Apostila sobre pontuação - Língua Portuguesa
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Material
Resumido
Pontuação
Profª. Maria Regina
Material de uso exclusivo do aluno. Proibida a Distribuição desse material de acordo com Lei n° 9610/98.
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Pontuação
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. Veremos aqui as principais funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo uso da língua portuguesa.
Ponto 1- Indica o término do discurso ou de parte dele.
- Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em que se encontra. - Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite. - Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.
2- Usa-se nas abreviações
- V. Exª. - Sr.
Ponto e Vírgula ( ; ) 1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma importância.
- “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de nenhum espírito dão pelo pão a alma…” (VIEIRA)
2- Separa partes de frases que já estão separadas por vírgulas.
- Alguns quiseram verão, praia e calor; outros montanhas, frio e cobertor.
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos, decreto de lei, etc.
- Ir ao supermercado; - Pegar as crianças na escola; - Caminhada na praia; - Reunião com amigos.
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Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV - gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais; (Constituição da República Federativa do Brasil)
Dois pontos
1- Antes de uma citação
- Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:
2- Antes de um aposto
- Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde e calor à noite.
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
- Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a rotina de sempre.
4- Em frases de estilo direto
- Maria perguntou: – Por que você não toma uma decisão?
Ponto de Exclamação 1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto, súplica, etc.
- Sim! Claro que eu quero me casar com você!
2- Depois de interjeições ou vocativos
- Ai! Que susto! - João! Há quanto tempo!
Ponto de Interrogação Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Azevedo)
Reticências 1- Indica que palavras foram suprimidas.
- Comprei lápis, canetas, cadernos…
2- Indica interrupção violenta da frase.
“- Não… quero dizer… é verdade… Ah!”
3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida
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- Este mal… pega doutor?
4- Indica que o sentido vai além do que foi dito
- Deixa, depois, o coração falar…
O USO DA VÍRGULA
É usada para vários objetivos, mas em geral usamos a vírgula para dar pausa à leitura ou para indicar que algum elemento da frase foi deslocado da sua posição canônica.
Estando a oração em ordem direta (seus termos se sucedem na seguinte progressão: sujeito → verbo → complementos do verbo (objetos) → adjunto adverbial), isto é, sem inversões ou intercalações, o uso da vírgula é, de modo geral, desnecessário. Assim: 1. Não se usa vírgula: Não se usa vírgula separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se diretamente entre si:
a) entre sujeito e predicado.
Todos os alunos da sala foram advertidos. Sujeito predicado
b) entre o verbo e seus objetos.
O trabalho custou sacrifício aos realizadores. V.T.D.I. O.D. O.I.
Entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto adnominal.
c - Antes de orações subordinadas substantivas, exceto as apositivas.
Ex.: Convém que deixemos o local.
Espero que nenhum policial cometa erros durante a operação.
d - Antes de orações adjetivas restritivas:
Ex.: Ele é o homem que mata passarinhos.
Um vegetal é um animal que dorme.
e - Em orações coordenadas ligadas por “e” que tenham o mesmo sujeito:
Ex.: Chegou e prendeu o infrator.
Agora, sim, vamos estudar os casos de uso da vírgula
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2. Usa-se a vírgula: Para marcar intercalação:
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância, vem caindo de preço. b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos. c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão dos lucros altos. Para marcar inversão:
a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas. b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma. c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio de 1982. Usa-se vírgula para separar entre si elementos coordenados (dispostos em enumeração): Era um garoto de 15 anos, alto, magro. A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais. Usa-se a vírgula para marcar elipse (omissão) do verbo: Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco. Usa-se a vírgula para isolar: - o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um trânsito caótico. - o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem.
A herança e a pontuação(interessante...) Um homem rico agonizava em seu leito de morte. Pressentindo que o fim estava próximo, pediu papel e caneta e escreveu: Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres. Mas morreu antes de fazer a pontuação. Para quem o falecido deixou a sua fortuna? Eram quatro concorrentes: 1. O sobrinho fez a seguinte pontuação: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres. 2. A irmã chegou em seguida e pontuou assim: Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
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3. O padeiro pediu cópia do original e puxou a brasa pra sardinha dele: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres. 4. Aí chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.
Moral da história:
"A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Nós é que fazemos a
pontuação. E isso faz toda a diferença."
Fontes:
AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. 2ed. São Paulo: Publifolha, 2008.
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
GARCIA, Othon Moacyr. Comunicação em Prosa Moderna. 26ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.
HENRIQUES, Claudio Cezar. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto.Rio de Janeiro:Elvesier, 2008.
HENRIQUES, Claudio Cezar. Morfologia: estudos lexicais em perspectiva sincrônica. Rio de Janeiro: Elvesier, 2007.
HENRIQUES, Claudio Cezar. Fonética, Fonologia e Ortografia: estudos fono-ortográficos do português. Rio de Janeiro: Elvesier, 2007.
HOUAISS, Antônio e VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
KOCH, Ingedore Villaça. A coesão textual. São Paulo: Contexto, 1989.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. A coerência textual. 4ed. São Paulo: Contexto, 1992.
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