Apostila Matemática Cálculo CEFET Capítulo 10 Apendice

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  • 8/14/2019 Apostila Matemtica Clculo CEFET Captulo 10 Apendice

    1/8

    Captulo 10

    APNDICE

    10.1 Limites

    Proposio 10.1. (Unicidade do limite)Se

    e

    '

    ; (

    ) ' 1 3

    ), ento

    '

    . Em outras palavras se o limite existe ( um

    nmero real), ele nico.

    Prova: Se

    , ento para todo 678 @

    existe B

    8@

    , tal que se @C E

    G I

    EC B

    ento

    E

    G

    EC T

    '

    . Se

    '

    , ento para todo T'

    8@ existe B

    '

    8@ , tal que se @ C E

    G I

    EC B

    '

    ento

    E

    G '

    EC T

    ' . Seja B o menor entre B

    e B'

    . Em particular,

    I G

    B

    )I b

    B

    c e G g I p q

    r

    ; logo, existes

    1e

    tal que @ C E sG

    I

    EC B e E

    G '

    E

    E

    G

    s

    b

    s

    G '

    E E

    G

    s

    E

    b

    E

    s

    G '

    EC

    CT

    '

    b

    T

    '

    6

    ; logo, E

    G '

    EC

    6

    , para todo6

    8@

    ; consequentemente,

    '

    .

    Proposio 10.2.

    1. Se

    8@

    , ento existe B8 @

    tal que

    8

    ' , para todo

    1 I G

    B

    )I b

    B

    c e G g I p

    .

    2. Se

    C@

    , ento existe B8 @

    tal que, para todo

    1 I G

    B

    )I b

    B

    c e G g I p

    tem-se

    C

    7 .

    Prova: 1. Seja6

    7 ; ento, existe B8 @

    tal que para todo

    1 I G

    B

    )I b

    B

    c

    e

    G g I p

    ; logo,

    E

    G

    EC

    7 ou

    7C

    C

    7

    2. Exerccio.

    Proposio 10.3. Se

    e"

    , existem, ento para todo )

    j 1 3

    :

    1.

    k

    b j

    n

    b j

    2.

    k

    n

    k

    n

    k

    n

    3.

    , se

    q

    @

    4.

    k

    n

    k

    "

    n

    , se 1

    .

    373

  • 8/14/2019 Apostila Matemtica Clculo CEFET Captulo 10 Apendice

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    374 CAPTULO 10. APNDICE

    5.

    , se

    @ e qualquer natural, ou

    C@

    e um natural

    mpar.

    6.

    k

    n

    k

    n

    )

    se

    "

    8@

    7. Se

    e existe B 8 @ tal que

    , para @ C E G

    EC B , ento

    .

    Prova: Provaremos7

    e . As demais propriedades ficam como exerccios.

    2. Sejam

    e

    , de definio:

    E

    G

    E

    E

    G

    b

    G

    E E

    EE

    G

    E

    b

    E

    E E

    G

    E .Como

    , dado6

    8 @ existe B

    8 @ tal que E

    G

    E C

    6

    se @ C E

    G

    E C B

    ; logo,

    E

    EC E

    E

    b

    se @C E

    G

    EC B

    . Por outro lado tambm existe B'

    8@

    tal que E

    G

    EC

    C

    T

    '" $ & $ ( ) se @ C E

    G

    EC B

    '

    ; analogamente, existe B 1 8 @ tal que E

    G

    EC

    T

    '" $

    $ ( ) . Seja B um

    nmero menor queB

    )

    B

    '

    eB

    1

    ; ento:E

    G

    E E

    E E

    G

    E

    b

    E

    EE

    G

    E

    E

    E

    b

    6

    b

    E

    E

    6 '

    C T

    '

    b

    T

    '

    6

    , se @C E

    G

    EC B

    , onde6

    T

    '" $

    $ ( )

    e6 '

    T

    '" $ & $ ( )

    .

    7. Para todo6

    8@ , existem B

    )

    B

    '

    8@ tal que se @ C E

    G

    EC B

    , ento,

    G

    6

    C

    C

    b

    6

    e se@

    C E

    G

    EC B

    '

    , ento,

    G

    6

    C

    C

    b

    6

    ; considere B menor que B

    e B'

    ; logo, se @C E

    G

    EC B

    ;ento,

    G

    6

    C

    C

    b

    6

    .

    Teorema 10.1. Seja

    uma funo com domnioA

    nas condies das definies. Ento

    se e

    somente se os limites laterais existem e

    B

    D

    .

    Prova: A condio necessria segue das definies. Reciprocamente, se os limites laterais existem e

    B

    D

    , temos que dado6

    8@ existem B

    )

    B

    '

    8 @ , tais que se

    C

    C

    b

    B

    ento

    E

    G

    EC

    6

    e se

    G

    B

    '

    C

    C

    , entoE

    G

    EC

    6

    . Note queB

    eB

    '

    podem ser iguais ou diferentes,(arranje exemplos). Caso B

    q

    B

    '

    , considere B

    mng

    B

    )

    B

    'p

    ; ento se E

    G

    EC B

    temos que E

    G

    EC

    6

    .

    10.2 Funes Derivveis

    Teorema 10.2. Se

    derivvel em

    G

    ento f contnua em

    G

    .

    Prova: Como

    derivvel em

    G

    , temos:

    H G

    I

    G

    G

    G G . Devemos provar que

    I

    G

    , o que equivalente a

    I

    G

    G

    @ .

    I

    G G

    I

    G G

    G G

    G G

    I

    G G

    I

    G G

    G G

    @P

    logo,

    I

    G

    . A recproca do teorema falsa.

    Proposio 10.4. SejamQ

    Q

    eR

    R

    funes derivveis; ento:

    1. Regra da soma: As funesQ S R

    so derivveis e

    Q S R

    H

    Q

    H

    S R

    H

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    3/8

    10.2. FUNES DERIVVEIS 375

    2. Regra do produto: A funoQ R

    derivvel e

    Q R

    H

    Q

    H

    R

    b

    Q

    R

    H

    3. Regra do quociente: A funoQ

    R

    derivvel, e

    Q

    R

    H

    Q

    H

    R

    G

    Q

    R

    H

    R

    ' seR

    q

    @

    Provaremos a segunda propriedade; as outras provas so anlogas.

    Q R

    H

    G

    Q R

    b

    G

    Q R

    Q R

    b

    G

    Q R

    Q

    b

    R

    b

    G

    Q

    R

    ; somando e subtraindo o termoQ

    b

    R

    , obtemos:

    Q

    R

    b

    G

    Q

    R

    Q

    b

    R

    b

    G

    Q

    b

    R

    b

    Q

    b

    R

    G

    Q

    R

    ; logo,

    Q R

    b

    G

    Q R

    Q

    b

    R

    b

    G

    R

    b

    R

    Q

    b

    G

    Q

    Ento:

    Q R

    H

    G

    Q

    b

    R

    b

    G

    R

    b

    R

    Q

    b

    G

    Q

    ; logo,

    Q R

    H

    Q

    "

    G

    R

    b

    G

    R

    b

    R

    G

    Q

    b

    G

    Q

    )

    pois,

    G

    Q

    b

    Q

    (Q

    derivvel, logo contnua). Logo

    Q R

    H

    Q

    R

    H

    b

    R

    Q

    H

    .

    Teorema 10.3. Regra da Cadeia

    Sejam

    e

    funes, tais que

    esteja bem definida. Se

    derivvel em

    e

    derivvel em

    , ento

    derivvel em

    e:

    H

    H

    H

    Prova: Se

    G

    1

    A

    , provaremos que

    H

    G

    H

    G

    H

    G

    . Consideremos a seguintefuno:

    ! "

    G

    G

    G G se q

    G

    H

    G

    se G

    contnua em

    G

    G

    , de fato:

    "

    $

    "

    I

    )

    $

    "

    I

    )

    G

    G

    G G

    H

    G

    G

    tambm contnua em q

    G

    , pois para'

    q

    G

    , temos:

    (

    '

    (

    '

    G

    G

    '

    G G

    G

    G

    G G

    diferencivel, logo contnua; ento,

    contnua emA

    , e:

    "

    I

    G

    H

    G

  • 8/14/2019 Apostila Matemtica Clculo CEFET Captulo 10 Apendice

    4/8

    376 CAPTULO 10. APNDICE

    Por outro lado, se

    q

    G

    :

    G

    G

    G G

    G G

    G G

    .

    No caso que

    G

    se

    q

    G

    , ambos os lados da ultima igualdade so nulos.

    H

    G

    I

    G

    G

    G G

    I

    G G

    G G

    H

    G

    H

    G

    Proposio 10.5. Se

    uma funo derivvel no intervalo

    ) I

    e

    G

    1 ) I

    um extremo relativo de

    , ento

    H

    G

    @ .

    Prova: Suponha que

    G

    um ponto de mximo relativo de

    ; como

    derivvel em

    ) I

    , temos:

    H G

    I

    G G

    G G

    Mais ainda:

    H

    G

    I

    B

    G

    G

    G

    G

    I

    D

    G

    G

    G

    G .

    i) Se

    (

    G

    , ento

    G G

    8@

    e

    G G

    @

    , logo

    H

    G

    @

    .

    ii) Se

    G

    , ento

    G G

    C@ e

    G G

    @ , logo

    H

    G

    @ .

    De i) e ii) temos que

    H

    G

    @ . A prova para mnimo anloga.

    Teorema 10.4. (do Valor Mdio)Seja

    ) I G

    3

    contnua e derivvel em

    ) I

    . Ento existe pelo menos um

    G1

    ) I

    tal que:

    H G

    I G

    IG

    Prova: Considere a funo

    G G G

    I G

    IG

    . contnua em ) I

    , derivvel

    em

    ) I

    e

    I

    ; H

    H

    G

    I G

    IG . Pelo Teorema de Rolle aplicado a , existe

    G

    1

    ) I

    tal que

    H

    G

    @ ; ento: H

    G

    I G

    IG

    Interpretao geomtrica da funo auxiliar

    i) A equao da reta que passa pelos pontose

    )

    e

    I ) f I

    :

    G I

    IG

    G b

    ii)

    G

    , ou seja,

    representa a diferena das ordenadas do grfico de

    e da reta que passapelos pontos

    e

    e para os pontos de mesma abscissa. Observe que no desenho anterior,

    @ , para

    todo

    1 ) I

    , pois o grfico de

    est abaixo da reta que passa pore

    e

    .

    Teorema 10.5. (Teorema do Valor Mdio Generalizado )

    Sejam

    e

    funes contnuas em ) I

    e derivveis em

    ) I

    . Se

    H

    q

    @ para todo

    1 ) I

    , ento existe pelomenos um

    G 1 ) I

    tal que:

    H

    G

    H

    G

    I G

    I G

  • 8/14/2019 Apostila Matemtica Clculo CEFET Captulo 10 Apendice

    5/8

    10.2. FUNES DERIVVEIS 377

    Prova: i) Observemos, primeiramente, que a expresso do enunciado do Teorema est bem definida. Defato, se

    I

    , considerando

    G

    , obtemos

    a I

    @ ; como

    contnua em ) I

    e derivvel em

    ) I

    , pelo Teorema de Rolle temos que existe

    G 1 ) I

    tal que

    H

    G

    @ ; ento

    H

    G

    @

    , o que uma contradio com a hiptese do Teorema. Logo,

    q

    I

    .ii) Definamos a seguinte funo:

    I G

    G

    G

    G

    I G

    contnua em ) I

    e derivvel em

    ) I

    ,

    I

    e:

    H

    H I G G

    H

    I G

    Pelo Teorema de Rolle, existe

    G 1 ) I

    tal que

    H

    G

    @ . Usando a expresso da derivada de

    obtemos o resultado.

    Teorema 10.6. (LHpital)Sejam

    e

    funes derivveis num domnioA

    que pode ser um intervalo aberto ou uma reunio de intervalosabertos, exceto possivelmente num ponto

    e

    q

    @ , para todo

    q

    .

    1. Se"

    @ e"

    H

    H

    , ento:

    H

    H

    2. Se"

    e

    H

    H

    , ento:

    H

    H

    Prova: 1. Provaremos que:

    B

    B

    H

    H

    , o outro caso analogo. Consideremos as funes:

    se

    q

    @ se

    e

    se

    q

    @ se

    Sejaj

    8

    ,

    e

    so derivveis em

    ) j

    e

    B

    B

    B

    B

    @

    H

    H

    e

    H

    H

    em

    ) j

    . Se

    1 ) j

    ; ento e

    so contnuas em )

    ; logo, pelo teorema dovalor mdio generalizado, existe

    G

    1 )

    tal que:

    G

    G

    H

    G

    H

    G

    )

    como

    @ , temos

    H

    G

    H

    G se

    G 1 )

    . Ento:

    B

    B

    I B

    H

    G

    H

    G

    B

    H

    H

    B

    H

    H

    P

    pois se

    (

    ; ento

    G

    (

    .

    Fazendo

    ; ento

    H

    G

    H

    ' e

    H

    G

    H

    ' ; logo

    (

    G

    B

    "

    G

    B

    H

    H

    (

    H

    H

  • 8/14/2019 Apostila Matemtica Clculo CEFET Captulo 10 Apendice

    6/8

    378 CAPTULO 10. APNDICE

    10.3 Funes Integrveis

    Proposio 10.6. Se

    e

    so funes integrveis em ) I

    , ento:

    1. Linearidade da Integral.

    b j

    funo integrvel em ) I

    , para todo )

    j 1 3

    e:

    b j

    b j

    2. Monotonicidade da Integral. Se

    em ) I

    ; ento,

    3. E

    E integrvel e:

    4. Sejam

    C C

    I

    e

    uma funo integrvel em )

    e

    )I

    respectivamente. Ento

    integrvel em ) I

    e:

    b

    Prova: 1. Provaremos que para toda partio de ) I

    e para todo 1

    )

    teremos que

    $

    $

    G

    b j

    existe. De fato:

    $

    $

    G

    b j

    $

    $

    G

    b

    j

    $

    $

    G

    bj

    $

    $

    G

    b j

    )

    pois

    e

    so integravis em ) I

    ; logo:

    b j

    b j

    2. Por 1. provaremos que se

    G

    ; ento,

    @ . Para toda partio de ) I

    e para todo

    1

    )

    temos que

    @ ; logo,

    @ e:

    $

    $

    G

    @

    4. Para toda partio de ) I

    tal que

    para algum $ ; ento )

    subdividido em % subintervalose

    )I

    em G

    % subintervalos; logo:

  • 8/14/2019 Apostila Matemtica Clculo CEFET Captulo 10 Apendice

    7/8

    10.3. FUNES INTEGRVEIS 379

    b

    Ento:

    $

    $

    G

    $

    $

    G

    b

    $

    $

    G

    ; logo:

    b

    Teorema 10.7. Fundamental do Clculo.

    Se

    uma funo integrvel em

    ) I

    e admite uma primitiva

    em

    ) I

    , ento:

    I G

    Prova: Suponhamos que

    seja uma funo integrvel em ) I

    e que existe uma primitiva

    de

    em ) I

    . Consideremos a seguinte partio de ) I

    : G

    C

    C

    '

    C

    C

    I

    .

    No difcil ver que:

    I G

    G

    . (Por exemplo, faa

    e desenvol-

    va a soma). Do teorema do Valor Mdio para

    em

    )

    , temos que para cada $ existe 1

    )

    tal que

    G

    H

    G

    , pois

    primitiva de

    . Logo:

    I G

    Se para cada partio do intervalo os so escolhidos como antes; ento,

    $

    $

    G

    I G

    e:

    I G

    .

    Teorema 10.8.Seja

    ) I G

    3

    uma funo contnua. A funo

    derivvel e:

    H )

    ou)

    H

    Prova: Seja

    13

    tal que

    b

    1 ) I

    :

    b

    G

    (

    G

    (

    b

    (

    Suponha que

    8@ . Como

    contnua no intervalo

    ) b

    , pelo teorema de Weierstrass, existemQ

    )

    R

    1

    ) b

    tal que

    Q

    R

    , ento

    (

    Q

    (

    (

    R

    P

    logo,

    Q

    (

    R

    , e

    Q

    (

    R

    . Por outro lado, se

    @ , ento

    Q

    eR

    , e:

    G

    Q

    Q

    )

    G

    R

    R

    )

    pois

    contnua; ento:

    G

    b

    G

    , donde

    H

    . Analogamente se

    C@

    .

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    380 CAPTULO 10. APNDICE