Apostila Treinamento Básico para Diretoria

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I ADIR REGIONAL MANUAL DE TREINAMENTO BÁSICO DE DIRETORIA Associação Rio Fluminense @jjuniorbji

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Apostila destinada ao trinamento básico de líderes de desbravadores, com noções práticas de liderança, acampamento, fogueiras, nós e amarras

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  • I ADIR REGIONAL

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    Rio Fluminense

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    Treinamento Bsico de Diretoria ARF

    DESBRAVADORES, ANUNCIANDO A GRANDE ESPERANA

    Com o objetivo de fortalecer o evangelismo da igreja foi escolhido para o ano

    de 2012 o tema A Grande Esperana . E, sem dvida o Clube de Desbravadores

    um dos grupos que tem maior potencial nos relacionamentos. Vamos nos envolver

    neste projeto e desfrutar dos seus benefcios como igreja, como clube e como

    desbravadores a servio do Rei.

    preciso fortalecer a viso de Comunho e Misso; envolver o desbravador

    em um projeto missionrio desafiador; unir o clube em uma campanha, destacar a

    palavra esperana, que a marca da Igreja Adventista do Stimo Dia; testemunhar,

    de maneira mais abrangente, para levar muitas pessoas a Jesus e apressar sua

    vinda, buscando alcanar as Multides, multides no vale da deciso! Porque o dia

    do Senhor est perto... Joel 3:14.

    Movimento de massa

    Viam-se centenas e milhares visitando famlias e abrindo perante elas a

    Palavra de Deus. Os coraes eram convencidos pelo poder do Esprito Santo, e

    manifestava-se um esprito de genuna converso. Portas se abriam por cada parte

    proclamao da verdade. O mundo parecia iluminado pela influncia celeste Ellen

    White, Servio Cristo, 42.

    Obra urgente

    Cada dia o tempo de graa de algum se encerra. Cada hora alguns passam

    para alm do alcance da misericrdia. E onde esto as vozes de aviso e rogo,

    mandando o pecador fugir desta condenao terrvel? Onde esto as mos

    estendidas para o fazer retroceder do caminho da morte? Onde esto os que com

    humildade e f perseverante intercedem junto a Deus por ele? Ellen White,

    Patriarcas e Profetas, 140.

    Envolvimento de todos

    Todo seguidor de Jesus tem uma obra a fazer como missionrio de Cristo, na

    famlia, na vizinhana, na vila ou cidade em que reside. Ellen White, Servio

    Cristo, 18.

  • 3

    Ao concentrada

    Tem de haver uma ao concentrada. Temos que conjugar esforos... Ellen

    White, Servio Cristo, 75.

    Apresentao de uma mensagem especial

    Fazei ressoar o alarme. Dizei s pessoas que o dia do Senhor est perto, e

    apressa-se grandemente. Ningum fique sem ser advertido... No temos tempo a

    perder. Ellen White, Evangelismo, 218.

    Entrega de literatura

    Pastores e o povo devem empenhar-se na circulao de livros, panfletos e

    folhetos, como nunca antes. Testemunhos para a Igreja, vol. 1, 690.

    O DESAFIO DE TER TODOS ENVOLVIDOS

    Quando amplos planos estiverem sendo feitos, grande cuidado deve ser

    tomado para que cada ramo da causa esteja harmoniosamente unido a outro,

    formando assim um todo perfeito. Ellen White, Testemunhos para a Igreja, vol. 5,

    726.

    Dentro desta viso; cada regio, clube, cada unidade e cada desbravador tm

    seu desafio e oportunidade de participar, envolvendo-se no programa de Deus e

    tornando-se um Amigo da Esperana.

    Treinamento Bsico de Diretoria ARF

  • 4

    SUMRIO

    1 APELO URGENTE POR REAVIVAMENTO, REFORMA, DISCIPULADO E

    EVANGELISMO ................................................................................................................... 7

    1.1 A PROMESSA DE CRISTO SUA IGREJA DO NOVO TESTAMENTO ........... 7

    1.2 A PROMESSA DE CRISTO PARA A IGREJA DO TEMPO DO FIM .................. 8

    1.3 NOSSA GRANDE NECESSIDADE: REAVIVAMENTO E REFORMA ................ 9

    1.4 COMPROMISSO E APELO ................................................................................ 10

    2 DESBRAVADORES ESCOLA DE EDUCAO COMPLETA .................................. 13

    2.1 A COMISSO DA IGREJA ................................................................................. 14

    2.2 A COMISSO EXECUTIVA ................................................................................ 14

    2.3 A DIRETORIA DO CLUBE .................................................................................. 15

    3. FORMAO MORAL .................................................................................................... 17

    3.1. A PSICOLOGIA DA CRIANA .......................................................................... 17

    3.2. CONSELHOS GERAIS AOS DIRETORES ....................................................... 18

    3.2.1 Programa semanal sugestivo ............................................................. 18

    3.2.2 Instruo e disciplina .......................................................................... 19

    3.2.3 Reunio de pais .................................................................................... 19

    4 O MINISTRIO DO CLUBE DE DESBRAVADORES ................................................... 21

    4.1 COMO ORGANIZAR UM CLUBE DE DESBRAVADORES .............................. 21

    4.2 POR QUE FORMAR UM CLUBE? ..................................................................... 22

    4.3 QUEM PARTICIPA? ............................................................................................ 24

    4.4 ONDE REALIZAR AS REUNIES? ................................................................... 24

    4.5 O QUE FAZER? .................................................................................................. 25

    4.6 PASSOS PARA SE ORGANIZAR UM CLUBE DE DESBRAVADORES .......... 28

    4.7 ALGUMAS ATIVIDADES .................................................................................... 31

    5 TRABALHANDO EM EQUIPE O SISTEMA DE UNIDADES .................................... 34

    5.1 O SISTEMA DE EXCELNCIA........................................................................... 34

    5.2 CANTINHO DA UNIDADE .................................................................................. 35

    5.3 O GRANDE MAESTRO O CONSELHEIRO ................................................... 36

    5.3.1 Funes do Conselheiro ..................................................................... 36

    5.4 INSTRUINDO NOS CAMINHOS DE DEUS O INSTRUTOR ......................... 39

    5.4.1 Funes do instrutor ........................................................................... 40

    5.5 O CAPITO ......................................................................................................... 40

    5.5.1 Funes do capito ............................................................................. 41

  • 5

    5.5.2 Para ser capito.................................................................................... 41

    5.6 O SECRETRIO DA UNIDADE ......................................................................... 44

    5.6.1 Funes do Secretrio ........................................................................ 44

    6 ENSINANDO O PROGRAMA DOS DESBRAVADORES ............................................ 46

    6.1 AS CLASSES ...................................................................................................... 46

    6.2 A INSTRUO DAS CLASSES ......................................................................... 47

    6.3 A INSTRUO DAS ESPECIALIDADES........................................................... 49

    6.4 O PROGRAMA DA LIDERANA ....................................................................... 50

    7 ORDEM UNIDA ............................................................................................................... 54

    7.1 OBJETIVOS DA ORDEM UNIDA ....................................................................... 54

    7.2 CONCEITOS BSICOS ...................................................................................... 54

    7.3 OS COMANDOS EM ORDEM UNIDA ............................................................... 58

    7.3.1 Formas de comando ............................................................................ 58

    7.3.2 Vozes de comando ............................................................................... 59

    7.3.3 Comandos a p firme........................................................................... 59

    7.3.4 Voltas a p firme................................................................................... 62

    7.3.5 Movimentos em marcha ...................................................................... 63

    7.3.6 Voltas em marcha ................................................................................ 65

    7.4 CONSIDERAES FINAIS ................................................................................ 66

    8 CERIMNIAS .................................................................................................................. 67

    8.1 OS ELEMENTOS DAS CERIMNIAS ............................................................... 67

    8.2 PLANEJAMENTO ............................................................................................... 68

    8.3 TIPOS DE PROGRAMAS E CERIMNIAS ....................................................... 70

    8.3.1 Abertura das atividades ...................................................................... 70

    8.3.2 Encerramento das atividades ............................................................. 70

    8.3.3 Dia Mundial dos Desbravadores ........................................................ 72

    8.3.4 Recebimento de leno e Entrega das especialidades .................... 72

    8.3.5 Semanas de Orao ............................................................................. 73

    8.3.6 Congressos ........................................................................................... 73

    8.3.7 Investidura ............................................................................................ 74

    8.4 O USO DE BANDEIRAS EM CERIMNIAS ...................................................... 75

    9 BREVE HISTRIA DOS DESBRAVADORES .............................................................. 77

    9.1 O SURGIMENTO DA IDIA ............................................................................... 77

    9.2 O DESENVOLVIMENTO .................................................................................... 77

  • 6

    9.3 A ORGANIZAO .............................................................................................. 77

    9.4 O SURGIMENTO NO BRASIL............................................................................ 77

    9.5 OS IDEAIS ........................................................................................................... 78

    9.6 OS SMBOLOS ................................................................................................... 80

    10 NS E AMARRAS ........................................................................................................ 81

    10.1 NS ................................................................................................................... 81

    10.2 AMARRAS ......................................................................................................... 83

    11 ARTE DE ACAMPAR ................................................................................................... 86

    11.1 OBJETIVOS DO ACAMPAMENTO .................................................................. 86

    11.2 COMO ESCOLHER UM BOM LOCAL PARA ACAMPAR ............................... 86

    11.3 EQUIPES DE UM ACAMPAMENTO ................................................................ 88

    11.4 MATERIAL ......................................................................................................... 89

    11.5 DICAS ................................................................................................................ 90

    11.6 ECOLOGIA ........................................................................................................ 91

    11.7 O FOGO ............................................................................................................ 91

    11.8 TIPOS DE ACAMPAMENTO ............................................................................ 92

    11.9 ESQUEMAS DE ACAMPAMENTO .................................................................. 92

    11.10 A MOCHILA ..................................................................................................... 93

    11.10.1 partes de uma mochila .................................................................... 94

    11.11 BARRACAS ..................................................................................................... 97

    11.11.1 Tipos de Barracas ............................................................................ 98

    12 FOGUEIRAS E COZINHA AO AR LIVRE ................................................................... 99

    12.1 COZINHANDO NO ACAMPAMENTO ............................................................ 100

    12.1.1 Cardpio ............................................................................................ 100

    12.1.2 Utenslios de cozinha ...................................................................... 102

    12.1.3 Higiene ............................................................................................... 102

    12.1.4 Receitas ............................................................................................. 103

    13 PARA SBADO .......................................................................................................... 106

    14 IDEIAS PARA CONCURSOS NO CLUBE ................................................................ 108

    15 ESTATUTO DO CLUBE DE DESBRAVADORES .................................................... 110

    16 ANOTAES ....................................................................................................... 117

  • 7

    1 APELO URGENTE POR REAVIVAMENTO, REFORMA, DISCIPULADO E

    EVANGELISMO1

    Deus chamou, de forma singular, a Igreja Adventista do Stimo Dia para viver

    e proclamar Sua mensagem de amor e verdade para os ltimos dias do mundo

    (Apocalipse 14:6-12). O desafio de alcanar os mais de seis bilhes de pessoas no

    planeta Terra com Sua mensagem para o tempo do fim parece impossvel. A tarefa

    esmagadora. De uma perspectiva humana, o rpido cumprimento da Grande

    Comisso de Cristo, em algum momento prximo, parece improvvel (Mateus 28:19,

    20).

    A taxa de crescimento da Igreja simplesmente no est acompanhando o

    crescimento da populao mundial. Uma avaliao honesta de nosso impacto

    evangelstico atual no mundo leva concluso de que, a no ser que haja uma

    mudana dramtica, no concluiremos a comisso celestial nesta gerao. A

    despeito de nossos melhores esforos, todos os nossos planos, estratgias e

    recursos so incapazes de concluir a misso dada por Deus para Sua glria na

    Terra.

    1.1 A PROMESSA DE CRISTO SUA IGREJA DO NOVO TESTAMENTO

    O desafio de levar o evangelho ao mundo no novo. Os discpulos

    enfrentaram esse desafio no primeiro sculo, e nos o enfrentamos no sculo 21. A

    igreja do Novo Testamento foi, aparentemente, confrontada com uma tarefa

    impossvel. Porm, dotada do poder do Esprito Santo, a Igreja teve um crescimento

    explosivo (Atos 2:41; 4:4; 6:7; 9:31). Os primeiros cristos compartilharam sua f em

    todas as partes (Atos 5:42).

    A graa de Deus transbordou do corao deles para sua famlia, amigos e

    colegas de trabalho. Apenas poucas dcadas depois da crucifixo, o apstolo Paulo

    relatou que o evangelho foi pregado a toda criatura debaixo do cu (Colossenses

    1:23). Como foi possvel a um desconhecido grupo de crentes relativamente

    insignificante exercer impacto no mundo em um perodo to curto de tempo? Como

    to poucos cristos puderam ser usados por Deus para transformar o mundo para

    sempre?

    A Grande Comisso de Cristo foi acompanhada de Sua grande promessa. O

    Salvador determinou-lhes que no se ausentassem de Jerusalm, mas que

    esperassem a promessa do Pai (Atos 1:4). E tambm prometeu: mas recebereis

    poder, ao descer sobre vs o Esprito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em

    Jerusalm como em toda a Judeia e Samaria e at aos confins da Terra (Atos 1:8).

    1 O documento original foi votado no Conclio Anual da Associao Geral em 11/10/2010.

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  • 8

    O amor de Cristo controlava cada aspecto da vida dos discpulos e os levava

    a um compromisso fervoroso com Seu servio. Eles rogaram a Deus o poder

    prometido do Esprito Santo e prostraram-se diante dEle em sincera confisso e

    fervoroso arrependimento. Davam prioridade busca das bnos de Deus e

    dedicavam tempo para a orao e para o estudo das Escrituras. Suas mesquinhas

    diferenas foram absorvidas por seu desejo todo abrangente de compartilhar o amor

    de Cristo com todos a seu redor e de alcanar o mundo com o evangelho. Nada era

    mais importante. Eles reconheceram que eram incapazes de cumprir a misso sem

    o poderoso derramamento do Esprito Santo.

    Descrevendo a experincia dos discpulos, Ellen G. White escreveu: Pondo

    de parte todas as divergncias, todo o desejo de supremacia, uniram-se em ntima

    comunho crist.... A tristeza lhes inundava o corao ao se lembrarem de quantas

    vezes O haviam mortificado por terem sido tardos de compreenso, falhos em

    entender as lies que, para seu bem, estivera buscando ensinar-lhes.... Os

    discpulos sentiram sua necessidade espiritual, e suplicaram do Senhor a santa

    uno que os devia capacitar para o trabalho de salvar almas. No suplicaram essas

    bnos apenas para si. Sentiam a responsabilidade que lhes cabia nessa obra de

    salvao de almas. Compreendiam que o evangelho devia ser proclamado ao

    mundo, e reclamavam o poder que Cristo prometera (Atos dos Apstolos, p. 37).

    Cristo cumpriu Sua palavra. O Esprito Santo foi derramado no poder

    pentecostal. Milhares se converteram em um dia. A mensagem do amor de Cristo

    exerceu impacto no mundo. Em um curto perodo de tempo, o nome de Jesus Cristo

    estava nos lbios de homens e mulheres em todas as partes. Mediante a

    cooperao do Esprito divino, os apstolos fizeram uma obra que abalou o mundo.

    O evangelho foi levado a todas as naes numa nica gerao (Atos dos Apstolos,

    p. 593).

    1.2 A PROMESSA DE CRISTO PARA A IGREJA DO TEMPO DO FIM

    O derramamento do Esprito Santo no Pentecostes, na chuva tempor, foi

    apenas um preldio do que est para acontecer. Deus prometeu derramar Seu

    Esprito Santo em abundncia nos ltimos dias (Joel 2:23; Zacarias 10:1). A Terra

    ser iluminada com Sua glria (Apocalipse 18:1) e a obra de Deus neste mundo

    ser rapidamente concluda (Mateus 24:14; Romanos 9:28). A Igreja experimentar

    um reavivamento espiritual e a plenitude do poder do Esprito Santo como nunca

    ocorreu antes em sua histria. Falando do derramamento do Esprito Santo no

    Pentecostes, Pedro nos d esta certeza: Pois para vs outros a promessa, para

    vossos filhos e para todos os que ainda esto longe, isto , para quantos o Senhor,

    nosso Deus, chamar (Atos 2:39). Ellen White acrescenta: Antes de os juzos finais

    de Deus carem sobre a Terra, haver, entre o povo do Senhor, tal avivamento da

    primitiva piedade como no fora testemunhado desde os tempos apostlicos. O

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    Esprito e o poder de Deus sero derramados sobre Seus filhos. Naquele tempo,

    muitos se separaro das igrejas em que o amor deste mundo suplantou o amor a

    Deus e Sua Palavra. Muitos, tanto pastores como leigos, aceitaro alegremente as

    grandes verdades que Deus providenciou fossem proclamadas no tempo presente, a

    fim de preparar um povo para a segunda vinda do Senhor (O Grande Conflito, p.

    464).

    Centenas de milhares de pessoas aceitaro a mensagem dos ltimos dias,

    dada por Deus, mediante o ensino e a pregao de Sua Palavra. Orao, estudo da

    Bblia e testemunho so os elementos de todo verdadeiro reavivamento. A

    manifestao do Esprito Santo se intensificar medida que o fim se aproxima. Ao

    avizinhar-se o fim da ceifa da Terra, uma especial concesso de graa espiritual

    prometida a fim de preparar a igreja para a vinda do Filho do homem (Atos dos

    Apstolos, p. 55) e Por milhares de vozes em toda a extenso da Terra, ser dada a

    advertncia. Operar-se-o prodgios, os doentes sero curados, e sinais e

    maravilhas seguiro aos crentes (O Grande Conflito, p. 612).

    No h nada mais importante do que conhecer Jesus, estudar Sua Palavra,

    compreender Sua verdade e buscar Sua promessa do derramamento do poder do

    Esprito Santo na chuva serdia para o cumprimento da comisso evanglica. A

    profetisa de Deus para o remanescente nos ltimos dias escreveu de forma muito

    clara para ser mal compreendida que Um reavivamento da verdadeira piedade entre

    ns, eis a maior e a mais urgente de todas as nossas necessidades. Busc-lo, deve

    ser nossa primeira ocupao (Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 121).

    Se um verdadeiro reavivamento espiritual a maior e a mais urgente de

    nossas necessidades, no deveramos, como lderes, dar prioridade busca

    da bno prometida pelo Cu, com todo o nosso corao?

    1.3 NOSSA GRANDE NECESSIDADE: REAVIVAMENTO E REFORMA

    Quando buscamos Jesus, Ele nos preenche com Sua presena e poder

    mediante a ddiva do Esprito Santo. Anelamos por conhec-Lo melhor e o Esprito

    Santo reaviva as faculdades espirituais adormecidas da alma. No h nada que

    desejemos mais do que ter um relacionamento profundo e transformador com Jesus.

    O corao reavivado experimenta uma conexo vital com Jesus mediante a orao e

    a Palavra, e a reforma a mudana correspondente que ocorre em nossa vida como

    resultado do reavivamento.

    Precisa haver um reavivamento e uma reforma, sob a ministrao do Esprito

    Santo. Reavivamento e reforma so duas coisas diversas. Reavivamento significa

    renovao da vida espiritual, um avivamento das faculdades da mente e do corao,

    uma ressurreio da morte espiritual. Reforma significa uma reorganizao, uma

    mudana nas ideias e teorias, hbitos e prticas. A reforma no trar o bom fruto da

    justia a menos que seja ligada com o reavivamento do Esprito. Reavivamento e

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  • 10

    reforma devem efetuar a obra que lhes designada, e no realiz-la, precisam fundir-

    se. Review and Herald, 25 de fevereiro de 1902 (Mensagens Escolhidas, v. 1, p.

    128). A reforma no manifestada com uma atitude de justia prpria que condena

    outros. a transformao do carter que revela os frutos do Esprito na vida

    (Glatas 5:22-24). A obedincia vontade de Deus evidncia de todo verdadeiro

    reavivamento. Nosso Senhor anela por um povo reavivado, cuja vida reflita a

    amabilidade de Seu carter. No h nada que Jesus anseie mais do que um povo

    desejoso de conhecer pessoalmente Seu amor e compartilh-lo com os outros.

    1.4 COMPROMISSO E APELO

    Como lderes e representantes da Igreja Adventista do Stimo Dia na Diviso

    Sul-Americana, agradecemos a nosso grande e maravilhoso Deus por Sua fidelidade

    e bnos abundantes Sua Igreja, desde seu incio. A rpida expanso mundial de

    Sua Igreja, em membros e em instituies, simplesmente um milagre de Deus.

    Embora O louvemos pela obra maravilhosa de cumprir Seu propsito por meio de

    Sua igreja, e Lhe agradeamos pelos lderes piedosos que guiaram Seu povo no

    passado, reconhecemos humildemente que, devido s nossas fragilidades humanas,

    at mesmo nossos melhores esforos so maculados pelo pecado e necessitam de

    purificao por meio da graa de Cristo. Reconhecemos que nem sempre temos

    dado prioridade ao dever de buscar a Deus pela orao e em Sua Palavra pelo

    derramamento do poder do Esprito Santo na chuva serdia. Humildemente

    confessamos que, em nossa vida pessoal, em nossas prticas administrativas e nas

    reunies das comisses, com frequncia, temos agido com nossas prprias foras.

    Muitas vezes, a misso de Deus de salvar o mundo perdido no tem ocupado o

    primeiro lugar em nosso corao. s vezes, em nossa intensa busca por fazer boas

    coisas, temos negligenciado o mais importante: conhec-Lo. Com frequncia,

    ambies mesquinhas, inveja e relacionamentos pessoais fragilizados tm

    subjugado nosso anelo pelo reavivamento e pela reforma e nos levado a trabalhar

    em nossa fora humana, em vez de na de Seu divino poder.

    Aceitamos a clara instruo de nosso Senhor de que O tempo decorrido no

    operou nenhuma mudana na promessa dada por Cristo ao partir, promessa esta de

    enviar o Esprito Santo como Seu representante. No por qualquer restrio da

    parte de Deus que as riquezas de Sua graa no fluem para a Terra em favor dos

    homens. Se o cumprimento da promessa no visto como poderia ser, porque a

    promessa no apreciada como devia ser. Se todos estivessem dispostos, todos

    seriam cheios do Esprito (Atos dos Apstolos, p. 50).

    Confiamos no fato de que todo o Cu espera derramar o Esprito Santo, com

    poder infinito, para a concluso da obra de Deus na Terra. Reconhecemos que a

    vinda de Jesus tem sido atrasada e que o anelo de nosso Senhor era ter vindo

    dcadas atrs. Arrependemo-nos de nossa indiferena, de nosso mundanismo e de

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  • 11

    nossa falta de paixo por Cristo e Sua misso. Sentimos que Cristo nos chama a um

    relacionamento profundo com Ele, mediante orao e estudo da Bblia, e a um mais

    ardente compromisso de transmitir Sua mensagem para os ltimos dias ao mundo.

    Regozijamo-nos de que privilgio de todo cristo no somente aguardar, mas

    apressar a vinda do Salvador (Atos dos Apstolos, p. 600).

    Assim sendo, como representantes da Igreja Sul-Americana e em nome de

    todos os membros, comprometemo-nos a:

    1. Pessoalmente dar prioridade ao dever de buscar a Deus para um

    reavivamento espiritual e o derramamento do Esprito Santo, no poder da

    chuva serdia, em nossa vida, famlia e ministrio.

    2. Individualmente dedicar tempo significativo, a cada dia, para manter

    comunho com Cristo mediante a orao e o estudo da Palavra de Deus.

    3. Examinar nosso corao e pedir ao Esprito Santo para nos convencer de

    tudo que nos esteja impedindo de revelar o carter de Jesus. Desejamos ter

    um corao disposto a fim de que nada em nossa vida impea a plenitude do

    poder do Esprito Santo.

    4. Incentivar os ministros da Igreja a dedicar tempo orao, ao estudo da

    Palavra de Deus e a buscar o corao de Deus, a fim de compreenderem

    Seus planos para Sua Igreja.

    5. Incentivar cada uma das organizaes da Igreja a separar tempo para que os

    administradores, pastores, obreiros da sade, das publicaes, educadores,

    estudantes e todos os colaboradores busquem a Jesus e o prometido

    derramamento do Esprito Santo mediante o estudo da Palavra de Deus e da

    orao.

    6. Priorizar o Seminrio de Enriquecimento Espiritual e a Jornada Espiritual

    como meios de envolver os membros, servidores da Igreja e instituies em

    um forte movimento de comunho e reavivamento, buscando a Deus na

    primeira hora de cada dia.

    7. Usar cada mdia disponvel, bem como diferentes reunies, seminrios e

    programas para apelar aos membros da Igreja a buscar um relacionamento

    profundo com Jesus, com vistas ao reavivamento e reforma prometidos.

    8. Urgentemente apelar e convidar todos os membros da Igreja a se unir a ns

    no abrir o corao ao poder transformador da vida, que o Esprito Santo, o

    qual transformar nossa vida, nossa famlia, nossas organizaes e nossas

    comunidades.

    Especialmente, reconhecemos que Deus usar as crianas e os jovens neste

    ltimo e poderoso reavivamento e encorajar todos os nossos jovens a participar na

    busca de Deus para o reavivamento espiritual em sua vida e a capacitao do

    Esprito Santo para compartilhar sua f com outros.

    Apelamos a cada membro de igreja a se unir aos lderes da Igreja e a milhes

    de outros adventistas do stimo dia, buscando um relacionamento mais profundo

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    com Jesus e o derramamento do Esprito Santo na primeira hora de cada dia, e

    tambm participando da corrente mundial de orao s sete horas de cada manh

    ou tarde, sete dias na semana. Esse um apelo urgente que deve alcanar todo o

    nosso territrio e circundar o globo com sincera intercesso. Esse o chamado para

    um compromisso total com Jesus e para experimentar o poder transformador de

    vidas do Esprito Santo, e que nosso Senhor anela nos dar agora.

    Cremos que o propsito do derramamento do Esprito Santo no poder da

    chuva serdia concluir a misso de Cristo na Terra, a fim de que Ele possa vir em

    breve. Reconhecendo que nosso Senhor somente derramar Seu Esprito, em Sua

    plenitude, sobre uma igreja que tiver paixo pelas pessoas perdidas, determinamos

    apresentar e manter o reavivamento, a reforma, o discipulado e o evangelismo no

    topo de todas as nossas agendas de atividades da Igreja. Mais do que tudo o mais,

    anelamos pela vinda de Jesus.

    Apelamos a cada administrador, lder de departamento, obreiro institucional,

    obreiro da sade, colportor, capelo, pastor e membro da Igreja a se unir a ns em

    tornar o reavivamento, a reforma, o discipulado e o evangelismo as prioridades mais

    urgentes e importantes de nossa vida pessoal e em nossas reas no ministrio.

    Estamos certos de que, ao buscarmos a Deus juntos, Ele derramar Seu Esprito

    Santo sem medida, a obra de Deus na Terra ser concluda e Jesus vir.

    Juntamente com o idoso apstolo Joo, na Ilha de Patmos, clamamos: Vem,

    Senhor Jesus! (Apocalipse 22:20).

    Treinamento Bsico de Diretoria ARF

  • 13

    2 DESBRAVADORES ESCOLA DE EDUCAO COMPLETA

    uma completa escola que, atraindo as crianas por meio de atividades

    recreativas e agradveis, desenvolve-se fsica, moral e intelectualmente.

    a) O desenvolvimento fsico - consegue manter os juvenis ligados natureza.

    As caminhadas pelos campos, pelas matas, para respirar o oxignio forte que

    se desprende, trazem-lhes enriquecimento do sangue. Os exerccios naturais:

    marchas, saltos, corridas, escaladas e as variadssimas atividades promovem

    sade e robustez.

    b) O desenvolvimento moral - outro objetivo conseguido pela prtica das

    atividades sintetizadas pela Lei e o Voto do Desbravador, e a programao

    em si.

    c) Desenvolvimento Intelectual - permite a aplicao de estudos tericos

    recebidos na escola realizando um excelente trabalho de complementao.

    A Sede de Aventura

    Todo juvenil tem sede de aventura. A primeira coisa que o Desbravador faz

    satisfazer a essa sede, atravs de uma srie de atividades ao ar livre, como

    passeios culturais, seguimento de pista, pioneirismo, campismo, especialidades, etc.

    Que Ser Desbravador

    Ser Desbravador colocar a honra acima de tudo; ser leal, verdadeiro,

    disciplinado, ser alegre e jovial, praticar cada dia uma ao; saber o encanto

    de uma marcha matinal, o imponente silncio das noites enluaradas, saber dar

    valor, amizade leal que une os queridos companheiros; saber amar

    carinhosamente seus pais; ser estudioso e trabalhador; ter iniciativa, saber dirigir

    e saber obedecer.

    Condies para Admisso

    Ter de 10 a 15 anos de idade para desbravadores. Membros com 16 anos ou

    mais sero membros da diretoria.

    Ter boa sade

    Treinamento Bsico de Diretoria ARF

  • 14

    Ter boa conduta

    Ser autorizado pelos pais ou responsveis.

    2.1 A COMISSO DA IGREJA

    1. A Comisso da Igreja deve autorizar a organizao do Clube de

    Desbravadores.

    2. A escolha dos dirigentes:

    a) De preferncia deve-se escolher uma pessoa que j esteve ligada com os

    Desbravadores, na direo ou como membro.

    b) No escolham pessoas que estejam quase fora da Igreja, mas homens e

    mulheres que amam a Deus acima de tudo, bons cristos.

    c) Escolha pessoas que amem sinceramente as crianas e que fazem o

    trabalho por amor e no foradas; entusiastas em servir e que apreciam o

    ar livre porque muitas das atividades do Clube de Desbravadores so

    nesse ambiente.

    d) De preferncia que sejam lderes ou que faro em seguida a classe de

    Lder.

    3. Escolham trs pessoas, sendo pelo menos uma delas do sexo feminino,

    podendo ser duas do sexo feminino, mas nunca as trs do sexo masculino.

    4. O Clube de Desbravadores funciona subordinado Comisso da Igreja e no

    da Sociedade de Jovens local. E o Diretor do Clube faz parte da Comisso da

    Igreja segundo o Manual da Igreja.

    5. A Igreja no escolhe a diretoria toda, somente trs pessoas, os demais sero

    escolhidos pela Comisso Executiva do Clube.

    2.2 A COMISSO EXECUTIVA

    A Comisso Executiva dever solucionar a maior parte dos problemas

    surgidos e atuar na escolha dos novos lderes para completar a Diretoria.

    Os membros da Comisso Executiva so oficiais atuantes da Igreja e so as

    pessoas que ocupam os seguintes cargos: diretor do Clube, diretores associados,

    secretrio, tesoureiro, capelo, diretor de Jovens (convidado), pastor (convidado),

    ancio dos jovens (convidado), diretor administrativo (convidado). A comisso,

    presidida pelo Diretor do Clube, responsvel por todas as atividades do Clube.

    Treinamento Bsico de Diretoria ARF

  • 15

    2.3 A DIRETORIA DO CLUBE

    Diretor. O Diretor do Clube a pessoa responsvel pela organizao do

    programa de tal forma que alcance com xito os seus objetivos. o presidente da

    Comisso Executiva do Clube de Desbravadores. o intermedirio entre o Clube e

    a Associao; deve relacionar-se bem com os coordenadores distrital e regional, e

    os demais cooperadores. Todos devem ser capazes de se regozijar no xito, na

    promoo de seus colegas conselheiros ou associados, nas honras que lhes so

    concedidas. Seja qual for o xito que tenham ou a honra que lhes sejam conferidas,

    devem ser aceitos com modstia e domnio prprio.

    Devemos fazer o que podemos para sermos leais, para trabalhar em

    harmonia e em cooperao com eles. Se tivermos idias divergentes, devemos

    considerar a questo pessoalmente, e s depois com o superior, caso seja

    necessrio, em vez de falar com os nossos companheiros ou com os

    Desbravadores. Quando um lder se encontra em cargo de superviso, deve manter

    boas relaes com os que lhe esto subordinados. No deve nutrir inveja alguma,

    nem demonstrar qualquer parcialidade. Devem seus esforos visar o fortalecimento

    de cada lder que est sob sua superviso.

    Secretrio. O secretrio ser responsvel por todos os registros e relatrios

    do Clube. Um secretrio eficiente e bem organizado ter um valor incalculvel para o

    programa do Clube de Desbravadores. So funes do secretrio:

    a) Preencher o relatrio trimestralmente na Intranet (www.secjaucob.org.br), at

    a data limite.

    b) Enviar todos os relatrios solicitados pelo Diretor Geral ou Regional.

    c) Manter em perfeita ordem o arquivo dos Desbravadores.

    d) Para cada Desbravador dever haver uma pasta, para manter todos os

    documentos pessoais.

    e) Zelar e manter em dia a folha controle de unidade.

    f) Manter em dia e perfeita ordem todas as ATAS do Clube, em cada reunio de

    Diretoria, Comisso Executiva, reunio de pais, ou visita de carter especial

    do Regional, elaborar a ATA e a mesma deve ser assinada pelo secretrio e

    pelo Diretor.

    g) Arquivar todas as cartas recebidas.

    h) Responder as cartas recebidas e guardar as cpias.

    i) Escrever o programa semanal montado pela Diretoria.

    j) Controlar a freqncia de cada Desbravador.

    k) Elaborar relatrios solicitados pelo Regional ou pelo Diretor e envi-lo em

    seguida, apresentar trimestralmente relatrio de atividades para a Igreja ou

    reunio de pais, etc.

    l) Participar de cursos de secretrios ministrados pela Direo Geral.

    Treinamento Bsico de Diretoria ARF

  • 16

    m) Estar sempre informando a Diretoria do Clube e o Regional sobre o

    andamento do Clube.

    n) Manter guardados todos os documentos, trofus, medalhas, materiais do

    Clube, tais como: emblemas e acessrios para o uniforme.

    Tesoureiro. O tesoureiro recebe todas as entradas do Clube e entrega para o

    Tesoureiro da Igreja, o qual passa s mos do tesoureiro do Clube um recibo que

    guardado como comprovante legal.

    Tesoureiro do Clube deve manter o livro da tesouraria em dia e em ordem, o

    qual poder ser revisado pelo Tesoureiro da Igreja ou pela Diretoria Geral.

    So fontes de entrada do Clube:

    Mensalidade do Clube

    Vendas de materiais preparados pelo Clube.

    Contribuio de amigos e patronos.

    Porcentagem do pacto.

    Subveno da Igreja.

    Toda entrada e sada de fundos do Clube deve ser manuseada pelo

    tesoureiro do Clube.

    Os Diretores Associados. Devem ser selecionados dois ou mais, de acordo

    com a necessidade do Clube, sendo que necessariamente um deve ser mulher. Eles

    devem ser o brao direito do Diretor do Clube e suas principais responsabilidades

    so coordenar o programa das Classes e Especialidades e as Unidades. Assumem

    a direo do Clube na ausncia do Diretor ou por solicitao dele.

    Instrutor. Ver captulo 5.

    Conselheiros. Ver captulo 5.

    Treinamento Bsico de Diretoria ARF

  • 17

    3. FORMAO MORAL

    Em nosso trabalho com os Desbravadores, encontramos cinco reaes

    instintivas que so: imitao, amor, emulao, ambio, esprito Combativo.

    A Imitao. A admirao de heris pode tornar-se uma das maiores foras

    para o bem. Levar os Desbravadores a conhecerem a histria dos grandes homens

    que lega exemplos de desprendimento, coragem, etc.. Mas seu prprio lder

    geralmente o modelo seguido pelos Desbravadores. Compreende-se assim a

    enorme responsabilidade que lhe cabe. O que ele for, os seus Desbravadores

    provavelmente sero. No Clube ningum dever cumprir mais rigorosamente as leis,

    do que ele, fsica e moralmente.

    Amor. Para que os conselhos e sugestes sejam aceitos por algum,

    necessrio que haja grau de afeto. Assim, a primeira condio de um educador

    prender, pela estima, o esprito dos educandos. Nem a autoridade, nem a violncia,

    nem o temor tero influncia. Brandura, carinho, amor que contam.

    Emulao. Muito se obtm pela emulao e pelo incentivo. Mas necessrio

    que no haja exagero, pois a rivalidade poder apagar todo o sentimento da

    verdadeira cooperao.

    A confiana em si deve ser inspirada nos Desbravadores, por todos os meios

    lcitos: uma apreciao sincera, um muito obrigado cordial, uma leve palmada no

    ombro, tm efeito surpreendente. Por outro lado, a censura, a crtica, a repreenso a

    todo o momento, deprimem e irritam.

    Ambio. Pode ser usada corretamente para fins elevados e idealsticos.

    Esprito Combativo. No juvenil em geral forte, e essa qualidade pode ser

    utilmente explorada na educao. O educador deve no s aproveitar, mas tambm

    orientar o esprito combativo do juvenil e condicion-lo a amar as lutas pela justia,

    pela verdade, e nessas condies esteja sempre pronto ao combate nesse nvel.

    3.1. A PSICOLOGIA DA CRIANA

    A julgar pela prpria experincia, as crianas tm um mundo seu, um mundo

    que elas criam para si mesmas, e onde nem o instrutor, nem as lies so admitidas;

    o mundo das crianas tem os seus acontecimentos prprios, os seus pontos de

    comparao, o seu cdigo, as suas questes e a sua opinio pblica.

    A despeito dos pais e instrutores, os juvenis permanecem leais ao seu cdigo,

    embora seja um cdigo inteiramente diverso do que se lhe ensina em cada e na

    Escola. Eles preferem sofrer nas mos dos adultos que no os compreendem do

    que serem infiis ao seu prprio cdigo. O cdigo do instrutor, por exemplo,

    recomenda o silncio, a segurana, o respeito. O cdigo dos meninos

    diametralmente oposto. Encoraja o barulho, o perigo e o movimento.

    Treinamento Bsico de Diretoria ARF

  • 18

    Segundo a opinio pblica do reino da criana, ficar sentado diante de uma

    mesa, quatro horas por dia, uma lamentvel perda de tempo e de luz solar.

    J se viu uma menino normal, bom de sade, pedir me permisso para

    ficar sentado com ela na sala? Claro que no. No feito para ficar sentado.

    Tampouco pacifista; no professa o cdigo. A segurana acima de tudo, no

    um rato de biblioteca, nem um filsofo. um menino - Deus o abenoe -

    transbordante de riso, de luta, de apetite, de audcia, de contradies, de barulho,

    de observao, e de agitao. No sendo assim, anormal.

    3.2. CONSELHOS GERAIS AOS DIRETORES

    Quando o Clube estaciona, no culpe os Desbravadores, aos pais ou aos

    dirigentes da Igreja. A culpa do insucesso cabe ao Diretor que no soube armar um

    bom esquema de direo. O Diretor deve procurar o quanto antes bons assessores

    para auxili-lo e garantir a continuidade do Clube.

    Num clube bem dirigido h ordem e mtodo. A ordem se caracteriza pela

    escriturao e arquivos. Deve haver uma perfeita escriturao: financeira, tcnica e

    de pessoal.

    Para a Escriturao Financeira so necessrios: um livro caixa, onde se

    registram todas as receitas e despesas e um livro para registro de material adquirido,

    responsabilidades, conservao do mesmo, etc..

    Para a Escriturao Tcnica use o livro do Clube onde fica registrada toda a

    vida do Clube: Investiduras: leno, classes, especialidades, insgnia de excelncia,

    medalhas, etc; realizao de excurses, acampamentos, boas aes e visitas

    importantes, etc., tudo com uma mincia que possa servir como documentao;

    finalmente a Escriturao Pessoal: constituda pelo arquivo das fichas dos

    Desbravadores, cuidadosamente conservado que em qualquer ocasio se possam

    verificar dados passados e presentes.

    No comeo de cada ano devem ficar traadas as atividades do Clube para o

    ano: excurses e acampamentos importantes a realizar. Mensalmente ser

    organizado o programa para o ms. E, finalmente o Diretor no vai para a reunio,

    para uma excurso ou acampamento, sem o seu programa bem elaborado, j

    organizado e devidamente distribudo. S assim evitar esses vazios to

    prejudiciais, em que Desbravadores e Instrutores se entreolham a perguntar: O que

    h de fazer?

    3.2.1 Programa semanal sugestivo

    9h00min Abertura (civismo, devocional) Diretor / Capelo

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  • 19

    9h15min Cantinho da Unidade Conselheiros

    10h00min Classes e especialidades Instrutores

    11h00min Ordem Unida - Instrutor

    11h30min Encerramento Diretor

    O Diretor Associado preencher o programa com as instrues que os

    Desbravadores necessitam no momento, montando o programa das Classes e

    Especialidades.

    preciso evitar o que se observa em certos Clubes: o Diretor a nica figura,

    s ele faz, s ele decide. Os diretores associados, os demais auxiliares so postos

    margem e acabam por se desinteressarem. A diviso de trabalho indispensvel.

    cada um deve ter sua funo e desempenh-la com iniciativa.

    3.2.2 Instruo e disciplina

    No Clube, toda disciplina deve ser obtida sem asperezas. A jovialidade e o

    bom humor devem ser mantidos apesar de tudo.

    Sendo a funo mais importante do Clube despertar as qualidades de carter

    dos juvenis, deve ser dado aos Desbravadores a maior iniciativa e o Diretor deve

    entrar nas brincadeiras e instrues o menos possvel como dirigente e o mais

    possvel como participante. O sistema de unidade deve prevalecer, porque ele a

    condio essencial de sucesso.

    O Diretor nunca deve vir reunio, como dissemos, sem o programa do dia

    bem ajustadinho.

    A instruo deve ser agradvel e variada. O segredo do bom Diretor est em

    mudar de estratgia ao primeiro sinal de aborrecimento, sem exageros e atitudes

    bruscas.

    As reunies na sede so necessrias, mas sempre alternadas com as

    excurses e acampamentos. Evitar as distncias longas para no fatigar os

    Desbravadores. No sobrecarregar o Clube; transportar o material exclusivamente

    necessrio.

    3.2.3 Reunio de pais

    A reunio com os pais dever ser realizada em dia e horrio que os facilitem.

    No v reunio sem uma agenda preparada e aprovada pela Diretoria do Clube.

    Na reunio com os pais dever ser apresentado um relatrio do que foi feito, e o que

    se est fazendo e os planos futuros.

    Treinamento Bsico de Diretoria ARF

  • 20

    A reunio com os pais dever ser realizada pelo menos uma vez por trimestre

    ou no momento que se achar necessrio. Convide para assistir a reunio o pastor da

    Igreja ou o 1 ancio.

    Seja breve e objetivo. Se for possvel, d as informaes por escrito. Os

    Desbravadores no devem participar desta reunio. Valorize os pais dos

    Desbravadores. De vez em quando faa uma surpresa na reunio, com um pequeno

    lanche.

    Se h um problema pessoal com algum Desbravador, no trate do problema

    em pblico, mas em particular, somente com os pais do Desbravador implicado.

    Antes da realizao de um acampamento necessria uma reunio com os pais,

    para expor todos os planos e explicar como ser o programa. Todo acampamento

    deve ser aprovado pela Comisso da Igreja.

    Treinamento Bsico de Diretoria ARF

  • 21

    4 O MINISTRIO DO CLUBE DE DESBRAVADORES

    INTRODUO

    O Clube de Desbravadores o laboratrio educacional para o lar, para a

    escola e para a igreja.

    OBJETIVOS DO CLUBE DE DESBRAVADORES

    O Clube de Desbravadores ajudar seus membros pertencerem igreja e

    tomarem parte ativa no companheirismo, na adorao, no servio e em alcanar

    outros para Cristo.

    O Clube de Desbravadores capacitar seus membros a tornarem parte ativa

    em todas as esferas do ministrio da igreja, a ocuparem cargos de responsabilidade

    na igreja, na comunidade e no mundo, e os far sentir impelidos a usarem os dons

    que Deus lhes deu.

    O Clube de Desbravadores desafiar seus membros a cumprir a misso e o

    ministrio de Cristo por meio da igreja, de maneira que a Palavra de Deus chegue a

    ser-lhes significativa e frutfera.

    PROPSITO DO PROGRAMA DE DESBRAVADORES

    Conduzir seus membros a uma relao crescente e redentora com Deus

    Form-los como pessoas amadurecidas e responsveis

    Compromet-los em um servio abnegado e ativo

    4.1 COMO ORGANIZAR UM CLUBE DE DESBRAVADORES

    Iniciar um Clube de Desbravadores uma tarefa desafiante, com dezenas de

    questes aflorando mente, e inmeras interrogaes pedindo resposta. Ter um

    bom incio no certamente o nico requisito para alcanar o xito, mas um dos

    elementos fundamentais para sua conquista.

    Trs so as situaes em que este material poder ser-lhe til:

    Para reativar um clube;

    Para reestruturar um clube em funcionamento;

    Para iniciar um novo clube.

    Treinamento Bsico de Diretoria ARF

  • 22

    4.2 POR QUE FORMAR UM CLUBE?

    Vejamos algumas boas razes para iniciar imediatamente um Clube de

    Desbravadores.

    1. Historicamente os Desbravadores tem tido xito

    Durante quase cinqenta anos os desbravadores receberam uma nfase

    mundial que ajudou a ganhar milhares de juvenis e adolescentes para Deus, e que

    tem se comprometido com sua igreja. Para os Desbravadores no h diferenas

    raciais, lingsticas, culturais ou nacionais. O Clube igualmente eficaz em igrejas

    pequenas ou grandes, rurais ou urbanas, tanto com meninas quanto meninos.

    Os Desbravadores no s tem ajudado a fortalecer a relao dos jovens com

    Jesus e sua Igreja, mas tambm tem eletrizado um grande exrcito de adultos que

    dedicam um tempo ilimitado, dinheiro e trabalho consagrado a servio de sua Igreja.

    Os clubes podem incluir entre seus membros, juvenis de outras crenas

    religiosas, tornando-se um ponto de apoio entre eles e Jesus.

    O clube pode ser um elo de ligao entre os juvenis que freqentam a escola

    adventista e os que por alguma razo no podem faz-lo.

    A evidncia histrica aponta para que fato que o Clube de Desbravadores em

    todo o mundo um tesouro entregue pelos cus Igreja Adventista, apresentando

    um histrico de relevantes resultados espirituais.

    2. Os Desbravadores provem uma experincia nica de entretenimento

    Os juvenis e adolescentes desejam necessitam ter seu espao de lazer. A

    Igreja pode oferec-lo de muitas maneiras: nas atividades de sbado, nas reunies

    sociais, nos acampamentos, etc. Mas para muitas igrejas o Clube de Desbravadores

    pode oferecer recreao que no seria possvel conseguir de outra maneira.

    Onde no houver escola Adventista esta "forma de entretenimento" ganha

    ainda mais fora, pois apresenta um padro alegre divertido, sem recorrer s

    frmulas muitas vezes artificiais de recreao e entretenimento de seu ambiente

    escolar.

    Algumas das formas de lazer, recreao e passatempo construtivo que

    podem ser apontadas como ingredientes decisivos que tornam o Clube de

    Desbravadores uma fonte de entretenimento recreativo e saudvel so:

    a) Amigos - O fato de pertencer ao Clube de Desbravadores proporciona ao

    juvenil uma grande oportunidade de ser amigo e fazer amizades, principalmente

    para os que por alguma razo no tem em casa um ambiente de companheirismo.

    Os juvenis se divertem mais quando podem estar com seus amigos.

    b) Adultos que os compreendem - Se so deixados sozinhos, em pouco

    tempo a diverso acaba. Para que uma diverso seja duradoura necessrio a

    atuao ativa de adultos compreensivos que no s preparem as brincadeiras como

    Treinamento Bsico de Diretoria ARF

  • 23

    tambm sirvam de rbitros que intervenham para resolver dvidas e estabelecer

    ordem nas atividades, e ainda que lhe forneam materiais e sugestes. Por meio do

    Clube de Desbravadores os juvenis e adolescentes podem entrar em contato com

    adultos que os apreciam de um modo especial, e que possuem talentos e

    sensibilidade podendo proporcionar-lhes uma ateno diferenciada e especializada

    que no facilmente encontrada em muitos lares hoje.

    c) Novas experincias - Por meio do Clube os garotos e as meninas podem

    ter atividades e aventuras que no encontrariam de outra maneira: viajar a grandes

    camporis, fazer excurses, participar em eventos ao ar livre e aprender algumas das

    mais de duzentas especialidades. O programa de desbravadores oferece muitas

    oportunidades para qualquer adolescente, no importa o seu ambiente de origem.

    3. Porque formar um Clube de Desbravadores a atitude correta a

    tomar?

    O Manual do Curso de Treinamento Bsico para Diretores de Clubes

    apresenta a filosofia da existncia dos Desbravadores, centralizando-a na salvao

    de seus membros.

    Algumas das razes porque este ministrio importante so:

    a) Benefcios de ordem espiritual;

    b) Formao de modelos corretos;

    c) Atividades alternativas para contrastar as perturbadoras influncias de um

    mundo secularizado;

    d) Desenvolvimento das habilidades adquiridas e boa preparao fsica;

    e) Desenvolvimento de um estilo de vida saudvel;

    f) Participao de atividades junto natureza;

    g) Assimilao das Escrituras;

    h) Desenvolvimento de liderana em grupo e aprendizagem de como tomar

    decises corretas.

    Os Desbravadores tm uma filosofia correta quanto ao desenvolvimento

    mental, fsico e espiritual, baseado em princpios slidos. Tenha a certeza de que

    esteja bem familiarizado com os benefcios que um clube oferece para poder

    facilmente repeti-los quando seja necessrio.

    4. Os Desbravadores oferecem a oportunidade de se viver uma

    experincia de "laboratrio".

    Um reconhecido especialista em Desbravadores, o Pr. Normam O. Middag,

    em sua instruo para lderes lhes recorda que os Desbravadores constituem um

    "laboratrio", um programa prtico, uma extenso do lar, da escola e da igreja e um

    laboratrio experimental onde florescem o crescimento e a aprendizagem, um

    ambiente onde o eventual fracasso pode tornar-se uma ferramenta de ensino,

    visando a no repeti-lo.

    Quando os pais e outros adultos trabalham com desbravadores se cria um

    lao de afeto especial entre eles. justamente neste "laboratrio" onde se captam e

    Treinamento Bsico de Diretoria ARF

  • 24

    se ensinam os princpios bblicos aos garotos e as meninas. O Clube de

    Desbravadores se torna um laboratrio educacional nico para o lar, escola e igreja.

    Estas quatro razes podem ajudar-lhe a responder a pergunta: "Por que

    deveramos...?", que podem fazer-lhe quando estiver tentando organizar um Clube

    de Desbravadores. Seria til para voc, elaborar suas prprias respostas com

    antecedncia, para expor com segurana e convico sincera aqueles que se

    opuseram a idia de iniciar-se um Clube.

    4.3 QUEM PARTICIPA?

    Nem todos faro parte da Diretoria, pois um Clube necessita de trs grupos

    de pessoas para apoi-lo:

    Grupo 1 - REGULARES: Diretores, conselheiros, instrutores e outros que

    dirijam as atividades regulares do Clube.

    Grupo 2 - EQUIPE DE APOIO: Ocasionalmente essas pessoas ajudam, em

    necessidades especiais do Clube, como: ensinar uma classe ou especialidade JA,

    servir como motorista para algum evento, ajudam a estabelecer contato com

    membros ausentes, conseguir provises para uma atividade especial, supervisionar

    um acontecimento social nico, etc.

    Grupo 3 - MOTIVADORES: So pessoas que crem em seu programa,

    ajudam a tomar decises, conseguem fundos para o Clube e seu progresso, animam

    outros a participarem regularmente. Mesmo que no participem regularmente, voc

    sabe que est dentro da possibilidade delas, que iro ajud-lo numa situao

    particular e podem contar com seu apoio.

    4.4 ONDE REALIZAR AS REUNIES?

    s vezes as igrejas temem organizar um clube, porque pensam no possuir

    um lugar adequado para as reunies. No h escola ou salo, ou talvez haja

    resistncia por parte de alguns, para que o clube ocupe determinada sala, por que

    temem que os garotos estraguem os mveis da igreja. Voc pode antecipar-se

    propondo alguns lugares possveis de reunies e de atividades, dentro da

    comunidade onde v organizar-se o novo clube.

    No necessrio que os desbravadores se renam sempre no mesmo lugar.

    Faa uma lista, no se esquecendo de anotar ao lado dos locais possveis, o

    endereo, o telefone, horrio que pode entrar em contato com a pessoa responsvel

    e eventual valor cobrado pelo uso.

    Alguns lugares possveis para reunies semanais, excurses, noites de

    recreao, classes JA e outras atividades so:

    Treinamento Bsico de Diretoria ARF

  • 25

    1. Propriedade da igreja: Prdio da igreja ou escola, casa dos membros da

    igreja, garagens ou ptios.

    2. Propriedades da comunidade: Parques, salas de outras igrejas e escolas,

    edifcios cvicos, museus, galerias pblicas, salas de reunies e bibliotecas pblicas.

    3. Propriedades comerciais: Salas de reunies de bancos, salo de festas,

    ginsios e clubes de esportes, lugares de excurses, centros artesanais ou outros

    recintos comerciais, que podem ser freqentados quando se est fazendo

    determinada especialidade que trata de um tema especfico, ou atraes recreativas.

    4. Propriedades municipais: Reservas florestais, reas de lazer, parques.

    5. Acampamentos: Acampamentos de outras entidades crists, como da

    igreja Batista, Presbiteriana, Metodista, etc. Acampamentos de escoteiros, campos

    de irmos amigos, quartis.

    Uma idia que est se tornando cada vez mais popular entre os

    desbravadores, o conceito de que o lugar de reunio dos desbravadores,

    exatamente um lugar pra se reunirem. Ao procurar esta variedade de lugares de

    reunio, os desbravadores saem da igreja para a comunidade. A falta de um lugar

    regular e fixo para o clube reunir-se nunca deve ser desculpa, porque com certa

    criatividade este problema pode tornar-se uma grande soluo para atividades

    variadas e excitantes.

    indispensvel que estas pessoas com boa vontade faam O Curso de

    Treinamento Bsico para Diretoria.

    Mas, mesmo antes disto, sem dvida, haver pessoas disponveis para ajudar

    com estas instrues. Seu primeiro passo deveria ser comunicar-se com o Diretor de

    Desbravadores de sua Associao, se ele no puder atend-lo pessoalmente, o far

    atravs de um coordenador regional Os diretores de clubes vizinhos tambm podem

    estar dispostos a ajud-lo. Seu clube ter maior probabilidade de xito se estes

    assuntos puderem ser tratados com o pessoal antes de comear o novo clube.

    Muitos dizem "aprende-se fazendo", mas seguramente o novo clube ter um comeo

    melhor se seus diretores puderem tratar primeiro dos temas que expusemos acima.

    4.5 O QUE FAZER?

    Este captulo trata de assuntos que deveriam ser conhecidos pelos diretores

    de um novo clube antes de comear suas atividades.

    1. Classes JA

    As Classes regulares cursadas pelos desbravadores so seis: Amigo,

    Companheiro, Pesquisador, Pioneiro, Excursionista, e Guia, e so divididos de

    acordo com a faixa etria, comeando com os dez anos de idade, cumprindo cada

    desbravador os requisitos da Classe correspondente sua idade, podendo ao longo

    do ano ir recuperando as Classes ainda no realizadas, e que corresponderiam aos

    anos anteriores. Os cartes para estes requisitos podem ser adquiridos no escritrio

    Treinamento Bsico de Diretoria ARF

  • 26

    da Associao/Misso local. Enquanto voc planeja as atividades anuais dos

    desbravadores, trate de coordenar o dia e o local para o cumprimento dos requisitos

    para investidura. O ideal que cada Classe tenha seu instrutor, de tal maneira que

    no horrio destinado s Classes cada desbravador tenha algum coordenando o

    cumprimento dos requisitos correspondentes sua Classe. Para cada classe regular

    existe a sua correspondente Classe avanada que segue o mesmo padro de

    cumprimento de requisitos da classe regular.

    2. Especialidades

    O Manual de Especialidades contm todos os requisitos para se obter

    qualquer especialidade. Ao planejar o ano dos desbravadores, faa referncia a

    estas especialidades. A maioria dos clubes oferece duas ou mais especialidades

    cada dois ou trs meses durante o ano.

    3. Cerimnia de recepo de novos membros

    Esta uma cerimnia na qual participam os novos membros dos clubes de

    desbravadores. Atravs dela o nove desbravador oficialmente integrado ao Clube,

    pela colocao do leno com seu respectivo prendedor, que deve ser metlico, na

    cor dourada, na qual aparea o tringulo dos desbravadores. As instrues

    completas em relao a como planejar uma cerimnia especial de investidura se

    encontra no Manual do Curso de Treinamento Bsico para Diretoria dos

    Desbravadores. Alguns clubes oferecem duas destas cerimnias anualmente, sendo

    uma em cada semestre.

    4. Arrecadao de fundos

    Os novos clubes necessitam uma boa quantidade de equipamentos e

    materiais de apoio. Para arrecadar fundos a fim de obter o equipamento necessrio,

    deve-se ter um ou mais projetos. aconselhvel apresentar estes projetos ao pastor

    e comisso da igreja. O Departamental JA da Associao/Misso pode sugerir-lhe

    projetos especficos e dar-lhe idias e orientaes, materiais e catlogos disponveis.

    5. Calendrio da Associao

    O diretor do Ministrio Jovem de sua Associao, seu associado para

    desbravadores (quando houver) e o regional desejaro estar includos no grupo de

    apoio ao desenvolvimento de seu novo clube. Familiarize-se com o sistema de

    trabalho da Associao/Misso, com os incentivos e eventos e outras informaes.

    Leve ao escritrio da Associao uma lista completa de todos os oficiais de

    desbravadores, com o endereo correto, de maneira que seu pessoal possa receber

    todas as cartas da Associao. As atividades das Associaes podem variar, mas a

    maioria ter eventos anuais tais como camporis, cursos para orientar lderes, etc.

    Treinamento Bsico de Diretoria ARF

  • 27

    6. Dia dos Desbravadores

    O quarto sbado de Abril o Dia do Desbravador. Durante este sbado

    especial, o Clube tem a principal responsabilidade em todas as atividades sabticas

    incluindo o culto divino. Tudo deve ser planejado cuidadosamente para causar

    melhor impresso nos membros da igreja. Naturalmente todos devem estar com seu

    uniforme de gala. Consulte seu pastor para planejar este sbado especial. A

    Associao/Misso se encarregar de enviar uma sugesto de programao para

    este dia, mas voc pode fazer as adaptaes que julgar conveniente.

    7. Cerimnia de investidura

    Esta cerimnia costuma ser organizada duas vezes por ano, e pode ser

    realizada na igreja, sendo que neste caso todo o cuidado deve ser tomado para

    manter o esprito de solenidade e reverncia. Os desbravadores que preencheram

    os requisitos das classes ou especialidades J sero investidos, recebendo seus

    distintivos e insgnias. Como a investidura uma prerrogativa da Associao/

    Misso, o departamental J de sua associao quem geralmente dirige o

    programa ou ento delega esta responsabilidade a algum, um regional, ou um lder

    investido, com experincia suficiente para faz-lo. Se necessitar mais informaes,

    eles estaro habilitados a atend-lo.

    8. Atividades missionrias

    Esta uma parte vital para o programa de um clube de xito. As atividades

    incluem assuntos tais como o programa anual da recolta, recolher alimentos e

    objetos para dorcas, ou natal dos pobres, visitas a hospitais, asilos, creches,

    distribuio de folhetos e muitas coisas mais. Sugere-se pelo menos uma atividade

    bimestral para compartilhar a f.

    9. Folheto de informaes

    Seria muito til que cada clube elaborasse essa espcie de Manual no qual

    apresentaria toda informao que fosse relevante para os pais dos desbravadores.

    Alguns assuntos que voc poderia incluir so: o programa das reunies, programa

    anual de atividades, os requisitos gerais, o custo do uniforme, as cotas e outras

    informaes financeiras; a lista dos membros da diretoria, incluindo os conselheiros,

    com o nmero do telefone e endereo, os regulamentos de disciplina e etc. A

    preparao deste material no s ajudar a manter uma boa organizao, mas

    tambm responder s perguntas mais comuns que poderiam ser feitas pelos pais e

    garotos que no esto familiarizados com os desbravadores.

    10. Uniformes

    H dois tipos de uniforme para o clube de desbravadores: uniforme de campo

    e uniforme de gala. O uniforme de campo consiste geralmente em camisetas com

    identificao do Campo ou Clube local, tnis e cala jeans. O uniforme de gala o

    Treinamento Bsico de Diretoria ARF

  • 28

    uniforme padro orientado pela Diviso Sul Americana atravs do regulamento de

    Uniforme, disponvel em sua Associao/Misso.

    11. Reunies do Clube

    No prximo captulo se comentar mais sobre isto. Deve-se considerar o lugar

    em que se realizaro as diferentes reunies e o que voc planeja fazer em cada

    uma delas.

    As reunies do clube devem incluir atividades tais como: cerimnias de

    abertura e encerramento, (hasteamento e arriamento da bandeira, com ideais, hino e

    orao), devocionais, assuntos de negcios do clube, cantinho das unidades, (onde

    se combinam suas atividades exclusivas), atividades recreativas, preparao para

    investidura, classes progressivas e especialidades, exerccios de marcha e outras

    atividades mais. Ser necessrio ter uma reunio da comisso dos desbravadores

    para discutir e planejar estes assuntos, se possvel com a presena do regional, ou

    de outra pessoa com experincias na liderana de desbravadores para se reunirem

    com os dirigentes do clube e assim ajud-lo nestes assuntos bsicos. Familiarizar-se

    com eles essencial para um bom comeo.

    12. Diviso em Unidades

    O Clube deve dirigir-se em unidades de garotos ou meninas, por faixa etria o

    mais prximo possvel e com 5-9 componentes, com um conselheiro para cada uma.

    Os oficiais da unidade so o capito (a) e o secretrio (a), eleitos pela prpria

    unidade, com rotatividade de cargos.

    4.6 PASSOS PARA SE ORGANIZAR UM CLUBE DE DESBRAVADORES

    1. Aconselhamento com o lder do Ministrio Jovem do campo local

    O diretor de jovens do campo local responsvel por todos os Clubes de

    Desbravadores de sua associao/misso. Qualquer membro da igreja que sente a

    necessidade de um Clube de Desbravadores deveria se aconselhar com esse lder,

    antes de quaisquer outros planos.

    2. Reunio com o Pastor da Igreja local e o lder JA da

    Associao/Misso

    A solicitao deveria partir da igreja ao diretor de jovens do campo, que

    deveria dispensar algum tempo com o pastor da igreja, explicando o ministrio do

    Clube de Desbravadores e seu funcionamento, detalhando qual seria a assistncia

    que a associao/misso poderia prestar igreja. Se o lder de jovens do campo

    estiver impossibilitado, devido a qualquer eventualidade, de participar desse

    encontro, deve ento delegar a responsabilidade ao Coordenador Regional de

    Desbravadores.

    Treinamento Bsico de Diretoria ARF

  • 29

    3. Apresentao do plano comisso da Igreja

    O lder de jovens do campo local deveria pedir uma reunio a comisso da

    igreja. necessrio que a comisso da igreja autorize a organizao do programa

    de desbravadores. A comisso deveria estar bem familiarizada com todos os

    objetivos, conceitos e necessidades financeiras da organizao do Clube, e o papel

    que ele pode vir a desempenhar no evangelismo jovem de sua igreja.

    Nessa ocasio, a comisso deveria receber questionrios e folhas

    informativas com detalhes importantes a serem completados e submetidos ao lder

    do Ministrio Jovem do campo, que acompanhar o planejamento e organizao do

    Clube. Tais informaes devero incluir nomes e endereos de todos os juvenis e

    adolescentes da igreja, ativos ou inativos; nomes de todos os membros da Escola

    Sabatina dos primrios, juvenis e adolescentes; nomes dos adultos qualificados e

    lderes; nomes de pessoas hbeis para atuarem como instrutores. Logo aps a

    comisso da igreja conceder sua autorizao, a igreja toda dever ser informada

    acerca da inteno de se formar um Clube de Desbravadores.

    4. Comunicar congregao durante o servio de culto

    importante que todos os membros da igreja sejam informados sobre o

    Clube de Desbravadores, seus objetivos e seu programa. Algum com experincia

    para falar em defesa do clube e das necessidades dos juvenis e adolescentes

    deveria levar essas informaes igreja toda, de preferncia durante o culto do

    Sbado de manh. Seria bom ter como orador convidado para esta ocasio, o

    Lidere do Ministrio Jovem da Unio, ou do campo local, ou o pastor da igreja, ou

    algum outro pastor qualificado para tal, convidado da associao/misso. Nesse

    culto, dever ser feito um convite especial para pessoas interessadas em apoiar e

    ajudar o Clube de Desbravadores.

    5. Convocar uma reunio especial no sbado tarde

    Essa reunio especial dever reunir todos os que estaro envolvidos no

    Clube de Desbravadores. Convide todos os lderes, todos os pais de crianas na

    idade de desbravadores, todos os professores da escola (da escola adventista ou

    professores de escola pblica que forem membros da igreja), todos os professores

    da Escola Sabatina, Diviso Primrios e Juvenis, todos os adultos que tenham

    algum hobby interessante e habilidades, e que seria do interesse dos meninos e

    meninas, e outras pessoas interessadas em ingressar no ministrio dos menores.

    Durante essa reunio, devem ser explicados maiores detalhes com vistas

    organizao do Clube. Seria bom ter tambm alguns desbravadores de clubes de

    igrejas vizinhas que pudessem demonstrar algumas de suas atividades e expor o

    uniforme. Deveria ser feito um apelo especial para voluntrios, para se prepararem

    para a liderana do Clube. Aproveite tambm para distribuir um questionrio.

    Treinamento Bsico de Diretoria ARF

  • 30

    6. Ensinar as bases do Clube de Desbravadores

    O Curso de Treinamento Bsico para a Diretoria do Clube de Desbravadores,

    como apresentado neste manual, deveria ser realizado na igreja ou em local

    prximo o suficiente para que as pessoas interessadas possam freqent-lo. Uma

    das condies essenciais para o funcionamento bem-sucedido do Clube um

    nmero adequado de lderes bem treinados. O lder do Ministrio Jovem do campo

    local deveria dirigir esse curso e produzir tantos instrutores quantos forem possveis.

    7. Eleio do diretor e membros da diretoria

    Ao final do curso de treinamento, a comisso da igreja/comisso de

    nomeao deveria ser comunicada a respeito dos melhores qualificados para atuar

    na liderana do Clube, e recomendar igreja o Diretor do Clube, um Diretor

    Associado (homem) e uma Diretora Associada (mulher). Depois de a igreja eleger

    devidamente essas pessoas, deve ser formada uma comisso executiva do Clube

    de Desbravadores.

    8. Escolha dos conselheiros e instrutores (comisso executiva)

    A Comisso Executiva do Clube de Desbravadores consiste do Pastor, do

    Diretor J.A, dos Superintendentes dos Juvenis ou Professores da Escola da Igreja

    (5 a 8 srie do I Grau), Diretor do Clube e Diretores Associados. Essa comisso vai

    definir as normas mais importantes para a operao do Clube e selecionar os

    conselheiros e instrutores.

    9. Reunio da comisso executiva dos Desbravadores para elaborao

    do planejamento anual

    Agora que os oficiais e diretoria foram treinados e se familiarizaram com os

    procedimentos, e decidiro que padro seguir, a Comisso Executiva dos

    Desbravadores deveria comear a elaborar seu programa anual. Deveria ser

    estabelecida uma agenda de eventos, incluindo aulas de atividades, reunies, dias

    especiais, eventos do campo local, programas bimestrais, feiras e camporis.

    10. Elaborao do programa seis semanas antes da noite de inscries

    Esse pode ser o passo mais importante de toda a organizao. A elaborao

    do programa consiste em um planejamento de grande abrangncia. Significa definir

    os objetivos do Clube por um perodo de meses ou mesmo anos. As atividades

    gerais do clube deveriam ser realizadas sempre de acordo com aqueles objetivos

    propostos. Cada reunio deveria ser planejada detalhadamente semanas antes. O

    reconhecimento das caractersticas distintas dos juvenis e adolescentes levar a

    diretoria a dividir o programa anual em trs ou quatro segmentos, com atividades e

    objetivos distintos. Esses segmentos do flexibilidade ao programa anual, permitindo

    que novas idias e aspectos sejam introduzidos de tempos em tempos.

    Treinamento Bsico de Diretoria ARF

  • 31

    11. Enviar cartas s famlias de Desbravadores em potencial, quatro

    semanas antes da noite de inscries

    4 semanas antes da noite de inscries - anncios no boletim da igreja local.

    3 semanas antes da noite de inscries - programa bem atraente no quadro

    de anncios. 2 semanas antes da noite de inscries - programa feito pelos juvenis e

    adolescentes da Escola Sabatina.

    2 semanas antes da noite de inscries - perodo missionrio da igreja.

    2 semanas antes da noite de inscries - carta do Diretor aos pais dos

    Desbravadores em potencial.

    1 semana antes da noite de inscries - toda a programao do sbado na

    igreja dando nfase ao programa.

    12. Instrues e uniforme da diretoria antes da noite de inscries

    O diretor, os diretores associados, conselheiros e instrutores formam a

    diretoria do Clube. Haver, sem dvida, certas ocasies quando a recm-formada

    diretoria se rene para algum ensaio antes do incio das atividades do Clube. Dessa

    maneira, cada pessoa vai se familiarizando com seus deveres e o programa geral de

    atividades do clube. Esses membros da Diretoria deveriam adquirir uniformes e

    colocar devidamente as insgnias. Seria muito bom ter tambm uns quatro

    desbravadores uniformizados.

    13. Dia de inscries

    O programa do dia de inscries deveria ser a primeira reunio de

    desbravadores no ano. a ocasio de levar ao conhecimento dos pais e menores o

    programa anual planejado para Clube de Desbravadores: suas metas e objetivos,

    suas atividades e reunies, tanto as religiosas como as seculares. preciso um

    planejamento cuidadoso do programa de inscries. Deveria comear pontualmente

    e respeitar o tempo de durao estabelecido, ser realizado no local regular de

    reunies do clube.

    Nota: Este dia de inscries acontece trs semanas antes da Cerimnia de

    Admisso, que pode coincidir com a primeira reunio do clube. O clube deveria ter

    uma programao para a admisso dos garotos em, no mximo trs messes depois

    de iniciadas as atividades. Lembrando que a admisso (cerimnia de leno) s

    dever ser realizada com o uniforme de gala.

    4.7 ALGUMAS ATIVIDADES

    Algumas reas de desenvolvimento de habilidades tanto para os

    desbravadores como para a diretoria de seu novo clube podero incluir:

    Treinamento Bsico de Diretoria ARF

  • 32

    1. Exerccios e marchas

    Par uso do Clube em eventos da Associao, desfiles e acontecimentos na

    comunidade. Faa a Especialidade de Ordem Unida e consulte tambm o Manual de

    Ordem Unida da srie cinqentenrio. Utilize os comandos normais para os

    deslocamentos e evolues para demonstraes especiais.

    2. Disciplina do Clube

    Seu Clube deve ter regras prprias de disciplina. Devem ser poucas e bem

    claras de modo a serem compreendidas perfeitamente por todos os desbravadores.

    Se for necessrio assessore-se com pessoas experientes no relacionamento com

    juvenis e adolescentes.

    3. Desenvolvimento na liderana

    Querendo ou no, voc ser visto como modelo pelos desbravadores, e este

    fato torna-se muito importante para a definio de sua liderana. Por isto voc e sua

    diretoria devem esforar-se para continuar na conquista de novas especialidades.

    importante que os desbravadores saibam que seus lderes esto em constante

    aprendizagem especialmente nas especialidades que tem a ver com liderana de

    Desbravadores.

    4. Arrecadao de fundos

    Para a maioria dos clubes este um desafio permanente. Com um clube novo

    as necessidades so grandes em relao aquisio de equipamentos, material

    para acampar, trabalhos manuais, uniformes e outros. Mantenha um programa

    regular e flexvel para conseguir os recursos necessrios. No oramento anual da

    igreja dever estar includa uma verba mensal para os Desbravadores. Alm disso,

    as mensalidades pagas pelos prprios desbravadores representaro uma entrada

    regular de fundos. Para eventos especiais como camporis ou acampamentos

    devero ser programadas outras atividades para se conseguir dinheiro. muito

    importante lembrar-se que a realizao de "pedgio" um mtodo proibido de

    obteno de recursos.

    5. Promoo do Clube

    O Clube deve valer-se de todas as oportunidades possveis para manter-se

    em destaque nas programaes e atividades da igreja. Isso criar um clima

    favorvel ao Clube que certamente granjear a simpatia e apoio necessrios ao seu

    xito. Aqueles que contriburam com tempo ou dinheiro para dar incio ao Clube

    vero seus esforos coroados de xito. Utilize tambm todos os meios impressos de

    comunicao disponveis, sejam denominacionais ou no, inclusive jornais da cidade

    para divulgar as realizaes de seu clube.

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  • 33

    6. Assuntos de responsabilidade legal

    muito sria a responsabilidade assumida pelo clube, de cuidar de menores.

    Frente ao Estatuto do Menor e Adolescente esta responsabilidade pode adquirir um

    carter civil ou mesmo penal. Todo o esforo deve ser feito no sentido de garantir a

    total proteo dos menores sob sua responsabilidade. Consulte o Departamento J

    de sua Associao/Misso quanto a seguros, leis e outras situaes de carter legal.

    No se esquea de pedir a autorizao por escrito dos seus pais para a matrcula de

    seus filhos no Clube, e uma especfica para atividades fora do ambiente normal de

    reunies.

    medida que voc aprende como satisfazer os diferentes aspectos da

    Direo de um Clube, ir desenvolver uma maior habilidade e capacidade para

    alcanar xito em sua tarefa. Um Clube bem sucedido liderana competente. Em

    realidade a tarefa de organizar um Clube de sucesso est diretamente relacionada

    ao seu conhecimento de "como" fazer as atividades relacionadas ao seu

    funcionamento.

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  • 34

    5 TRABALHANDO EM EQUIPE O SISTEMA DE UNIDADES

    As unidades no clube de Desbravadores constituem o ncleo principal de seu

    funcionamento. Se as unidades esto funcionando bem, logo o clube tambm est

    funcionando bem. Uma unidade formada por 6 a 8 meninos e meninas, sendo que

    so separadas por faixa etria e por sexo, tendo como coordenador o Conselheiro.

    A unidade precisa ter uma identidade, precisa de um nome, de um banderim,

    um grito de guerra. Elas so institudas pela direo do Clube e devem ser fixas. Os

    nomes so definidos pela Comisso Executiva do Clube e devem ter relao com o

    nome do Clube. Para que a unidade no perca a sua identidade, estes nomes nunca

    devem ser alterados, nem a idade dos desbravadores da unidade, ou seja, os

    desbravadores tero que passar por mais de uma unidade, aprendendo com os

    costumes e as emoes de cada uma delas.

    O banderim da unidade tambm deve estar em conformidade com o nome e

    no precisa de alteraes futuras, a menos que seja para melhor-lo. Mas isto

    somente com a autorizao da Direo do Clube.

    O grito de guerra constitui um item importante na unidade, pois ele une os

    desbravadores e os anima para as atividades, alm de criar neles um sentimento de

    carinho e gosto pela unidade. Porm a escolha de um grito de guerra no fcil, por

    isso muitas unidades no tm um. O Conselheiro o responsvel por procurar

    algum que crie um e ensaiar com os desbravadores.

    A unidade tambm precisa de uma secretaria organizada, com uma pasta

    onde ficam registradas as fichas de todos os desbravadores que passaram por ela,

    os relatrios das atividades, de visita aos pais, de acampamentos e outros eventos.

    Cada desbravador pode assumir uma funo especfica na unidade, sendo

    que as principais funes so: capito e secretrio. Estas sero abordadas em

    captulo parte. Outras funes como tesoureiro e almoxarife fica a critrio da

    Unidade institu-las ou no. O conselheiro deve ser o grande maestro da unidade e

    trabalhar sempre junto dos diretores associados.

    5.1 O SISTEMA DE EXCELNCIA

    A Excelncia o alvo dos Conselheiros para os seus Desbravadores. A

    insgnia foi desenvolvida para incentivar um alto padro de conduta e desempenho

    do desbravador como indivduo, no perodo de um ano.

    Ela deve ser usada pelo desbravador acima dos distintivos do bolso esquerdo

    ou dos distintivos das classes avanadas. Este deve ser um objetivo da Unidade,

    pois somente Desbravadores podem receber essa insgnia, e devero us-la no

    uniforme somente por um ano. Somente aqueles que a receberam no ltimo ano de

    desbravadores, ou seja, aos 15 anos de idade, podero us-la permanentemente no

    Treinamento Bsico de Diretoria ARF

  • 35

    uniforme, desde que seus atos estejam sempre em conformidade com o Voto e a Lei

    do Desbravador.

    A seleo e entrega

    Por ocasio do encerramento do ano, a Comisso Diretiva do Clube faz a

    seleo daqueles que esto em condies de receber a insgnia, adotando os

    seguintes critrios:

    membro ativo do Clube por dois anos ou mais;

    um exemplo nos requisitos de uniforme, pontualidade nas reunies, e

    est ativamente envolvido em sua unidade;

    Demonstrar crena no Voto e na Lei dos Desbravadores e vivenciar estes

    itens.

    fiel aos ideais e os defende como uma sagrada honra;

    Aceita voluntariamente as responsabilidades que lhe so designadas e

    demonstra iniciativa e liderana no seu cumprimento individual ou em grupo;

    Manter o melhor relacionamento interpessoal com os demais no clube;

    Dar bom testemunho constante, atravs de uma conduta crist;

    Concluir, a cada ano, a Classe Regular que corresponde sua idade e

    fazer as Especialidades oferecidas.

    Deve ser entregue ao Desbravador ou no programa do Dia Mundial ou na

    Cerimnia de Encerramento, pelo lder mais graduado ou pelo lder da investidura.

    5.2 CANTINHO DA UNIDADE

    Este um momento muito especial na reunio do clube e NUNCA pode faltar.

    O Clube deve destinar em torno de 30 minutos para esta atividade e os Conselheiros

    devem estar preparados para desempenharem as suas funes.

    Mas realmente o que fazer no cantinho da unidade?

    O cantinho da unidade o momento mais ntimo da relao entre o

    Conselheiro e os Desbravadores, ento um excelente meio para impressionar os

    garotos nos caminhos de Deus. O Conselheiro deve usar a sua criatividade para

    tornar esse momento o mais atrativo possvel, mas seguem algumas dicas:

    Acompanhar o andamento das classes de cada desbravador, ajudando-os

    a cumprir os requisitos que precisarem;

    Trazer filmes, jogos, caa-palavras, curiosidades, gincanas, um brinde para

    sortear. Estes j so itens que se bem administrados j se tem cantinho pronto para

    todo o ano, cabendo ao Conselheiro usar o bom senso para controlar as atividades;

    Repassar o programa da unidade, combinando com os desbravadores os

    momentos sociais da unidade como noite do pijama, pizzada, sorvetada, torneio

    Treinamento Bsico de Diretoria ARF

  • 36

    esportivo, acampamento da unidade. Tambm devem ser agendadas visitas aos

    pais, para que estes estejam em cientes das atividades que os filhos deles esto

    participando.

    Incentivar a leitura do ano bblico e do livro do ano.

    5.3 O GRANDE MAESTRO O CONSELHEIRO

    A funo mais importante no Clube de Desbravadores a do Conselheiro. O

    conselheiro est colocado numa posio de grande responsabilidade, pois est em

    ntimo contato com a mente e o corao juvenil.

    As qualificaes so altas e ningum deve aceitar esta posio a menos que

    tenha amor por meninos e meninas, e esteja desejoso de representar devidamente

    os elevados princpios do cu. Ser um conselheiro no ter um escape para

    entreter-se; um dever da mais alta ordem, este de treinar os jovens a fim de se

    tornarem verdadeiros soldados do Senhor Jesus Cristo.

    Um conselheiro deve ser um cristo convertido e dedicado. Os meninos e as

    meninas captam rapidamente a insinceridade daqueles com que se associam. Ele

    deve trabalhar diligentemente para formar uma amizade sincera e compreensvel,

    com cada um de sua unidade.

    Para poder pr em prtica os planos dados neste captulo o conselheiro

    necessita de ntima cooperao dos pais. Ele deve visitar os pais e explicar-lhes

    cuidadosamente as grandes possibilidades contidas nesta instruo prtica. Uma

    vez conseguida as cooperao dos pais, h maiores possibilidades de sucesso.

    Os juvenis, meninos e meninas cristos, merecem liderana. Aquele que

    coopera com o propsito divino ao transmitir juventude o conhecimento de Deus, e

    ao lhes moldar o carter em harmonia com o Seu, realiza uma elevada e nobre

    misso, suscitando o desejo de atingir o ideal de Deus apresentando uma educao

    que to alta como o cu e to extensa como o universo (Ellen White, Educao, p.

    19).

    Os conselheiros devem ser fiis em assistir a todas as reunies do Clube e da

    diretoria, marcadas pelo Diretor.

    5.3.1 Funes do Conselheiro

    Coordenao das unidades. O Conselheiro no deve fazer todo o

    trabalho da unidade, se assim o fosse no seria necessrio um capito, secretrio e

    muito menos existiria Unidade. Mas o seu trabalho COORDENAR todo o trabalho,

    que bem diferente de fazer tudo. Ele deve providenciar todos os meios necessrios

    para o cumprimento das atividades da unidade, deve incentivar a participao de

    Treinamento Bsico de Diretoria ARF

  • 37

    cada membro, ajudando-os a desenvolver seus aspectos fsico, mental e espiritual.

    Ele precisa estar frente de tudo, ao passo que todos vejam que quem trabalha a

    unidade e no ele. Isso mesmo, quanto menos os mritos forem creditados ao

    conselheiro e sim unidade, melhor est o seu trabalho.

    Auxiliar na montagem dos programas para o clube. Os Conselheiros

    tambm fazem parte da diretoria do Clube e devem estar envolvidos com toda a

    programao do seu Clube. Por isso precisa trabalhar em ntimo contato com os

    Diretores Associados e tambm com o Diretor. Devem mostrar interesse e estar

    sempre dispostos ao trabalho.

    Auxiliar no desenvolvimento do Projeto Social. Essa uma atividade

    que sem o Conselheiro o Clube no conseguiria realizar. Seria impossvel a um

    Diretor e sua equipe sair com 30, 40, 50 ou mais desbravadores para um projeto ou

    evento sem figura do Conselheiro. No teria quem cuidasse dos garotos e muitos

    males poderiam ocorrer. Ento, o Conselheiro realmente deve vestir a camisa e dar

    seu suor para um bom trabalho na unidade. Deve sempre conduzi-la em TODOS os

    programas e eventos, mantendo-os organizados para o bem-estar do Clube e de

    todos. Infel