Apostila Mod IV - Principios de Investimento

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1 Certificação Profissional ANBID • série CPA10 • versão 2008 Certificação Profissional ANBID Série CPA-10 Módulo IV Princípios de Investimento

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Módulo IVPrincípios de Investimento

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Í N D I C E 10% a 20% da prova

183.4.1 Risco sistemático e não sistemático

51.1.1 Rentabilidade observada versus rentabilidade esperada

10 2.1.1. Riscos de Mercado Externo

51.1 Rentabilidade

61.1.2 Rentabilidade absoluta versus rentabilidade relativa

214. Avalie seu Conhecimento

225. Resumo

173.4 Diversificação: vantagens e limites de redução do risco incorrido

163.3 Risco versus Retorno

153.2 Horizonte de Tempo do Investimento

143.1 Objetivo do Investidor

3. Fatores Determinantes para Adequação dos Produtos de Investimento às Necessidades dos Investidores

122.3 Risco de Crédito

112.2 Risco de Liquidez

102.1 Risco de Mercado

2. Principais Riscos do Investidor

91.3 Risco

81.2 Liquidez

1. Principais Fatores de Análise de Investimento

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Qual é o Melhor Investimento?

Cena do cotidiano de um profissional financeiro:

Seu cliente entra na agência, ou liga para você, e faz uma pergunta que julga ter uma resposta simples: “Qual é o melhor investimento?”, ou então, “Se o dinheiro fosse seu, onde você investiria?”

E a coisa tende a ficar pior quando ele pergunta se o “tal” investimento tem risco! “Porque se tiver risco eu não quero!”– diz o cliente.

Antes de sugerir qualquer alternativa de investimento, por mais conservadora e simples que pareça, você precisa obter de seu cliente uma série de informações, a partir das quais poderá fazer uma recomendação responsável, tendo a certeza de que estará alinhada com seu objetivo de investimento e perfil de risco.

Neste módulo do nosso programa de treinamento você vai aprender quais são os principais fatores de análise de investimento que devemos conhecer para podermos assessorar nosso cliente.

Você vai aprender que quem decide qual o “melhor investimento” é o seu cliente e que não existe investimento financeiro que não represente risco, por menor que seja.Seu papel, como dissemos, é assessorá-lo a tomar essa decisão de forma inteligente e consciente, pois afinal, você éo consultor financeiro!

Principais Fatores de Análise de Investimentos

Principais Riscos do Investidor

Fatores Determinantes na Seleção de Produtos

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Existe uma parcela da renda das pessoas que é poupada e precisa ser investida respeitando seus objetivos pessoais de curto, médio e longo prazos, que podem ser, por exemplo: preservação do capital, aposentadoria, compra de bens, poupança para viagens, estudo dos filhos, etc.

Quando o investidor procura a melhor opção para investir essa poupança, mesmo que intuitivamente, está buscando uma alternativa de investimento que melhor combine os 3 atributos básicos abaixo:

RentabilidadeLiquidezSegurança

É muito difícil encontrar os três atributos em um mesmo investimento, ou seja, encontrar um investimento que seja ao mesmo tempo rentável, seguro, e com alta liquidez. O investidor terá que optar pelo equilíbrio dos fatores que julgar mais importantes e tudo isto dentro de seu horizonte de tempo e objetivo do investimento. Observe a tabela.

1. Principais Fatores de Análise de Investimento

altabaixabaixaImóveis

baixaaltaalta Ações

altaalta moderada Fundo Renda Fixa

altaaltabaixaPoupança

Segurança LiquidezRentabilidadeInvestimento

Perceba que o investidor abre mão de um atributo em detrimento de outro. Para ganhar mais é preciso correr mais risco. Para ter maior segurança, a rentabilidade será menor.

Fiqueligado

Principais Fatores de Análise de Investimentos

Principais Riscos do Investidor

Fatores Determinantes na Seleção de Produtos

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1.1 Rentabilidade

1.1.1 Rentabilidade Observada versus Rentabilidade Esperada

A rentabilidade de um investimento indica qual foi o ganho (ou perda) que o investidor recebeu em um investimento, em um período determinado.

Dos três atributos, a rentabilidade é, provavelmente, o mais atraente e sedutor para o investidor - e para o consultor financeiro também – porém, o mais “perigoso” também. Por quê? Porque existe uma tendência natural de acreditarmos que a rentabilidade passada vai se repetir ao longo do tempo. Como isso não é verdade, basear a escolha do investimento nesse atributo é fortemente NÃO recomendável.

Existem formas diferentes de expressar a rentabilidade de um investimento. Vamos entender quais são e a diferença entre elas.

Rentabilidade Observada é o ganho obtido em uma operação no passado, ou até o presente momento.Ela é normalmente expressa em percentual (%) e é apurada através de um simples cálculo matemático: divida o valor de resgate (ou venda) pelo valor de aplicação (ou compra), subtraia 1 e multiplique por 100. Pronto! Esse é o resultado da operação. Acompanhe os exemplos:

1. Seu cliente comprou um CDB cujo valor de aplicação foi de R$ 25.000, tendo resgatado R$ 28.000, 6 meses depois. A rentabilidade da operação foi de 12% no período.

12%100125.00028.000aderentabilid =×⎟

⎞⎜⎝

⎛ −=

2. Seu cliente comprou cotas de um fundo de investimento por R$1,2537 e hoje o valor da cota é de R$1,37907. A rentabilidade acumulada até o momento é de 10%.

10%10011,25371,37907aderentabilid =×⎟

⎞⎜⎝

⎛ −=

Em ambos os casos a rentabilidade se refere ao passado. Fiqueligado

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Principais Fatores de Análise de Investimentos

Principais Riscos do Investidor

Fatores Determinantes na Seleção de Produtos

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É natural que o investidor queira saber quanto vai ganhar em determinado investimento. Entretanto, existe resposta para esse questionamento? Infelizmente não. Não é possível saber, com antecedência, qual será o ganho – ou rentabilidade – de um investimento em um período que ainda não ocorreu. Só existe uma maneira de expressar essa “estimativa” de rentabilidade. Acompanhe.

Rentabilidade Esperada é o ganho que o investidor espera – e acredita – receber em um determinado período futuro. De acordo com nossa reflexão anterior, vimos que não é possível determinar essa rentabilidade em termos absolutos, indicando um percentual ou um valor. A maneira correta de expressar a rentabilidade futura é pedir a ajuda de um benchmark. Exemplos de rentabilidade esperada:

Fundo multimercado agressivo: 120% da taxa DIFundo de Ações: 8% ao ano acima da taxa SelicFundo Índice de Preços: 6% ao ano acima da inflação medida pelo IGPM.

1.1.2 Rentabilidade Absoluta versus Rentabilidade Relativa

A rentabilidade de um investimento pode ser expressa de duas formas:

1ª) Podemos expressar a rentabilidade de modo absoluto, indicando um certo percentual ou um certo montante em dinheiro. Exemplos: 12% no período; R$3.000; -3%; -$300.

2ª) Podemos expressar a rentabilidade em termos relativos a um índice, geralmente, comparando com um benchmark. Exemplos:

“O Fundo Renda Fixa rendeu 101% do DI durante um ano.”“O CDB rendeu em 12 meses 98% do DI do período.”

Momento atual

Rentabilidade observada

Rentabilidade esperada

PASSADO FUTURO

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Principais Fatores de Análise de Investimentos

Principais Riscos do Investidor

Fatores Determinantes na Seleção de Produtos

RentabilidadeA rentabilidade observada (passado) poderá ser expressa tanto na forma

absoluta quanto na forma relativa.Na contratação de um novo investimento, a expectativa de rentabilidade futura

deve ser sempre expressa em termos relativos.

Fiqueligado

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Não é possível garantir que eu vou acontecer novamente.

Posso ser expressa em termos absolutos ou relativos.

Revelo rentabilidade obtida em um período do passado.1

Exercício 1

Rentabilidade. Quem Sou Eu?

Me utilize para expressar a rentabilidade esperada de um investimento.

Estou sempre acompanhada de um benchmark.

Me dou bem com o passado e com o futuro.4

Sou expressa em termos relativos a um determinado parâmetro.

Preciso da ajuda de um benchmark para ser expressa.

Indico a expectativa de ganho que o investidor deseja.2

Sou expressa em montante: R$3.000 ou menos $500 ou em percentuais: 10% ou -3%.

Gosto do passado. O futuro não combina comigo.

Digo quanto dinheiro você ganhou em um investimento.3

Gabarito: (1) Rentabilidade Observada; (2) Rentabilidade Esperada; (3) Rentabilidade Absoluta; (4) Rentabilidade Relativa.

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Principais Riscos do Investidor

Fatores Determinantes na Seleção de Produtos

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1.2 Liquidez

Ter dinheiro para investir é bom. E receber o dinheiro de volta quando quisermos, melhor ainda! Pois é esse benefício que o atributo “liquidez” oferece ao investidor.

Comentário de um investidor empolgado: “Comprei um imóvel por R$100mil e hoje ele vale R$150mil. Estou ganhando 50% de lucro!”Professor pergunta: “Já vendeu a casa?”Investidor empolgado responde: “Ainda não...”Professor responde: “Pois então coloque seu imóvel a venda, encontre um comprador que esteja disposto pagar R$150mil pelo imóvel e, aí sim, você pode afirmar que ganhou 50% de lucro no negócio”.

Então, liquidez de um investimento nada mais é do que a capacidade de transformá-lo em recursos disponíveis novamente, a qualquer tempo, por um preço justo, ou seja, preço observado no mercado.

O que assegura a liquidez de um mercado é a presença constante de compradores, dispostos a comprar um título ou valor mobiliário que o investidor deseja vender.

Um mercado líquido é um mercado no qual os participantes podem rapidamente realizar um grande volume de negócios, com pequeno impacto sobre os preços dos ativos negociados.

Exemplos de investimentos que oferecem liquidez alta:Fundos de Investimento sem carênciaCDB DI com liquidez diáriaAções

Exemplos de investimentos com baixa liquidez:ImóveisFundos de investimento com carênciaFundos de investimento fechados

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Principais Fatores de Análise de Investimentos

Principais Riscos do Investidor

Fatores Determinantes na Seleção de Produtos

LiquidezCapacidade de vender um ativo pelo preço justo de mercadoPresença constante de compradores no mercado

Fiqueligado

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1.3 Risco

Para falarmos do terceiro atributo que o investidor procura em qualquer investimento – SEGURANÇA – precisamos falar, na verdade, dos fatores que representam possíveis ameaças ao capital investido, à liquidez e à rentabilidade esperada: os RISCOS.

Acho que nosso primeiro comentário importante sobre risco é falarmos sobre a percepção que as pessoas têm sobre ele:

“Sinônimo de perda ou prejuízo”“Risco! Nem pensar...”“Não quero investimento com risco”“Ações? Não... É muito arriscado”

Se deixarmos a emoção de lado e olharmos para o risco com outros olhos, vamos entender que o risco está presente em qualquer investimento, mesmo nos mais conservadores. Vamos entender que o risco representa, além de uma possibilidade de perda, uma oportunidade de ganhos.

Risco pode ser definido de várias formas e, uma delas, é dizer que risco é a INCERTEZA de alcançar uma certa rentabilidade esperada, em um dado período.

Risco está associado à rentabilidade de um investimento de forma inseparável. Para obter maior rentabilidade o investidor deverá estar disposto a assumir riscos. E risco não é ruim! O que é ruim é o risco não gerenciado, o risco assumido sem o conhecimento ou entendimento do investidor.

O papel do consultor financeiro é conhecer os riscos e aprender a falar deles com naturalidade pois ele está presente, em maior ou menor escala, em todos os produtos de investimento disponíveis no mercado. Vamos conhecer, então, os três principais riscos inerentes aos investimentos financeiros:

Risco de MercadoRisco de LiquidezRisco de Crédito

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Principais Fatores de Análise de Investimentos

Principais Riscos do Investidor

Fatores Determinantes na Seleção de Produtos

RiscoIncertezaPossibilidade da rentabilidade esperada não se confirmar

Fiqueligado

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2.1 Risco de Mercado

O risco de mercado se caracteriza pela oscilação no preço ou valor de mercado de títulos ou valores mobiliários que pode gerar perdas ou ganhos ao investidor.A oscilação nos preços dos ativos podem ser causados por eventos ligados ao mercado como um todo ou ao segmento econômico no qual a empresa está inserida.

2. Principais Riscos do Investidor

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Principais Fatores de Análise de Investimentos

Principais Riscos do Investidor

Fatores Determinantes na Seleção de Produtos

A análise de investimentos considera perda a simples constatação de que houve uma queda no valor de mercado de determinado ativo, apurado pelo procedimento de marcação a mercado, mecanismo sobre o qual já conversamos. Exemplos de risco de mercado:

1. O cotista de um fundo de investimento compra cotas por R$1,00 e observa que sua cotação caiu para R$0,90. Perceba que mesmo que não tenha resgatado suas cotas, existe uma perda “potencial” caso ele resgate suas cotas nesse momento.

2. Com expectativa de queda na taxa de juros, um investidor comprou um CDB de taxa prefixada. Entretanto, frente a uma notícia econômica desfavorável, a taxa de juros sobe e provoca uma desvalorização no preço desse CDB. A marcação a mercado desse título nesse momento registrará esse valor, inferior ao de compra e, portanto, uma perda potencial para o investidor.

3. Um investidor compra ações por R$10,00 e as vende por R$8,00.

4. Investidor compra cotas de um Fundo Multimercado com renda variável tendo a expectativa de ganhar 120% da taxa DI em 1 ano. A Bolsa de Valores não apresentou o desempenho esperado e a queda dos juros, também esperada, não aconteceu. Fatores políticos e econômicos trouxeram muito nervosismo ao mercado e o resultado disso tudo é que a rentabilidade do fundo não atingiu a esperada ficando abaixo da taxa DI.

2.1.1. Riscos de Mercado Externo

Os preços dos ativos podem ser influenciados também por eventos ligados ao mercado externo. Alterações na política cambial, oscilações na taxa de câmbio, mudanças no cenário macroeconômico mundial, riscos geopolíticos específicos de cada país investido, questões legais, regulatórias e tributárias específicas de um país, podem trazer conseqüências para os preços dos títulos provocando sua valorização ou desvalorização.

Os Fundos de Investimento brasileiros foram autorizados a manter em suas carteiras de investimento ativos financeiros negociados no exterior e, consequentemente, sua performance pode ser afetada por requisitos legais ou regulatórios, por exigências tributárias relativas a todos os países nos quais haja investimento, ou ainda, pela variação do Real em relação a outras moedas.

Risco de MercadoRisco de oscilação no PREÇO, ou seja, no valor de mercado do título ou valor mobiliário.

Fiqueligado

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Gerenciando Risco de Liquidez

Para gerenciar o risco de liquidez os gestores dos fundos de investimento, por exemplo, podem:

a) Encurtar o prazo médio dos títulos de renda fixa;

b) Não deter grandes posições isoladas de determinados ativos e emissores, procurando diversificar suas posições;

c) No caso de carteiras de ações, comprar as denominadas “ações de primeira linha” que são as mais negociadas no mercado;

d) Observar o histórico de liquidez destes títulos em situações adversas de mercado.

2.2 Risco de Liquidez

O Risco de Liquidez está associado à negociabilidade de um título ou valor mobiliário no mercado financeiro. Ocorre quando o investidor encontra dificuldade em vendê-lo por um preço justo, isto é, dentro de parâmetros de mercado. O risco de liquidez pode estar associado a:

Falta de liquidez no mercado em geral, decorrente de fatores de ordem política ou econômica que reduzam o volume de dinheiro em circulação.

Dificuldade de negociabilidade do título, propriamente dito. É o caso dos imóveis e das ações de “segunda linha”, assim denominadas por serem menos negociadas.

No caso dos títulos de renda fixa, dois fatores podem afetar o nível de liquidez de um título:a) deterioração na capacidade de pagamento do emissorb) prazo muito longo até o vencimento aumenta o risco de liquidez.

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Fatores Determinantes na Seleção de Produtos

Risco de Liquidez - Carteiras com ativos de prazo mais curto correm menor risco de liquidez.

Fiqueligado

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2.3 Risco de Crédito

O Risco de Crédito está associado à possibilidade de deterioração na capacidade de pagamento, atraso ou falta de pagamento, do emissor de um título de crédito, quando este deixa de honrar sua obrigação.

O risco de crédito está presente em todas as operações denominadas de “renda fixa” quando o investidor adquire títulos emitidos por empresas dos setores público ou privado. Exemplos: CDB, Letra Hipotecária, Debêntures e Nota Promissória.

Os títulos públicos federais são considerados “livres deste risco” considerando a hipótese remota de ocorrer não pagamento por parte do Tesouro Nacional.

Gerenciando Risco de Crédito

A gestão do risco de crédito pode ser feita, basicamente, de duas formas:1) O gestor da carteira de um fundo de investimento, por exemplo, deve selecionar ativos que possuam boa qualidade de crédito. Esta análise pode ser feita:a) Internamente, conduzida pelo comitê de crédito da instituição financeira; b) Utilizando a classificação de empresas especializadas nesse trabalho – as agências classificadoras de risco como a Standard & Poors, Moodys e Fitch, por exemplo.

2) Diversificar a carteira de investimento incluindo títulos de diversos emissores. Aliás, essa é uma das características dos fundos de investimento.

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Principais Riscos do Investidor

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Risco de CréditoPossibilidade de “calote” por parte do emissor de um título de renda fixa que representa uma dívida, uma promessa de pagamento, no vencimento do título.

Fiqueligado

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Exercício 2

Coloque cada “Risco” na caixa que corresponde à sua descrição.

Crédito Mercado Liquidez

3

1

2

Está associado à possibilidade de deterioração de pagamento ou falta de pagamento, do emissor de um título de crédito,

quando este deixa de honrar sua obrigação

Ocorre quando o investidor encontra dificuldade em vender um ativo por um preço justo, isto é, dentro de parâmetros de mercado.

Se caracteriza pela possibilidade de perda ou ganho mediante oscilação no preço ou valor de mercado de títulos ou valores mobiliários.

Gabarito: (1) Liquidez; (2) Mercado; (3) Crédito.

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3. Fatores Determinantes para Adequação dos Produtos de Investimento às Necessidades dos Investidores

A escolha do “Melhor Investimento” deve ser feita com responsabilidade e consciência. Isso só será possível quando o investidor – e o consultor financeiro que o orienta – analisarem um conjunto de fatores com base nos quais a decisão de investimento poderá ser tomada. Esse é o nosso próximo assunto.

3.1 Objetivo do Investidor

Existe uma razão pela qual determinado investimento está sendo feito. Há um objetivo que o investidor deseja alcançar, razão pela qual ele está fazendo um esforço de acumulação de capital. Existe uma alternativa de investimento mais adequada para cada objetivo. Veja no quadro alguns exemplos de objetivos, as necessidades e os produtos adequados:

Assumir posições de risco em busca de maior retorno

Preservar o poder de compra na moeda estrangeira

Preservar o poder de compra da moeda contra inflação

O menor risco possível e alta liquidez.

Necessidades

Produtos de taxa pós-fixada, de prazo curto e com baixo risco de crédito.Reserva financeira para

emergências inesperadas

Ações, fundos de ações e fundos multimercado agressivos.

Dobrar o capital no período de 7 anos.

Títulos ou fundos de investimento corrigidos pela moeda estrangeira.

Acumular recursos para um curso no exterior ou viagem de férias no exterior

Títulos ou Fundos atrelados ao IGP-M ou IPCA. Carteira de longo prazo.Reserva financeira de longo

prazo para aposentadoria

Produto adequadoObjetivo

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3.2 Horizonte de Tempo do Investimento

Já vimos que o investidor tem um objetivo para ser alcançado. Alguns devem (ou precisam) ser alcançados em um período de tempo curto, outros somente serão atingidos no longo prazo.

Se olharmos novamente para o quadro de objetivos da página anterior, veremos que cada um deles tem um horizonte de tempo diferente. Observe.

6 mesesReserva financeira para emergências inesperadas

7 anosDobrar o capital

3 anosAcumular recursos para um curso no exterior

15 anosReserva financeira de longo prazo para Aposentadoria

Horizonte de TempoObjetivo

O que vai determinar se o objetivo de investimento será alcançado ou não, são basicamente, dois fatores:a rentabilidade (esperada)o prazo (horizonte de tempo)

Horizonte de tempo de um investimento representa o prazo que se prevê ser necessário para obter o retorno esperado.

Investimentos em ações, por exemplo, são recomendados somente para horizonte de longo prazo. Embora as ações possam ser vendidas a qualquer momento, o objetivo de “dobrar” o capital pode ser alcançado – se a rentabilidade esperada ocorrer – no horizonte de tempo estimado.

Por outro lado, não faz sentido investir em um Fundo de Curto Prazo, os recursos que estão sendo acumulados para aposentadoria.

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Principais Riscos do Investidor

Fatores Determinantes na Seleção de Produtos

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3.3 Risco versus retorno

O retorno de um investimento está diretamente associado aos riscos associados aos ativos e valores mobiliários que compõem a carteira de investimento.

Se observarmos o quadro abaixo veremos que existem 4 quadrantes possíveis que associam os atributos RISCO e RETORNO. O ideal dos mundos, desejado por todo investidor, é estar no quadrante superior esquerdo (1) no qual a rentabilidade é alta e o risco é baixo. E o pior cenário, é estar no quadrante inferior direito (4) no qual a rentabilidade ébaixa e o risco é alto, o que significa, que o investidor não está sendo remunerado pelo risco que ele está correndo.

1Rentabilidade alta

Risco baixo

2Rentabilidade baixa

Risco baixo

3Rentabilidade alta

Risco alto

4Rentabilidade baixa

Risco alto

RETORNO

RISCO

30%

20%

15%

10%

6%

4%

2%

1% 2% 3% 4% 5% 6%

O objetivo aqui é demonstrar que a escolha de determinado investimento, ou ainda, a comparação de uma alternativa de investimento com outra, deverá levar em conta não somente a rentabilidade mas, também, o risco (potencial de perda) para que tal rentabilidade seja alcançada.

2%18%B

7%20%A

Risco RentabilidadeFundo

Qual dos 2 fundos oferece a melhor relação risco versus retorno?

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5%R$ 20 MilTotal

4%R$ 10 MilSadia

10%R$ 10 MilPetrobras

Volatilidade Valor de MercadoAção

A grande surpresa ficou por conta da volatilidade combinada das duas ações que foi de apenas 5%, quando era de se esperar que fosse de 7% (10% da Petrobras mais 4% da Sadia, dividido por 2). Quando as duas carteiras se juntaram houve situações em que a queda no preço da Petrobras foi atenuada pela elevação no preço da Sadia e vice-versa, minimizando o risco total da carteira.Este é o principal benefício da diversificação: redução de risco ou volatilidade.

3.4 Diversificação: vantagens e limites de redução do risco incorrido

Você deve se lembrar do ditado popular “não coloque todos os ovos na mesma cesta”, não é mesmo? Pois éexatamente esse o conceito que está por trás da diversificação.

A diversificação consegue reduzir o risco total de uma carteira porque preços de diferentes ativos não se movem exatamente juntos, ou na mesma direção. Mesmo uma pequena diversificação pode provocar uma substancial redução na volatilidade de uma carteira, mas a maior parte deste benefício advém de uma carteira com relativamente poucos ativos. Veja um exemplo:

Os noivos Marcelo e Joana são investidores do mercado de ações. Marcelo convive melhor com o fator risco e possui R$10mil em ações da Petrobras, cuja volatilidade anual média nos últimos 5 anos foi de 10%. Já Joana prefere investimentos menos arriscados e optou pelas ações da Sadia, com menor flutuação de preços, cuja volatilidade anual nos últimos 5 anos foi de 4%.

Desnecessário dizer que a vida do Marcelo é bem mais “agitada” do que a da Joana pois, pelas características da empresa e do setor, o preço das ações da Petrobras sobe e cai com maior frequência e intensidade.

Passado algum tempo Marcelo e Joana resolvem se casar e unificar suas carteiras de ações para facilitar seu acompanhamento. A carteira será, portanto, composta da seguinte forma:

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Risco de mercado, também conhecido como risco sistemático, NÃO É DIVERSIFICÁVEL

Risco da empresa, também conhecido como risco não sistemático, É DIVERSIFICÁVEL

Fiqueligado

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Principais Riscos do Investidor

Fatores Determinantes na Seleção de Produtos

3.4.1 Risco sistemático e não sistemático

Então é fácil reduzir o risco de uma carteira de ações, por exemplo! Basta comprar várias ações, montar uma carteirabem diversificada, e pronto! Infelizmente, não é tão simples assim. Por quê? O Risco de mercado de um ativo ou de uma carteira é o resultado da combinação do risco da empresa (ou não sistemático) com o risco de mercado (ou sistemático). Porém o risco de mercado, propriamente dito, não pode ser diversificado.

1) O risco de mercado, também conhecido como risco sistemático, é o risco decorrente de fatores externos A empresa e está relacionado a mudanças de ordem político-econômicas nacionais ou internacionais. Caracteriza-se por atingir o conjunto de ações negociadas no mercado em maior ou menor escala.

Esses fatores podem ser positivos contribuindo para a valorização do conjunto das ações cotado no mercado. Por exemplo: redução na taxa de juros, crescimento econômico, aumento do fluxo de capital estrangeiro.

Podem ser negativos contribuindo para a desvalorização do conjunto das ações de mercado. Por exemplo: aumento na taxa de juros, crise econômica no país ou em outros países do mundo, queda no nível de crescimento econômico, etc.

A diversificação não consegue reduzir o risco de mercado (sistemático) pois afeta o conjunto das ações de mercado. A reversão de eventuais perdas do investidor só virá quando o mercado voltar à normalidade. Essa recuperação pode demorar a ocorrer e, por isso, a recomendação é sempre que o horizonte de tempo do investimento em ações seja de longo prazo.

Exemplo: lembra-se do atentado às torres gêmeas em Nova Iorque no dia 11 de setembro de 2001?Provocou a queda de todas as ações, em todas as Bolsas de Valores do mundo inteiro. Mesmo as carteiras muito bem diversificadas tiveram perdas provocadas por aquela notícia.

2) O risco da empresa, ou do setor da economia onde a empresa está inserida, também conhecido como risco não sistemático, pode ser reduzido pela diversificação. É o risco decorrente de notícias relacionadas a uma empresa em particular ou ao setor da economia na qual essa empresa está inserida, tais como: desempenho do setor ou da companhia, novos produtos, preços internacionais, qualidade de seu gerenciamento, transparência na relação com investidores, etc.

Esse risco pode ser reduzido mediante a formação de uma carteira composta de diversas ações, de diversos setores da economia, com baixa correlação entre elas. A estratégia da diversificação é compensar a perda em uma ação com o ganho de outra.

Exemplo: utilizando o mesmo exemplo do atentado de 11 de setembro, percebemos que a notícia foi terrível para alguns setores (turismo e aviação) mas foi excelente para outros setores (segurança e armamento). É por essa razão que a diversificação funciona para reduzir o risco da empresa, pois as perdas de algumas ações são compensadas pelos ganhos de outras.

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Exercício 3 Indique a natureza do risco dos eventos listados.

Crédito Mercado ousistemático LiquidezEmpresa ou

Não-sistemático

3. A empresa XPTO não pagou os juros semestrais devidos aos detentores de debêntures da empresa. Os investidores estão apreensivos e questionam a capacidade da empresa de resgatar essa dívida no vencimento.

7. Novos focos de gripe aviária na Europa, Ásia e América do Norte prejudicaram as exportações brasileiras de frango. O preço das ações das empresas do setor despencou.

6. Devido à forte alta da inflação no ano em curso, o Governo anunciou medidas drásticas de política monetária, bloqueando todos os depósitos à vista e a prazo de valor superior a R$5.000. Esta medida paralisou a atividade econômica reduzindo substancialmente o volume das operações financeiras.

RISCOEVENTO

8. Credores da instituição financeira XYZ, liquidada extra judicialmente pelo Banco Central, estão preocupados em reaver o capital investido em operações de renda fixa junto à essa instituição financeira.

5. Cenário de muita incerteza em relação à política econômica que será adotada pelo novo presidente do Banco Central reduziu fortemente a procura (poucos compradores) por títulos com vencimento mais longo.

4. As expectativas de mercado se confirmaram e o COPOM anunciou nova queda na meta da Taxa Selic. As taxas de juros de médio prazo acompanharam a tendência de queda provocando valorização no preço dos títulos de renda fixa de taxa prefixada negociados no mercado.

2. Os resultados anunciados pela empresa XPTO surpreenderam os analistas de mercado. A demanda de compra das ações por parte dos investidores provocou forte aumento no preço das ações da empresa.

1. Os meios de comunicação internacionais anunciaram seu entendimento em relação à situação econômica do Brasil considerada extremamente favorável com expectativas positivas nos diversos mercados.

Gabarito: (1) mercado; (2) empresa; (3) crédito; (4) mercado; (5) liquidez; (6) liquidez; (7) empresa; (8) crédito.

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Principais Riscos do Investidor

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Exercício 4Assinale se a afirmativa é Falsa ou Verdadeira

7. A diversificação é um mecanismo eficaz de gerenciamento do risco de mercado de umacarteira de ações, que consegue ser totalmente eliminado quando a diversificação é bem feita.

8. O horizonte de tempo, além do objetivo do investimento, são essenciais para a escolha do produto de investimento adequado.

9. A diversificação ajuda a reduzir o risco de empresa porque eventuais perdas com algumas ações podem ser compensadas pelos ganhos com outras ações.

VFAFIRMATIVA

10. É adequado oferecer produtos de risco moderado ou alto para objetivo de investimento cujo horizonte de tempo é de curto prazo.

6. Comprar títulos com boa classificação de risco, segundo a análise de renomada agência classificadora de risco, é uma forma de gerenciar o risco de crédito.

5. A volatilidade de um investimento indica o nível de oscilação entre a maior e a menor rentabilidade alcançada em determinado período de tempo.

4. “A rentabilidade do fundo XYZ foi de 18% em 2005”. Esta afirmação refere-se ao conceito de rentabilidade esperada.

3. Acompanhando a tendência de queda do índice da Bolsa de Valores, as ações da empresa BanBan que comprei há 2 meses por R$5, estão cotadas hoje a R$4. Isto é risco de mercado.

2. O emissor de uma debênture não pagou os juros semestrais combinados. O debenturista está correndo risco de liquidez.

1. “A ação da companhia aérea XPTO caiu 2% hoje, diante da notícia de queda nos lucros da empresa”. Este é um evento de risco da empresa.

Gabarito: (1) Verdadeiro; (2) Falso; (3) Verdadeiro; (4) Falso; (5) Verdadeiro; (6) Verdadeiro; (7) Falso; (8) Verdadeiro; (9) Verdadeiro; (10) Falso.

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4. Avalie seu Conhecimento

1. O risco preponderante em uma carteira de ações bem diversificada é o riscoa) de crédito.b) operacional.c) da empresa.d) de mercado.

2. Considerando os vários riscos de uma carteira de ativos, seu retorno tenderá a ser tantoa) menor, quanto maior for o risco.b) maior, quanto maior for o risco.c) menor, quanto maior for o prazo. d) maior, quanto menor for o prazo.

3. A rentabilidade relativa de um investimentoa) deve ser maior que a rentabilidade nominal.b) é sempre conhecida no início do investimento.c) é conhecida no início do investimento de taxa prefixada.d) refere-se a um benchmark.

4. Os principais riscos normalmente encontrados em investimentos financeiros sãoa) mercado, crédito e alavancagem.b) alavancagem, crédito e operacional.c) mercado, crédito e liquidez.d) mercado, operacional e liquidez.

5. A afirmação: “O horizonte de tempo longo é importante pois ajuda a dissipar os efeitos davolatilidade em uma carteira de ações” refere-se ao riscoa) de mercado.b) de crédito.c) de liquidez.d) operacional.

Gabarito: (1)D; (2)B; (3)D; (4)C; (5)A.

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5. Resumo

Neste módulo você aprendeu que:

Investidores tomam decisões de Investimentos considerando, basicamente, três atributos: rentabilidade esperada, liquidez e segurança.

A rentabilidade esperada é o retorno que o investidor espera ter no futuro e deve ser expressa em termos relativos a determinado benchmark, ou seja, um índice de referência, e deve ser alcançada em um tempo predeterminado.

A rentabilidade observada, expressa normalmente em termos absolutos, indica o histórico da rentabilidade passada daquele investimento e não significa que ela ocorrerá novamente no futuro.

A liquidez é o atributo que permitirá ao investidor vender ou resgatar seu investimento a qualquer momento por um preço justo. É um atributo importante principalmente nos objetivos de curto prazo.

A segurança decorre dos riscos aos quais o investimento está exposto, em maior ou menor intensidade.

O risco de crédito ocorre quando o emissor de um título não cumpre sua obrigação de pagar rendimentos, ou ainda, resgatar o título no vencimento.

O risco de liquidez ocorre quando o investidor não consegue vender ou resgatar seu investimento por falta de compradores no mercado.

O risco de mercado provoca oscilações, positivas ou negativas, no valor dos títulos e valores mobiliários.

A diversificação é a forma mais simples de gerenciar os riscos de uma carteira de ações, considerando que diferentes ativos reagem de forma diferente a certos acontecimentos. Ela só não é eficiente na gestão do risco de mercado – conhecido como risco sistemático - que afeta todos os ativos negociados no mercado.

O risco da empresa ou do setor da economia no qual a empresa está inserida é diversificável pois refere-se a fatores específicos dessa empresa ou desse setor. Esse risco é também conhecido como risco não-sistemático.

A escolha do melhor investimento é feita pelo cliente em função de três fatores: objetivo do investimento, horizonte de tempo e a tolerância a risco que determinará, por sua vez, o retorno do investimento.

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