Apostila para os alunos sistema urinário, sistema digestório 2012_

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1 Sistema Urinário O Sistema Urinário remove do sangue subprodutos tóxicos de metabolismo, secreta os hormônios renina e eritropoetina, conservam sais, glicose, proteínas e água. armazena a urina produzidas no rim na bexiga urinária e retira a urina do corpo. Essas funções são realizadas por dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra. Por causa destas funções de eliminação e conservação, os rins também ajudam a regular a pressão do sangue, a hemodinâmica, assim como o equilíbrio ácido-base do corpo. Funções: Reciclagem. Os rins recuperam materiais essenciais Excreção. Os rins removem do corpo produtos residuais do metabolismo, particulamente a uréia. Secreção hormônios (renina e eritropoetina) RIM Órgãos grandes Avermelhados

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Sistema Urinário

O Sistema Urinário remove do sangue subprodutos tóxicos de

metabolismo, secreta os hormônios renina e eritropoetina, conservam sais,

glicose, proteínas e água. armazena a urina produzidas no rim na bexiga

urinária e retira a urina do corpo. Essas funções são realizadas por dois

rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra. Por causa destas funções

de eliminação e conservação, os rins também ajudam a regular a

pressão do sangue, a hemodinâmica, assim como o equilíbrio ácido-base

do corpo.

Funções:

Reciclagem. Os rins recuperam materiais essenciais

Excreção. Os rins removem do corpo produtos residuais do metabolismo,

particulamente a uréia.

Secreção hormônios (renina e eritropoetina)

RIM

Órgãos grandes

Avermelhados

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Forma de feijão

Situados na parede posterior do abdômen

Ramos de artéria e veia, vasos linfáticos renais, ureter perfuram o rim no

hilo (uma depressão)

No hilo o ureter se expande formando a pelve renal

Uma extensão do hilo, cheia de gordura, situada dentro do rim, é

denominada seio renal.

O rim está dividido em córtex e medula

Forma de um feijão com uma borda convexa e a outra côncava, na qual se

situa o hilo, onde entram e saem os vasos sanguíneos, entram nervos e

saem os ureteres

O hilo contém dois ou três cálices que se reúnem para formar a pélvis

renal (parte superior dilatada do ureter) e tecido adiposo.

As paredes dos cálices menores e maiores e da pelve renal consistem em

três camadas chamadas de mucosa, muscular e adventícia.

Mucosa. Revestido por epitélio de transição ou urotélio, que

repousa sobre uma lâmina própria de tecido conjuntivo.

Muscular. Consiste em células musculares lisas dispostas em duas

camadas, uma interna longitudinal e outra externa circular.

Adventícia. Composta por tecido conjuntivo frouxo

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O rim é constituído pela cápsula, a zona cortical e a zona medular.

As regiões medular e cortical são constituídas pelo conjunto de néfrons

e de tecido intersticial do rim.

Cápsula

Camada fina e resistente que cobre o rim. Ela pode ser dividida em

uma camada externa de Tecido Conjuntivo Denso Não Modelado com

fibras elásticas e musculares ocasionais e uma camada interna

caracterizada por numerosos miofibroblastos que auxiliam o rim a resistir

às mudanças de volume e pressão.

Zona Cortical/ Córtex

Faixa de tecido castanho avermelhado situado sob a cápsula, sendo

que sua cor é causada pelo fato de 90% a 95% do sangue que passa pelo

rim estar no córtex. Ele consiste de corpúsculos renais, de partes

contorcidas dos túbulos proximais e distais. Os glomérulos envolvidos

por suas cápsulas dão a aparência granulosa ao córtex.

Zona Medular

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A medula é a porção mais clara do rim. Ela é constituída por

porções retas dos túbulos proximais e distais, das alças de Henle,

ductos coletores e vasos sanguíneos retos. Ela está organizada em 8 a 18

estruturas cônicas, denominadas pirâmides medulares, que apresentam

estrias radiais. A base de cada pirâmide é adjacente ao córtex e o ápice

projeta-se no seio renal. Formada por 10 a 18 pirâmides medulares (de

Malpighi), cujos vértices fazem saliência nos cálices renais. Essas

saliências são as papilas, sendo cada uma perfurada por 10 a 25 orifícios

(área crivosa). Da base de cada pirâmide partem os raios medulares, que

penetram na cortical.

Colunas renais e Raios medulares. As colunas renais são

constituídas de tecido cortical que se projeta para dentro da medula e os

raios medulares são um tipo de tecido medular que se projeta para

dentro do córtex.

Lobo = 1 pirâmide + Tecido Cortical que recobre sua base e seus

lados

Lóbulo = Raio Medular + Tecido Cortical que lhe fica em volta

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Túbulo urinífero = Néfron + Túbulo Coletor

Cada túbulo urinífero é envolvido por uma lâmina basal que se

continua com o escasso tecido conjuntivo do rim.

Néfron

O néfron é a unidade básica da estrutura e função do rim. O

rim humano possui 1,5 a 2,0 milhões de néfrons e é constituído por vários

componentes que são corpúsculo renal, túbulo contorcido proximal,

segmento reto do túbulo proximal, alça de Henle, segmento reto do

túbulo contorcido distal e túbulo contorcido distal. Existem dois tipos de

néfrons, classificados pela localização de seus corpúsculos renais no

córtex do rim: o justamedular (cujo glomérulo se localiza na região

profunda da cortical apresentam glomérulo de maior volume e uma

longa alça de Henle que alcança a medula) e o cortical (cujo glomérulo

está localizado na região cortical superficial apresentam um glomérulo

de pequeno volume e uma delgada alça de Henle).

Os néfrons justamedulares por possuir uma alça de Henle maior e os

animais que possuem essa alça produz uma urina hipertônica, e assim

poupa a água do corpo.

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Corpúsculo renal (corpúsculo de Malpighi). Os corpúsculos renais

constituem o início do néfron e localizam-se exclusivamente no córtex.

Um corpúsculo é constituído por um revestimento epitelial duplo, a

cápsula renal (Bowmann) que envolve um tufo de alças de capilares

anastomosadas, o glomérulo.

Corpúsculo renal = Glomérulo + Cápsula de Bowmann

Cada corpúsculo renal possui um pólo vascular pelo qual penetra a

arteríola aferente e sai à arteríola eferente e um pólo urinário, onde tem

início o túbulo contorcido proximal

Glomérulo

O glomérulo é formado por capilares provenientes de várias

pequenas arteríolas, ramos da arteríola aferente, que supre o corpúsculo

renal. A arteríola aferente divide-se em vários capilares, que vão

constituir alças. O glomérulo é um tufo de capilares arteriais envolvido

pela cápsula de Bowmann. Os capilares glomerulares são fenestrados,

com amplos poros e sem diafragma. Uma membrana basal (fusão das

lâminas basais do endotélio e podócitos) está interposta entre os capilares e

os podócitos que revestem a superfície externa dos capilares glomerulares.

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Admite-se que esta membrana basal seja a principal barreira de

filtração glomerular. Os capilares glomerulares possuem as células

mesangiais em certas regiões de suas paredes. As células mesangiais são

contráteis e têm receptores para angiotensina II. A ativação desses

receptores reduz o fluxo sanguíneo glomerular. Possui receptores para o

hormônio natriurético produzido pelas células musculares do átrio do

coração. Este hormônio é um vaso dilatador e relaxa as células

mesangiais, provavelmente aumentando o volume de sangue nos

capilares e a área disponível para a filtração. As células mesangiais

possuem outras funções como: dar suporte estrutural ao glomérulo,

sintetizam a matriz extracelular, fagocitam e digerem substâncias

patológicas retidas pela barreira de filtração e produz substâncias

como a endotelina, que causa contração nas musculaturas lisas das

arteríolas aferentes e eferentes do glomérulo.

Cápsula de Bowman. É a parte do néfron na qual o sangue é

filtrado, produzindo o filtrado glomerular.

Estrutura da Cápsula

A cápsula é constituída por um folheto visceral interno e um

folheto visceral externo, sendo que, o espaço situado entre os dois folhetos

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da cápsula renal espaço capsular, que recebe o líquido filtrado através da

parede dos capilares e do folheto visceral da cápsula.

Folheto Visceral Interno. O folheto visceral é altamente

especializado e intimamente aderido aos capilares glomerulares. São

células que se modificaram durante o desenvolvimento embrionário e são

chamadas podócitos sendo formadas por um corpo celular de onde partem

diversos prolongamentos primários que dão origem aos prolongamentos

secundários. Os podócitos localizam-se sobre uma membrana basal, porém

a maior parte do corpo celular e prolongamentos primários não se apóiam

na membrana basal. Os espaços entre os prolongamentos secundários são

conhecidos como fendas de filtração.

Folheto Parietal Externo. O folheto parietal é constituído por

Epitélio Pavimentoso Simples que tem continuidade no epitélio cubóide

do túbulo contorcido proximal.

Túbulo Contorcido Proximal

O espaço urinífero da cápsula renal drena para o TCP. Estes túbulos

constituem a maior parte do labirinto cortical do rim. O TCP é revestido

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por epitélio cubóide ou colunar baixo e são células largas, (sendo que em

corte transversal aparece apenas três a quatro núcleos esféricos), com

grande quantidade de microvilosidades que formam orla em escova para

absorção. Inúmeras mitocôndrias e invaginações na porção basal

(características de células transportadoras de íons). Os túbulos contorcidos

proximais são circundados por muitos capilares sanguíneos. O filtrado

glomerular passa para o túbulo contorcido proximal, onde começa o

processo de absorção e excreção. Absorve a glicose e os aminoácidos

contidos no filtrado glomerular, 70% da água, bicarbonato de sódio e

cloreto de sódio. A glicose, aminoácidos e íons são absorvidos por

transporte ativo, com gasto de energia, porém a água acompanha

passivamente essas substâncias. Quando a quantidade de glicose no filtrado

excede a capacidade de absorção nos túbulos proximais, a urina se torna

mais abundante e contêm glicose. Além dessas atividades, o túbulo

proximal secreta creatinina e substâncias estranhas ao organismo, como

ácido úrico.

Alça de Henle

A alça de Henle é uma estrutura em forma de U que participa da

retenção de água e consiste em um segmento delgado interposto a dois

segmentos espessos. Apresenta três porções distintas: Porção inicial, que

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corresponde a porção final do TCP; porção fina constituída por epitélio

pavimentoso simples, por isso observa-se um lúmen largo e a porção

terminal que é a porção inicial do TCD.

Túbulo Contorcido Distal. Localiza-se no labirinto cortical e possui

somente cerca de um terço do comprimento do TCP. É formado por

epitélio cúbico simples e possui um acúmulo de células que encosta na

arteríola eferente, chamada mácula densa. Esta porção especializada do

epitélio do túbulo distal está envolvida na regulação da pressão do

sangue.

Túbulos e Ductos Coletores. Epitélio geralmente cúbico ou

prismático simples

Aparelho Justaglomerular. Próximo ao corpúsculo renal, a

arteríola aferente (às vezes também a eferente) não tem membrana

elástica interna e suas células apresentam-se modificadas. Essas células

são chamadas células justaglomerulares ou células JG e possuem núcleos

esféricos e citoplasma carregado de grânulos de secreção.

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Interstício Renal. É constituído pelo Tecido Conjuntivo Frouxo

que se encontra entre os néfrons, ductos, vasos sanguíneos e linfáticos do

rim. No córtex seu volume é pequeno, no entanto, a partir do limite

corticomedular aumenta progressivamente e, na altura das papilas

renais, representa 20% do volume tecidual.

Ureter

Ureter. A urina atravessa a extremidade estreita da pelve renal e é

vertida no ureter, um ducto de 30 cm de comprimento e 4 mm de

diâmetro. Possui uma luz de forma estrelada que é revestida por epitélio

de transição (urotélio), lâmina própria, camada Tecido Muscular Liso

(camada interna longitudinal e uma externa circular) e camada

adventícia.

Bexiga

Bexiga. A bexiga é um reservatório distensível de urina, seu

tamanho e forma mudam quando fica cheia. Quanto à organização

histológica assemelha-se ao ureter, exceto por ser uma estrutura muito

mais desenvolvida e não possui luz estrelada. A mucosa é formada por

epitélio de transição e por uma lâmina própria de tecido conjuntivo

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que varia de frouxo a denso. As células superficiais do epitélio de

transição são responsáveis pela barreira osmótica. Nestas células, a

membrana plasmática em contato com a urina é especializada,

apresentando placas espessas separadas por faixas de membranas mais

delgadas. Quando a bexiga se esvazia, a membrana se dobra nas regiões

delgadas e as placas de espessas se envaginam e se enrolam. Ao se encher

novamente sua parede se distende. A muscular é composta por três

camadas de músculo liso (longitudinal interna, circular média e

longitudinal externa). Possui externamente uma camada adventícia.

Uretra feminina:

Mede 3 a 5 cm de comprimento

Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado

(exceto próxima a bexiga onde possui epitélio polimorfo)

Entre as glândulas epiteliais a glândulas equivalentes às

glândulas de Littré

O Tecido Conjuntivo Frouxo da lâmina própria forma

pregas longitudinais que desaparecem durante a micção

Abundância de vasos venosos

Em torno da mucosa há uma camada de fibras musculares

lisas que se continua com o músculo da bexiga

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Há esfíncter externo constituído de tecido muscular estriado

esquelético

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Sistema Digestório: Cavidade Oral

O sistema digestório, constituído pela cavidade oral, trato

alimentar e glândulas associadas, atua na ingestão, mastigação,

deglutição, digestão e absorção dos alimentos, assim como na eliminação

dos resíduos não digeridos. A cavidade oral é constituída pela boca e seu

conteúdo: lábios, bochechas, palatos duro e mole, língua, dentes e

glândulas salivares.

A cavidade oral é revestida por um epitélio pavimentoso

estratificado queratinizado ou não, dependendo se no local há agressões

mecânicas durante a mastigação.

Lábios

O lábio humano apresenta três superfícies (pele, borda

vermelha e a mucosa) e um núcleo comum. A superfície externa é

recoberta pela pele, composta por epiderme e derme à qual estão associadas

glândulas sudoríparas, folículo piloso e glândulas sebáceas. A borda

vermelha é a região rosada do lábio, que também está coberto pela pele

fina e é encontrada somente em seres humanas, onde as papilas dérmicas

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altas conduzem vasos sanguíneos próximos à superfície, contribuindo para

a região rosada dessa região. É destituída de glândulas sudoríparas e

folículo piloso, apesar de glândulas sudoríparas não funcionais estarem

presentes ocasionalmente. A mucosa (face interna) é revestida por um

epitélio úmido, estratificado pavimentoso não queratinizado e um tecido

conjuntivo denso não modelado que abriga glândulas salivares menores.

O eixo central do lábio possui tecido muscular estriado esquelético

entremeado por tecido conjuntivo, responsáveis pela motilidade dos lábios

A cavidade oral é revestida por um epitélio pavimentoso estratificado

queratinizado ou não, dependendo da região. A camada queratinizada

protege a mucosa oral das agressões mecânicas durante à mastigação e

pode ser observada na gengiva e no palato duro. A lâmina própria nestas

regiões possui varias papilas e repousa diretamente sobre o periósteo.

Epitélio pavimentoso não queratinizado reveste o palato mole, lábios,

bochechas e o assoalho da boca. A lâmina própria possui papilas similares

áquelas observadas na derme e é contínua com a submucosa, que contém

glândulas salivares menores.

Palato duro

Duro

Fixo

Recebe esse nome por conter uma prateleira óssea

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Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado assentado sobre tecido

conjuntivo denso não modelado

Tecido conjuntivo com glândulas salivares mucosas e células adiposas

Palato mole

Móvel

Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado

Tecido conjuntivo denso não modelado contendo pequenas glândulas

salivares mucosas

Seu eixo central é constituído por músculo estriado esquelético

responsável por seu movimento

A extensão mais posterior do palato mole forma a úvula cujo aspecto

histológico é semelhante ao do palato mole

Dentes

Moem e maceram os alimentos

São encaixados e presos ao maxilar e à mandíbula

Todos os dentes decíduos e permanentes possuem coroa, colo e raiz. Os

seres humanos possuem 2 conjuntos de dentes: 20 decíduos (de leite), que

são substituídos por 32 dentes permanentes (de adulto).

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8 dentes em cada quadrante: 2 incisivos, 1 canino, 2 pré molares e 3

molares

Os dentes são um componente essencial do processo digestivo, sendo o

maior órgão da cavidade oral. Os vários dentes possuem funções diferentes

como agarrar, cortar, macerar para formar um bolo.. Estão encaixados e

presos ao maxilar e à mandíbula. A parte do dente visível na cavidade oral

é denominada coroa, enquanto a região dentro do alvéolo (alojamento

ósseo) é denominada raiz. A parte entre a coroa e a raiz constitui o colo. O

dente adulto possui 4 componentes histologicamente distintos: esmalte,

cemento, dentina e cavidade pulpar.

Forame apical. Orifício que permite a entrada e saída de vasos sanguíneos,

linfáticos e nervos da polpa.

Esmalte

Cobre toda a porção visível exposta (coroa) do dente

A porção de esmalte acaba no colo

Substância mais dura do corpo humano

Produzido durante o desenvolvimento do dente pelos ameloblastos

Mais mineralizado que o osso (98% de hidroxiapatita)

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O esmalte pode ser danificado por bactérias produtoras de ácidos, que

vivem na superfície dos dentes causando a cárie dentária

A matriz orgânica do esmalte não é composta por fibras colágenas e sim

amelogenina e enamelina

Os bastonetes do esmalte são longos prismas de hidroxiapatita

A hidroxiapatita preenche os espaços entre os bastonetes (diferem só na

orientação dos cristais)

O esmalte maduro é acelular e não pode ser substituído, depois de formado

não cresce e nem pode ser reparado

Produzido por células denominadas ameloblastos (células colunares, altas,

possuem muitas mitocôndrias, RER e Golgi desenvolvido

Possui uma extensão apical (processo de Tomes) que possui grânulos de

secreção contendo as proteínas que constitui a matriz do esmalte. Após o

término da síntese do esmalte, os ameloblastos formam um epitélio protetor

que recobre a coroa até a erupção do dente. Esta função protetora é

importante na prevenção de vários defeitos do esmalte

Substância não viva

O corpo não pode reparar o esmalte, pois os ameloblastos morrem antes da

erupção do dente da cavidade oral.

Dentina

Envolve a cavidade pulpar

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Recoberta pelo esmalte na coroa e pelo cemento na raiz

Material calcificado que forma a maior parte da substância do dente

Contêm 70% de hidroxiapatita, sendo a segunda substância mais dura do

corpo

Amarelada

A maior parte da substância orgânica é colágena associada a proteoglicanas

e glicoproteínas

O seu alto grau de elasticidade protege contra fraturas o esmalte

Dentina é secretada lentamente durante toda a vida

Odontoblastos são localizados na periferia da cavidade pulpar secretam a

pré dentina que é mineralizada é forma a dentina

Os odontoblastos são células colunares

Possuem prolongamentos citoplasmáticos, os prolongamentos

odontoblásticos, que ocupam lugar semelhantes a túneis na dentina

percorrendo toda a sua extensão. Os prolongamentos odontoblásticos

ocupam canais estreitos denominados túbulos dentinários

A matriz produzida pela dentina e não mineralizada é denomina pré-

dentina

Vesículas da matriz aparecem produzidas pelos odontoblastos que devido

ao elevado conteúdo de cálcio e fosfato facilitam o aparecimento de cristais

de hidroxiapatita que crescem e servem como sítio de nucleação para

adição de minerais sobre as fibras de colágeno. Com o espessamento da pré

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dentina os odontoblastos são deslocados centralmente em direção a

cavidade pulpar, mas seus prolongamentos permanecem contidos dentro da

dentina, formando canais longos e estreitos denominados canalículos da

dentina.

Cavidade Pulpar

Compartimento de Tecido Conjuntivo Frouxo muito vascularizado e

inervado

Seus principais componentes são os odontoblastos e fibroblastos

Fica dentro do dente envolvido pela dentina

Os vasos sanguíneos e nervos penetram na cavidade pulpar pelo forame

apical, uma abertura situada na ponta da raiz

A cavidade pulpar diminui com a idade porque a dentina continua a ser

secretada durante toda a vida

Periodonto (Tecidos de sustentação dos dentes)

Compreende as estruturas responsáveis por manter o dente nos ossos

maxilar e mandibular. São eles: cemento, ligamento periodontal, osso

alveolar e gengiva.

Cemento

Cobre a raiz do dente, a parte do dente que se encaixa dentro do o alvéolo

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Mais espessa na região apical da raiz onde pode encontrar os cementócitos

(não se comunicam entre si como os osteócitos do osso)

Possui a mesma dureza do osso

Camada delgada de material semelhante ao osso

Menos mineralizado que o esmalte (45% a 50% de hidroxiapatita)

Secretado pelos cementoblastos que ficam na superfície externa do

cemento

Quando envolvidas pelo cemento, estas células são denominadas

cementócitos, ficam em lacunas e lançam prolongamentos dentro de

canalículos

A produção continua do cemento compensa o desgaste fisiológico dos

dentes

O ligamento periodontal fixa o cemento ao osso adjacente

Osso Alveolar

Esta em contato direto com o ligamento periodontal

Osso imaturo (osso primário)

Ligamento periodontal

Fixa e dá sustentação ao dente

Tecido Conjuntivo com feixes grossos de fibras colágenas (fibras de

Sharpey) inseridos no cemento e no osso alveolar, fixando o dente

firmemente no alvéolo suportar pressões exercidas durante a mastigação, o

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que evida a pressão diretamente sobre o osso um processo que poderia

ocasionar uma reabsorção óssea local

Permite movimentos limitados dos dentes

As fibras do ligamento são organizadas para s

Gengiva

Serve para sustentação dos dentes

Membrana mucosa firmemente aderida ao periósteo dos ossos maxilar e

mandibular

Possui um epitélio pavimentoso estratificado e abaixo do epitélio fica um

tecido conjuntivo denso não modelado

Lâmina própria contendo papilas conjuntivas

Parte especializada do epitélio chamado Epitélio Juncional esta unida ao

esmalte do dente por uma cutícula que se assemelha a uma lâmina basal

espessa

Língua

Órgão muscular (massa de músculo estriado esquelético)

As fibras musculares se intrecruzam em três planos e estão agrupadas em

feixes separadas por tecido conjuntivo

Superfície ventral lisa

Superfície dorsal irregular

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Essencial para a mastigação, deglutição, paladar, fala.

Massa de fibras musculares esqueléticas entrelaçadas

Possui uma superfície dorsal , uma ventral e 2 laterais

A porção mais posterior da língua é denominada raiz da língua

Papilas linguais: Elevações do epitélio oral + lâmina propria

Há 4 tipos: Filiforme

Fungiforme

Foliada

Circunvalada

Localizadas na porção dorsal da língua

Papila Filiforme

Estruturas delgadas

Muita queratina (ajudam a retirar alimento de uma superfície)

No gato assemelha-se a uma lixa

Não possuem corpúsculos gustativos

Mais numerosas

São projeções cônicas e alongadas

Distribuídas em toda a superfície dorsal

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Função mecânica de fricção

Papila Fungiforme

Assemelha-se a um cogumelo

Base estreita e uma porção superior dilatada e lisa

Revestimento pavimentoso queratinizado

São pontos vermelhos entre as papilas filiformes

Possui poucos corpúsculos gustativos

Mais altas que as papilas filiformes

Corpúsculos gustativos são encontrados na superfície dorsal

Papila Foliada

Pouco desenvolvidas em humanos

Corpúsculos Gustativos são encontrados nas fendas que separam as cristas

Papila Circunvalada

Estruturas grandes e circulares

Forma de cúpula

Epitélio queratinizado

Cada papila circunvalada está rodeada por uma invaginação

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Este arranjo similar a um fosso permite um fluxo continuo sobre os botões

gustativos. Esse fluxo é importante na remoção de partículas de alimentos,

para que eles possam receber e processar novos estímulos

As glândulas serosas secretam uma lípase que provavelmente previne a

formação de uma camada hidrofóbica sobre os botões gustativos o que

poderia prejudicar sua funcao

Contem corpúsculos gustativos

Ductos de pequenas glândulas salivares desembocam nas invaginações. Sua

secreção remove o material presente nas invaginações e permite que os

corpúsculos gustativos respondam rapidamente a novos estímulos

Corpúsculos gustativos se encontram lateralmente

Corpúsculo Gustativo

Cada um contendo de 50 a 100 células

Muitas células são as próprias células gustativas

Outras possuem a função de suporte

Células basais indiferenciadas são responsáveis pela reposição de todos os

tipos celulares

São intra-epiteliais

Agem na percepção do gosto

Estrutura oval

Possui células fusiformes

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Mais claro que o epitélio que o envolve

Possui uma abertura (Poro Gustativo) constituídos por células epiteliais

pavimentosas

Fibras nervosas penetram no corpúsculo gustativo

Todos os 3 tipos celulares funcionam na discriminação do gosto

Cada tipo celular possuem microvilosidades

Há 4 sensações primarias do gosto: salgado, doce, amargo e ácido.

Acredita-se que apesar de cada corpúsculo gustativo poder discernir cada

uma das 4 sensações, cada corpúsculo gustativo se especializa em 2 dos 4

gostos. O processo de percepção de gostos complexos é causado mais pelo

aparelho olfativo do que pelos corpúsculos gustativos, como evidenciando

pela diminuição da capacidade gustativa das pessoas com congestão nasal.

Glândulas Salivares

Fornecem os lubrificantes (mucina) para a cavidade oral,

algumas enzimas digestivas (amilase, por exemplo), eletrólitos essenciais

para a manutenção dos dentes enzima bactericida e imunoglobulina

secretora.

Funções: Digestiva, lubrificante e protetora

São glândulas exócrinas que produzem saliva. Podem ser

glândulas salivares pequenas dispersas na submucosa da cavidade oral e

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recebem nomes de acordo com a sua localização. Elas são glândulas bucais,

labiais, linguais e palatinas; ou glândulas salivares maiores, as glândulas

salivares parótida, submandibular e sublingual. Nas glândulas maiores

uma cápsula de tecido conjuntivo rico em fibras colágenas contorna as

glândulas e separa as glândulas em lóbulos por septo de conjuntivo que

partem da cápsula.

As porções secretoras possuem 2 tipos de células secretoras, as

serosas e mucosas.

Células serosas:

Células secretoras de proteínas

Forma piramidal

Núcleo é bem visível e está no meio da célula

Grânulos de secreção (Zimogênio) são encontrados no citoplasma

supranuclear

Células mucosas:

Células secretoras de mucina

Núcleo fica comprimido na base

Grânulos de mucina

Grânulos não se cora pela coloração H/E

Os ácinos podem ser exclusivamente serosos ou exclusivamente

mucosos, ou ainda mistos. Ácinos mistos são constituídos principalmente

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de células mucosas com um capuz de células serosas. O capuz de células

serosas é denominado semilua serosa porque, nos cortes histológicos, tem o

aspecto de meia lua.

Sistema de ductos das glândulas exócrinas

Existe um sistema de ductos que conduz a saliva produzida para a cavidade

oral. No sistema de ductos, as terminações secretoras se continuam com

os ductos intercalares formado por células epiteliais cubóides. São ductos

curtos que se unem para formar o ducto estriado. As estriações consistem

em invaginações da membrana plasmática. Ductos intercalares e

estriados são também denominados ductos intralobulares, devido à sua

localização dentro dos lóbulos glandulares. O ducto estriado de cada

lóbulo converge e desemboca em ductos maiores localizados nos septos do

tecido conjuntivo que separam os lóbulos, onde se tornam ductos

interlobulares ou excretores. Estes são inicialmente formados por epitélio

cubóide estratificado, mas as porções mais distais dos ductos excretores

são revestidas por epitélio colunar estratificado. O ducto principal de

cada glândula salivar maior desemboca na cavidade oral e, no final é

revestido por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado.

DUCTOS INTRALOBULARES

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Ductos intercalares

Ligam a luz da ácino a um ducto intralobular maior

Células epiteliais cubóides

Ductos curtos

Células basófilas

Luz pequena

Se unem para formar o ducto estriado

Pequenos ductos

Ducto estriado

Grandes ductos

Confluência de ductos intercalares

Apresentam estrias radiais

Luz evidente

Células cilíndricas e acidófilas

DUCTOS EXTRALOBULARES

Ductos revestidos por epitélio estratificado cúbico contendo luz bem

evidente. Estes ductos situam-se circundados abundantemente por tecido

conjuntivo (septos).

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Ducto excretor

Estes são inicialmente formados por epitélio cubóide estratificado, mas as

porções mais distais dos ductos excretores são revestidas por epitélio

colunar estratificado, aumentando o epitélio à medida que os ductos

aumentam de tamanho.

Estroma: tecido conjuntivo de sustentação reponsável pela vascularização

e inervação.

Parênquima: tecido epitelial de revestimento e glandular, ácinos e ductos.

Glândulas Salivares Menores

São glândulas não encapsuladas distribuídas em toda mucosa oral e

submucosa. A saliva é produzida em pequenas unidades secretoras e

conduzida à cavidade oral em ductos curtos. As glândulas salivares

menores geralmente produzem muco. As glândulas serosas na parte

posterior da língua são exceção. Agregados de linfócitos podem ser

encontrados nas glândulas salivares menores, associados à secreção de IgA

(Imunoglobulina A).

Glândulas Salivares Maiores

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Glândula Parótida

Glândula Submandibular

Glândula Sublingual

Glândula Parótida

São as maiores glândulas salivares

Localização abaixo e na frente da orelha

Grande quantidade de tecido adiposo está presente na parótida

Glândula tubuloacinosa composta

Todas as suas unidades secretoras são serosas

Glândula Submandibular

Glândulas seromucosas mistas

Ácinos principalmente serosas

Localizadas no assoalho da boca junto da mandíbula

Glândula tubuloacinosa composta

A maioria de suas unidades é exclusivamente serosa, mas pode ser

encontrado alguns túbulosácidos mucosos (com capuz de semiluas serosas)

Glândula Sublingual

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São as menores glândulas das glândulas salivares maiores

Localizadas no assoalho da boca

Glândulas tubulosas compostas

Glândulas mistas que secretam principalmente muco

Ácinos exclusivamente serosos são raros

Alguns túbulos que secretam muco têm um capuz de semilua serosa

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Trato Digestório Inferior

Esôfago

Bolo alimentar é conduzido ao esôfago pela ação da língua e da

musculatura da faringe durante a deglutição

Conduz o alimento da cavidade oral para o estômago

Forte tubo muscular

Paredes musculosas efetuam movimentos peristálticos onde impulsionam o

bolo alimentar em direção distal e esse é separado em pequenas partes.

Organização Histológica:

1. MUCOSA

Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado

Lâmina Própria. Tecido Conjuntivo Frouxo (Fibroelástico. para a

acomodação da deglutição)

Possui as glândulas esofágicas da cárdia que secretam um muco neutro

que protege o esôfago distal do conteúdo gástrico caso haja refluxo.

Muscular da mucosa. Delgada camada de músculo liso responsável pelo

pregueamento da mucosa

2. SUBMUCOSA. Tecido Conjuntivo Frouxo sustenta a mucosa e possui

glândulas esofágicas (muco levemente ácido e são distribuídas por todo o

esôfago onde lubrifica a luz do esôfago e o protege da fricção dos

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alimentos). Na submucosa possui muitas fibras elásticas, o que permite

uma considerável distensão durante a passagem do bolo alimentar

3. CAMADA MUSCULAR. Porção Proximal. Fibras Estriadas

Esqueléticas

Porção Média. Mistura de musculatura

esquelética e lisa

Porção Distal. Há células musculares

lisas

Camada Circular Interna

Camada Longitudinal Externa

A ação das duas camadas em ângulo reto entre si é a base da contração

peristáltica

4. SEROSA. Camada externa de Tecido Conjuntivo Frouxo. Nas regiões

que o tubo digestivo fica dentro da cavidade abdominal (cavidade

peritoneal) a camada é serosa (Tecido Conjuntivo Frouxo + Epitélio

simples pavimentoso)/ ADVENTÍCIA. (Tecido Conjuntivo Frouxo que se

funde com os tecidos adjacentes)

Na junção do esôfago com o estômago, a mucosa do trato sofre uma

transição abrupta de um epitélio estratificado pavimentoso não

queratinizado de proteção para uma mucosa secretora colunar simples

povoada com glândulas.

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Estômago

Responsável pela digestão parcial dos alimentos, secreção de enzimas e

hormônios

Segmento dilatado

Onde o alimento é retido por 2 horas ou mais

Há pouca absorção de nutrientes no estômago

Transforma o bolo alimentar em uma massa viscosa (quimo) por meio da

atividade muscular e química

Uma vez completada a formação do quimo o esfíncter pilórico relaxa e

permite que o quimo líquido seja esguichado para dentro do duodeno

Possui 4 regiões: Cárdia, fundo, corpo e piloro, mas apenas 3 regiões são

consideradas histologicamente.

Digestão química:

Continuação da digestão de carboidratos iniciada na boca

Adição de um fluido ácido (HCL) ao alimento ingerido

Digestão parcial da proteína (ação da pepsina)

Digestão parcial de triglicerídeos

Produz fator intrínseco

Produz hormônios

Digestão física:

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Executa movimentos diferentes (Ação da musculatura lisa em diferentes

direções que ajudam na ação muscular para transformar o bolo alimentar

em quimo)

Pregas Longitudinais

Possui pregas longitudinais (rugas) não permanentes que permitem

grande distensão do estômago, pois essas se desfazem para se adaptar à

expansão e ao enchimento do estômago (aumenta o volume do estômago)

Fossetas Gástricas

A mucosa sofre invaginações formando as fossetas gástricas. Aberturas

em toda região da superfície do estômago. Atuam como ductos que

transportam secreções gástricas para a luz do estômago. As glândulas

gástricas desembocam no fundo das fossetas.

Organização Histológica:

1. MUCOSA. A mucosa do estômago é protegida da autodigestão por uma

espessa cobertura de muco, que é mantido num PH mais alto que o do

suco gástrico devido à secreção de íons bicarbonato pelas células do

epitélio. Os íons bicarbonato mantêm o PH da cobertura de muco mais

alta do que o suco gástrico (líquido produzido pelo estômago, contendo

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água, enzimas, sais e ácido clorídrico) que atua sobre o bolo alimentar

transformando-o em quimo

Epitélio Colunar Simples (Todas as células secretam um muco alcalino e

bicarbonato)

Lâmina própria. Tecido Conjuntivo Frouxo. O Tecido Conjuntivo

Frouxo é escasso por causa da grande proximidade das fossetas e glândulas

umas das outras.

Muscular da mucosa. Tecido Muscular Liso

2. SUBMUCOSA. Tecido Conjuntivo Denso

3. CAMADA MUSCULAR. Tecido Muscular Liso em 3 direções

Camada interna oblíqua

Camada média circular

Camada externa longitudinal

4. SEROSA

Cárdia

Pequena área de glândulas secretoras de muco

Faixa circular estreita

Transição entre o esôfago e o estômago

Na mucosa da cárdia são encontradas as GLÂNDULAS CÁRDICAS que

são Glândulas Tubulares Ramificadas ou não com porções terminais

enoveladas e lúmen amplo.

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Possui: Células mucosas

Células parietais

Células-Tronco

Fundo e Corpo

Apresentam glândulas que elaboram secreções ácidas e enzimáticas que

forma o suco gástrico e muco protetor

Na mucosa do fundo e corpo são encontradas as GLÂNDULAS

CORPOFÚNDICAS que são Glândulas Tubulares que se abrem nas

fossetas gástricas.

Possuem 3 regiões com uma população mista de células:

Istmo

Células mucosas superficiais

Células-tronco

Células parietais

Colo

Células-tronco

Células mucosas do colo

Células parietais

Células enteroendócrinas

Base

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Células parietais

Células zimogênicas

Células enteroendócrinas

Piloro (gr. Porteiro)

Possui fossetas mais longas e glândulas mais curtas

Glândulas são constituídas por células secretoras de muco, um número

pequeno de células parietais Possui células enteroendócrinas (células G

que liberam o hormônio gastrina), intercaladas com células mucosas. A

presença de alimento no estômago estimula a secreção de gastrina para a

corrente sanguínea; a gastrina promove a secreção do ácido clorídrico pelas

células parietais.

Características das células encontradas nas glândulas do estômago:

1. Células-Tronco

As células-tronco se diferenciam (mitose) para substituir os todos os outros

tipos de células das glândulas, amadurecem e migram para cima ou para

baixo conforme for apropriado

2. Células Mucosas Superficiais

Cobrem a superfície luminal do estômago e revestem parcialmente as

fossetas gástricas

Cora-se mal com H/E

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Secretam bicarbonato e muco

3. Células Mucosas do Colo

Ficam situadas entre as células parietais

Formato irregular

Núcleos na base da célula

Grânulos de secreção próximos à superfície apical secretam mucina que

possui propriedade antibiótica

4. Células Parietais (Oxínticas)

São avermelhadas com a coloração de H/E

Secretam H e CL e o fator intrínseco (glicoproteína necessária para a

absorção da vitamina B12)

Núcleo esférico central

Invaginações da membrana plasmática formando um canalículo intracelular

Possui estruturas tubulovesiculares localizadas na região apical, abaixo da

membrana plasmática que se fundem com a membrana celular para formar

o canalículo e mais microvilos, promovendo um aumento generoso na

superfície da membrana celular. Os íons H e CL são secretados e se unem

no lúmen do estômago formando o ácido clorídrico que proporciona um

meio ácido ideal para a atuação das enzimas para que ocorra a digestão e

também ajuda a destruir as bactérias presentes no bolo alimentar.

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5. Células Zimogênicas (Principais)

Reconhecidas pelo citoplasma granular com pepsinogênio, o precursor da

pepsina, é secretado pelos ribossomos e armazenados em grânulos de

secreção que permanece inativo até que chegue ao lúmen do estômago,

onde é ativado pelo baixo ph do suco gástrico e transforma-se em pepsina

(enzima que atua na digestão das proteínas)

Células produtoras da enzima lípase (atua na digestão das gorduras)

6. Células Enteroendócrinas

Células secretoras de hormônios

Produz hormônios de atuação parácrina ou endócrina

Intestino Delgado

Possui de 6 a 7 metros

Possui 3 regiões: Duodeno (25 cm), jejuno (2 a 3 m) e íleo (3 a 4 m)

Processo de digestão se completa no intestino delgado

Enzimas e bile agem na luz do intestino delgado decompondo o quimo

vindo do estômago em moléculas pequenas para serem absorvidas pelas

células intestinais

Principal local da digestão e absorção de nutrientes

Secreção endócrina

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Organização Histológica:

1. MUCOSA. Epitélio. Colunar Simples

Lâmina própria. Tecido Conjuntivo Frouxo (Preenche o

centro das vilosidades intestinais).

Muscular da mucosa. Tecido Muscular Liso

2. SUBMUCOSA. Tecido Conjuntivo Frouxo. No Duodeno contém as

GLÂNDULAS DE BRUNNER que secretam muco alcalino. Este muco

protege a mucosa contra os efeitos da acidez do suco gástrico e neutraliza o

PH do quimo, aproximando-o do PH ótimo para ação das enzimas

pancreáticas.

LÂMINA PRÓPRIA e SUBMUCOSA do intestino delgado contêm

agregados de nódulos linfóides que são mais numerosos no íleo e neste

órgão são conhecidos como placas de Peyer (área oval)

3. CAMADA MUSCULAR. Tecido Muscular Liso

Camada circular interna

Camada longitudinal externa

4. SEROSA

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Estruturas que aumentam a superfície do intestino

Estruturas que aumentam a superfície do Intestino Delgado

aumentando assim a área disponível para absorção dos nutrientes:

PREGAS, VILOSIDADES E MICROVILOSIDADES

1. Pregas permanentes são dobras da mucosa e submucosa

Mais desenvolvidas no jejuno

Presentes no duodeno e íleo, porem não são características desses órgãos

2. Vilosidades intestinais que são projeções alongadas da mucosa

(Epitélio e lâmina própria)

3. Microvilosidades

Projeções citoplasmáticas

Duodeno

Primeira parte do intestino delgado

Recebe o alimento parcialmente digerido sob a forma de quimo ácido

Possui as glândulas de Brunner encontradas na submucosa

A presença do quimo no duodeno estimula as glândulas de Brunner a

secretarem um muco alcalino que ajuda a neutralizar o quimo ácido e

protege a mucosa duodenal da autodigestão.

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Jejuno

Local primário para absorção dos nutrientes

Íleo

Porção terminal do intestino delgado

Agregações de nódulos linfáticos (placas de Peyer)

O INTESTINO DELGADO possui a mesma estrutura básica ao longo

de toda a sua extensão. As principais diferenças são:

Presença de glândulas de Brunner no duodeno

A proporção das células caliciformes no epitélio aumenta em direção

distal

Vilosidades tornam-se mais curtas em direção ao íleo

As placas de Peyer são mais numerosas no íleo

As vilosidades do intestino delgado são revestidas por epitélio simples

cilíndrico, que é contínuo com o das criptas. Como outras partes do trato

digestório o epitélio inclui uma variedade de tipos celulares, cada qual

com sua função específica. São eles:

1. Enterócitos:

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O tipo celular mais numeroso

Células cilíndricas altas com microvilos São as principais células absortivas

Colunares

Núcleo oval basal

Possui borda em escova (microvilosidades densamente agrupadas), sendo

que cada célula absortiva possui cerca de 3000microvilosidades

Função é internalizar nutrientes produzidas durante a digestão

2. Células Caliciformes

Espalhadas entre os enterócitos

Distribuídas entre as células absortivas

Menos abundantes no duodeno e aumentam em direção ao íleo

Produzem mucina que forma o muco cuja função é proteger e lubrificar o

revestimento do intestino

Produzem mucina para lubrificação do conteúdo intestinal e proteção do

epitélio

3. Célula de Paneth

Encontradas na base das criptas de Lieberkuhn

Distinguidas pelos seus grânulos apicais

Localizadas na porção basal das glândulas intestinais

Células exócrinas com grânulos de secreção (com lisozima e defensina,

enzimas que digerem as paredes das bactérias). Devido a sua atividade

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antibacteriana a lisozima também exerce controle sobre a microbiota

intestinal

Função de defesa

Os grânulos das células de Paneth contêm peptídeos antimicrobianos e

enzimas protetoras como a lisozima.

4. Células enteroendócrinas

Possui grânulos de secreção e os hormônios podem exercer efeito parácrino

ou endócrino

5. Células-tronco

Encontradas na base das criptas

Se dividem continuamente para substituir os tipos celulares

6. Célula M

Recobrem folículos linfóides das placas de Peyer localizadas no íleo

Possui invaginações basais contendo muitos linfócitos e células

apresentadoras de antígenos como os macrófagos

Podem captar antígeno por endocitose e transportá-los para os macrófagos

Intestino Grosso

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Principais funções do intestino grosso são a recuperação da água e dos sais

das fezes e a propulsão das fezes cada vez mais sólidas em direção ao reto,

antes da defecação.

Constituído por:

Ceco

Cólon ascendente

Cólon transverso

Cólon descendente

Cólon sigmóide

Reto

Ânus

Camada mucosa nao tem pregas circulares distintas (exceto no reto), nem

vilosidades

Criptas longas caracterizadas por abundância de células caliciformes e

absortivas e um pequeno número de células enteroendócrinas

Organização Histológica

1. MUCOSA

Epitélio Colunar Simples

Lâmina própria. Rica em células linfóides e nódulos

(Relacionada à população bacteriana abundante no intestino grosso

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Muscular da mucosa. Tecido Muscular Liso

2. SUBMUCOSA. Tecido Conjuntivo Frouxo

3.CAMADA MUSCULAR. Tecido Muscular Liso

Camada circular

Camada longitudinal

As fibras da camada longitudinal externa se unem para formar 3 faixas

longitudinais separadas e espessas denominadas tênias de cólon

4. SEROSA e ADVENTÍCIA (onde o intestino grosso une à parede

corporal)

Tipos de células encontradas:

1. Células absortivas

2. Células caliciformes

3. Células-tronco

As fezes passam pelo intestino grosso e se tornam cada vez mais

desidratadas e o muco torna-se cada vez mais importante na proteção da

mucosa contra traumatismo.

O intestino grosso é habitado por uma variedade de bactérias comensais

que degradam os resíduos alimentares. A degradação bacteriana é um

mecanismo importante para a digestão da celulose nos ruminantes, mas nos

seres humanos a maior parte da celulose é excretada. Pequenas quantidades

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de vitaminas derivadas das atividades bacteriana são absorvidas no

intestino grosso.

Apêndice

Divertículo do ceco

Lúmen irregular

Possui nódulos linfóides abundantes em sua parede

Não possui tênias do cólon, apesar de sua estrutura geral ser similar à do

intestino grosso

Reto

Porção terminal dilatada e curta do intestino grosso

Contêm muitas células caliciformes

Na junção reto anal sofre uma transição abrupta para se tornar um epitélio

estratificado pavimentoso não queratinizado no canal anal e também a

camada mucosa forma dobras longitudinais, as colunas retais.

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Parte do trato

gastrointestinal

Tipo de Epitélio Principais tipos celulares

do Epitélio

Outras características

distintivas

Esôfago Estratificado Pavimentoso Não

Queratinizado

Células Pavimentosas Glândula na Submucosa e na

Mucosa do Esôfago distal

Corpo/Fundo do estômago Simples Cilíndrico

(Revestimento Superficial)

Glândulas Tubulosas Retas

1. Células Mucosas

Superficiais

2. Células Mucosas do

Colo

3. Células Parietais

4.Células Principais

(Zimogênicas)

Regiões cárdica e pilórica

do estômago

Simples Cilíndrico

Glândulas Tubulosas Enoveladas

Ramificadas

Células mucosas

Células parietais

Duodeno Simples cilíndrico com planura

estriada

Glândulas Tubulosas Simples

(Criptas de Lieberkuhn)

Enterócitos com

microvilosidades

Células Caliciformes

Células de Paneth

Glândulas de Brunner

Pregas Circulares

Jejuno e Íleo Simples cilíndrico com planura

estriada, Glândulas Tubulosas

Simples (Cripta de Lieberkuhn)

Enterócitos com

microvilosidades

Células Caliciformes

Células de Paneth

Placas de Peyer

Pregas Circulares

Cólon e Reto Simples cilíndrico com planura

estriada, Glândulas Tubulosas

Simples (Cripta de Lieberkuhn)

Células caliciformes

Células absortivas

Tênias do cólon

Apêndice Simples cilíndrico com planura

estriada, Glândulas Tubulosas

Simples (Cripta de Lieberkuhn)

Células caliciforme

Células cilíndricas

Tecido linfóide proeminente

Canal Anal Estratificado pavimentoso Células Pavimentosas Colunas de Morgagni

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