Apostila sobre pontuação - Língua Portuguesa

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Material Resumido Pontuação Profª. Maria Regina

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Apostila para concursos - Solução EADPontuação - Língua Portuguesa

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Material

Resumido

Pontuação

Profª. Maria Regina

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Pontuação

Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. Veremos aqui as principais funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo uso da língua portuguesa.

Ponto 1- Indica o término do discurso ou de parte dele.

- Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em que se encontra. - Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite. - Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.

2- Usa-se nas abreviações

- V. Exª. - Sr.

Ponto e Vírgula ( ; ) 1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma importância.

- “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de nenhum espírito dão pelo pão a alma…” (VIEIRA)

2- Separa partes de frases que já estão separadas por vírgulas.

- Alguns quiseram verão, praia e calor; outros montanhas, frio e cobertor.

3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos, decreto de lei, etc.

- Ir ao supermercado; - Pegar as crianças na escola; - Caminhada na praia; - Reunião com amigos.

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Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV - gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais; (Constituição da República Federativa do Brasil)

Dois pontos

1- Antes de uma citação

- Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:

2- Antes de um aposto

- Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde e calor à noite.

3- Antes de uma explicação ou esclarecimento

- Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a rotina de sempre.

4- Em frases de estilo direto

- Maria perguntou: – Por que você não toma uma decisão?

Ponto de Exclamação 1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto, súplica, etc.

- Sim! Claro que eu quero me casar com você!

2- Depois de interjeições ou vocativos

- Ai! Que susto! - João! Há quanto tempo!

Ponto de Interrogação Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.

“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Azevedo)

Reticências 1- Indica que palavras foram suprimidas.

- Comprei lápis, canetas, cadernos…

2- Indica interrupção violenta da frase.

“- Não… quero dizer… é verdade… Ah!”

3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida

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- Este mal… pega doutor?

4- Indica que o sentido vai além do que foi dito

- Deixa, depois, o coração falar…

O USO DA VÍRGULA

É usada para vários objetivos, mas em geral usamos a vírgula para dar pausa à leitura ou para indicar que algum elemento da frase foi deslocado da sua posição canônica.

Estando a oração em ordem direta (seus termos se sucedem na seguinte progressão: sujeito → verbo → complementos do verbo (objetos) → adjunto adverbial), isto é, sem inversões ou intercalações, o uso da vírgula é, de modo geral, desnecessário. Assim: 1. Não se usa vírgula: Não se usa vírgula separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se diretamente entre si:

a) entre sujeito e predicado.

Todos os alunos da sala foram advertidos. Sujeito predicado

b) entre o verbo e seus objetos.

O trabalho custou sacrifício aos realizadores. V.T.D.I. O.D. O.I.

Entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto adnominal.

c - Antes de orações subordinadas substantivas, exceto as apositivas.

Ex.: Convém que deixemos o local.

Espero que nenhum policial cometa erros durante a operação.

d - Antes de orações adjetivas restritivas:

Ex.: Ele é o homem que mata passarinhos.

Um vegetal é um animal que dorme.

e - Em orações coordenadas ligadas por “e” que tenham o mesmo sujeito:

Ex.: Chegou e prendeu o infrator.

Agora, sim, vamos estudar os casos de uso da vírgula

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2. Usa-se a vírgula: Para marcar intercalação:

a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância, vem caindo de preço. b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos. c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão dos lucros altos. Para marcar inversão:

a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas. b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma. c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio de 1982. Usa-se vírgula para separar entre si elementos coordenados (dispostos em enumeração): Era um garoto de 15 anos, alto, magro. A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais. Usa-se a vírgula para marcar elipse (omissão) do verbo: Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco. Usa-se a vírgula para isolar: - o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um trânsito caótico. - o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem.

A herança e a pontuação(interessante...) Um homem rico agonizava em seu leito de morte. Pressentindo que o fim estava próximo, pediu papel e caneta e escreveu: Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres. Mas morreu antes de fazer a pontuação. Para quem o falecido deixou a sua fortuna? Eram quatro concorrentes: 1. O sobrinho fez a seguinte pontuação: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres. 2. A irmã chegou em seguida e pontuou assim: Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

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3. O padeiro pediu cópia do original e puxou a brasa pra sardinha dele: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres. 4. Aí chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

Moral da história:

"A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Nós é que fazemos a

pontuação. E isso faz toda a diferença."

Fontes:

AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. 2ed. São Paulo: Publifolha, 2008.

BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

GARCIA, Othon Moacyr. Comunicação em Prosa Moderna. 26ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.

HENRIQUES, Claudio Cezar. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto.Rio de Janeiro:Elvesier, 2008.

HENRIQUES, Claudio Cezar. Morfologia: estudos lexicais em perspectiva sincrônica. Rio de Janeiro: Elvesier, 2007.

HENRIQUES, Claudio Cezar. Fonética, Fonologia e Ortografia: estudos fono-ortográficos do português. Rio de Janeiro: Elvesier, 2007.

HOUAISS, Antônio e VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

KOCH, Ingedore Villaça. A coesão textual. São Paulo: Contexto, 1989.

TRAVAGLIA, Luiz Carlos. A coerência textual. 4ed. São Paulo: Contexto, 1992.

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