Apostila - Uso Da Informação - Aula 04

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AULA 04 Exemplos Práticos de Implantação de Sistema de Informação em Segurança Pública

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AULA 04

Exemplos Práticos de Implantação de

Sistema de Informação em Segurança Pública

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Sumário

APRESENTAÇÃO AULA 4 .......................................................................................................................................3

UNIDADE 1 .......................................................................................................................................................................................4

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAL NA SENASP .................................................................................4

1.1 Sistema Nacional de Estatísticas de Segurança Pública e Justiça Criminal...........................................................4

1.2 Sistema de Monitoramento da Implantação do SUSP...........................................................................................21

1.3 Observatório Democrático de Práticas de Prevenção .......................................................................................... 26

USO DE INFORMAÇÕES NA GESTÃO DAS AÇÕES DA SENASP...................................................................31

2.1 Distribuição dos Recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública.................................................................31

2.2 Seleção das DEAMs para Receber Kit de Modernização .................................................................................. 35

2.3 Desenho de Políticas de Segurança Pública a partir de Diagnósticos ................................................................ 39

FECHAMENTO DA AULA .......................................................................................................................................................... 40

ATIVIDADES DE CONCLUSÃO DA AULA................................................................................................................................41

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APRESENTAÇÃO AULA 4

EXEMPLOS PRÁTICOS DE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA

DE INFORMAÇÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA

Olá! Você está na aula 4 do curso “Uso de Informações na Gestão das Ações de

Segurança Pública”.

Nesta aula você terá acesso a exemplos de utilização de sistemas de informação

gerencial, bem como a utilização das informações desses sistemas na gestão de ações de

Segurança Pública.

Para facilitar seu estudo, esta aula foi dividida em duas unidades: Unidade 1: Sistemas de Informação Gerencial na SENASP

Unidade 2: Uso de Informações na Gestão das Ações da SENASP

Objetivos da aula

� Descrever os processos de construção de três sistemas de informação gerencial:

Sistema Nacional de Estatística em Segurança Pública e Justiça Criminal, Sistema

de Monitoramento da Implantação do SUSP e Observatório Democrático de

Práticas de Prevenção à Violência e Criminalidade.

� Discutir os exemplos dos usos de informação na gestão de ações de segurança

pública.

Aproveite bem esta aula. Realize as atividades, interaja com os demais participantes do

curso. Discuta os conceitos com o tutor.

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UNIDADE 1

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAL NA SENASP

Para ilustrar o processo de construção de um sistema integrado de informações,

especificamente direcionadas à gestão de segurança pública, será abordada a experiência

prática da SENASP no planejamento e implantação dos seguintes sistemas de informação

gerencial:

� Sistema Nacional de Estatística em Segurança Pública e Justiça Criminal;

� Sistema de Monitoramento da Implantação do SUSP;

� Observatório Democrático de Práticas de Prevenção à Violência e

Criminalidade.

Inicie, a seguir, o estudo sobre o sistema nacional de estatística em segurança pública e

justiça criminal.

1.1 Sistema Nacional de Estatísticas de Segurança Pública e Justiça

Criminal

Este sistema será apresentado para você por meio de subitens. Assim você tem a

possibilidade de estudar este sistema por partes. Após cada subitem, propomos uma

atividade para que você possa auto-avaliar o que estudou. Qualquer dúvida, fale com seu tutor.

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1.1.1 Breve Histórico - Diagnóstico do Sistema de Coleta de Dados da SENASP (2001 a 2003)

Desde 2001, a SENASP reúne dados sobre segurança pública retroativos a 1999,

ordenados em dois processos de coleta que resultaram de iniciativas independentes,

porém complementares: um destinado a reunir informações sobre ocorrências criminais e

atividades policiais; outro destinado a traçar um perfil das organizações policiais

brasileiras, no que se refere a seus tamanhos e características, à formação dos seus

efetivos, aos seus graus de modernização institucional e assim por diante.

Até o ano de 2001, o Ministério da Justiça não possuía um sistema nacional de coleta e

análise de dados estatísticos sobre segurança pública e justiça criminal, de acordo com

os requisitos fundamentais que caracterizam tal iniciativa. As informações disponíveis até

então eram caracterizadas pela falta de periodicidade no envio das informações para a

SENASP, pela falta de clareza nos conteúdos das estatísticas informadas e pela

informalidade no relacionamento entre a SENASP e os estados.

Uma vez identificado este acervo, o primeiro passo foi desenvolver um diagnóstico

detalhado do sistema de coleta de dados estatísticos existentes na SENASP em relação à

sua qualidade, consistência interna e rendimento analítico. Os principais problemas foram

identificados tanto na estrutura de coleta e análise de informações da SENASP, quanto

nos sistemas estaduais de produção de informações estatísticas. São eles:

� Precariedade da Arquitetura da Base de Dados – a base de dados existente

atualmente na SENASP é caracteristicamente acrítica e não relacional, dificultando

o manuseio dos dados para averiguação da sua qualidade e consistência;

� Baixa Rotinização nas Etapas de Gestão da Informação – não existe uma

padronização na forma de envio das informações para a SENASP e nos

procedimentos adotados pelos técnicos da SENASP em relação às situações

identificadas como imprevistas, o que impede que se tenha uma noção precisa a

respeito dos dados registrados;

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� Sub-utilização dos Dados Processados – a falta de uma política clara de

análise e divulgação de informações fez com que a SENASP funcionasse como um

estoque de dados que não eram analisados, ou seja, não existia a preocupação de

gerar informações úteis para o planejamento de políticas de segurança pública;

� Falta de Padronização nos Sistemas Estaduais de Classificação de Delitos

– a existência de 27 sistemas estaduais diferentes de classificação de delitos faz

com que seja muito difícil criar uma uniformização dos conteúdos informados nos

relatórios estatísticos dos estados. Cada sistema estadual é composto de duas

estruturas independentes de codificação das ocorrências policiais correspondentes

às Polícia Civil e Polícia Militar.

Atividade

Realize a atividade, a seguir, no ambiente virtual!

Em relação à qualidade, consistência interna e rendimento analítico do sistema de coleta

de dados estatísticos existentes na SENASP, quais foram os principais problemas

identificados?

Registre sua resposta e envie. Em seguida, confira sua resposta.

1.1.2 Diretrizes da Criação do Sistema

Em conformidade com o diagnóstico apresentado no Plano Nacional de Segurança

Pública, e detalhado pela equipe da SENASP no que diz respeito: a consistência e

qualidade das bases de dados de informações policiais nacionais e regionais, e as atuais

condições de produção de estatísticas pelas secretarias estaduais de segurança pública,

foi elaborado o projeto para a construção do Sistema Nacional de Estatística de

Segurança Pública e Justiça Criminal. Este projeto procurou atender as seguintes

diretrizes fundamentais:

� Promover a credibilidade, a integridade e a qualidade das informações oficiais e,

com isto, contribuir para reforçar a confiança pública nos órgãos de segurança

pública e justiça criminal;

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� Democratizar o acesso às informações institucionais, administrativas e

operacionais dos órgãos de segurança publica e justiça criminal, de forma a

possibilitar o monitoramento e a participação responsável dos cidadãos;

� Servir como uma instância de integração entre os órgãos de segurança pública e

justiça criminal, e destes com outros atores governamentais e não

governamentais e com a sociedade civil, promovendo a gestão do conhecimento

(produção, análise e utilização das informações) como condição fundamental para

a renovação e modernização continuadas das organizações de segurança pública e

justiça criminal;

� Atuar como um instrumento de gestão para o planejamento, execução e avaliação

de políticas de segurança pública nacionais, regionais e locais, de forma a

possibilitar o aperfeiçoamento das políticas públicas de segurança e o seu

monitoramento responsável e qualificado pelos operadores e dirigentes dos

órgãos de segurança pública e justiça criminal;

� Promover, por meio da difusão da cultura do uso operacional da informação, a

melhoria constante dos padrões de eficiência, eficácia e efetividade dos órgãos de

segurança pública e justiça criminal, assim como a inovação destes órgãos;

� Possibilitar a elaboração de diagnósticos qualificados e consistentes buscando

promover a excelência no campo das informações e ampliar o universo do debate

técnico nas temáticas da segurança pública;

� Incorporar outras fontes de informações para além das ocorrências criminais da

polícia judiciária (Polícia Civil), incorporando outros produtores de dados que são

fundamentais para a compreensão e atuação sobre as dinâmicas sociais da

criminalidade e da ordem pública.

Atividade

Realize a atividade, a seguir, no ambiente virtual!

Em conformidade com o diagnóstico apresentado no Plano Nacional de Segurança

Pública, foi elaborado o projeto para a construção do Sistema Nacional de Estatística de

Segurança Pública e Justiça Criminal. Este projeto procurou atender algumas diretrizes

fundamentais. Uma das diretrizes a seguir não está correta. Qual é?

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a) Promover a credibilidade, a integridade e a qualidade das informações oficiais e,

com isto, contribuir para reforçar a confiança pública nos órgãos de segurança

pública e justiça criminal.

b) Democratizar o acesso às informações institucionais, administrativas e

operacionais dos órgãos de segurança publica e justiça criminal.

c) Servir como uma instância de integração entre os órgãos de segurança pública e

justiça criminal, e destes com outros atores governamentais e não

governamentais e com a sociedade civil.

d) Atuar como um instrumento de gestão para o planejamento, execução e avaliação

de políticas de segurança pública nacionais, regionais e locais.

e) Promover, por meio da difusão da cultura do uso operacional da informação, a

melhoria constante dos padrões de eficiência, eficácia e efetividade dos órgãos de

segurança pública e justiça criminal, assim como a inovação destes órgãos.

f) Possibilitar a elaboração de diagnósticos qualificados e consistentes buscando

promover a excelência no campo das informações e ampliar o universo do debate

técnico nas temáticas da segurança pública.

g) Evitar outras fontes de informações para além das ocorrências criminais da polícia

judiciária (Polícia Civil), impedindo outros produtores de dados que prejudiquem a

compreensão e atuação sobre as dinâmicas sociais da criminalidade e da ordem

pública.

1.1.3 Público Alvo

A criação do Sistema Nacional de Estatística de Segurança Pública e Justiça Criminal está

vinculada necessariamente à integração de diversos atores que produzem e/ou utilizam

informações direta ou indiretamente relacionadas à segurança pública e justiça criminal.

Por esta razão, a formulação deste sistema considerou os diversos produtores e usuários

potenciais das informações. Assim, levou em conta vários níveis de gestão e integração

(intergovernamental, intragovernamental e multisetorial) agregados em três dimensões

básicas: planejamento, execução e avaliação. Foram identificados os seguintes públicos

potenciais:

� Secretarias e Departamentos do Ministério da Justiça – coletar e fornecer

informações fundamentais para o acompanhamento da implantação das políticas

estaduais de segurança pública e justiça criminal;

� Outros Ministérios e outras Secretarias (Ministério das Cidades, Ministério da

Saúde, Ministério da Educação, Ministério da Promoção Social, Secretaria de Curso Uso de Informações na Gestão das Ações de Segurança Pública

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Direitos Humanos, Secretaria da Igualdade Racial e Secretaria da Mulher) –

coletar e fornecer informações fundamentais para o planejamento de políticas

públicas e acompanhamento de suas execuções nas áreas específicas de cada um

destes órgãos;

� Secretarias Estaduais de Segurança Pública, Justiça e Direitos Humanos – coletar

e fornecer informações necessárias na elaboração de diagnósticos para o

planejamento de políticas estaduais de segurança pública;

� Organizações Policiais e Guardas Municipais – coletar e fornecer informações

necessárias para a qualificação do processo de planejamento e implantação das

ações policiais;

� Ouvidorias e Corregedorias – coletar e fornecer informações necessárias para a

qualificação das iniciativas de controle dos órgãos policiais;

� Universidades, Institutos e Centros de Pesquisa da Área de Segurança Pública –

coletar e fornecer informações fundamentais para incrementar o caráter prático

das pesquisas desenvolvidas na área de segurança pública;

� Sistema Penitenciário – coletar e fornecer informações necessárias para a

qualificação do processo de planejamento e implantação das ações na área do

sistema penitenciário;

� Poder Judiciário - coletar e fornecer informações necessárias para o

monitoramento e avaliação do fluxo de justiça criminal;

� Ministério Público - coletar e fornecer informações necessárias para o

monitoramento e avaliação do fluxo de justiça criminal e construção de

indicadores da performance policial;

� Sociedade Civil – coletar e fornecer informações fundamentais para ampliar e

diversificar o conhecimento que a sociedade civil possui sobre a segurança pública

e, assim, dar mais conteúdo à sua participação nos debates relacionados ao

planejamento e implantação das políticas segurança pública.

Faça aqui suas anotações...

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Atividade

Realize a atividade, a seguir, no ambiente virtual!

A criação do Sistema Nacional de Estatística de Segurança Pública e Justiça Criminal está

vinculada necessariamente à integração de diversos atores. Que públicos fazem parte da

criação deste sistema?

Registre sua resposta e envie. Em seguida, confira sua resposta.

1.1.4 Arquitetura do Sistema Nacional de Estatística de Segurança

Pública e Justiça Criminal

Conforme ilustra a figura abaixo, o Sistema Nacional de Estatística de Segurança Pública

e Justiça Criminal da SENASP está estruturado em torno da construção modular de seis

bases diferentes de dados:

1) Incidentes Criminais e Atividades de Segurança Pública;

2) Perfil das Organizações de Segurança Pública;

3) Cadastro Nacional de Mortes Violentas;

4) Controle da Ação Policial;

5) Pesquisa Nacional de Vitimização;

6) Fluxo do Sistema de Justiça Criminal.

Estas bases de dados serão estruturadas tendo como parâmetros de formatação a

garantia da integração das informações originadas a partir destes diferentes módulos,

tanto em relação à temporalidade de coleta quanto em relação à unidade espacial de

agregação das informações.

Faça aqui suas anotações...

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Organizações de Criminal

Instituto d

P

e

squisa

Polícia Civil

Polícia Militar Corpo de Bombeiros

Polícia Técnica

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Segurança Pública Polícia Técnica

Guardas Municipais

A arquitetura do Sistema foi concebida em módulos de dados independentes, porém

relacionais, de maneira a possibilitar a sua implementação de forma gradual, isto é,

mediante os recursos e capacidades disponíveis dos parceiros.

Tratou-se de considerar as limitações orçamentárias, tecnológicas, técnicas e de

recursos humanos, tanto da SENASP quanto dos estados. Buscou-se, portanto, uma

arquitetura flexível, modesta tecnologicamente e de baixo custo, de forma a viabilizar

concretamente e facilitar a sua implementação.

Pretendeu-se, junto com a cooperação dos estados, criar um sistema factível e realista

que pudesse ser implantado no presente com as condições já existentes e que

reduzisse os impactos provocados pelas mudanças trazidas pelos novos

procedimentos, por exemplo, a descontinuidade nos processos de sistematização e

remessa de informações à SENASP, nos moldes antigos, e a inviabilização do uso de

dados já existentes no acervo atual de dados da SENASP. Faça aqui suas anotações...

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Em razão da necessidade de garantir a continuidade do processo atualmente em curso

de remessa dos formulários antigos de coleta para a SENASP, a implantação do

sistema começou pelos seus módulos básicos. Os quais dialogam diretamente com o

acervo de dados já existente na SENASP – Ocorrências Criminais e Atividades de

Segurança Pública (Polícia Civil) e Perfil das Organizações de Segurança Pública.

Atividade

Realize a atividade, a seguir, no ambiente virtual!

O Sistema Nacional de Estatística de Segurança Pública e Justiça Criminal da SENASP

está estruturado em torno da construção modular de seis bases diferentes de dados.

Você lembra quais são estas bases?

Registre sua resposta e envie. Em seguida, confira sua resposta.

1.1.5 Descrição das Bases de Dados

Em termos bem sucintos, as seis bases de dados que estruturam o Sistema Nacional de

Estatística de Segurança Pública e Justiça Criminal podem ser definidas da seguinte

forma:

Ocorrências Criminais e Atividades de Segurança Pública

Unidade de Coleta: estado e municípios (maior que 100 mil habitantes)

Periodicidade: mensal

Instrumento: coleta utilizando INFOSEG junto às Secretarias Estaduais de

Segurança Pública que totalizarão os dados enviados pelas diversas unidades

operacionais

Instituições Pesquisadas: Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar

Faça aqui suas anotações...

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Informações Coletadas:

� Atividades de Segurança Pública - Chamados atendidos, Incidentes

registrados, Incidentes encontrados, Incidentes investigados, Crimes

resolvidos, Crimes não resolvidos, Suspeitos detidos, Ofensores declarados e

Serviços prestados.

� Incidentes Criminais – Incidentes, Vítimas (sexo, raça e idade) e Ofensores

(sexo, raça e idade).

Perfil Organizações de Segurança Pública

Unidade de Coleta: órgãos de segurança pública e justiça criminal

Periodicidade: anual

Instrumento: questionários impressos distribuídos por correio

Instituições Pesquisadas: polícia civil, polícia militar, corpos de bombeiro militar,

guarda municipal, delegacias especializadas de atendimento à mulher, delegacias

especializadas de atendimento à criança e ao adolescente, academias de polícia

militar e civil, institutos de medicina legal, corregedorias, entre outras.

Informações Coletadas:

� Efetivo (formação, idade, sexo, raça, posição hierarquia, atividade, etc),

� Recursos previstos e gastos por tipo e atividade,

� Recursos materiais por tipo e atividade,

� Edificações,

� Estrutura organizacional,

� Descrição dos processos internos de decisão,

� Distribuição das unidades policiais por região geográfica,

� Mecanismos de controle de ação policial.

Cadastro Nacional de Mortes Violentas

Unidade de Coleta: incidentes de homicídio

Periodicidade: mensal

Instrumento:

� Coleta via web junto às Secretarias Estaduais de Segurança Pública que

totalizarão os dados enviados pelas delegacias da polícia civil e pelo ministério

público

� Parceria com o Ministério da Saúde/DATASUS para coleta de informações

relativas ao perfil dos homicídios ocorridos em todos os municípios brasileiros.

Instituições Pesquisadas: polícia civil, ministério público e Ministério da

Saúde/DATASUS

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Informações Coletadas:

� Característica dos homicídios - localização espacial e temporal, número total

de ofensores e vítimas, tipo de arma empregada, latrocínio (especificação do

bem), situação da investigação, envolvimento com drogas

� Característica das vítimas e ofensores - idade, sexo, raça, relação entre vítima

e ofensor.

� Encaminhamento dos Inquéritos – datas do fluxo de encaminhamento dos

inquéritos e instauração das denúncias.

Controle da Ação Policial

Unidade de Coleta: ouvidorias

Periodicidade: “on-line”

Instrumento: coleta via web junto às ouvidorias

Instituições Pesquisadas: ouvidorias

Informações Coletadas: caracterização das denúncias e resultados alcançados

Pesquisa de Vitimização

Considerando os altos custos relacionados à execução de pesquisas de vitimização e a

necessidade de que estas pesquisas sejam realizadas periodicamente, sem a qual o

rendimento dos seus resultados adquire pouca relevância para o planejamento, execução

e avaliação das políticas de segurança pública, nosso departamento concebeu o projeto

da seguinte forma:

Unidade de Coleta: amostra representativa de todas as Unidades da Federação

Periodicidade: anual

Instrumento: questionário em papel

Instituições Pesquisadas: comunidade

Informações Coletadas:

� Incidência da criminalidade

� Perfil das vítimas

� Perfil dos agressores

� Característica do delito

� Relacionamento entre polícia e comunidade

� Caracterização do ambiente urbano onde ocorrem os delitos

� Presença de Armas de Fogo na Comunidade

Fluxo do Sistema de Justiça Criminal

Unidade de Coleta: Unidades da Federação

Periodicidade: anual

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Instrumento: questionário em papel, padronizado segundo modelo da ONU

Instituições Pesquisadas: Polícia Civil, Ministério Público, Judiciário e Organizações

Prisionais

Informações Coletadas:

Atividades Desenvolvidas – número de atividades e caracterização do perfil das vítimas e

ofensores atendidos

Atividade

Realize a atividade, a seguir, no ambiente virtual!

Relacione as bases de dados com suas respectivas unidades de coletas.

1.1.6 Principais Informações a Serem Coletadas

Um dos pontos mais complexos de organização do Sistema Nacional de Estatística de

Segurança Pública e Justiça Criminal deriva da diversidade de informações a serem

coletadas e de fontes de informações existentes. Essa diversidade está associada, ainda,

a variabilidade nas unidades de coleta e periodicidades distintas de coleta destas

informações. Enquanto alguns fenômenos mudam rapidamente e necessitam ser

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mensurados repetidamente em pequenos intervalos de tempo, outros não passam por

mudanças tão rápidas e podem ser mensurados em intervalos de tempo maiores.

A coleta desta diversidade de informações originadas a partir de fontes diferentes,

organizadas em diferentes unidades de coleta e com periodicidades diferenciadas de

coleta deve ser organizada a partir da estruturação de diferentes instrumentos de coleta

de informação. A experiência tem demonstrado que os dois fatores mais importantes a

serem levados em consideração na formulação destes instrumentos de coleta são a

fonte de informações e a periodicidade de coleta. Cabe destacar que estes

instrumentos não precisam ser estruturados para trabalhar com apenas uma unidade de

análise e também não precisam coletar dados originários apenas de uma única fonte de

dados.

A análise de alguns padrões internacionais de sistemas de estatística criminal apontou o

esquema da tabela abaixo como o ponto de partida para o desenho do Sistema Nacional

de Estatística de Segurança Pública e Justiça Criminal. As informações estão organizadas

em três conjuntos básicos: atividades de polícia, incidentes criminais e perfil das

organizações policiais. O escopo de informações a ser coletado exige a utilização de

diversas fontes de dados. Isto é necessário para que possa ser completado todo o

conjunto de informações a serem coletadas.

O fato de se trabalhar com informações, originárias de diferentes organizações, permite,

ainda, o desenvolvimento de análises de fluxo do sistema criminal. Assim é possível, por

exemplo, o desenvolvimento de diagnósticos sobre o tratamento diferenciado atribuído

pelas organizações aos diferentes tipos de delito. Este esquema atribui muita importância

aos sistemas de estatística criminal como ferramentas de gestão de resultados das

organizações policiais. Sinteticamente, torna-se possível a análise dos recursos das

organizações e dos resultados alcançados.

Tipo de Informação

Atividades Policiais

- Chamados atendidos - Incidentes registrados - Incidentes encontrados - Incidentes investigados - Crimes resolvidos - Crimes não resolvidos - Suspeitos detidos - Ofensores declarados

Incidentes Criminais

- Regra de Classificação da Seriedade do Delito - Característica dos incidentes (tipo de arma, tipo de crime, patrimônio perdido, envolvimento com drogas, etc) - Característica das vítimas e ofensores (idade, sexo, relação entre vítima e ofensor, etc)

Recursos e Estrutura

- Efetivo (formação, idade, sexo, posição hierarquia, atividade etc) - Recursos previstos e gastos por tipo e atividade - Recursos materiais por tipo e atividade - Edificações - Estrutura organizacional - Descrição dos processos internos de decisão - Distribuição das unidades policiais por região geográfica - Mecanismos de controle de ação policial

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- Serviços prestados A Secretaria Nacional de Segurança Pública passa atualmente por um processo de

consolidação da política nacional de segurança pública assentada no Sistema Único de

Segurança Pública. A construção do Sistema Nacional de Estatística Criminal deve se

orientar também para a coleta de um conjunto de informações que municiem a SENASP

com as informações necessárias para a monitoração dos resultados alcançados nesta

ação.

Atividade

Realize a atividade, a seguir, no ambiente virtual!

A experiência tem demonstrado que os dois fatores mais importantes a serem levados

em consideração na formulação dos instrumentos de coleta são a fonte de informações e

a periodicidade de coleta. Explique esta afirmativa e disponibilize sua resposta para os

demais alunos e para seu tutor.

1.1.7 Unidades de Coleta e Análise

Existem, pelo menos, quatro unidades de coleta e análise de informações possíveis de

serem trabalhadas pelo Sistema Nacional de Estatística de Segurança Pública e Justiça

Criminal:

� Espacial (Estado, Capital, Região Metropolitana, Municípios);

� Unidade policial (Delegacia, Batalhão, Secretaria de Segurança Pública,

Guarda Municipal);

� Incidente Criminal;

� Pessoa (Ofensor ou Vítima).

Atividade

Realize a atividade, a seguir, no ambiente virtual!

Existem, pelo menos, quatro unidades de coleta e análise de informações possíveis de

serem trabalhadas pelo Sistema Nacional de Estatística de Segurança Pública e Justiça

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Criminal. Quais das unidades abaixo fazem parte das quatro citadas no texto que você

estudou?

a. Espacial (Estado, Capital, Região Metropolitana, Municípios),

b. Educacional (escolas públicas e privadas)

c. Unidade policial (Delegacia, Batalhão, Secretaria de Segurança Pública, Guarda

Municipal),

d. Incidente Criminal e

e. Pessoa (Ofensor ou Vítima).

Assinale a alternativa correta:

( ) a,b,c,d ( ) b,c,d,e ( ) a,c,d,e ( ) a,b,d,e

1.1.8 Fontes de Dados

O Sistema Nacional de Estatística de Segurança Pública e Justiça Criminal deverá contar

com informações originadas em diversas organizações do sistema de segurança pública e

justiça criminal, outras organizações governamentais, organizações da sociedade civil e,

até mesmo, informações coletadas diretamente das comunidades. Listaremos abaixo as

informações que serão coletadas junto a cada uma destas organizações.

Polícia Civil

Polícia Militar

Guardas Municipais

Polícia Técnica Ouvidorias e Corregedorias

Ministério Público

� Perfil organizacional � Atividades desenvolvidas � Ocorrências criminais � Perfil das vítimas � Perfil dos ofensores � Perfil organizacional � Atividades desenvolvidas � Ocorrências policiais � Perfil organizacional � Atividades desenvolvidas � Ocorrências registradas � Perfil organizacional � Atividades desenvolvidas � Perfil organizacional � Atividades desenvolvidas � Resultados das ações empreendidas � Ocorrências criminais � Perfil das vítimas � Perfil dos ofensores

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� Encaminhamento dos inquéritos Ministério da Saúde - DATASUS Ministério das Cidades

Sindicatos e Associações ligadas a Segurança Privada Comunidade - Vitimização

� Ocorrências de homicídio � Perfil das vítimas de homicídio � Características da Infra-estrutura

Urbana � Características Populacionais � Características Serviços Disponíveis

nos Ambientes Urbanos � Perfil Organizacional � Atividades Desenvolvidas � Incidência da criminalidade � Perfil das vítimas � Perfil dos agressores � Característica do delito � Relacionamento entre polícia e

comunidade � Caracterização do ambiente urbano

onde ocorrem os delitos Organizações Penitenciário

Atividade

do Sistema � População carcerária � Presos mortos dentro das instituições

do sistema penitenciário � Policiais e agentes penitenciários

mortos dentro das instituições do sistema penitenciário

Realize a atividade, a seguir, no ambiente virtual!

Listamos, abaixo, algumas das categorias de informações que serão coletadas junto a

cada uma das organizações que são fontes de dados neste sistema. Arraste para cada

categoria de informação a organização correspondente.

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1.1.9 Implantação dos Módulos

Todo o trabalho de criação dos módulos do SINESPJ e sua implantação foram feitos em

parceria com os gestores das organizações estaduais de segurança pública. Propostas

dos módulos foram encaminhadas para estes gestores, que participaram diretamente da

sua construção nos fornecendo críticas e sugestões. Assim, em maio de 2006, a situação

de implantação do SINESPJC se encontrava da seguinte forma: Data Prevista

Módulo Situação Implantação

Ocorrências Criminais e Atividades de Polícia (Polícia

Ocorrências Criminais e Atividades de Polícia (Polícia

IMPLANTADO

IMPLANTADO Ocorrências Criminais e Atividades de Polícia (Corpo de

Perfil das Organizações de Segurança Pública (Polícia Militar, Polícia Civil, Corpos de Bombeiro, Institutos de Medicina Legal, Guardas Municipais, Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, Delegacias de Atendimento a Criança e o Adolescente e Organizações de Aviação de Segurança Pública)

Controle da Ação Policial (Ouvidorias) Fluxo do Sistema de Justiça Criminal Pesquisa Nacional de Vitimização

em

em

em

em

Dezembro - 2006 IMPLANTADO

Dezembro - 2006

Dezembro - 2006

Julho - 2007 Cadastro Nacional de Mortes Violentas

Atividade

Realize a atividade, a seguir, no ambiente virtual!

NÃO EXECUTADO

De acordo com seu estudo, em maio de 2006 a situação de implantação do SINESPJC já tinha alguns módulos implantados. Assinale quais são eles.

Faça aqui suas anotações...

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AULA 04 - Exemplos Práticos de Implantação de Sistema de Informação em Segurança Pública

21

A seguir, você vai estudar mais um Sistema Nacional de Estatísticas de Segurança

Pública e Justiça Criminal.

1.2 Sistema de Monitoramento da Implantação do SUSP

Com o objetivo de monitorar o processo de implantação do Sistema Único de

Segurança Pública pelas Secretarias Estaduais de Segurança Pública e subsidiar a

Secretaria Nacional de Segurança Pública quanto ao conhecimento necessário para

garantir o êxito deste processo, lançamos, em dezembro de 2004, o Sistema Nacional

de Monitoramento da Implantação do SUSP.

Este sistema será apresentado para você por meio de subitens. Ao clicar sobre cada um

dos subitens você tem o texto de apresentação do mesmo em PDF. Assim, você tem a

possibilidade de estudar este sistema por partes. Após cada subitem, propomos uma

atividade para que você possa auto-avaliar o que estudou.

Qualquer dúvida, fale com seu tutor.

1.2.1 Metodologia de Trabalho

O monitoramento da implantação do SUSP é realizado por meio da coleta de informações

relativas a questões de caráter qualitativo que foram elaboradas a partir de uma análise

minuciosa do Plano Nacional de Segurança Pública do governo Lula e também das ações

que vêem sendo empreendidas na Secretaria Nacional de Segurança Pública. Estas

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AULA 04 - Exemplos Práticos de Implantação de Sistema de Informação em Segurança Pública

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questões sintetizam a expectativa da SENASP sobre as ações que deveriam ser

executadas pelas organizações estaduais de segurança pública no sentido de implantar o

SUSP em todas as 27 Unidades da Federação.

Todos os itens são estruturados da mesma forma: a situação caracterizada pela resposta

(a) determina que a ação não vem sendo executada e a situação caracterizada pela

resposta (b) é aquela determinada pela política traçada pelo Plano Nacional de Segurança

Pública e pelas ações empreendidas pela Secretaria Nacional de Segurança Pública e, por

isso, é a resposta a ser valorizada pela SENASP. Cada resposta na opção (b) significa um

ponto a mais para o Índice de Implantação do SUSP. Cada resposta na opção (a) ou a

ausência de resposta configura uma situação fora do proposto pela política traçada pela

SENASP. Todos os itens avaliados possuem a mesma importância. O Índice de

Implantação do SUSP é composto pelo somatório de pontos adquiridos no final da

avaliação dos 27 itens.

Nosso objetivo é construir uma série histórica com as informações coletadas e, dessa

forma, termos conhecimento para monitorar o processo de implantação do SUSP e

identificar ações que devem ser priorizadas para garantir o sucesso da implantação. Já

realizamos a avaliação dos resultados alcançados em 2004 e iniciamos a próxima

avaliação, referente ao ano de 2005. Importante destacar que os itens avaliados passam

por um processo de atualização em cada avaliação realizada, pois é preciso acompanhar

o avanço das ações na perspectiva temporal.

Atividade

Realize a atividade, a seguir, no ambiente virtual!

Qual a metodologia de trabalho aplicada para a implantação do SUSP? Envie sua resposta ao tutor.

1.2.2 Itens Avaliados

No ano de 2004 foram avaliados os resultados alcançados na implantação do SUSP.

Foram avaliados 27 itens, distribuídos em seis áreas distintas da seguinte forma: Gestão

do Conhecimento (4 questões), Reorganização Institucional (5 questões), Formação e

Valorização Profissional (4 questões), Prevenção (8 questões), Estruturação da Perícia (3

questões) e Controle Externo e Participação Social (3 questões). A seguir, expomos os

itens avaliados e as possíveis respostas existentes.

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AULA 04 - Exemplos Práticos de Implantação de Sistema de Informação em Segurança Pública

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1) GESTÃO DO CONHECIMENTO

A. Situação de alimentação do Sistema Nacional de Estatísticas de Segurança Pública e Justiça

Criminal:

a) Não informa dados ao sistema, ou cobertura baixa das informações enviadas (menos de 50% das unidades

espaciais de análise informadas ou média do percentual de cobertura abaixo de 50%)

b) Fornece informações com índice alto de cobertura (mais de 50% das unidades espaciais de análise ou média

do percentual de cobertura acima de 50%)

B. Situação de alimentação do INFOSEG:

a) Não atualiza as informações no sistema ou informações atualizadas de forma precária - não alimenta todos

os quatro índices (mandado de prisão, inquérito, processo e narcotráfico) ou informações não alimentadas de

forma "on-line"

b)Informações atualizadas continuamente de forma "on-line" - alimenta todos os quatro índices (mandado de

prisão, inquérito, processo e narcotráfico) de forma "on-line".

C. Situação de implantação de programa visando integrar o sistema de informações das Polícias

Civis e Polícias Militares (integração dos processos de coleta e registro de informações em apenas

uma base de dados):

a) Não existe integração ou existe projeto visando à integração do sistema de informações não implantado

b)Programa de integração do sistema de informações implantado parcialmente ou em todo o Estado

D. Situação dos investimentos do Estado em projetos para modernização da área de gestão do

conhecimento (projetos que visam ao mesmo tempo modernização tecnológica, capacitação dos

profissionais e implantação ou modernização dos sistemas de gestão da informação):

a)Não existem projetos

b)Existem projetos financiados pelos estados

2) REORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL

A. Situação do processo de integração das organizações policiais estaduais no planejamento tático e

estratégico das ações de segurança pública empreendidas por estas organizações:

a)Não existe integração ou existe projeto de integração das áreas não implantado

b)Integração parcial ou total das áreas de atuação das organizações estaduais de segurança pública

B. Situação da execução dos recursos repassados pela SENASP para as organizações de segurança

pública da UF:

a)Nível baixo de execução financeira (execução menor que 70% dos recursos dentro do cronograma

estabelecido no convênio ou termo aditivo)

b)Nível alto de execução financeira (execução acima de 70% dos recursos dentro do cronograma estabelecido

no convênio ou termo aditivo)

C. Situação do processo de implantação do Gabinete de Gestão Integrada ou órgão correspondente

na UF:

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a)Órgão não implantado (não existe ou existe o órgão mas não ocorrem reuniões sistemáticas entre seus

membros para o debate de questões sobre segurança pública e proposição de ações integradas)

b)Órgão implantado (ocorrem reuniões sistemáticas entre os membros do órgão para a proposição de ações

integradas entre as organizações de segurança pública)

D. Situação do processo de implantação do projeto de integração das corregedorias de polícia na UF:

a)Não existe integração ou existe projeto visando à integração das corregedorias não implantado

b)Programa de integração das corregedorias implantado parcialmente ou em todo o Estado

E. Situação dos gastos estaduais em segurança pública relacionados a investimento e custeio nos

últimos 3 anos (2001 a 2003) na UF:

a)Diminuição da participação percentual dos recursos gastos em custeio e investimento em relação ao total do

recurso gasto pelo Estado em segurança pública nos últimos 3 anos (2001 a 2003)

b)Estabilidade ou aumento da participação percentual dos recursos gastos em custeio e investimento em

relação ao total do recurso gasto pelo Estado em segurança pública nos últimos 3 anos (2001 a 2003)

3) FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL

A. Situação do processo de implantação da Matriz Curricular Nacional nas Academias de Polícia e

centros de formação:

a)Matriz não-implantada

b)Matriz implantada parcialmente ou plenamente (matriz definindo apenas alguns conteúdos, metodologias de

disciplinas ou cursos isolados dentro do processo de formação ou definindo todo o conteúdo e metodologia)

B. Situação do processo de integração das instituições de ensino policial:

a)Não existe integração ou existe projeto de integração das instituições de ensino policial não implantado

b)Integração parcial ou total das instituições de ensino policial

C. Situação de implantação de projeto de atendimento integral à saúde (médico, odontológico e

psicossocial) com abrangência institucional, ou seja, disponibilizado para toda a corporação:

a)Não existe programa de atendimento integral à saúde ou existe projeto não implantado

b)Projeto de atendimento à saúde implantado de modo total ou parcial

D. Situação da educação para Direitos Humanos no processo formativo dos policiais das

organizações estaduais de segurança pública:

a)Não há presença do tema de direitos humanos como tema gerador e nem disciplina de Direitos Humanos nas

academias ou escolas

b)Presença do tema de D.H. na formação dos policiais

4) PREVENÇÃO

A. Situação de implantação de programas estaduais de prevenção à violência implantados com

abrangência estadual:

a)Não existem programas ou existe projeto não implantado

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AULA 04 - Exemplos Práticos de Implantação de Sistema de Informação em Segurança Pública

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b)Programas estaduais de prevenção à violência implantados parcialmente ou em todo o Estado

B. Situação de implantação da política pública de Polícia Comunitária com abrangência sistêmica:

a)Não existe política ou existe projeto não implantado

b)Política pública de Polícia Comunitária implantada parcialmente ou em todo o Estado

C. Situação da rede multisetorial de programas de prevenção primária e secundária nas instituições

públicas:

a)Não existe a rede ou inexistem ações promovidas pela rede

b)Existem ações executadas pela rede

D. Situação de implantação de programa visando modernização das DEAMs:

a)Não existe programa ou existe projeto não implantado

b)Programa de modernização das Delegacias Especializadas de Atendimento a Mulheres - DEAMs implantado

parcialmente ou em todo Estado

E. Situação de apoio à implantação do Estatuto do Desarmamento:

a)Não existe apoio à implantação do Estatuto

b)Apoio à implantação do Estatuto

F. Situação da política de implantação das Delegacias de Proteção à Criança e o Adolescente e

Delegacias de Investigação de Ato Infracional:

a)Não existe política ou existe projeto não implantado

b)Política de implantação das delegacias implantada parcialmente ou em todo o Estado

G. Situação de implantação de programa visando prevenção de danos letais provocado pelo efetivo

das organizações de segurança pública:

a)Não existe programa ou existe projeto não implantado

b)Programa de prevenção de danos letais implantado parcialmente ou em todo o Estado

H. Situação de implantação das Comissões Permanentes de Direitos Humanos nas estruturas

organizacionais da Secretaria Estadual de Segurança Pública:

a)Não existe programa ou existe projeto não implantado

b)Programa de implantação das Comissões Permanentes de D.H. implantado parcialmente ou em todo o Estado

5) ESTRUTURAÇÃO DA PERÍCIA

A. Situação da adesão ao acordo de cooperação para implantação dos Laboratórios de DNA Forense:

a)Não adesão ao acordo

b)Adesão ao acordo

B. Situação do processo de descentralização (interiorização) das Estruturas dos IMLs, IIs e ICs:

a)Não existe processo de descentralização ou processo em planejamento e não implantado

b)Processo de descentralização implantado parcialmente ou plenamente

C. Situação dos investimentos do Estado em projetos para modernização da área de perícia

(projetos que visam ao mesmo tempo modernização tecnológica, capacitação dos profissionais e

implantação ou modernização dos sistemas de gestão da informação):

a)Não existem projetos

b)Existem projetos financiados pelos Estados

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26 6) CONTROLE EXTERNO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL

A. Situação do processo de implantação das Ouvidorias de polícia:

a)Não existe Ouvidoria ou Ouvidoria sem apoio efetivo (logístico) do Estado

b)Ouvidoria implantada e com apoio efetivo do Estado

B. Situação de apuração e encaminhamento administrativo e legal das denuncias de violação de

direitos humanos oriundas da SENASP, Secretarias Estaduais de Direitos Humanos, Sociedade Civil e

Comissões Legislativas de Direitos Humanos pela Secretaria Estadual de Segurança Pública:

a)Procedimentos legais não instaurados

b)Procedimentos legais instaurados

C. Situação da participação dos Conselhos Comunitários no Sistema Estadual de Segurança Pública:

a)Não existem conselhos funcionando regularmente

b)Conselhos funcionando regularmente

Atividade

Realize a atividade, a seguir, no ambiente virtual!

Quais são os itens avaliados na implantação do SUSP? Registre sua resposta e envie. Em seguida, confira sua resposta.

A seguir, você vai estudar sobre o observatório democrático de práticas de prevenção.

1.3 Observatório Democrático de Práticas de Prevenção

A partir de 2003 o Governo Federal propõe uma nova Política Nacional de Segurança

Pública, cuja agenda prevê e evidencia a prevenção da violência e criminalidade como

uma de suas áreas temáticas de atuação.

Desse modo, a prevenção ganha relevância e pauta em outubro de 2003 a reformulação

da Lei do Fundo Nacional de Segurança Pública, ampliando a possibilidade de

financiamento de ações municipais de prevenção da violência e criminalidade.

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AULA 04 - Exemplos Práticos de Implantação de Sistema de Informação em Segurança Pública

27

Desde então, o tema passou a ser trabalhado de forma mais sistemática, levando à

necessidade de levantar, sistematizar e disseminar as experiências de programas de

prevenção já implementados no país.

1.3.1 Metodologia de Trabalho

A criação do Observatório Democrático de Práticas

de Prevenção à Violência e Criminalidade envolveu

o cadastro destas práticas em todo o Brasil. As práticas

foram cadastradas a partir de um contato com as

Para conhecer o observatório

acesse o site: http://www.mj.gov.br/senasp/prev encao/prevencao_observatorio.htm

Secretarias Estaduais de Segurança Pública, Polícias Civis, Polícias Militares e algumas

organizações não-governamentais.

Estamos, atualmente, evoluindo a abrangência do observatório também para a coleta das

práticas de prevenção desenvolvidas pelos municípios em todo o território nacional.

O Observatório já está divulgando mais de 200 práticas de prevenção. Entre as

informações coletadas estão as parcerias efetivadas, as dificuldades e soluções

encontradas, o público atendido, as ações implementadas, os resultados alcançados e

tantas outras informações úteis para uma rica troca de experiências e para a construção

do conhecimento coletivo proposto.

Importante

É importante destacar que essas experiências ainda não tiveram seus resultados

avaliados pela SENASP/MJ. No entanto, entende-se ser relevante iniciar a sua divulgação,

mesmo antes da avaliação, objetivando que esse Banco se transformasse em uma

ferramenta de transferência de conhecimento útil e de fomento à construção de um

conhecimento coletivo sobre políticas e programas de prevenção da violência e

criminalidade.

Assim, o observatório tem como objetivo precípuo o fomento e a troca de experiências,

de estímulo e a promoção do debate de conceitos e concepções sobre políticas e

programas de prevenção da criminalidade e violência, multiplicando marcos referenciais

para serem incorporados no desenvolvimento de políticas públicas de segurança.

Parte do acervo exposto foi coletada a partir do levantamento de práticas de prevenção

desenvolvido em 2004 no projeto Arquitetura Institucional do Sistema Único de Curso Uso de Informações na Gestão das Ações de Segurança Pública

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AULA 04 - Exemplos Práticos de Implantação de Sistema de Informação em Segurança Pública

28

Segurança Pública na pesquisa intitulada Prevenção do Crime e da Violência e Promoção

da Segurança Pública no Brasil.

O questionário utilizado nesta pesquisa foi aproveitado na continuidade das atividades de

coleta de práticas de prevenção pela SENASP.

Apresentamos abaixo uma síntese das informações coletadas no questionário para o

cadastro das práticas de prevenção:

1. Nome do Programa:

2. Pessoa para contato:

a. Nome:

b. Telefone/Fax:

c. E-mail:

d. Endereço:

3. Instituição Responsável:

4. Instituições Parceiras:

5. Data de início do programa (dia/mês/ano):

6. Data prevista para término do programa (dia/mês/ano):

7. Por favor, faça uma breve descrição do programa:

8. Qual o problema que o programa visa a resolver?

9. Quais são os principais objetivos do programa?

10. Quais são as principais ações implementadas para realização dos objetivos do

programa? Por favor, relacione-as:

11. Quais são as principais dificuldades encontradas para realização dos objetivos do

programa? Por favor, relacione-as:

12. Quais são os principais resultados obtidos pelo programa? Por favor, relacione-os:

13. Localização geográfica do programa: (País/Estado/Cidade/Distrito)

14. População-alvo do programa: (Rural/Urbana)

15. Qual é a renda média do país/estado? / Qual é a renda média das famílias servidas

pelo programa?

16. Como você descreveria a renda da população-alvo do programa em relação à renda

no país/estado como um todo?

a. Muito pobre

b. Renda baixa

c. Renda média

d. Renda alta

e. Variada

17. Por favor, indique o tipo de violência interpessoal que é objeto do programa: Curso Uso de Informações na Gestão das Ações de Segurança Pública

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AULA 04 - Exemplos Práticos de Implantação de Sistema de Informação em Segurança Pública

29

a. Abuso contra crianças

b. Violência entre parceiros íntimos

c. Abuso contra pessoas idosas

d. Violência entre pessoas conhecidas

e. Violência entre pessoas estranhas

f. Geral (todas as anteriores)

18. Qual é o nível de intervenção do programa?

a. Nível do indivíduo

b. Nível das relações interpessoais

c. Nível da comunidade

d. Nível da sociedade

19. Especifique a população alvo (mais de uma opção pode ser assinalada):

a. Todas as idades

b. Crianças (0-11 anos)

c. Jovens (12-24 anos)

d. Adultos (25-60 anos)

e. Idosos (60 anos ou mais)

f. Homens e mulheres

g. Homens apenas

h. Mulheres apenas

20. O programa trabalha com vítimas ou agressores?

a. Vítimas apenas

b. Agressores apenas

c. Vítimas e agressores

d. Outros. Favor especificar

21. Quantas pessoas foram atingidas diretamente pelo programa nos últimos 12 meses:

22. O programa desenvolve intervenções em um ou mais de um local?

23. O que melhor caracteriza o alcance operacional do programa?

a. Programa apoiado em um único tipo de intervenção com o objetivo explícito de

prevenir a violência (ex: treinamento para pais).

b. Programa apoiado em diversos tipos de intervenção com o objetivo explícito de

prevenir a violência.

c. Programa que focaliza fatores de risco, mas não tem o objetivo explícito de prevenir a

violência. Se o programa focaliza fatores de risco, indicar quais fatores:

24.Você descreveria o programa como:

a. Focalizado em apenas um objetivo e local de implementação

b. Compreensivo, com mais de um objetivo e local de implementação

25. Por favor, indique o orçamento anual do programa (últimos 12 meses):

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AULA 04 - Exemplos Práticos de Implantação de Sistema de Informação em Segurança Pública

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26. Por favor, indique a origem dos recursos incluídos no orçamento do programa?

27. Quantas pessoas trabalham no programa?

28. Quantas pessoas são remuneradas? Favor indicar quantas pessoas são remuneradas

pelo programa e quantas são remuneradas pelas instituições participantes do programa?

29. Quantas pessoas são voluntárias?

30. O programa já foi avaliado? Caso sim, como?

Você concluiu aqui a primeira unidade da aula 4. A seguir, estudará sobre o uso de

informações na gestão das ações da SENASP.

Faça aqui suas anotações...

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AULA 04 - Exemplos Práticos de Implantação de Sistema de Informação em Segurança Pública

31

UNIDADE 2

USO DE INFORMAÇÕES NA GESTÃO DAS AÇÕES DA

SENASP

Relembrando...

Na unidade anterior você conheceu os sistemas de informação gerencial na SENASP.

Nesta unidade estudará como a SENASP usa as informações na gestão das suas ações.

Para ilustrar, em termos práticos, o uso das informações na gestão das políticas e ações,

será apresentado em seguida a experiência existente na SENASP, em três formas de uso

diferentes:

1. Distribuição de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública;

2. Seleção de Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher para receber

recursos e equipamentos;

3. Formulação de políticas de segurança pública baseada nos resultados de

diagnósticos sobre a situação de segurança pública no Brasil.

Conheça, a seguir, a primeira forma de uso de informações na gestão das políticas e

ações da SENASP.

2.1 Distribuição dos Recursos do Fundo Nacional de Segurança

Pública

Com o objetivo de criar um sistema de distribuição de recursos do Fundo Nacional de

Segurança Pública (FNSP) pautado na real necessidade de recursos por parte das

Unidades da Federação, a Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) passou a

elaborar, a partir de 2003, índices de distribuição dos recursos do FNSP.

O uso destes índices permitiria determinar qual o percentual dos recursos do Fundo

devem ser direcionado para cada uma das 27 Unidades da Federação.

Veja, a seguir, os fatores componentes do índice e fatores de correção.

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AULA 04 - Exemplos Práticos de Implantação de Sistema de Informação em Segurança Pública

32

Os recursos do FNSP de 2004 e 2005 foram distribuídos com base em um índice

construído pela agregação de dez fatores quantitativos diferentes, sendo cinco

específicos da área de segurança pública e cinco relativos à caracterização urbana e

populacional das Unidades da Federação.

Para cada um dos indicadores foi dado um peso específico em função da importância

atribuída pela SENASP a estes fatores para a execução da Política Nacional de Segurança

Pública.

Assim, por exemplo, os fatores relacionados mais diretamente a área de segurança

pública receberam pesos mais significativos.

O índice é resultado de uma média ponderada da situação apresentada pelos fatores no

contexto nacional.

Como você viu, na ilustração anterior, foram incluídos alguns fatores de correção na

composição do índice para evitar que UFs com grande população, número de registros de

ocorrências e efetivo levassem a maior parte do recurso do FNSP.

São justamente estas Unidades da Federação que possuem também uma maior

arrecadação e podem, deste modo, investir recursos estaduais na área de segurança

pública.

Assim, foram inseridos: o PIB como um indicador da capacidade da UF de investir em

segurança pública e o IDH como um indicador das condições de vida da população.

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AULA 04 - Exemplos Práticos de Implantação de Sistema de Informação em Segurança Pública

33

Diferentemente dos outros indicadores que possuem uma relação positiva com

a distribuição de recursos, ou seja, a parcela do recurso do FNSP a ser recebida

aumenta na medida em que aumenta o valor do fator, no caso do IDH e do PIB,

a parcela do recurso do FNSP diminui na medida em que estes fatores

aumentam.

Para o ano de 2006, foi empreendida uma evolução na composição do índice que foi

utilizado para a distribuição do FNSP.

Primeira evolução

Primeiro, realizamos uma mudança nos indicadores que compõem o índice quantitativo.

Deixamos de usar o PIB como fator de correção e passamos a utilizar o PIB per capita,

buscando ser mais preciso quanto à informação de disponibilidade de recursos da própria

UF para investir por si mesma. Logicamente, a disponibilidade de recursos varia segundo

o tamanho da população.

Segunda Evolução

Outra evolução na composição do índice de 2006 resultou da seguinte constatação: o

índice utilizado para os anos de 2004 e 2005 privilegiou as Unidades da Federação que

estavam com melhor capacidade de tratamento e sistematização da informação e que

possuíam os maiores efetivos e alta incidência criminal. Assim, se este mesmo índice

continuasse a ser utilizado, teríamos o risco premiar sempre as organizações de

Segurança Pública que investiram no aperfeiçoamento dos seus sistemas de coleta e

registro de informações e deixaram de lado ações efetivas no sentido de reduzir e

prevenir a incidência da criminalidade. A nova versão do índice foi construída tendo em

vista que era preciso avaliar as ações que estavam sendo empreendidas pelas

organizações de segurança pública no sentido de melhorar a segurança pública.

Este novo índice foi construído a partir da avaliação da execução de 27 ações específicas

determinadas por uma análise minuciosa do Programa de Segurança Pública para o Brasil

e também das ações que vêm sendo executadas pela SENASP.

Essas informações foram coletadas por meio do Sistema de Monitoramento da

Implantação do SUSP.

Cada Unidade da Federação teve uma pontuação neste processo de avaliação, que foi

utilizada para determinar qual o percentual do recurso do FNSP a ser recebido.

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34

Mais do que um instrumento para distribuir os recursos do FNSP, este índice também

atua no monitoramento da implantação do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP).

Cabe destacar, que este índice determina a distribuição de uma parte dos recursos do

FNSP para as Unidades da Federação.

Outra parte dos recursos do FNSP é reservada para ser distribuída na forma de ações

executadas diretamente pela equipe técnica da SENASP, seja na forma de aquisições

diretas, que levam à doação de recursos físicos para as Unidades da Federação, ou

mesmo pelo incentivo à assinatura de convênios entre SENASP e as Unidades da

Federação em objetos específicos.

A tabela abaixo dispõe os índices de distribuição de recursos para os anos de 2003,

2004, 2005 e 2006. Com as alterações ocorridas no índice em 2006, houve uma

significativa mudança nos valores para alguns Estados. A seguir, você estudará a seleção das DEAMs para receber kit de modernização.

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35

2.2 Seleção das DEAMs para Receber Kit de Modernização Nos anos de 2004, 2005 e 2006, objetivando subsidiar o processo de seleção de

Delegacias de Atendimento à Mulher que seriam atendidas em um programa de

modernização da infra-estrutura operacional e tecnológica e um programa de capacitação

profissional, a SENASP elaborou pesquisas anuais sobre o perfil destas delegacias

quantificando o serviço prestado por estas organizações e os recursos existentes para a

execução destes serviços.

Estas pesquisas fizeram parte do módulo Perfil das Organizações de Segurança Pública

do Sistema Nacional de Estatísticas de Segurança Pública e Justiça Criminal, e a partir

das informações coletadas foi construído um índice de precariedade das DEAMs.

O índice foi criado atribuindo pesos diferentes a variáveis relativas a:

(1) total de efetivo

(2) número de ocorrências registradas e de termos circunstanciados

(3) número de viaturas em uso

(4) número de armamento em uso

(5) processo de capacitação pelo qual o efetivo das DEAMs havia passado no respectivo

ano de análise.

O índice final é resultado da soma destes diversos fatores multiplicados por pesos

diferentes, conforme importância estabelecida pelas diretrizes do programa de

modernização das DEAMs.

O quadro a seguir mostra a metodologia de construção do índice ponderado.

Faça aqui suas anotações...

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36

Com essas variáveis, foi possível elaborar um índice que medisse o grau de recursos em

cada DEAM pesquisada respeitando os respectivos níveis e estrutura de trabalho de cada

Delegacia.

As DEAMs premiadas seriam aquelas com situação mais precária – menor efetivo, menor

número de ocorrências, menor disponibilidade de recursos físicos – respeitando a

necessidade do seu efetivo ter passado por algum processo de capacitação durante o ano

anterior.

Os histogramas a seguir evidenciam a situação de precariedade encontrada entre as

DEAMs nos anos de 2004 e 2005.

Em ambos, os anos, é possível verificar que grande parte das DEAMs possui índices cujos

valores se aproximam do valor da média dos índices.

A distribuição normal mostra baixa concentração de delegacias com valores de índices

próximos às duas extremidades – situações muito precárias e situações de trabalho

excelentes. Veja, a seguir, o histograma do índice de precariedade das DEAMs.

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37 Fonte: Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher/ Ministério da Justiça/ Secretaria Nacional de Segurança Pública/

Departamento de Pesquisa, Análise da Informação e Desenvolvimento de Pessoal em Segurança Pública.

Fonte: Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher/ Ministério da Justiça/ Secretaria Nacional de Segurança Pública/

Departamento de Pesquisa, Análise da Informação e Desenvolvimento de Pessoal em Segurança Pública.

No ano de 2004, foram selecionadas 50 DEAMs. Para garantir o acesso do projeto às 27

Unidades da Federação, decidiu-se escolher 02 DEAMs por UF, sabendo de ante mão que

nem todas as UFs têm mais de uma DEAM.

Em função da necessidade de ampliar o impacto e visibilidade da política, foi escolhida

pelo menos 01 DEAM de cada capital para cada UF.

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AULA 04 - Exemplos Práticos de Implantação de Sistema de Informação em Segurança Pública

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Importante

Importante destacar que nem todas as capitais possuíam DEAMs e que algumas

possuíam mais de um. No caso das capitais que possuíam mais de uma DEAM, foi

selecionada aquela com o pior índice de precariedade. A segunda DEAM por UF foi

escolhida também utilizando o índice de precariedade. No caso das UFs em que as

capitais não possuíam DEAMs, foram escolhidas duas DEAMs no interior com base no

índice de precariedade.

Em 2005, foram introduzidas algumas alterações no processo de seleção. Neste ano, não

foi necessário priorizar o atendimento das DEAMs localizadas nas capitais. Assim, a

seleção obedeceu principalmente o critério estabelecido pela precariedade das condições

de trabalho.

Foram adicionadas a este critério, também ,outras condições para seleção:

� Ter enviado o questionário da Pesquisa Perfil Organizacional das Delegacias

Especializadas de Atendimento à Mulher até uma data limite.

� Selecionar apenas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher que

possuíssem 4 ou mais profissionais nos seus efetivos.

� Selecionar as DEAMs de modo distribuído geograficamente, não permitindo

a concentração de selecionadas em nenhuma Unidade da Federação

específica.

Estes três processos de seleção consecutivos foram responsáveis pela escolha de 200

DEAMs.

Cabe destacar que em algumas Unidades da Federação existem poucas DEAMs e que,

com estes dois processos de seleção (2004 e 2005), o processo de investimento foi

encerrado, pois já não existiam mais DEAMs para serem escolhidas.

Em 2006, já com muitas Unidades da Federação completamente atendidas em termos

das DEAMs que deveriam participar do projeto, continuamos com a mesma prática

ocorrida em 2005.

A seguir, veja o como se deu o desenho de políticas de segurança pública a partir de

diagnósticos.

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2.3 Desenho de Políticas de Segurança Pública a partir de

Diagnósticos

A coleta das ocorrências registradas pelas Polícias Civis nos 224 municípios brasileiros

com população acima de 100 mil habitantes, procedimento do Sistema Nacional de

Estatística de Segurança Pública e Justiça Criminal, nos forneceu, pela primeira vez,

oportunidade de visualizarmos como a criminalidade está distribuída no Brasil em termos

do tamanho dos municípios.

Verificou-se que as capitais das Unidades da Federação não constituem os municípios

com maior incidência de registro de ocorrências no país. Muitos municípios com

população acima de 100 mil habitantes e que não são capitais, constituem os municípios

com mais incidência de registro de ocorrências.

Por esta razão, a SENASP estabeleceu como política nacional de segurança pública

investir, em 2006, nos 100 municípios com maior incidência de registro de ocorrências

pelas Polícias Civis no Brasil.

Ações em todas as áreas prioritárias da SENASP foram direcionadas para estes

municípios:

Assinatura de convênios para distribuição de recursos do FNSP, instalação de

telecentros da Rede Nacional de Ensino à Distância e fomento da implantação

de Consórcios Intermunicipais de Prevenção à Violência e Criminalidade.

Você conclui, aqui, a última unidade da quarta aula do curso “Uso de Informações na

Gestão das Ações de Segurança Pública”.

A seguir, temos o fechamento da aula e as atividades de conclusão.

Faça aqui suas anotações...

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FECHAMENTO DA AULA Fechamos aqui o conteúdo da aula 4. A seguir, realize as atividades de auto avaliação

desta aula, para que você possa sedimentar seus conhecimentos aqui construídos.

Nesta aula você conheceu os sistemas de informação gerencial na SENASP e o uso de

informações na gestão das ações da SENASP

Dica

Lembre-se: Qualquer dúvida retome o conteúdo e tire suas dúvidas com seu tutor. Não

vá em frente se algo não foi compreendido!

Faça aqui suas anotações...

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ATIVIDADES DE CONCLUSÃO DA AULA

Atividade

Realize a atividade, a seguir, no ambiente virtual!

O uso das informações na gestão das políticas e ações foi apresentado por meio da

experiência existente na SENASP em três formas de uso diferentes:

� Distribuição de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública;

� Seleção de Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher para receber

recursos e equipamentos;

� Formulação de políticas de segurança pública baseada nos resultados de

diagnósticos sobre a situação de segurança pública no Brasil.

Você estudou as três formas. Então, a atividade proposta é que você fale sobre cada uma

das formas resumidamente e socialize seu resumo com o tutor.

Faça aqui suas anotações...

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