Apostila Segurança Do Trabalho

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APOSTILA SEGURANÇA DO TRABALHO Elaborado por: José Carlos Pereira – Técnico em Segurança do Trabalho Aprovado por:___________________________________ 1

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Apostila Segurança Do Trabalho

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APOSTILA SEGURANÇA DO TRABALHO

Elaborado por: José Carlos Pereira – Técnico em Segurança do Trabalho

Aprovado por:___________________________________

Abril 2015

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INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO

A Segurança do Trabalho é uma política adotada pelas empresas. Ele é responsável por educar, capacitar e levar comprometimento aos trabalhadores com relação às questões da segurança e proteção do ser humano e meio ambiente. É extremamente importante nas empresas, pois lida com as condições de vida das pessoas ligadas direta (funcionário) e indiretamente (população em geral) à empresa.

Conscientização:

A segurança do trabalho é uma nova mentalidade que atua como uma política de implementação de uma nova cultura, ou seja, uma nova maneira de trabalhar e viver, prevenindo a poluição ambiental, controlando os impactos gerados em todas as áreas.

Onde Deverá Ser Utilizado:

Em vários segmentos industriais, dentre os principais encontra-se o setor da construção civil, metalurgia, mineração...

Funções de um Profissional em Segurança do Trabalho:

Identificar e registrar as conformidades e não conformidades com

a legislação, regulamentos e normas, para evitar autuações e multas.

Prevenir acidentes assegurando condições adequadas de trabalho. Melhorar o conceito e imagem da empresa, junto ao público,

funcionários e clientes. Avaliar, controlar e reduzir o impacto ambiental das atividades

desenvolvidas, minimizando ou eliminando os resíduos gerados. Melhorar os processos, conscientizando os funcionários sobre a

importância da segurança, saúde e segurança para os objetivos da empresa.

Reconhecer e qualificar o passivo ambiental, segurança do trabalho e saúde ocupacional.

Criar um plano de emergência em caso de acidentes. Reduzir custos, tais como: energia, seguro, água, combustíveis, dentre outros.

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Considerações Sobre Saúde e Segurança: Nos últimos anos a preocupação com a qualidade deixou de ser opcional e passou a ser uma questão de sobrevivência. Depois a questão da gestão ambiental tornou-se importantíssima devido à mudança de alguns paradigmas existentes no contexto da globalização estabelecida em âmbito de competência da empresa. Ao mesmo tempo a gestão da saúde e segurança foi ganhando grande espaço, considerando as mudanças dos paradigmas que ocorreram não apenas pelos processos de inovação industrial e tecnológica, mas principalmente por questões de ordem político-econômica e social que contribuíram para que isso acontecesse de modo mais intenso na sociedade.

A evolução das questões relacionadas à saúde e segurança começa a ocorrer a partir da Revolução Industrial, quando a preocupação nesse período era a reparação de danos à saúde do trabalhador. A partir de 1926, as ações, atitudes e medidas de prevenção tiveram início por meio de alguns estudos, que observou os custos com as seguradoras para reparar danos decorrentes de acidentes e doenças do trabalho.

Em 1966, Frank Bird Jr. propôs que fosse dado um maior enfoque ao controle de danos e uma maior atenção à saúde e segurança. Segundo Frank, as empresas deveriam se preocupar não somente com os danos causados aos trabalhadores, mas também com os danos às instalações, aos equipamentos e aos seus bens de uma maneira geral. Em 1970, Jonh Fletcher ampliou o conceito de Frank Bird Jr. incluindo também as questões relacionadas à proteção ambiental, de segurança patrimonial e segurança do produto, criando o controle total das perdas (Total Loss Control).

Mesmo a gestão da saúde e segurança não existindo ainda como norma internacional, assim como a ISO 9000 Gestão da Qualidade (originada da BS 5750) e da ISO 14000 Gestão Ambiental (originada da BS 7750), os especialistas creem que a questão da saúde e segurança seguirá os mesmos passos, considerando que já existe uma série de normas britânicas BS 8800 (ex. BS 8750) para sistemas de gestão de segurança e saúde. Hoje, temos a OHSAS 18000, que é uma norma certificável que foi desenvolvida por empresas certificadoras. Por não haver uma norma internacional, este sistema foi baseado na ISO 14001.

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Diferente das normas de qualidade e ambiental que são certificadas, as normas de saúde e segurança BS 8800 vêm como um guia unificando todo o conteúdo.

De acordo com Fantazzin (1998), os motivos que alicerçam a implementação estratégica de um sistema de gestão podem ser:

Atendimento a clientes que exigem o conhecimento de como seu fornecedor gerencia a saúde e a segurança de seus funcionários; Indicadores de excelência que permitem negociar taxas de seguro e outros indicadores mais favoráveis que empresas "comuns" como operadoras de seguro; Para melhorar o seu desempenho em saúde e segurança de forma eficiente, diminuindo ou eliminando falhas e acidentes no trabalho. O sistema global das empresas precisa que além dos sistemas de gestão direcionados para processos, produtos e meio ambiente, tenha-se um sistema que lide com as questões da saúde e segurança. Podemos afirmar com isso que os três sistemas propiciam ordem e consistência nas metodologias organizacionais através de locação de recursos, atribuições de responsabilidade, procedimentos e processos adotados pela empresa.

De acordo com De Cicco (1996), as normas do sistema de gestão da saúde e segurança vão estipular que as empresas devam estar em conformidade com as normas regulamentadoras (NRs). Isto porque as NRs e outros dispositivos legais devem ser obrigatoriamente atendidos e integrados aos sistemas de gestão

O filme “Tempos Modernos” de Charles Chaplin (1928) mostra as dificuldades do trabalhador

para se adaptar a esta fase de produção.

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Considerações Sobre Avaliação da Saúde e Segurança: A avaliação da saúde e segurança é feita por meio de estudos dos agentes internos ao ambiente de trabalho, que podem causar prejuízos à saúde e segurança do trabalhador. As condições de trabalho relacionadas ao processo e ao meio ambiente precisam ser identificadas, sempre considerando a proteção e a integridade do ser humano e do meio ambiente.

Os grandes ideais do clássico conceito de higiene industrial é fazer com que a atividade de trabalho não apresente risco para a saúde e bem-estar do trabalhador. Para que a empresa tenha uma boa base de trabalho e possa apresentar uma boa gestão de segurança do processo, é necessário que se tenha conhecimento dos riscos associados aos produtos e processos. Para que o trabalho seja mais confiável com relação à avaliação dos perigos envolvidos, é preciso simular e ensaiar ocasiões específicas para a obtenção dos dados necessários. É necessário que se faça a avaliação da situação atual do ambiente de trabalho, avaliando o sistema de gestão e saúde e segurança ocupacional, para que se possa traçar o plano de implantação e implementação.

Os elementos de um padrão ocupacional necessitam de um processo contínuo de revisão e avaliação, dentro do conceito conhecido como melhoria contínua, para que se possa chegar a um aperfeiçoamento e minimização das não conformidades em saúde e segurança. Como no caso da avaliação ambiental, a identificação de um elemento com alto grau de não conformidade pode ser utilizada como indicador de prioridade para a eliminação dessa não conformidade. A principal finalidade da avaliação na saúde e segurança é eliminar o risco de acidentes. Com isso se reduzem as perdas econômicas e principalmente os riscos existentes nas atividades e operações de suas instalações. A avaliação, no seu modo mais abrangente, permite mostrar a imagem do que ocorre na empresa e o que foi planejado. A avaliação permite, a partir da correção do rumo e reorientação das ações, inserir a empresa dentro da gestão planejada.

De uma maneira geral, a avaliação engloba todos os agentes do processo, tais como: equipamento, instrumentos e os funcionários que desenvolvem, operam, modificam e melhoram as organizações. A excelência será alcançada no momento em que o sistema integrado de gestão estiver implantado e centrado na melhoria, sempre baseado nas avaliações feitas anteriormente.

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A avaliação da saúde e segurança precisa ser feita ou conduzida para cada tipo de atividade ou produto da empresa, começando pelos prioritários, objetivando garantir a segurança e integridade física dos trabalhadores.

O método de identificação de risco de processos industriais tem como finalidade a prevenção de potenciais perdas materiais, humanas e para o meio ambiente. Existem três etapas básicas para a avaliação de identificação de riscos de processos industriais, são eles: análise histórica de acidentes, análise crítica de acidentes e técnicas de identificação de perigos.

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Noções de Segurança no Trabalho. “Um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência da doença”. A segurança não é uma atividade separada. Faz parte de toda atividade. A constituição federal de 1988, em seu artigo 7°, Capítulo 11, dispondo sobre os direitos sociais, diz: "São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social - Item XII: Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança".

Responsabilidade Civil e Criminal: "A indenização acidentária não exclui a do direito comum, em caso de dolo ou culpa do empregado". “É a estrutura desenvolvida pelo trinômio integrado, EMPREGADO, EMPRESA e NAÇÃO, com o objetivo de zelar e garantir a integridade física e mental de todos". “Busca eliminar todos os fatores negativos que distorcem um processo de trabalho e impedem que se cumpra o programado.” CONDIÇÕES INSEGURAS. Constituem as principais causas dos acidentes no trabalho. Incluem fatores como:

Equipamentos sem proteção. Equipamentos defeituosos. Procedimentos arriscados em máquinas ou

equipamentos. Armazenamento inseguro, congestionado ou sobrecarregado. Iluminação deficiente ou imprópria. Ventilação imprópria, mudança insuficiente de ar ou fonte de ar

impuro. Condições físicas ou mecânicas inseguras que constituem zonas

de perigo. Falta de EPI

ATOS INSEGUROS.

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Eliminar apenas as condições inseguras é insuficiente, pois as pessoas também causam acidentes. Os atos inseguros dos funcionários são:

Carregar materiais pesados de maneira inadequada. Trabalhar em velocidade insegura - muito rápida ou lenta. Utilizar esquema de segurança que não funciona. Usar equipamentos inseguros ou usá-los inadequadamente. Não usar procedimentos inseguros, assumir posições inseguras,

subir escadas ou degraus depressa, distrair, negligenciar, brincar, arriscar, correr, pular, saltar, abusar, etc

Acidente X Incidente.

Acidente: É um evento não desejado cujo resultado é uma lesão ou uma

enfermidade a um ser humano ou um dano à propriedade. É um ocorrido infeliz, casual ou não, que pode causar a morte.

Incidente: É um evento não desejado, que sob circunstâncias ligeiramente

diferentes, poderia ter resultado em dano à pessoa ou à propriedade ou perda no processo ou no meio ambiente, é uma circunstância acidental que não necessariamente provoca uma lesão ou enfermidade a uma pessoa.

Acidentes de Trabalho: Segurança do Trabalho pode ser definida como a ciência que,

através de metodologia e técnica apropriadas, estuda as possíveis causas de acidentes do trabalho, e tem por objetivo a prevenção de suas ocorrências. Saúde, segundo a Organização Mundial de Saúde OMS, “é um estado completo de bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças ou enfermidades".

CONCEITO LEGAL:

Atualmente, a lei que dispõe sobre o Seguro de Acidentes do Trabalho, que define o que é Acidente de Trabalho, é a de nº 8.213, de 24 fi /1991.

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"Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII (produtor, parceiro, meeiro e arrendatário rural, garimpeiro, pescador artesanais e assemelhados) do art. 11 dessa Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho." (Art.19).

PREVENCIONISTA:

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O acidente do trabalho pode ser definido como uma ocorrêncianão programada, inesperada ou não, que interrompe ou interfere no processo normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo útil ou lesões aos trabalhadores e ou danos materiais. Portanto ou danos materiais, devem ser encaradas como acidente do trabalho.

Veja alguns exemplos de possíveis custos que são oriundos de acidentes em uma empresa:

Reparos em máquinas e ferramentas danificadas com o acidente;

Interrupção e ausência do trabalho por aqueles que dão assistência à pessoa ferida;

Custo de tempo pela investigação sobre a causa do acidente pelo supervisor e pelas testemunhas, que devem ser ouvidas;

Redução na eficiência do desempenho dos trabalhadores que, psicologicamente, ficam abalados com a ocorrência;

Preenchimento de uma série de formulários; Ausência de mão-de-obra, causando queda de produção, em

quantidade e qualidade, pela substituição precária ou pelo período de aprendizado do substituto;

Em consequência da baixa de moral na área do acidente ou na empresa onde ocorrem muitos acidentes há um aumento de demissões espontâneas e dificuldades de renovação de mão-de-obra de boa qualidade;

Outros: multas contratuais, dificuldades com as autoridades e má fama para a empresa.

Acidente de Trabalho

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“Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, com o segurado empregado, trabalhador avulso, médico residente, bem como com o segurado especial, no exercício de suas atividades, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho.”

Tipos de Acidentes de Trabalho:

Os acidentes do trabalho poderão ser classificados como: acidentes típicos, acidentes de trajeto e doenças ocupacionais. Acidentes Típicos: São todos os acidentes que ocorrem no desenvolvimento do trabalho na própria empresa ou a serviço desta. Acidentes de Trajeto: São os acidentes que ocorrem no trajeto entre a residência e o trabalho ou vice-versa. Doenças Ocupacionais: São doenças causadas pelo tipo de trabalho ou pelas condições do ambiente de trabalho.

É considerado como acidente do trabalho, nos termos deste item: a) A doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade, constante da relação de que trata o Anexo II do Decreto nº 2.172/97; b) A doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, desde que constante da relação de que trata o Anexo II do Decreto nº 2.172/97. Não são consideradas como doença do trabalho: a) A doença degenerativa; b) A inerente a grupo etário; c) A que não produz incapacidade laborativa; d) A doença endêmica adquirida por segurados habitantes de região onde ela se desenvolva, salvo se comprovado que resultou de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.

Comunicação de Acidente de Trabalho:

Empresa: Preenchimento dos dados cadastrais. Médico: Preenchimento dos dados nosológicos. Perícia (MPAS): Avaliação geral do nexo.

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Benefícios decorrentes dos Acidentes do Trabalho:

Auxílio-doença–É pago pela Previdência Social ao trabalhador celetista que fica impossibilitado de trabalhar por mais de 15 dias.

Auxílio-acidente-É pago pela Previdência Social quando ocorre redução permanente da capacidade para atividade normal de trabalho, podendo o trabalhador exercer outra atividade.

Aposentadoria por invalidez–É paga quando acontece a incapacidade total e permanente do trabalhador.

•Pensão por morte–Paga ao pensionista em caso de morte do trabalhador.

•Estabilidade no emprego–No regime da CLT, em caso de acidente por mais de 15 dias, o trabalhador tem direito a um ano de estabilidade após o seu regresso às atividades laborativas.

•Aposentadoria especial –(Na CLT e RJU) Doença do Trabalho: São desencadeadas devido as condições especiais que são relacionadas com o trabalho que está sendo executado.

É necessário portanto, estabelecer ou comprovar o nexo causal entre a doença e o tipo de trabalho que a originou.Ex: LER/DORT/Escoliose, etc

Estabilidade do Segurado:

O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantido, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do benefício previdenciário.

Multas:

As multas variam de 630 a 6.304 UFIR (Portaria 3.214/78). Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a lei, a multa será aplicada em seu valor máximo. Artigo 201, Parágrafo Único da CLT.

Contravenção Penal:

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Constitui contravenção penal deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho. (Lei 8.213/91).

É considerado crime: Expor a saúde ou a vida de outrem a perigo direto ou iminente.

Pena: Detenção de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. Artigo 132 do Código Penal.

Indenização:

Artigo 159 do Código Civil - “Aquele, que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito ou causar prejuízo a outro, fica obrigado a reparar o dano.”

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Normas Regulamentadoras Obrigatoriedade.

As Normas Regulamentadoras, também conhecidas comoNRs, regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e medicina do trabalho no Brasil. São as Normas Regulamentadoras do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), relativas à Segurança e Medicina do Trabalho, foram aprovadas pela Portaria N.° 3.214, 08 de junho de 1978. São de observância obrigatória por todas as empresas brasileiras regidas pela (CLT).

Normas Regulamentadoras:

As Normas Regulamentadoras (NR), relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

As disposições contidas nas Normas Regulamentadoras (NR) aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores avulsos, às entidades ou empresas que lhes tomem o serviço e aos sindicatos representativos das respectivas categorias profissionais.

A observância das Normas Regulamentadoras (NR) não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos estados ou municípios, e outras, oriundas de convenções e acordos' coletivos de trabalho.

A Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST) é o órgão de âmbito nacional competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar as atividades relacionadas à segurança e medicina do trabalho, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (CANPAT), o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e ainda a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho em todo o território nacional.

Compete, ainda, à Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST) conhecer, em última instância, dos recursos voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e saúde no trabalho

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Para fins de aplicação das Normas Regulamentadoras (NR), consideram-se:

a) Empregador - a empresa individual ou coletiva que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. Equiparam-se ao empregador os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitem trabalhadores como empregados.

b) Empregado - a pessoa física que presta serviços de natureza não eventual ao empregador, sob a dependência deste e mediante salário;

c) Empresa - o estabelecimento ou o conjunto de estabelecimentos, canteiros de obra, frente de trabalho, locais de trabalho e outras, constituindo a organização de que se utiliza o empregador para atingir seus objetivos;

d) Estabelecimento - cada uma das unidades da empresa, funcionando em lugares diferentes, tais como: fábrica, refinaria, usina, escritório, loja, oficina, depósito, laboratório;

e) Setor de serviço - a menor unidade administrativa ou operacional compreendida no mesmo estabelecimento;

f) Canteiro de obra - a área do trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra;

g) Frente de trabalho - a área de trabalho móvel e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra;

h) Local de trabalho - a área onde são executados os trabalhos.

Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras (NR), solidariamente responsáveis pela empresa principal e por cada uma das subordinadas.

Para efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras (NR) a obra de engenharia, compreendendo ou não canteiro de obra ou frentes de trabalho, será considerada como um estabelecimento, a menos que se disponha, de forma diferente, em NR específica.

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Direitos e Deveres do Empregador e Empregados

Cabe ao Empregador:

a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho; b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e medicina do trabalho, dando ciência aos empregados, com os seguintes objetivos: I - prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho; II - divulgar as obrigações e proibições que os empregados devam conhecer e cumprir; III - dar conhecimento aos empregados de que serão passíveis de punição, pelo descumprimento das ordens de serviço expedidas; IV - determinar os procedimentos que deverão ser adotados em caso de acidente do trabalho e doenças profissionais ou do trabalho; V - adotar medidas determinadas pelo MTb; VI - adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e as condições inseguras de trabalho. c) informar aos trabalhadores: I - os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho; II - os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa; III - os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos; IV - os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho. d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho.

CABE AO EMPREGADO:

a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador;

b) usar o EPI fornecido pelo empregador;

c) submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras (NR);

d) colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras (NR);

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Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao cumprimento do disposto no item anterior.

O não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente.

As dúvidas suscitadas e os casos omissos verificados naexecução das Normas Regulamentadoras (NR) serão decididos pela Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho (SSMT).

NR 1 - Disposições Gerais - Especifica as competências do poder público, das empresas e dos empregados quanto à preservação da saúde do trabalhador. NR 2 - Inspeção Prévia - Estabelece procedimentos para a aprovação de instalações, antes que um novo estabelecimento entre em atividade. NR 3 - Embargo ou Interdição - Confere poderes para interrupção de atividades que apresente grave e iminente risco de acidentes. NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT - Estabelece as exigências e critérios para constituição do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) - Estabelece as exigências e critérios para constituição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. NR 6 - Equipamentos de Proteção Individual (EPI) - Estabelece as exigências feitas às empresas e aos empregados com relação ao uso dos equipamentos de proteção individual. NR 7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO - Estabelece as diretrizes para elaboração e implementação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. NR 8 - Edificações - Estabelece critérios mínimos a serem observados nas edificações, visando garantir a segurança e o conforto das pessoas que ali trabalharão. NR 9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) - Estabelece as diretrizes para elaboração e implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. NR 10 - Instalações e Serviços em Eletricidade - Especifica exigências mínimas afim de garantir a segurança dos trabalhadores cujas atividades envolvam o manuseio de instalações elétricas em suas diversas etapas,

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incluindo projeto, execução, operação, manutenção, reforma, ampliação e ainda a segurança de usuários e de terceiros. NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais - Estabelece requisitos de segurança para operações de elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras. NR 12 - Máquinas e Equipamentos - Estabelece critérios para o uso seguro de máquinas e equipamentos, incluindo sistemas de proteção, dispositivos de acionamento e arranjo físico. NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão - Especifica as exigências de operação e manutenção de caldeiras e vasos de pressão, incluindo o treinamento e a habilitação dos operadores. NR 14 - Fornos - Especifica as exigências de uso e manutenção em fornos industriais que utilizem combustíveis gasosos ou líquidos. NR 15 - Atividades e Operações Insalubres - Trata das atividades que, por conclusão de investigações técnicas, qualitativa-s ou quantitativas, possam gerar condições insalubres decorrentes de agentes de risco de natureza física, química ou biológica.

NR 16 - Atividades e Operações Perigosas - Trata das atividades que, mediante investigações técnicas, exponham os trabalhadores a riscos envolvendo explosivos, inflamáveis, radiações ionizantes e eletricidade. NR 17 - Ergonomia - Estabelece critérios que permitam a adaptação das atividades laborativas às condições psicofisiológicas dos trabalhadores, visando ao conforto, segurança e eficiência desses trabalhadores.

NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - Estabelece diretrizes a fim de implementar medidas de prevenção dê-acidentes nas atividades de construção civil.

NR 19 - Explosivos - Especifica as exigências para manuseio e armazenamento de explosivos. NR 20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis - Especifica as exigências para manuseio e armazenamento de líquidos combustíveis e inflamáveis, inclusive gás liquefeito de petróleo. NR 21 - Trabalho a Céu Aberto - Estabelece as exigências a fim de proteger os trabalhadores contra as intempéries. NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração - Estabelece as exigências a serem cumpridas a fim de tomar compatíveis o planejamento e o desenvolvimento da atividade de mineração com a busca permanente da segurança e saúde dos trabalhadores. NR 23 - Proteção Contra Incêndios - Estabelece os procedimentos para prevenção e combate a incêndios, visando à segurança das instalações e das pessoas nos locais de trabalho. NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho - Regulamenta as exigências com relação às instalações sanitárias, incluindo

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banheiros, alojamentos, refeitórios, chuveiros, vestiários, cozinha, etc., a fim de assegurar condições de conforto e higiene aos trabalhadores. NR 25 - Resíduos Industriais - Estabelece as exigências feitas às empresas com relação à liberação de poluentes na forma de energia, gases, líquidos ou sólidos nos ambientes de trabalho ou no ambiente externo. NR 26 - Sinalização de Segurança - Estabelece procedimentos a serem seguidos pelas empresas com vistas a padronizar as sinalizações educativas e de advertência, dentro dos estabelecimentos, e prevenir acidentes. NR 27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho - Trata, exclusivamente, do registro profissional do técnico de segurança do trabalho no Ministério do Trabalho e Emprego. NR 28 - Fiscalização e Penalidades - Estabelece as penalidades e os critérios de aplicação destas, para o caso de não cumprimento das normas regulamentadoras (NR). NR 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário - Trata, exclusivamente, da prevenção de acidentes de trabalho e doenças associadas ao trabalho dos empregados que exercem atividades portuárias. NR 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário - Estabelece os requisitos mínimos de segurança e saúde no trabalho a bordo de plataformas e instalações de apoio empregadas com a finalidade de exploração e produção de petróleo e gás do subsolo marinho.

NR 31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Agricultura - Tem por objetivo estabelecer os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança, a saúde e o ambiente do trabalho.

NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde - Tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.

NR 33 - Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados - Tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos

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existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços. NR 34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Industria da Construção e reparação Naval – Estabelece requisitos mínimos e as medidas de proteção e segurança, a saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da indústria de construção e reparação naval.NR 35 – Trabalho em Altura – Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção, treinamento de funcionários, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.NR 36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados – O objetivo da Norma Regulamentadora 36 é estabelecer os requisitos mínimos para a avaliação, controle e monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano.

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SESMT – (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina

do Trabalho):

Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas, que possuam empregados regidos pela CLT, de organizarem e manterem em funcionamento, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 162 da CLT.

Para fins desta NR, as empresas obrigadas a constituir Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão exigir dos profissionais que os integram comprovação de que satisfazem os seguintes requisitos:

a) engenheiro de segurança do trabalho - engenheiro ou arquiteto portador de certificado de conclusão de curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, em nível de pós-graduação;

b) médico do trabalho - médico portador de certificado de conclusão de curso de especialização em Medicina do Trabalho, em nível de pós-graduação, ou portador de certificado de residência médica em área de concentração em saúde do trabalhador ou denominação equivalente, reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica, do Ministério da Educação, ambos ministrados por universidade ou faculdade que mantenha curso de graduação em Medicina;

c) enfermeiro do trabalho - enfermeiro portador de certificado de conclusão de curso de especialização em Enfermagem do Trabalho, em nível de pós-graduação, ministrado por universidade ou faculdade que mantenha curso de graduação em enfermagem;

d) auxiliar de enfermagem do trabalho - auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem portador de certificado de conclusão de curso de qualificação de auxiliar de enfermagem do trabalho, ministrado por instituição especializada reconhecida e autorizada pelo Ministério da Educação; e) Técnico em Segurança do Trabalho – Técnico portador de comprovação de registro profissional expedido pelo Ministério do Trablaho

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NR6 - Equipamento de Proteção Individual (EPI’s)

Todas as empresas estão obrigadas a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, assim está disciplinado na NR 6 da Portaria n° 3.214/78. Os Equipamentos de Proteção Individual, que são identificados pela sigla EPI, são empregados, rotineira e excepcionalmente, nas seguintes circunstâncias: Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; Para atender a situações de emergência.

Observação: a) Todos os EPIs, de acordo com o art. 167 da CL T, devem ser

adquiridos pelos fornecedores idôneos que possuam Certificado de Aprovação da Secretaria Nacional do Trabalho. A aquisição dos EPI’s sem a aprovação da SNT não atende os requisitos exigidos pela Portaria n° 3.214n8, daí sujeito a multas pela Fiscalização do Trabalho. As empresas fabricantes de EPI respiratório com filtros químicos ou combinados, segundo a Portaria n° 3, de 03/06/91, do Depto. Segurança do Trabalhador, deverão, requerer os respectivos Certificados de Aprovação mediante apresentação: Memorial descritivo; Relatório de ensaio, Termo de Responsabilidade e Cópia do alvará de funcionamento e localização.

b) De acordo com a Portaria n° 06, de 19/08/92, DOU de 19/08/92, da Diretoria do Depto. Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador, os EPI’s de fabricação estrangeira devem ser aprovados pelo Ministério do Trabalho e comprovar o Certificado de Aprovação (CA). A empresa fica obrigada a comunicar ao Ministério do Trabalho qualquer irregularidade apresentada no EPI.

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Relação de EPI que Poderá Servir para Ajustar as Atividades da Empresa:

A seguir apresentaremos uma relação de EPI que poderá servir, no caso de ajustar as atividades da empresa, como orientação para um futura consulta aos fabricantes desses equipamentos.

FINALIDADE RISCO EPI INDICADO

Proteção para crânio.

Impactos, perfurações, choque elétrico, cabelos arrancados.

Capacete de segurança.

Proteção visual e facial

Impactos de partículas sólidas quentes ou frias, de substâncias nocivas (poeiras, líquidos, vapores e gases irritantes), de

radiações (infravermelho, ultravioleta e calor).

Óculos de segurança (para soldadores, torneiros, esmeriladores, operadores de politriz e outros).

Protetores faciais (contra a ação de borrifos, impacto e calor radiante).

Máscaras e escudos para soldadores.

Proteção respiratória.

Deficiência de oxigênio, contaminantes tóxicos (gasosos e partículas).

Respiradores com filtro mecânico (oferecem proteção contra partículas suspensas no ar, incluindo poeiras, neblinas,

vapores metálicos e fumos).

Respiradores com filtros químicos (dão proteção contra concentrações leves, até 0,2% por volume, de certos gases

ácidos e alcalinos, de vapores orgânicos e vapores de mercúrio).

Respiradores com filtros combinados (são usados em trabalhos tais como pintura a pistola e aplicação de

inseticidadas).

Equipamentos de provisão de ar (ou linhas de ar).

Equipamentos portáteis autônomos (de oxigênio e de ar comprimido).

Proteção auricular

O ruído é um elemento de ataque individual que se acumula, produzindo efeitos

psicológicos e, posteriormente, fisiológicos, na sua maioria irreversíveis. Por isso, quando a

intensidade de ruído pode ser prejudicial, deve-se fazer o possível para eliminá-lo ou

reduzi-lo por meio de um controle da fonte ou do meio. Quando todos os métodos de

controle falharam, o último dos recursos é dotar o indivíduo exposto de um equipamento

de proteção auricular.

Protetores de inserção, que podem ser: descartáveis ou não-descartáveis (ambos moldados ou moldáveis).

Protetores externos (circum-auriculares), também conhecidos como orelheiras ou tipo-concha.

Proteção de tronco

Projeção de partículas; golpes ligeiros; calor radiante, chamas; respingos de ácidos,

abrasão; substâncias que penetram na pele, umidade excessiva.

Aventais de couro - Vaqueta e Raspa (para trabalhos de soldagem elétrica, oxiacetilênica e corte a quente, e, também

são indicados para o manuseio de chapas com rebarbas).

Aventais de PVC (para trabalhos pesados, onde haja manuseio de peças úmidas ou risco de respingos de produtos

químicos).

Aventais de amianto (para trabalhos onde o calor é excessivo).

Jaquetas (para trabalhos de soldagem em particular, soldagens em altas temperaturas, trabalhos em fornos,

combate a incêndios).

Proteção de membros superiores

Golpes, cortes, abrasão, substâncias químicas, choque elétrico, radiações

ionizantes.

Luvas de couro - Vaqueta e Raspa (para serviços gerais de fundição, cerâmicas e funilarias, usinagem mecânica, montagem de motores, usinagem a frio, manuseio de

materiais quentes até 60ºC, carga e descarga de materiais, manuseio e transporte de chapas).

Luvas de borracha (para eletricistas e para trabalho com

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produtos químicos em geral, exceto solventes e óleos, serviços de galvanoplastia, serviços úmidos em geral).

Luvas de neoprene (empregadas em serviços que envolvem uso de óleo, graxas, gorduras, solventes, petróleo e derivados,

inspeções em tanques contendo ácidos, serviços de galvanoplastia).

Luvas de PVC (para trabalhos com líquidos ou produtos químicos que exijam melhor aderência no manuseio, lavagem

de peças em corrosivos, manuseio de ácidos, óleos e graxas/gorduras, serviços de galvanoplastia).

Luvas de hexanol (empregadas em serviço com solventes, manuseio de peças molhadas - hexanol - corrugado, em

serviços que envolvem uso do petróleo e derivados).

Luvas de tecidos (de lona, de lona flanelada, de grafatex, de feltro, de lã, de amianto, de malha metálica).

Proteção dos membros inferiores.

Cortes por superfícies cortantes e abrasivas, substâncias químicas, cinzas quentes, frio, gelo, perigos elétricos, impacto de objetos pesados, superfícies quentes, umidade.

Sapatos (com biqueira de aço; condutores; anti-fagulhas; isolantes; para fundição).

Guarda-pés (são recomendados para trabalhos em fundições, forjas, fábricas de papel, serralherias, fábricas de gelo).

Botas de borracha (e outros materiais similares).

Perneiras (de raspa de couro, são usadas pelos soldadores e fundidores, sendo as mais longas, são utilizadas em trabalhos

com produtos químicos, líquidos ou corrosivos).

Proteção coletiva.

Equipamentos de proteção coletiva são aqueles que neutralizam a fonte do risco no

lugar em que ele se manifesta, dispensando o trabalhador do uso de equipamento de

proteção individual.

Os protetores dos pontos de operação em serras, em furadeiras, em prensas, os sistemas de isolamento de

operações ruidosas, os exaustores de poeiras, vapores e gases nocivos, os dispositivos de proteção em escadas, em corredores, em guindastes, em esteiras transportadoras são

exemplos de proteções coletivas que devem ser mantidas nas condições que as técnicas de segurança estabelecem e que

devem ser reparadas sempre que apresentarem uma deficiência qualquer.

A observação dos equipamentos de segurança, sejam individuais ou coletivos, tem grande importância nas inspeções de segurança. A eficiência desses equipamentos é comprovada pela experiência e, se obedecidas as regras de uso, a maior parte dos acidentes estará sendo evitada.

 

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Problemas enfrentados pelas organizações.

Um dos grandes problemas enfrentados pelas organizações, de uma maneira geral, é fazer os funcionários utilizarem os EPIs naturalmente, como um hábito. Os empregados normalmente se opõem ao uso dos EPIs por achar que eles incomodam, principalmente, durante o período de adaptação. Os profissionais de Segurança e Medicina do Trabalho (Médicos do Trabalho, Engenheiros, Psicólogos, Técnicos, etc.) deverão realizar uma série de observações sobre o comportamento e a adequação dos EPls, pois a rejeição existe por falta de preparo psicológico e fisiológico do empregado. Algumas soluções práticas que ajudarão a resolver esse problema serão abordadas abaixo:

Começa pela escolha do tipo e modelo do EPI adequado para cada finalidade, que se adapta ao risco no trabalho. Normalmente, estas tarefas são destinadas aos profissionais ligados à área de segurança e medicina do trabalho;

A empresa deverá propor soluções quanto aos processos de rejeição ou aceitação do EPI, analisando o comportamento das pessoas. Normalmente, é requisitado um psicólogo do trabalho para executar esta tarefa.

A empresa deverá propor

soluções quanto aos processos de rejeição ou aceitação do EPI, analisando o comportamento das pessoas. Normalmente, é requisitado um psicólogo do trabalho para executar esta tarefa;

soluções quanto aos processos de rejeição ou aceitação do EPI, analisando o comportamento das pessoas. Normalmente, é requisitado um psicólogo do trabalho para executar esta tarefa;

soluções quanto aos processos de rejeição ou aceitação do EPI, analisando o comportamento das pessoas. Normalmente, é requisitado um psicólogo do trabalho para executar esta tarefa;

soluções quanto aos processos de rejeição ou aceitação do EPI, analisando o comportamento das pessoas. Normalmente, é requisitado um psicólogo do trabalho para executar esta

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tarefa;

A empresa deverá detectar as mais diversas causas que influenciam no conforto e adaptação perfeita do EPI. Estas atribuições são conferidas ao médico do trabalho, que terá como objetivos estudar e corrigir as situações que possam, eventualmente, surgir;

A empresa deverá orientar e explicar a cada empregado que o EPI que está sendo entregue, longe de ser um instrumento de martírio, é um elemento para sua proteção. Para isso, o empregado deverá ser preparado psicologicamente e estar consciente de que o protetor é um objeto de que ele precisa e não um instrumento para incomodá-lo;

A empresa deverá integrar o empregado aos acontecimentos de sua atividade, contribuindo, da melhor maneira possível, para solucionar os problemas; Promover incansavelmente trabalhos de conscientização de prevenção de acidentes, tais como: palestras, cursos, gincanas, campanhas educativas, etc.

Equipamento de Proteção Coletiva – EPC

•Capelas para manipulação de produtos químicos/gases tóxicos;

•Chuveiros de emergência e Lava-olhos;

•Exaustores;

•Extintores de Incêndio;

•Plataformas de proteção(Constr.Civil);

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INVESTIGAÇÃO E ANALISE DE ACIDENTE DO TRABALHO .

Roteiro para realização de uma investigação de acidente de

trabalho

Embora possa haver ocasiões em que você pode não estar em condições dessa providencia, todos os esforços devem ser empreendidos para entrevistar testemunhas de um acidente de trabalho.

Em algumas situações a testemunha pode ser a fonte primária de informação visto que você pode ser chamado para investigar um acidente sem estar em condições de examinar a cena imediatamente após o evento.

Devido ao fato de que a testemunha pode estar sob grave stress emocional ou receosa de ficar à vontade, sem medo de recriminação, entrevistar uma testemunha é provavelmente a tarefa mais difícil de um investigador. Testemunhas devem ser separadas e entrevistadas o mais cedo possível após o acidente. Se as testemunhas tem uma oportunidade de discutir o evento entre elas mesmas, a percepção individual pode se perder no processo de aceitar uma visão de consenso, onde existirem dúvidas acerca dos fatos.

As testemunhas devem ser entrevistadas sozinhas, mais do que em grupo. Você pode decidir entrevistar uma testemunha na cena do acidente onde será fácil estabelecer as posições de cada pessoa envolvida e para obter uma descrição dos eventos. Por outro lado, pode ser preferível realizar as entrevistas em um escritório reservado, onde deverá haver menos distrações.

A decisão deverá depender, em parte da natureza do acidente ou do estado mental da testemunha. Entrevistar é uma arte e não se pode se atribuir fidelidade a um documento breve como este, mas um pouco do que se deve e do que não se deve fazer pode ser mencionado. O propósito da entrevista é estabelecer um entendimento com a testemunha e obter suas próprias palavras na descrição do evento.

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O QUE SE DEVE FAZER:

1.coloque a testemunha, que deve estar transtornada, à vontade;

2. enfatize o real motivo da investigação, para determinar o que e porque aconteceu;

3.deixe a testemunha falar, ouça;

4. confirme se você obteve a resposta correta;

5. procure perceber qualquer emoção da testemunha, subjacente ao evento;

6. faça pequenas notas ou peça a alguém da equipe para fazê-las durante a entrevista;

7. pergunte se pode gravar a entrevista, se você for fazê-lo;

8. encerre com um comentário positivo.

O QUE NÃO SE DEVE FAZER:

1. intimidar;

2. Interromper;

3. Induzir;

4. conduzir;

5. emocionar-se;

6. precipitar conclusões.

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PERGUNTAS:

Pergunte questões que não possam ser respondidas simplesmente por um sim ou não. A questão que você estiver perguntando irá naturalmente variar de acordo com o acidente mas há algumas perguntas gerais que devem ser sempre perguntadas:

1. onde você estava no momento do acidente?;

2. o que você estava fazendo?

3. O que você viu ou ouviu?

4. Como estava o ambiente (clima, iluminação, ruído, etc.) no momento do acidente?;

5. O que estava fazendo o trabalhador acidentado no momento do acidente?;

6. Na sua opinião, o que causou o acidente?;

7. Como acidentes similares podem ser prevenidos no futuro?

TÉCNICAS:

Se você não estava na cena do acidente pergunte questões diretas. Obviamente você deve tomar cuidados para assegurar credibilidade a qualquer resposta das entrevistas. Respostas às primeiras questões geralmente vão mostrar se a testemunha realmente observou o que aconteceu. Uma outra técnica usada para determinar a sequência de eventos é reproduzir ou simular todos os eventos assim como eles aconteceram. Obviamente que cuidados devem ser tomados para que subsequentes lesões ou danos não venham a ocorrer. Pode-se pedir a uma testemunha (geralmente o trabalhador acidentado) para reproduzir em movimentos lentos as ações que precederam o acidente.

INFORMAÇÕES DE SUPORTE:

Uma terceira fonte de informação geralmente negligenciada pode ser encontrada em documentos como registros e dados técnicos, registros da CIPA, relatórios de inspeção e manutenção, políticas da empresa, relatórios de acidentes anteriores, procedimentos formais de segurança e treinamento. Qualquer informação pertinente deve ser estudada para se constatar o que pode ter acontecido e que mudanças devem ser recomendadas para prevenir reincidência de outros acidentes similares.

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O QUE EU DEVO SABER QUANDO FIZER ANÁLISES E CONCLUSÕES :

Neste ponto da investigação a maior parte dos fatos sobre o queaconteceu e como aconteceu devem ser conhecidos. Isto deve ter levado considerável esforço para se conseguir mas representa apenas a primeira parte do objetivo. Agora vem a questão chave: porque o acidente ocorreu? Para prevenir a ocorrência de acidentes similares no futuro, os investigadores devem encontrar todas as possível respostas para essa questão. Você deve estar aberto a todas as possibilidades e dar atenção a todos os fatos pertinentes. Pode haver algumas falhas no seu entendimento da sequência de eventos que resultaram no acidente. Você pode precisar entrevistar mais uma vez algumas testemunhas para preencher essas falhas.

RELATÓRIO FINAL :

Quando a sua análise estiver completa, registre um relatório com etapas sobre o que aconteceu (suas conclusões), trabalhando desde o momento do acidente, listando todas as possíveis causas de cada etapa. Isto não constitui um trabalho extra: é um rascunho do relatório final. Cada conclusão deve ser checada para verificar: 1. se está amparada em evidências; 2. se a evidencia é direta (física ou documental) ou baseada em testemunhos ou em hipóteses; Esta lista serve como uma checagem final de discrepâncias que devem ser explicadas ou eliminadas.

RECOMENAÇÕES:

Porque as recomendações devem ser feitas? A etapa final mais importante aparece com uma série de recomendações projetadas para prevenir recorrência de acidentes similares. Se você está a par dos processos de trabalho envolvidos na situação de sua organização, não deve ser difícil estabelecer recomendações realistas. Essas recomendações devem:

a) ser específicas; b) ser construtivas; c) conseguir a causa raiz; d) identificar outros fatores que contribuíram;

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e) resistir à tentação de fazer apenas recomendações gerais para salvar tempo e esforço; Por exemplo, se você tiver determinado que um corredor escuro contribuiu com um acidente. Em vez de apenas recomendar “eliminar o corredor escuro”, seria melhor sugerir não apenas uma iluminação apropriada (específica para a situação do acidente) mas para todos os setores de trabalho onde fosse necessário. Nunca faça recomendações para disciplinar uma pessoa ou pessoas que possam ter cometido algum erro. Isto pode não somente ser contrário ao real objetivo da investigação, mas pode ameaçar as chances de um livre fluxo de informações numa futura investigação de acidentes. Em uma improvável situação em que você não foi capaz de determinar a causa de um acidente, com alguma segurança, você provavelmente ainda deve ter fragilidades na investigação. É apropriado que providências devam ser tomadas para corrigir essas deficiências.

O RELATÓRIO ESCRITO :

Se sua organização tem um formulário padrão obrigatório, você irá ter poucas escolhas na maneira que você irá escrever o seu Relatório. De qualquer forma, você deve esta atento para superar deficiências, como:

a) se há um espaço limitado para uma resposta, a tendência será responder naquele espaço, mesmo que haja recomendações para usar um formulário adicional, se necessário;

b) se um check list de causas estiver incluída, outras causas possíveis e não listadas poderão ser negligenciadas;

c) títulos como “condição insegura” irá geralmente produzir uma resposta simples mesmo quando mais de uma condição insegura existir;

d) diferenciação entre “causa primária” e “causas secundárias” pode gerar equívocos; todas as causas de acidentes são importantes e passíveis de ações corretivas;

Agora seu rascunho da sequência de eventos pode ser utilizado para descrever o que aconteceu. Lembre-se que os leitores de seu Relatório não tem conhecimento detalhado do acidente, assim você tem que incluir todos os detalhes pertinentes. Fotografias e diagramas podem economizar muitas

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palavras descritivas. Identifique claramente onde as evidencias estão baseadas nos fatos. Se dúvidas existirem em algum fato particular, descreva. As razões para suas conclusões devem ser estabelecidas e seguidas por suas recomendações. Retire o material extra que não é importante para um entendimento claro do acidente e suas causas, como fotografias que não são relevantes e partes da investigação que não levem a nada. A medida de um bom Relatório de acidente é qualidade, e não quantidade. Comunique sempre seus achados com trabalhadores, supervisores e o pessoal da gerência. Apresente o seu Relatório no contexto onde ele ocorreu, assim todos entenderão como o acidente ocorreu e as ações locais para prevenir que ele ocorra de novo.

FALHA HUMANA :

O que deve ser feito se a investigação revelar “falha humana”? Uma dificuldade que atrapalha muitos investigadores é a ideia de que ninguém gosta de atribuir culpa. Entretanto, quando uma investigação de acidente de trabalho revela que alguma pessoa ou pessoas entre a gerencia, supervisor e os trabalhadores falham, então este fato deve ser destacado. A intenção aqui é remediar a situação, não disciplinar alguém individualmente. Falha em apontar erros humanos que contribuem para um acidente irá não apenas degradar a qualidade da investigação. Mais tarde, isto irá permitir que futuros acidentes ocorram pelas mesmas causas devido a não terem sido levadas em conta. Entretanto, nunca faça recomendações sobre disciplina de qualquer pessoa que falhou. Qualquer procedimento disciplinar deverá ser feito dentro das normas internas de Pessoal.

MONITORAMENTO

E porque deve haver um Relatório de acompanhamento? A Gerência é responsável por agir dentro das recomendações do Relatório de investigação do acidente. A Comissão de Segurança e Saúde (no Brasil, CIPA), se você tem uma, deve monitorar o progresso dessas ações. Ações de Seguimento, deve incluir:

a) resposta às recomendações constantes do Relatório explicando o que pode e o que não pode ser feito (e porque); b) desenvolva um cronograma para ações corretivas; c) Assegurar que as ações agendadas foram efetivadas; d) Checar as condições dos trabalhadores lesionados;e) Informar e treinar outros trabalhadores sob risco; f) Reorientar trabalhadores na sua volta ao trabalho.

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Formulário de Investigação de Acidentes de Trabalho

FORMULÁRIO DE INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO Logo da empresa

 CBO: 000000 Nome:

 Data de admissão: Função:

INFORMAÇÃO SOBRE O ACIDENTADONome

Data de Nascimento:

FunçãoEstado Civil

Telefone: Numero de acidente anterior 0:

Toma Remédio controlado ( ) Não (   ) Sim. Qual?

INFORMAÇÃO DO ACIDENTEHouve Afastamento? SIM (   ) 2 dias.       NÃO (    )

Tipo do acidente  -  Típico (   )    -   Trajeto (     )    -   Doença ocupacional (    )

Natureza da lesão:

Parte do corpo atingida:

Agente causador:

Hospital em que foi atendido:

Data do acidente: Hora: Local:

DESCRIÇÃO DO ACIDENTE

PARECER DA TESTEMUNHA

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____________________________________                       _________________________________                             Nome                                                                            Função

CONCLUSÃO DO PROFISSIONAL DE SEGURANÇA DO TRABALHO QUE FEZ A INVESTIGAÇÃO DO ACIDENTE

.

AÇÃO IMEDIATA PARA EVITAR QUE OCORRA OUTRO ACIDENTE

Data

Ass. FuncionárioAss. Profissional que coordenou a

investigação/       /

Endereço do local do acidente

Rua:  _______________________________      Quadra: ________     Lote: _______________

Bairro: ________________________    Cidade:  ________________ Estado:____________

Observações

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INSPEÇÃO DE SEGURANÇA

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INTRODUÇÃO

As inspeções de segurança são muito utilizadas para detectar possíveis não conformidades de segurança do trabalho nas áreas produtivas. Tem vários tipos de inspeção que podem ser:

Inspeção de rotina; Inspeção de atividades críticas ou riscos críticos; Inspeção gerencial (feito pelos gerentes das áreas); Inspeção integrada; Inspeção de Segurança, Ordem e Limpeza – SOL. Inspeções Noturnas

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INSPEÇÕES DE ROTINA Como o próprio nome sugere, a Inspeção de Rotina é aquela que é feita

exclusivamente pelo Técnico de Segurança do Trabalho e não segue um cronograma e não tem um objetivo específico. Ou seja, não há um roteiro para a inspeção. Toda vez que o profissional sai na área, automaticamente está fazendo uma inspeção de rotina.

O que é preciso para se fazer uma boa Inspeção de Rotina

É recomendável ter um impresso próprio para registrar as inspeções;

É preciso ter olho crítico (enxergar o que os outros não vêm);

É muito importante o diálogo com os colaboradores. Muitas vezes só se descobre que algo está errado, ao conversar com um operador;

Nem seria preciso citar, mas apenas para reforçar, é imprescindível que o Técnico tenha bom relacionamento com todos os níveis hierárquicos dentro da empresa;

Cuidado para não se tornar naquele cara chato. Assim você perderá seus maiores informantes – os colaboradores;

Nunca seja arrogante. (leia o artigo que escrevi sobre o assunto – A arrogância é o caminho mais curto para o fracasso.)

Dando o feed-back aos interessados

De nada adiantaria fazer inspeções se as não conformidades encontradas não forem sanadas. Desta forma, os esforços dispensados para corrigir uma situação de risco, devem ser mostrados nas reuniões de segurança. Assim você mostrará que está resolvendo ou, pelo menos, tentando resolver as questões encontradas nas áreas de trabalho.

Aproveite as reuniões para mostrar documentos que comprovem que a situação está sendo tratada. É possível que alguns itens de uma inspeção precisem de altos investimentos para ser sanados e assim, demorem mais tempo para a solução chegar.

Outra questão que merece retorno rápido são as reclamações dos colaboradores. Cuidado para não ser envolvido em situações delicadas seu foco deve ser Segurança do Trabalho). Assuntos como saúde ocupacional, relacionamento social e outros, leve ao pessoal especializado da empresa. Caso não haja esses profissionais, direcione a pessoa para que ela procure a ajuda correta deve ser Segurança do Trabalho).

Os benefícios da Inspeção de Rotina:

Propicia um contato mais próximo com o trabalhador;

Permite conhecer mais a fundo as questões de processo e entender os riscos das atividades;

Proporciona a melhoria contínua em Segurança do Trabalho; Faz com que você estabeleça uma relação de confiança com os

colaboradores; 37

Deixa claro que você está tentando resolver os problemas e não os criando;

Conclusão Toda e qualquer inspeção traz benefícios para todos e, portanto é um

ganho não só para o trabalhador, mas para a empresa também. A inspeção de rotina tem fundamental importância no processo produtivo na medida em que, ao corrigir uma determinada situação você está evitando futuras perdas. Faça com que todos os envolvidos percebam que a empresa ganhará com o trabalho desenvolvido por você. Assim, com certeza terá o apoio geral e poderá realizar seu trabalho com maior liberdade.

INSPEÇÕES NOTURNAS Se você em uma empresa que adota o sistema de revezamento, então

uma boa prática preventiva, é realizar inspeções de segurança noturnas.

RELAXAMENTO Nos horários administrativos os funcionários sabem que estão sendo

observados e tendem a agir com mais atenção às normas de segurança. Horários noturnos há um relaxamento natural devido a diminuição de supervisores nas áreas produtivas.

Com a redução de supervisores (tem empresas que não têm nem mesmo supervisores – nomeiam operadores líderes), os trabalhadores tendem a agir de forma despreocupada em relação à segurança do trabalho.

COMPORTAMENTO: A inspeção noturna deve ter um foco específico e a observação

comportamental é uma ótima ferramenta para registro dos desvios. Não são todos, mas tem muita gente que ao se sentir mais livre, acaba por cometer desvios que cedo ou tarde podem levar ao acidente. Com as inspeções noturnas é possível levantar os principais desvios e tratá-los de forma adequada.

É preciso deixar claro aos infratores que as perdas com o acidente de trabalho atingem a todos, mas principalmente ao acidentado.

ESTATÍSTICAS: É interessante acompanhar estatisticamente os desvios nos diversos

horários para comparações e determinar em quais dias e horários apresentam maiores índices de desvios.

TÉCNICAS DE ABORDAGEM: Para um melhor aproveitamento das inspeções noturnas, é interessante

que os inspetores estejam bem treinados nas técnicas corretas de observação comportamental.

INSPEÇÃO INTEGRADA 38

Agora chegou a vez da Inspeção denominada Inspeção Integrada. Este é um tipo de inspeção bastante interessante e que pode ser bem proveitosa. Só é possível nas empresas que tenham os profissionais citados abaixo. A Inspeção Integrada deve ter procedimentos para pontuação e assim proporcionar um clima de disputa entre os departamentos.

Neste tipo de inspeção que é capitaneada pelo Serviço de Segurança do Trabalho, a equipe deve ser composta por:

Componentes do Serviço de Segurança do Trabalho; Um representante da Saúde Ocupacional; Um representante da CIPA; Um representante da área a ser inspecionada; É recomendável que alguém da manutenção também participe; Pode ser convidado alguém de outra área também.

Procedimentos para uma boa Inspeção Integrada

Deve ser registrada em formulário próprio; O formulário de ter critérios pré-estabelecidos e um campo para

anotações das não conformidades; Deve ter um cronograma de conhecimento das áreas (neste caso a área

sabe o dia e horário exatos da inspeção); É importante a participação de todos; Fazer uma reunião de encerramento; Definir no formulário as ações, prazos e responsáveis; Enviar o relatório da inspeção para a área envolvida, visando a solução

das ações; Divulgar para toda a empresa o resultado da inspeção em forma de

pontuação, junto com os demais departamentos

Considerações importantes

Neste tipo de inspeção é importantíssima a função do coordenador, que deve ficar atendo para que o foco da inspeção não seja desviado. Por se tratar de um grupo relativamente grande, pode ser que alguns acabem não participando efetivamente.

O coordenador (alguém do serviço de segurança) deve fazer com que a equipe exerça seu papel conforme os seus conhecimentos. Cuidado! Muitas vezes a equipe acaba deixando tudo para o pessoal de Segurança do Trabalho. Não deixe que isso aconteça. Todos têm seu papel na inspeção.

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A inspeção integrada tem uma particularidade muito importante e que nas outras inspeções acabam sendo deixadas de lado. Como temos um profissional de saúde na equipe, é comum que ele esteja mais atento às questões que envolvem a saúde dos trabalhadores. Só por isso já é uma inspeção diferenciada. No entanto, ela só funciona realmente se tiver a participação efetiva de todos. O coordenador deve ficar atento para aqueles que vão apenas como figurantes.

A divulgação dos dados estatísticos das inspeções leva os departamentos a competirem entre si para obter a melhor colocação. O objetivo principal desse tipo de inspeção é fazer com que todos os departamentos tenham real preocupação com a Segurança, Saúde e Meio Ambiente através da competição. Obviamente que nenhum gerente quer ver seu departamento com uma pontuação baixa e com isso todos ganham.

INSPEÇÃO DE ATIVIDADES CRÍTICAS

Diferentemente da Inspeção de Rotina, a Inspeção de Atividades Críticas deve ter um objetivo específico e seguir um cronograma anual de inspeções. O que deve ser inspecionado

Como estamos de tratando apenas de atividades críticas, então é recomendável que seja inspecionado apenas um tipo de risco crítico por vez. Nada impede que sejam detectados outros riscos, mas o foco principal deve ser a atividade escolhida.

É imprescindível que a empresa tenha Procedimentos Escritos para todas as atividades críticas desenvolvidas na empresa. Veja alguns riscos que devem ser considerados como críticos:

Trabalho em Altura; Trabalho em espaço confinado; Cargas Suspensas; Trabalho a quente; Metais líquidos; Bloqueio de energia; Veículos; Equipamentos móveis; Escavações; Gases pressurizados;

Podem ter outros dependendo das atividades desenvolvidas em cada empresa.

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Definição dos Objetivos;

Áreas aplicáveis; Referências; Elaboração, Verificação e Aprovação do documento; Considerações Gerais: Atividades/Responsabilidades; Anexos; Formulários;

Voltando para as inspeções de atividades críticas

Escolha uma atividade e saia à luta. É recomendável que haja lugar para fotos no relatório da inspeção. Leve o procedimento e procure seguir os itens ali descritos. Esse tipo de inspeção tem um objetivo específico e isso torna muito mais fácil de ser realizado. Em quase todas as atividades de risco crítico tem um check-list que pode ser consultado durante a inspeção para detecção de possíveis não conformidades anotadas pelos operadores. Quanto à postura do Técnico de Segurança durante a inspeção, não muda nada. Deve seguir o que já citamos no artigo Inspeção de Rotina. Outro ponto importante é que, na Inspeção de Atividades Críticas deve ter os campos para definição das ações, responsáveis e prazos para resolução do item não conforme. Isso está previsto na linha Atividades/Responsabilidades do Procedimento Escrito. Ao final da inspeção todos os envolvidos devem assinar em campo próprio do formulário e este arquivado para futuras auditorias das não conformidades.

Conclusão Assim como a Inspeção de Rotina, este tipo de inspeção é de grande

utilidade para a empresa. Por tratar-se de riscos críticos, a inspeção tem importância relevante na prevenção de acidentes na área operacional.

Se os procedimentos estiverem bem implantados e sendo seguidos corretamente, é possível que as inspeções não tenham tantos itens para serem corrigidos. O ideal é que não se encontre item algum, mas isso é um trabalho que envolve tempo e muito investimento em equipamentos e treinamentos dos colaboradores.

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INSPEÇÃO GERENCIAL Esta é uma inspeção não tão comum na maioria das empresas. Como

podemos ver, a inspeção é realizada pelos próprios Gerentes das áreas tanto Administrativas quanto Produtivas. Esta inspeção deve ser acompanhada pelo Serviço de Segurança do Trabalho, mas o foco é que os próprios gerentes identifiquem as irregularidades (lembrando que temos gerentes auditando gerentes), portanto cabe ao pessoal de Segurança do Trabalho fazer a intermediação para evitar possíveis conflitos. É interessante que o Técnico tenha em mãos os resultados de suas inspeções de rotina. Desta forma, poderá mostrar que determinadas situações encontradas pelos gerentes, já estão sendo tratadas.

Assim como na Inspeção Rotina e de Risco Crítico, é importante ter um formulário próprio para anotar as não conformidades. Também devem ser registradas em foto. Um detalhe interessante neste tipo de inspeção é que, não se procura apenas as falhas, mas também aquilo que está correto. Assim é possível levantar os pontos positivos que podem ser aplicados em outras áreas. (Isso também deve ser registrado no formulário).

Procedimentos para uma boa Inspeção Gerencial

Todos os Gerentes devem participar (sem exceção); Deve ser estabelecido um cronograma para as inspeções; É recomendável fazer um sorteio para definir a área a ser

inspecionada (isso demonstra a imparcialidade da inspeção e não dá tempo para possíveis correções antes da inspeção);

Após a inspeção todos devem receber o relatório da inspeção contendo as ações, prazos e responsáveis pela correção das não conformidades.

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I N S P E Ç Ã O D E S E G U R A N Ç A

DEPTO / SETOR ________________________________________DATA _____/_____/_____

HORA INÍCIO ______:______ HORA TÉRMINO ______:______

INSPEÇÃO REALIZADA POR: _________________________________

NOME DO RESPONSÁVEL: ______________________________________

ASSINATURA DO RESPONSÁVEL:________________________________

NOME DO CHEFE DE DEPARTAMENTO:______________________________________________

ASSINATURA DO CHEFE DE DEPARTAMENTO:________________________________________

CHECK LIST PARA INSPEÇÕES DE SEGURANÇA

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1 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPIC

Há no departamento, setores onde o uso dos epi’s seja obrigatório?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Em caso afirmativo, no item anterior, os funcionários estão se utilizando dos epi’s adequados aos riscos à que estão expostos?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

No caso dos funcionários não estarem utilizando os epi’s recomendados ou estarem utilizando os mesmos de forma incorreta preencher o anexo I do check list.

Os epi’s possuem o Certificado de Aprovação (CA), e são os fornecidos pela empresa?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Os funcionários receberam informação sobre a finalidade do epi e o modo correto de sua utilização?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

O estado geral de conservação e higienização dos epi’s encontrados no setor é:

( ) SATISFATÓRIO ( ) REGULAR ( ) RUIM ( ) PÉSSIMO

Os epi’s estão sendo guardados em lugares adequados?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Há no laboratório chuveiro de segurança, em caso de acidentes?

44

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Há no laboratório capela de proteção para segurança dos usuários?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Em caso positivo, o equipamento está em funcionamento?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

2 – EDIFICAÇÕES

O piso do local de trabalho apresenta saliências ou depressões que prejudiquem a circulação de pessoas e/ou materiais?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

As aberturas dos pisos ou paredes possuem proteção de forma que impeçam a queda de pessoas ou objetos?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

As rampas e escadas fixas estão em bom estado de conservação?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Há no departamento local(is) onde exista infiltração de água em caso de chuva?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

As tubulações existentes no departamento estão pintadas nas corres exigidas pela legislação vigente?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

As tubulações apresentam pontos onde haja vazamento, corrosão ou outro tipo qualquer de anormalidade?

45

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Os ralos existentes no setor, encontram-se tampados e possuem tela para impedir a entrada de roedores e insetos?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Os painéis de vidro e vitrôs apresentam vidros quebrados e/ou trincados?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Há buracos ou rachaduras nas paredes?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

3 – INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE

Há no departamento instalações elétricas que possam eventualmente ficar em contato com água?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

O Local onde estão localizados os quadros de luz é bem ventilado?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

O local destinado às baterias tracionarias, Now Break ou outro tipo de acumulador possui piso resistente à ácidos e é dotado de exaustão para dispersão dos gases?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

As tomadas e plugs encontram-se em bom estado de conservação não apresentando nenhum tipo de problema?

46

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Há identificação de voltagem nas tomadas do laboratório?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Há cabos e fios pelo chão, em local de tráfego de pessoas ou veículos de transporte?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Há no departamento o uso de acessórios que aumentem o número de saídas das tomadas?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

As tomadas de corrente existentes nos pisos, possuem proteção que evite a entrada de água ou objetos estranhos, estando ou não o pino inserido na tomada?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Estão sendo inseridos nas tomadas, fios sem o uso de pinos adequados?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Nos painéis elétricos estão sendo guardados objetos estranhos ao mesmo?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Os painéis elétricos existentes no departamento encontram-se desobstruídos?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

4 – VAZOS DE PRESSÃO

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As válvulas de segurança são inspecionadas periodicamente?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Toda válvula de pressão do laboratório possui o controle de uso e tempo.

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

5 – ERGONOMIA

As cadeiras utilizadas na empresa possuem altura ajustável?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Borda frontal arredondada?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção lombar?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Possuem suporte para os pés ajustável?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, é fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcionando boa postura, visualização e operação, evitando movimentação frequente do pescoço e fadiga visual?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

A iluminação é apropriada à natureza da atividade desenvolvida nos diversos setores do departamento?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

48

A iluminação geral está uniformemente distribuída e difusa?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Existe pontos onde haja ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos devido à iluminação?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

6 – COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS

Há no setor / depto estocagem de líquidos combustíveis e/ou inflamáveis?

Em caso afirmativo especifique a quantidade encontrada (___________L / Kg)

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Líquidos combustíveis e/ou inflamáveis estão armazenados em recipientes adequados?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Os recipientes possuem placas identificando o tipo de produto armazenado?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Os recipientes se encontram em locais afastados de possíveis fontes de ignição como quadros elétricos, tomadas, etc..?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

No local onde há o armazenamento de líquidos combustíveis e/ou inflamáveis placas com os dizeres “NÃO FUME” e “INFLAMÁVEL” ?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

49

As tubulações de transporte de combustíveis e/ou inflamáveis são pintadas obedecendo a legislação oficial?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

7 – PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

As aberturas de saída possuem uma largura mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros)?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

O sentido de abertura das portas se dá para o exterior do local de trabalho?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

As circulações internas ou corredores de acesso são contínuos e seguros e possuem largura mínima de 1,20 m ?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

As aberturas, saídas e vias de passagem estão claramente assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos indicando a direção da saída?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Os equipamentos portáteis de combate a incêndios estão localizados em locais de fácil acesso, fácil visualização e em locais onde haja menos probabilidade do fogo bloquear o seu acesso?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Há sinalização de solo e aérea indicativa de equipamento de combate à incêndio?

50

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Há extintores localizados em paredes de escada?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Há equipamentos de combate à incêndios que estejam bloqueados?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

8 – SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

As tubulações e outros tipos de condutores possuem as cores de segurança conforme as legislações vigentes?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

As cores utilizada na identificação causam fadiga, confusão ou distração?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Todos os produtos perigosos ou nocivos à saúde possuem rotulagem com termos precisos, breves e de fácil compreensão?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

As áreas destinadas à armazenagem de materiais estão devidamente sinalizadas?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

Há sinalização de segurança no laboratório e nas suas dependências?

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NA

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8 – CAPACITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO (CASO QUEIRA CITAR A REALIZAÇÃO DE CURSO DE CAPACITAÇÃO:

9 – CONSIDERAÇÕES GERAIS(SUGESTÕES, CRÍTICAS, ELOGIOS OU DIFICULTADORES)

Número total de funcionários do setor

Total utilizando EPI

Total não utilizando EPI

Porcentagem de não uso

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Ferramentas Manuais e Elétricas

As ferramentas manuais são os equipamentos mais simples e servem como extensão da mão do homem, para lhe facilitar as tarefas, diminuindo a força empregada por ele, aumentando o

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rendimento dos serviços e protegendo-o dos riscos de acidentes.Sendo uma extensão da mão e usados para facilitar os trabalhos, atualmente o seu uso é quase imprescindível. Encontramos ferramentas manuais sendo usadas em todos os lugares, desde as oficinas, fábricas, até o lar, para pequenos consertos e algumastarefas simples. Essa amplificação do seu uso, fez com que elas fossem responsáveis por muitos acidentes de todas as espécies e alguns até com graves consequências, dependendo, é lógico, do tipo de ferramentas.De um modo geral, as ferramentas manuais não causam muitos acidentes graves, o índice de gravidade das lesões é muito baixo. Por essa razão, muitas gerências tendem a não tomar conhecimento do cuidado, controle e uso dessas ferramentas. Mas, a frequência desses acidentes é grande. O índice de frequência de lesões incapacitantes é elevado em virtude do mau emprego das ferramentas e outras causas que devemos observar: Ferramentas defeituosas;

Ferramentas inadequadas para o serviço;

Método incorreto;

Má conservação das ferramentas;

Improvisação de ferramentas;

Conduzir ferramentas no bolso;

Jogar ferramentas para outro colega.

MEDIDAS PREVENTIVAS

Verifique frequentemente as condições das ferramentas solicitando a reparação ou condenação;

Para trabalhos em altura, use cinto porta-ferramentas, ficando com as mãos livres, tanto na escada, como para realização do serviço;

Faça uma rápida análise do seu posicionamento para que em caso de escapar a ferramenta, você não venha sofrer queda;

Não deixe ferramentas em posição perigosa, ou no caminho onde possa provocar pulos, escorregões, quedas, etc.

Evite deixar em bancadas, mesas, máquinas, onde possa provocar acidentes.

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UTILIZAÇÃO DE MÁQUINAS E FERRAMENTAS1. Objetivos2. Definições3. Instruções4. Responsabilidades.

1. Objetivos2. Definições2.1. Ferramentas Elétricas : Consideram-se ferramentas elétricas, aquelasferramentas acionadas por motor elétrico. Podem ser manuais, de bancada, fixas oumóveis.2.2. Ferramentas Manuais: São aquelas ferramentas que não possuem nenhum tipo de acionamento, somente a força humana.2.3. Ferramentas Pneumáticas: São aquelas cujo acionamento é feito com arcomprimido.2.4. Ferramentas Hidráulicas: são aquelas cujo acionamento é feito através de fluídos.3. Instruções para uso de ferramentas:3.1. Instruções gerais para uso:Usar a ferramenta apropriada para cada tipo de serviço;

Examinar, antes de iniciar o trabalho, se a ferramenta não apresenta fios partidos ou está sem isolação, mau contato nos terminais e se tem dupla isolação;

Não usar ferramentas que apresentem superaquecimento,faiscamentoou choque elétrico;

Não usar ferramentas elétricas molhadas e/ou com as mãos molhadas equando estiver trabalhando em pisos úmidos e se necessário, use luvasde borracha e/ou estrado isolante e/ou tapete de borracha;

Certificar-se de que os fios de alimentação e fio terra das ferramentasnão oferecem perigo de provocar tropeços ou quedas. Sempre que

possível, esses fios devem ficar suspensos à altura suficiente para permitir a passagem de pessoas.

Quando os fios estiverem rente ao piso oferecendo risco de queda de pessoas, devem ser cobertos(protegidos) para evitar que as pessoas tropecem ou a área deve ser isolada e sinalizada.

Evitar que os fios entrem em contato com óleo, graxa, água, superfíciesquentes ou substâncias químicas;

Não utilizar ferramentas elétricas que gerem faíscas, onde houvergases, explosivos, ou vapores inflamáveis;

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Não sobrecarregar a ferramenta elétrica além da capacidade do motor; Segurar sempre que possível, as ferramentas com ambas as mãos; Não deixar as ferramentas em escadas, passagens e locais elevados; Não limpar, reparar, lubrificar ou ajustar uma ferramenta ou máquina

elétrica com o motor em movimento. Certificar-se que a mesma está

desenergizada e devidamente sinalizada com cartão vermelho;

Não pendurar ferramentas elétricas pelo cabo de alimentação e nem

passá-las, assim, aos outros;

Todo funcionário deve estar devidamente treinado, ou seja, capacitadopara o uso destas ferramentas e máquinas. Em caso de dúvidas, estedeve solicitar auxílio ou consultar os manuais;

As ferramentas e máquinas devem ser inspecionadas periodicamente,de maneira que se cumpram as instruções de conservação dofabricante;

Os trabalhos com estas ferramentas e máquinas deverão ser realizadossempre em posição estável;

As conexões das ferramentas pneumáticas e hidráulicas deverãoreceber inspeções periódicas;

A ferramenta deve ser apropriada para o serviço e corretamenteutilizada. Não devem ser feitas improvisações ou uso inadequado dequalquer ferramenta. EX: uma chave de fenda não pode funcionar comoalavanca ou talhadeira;Não usar ferramentas improvisadas ou defeituosas, gastas oudeformadas. Ao constatar qualquer irregularidade com a ferramenta,esta deve ser separada do uso e imediatamente reparada ou trocada.Para ferramentas requisitadas na Ferramentaria, as irregularidadesdevem ser comunicadas ao funcionário responsável pelo recebimentodestas;

Não carregar ferramentas nos bolsos; transportá-las em dispositivosadequados e guardá-las em gavetas, fazendo com que as partescortantes das ferramentas fiquem voltadas para baixo;

Não arremessar ferramentas. Levá-las a quem as pediu ou solicitar que venham buscá-las;

Manter o local limpo e organizado sempre após o uso de máquinas ouferramentas;

Não utilizar anéis, pulseiras, colares ou vestimentas com mangas

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compridas e soltas. Estes podem ser puxados pelas partes móveis dasferramentas e máquinas. O mesmo se aplica a cabelos compridos.

3.2. Principais tipos de ferramentas e máquinas

3.2.1 Serra de material cerâmicoRiscos Recomendações de Segurançaa) Projeção de partículase poeirab) Descarga elétrica;c) Ruptura do disco;d) Cortes e amputações;e) Ruído excessivo.o disco e a transmissão de força devem estar sempre protegidos;antes de começar o trabalho, deve ser verificado o estado do disco. Se estiver desgastado, quebrado ou trincado deve ser feita a sua imediata substituição;o disco não deve ser pressionado conta a peça, de forma que se possa travá-lo.deve ser feito o uso dos EPI´s, como capacete, calçado de segurança, óculos de segurança, luvas impermeáveis, protetor facial, máscara contra poeiras e protetor auricular.a máquina deve estar posicionada em locais de pouca circulação de pessoas e com boa ventilação;a alimentação elétrica deve estar em perfeitas condições de uso;o disco e a transmissão de força devem estar protegidos.

3.2.2. Vibrador para concretoRiscos Recomendações de Segurançaa) Choque elétrico;b) Quedas;c) Respingo de massa nos olhos; antes de ligar o vibrador, deve ser verificado se há dupla isolação, qual a tensão de trabalho e se todas as ligações elétricas estão feitas corretamente a fim de evitar curto-circuito, falta de fase, aquecimento e queimad) Ruído excessivo. de motores; a mangueira ou cabo de alimentação de energia deverá estar protegida e em bom estado de conservação;o motor não deve ser arrastado pelo mangote e nem puxado pelo cabo elétrico;antes de acoplar o vibrador ao motor, deve ser verificado o seu sentido de rotação e se o flange e o acoplamento estão perfeitamente limpos;os vibradores não devem ser lubrificados;devem ser usados os seguintes EPI´s: capacete, botas de borracha, luvas, óculos de segurança e protetor auricular;em trabalhos longos, deve ser feito um revezamento entre os funcionários de modo que a fadiga não provoque um acidente;em trabalhos em locais elevados, utilizar cinto de segurança com talabarte duplo, e também o trabalho deve ser feito com o auxílio de outra pessoa.

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3.2.3. Serra circular - De bancada e manualRiscos Recomendações de Segurançaa) Cortes e amputações;b) Choque elétrico;c) Ruptura do disco;d) Projeção de partículas;e) Incêndios;f) Ruído excessivoverificar antes de utilizar se os fios de alimentação elétrica estão em boas condições de uso, sem cortes ou danos;usar, para cada trabalho, a serra de medida adequada, tipo apropriado e em boa condição;não usar serra circular sem a proteção adequada;não ultrapassar a velocidade periférica de operação do disco da serra circular, determinada pelo fabricante;manter as mãos fora de linha de ação da serra;não se colocar na frente da serra circular. Manter-se em posição semi lateral ao serrar qualquer peça;estando de um lado da serra, não procure alcançar material que esteja do outro lado da serra;tomar cuidado ao serrar peças cilíndricas. A lâmina não deve ficar exposta mais do que necessário para a espessura da peça;quando a serra se quebrar, desligar imediatamente o motor e esperar até que a máquina pare.o disco deve estar dotado de coifa protetora e cutelo divisor, com a identificação do fabricante e coletor de serragem;a carcaça do motor deve estar aterrada eletricamente;o disco deve estar afiado e travado e ser substituído quando apresentar problemas. Em serra circular, utilizar disco tipo vidia. para prevenir incêndios, o local de trabalho deverá estar limpo, evitando a presença de serragem e fitas de madeira;se necessário, devem ser utilizados dispositivos empurradores de madeira e guia de alinhamento;deve ser evitada a presença de pregos ao cortar a madeira;devem ser utilizados os seguintes EPI´s: capacete e calçado de segurança, óculos de segurança, protetor auricular e máscara contra poeiras.

3.2.4. BetoneirasRiscos Recomendações de Segurançaa) Choque elétrico;b) Agarramento pelas partes móveis;c) Tombamento, batidas e atropelamento quando da sua movimentação.d) Ruído excessivo;e) Ferimentos nas mãos.(Torções, cortes e escoriações);f) Respingos de concretoverificar antes de utilizar se os fios de alimentação elétrica estão em boas condições de uso, sem cortes ou danos;

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a máquina deve estar situada em superfície plana e resistente;as partes de transmissão deverão estar protegidas com carcaças;em nenhum momento deve ser introduzido o braço na caçamba, quando a máquina estiver em funcionamento, nem quando estiver parada, salvo se estiver desconectada da alimentação elétrica.devem ser utilizados os seguintes EPI´s: capacete e calçado de segurança, luvas de borracha, botas de borracha quando houver contato com a massa, máscara contra poeira(cimento), protetor auricular e óculos de segurança.deve-se manter distância durante a operação da betoneira a fim de se evitar os respingos de concreto. Caso ocorra, deve-se limpar a parte do corpo atingida imediatamente.

3.2.5. Guilhotina Hidráulica para cortes de chapasRiscos Recomendações de Segurançaa) (Torções, cortes, prensamento, amputações e escoriações);b) Choque elétrico;c) Cortes e contusõesd) Decepamentoe) Projeções de partículas e/ou rebarbascortar uma peça de cada vez e verificar a capacidade de corte;chapas com tamanho maior ou pesadas, a tarefa deve ser realizada por 2 pessoas. Durante o corte é importante que as duas pessoas estejam no mesmo campo de visão para que possa ser feita a comunicação entre estas a fim de evitar qualquer problema durante o corte;ao utilizar a guilhotina, verificar se não existem pessoas próximas. Não deve haver ninguém próximo a esta durante o corte; não posicionar as mãos na área de acionamento da lâmina e pistões da guilhotina.cuidado para não prensar as mãos entre a chapa a ser cortada e a mesa da cortadeiraapós o uso, fazer a limpeza da gaveta com a máquina desligada.usar os EPI´s como luvas, calçado de segurança c/ biqueira e óculos de segurança.

3.2.6. Martelos/marretasRiscos Recomendações de Segurançaa) Projeção de partículas;b) Ferimentos nas mãos e olhos (Torções, cortes, traumas, escoriações e perfurações)usar o tipo de martelo adequado ao serviço;não usar martelo com o cabo rachado ou lascado;assegurar-se de que o martelo está firme no cabo;não usar martelo deformado ou com rebarbas;não bater com martelo de aço em ferramentas inadequadas (brocas, limas, serras, chaves de fenda, etc)não utilizar este tipo de ferramenta em equipamentos elétricos energizados.utilizar óculos de segurança, calçados de segurança e luvas.

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3.2.7. Talhadeiras, punções e formõesRiscos Recomendações de Segurançaa) Projeção de partículas;b) Ferimentos nas mãos e olhos (Torções, cortes, traumas, escoriações e perfurações)usar óculos de proteção;não usar talhadeira ou punção com a cabeça deformada ou com rebarbas;segurar firmemente a ferramenta, de maneira a poder guiá-la;usar sempre talhadeira, punção ou formão afiada.não usar talhadeira ou punção destemperada;a peça a ser trabalhada deve estar firmemente presa.não utilizar este tipo de ferramenta em equipamentos elétricos energizados.

3.2.8. LimasRiscos Recomendações de Segurançaa) Projeção de partículas;b) Ferimentos nas mãos e olhos (Torções, cortes, traumas, escoriações e perfurações)não usar lima sem cabo. Verificar se o cabo da lima está firmemente colocado;não usar lima como alavanca;não usar lima como talhadeira ou formão;ao usar lima, segurá-la pelo cabo, com uma das mãos, e ter outra mão devidamente protegida com luva. Fazer uso também do óculos de segurança.não utilizar este tipo de ferramenta em equipamentos elétricos energizados.

3.2.9. Chaves em geral - Estrela, combinada, soquete, fixa, de bocaRiscos Recomendações de Segurançaa) Ferimentos nas mãos e olhos (Torções, cortes, traumas, escoriações e perfurações) usar somente chaves em bom estado de conservação;certificar-se de que as chaves são apropriadas para otipo de trabalho a ser executado;não usar chaves de boca em porcas gastas; usar, para isso, um dispositivo adequado;não usar canos para aumentar o cabo da chave;posicionar as mãos e o corpo de forma a não serem prensadas entre as chaves e a peça e também não ocorrerem torções em partes do corpo;não utilizar este tipo de ferramenta em equipamentos elétricos energizados;não bater contra a chave;

3.2.10. Chaves de fenda e phillipsRiscos Recomendações de Segurançaa) Projeção de partículas;b) Choque elétrico;c) Ferimentos nas mãos e olhos (Torções, cortes, traumas, escoriações e perfurações).

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não usar chave de fenda com o cabo quebrado ou rachado;a lâmina da chave de fenda deve estar em boas condições;não usar chave de fenda como talhadeira, sacador ou alavanca. Usá-la somente para colocar ou retirar parafusos;escolher a chave de fenda adequada ao tamanho do parafuso;não usar a mão para segurar a peça a ser trabalhada; usar, para tanto, um torno de bancada ou morsa;chaves de fenda automáticas devem ser equipadas com pino de segurança;em equipamentos elétricos, usar sempre chave de fenda com cabo de material isolante e haste isolada;não transportar chaves de fenda no bolso.usar óculos de segurança.

3.2.11. AlicatesRiscos Recomendações de Segurançaa) Projeção de partículas;b) Choque elétrico;c) Ferimentos nas mãos e olhosnão manusear alicate segurando-o próximo da junta;usar óculos de segurança;segurar o arame ou fio e o alicate de modo que os pedaços a cortar fiquem voltados para o chão; (Torções, cortes, traumas, escoriações e perfurações).manter sempre que possível o rosto acima do nível do trabalho.não utilizar este tipo de ferramenta em equipamentos elétricos energizados a não ser que esta seja apropriada para o uso;não bater o alicate contra outras partes;inspecionar o cabo quanto às rachaduras.

3.2.12. Serra manualRiscos Recomendações de Segurançaa) Ferimentos nas mãos e olhos (Torções, cortes, traumas, escoriações e perfurações).b) Projeção de partículas;c) Choque elétricomanter a serra limpa e em boas condições de trabalho;não usar serra que esteja com o cabo rachado ou lascado;manter os dentes da lâmina voltados para frente, de maneira que o corte se faça nessa direção;serra perto do ponto em que a peça estiver presa, evitando oscilação e ruptura da serra;não utilizar este tipo de ferramenta em equipamentos elétricos energizados;nunca colocar os dedos da mão de apoio na parte interna do arco da serra;

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utilizar óculos de segurança e utilizar serra adequada para o tipo de material a ser serrado.

3.2.13. Chaves inglesas e grifosRiscos Recomendações de Segurançaa) Projeção de partículas;b) Choque elétrico;c) Ferimentos nas mãos e olhos (Torções, cortes, traumas, escoriações e perfurações).usar somente chaves inglesas e grifos que estejam em boas condições;não usar calço para adaptar a chave à porca;não usar canos para aumentar o cabo da chave;puxar uma chave inglesa é mais seguro que empurrá-la. Se for necessário empurrá-la, manter os pés firmemente apoiados;não utilizar este tipo de ferramenta em equipamentos elétricos energizados;usar óculos de segurança e não bater os grifos e chaves;utilizar luvas quando necessário.

3.2.14. TurquesasRiscos Recomendações de Segurançaa) Projeção de partículas;b) Ferimentos nas mãos eolhos (Torções, cortes, traumas, escoriações e perfurações).sempre que possível, conservar o rosto acima do nível da peça ao tirar ou cortar pregos e arames;usar óculos de proteção e luvas quando cortar pontas de arames e pregos;sempre que possível, segurar o turquês de tal modo que sua extremidade cortante fique sempre virada para baixo. não utilizar este tipo de ferramenta em equipamentos elétricos energizados.

3.2.15. Máquina de furar (portátil)Riscos Recomendações de Segurançaa) Projeção de partículas;b) Choque elétrico;c) Ruído excessivo;d) Ferimentos nas mãos e olhos(Torções, cortes, traumas, escoriações e perfurações)remover a chave do mandril imediatamente após usá-la;não deixar a máquina sobre a bancada de tal modo que a broca fique projetada para fora;manter fios, cabos e conexões do equipamento em perfeitas condições para evitar descargas elétricas;

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não deixar a máquina em funcionamento;ao terminar o trabalho, retirar a broca e guardar a máquina em local apropriado;não segurar com a mão a peça a ser furada. Usar, para isso, um torno de bancada ou morsa;não soltar a broca com o motor em movimento;não parar o motor com a mão;fazer uso de óculos de segurança, luvas e protetor auricular;antes de trocar a broca, desconectar a máquina de furar a alimentação de energia.

3.2.16. Máquinas operatrizes para madeiraRiscos Recomendações de Segurançaa) Projeção de partículas;b) Choque elétrico;c) Ruído excessivo;d) Ferimentos nas mãos e olhos (Torções, cortes, traumas, escoriações e perfurações).conservar a mesa da máquina limpa, bem como a área de trabalho;usar equipamentos de segurança (protetor facial, óculos de segurança e protetor auricular);sempre que necessário usar luvas;não retirar ou modificar as proteções do equipamento;verificar se a madeira a ser trabalhada está livre de pregos e de qualquer corpo estranho;manter fios, cabos e conexões do equipamento em perfeitas condições para evitar descargas elétricas;usar calços de madeira adequados para empurrar as peças de pequenas dimensões.

3.2.17. Esmerilhadeira/manualRiscos Recomendações de Segurançaa) Projeção de partículas;b) Choque elétrico;c) Ruído excessivo;d) Ferimentos nas mãos e olhos (Torções, cortes, traumas, escoriações e perfurações) usar protetor auricular, óculos de segurança e protetor facial;não submeter o disco à velocidade (r.p.m.) superior à especificada pelo fabricante;

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manter fios, cabos e conexões do equipamento em perfeitas condições para evitar descargas elétricas;não retirar as proteções, a não ser para reparos ou ajuste da esmerilhadeira;não usar o equipamento sem a proteção adequada;não usar discos trincados ou com defeito e certificar-se de que os discos são adequados para a tarefa a ser realizada;evitar que os lados do disco em movimento se choquem contra qualquer objeto;quando utilizada para desbaste, fazer uso do flange menor e porca para fixar o disco;quando utilizado para corte utilizar arruela apoio, flange maior e porca padrão IP para fixar o disco;não deixar a esmerilhadeira enquanto esta estiver girando;quando utilizada no campo, fazer isolamento e sinalização ao redor da área de trabalho. Quando utilizada na oficina, utilizar biombos;usar a chave correta para fixação do disco;não permitir que ninguém se posicione à sua frente enquanto estiver utilizando a lixadeira;usar ambas as mãos e cabo de apoio.

3.2.18. TornosRiscos Recomendações de Segurançaa) Projeção de partículas;b) Choque elétrico;c) Ruído excessivo;d) Ferimentos nas mãos e olhos (Torções, cortes, traumas, escoriações e perfurações).não permanecer na linha de ação dos cavacos que desprendem da peça que está sendo trabalhada;não usar as mãos para deslocar a correia, usar o dispositivo apropriado para esse fim;depois de desligar o motor, não usar as mãos como freio, para fazer parar a máquina;manter fios, cabos e conexões do equipamento em perfeitas condições para evitar descargas elétricas;para acertar peças ou ferramentas na placa do torno, fazer girar a placa com as mãos e não com a força domotor;sempre que tiver de limpar, tomar cuidado com as castanhas e ferramentas. Segurar a lima pelo cabo de madeira; não ajustar ou verificar as condições de corte da ferramenta com a máquina em movimento;fazer uso do protetor auricular, óculos de segurança e calçado com biqueira de aço;fixar a peça corretamente no torno;ao limpar o torno fazer uso do puxador de cavacos;não usar joias como anéis, correntes ou pulseiras que podem ser puxados pelo equipamento em movimento;utilizar roupas justas a fim de evitar o contato com as partes em movimento.

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3.2.19. Furadeiras de bancadaRiscos Recomendações de Segurançaa) Projeção de partículas;b) Choque elétrico;c) Ruído excessivo;d) Ferimentos nas mãos e olhos (Torções, cortes, traumas, escoriações e perfurações).fazer uso do protetor auricular e óculos de segurança;usar brocas adequadas e devidamente afiadas, para o trabalho a ser executado;prender firmemente a peça sobre a mesa ou morsa da furadeira com grampos e calços apropriados;na eventualidade de a peça girar, presa à broca, parar a máquina imediatamente e não usar as mãos para segurar a peça em movimento;remover a chave do mandril após tê-la usado;não aproximar as mãos das partes giratórias da máquina;para remover cavacos ou limalhas não usar as mãos, para isso usar escova, gancho ou pincel;manter fios, cabos e conexões do equipamento em perfeitas condições para evitar descargas elétricas;não utilizar luvas quanto estiver usando a furadeira;não ajustar a mesa com a máquina em movimento.

3.2.20. Rebolos/esmeris/escova rotativaRiscos Recomendações de Segurançaa) Projeção de partículas;b) Choque elétrico;c) Ruído excessivo;d) Ferimentos nas mãos e olhos (Torções, cortes, traumas, escoriações e perfurações).montado o rebolo, colocar a proteção e nunca retirá-la a não ser para reparos ou substituição do rebolo;manter fios, cabos e conexões do equipamento em perfeitas condições para evitar descargas elétricas;usar óculos de proteção e protetor facial, independentemente da existência de dispositivos de proteção adaptados à própria máquina. Somente no esmeril da área de Usinagem não é necessário o uso do protetor facial, porém o uso só pode ser feito pelos funcionários da Usinagem;não usar rebolos em motores com velocidade (r.p.m.) superior à indicada pelo fabricante do rebolo; não usar rebolos rachados, defeituosos, gastos ou que estejam fora de centro;usar esmeril e rebolo adequado para cada tipo de trabalho;antes de utilizar o esmeril, faça-o girar até atingir plena velocidade;fazer uso apoio de encosto (espera) para apoiar a peça à ser esmerilada, o apoio deve ser fixado no máximo à distância de 3 mm do disco abrasivo

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(rebolo). Conforme a distância entre o rebolo e o encosto aumenta e excede os 3 mm, deve ser feita nova regulagem;não ajustar a posição do apoio com o esmeril em movimento;quando não for possível fazer uso de apoio (espera), manter a peça a ser esmerilada um pouco abaixo do nível do eixo do esmeril;segurar firmemente a peça a ser esmerilada, exercendo, com ela, sobre a superfície do esmeril, pressão moderada, contínua e uniforme, evitando esforços laterais, ou seja, não deve-se esmerilhar a peça usando a lateral do rebolo;não deixar o motor ligado ao terminar o serviço nem deixar o esmeril enquanto estiver girando;ao colocar o rebolo, verificar se ele se ajusta ao eixo. Em nenhum caso deve ficar folgado ou apertado;não esmerilhar alumínio, latão, cobre ou outros metais num esmeril destinado a aço ou ferramentas;permanecer sempre que possível ao lado do rebolo durante o esmerilhamento;não usar luvas quando operar o esmeril;a superfície do rebolo deve estar plana e uniforme. Qualquer ranhura, buraco, trinca ou deformação deve ser eliminada;após o uso manter o equipamento limpo e organizado;

3.2.21. PlainasRiscos Recomendações de Segurançaa) Projeção de partículas;b) Choque elétrico;c) Ruído excessivo;d) Ferimentos nas mãos e olhos (Torções, cortes, traumas, escoriações e perfurações).não colocar ferramentas nas aberturas, sob a mesa da plaina;manter fios, cabos e conexões do equipamento em perfeitas condições para evitar descargas elétricas;antes de ligar a máquina, certificar-se de que a peça não atinja o travessão e o montante;não fazer ajustes com a máquina em movimento;não empilhar material a uma distância inferior a 500 mm do curso máximo da plaina;não permanecer na linha de desprendimento de cavacos;não pôr as mãos na peça da plaina, quando a plaina estiver em funcionamento; as peças a serem trabalhadas devem estar firmemente presas;fazer uso do protetor auricular e óculos de segurança.quando necessário fazer uso do dispositivo para empurrar madeira.

3.2.22. RosqueadeiraRiscos Recomendações de Segurançaa) Projeção de partículas;b) Choque elétrico;c) Ruído excessivo;

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d) Ferimentos nas mãos e olhos (Torções, cortes, traumas, escoriações e perfurações).verificar as pinças do mordente de tubos da placa;manter fios, cabos e conexões do equipamento em perfeitas condições para evitar descargas elétricas;verificar se a máquina está com óleo;durante seu uso, não utilizar camisas de mangas longas e correntes ou gargantilhas;utilizar óculos de segurança e protetor auricular. Isto também é necessário para as pessoas que estejam próximas às ferramentas.

3.2.23. Prensa terminalRiscos Recomendações de Segurançaa) Projeção de partículas;b) Choque elétrico;c) Ruído excessivo;d) Ferimentos nas mãos e olhos (Torções, cortes, traumas, escoriações e perfurações).inspecionar a mangueira quanto à vazamentos de óleo;verificar se a matriz está em condições de uso;ter cuidado quando for prensar terminais. Tem que haver atenção e sincronismo para efetuar esta tarefa;esta tarefa quando em bancada poderá ser executada por um funcionário, desde que este faça uso de uma morsa para sustentação das matrizes.verificar se a quantidade de óleo é suficiente;utilizar óculos de segurança na operação desta ferramenta.

3.2.24. Ferramentas pneumáticasRiscos Recomendações de Segurançaa) Projeção de partículas;b) Ruído excessivo;c) Ferimentos nas mãos e olhos (Torções, cortes, traumas, escoriações e perfurações).usar equipamentos de segurança apropriados (óculos, protetor auricular, luvas, aventais, etc.), tomando precauções (isolamento) para que outras pessoas não se aproximem do local de trabalho;antes de usar ferramentas pneumáticas, verificar se as mesmas estão em boas condições de funcionamento;verificar as condições de aperto nos engates e braçadeiras das mangueiras de ar comprimido. Não utilizar arames;manter os pés firmemente apoiados, segurando a ferramenta com ambas as mãos e não apoiar o corpo sobre a mesma;quando as mangueiras de ar comprimido estiverem posicionadas em passagens, escadas, andaimes, etc, o local deve ser isolado e sinalizado; antes de retirar a mangueira da ferramenta, fechar o ar comprimido e aliviar a pressão da mangueira;não dobrar a mangueira para fechar o fluxo de ar;

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não passar ferramentas pneumáticas a outro operador e nem transportá-las usando a mangueira como suporte;não deixar marteletes pneumáticos ou outra qualquer ferramenta pneumática, de modo que o gatilho possa disparar acidentalmente;não apontar a ferramenta pneumática para si nem para outras pessoas;soprar ar pela mangueira antes de ligá-la à ferramenta. Isto é necessário para eliminar resíduos de água e impurezas contidas no interior da mesma;nos intervalos de uso das ferramentas pneumáticas, providenciar para que o gatilho da máquina não dispare;quando interromper o serviço, não deixar a mangueira sob pressão de ar. Fechar o registro geral;caso a mangueira de ar comprimido venha a soltar-se ou romper-se, fechar a válvula imediatamente;verificar possíveis vazamentos de ar nas mangueiras e conexões;quando usar martelete de ar comprimido, segurá-lo firmemente com ambas as mãos e, nos intervalos de funcionamento, conservar o dedo polegar sob o gatilho a fim de evitar o disparo acidental do martelete.

3.2.25. Serra tico-ticoRiscos Recomendações de Segurançaa) Projeção de partículas;b) Choque elétrico;c) Ruído excessivo;d) Ferimentos nas mãos e olhos(.Torções, cortes, traumas, escoriações e perfurações)manter fios, cabos e conexões do equipamento em perfeitas condições para evitar descargas elétricas;inspecionar a serra quanto a suas condições de usofazer uso do protetor auricular e óculos de segurança.verificar se a serra é adequada para a tarefa a ser realizada.

3.2.26. MaçaricosRiscos Recomendações de Segurançaa) Projeção de partículas;b) Ruído excessivo;c) Ferimentos nas mãos e olhos(Torções, cortes, traumas, escoriações e perfurações);d) Queimaduras;e) Explosão.verificar o funcionamento dos manômetros;verificar as mangueiras quanto a possíveis vazamentos ,incrustações de graxa/óleo, emendas, queimaduras e a existência da válvula de segurança corta-fogo; Não operar sem a existência das válvulas corta-fogo e verificar seu estado de conservação.

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verificar o estado de conservação da caneta. Não utilizar isqueiro para acendê-la. Somente utilizar acendedor de fricção(saci); Verificar se o tamanho do bico é adequado para a operação a ser realizada;verificar se o carrinho está em boas condições. A calibragem dos pneus e o conjunto de fixação dos cilindros deve estar em ordem.ao manusear cilindros cuidado para não derrubá-los. Se necessário solicite ajuda. Ao transportá-los utilizar o dispositivo de proteção das válvulas (capacete).durante a operação do maçarico, utilizar óculos maçariqueiro, blusão de raspa, perneira e luvas;

3.2.27 - Ferramentas de corte - Estiletes, facas, foices, facões, etcCortes Nunca cortar objetos com a lâmina em direção ao corpo;Avaliar as condições da lâmina em relação ao objeto a ser cortado e verificar se é resistente/adequado para tal atividade;Usar luvas para proteção das mãos;Não afiar facas e outras lâminas em esmeris. Utilizar dispositivo apropriado para afiação;Os cabos das ferramentas devem permitir boa aderência em qualquer situação de manuseio, possuir formato que favoreça a adaptação à mão do trabalhador, e ser fixados de forma a não se soltar acidentalmente da lâmina;Utilizar óculos de segurança para prevenir contra projeção de partículas;Não transportar ferramentas de corte juntamente com pessoas nos ônibus ou veículos. Utilizar bagageiro ou porta-malas para isso.As ferramentas de corte devem ser guardadas e transportadas em bainha, conforme NR 31.As ferramentas de corte devem ser usadas somente para os fins a que se destinam.

4. Responsabilidades4.1. Cabe aos usuários de ferramentas, mantê-las em perfeito estado de uso equalquer irregularidade deve ser comunicada e a ferramenta reparada ou substituída.4.2. Em caso de necessidade de compra de alguma ferramenta o comprador/usuário deve, em caso de dúvidas, solicitar auxílio/orientação do Depto de Segurança sobre possíveis riscos gerados por esta, isto antes de fechar o processo de compras.

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MODELO DE CHECK LIST DE FERRAMENTAS

EM ANEXO:

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