo arbóreo, com espécies como a baraúna, ou arbustivo representado, entre outras espécies pelo xique-xique e o mandacaru. Remanescentes florestais Resquícios de floresta atlântica cobrem hoje em dia 6.743 km² do território paraibano, o que significa apenas 1,16% da área total do estado (dados de 2008). 10 Para se fazer uma comparação dos diferentes padrões de preservação do meio ambiente, a Costa Rica, na América Central, tem uma área territorial de 51.100 km², muito semelhante aos 56.585 km² da Paraíba, mas preserva 26% do território nacional na forma de reservas extrativistas protegidas ou parques nacionais. Esse país centro- americano percebeu que o investimento em ecoturismo é mais rentável que a destruição de suas áreas naturais. Com isso, o turismo ecológico se tornou a segunda fonte de renda do país, atrás apenas da produção de tecnologias. Em 2011, o turismo gerava 115 mil empregos diretos e 460 mil indiretos. Vista da Pedra do Cordeiro, município de Belém. Na Paraíba, as regiões com maior concentração de resíduos dessas matas estão nos municípios litorâneos de Cruz do Espírito Santo, Santa Rita, Rio Tinto e Mamanguape. Além destes, ainda remanescentes de florestas em Areia e Alagoa Grande, conjunto de relevante interesse ecológico e social, por se tratar de fragmentos de mata serrana (ou brejo de altitude). Tais áreas, em virtude de sua proximidade, podem ensejar estudos para formação de futuros corredores ecológicos que, conectados, possibilitarão maior oportunidade de circulação da fauna, o que se refletirá em maiores chances de preservação. Essas manchas verdes de mata têm sido bastante impactadas no estado pela expansão do cultivo da cana-de-açúcar no litoral e agreste e pelo desenvolvimento da carcinicultura (Criação de camarões)nas áreas litorâneas de manguezal, além da especulação imobiliária (loteamentos). 13 Em 1999, um workshop realizado em Atibaia, Estado de São Paulo, pelo Ministério do Meio Ambiente, juntamente com instituições de peso como Conservation International do Brasil, Fundação SOS Mata Atlântica e Fundação Biodiversitas, demonstrou que essas florestas constituem áreas de "extrema importância biológica" e portanto prioritárias para a conservação do resquícios da mata atlântica ainda existentes no Brasil.

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Apostila contendo assuntos referentes ao Estado da Paraíba, destinada para participantes de concursos.

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CURSO PREPARATÓRIO CONCURSO da PM - DISCIPLINA: GEOGRAFIA

Prof. Vando Félix – [email protected] – www.geograficamentecorreto.com

Geografia Da Paraíba

Vegetação

A vegetação litorânea do estado da Paraíba

apresenta matas, manguezais

e cerrados, que recebem a

denominação de "tabuleiro",

formado por gramíneas e

arbustos tortuosos,

predominantemente

representados, entre outras

espécies por batiputás-

manso e mangabeiras. Formadas por floresta Atlântica, as

matas registram a presença de árvores altas, sempre

verdes, como a peroba e a sucupira. Nos estuários

predominam os manguezais, os quais apresentam árvores

com raízes de suporte, adaptadas à sobrevivência neste

tipo de ambiente natural pantanoso.

A vegetação nativa do planalto da Borborema e

do Sertão caracteriza-

se pela presença

da caatinga, devido ao

clima quente e seco

característico da

região.

A caatinga pode ser

do tipo arbóreo, com

espécies como

a baraúna, ou arbustivo representado, entre outras

espécies pelo xique-xique e o mandacaru.

Remanescentes florestais

Resquícios de floresta atlântica cobrem hoje em dia 6.743

km² do território paraibano, o que significa apenas 1,16%

da área total do estado (dados de 2008).10 Para se fazer

uma comparação dos diferentes padrões de preservação

do meio ambiente, a Costa Rica, na América Central, tem

uma área territorial de 51.100 km², muito semelhante aos

56.585 km² da Paraíba, mas preserva 26% do território

nacional na forma

de reservas

extrativistas

protegidas ou

parques nacionais.

Esse país centro-

americano percebeu

que o investimento

em ecoturismo é

mais rentável que a destruição de suas áreas naturais.

Com isso, o turismo ecológico se tornou a segunda fonte

de renda do país, atrás apenas da produção de

tecnologias. Em 2011, o turismo gerava 115 mil

empregos diretos e 460 mil indiretos.

Vista da Pedra do Cordeiro, município de Belém.

Na Paraíba, as regiões com maior concentração de

resíduos dessas matas estão

nos municípios litorâneos

de Cruz do Espírito Santo,

Santa Rita, Rio

Tinto e Mamanguape.

Além destes, há ainda

remanescentes de florestas

em Areia e Alagoa Grande,

conjunto de relevante

interesse ecológico e social,

por se tratar de fragmentos

de mata serrana (ou brejo de altitude). Tais áreas, em

virtude de sua proximidade, podem ensejar estudos para

formação de futuros corredores ecológicos que,

conectados, possibilitarão maior oportunidade de

circulação da fauna, o que se refletirá em maiores

chances de preservação. Essas manchas verdes de mata

têm sido bastante impactadas no estado pela expansão do

cultivo da cana-de-açúcar no litoral e agreste e pelo

desenvolvimento da carcinicultura (Criação de

camarões)nas áreas litorâneas de manguezal, além da

especulação imobiliária (loteamentos).13

Em 1999, um workshop realizado em Atibaia, Estado de

São Paulo, pelo Ministério do Meio Ambiente,

juntamente com instituições de peso como Conservation

International do Brasil, Fundação SOS Mata

Atlântica e Fundação Biodiversitas, demonstrou que

essas florestas constituem áreas de "extrema importância

biológica" e portanto prioritárias para a conservação do

resquícios da mata atlântica ainda existentes no Brasil.

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O Pico do Jabre, no município de Matureia, é uma

importante superfície de floresta de caatinga que vem

sofrendo relevantes decréscimos de área na última década

(2000–2010).

Demografia

Demografia da Paraíba

Ficha técnica

População 3.766.528 (2010).15

Densidade 66,73 hab./km² (2010).15

Crescimento demográfico 0,8% ao ano (1991-2000).

População urbana 75,4% (2010).15

Domicílios 849.378 (2000).

Carência habitacional 139.257 (est. 2000).

Acesso à água 68,8% (2000)

Acesso à rede de esgoto 39% (2000).

IDH (2005) 0,759 - médio

Número de Municípios 223.16

Segundo dados estatísticos do IBGE, a Paraíba contava

em 2010 com uma população de 3.766.528,

correspondente a 1,97% da população nacional, sendo o

estado uma das unidades da federação de menor

superfície (0,66% do território nacional, ficando na 21ª

posição em ordem decrescente). O censo de 2010

demonstrou ainda que a população urbana da Paraíba

monta a 75,4%, em oposição aos 24,6% da zona rural.

A densidade demográfica estadual é de 66,73 hab./km².15

Quanto ao quesito cor, o Censo 2010 apontou que a

população do estado se autodeclarava da seguinte

forma: parda, 1.986.619 (52,7%); branca, 1.499.253

(39,8%); negra, 212.968 (5,7%); e amarela e indígena,

67.636 (1,8%).15

Etnias: Assim como o povo brasileiro, o paraibano é

fruto de uma forte miscigenação entre o branco europeu,

os índios locais e os negros africanos. Sendo assim, a

população é essencialmente mestiça, e o paraibano médio

é predominantemente fruto da forte mistura entre o

europeu e o indígena, com alguma influência africana

(os caboclos predominam entre os pardos, que

representam mais de 50% de toda a população estadual).

A menor presença negra na composição étnica do

povo deve-se ao fato de a cultura canavieira no estado

não ter sido tão marcante como na Bahia,

no Maranhão ou em Pernambuco, o que ocasionou a

vinda de pouca mão-de-obra africana.

Apesar da forte mestiçagem do povo, há, contudo,

ainda hoje, bolsões étnicos em várias microrregiões:

como povos indígenas na Baía da Traição (em torno de

12 mil índios potiguaras), mais de uma dúzia

de comunidades quilombolas florescendo em vários

municípios do Litoral ao Sertão, e a parcela da população

(em torno de um terço do total) com predominante

ascendência europeia, que vive principalmente nos

grandes centros urbanos e nas cidades ao longo do Brejo,

Alto Sertão e o Seridó.

Entre os mestiços, os mulatos predominam no litoral

centro-sul paraibano e no agreste, os caboclos em todo o

interior e no litoral norte. Já os cafuzos são raros e

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dispersos. O Dia do Mestiço (27 de junho) é data oficial

no estado.

Municípios mais populosos

A população paraibana concentra-se principalmente

mais cidades de João Pessoa e Campina Grande, sendo

que estas duas cidades juntas perfazem 40% da

população do estado. Os municípios mais populosos

são: João Pessoa, com 723.514 habitantes; Campina

Grande, com 385.276 habitantes; Santa Rita, com

120.333 habitantes; Patos, com 100.695

habitantes; Bayeux, com 99.758 habitantes; Sousa com

65.807 habitantes; Cajazeiras, com 58.437 habitantes

e Guarabira, com 55.340 habitantes.

Religião

Segundo censo do IBGE em 2010, dos 3.766.528

pesquisados no Estado da Paraíba, declararam-se segundo

o credo:

Convento de São Francisco, em João Pessoa.

Religião Membros

Católicos 2.898.659 pessoas(77%)

Protestantes 571.015 pessoas(15,2%)

Espíritas 23.175 pessoas(0,6%)

Religiões Afro-brasileiras 2.420 pessoas(0,1%)

Religiões Orientais 514 pessoas(0,01%)

Outras religiões 58.045 pessoas(1,5%)

Sem religião 213.214 pessoas(5,7%)

Não determinado 6.412 pessoas(0,2%)

O número de católicos na Paraíba, segundo o censo de

2010, é de 77% da população paraibana. Ainda segundo o

censo, 15,2% declarou ser de alguma denominação

protestante, 0,6% é espírita, 1,5% segue outras religiões e

5,7% não têm ligação com nenhuma religião.

Os evangélicos estão galgando espaços cada vez mais

amplos, com o passar do tempo. Na Paraíba, assim como

em todo o país, o fenômeno é percebido a partir do

surgimento de novas denominações e do crescimento no

número de fiéis que frequentam igrejas tradicionais, que

surgiram no país há quase um século. Nos últimos dez

anos, a população evangélica no Estado quase triplicou

conforme projeção do Ministério de Apoio com

Informação (MAI), entidade cujo objetivo é fornecer

informações para o crescimento da igreja evangélica.

De acordo com o Censo Demográfico do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao

ano de 2000, a Paraíba contava com 8,8% de evangélicos.

Já no censo de 2010, o Estado chegou ao universo de

15,2% de fiéis ocupando os bancos dos templos das

diversas denominações evangélicas, também conhecidas

como protestantes. Transformando em números

absolutos, 2010 terminou com 571.015 paraibanos

declarados evangélicos.

Política

Em destaque Praça

dos Três Poderes, ao

fundo Palácio da

Redenção e a direita

sede do Centro de

Ciências Jurídicas

da UFPB.

A Paraíba é um estado da federação, sendo governado

por três poderes, o executivo, representado

pelo governador, o legislativo, representado pela

Assembleia Legislativa, e o judiciário, representado pelo

Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba e outros

tribunais e juízes. Também é permitida a participação

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popular nas decisões do governo através

de referendos e plebiscitos.

A atual constituição do estado da Paraíba foi promulgada

em 5 de outubro de 1989, acrescida das alterações

resultantes de posteriores emendas constitucionais.25

O Poder Executivo paraibano está centralizado no

governador do estado, que é eleito em sufrágio

universal e voto direto e secreto, pela população para

mandatos de até quatro anos de duração, e podem ser

reeleitos para mais um mandato. O primeiro governador

do estado foi Venâncio Augusto de Magalhães Neiva,

em 16 de novembro de 1889, um dia após a proclamação

da república. Em 50 mandatos (incluindo os reeleitos e

que ocuparam o cargo em mandatos não

consecutivos), várias pessoas já passaram pelo governo

do estado, sendo a mais recente delas Ricardo Vieira

Coutinho, natural de João Pessoa eleito em 2010,

sucedendo José Maranhão, que assumiu o cargo em 18 de

fevereiro de 2009, após a cassação do governador Cássio

Cunha Lima.26 Além do governador, há ainda no estado a

função de vice-governador, que substitui o governador

caso este renuncie sua posição, seja afastado do poder ou

precise afastar-se do cargo temporariamente. Atualmente,

o cargo é exercido por Rômulo José de Gouveia.

Prédio da Assembleia

Legislativa da Paraíba,

sede do poder legislativo

estadual

O Poder

Legislativo estadual

é unicameral, constituído

pela Assembleia Legislativa da Paraíba. Ela é constituída

por 36 deputados, que são eleitos a cada 4 anos.

No Congresso Nacional, a representação paraibana é de 3

senadores e doze deputados federais.

O Poder Judiciário é exercido pelos juízes e possui a

capacidade e a prerrogativa de julgar, de acordo com as

regras constitucionais e leis criadas pelo poder

legislativo em determinado país. Atualmente a

presidência é exercida por Maria de Fatima Moraes

Bezerra Cavalcanti, além de Romero Marcelo da Fonseca

Oliveira como vice e Marcio Murilo da Cunha Ramos

como corregedor-geral. Representações deste poder estão

espalhadas por todo o estado por meio de Comarcas,

termo jurídico que designa uma divisão territorial

específica, que indica os limites territoriais da

competência de um determinado juiz ou Juízo de

primeira instância. Na Paraíba, existem três tipos de

comarca: as de primeira, segunda e terceira entrância.

Dos 78 do estado com comarcas, quarenta são de

primeira entrância, trinta e três de segunda e cinco de

terceira, este último com comarcas

em Bayeux, Cabedelo, Campina Grande, João

Pessoa, Santa Rita.

Símbolos oficiais

Os símbolos oficiais do estado da Paraíba são a bandeira,

o brasão e o hino.

Bandeira Brasão

A atual bandeira do estado foi adotada em 1930, após

uma bandeira que vigorou entre 1907 e 1922. Um terço

dela está na cor preta, representando os dias de luto que

vigoraram no estado após o assassinato de seu presidente

(hoje correspondente ao cargo de governador) João

Pessoa Cavalcanti de Albuquerque em Recife, ano de

1930, e dois terços na cor vermelha, representando

a Aliança Liberal, que adotou a bandeira rubro-negra em

25 de setembro de 1930, por meio da Lei n° 204. No

meio da parte vermelha da bandeira, há uma inscrição de

letras maiúscula e na cor branca da palavra "NEGO", que

é a conjugação do verbo "negar" no presente do

indicativo da primeira pessoa do singular. Quando a

bandeira foi adotada, o vocábulo era escrito com um

acento agudo na letra E (NÉGO). Esse verbo representa a

não aceitação do sucessor à presidência da república

indicado pelo presidente brasileiro da época, Washington

Luís Pereira de Sousa. O símbolo foi oficializado em 26

de julho de 1965, pelo governador Pedro Moreno

Gondim, através do Decreto nº 3.919, conhecido como

"Bandeira do Négo" (ainda com acento agudo na letra

"e"). A bandeira rubro-negra vigora até os dias atuais.

Já o brasão é formado por quatro ângulos, sendo três na

parte superior e um na parte inferior. As estrelas contidas

respeitam a divisão administrativa do Estado. No alto, há

uma estrela de tamanho maior, constituído por cinco

pontas e um círculo central, com um barrete frígio que

quer dizer "liberdade". No meio do brasão, existe um

escudo, com um desenho de homem guiando um rebanho

(que representa o sertão) e um sol ao amanhecer,

representando o litoral. À direita do escudo, há o desenho

Page 5: Apostila Geografia da Paraíba - Concurso da PM

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de um ramo de algodão e, à esquerda, uma rama de cana-

de-açúcar. Na parte de baixo do brasão, há um laço que

"prende" os ramos de algodão e cana-de-açúcar. Sobre

esse laço há uma inscrição mostrando a fundação da

Paraíba: 5 de agosto de 1585, dia em que é comemorado

o aniversário da capital paraibana, João Pessoa, antes

chamada de Cidade da Paraíba. O símbolo foi adotada

durante o governo de Castro Pinto, compreendido etre

1912 e 1915. Ele é usado em papéis oficiais.

O hino foi adotado pela primeira em 30 de

junho de 1905. A letra é de Francisco Aurélio de

Figueiredo e Melo e a música é de Abdon Felinto

Milanez.

Regiões Metropolitanas

Existem oficialmente no estado da Paraíba 8 regiões

metropolitanas. São elas: Barra de Santa

Rosa, Cajazeiras, Campina

Grande, Esperança, Guarabira, João Pessoa, Patos e Vale

do Piancó

Economia

A economia da Paraíba é

a décima nona mais rica

do país e o sexto da

região Nordeste (ficando

atrás de Bahia, de

Pernambuco, do Ceará,

do Maranhão e do Rio

Grande do Norte, e à frente de Alagoas, Sergipe e Piauí).

De acordo com dados relativos a 2010, o Produto Interno

Bruto da Paraíba era de R$ 31 947 milhões (0,8% do PIB

nacional), enquanto o PIB per capita era de R$ 8 481,14.

Desse total, R$ 3 386 eram de impostos sobre produtos e

líquidos de subsídios. As maiores economias da Paraíba

são João Pessoa, Campina Grande, Cabedelo, Santa Rita

e Patos.

Cabedelo, na Região Metropolitana de João Pessoa, é a

terceira maior economia do estado e PIB per capita da

Paraíba.

Patos, maior centro

econômico do sertão da

Paraíba e a quinta

maior economia do

estado.

No final do século

XVI, quando começou

a ocupação do território

paraibano, a economia da Paraíba era centralizada

no setor primário (agropecuária), principalmente no

cultivo de cana-de açúcar. Atualmente, é o menos

participativo no produto interno bruto total do estado

(10,3% em 2004). Os municípios que possuem o maior

produto interno bruto agropecuário do estado são, em

ordem decrescente, Pedras de Fogo, Santa Rita,

Itapororoca, Alagoa Nova e Araçagi (2009).

O setor secundário é a segunda maior fonte geradora do

PIB do estado. O perfil industrial da Paraíba está voltado

principalmente para o benefício de minerais e de matéria-

prima vindas do setor primário. Os principais centros

industriais da Paraíba, bem como os principais industriais

do estado, são: na zona da mata, a Região Metropolitana

de João Pessoa (notadamente Bayeux, Cabedelo, Conde,

João Pessoa, Lucena e Santa Rita), onde se encontram

principalmente as indústrias alimentícia, de cimento, de

construção civil e a têxtil; no agreste, Campina Grande,

onde se destacam novamente as indústrias de alimentos,

como também as de bebidas, calçados, frutas

industrializadas e, mais recentemente, de software; no

sertão, Cajazeiras, Patos, São Bento e Sousa, com

destaque para as indústrias de confecções e a têxtil.

Atualmente, a atividade industrial no estado encontra-se,

até os dias atuais, em processo de desenvolvimento, com

intuito de gerar melhores condições de vida à

população. Os maiores PIBs do setor secundário são João

Pessoa, Campina Grande, Santa Rita, Cabedelo

e Caaporã.

O setor terciário, por sua vez, é a maior fonte geradora

de riquezas da Paraíba. No comércio, o estado é o quinto

maior em exportação no Nordeste, destacando-se na

exportação de bens de consumo, bens intermediários e de

capital. Açúcar, álcool etílico, calçados, granito,

roupas, sisal e tecidos são os principais produtos

exportados da Paraíba para o exterior, destinados

principalmente para a Austrália, Argentina, Estados

Unidos, Rússia e União Europeia.48

Turismo

Vista noturna

do Parque Sólon de

Lucena, principal

cartão-postal de João

Pessoa.49

Vale dos Dinossauros em Sousa.

Outra importante

fonte de renda

econômica na Paraíba

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é o turismo. Eleito melhor destino nacional do ano em

2013, cerca de um milhão de turistas que visitam o estado

todos os anos.

A capital paraibana é considerada porta de entrada para o

turismo no estado da Paraíba. Desde 1970, com a

construção do Hotel Tropical Tambaú, João Pessoa

investiu

bastante no

setor turístico,

o que

contribuiu com

o

desenvolvimen

to comercial na

orla da cidade.

Tendo como principal cartão-postal o Parque Sólon de

Lucena, João Pessoa possui 37 quilômetros de praias,

como as de Bessa, Manaíra e Penha e Tambaú, além de

um vasto acervo cultural e construções históricas, desde

construções mais antigas no centro histórico (como

a Casa da Pólvora, o Centro Cultural São Francisco, o

cruzeiro monolítico, a Igreja de Nossa Senhora do

Carmo e o mosteiro de São Bento), até as mais recentes

(tais como o Hotel Globo e o Teatro Santa Rosa), além de

contar com a segunda maior reserva de Mata Atlântica do

Brasil localizada em área urbana. Ainda em João Pessoa

está localizado o Espaço Cultural José Lins do Rego, no

bairro de Tambauzinho, construído em uma área

de 55 000 m³, onde funciona o primeiro planetário da

região Nordeste, além de ocorrerem apresentações

culturais, exposições e feiras. No restante do litoral,

destacam-se as areias coloridas (em Pitimbu), Baía da

Traição (município que possui praias e redutos indígenas

com aldeias), a Fortaleza de Santa Catarina (em

Cabedelo), a Igreja de Nossa Senhora da Guia (no

município de Lucena), a praia do Intermares (também em

Cabedelo) e a praia de Tambaba (em Conde). No interior,

destaca-se Campina Grande, que, juntamente com João

Pessoa, abriga os

principais eventos

realizados na Paraíba,

como O Maior São

João do Mundo, o

festival de Inverno, o

Encontro da

Consciência Cristã,

além de contar com hotéis e diversos outros atrativos,

como o Museu de Arte Assis Chateaubriand, o mais

famoso da Paraíba. Outros importantes atrativos turísticos

naturais e culturais do interior paraibano são: na região

agreste, a Cachoeira do Roncador (nos municípios

de Bananeiras e Borborema), o Memorial Frei

Damião (em Guarabira), a Pedra da Boca (em Araruna),

a Pedra do Ingá (em Ingá); na região da Borborema,

o Lajedo de Pai Mateus (em Cabaceiras); no sertão, a

Estância Termal de Brejo das Freiras (em São João do

Rio do Peixe) e o Vale dos Dinossauros (em Sousa).

VAMOS EXERCITAR:

1 - Em João Pessoa e em seu entorno, o rápido crescimento

demográfico tem ampliado a oferta de mão-de-obra pouco

qualificada, o que gera níveis salariais muito baixos. Como

consequência desse fato, é correto afirmar que:

a) o equilíbrio socioeconômico que existia na área

submetropolitana, durante as décadas de 1980 e 1990, foi

rompido.

b) a pobreza de grande parcela da população urbana cria

obstáculos para a instalação do processo de globalização.

c) a região da capital sofre um processo denominado

macrocefalia urbana, pois, atualmente, concentra 50% da

população do Estado.

d) as áreas agrícolas próximas à região de João Pessoa passam

a receber os desempregados que buscam trabalho temporário

nas lavouras.

e) no espaço urbano observa-se uma crescente massa de

excluídos que sobrevive do trabalho informal e amplia a

periferia.

2 - A questão está relacionada ao mapa e às afirmações a

seguir:

I. O predomínio da pecuária no interior do Estado guarda forte

relação com as condições climatobotânicas de cada sub-região

paraibana.

II. A maior concentração de lavouras comerciais do Estado,

sobretudo, as monoculturas canavieiras, está na região da Mata

Paraibana.

III. Nas sub-regiões de Borborema e do Sertão observa- se a

crescente mecanização das lavouras destinadas ao consumo

interno.

Está correto o que se afirma APENAS em:

a) I. b) II. c) I e II. d) I e III. e) II e III.