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Reiners + Frst GmbH u. Co. KG Leibnizstr. 85 41061 Mnchengladbach Germany POB 10 13 40 41013 Mnchengladbach Germany Telefon: +49 (0) 21 61 / 93 4-0 Telefax: +49 (0) 21 61 / 83 45 55 eMail: [email protected] Internet: www.reinersfuerst.com

LIVRO DE BOLSO

LIVRO DE BOLSO

Reiners + Frst GmbH u. Co. KG Leibnizstr. 85, 41061 Mnchengladbach, Germany POB 10 13 40, 41013 Mnchengladbach, Germany Telefon: +49 (0) 21 61 / 93 4-0 Telefax: +49 (0) 21 61 / 83 45 55 eMail: [email protected] Internet: www.reinersfuerst.com

REINERS + FRST: SEU COMPANHEIRO COMPETENTE NA SOLUO DE PROBLEMAS TCNICOS NA FIAO.

Com uma rede distribuidora mundial e um pessoal qualificado, estamos sempre disposio da indstria txtil com o nosso programa de produo abrangente.

Anis Viajantes Aparelhos colocadores de viajantes Aparelhos coletores de resduosISO 9001:2000CERT. N QUAL/2000/13563a The Quality System developed by: Reiners + Frst GmbH u. Co. KG

PREZADO CLIENTE!Gostaramos de nos apresentar: a firma Reiners + Frst nasceu em 1945 com sede em Mnchengladbach (RFA) uma localidade que ainda hoje considerada mundialmente como um centro txtil. Desde a fundao de nossa empresa como fbrica especializada em anis e viajantes, conseguimos atravs de quase 6 dcadas um reconhecimento mundial de nossos clientes e de especialistas no ramo, pela multiplicidade e alta qualidade dos nossos anis e viajantes. Hoje em dia, a marca R+F conhecida em mais de 90 pases, e um sinnimo de qualidade, confiana, grande versatilidade e eficincia na soluo efetiva de problemas. A nossa boa reputao baseia-se em constante e intensiva pesquisa e desenvolvimento. A chave para o nosso sucesso so os funcionrios competentes e motivados, os quais desenvolvem continuamente o nosso know-how atravs de constante aperfeioamento e estudo. Os produtos R+F fabricados em nossa empresa acham-se adequados s exigncias de seu mercado. Devemos enfatizar principalmente a nossa combinao anel e viajante CERA-DUR para a fiao compacta. Alm disso

oferecemos os anis de fiar e retoro para fibras curtas e longas, cordes e filamentos, viajantes com diferentes tratamentos de superfcie tambm na execuo magazinada. Aparelhos colocadores de viajantes e coletores de resduos robustos e ergonmicos fecham o nosso programa de produo. Com o nosso modo de pensar e agir, perseguimos 3 objetivos: 1. Prestar o melhor servio aos nossos clientes por meio dos melhores produtos, aconselhamento profissional, prestao de servio individual e fornecimento rpido. O nosso objetivo sempre merecer sua confiana! 2. Qualidade uma obrigao de nossa empresa perante os nossos clientes e, assim, um desafio dirio. O nosso objetivo fazer jus sua confiana! 3. O aprimoramento contnuo de nossos produtos e desenvolvimento de novidades perfeitamente natural. O nosso objetivo manter sua confiana

ndice 1. 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 2. 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 3. 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 3.7 4. 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 4.6 5. 5.1 5.2 5.3 Fatores interessantes para a fiao A misso do anel e do viajante Pr-requisitos para uma boa performance do processo Velocidades dos viajantes Tabela de converso para ttulos e comprimentos dos fios Denominaes da finura dos ttulos Toro do fio Anis de flange Qualidades dos anis Formas dos anis Larguras do flange e dimetros do anel Formas dos perfis Escolha do largura de flange Amaciamento dos anis Viajantes de flange Tratamentos de superfcie dos viajantes Denominaes dos viajantes Viajantes recomendados para anis de flange Velocidades possveis dos viajantes Nmeros de viajantes na fiao de algodo Viajantes magazinados e aparelhos colocadores Limpadores de viajantes Anis J Materiais dos anis Formas dos perfis Dimetros e alturas dos anis Sistemas de lubrificao Fixao dos anis Recomendaes para o amaciamento dos anis cnicos J 1.01 1.01 1.02 1.12 - 1.13 1.14 - 1.15 1.16 1.17 2.01 2.01 2.02 2.07 2.08 2.08 2.08 3.01 3.02 3.04 3.11 3.16 3.18 3.20 3.24 4.01 4.01 4.02 4.02 4.03 4.03 4.04 5.01 5.01 5.06 5.07 5.08 5.09

Viajantes J Viajantes J de ao Viajantes J de nylon Altura do anel recomendada e viajantes J para fiandeiras de fiar l penteada 5.4 Nmeros de viajantes J na fiao 5.5 Ferramentas para colocar e retirar os viajantes J

6. 6.1 6.2 6.3 6.4 6.5 6.6 7. 7.1 7.2 7.3 7.4 7.5

Anis HZ Materiais dos anis Formas dos perfis Dimetros e alturas dos anis Sistemas de lubrificao Fixao dos anis Recomendaes para o amaciamento dos anis HZ Viajantes HZ Viajantes HZ de ao Viajantes HZ de nylon Escolha de anis e viajantes na fiao com estiragem Ttulos e nmeros de viajantes recomendados Ferramentas para colocar e retirar os viajantes HZ

6.01 6.01 6.01 6.02 6.03 6.03 6.04 7.01 7.01 7.06 7.14 7.15 7.20 8.01 8.02 8.04

8. Aparelhos coletores de resduos 8.1 Aparelho SPIN CLEANER SC 1 8.2 Aparelho MINICLEANER MC 3

Nova edio refundida 10/2003 Com a reserva de modificaes tcnicas

1. 1.1 1.2 1.2.1 1.2.2 1.2.3 1.2.4 1.2.5 1.2.6 1.2.7 1.2.8 1.2.9 1.2.10 1.2.11 1.2.12 1.2.13 1.2.14 1.2.15 1.2.16 1.2.17 1.2.18 1.3 1.4 1.5 1.6 1.6.1 1.6.2 1.6.3 1.6.4

Fatores interessantes para a fiao

1.01

A misso do anel e do viajante 1.01 Pr-requisitos para uma boa performance do processo 1.02 Centralizao do anel, do anel anti-balo e do guia-fios com o fuso 1.03 Relao dos valores do dimetro do anel, do dimetro e comprimento da espula e bitola dos fusos 1.03 Anis anti-balo, separadores e guia-fios 1.04 Limpadores de viajantes 1.05 Escolha do do anel em relao geometria de fiao 1.05 Rotao do fuso sem vibraes 1.05 Funcionamento suave da bancada de anis 1.06 Trem de estiragem 1.06 Climatizao 1.06 Seleo adequada de largura de flange e altura de anel 1.06 Perfil do anel e forma do viajante 1.06 Amaciamento correto da superfcie, isto , grau de aspereza ideal e lisura da pista do anel 1.07 Formao de um filme de lubrificao uniforme 1.07 Amaciamento dos anis 1.08 Nmero do viajante e desgaste do viajante 1.08 Manuteno das mquinas 1.08 Velocidade mxima de fuso 1.09 Pilosidade / ruturas do fio 1.10 - 1.11 Velocidades dos viajantes em m/s 1.12 - 1.13 Tabela de converso para ttulos e comprimentos do fio 1.14 - 1.15 Denominaes da finura dos ttulos 1.16 Toro do fio 1.17 Explicao das expresses 1.17 Frmulas 1.17 Frmulas de converso 1.17 Coeficiente de toro para fios de algodo 1.17

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1. Fatores interessantes para a fiao1.1 A misso do anel e do viajante Anel e viajante so elementos de extrema importncia tanto no processo de fiar, quanto tambm na retoro, com influncia direta sobre a eficincia e o comportamento do trabalho das mquinas. O viajante circulando em alta velocidade sobre a pista do anel, tem de cumprir duas misses importantes: 1. Dar a toro necessria ao feixe de fibras suprido pelo cilindro de sada do trem de estiragem; 2. Enrolar o fio com tenso correta em forma cnica na espula. Neste processo, o anel funciona como guia do viajante, imprescindvel para conseguir-se um enrolamento correto e conseqentemente uma boa formao da espula. As foras de atrito resultantes deste processo freiam o viajante conduzido pelo fio contnuo e do a tenso necessria para a toro das fibras e tambm mantm as dimenses do balo de fio limitadas. O viajante de ao temperado a uma determinada dureza e polido com alto brilho. Ele poder ser adaptado em sua forma, peso e superfcie tanto ao anel, como tambm ao tipo e ttulo do fio. Viajantes de nylon na qualidade padro (para anis HZ e J), so fabricados a partir de poliamida de alta resistncia abraso. Para casos especiais de fios extremamente agressivos, os viajantes podem ser fornecidos na verso SUPERNYLON, reforados com fibras de vidro ou NYLON-STEEL, reforados com ao. As etapas de trabalho provocadas pelo viajante, como dar toro e enrolamento ao fio, devem ser realizadas sem excesso de tenso. A relao entre rotao do fuso e velocidade de entrega do fio, determina a sua toro. O viajante adapta-se automaticamente a todas as mudanas desta relao, sem alterar a sua posio de dar toro e tenso, como tambm a de enrolar o fio. No anel de flange, a velocidade de viajantes adequados de alta performance pode atingir at 40 m/s (144 km/h) e, em anis revestidos com CERA-DUR, a velocidade atingida tambm de 45 m/s (162 km/h). No caso de empresas que trabalham em 3 turnos, i.e. 24 horas por dia, os viajantes que rodam 40 m/s, perfazem por dia uma jornada de 3.500,00 km. Em 10 dias alcanam 35.000 km. Esta distncia certamente fantstica, se considerarmos que ambas as peas de metal, anel e viajante, apenas trabalham em conjunto com ajuda do filme de lubrificao composto de fibras. A condio, contudo, a escolha ideal do anel e viajante no tocante sintonia entre a forma e corte transversal do arame do viajante, bem como uma escolha ideal de material do conjunto anel e viajante, com o objetivo de obter-se sempre um filme lubrificante de fibras satisfatrio, sem causar dano ao fio. Nos anis cnicos J, lubrificados, a velocidade do viajante de ao pode alcanar at 35 m/s (126 km/h). 1.01

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Utilizando-se viajantes de nylon nos anis HZ verticais, lubrificados, este valor, sob condies ideais, pode ser ainda maior. Estas velocidades tm de ser alcanadas pelo viajante muitas vezes sob uma carga por unidade de superfcie de mais de 35 N/mm. Mesmo com a utilizao de matrias primas de alta qualidade, dureza ideal e resistncia ao desgaste, esses valores s so possveis de ser alcanados, se durante o processo, a superfcie de contato do viajante receber lubrificao contnua e uniforme. 1.2 Pr-requisitos para uma boa performance do processo Os limites de eficincia das mquinas de fiar e retorcedeiras, so definidos pela capacidade de carga dos anis e viajantes. Com pesquisas intensivas e aplicao dos mais novos conhecimentos sobre materiais e da superfcie dos viajantes e anis, como tambm a aplicao de novas formas dessas peas, conseguiu-se aumentar a capacidade de carga. Verificou-se que, no somente o material determina o desgaste do viajante, como tambm problemas complexos de transmisso de calor influem consideravelmente. O calor formado pelo atrito entre viajante e anel deve ser dissipado rapidamente para evitar-se um sobreaquecimento do viajante nas zonas de desgaste. Vrios fatores influenciam a carga mxima do viajante. Caso deseje se pesquisar quais as melhorias a serem feitas nos anis e viajantes para proporcionar aumentos de produtividade nas mquinas de fiao e retorcedeiras, deveria ser examinado antes de tudo se todas as condies de trabalho que influenciam sobremaneira o processo de fiao, mas no estejam diretamente relacionadas aos anis e viajantes, sejam favorveis. Tambm devero ser examinados outros fatores, quais sejam:

a perfeita centralizao do anel com o fuso; a perfeita centralizao do guia-fios (lapete) com o fuso; a perfeita centralizao do anel anti-balo com o fuso; bom estado da base do fuso para evitar vibraes; relao correta do dimetro e do comprimento da espula e bitola dos fusos com o dimetro do anel; existncia de anis anti-balo com dimetro adaptado ao anel; regulagem exata do limpador de viajantes, evitando a acumulao de fibras no viajante de flange; controle e regulagem do clima (temperatura e umidade relativa) conforme as indicaes ideais para a matria prima usada; ar do ambiente livre de poeira e fibra flutuante, o que pode prejudicar o andamento do viajante. Naturalmente pressupe-se uma pista do anel correta, lisa e bem amaciada.

1.02

1.2.1 Centralizao do anel, do anel anti-balo e do guia-fios com o fuso Para se conseguir um fio de boa qualidade com baixo ndice de rupturas, importante ter-se um exato ajuste central e horizontal do anel, do anel anti-balo como tambm do guia-fios com o fuso. Isto evita, especialmente em altas rotaes, desgaste unilateral do anel. Tambm a montagem dos bancos ou suportes dos anis dever assim ser feita horizontalmente, posio absolutamente vertical dos fusos. 1.2.2 Relao dos valores do dimetro do anel, do dimetro e comprimento da espula e bitola dos fusos Des. 1 D d H d D

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Des. 2

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