Aprendizagem da leitura e escrita

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APRENDIZAGEM DA LEITURA E ESCRITA PROFESSORA: PATRICIA VASCONCELOS COSTA

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os processos de aprendizagem da leitura e da escrita

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APRENDIZAGEM DA LEITURA E ESCRITA

PROFESSORA: PATRICIA VASCONCELOS COSTA

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Para melhor conhecer a criança é preciso aprender a vê-la. Observa-la enquanto brinca: brilho nos olhos, a mudança de expressão do rosto, a movimentação do corpo. Estar atento à maneira como desenha o seu corpo, aprender a ler a maneira como escreve a sua história. (MOREIRA)

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PAPEL DA LINGUAGEM

Aquisição da Linguagem e compreensão do mundo.

o meio. A Linguagem no tempo.

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AJURIAGUERRA, LE BOULCH, LAUNAI E BOREL.

Etapas na aquisição da linguagem: Pré - linguística ( até dez meses) Linguística ou semiótica ( a partir de dez)

2 meses. 3 a 4 meses. (lalação) A partir dos 12 meses, na etapa

Linguística, a criança passa a desenvolver uma linguagem derivada dos processos anteriores. (ecolalia)

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1 ano e meio a 2 anos: a criança

percebe que as palavras são símbolos.

Primeiro é a percepção do objeto ou da situação vivenciada que induz a palavra; mais tarde, a percepção da palavra trocará o objeto ou a situação pela representação mental. (LE BOULCH 1988)

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Condemarím: Fazem distinção entre SIGNO - que

definem como a representação direta de um fato.

Símbolo- relação é indireta e convencional, isto é, aceita pelo grupo.

A nossa comunicação escrita, portanto representa determinadas convenções que dão origem a grafismo e que matem uma relação indireta com o significado passando a constituir símbolos.

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Le Boulch: , Símbolo representa uma coisa, um Significado por meio de um significante.

a criança vai formando o mundo das palavras e dos conceitos.

o seu vocabulário, inicialmente reduzido, vai obriga-la a usar as mesmas palavras para objetos, pessoas e situações diferentes.

Passa a discriminar e diferenciar no eterno trabalho mental.

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A linguagem te um papel decisivo na mediação dos processos mentais, pois graças a ela é possível generalizar, pensar logicamente, adquiri, reter e selecionar conceitos; desta forma ir criando novos conceitos funcionais.

Fases dos Porquês? POPPOVIC, Ana Maria.

A fala é um ato Motor organizado.

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• PARA POPPOVIC: A FALA É UM ATO MOTOR ORGANIZADO

LAUNAY: A LINGUAGEM É AO MESMO TEMPO UMA FUNÇÃO E UM APRENDIZADO;

FUNÇÃO NO SENTIDO QUE TODO SER HUMANO NORMAL FALA E A LINGUAGEM CONSTITUI UM INSTRUMENTO NECESSÁRIO PARA ELE; UM APRENDIZADO, POIS O SISTEMA SIMBÓLICO LINGUÍSTICO QUE A CRIANÇA DEVE ASSIMILAR É ADQUIRIDO PROGRESSIVAMENTE PELO CONTATO COM O MEIO.

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LEITURA E A ESCRITA COMO MEIO DE COMUNICAÇÃO

Poppovic: a própria língua interior, isto é, a fusão da fala e o pensamento é que permite a aquisição de novas etapas no desenvolvimento da linguagem que são a leitura e a Escrita.

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Vayer (82) a verdadeira comunicação se processa através de três níveis que se sucedem no tempo e são dependentes:

No nível tônico-afetivo Nível gestual Nível verbal.

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LINGUAGEM GRÁFICA

Comunicação e expressão Garatujas

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OS PARECERES

O desenho, manifestação semiótica que surge no período simbólico, evolui em conjunto com o desenvolvimento da cognição. Compartilha mais intimamente, por um lado, as fases da evolução da percepção e da imagem mental, subordinando-se às leis da conceituação e da percepção. Por outro lado, compartilha a plasticidade do brincar, constituindo-se em meio de expressão particular, isto é, “...um sistema de significantes construído por ela e dóceis às suas vontades” (PIAGET, 1973, p. 52).

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percepção do objeto, no desenho, corresponde à atribuição de sentido dada pela criança, constituindo-se realidade conceituada, e não material. Inicialmente o objeto representado é reconhecido após a realização do desenho, quando a criança expressa verbalmente o resultado da ação gráfica, identificada ao objeto pela sua similaridade. momento fundamental de sua evolução se constitui na antecipação do ato gráfico, manifestada pela verbalização, indicando a intenção prévia e o planejamento da ação (VYGOTSKY, 1988).

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Lowenfeld (1977) é outro autor que ressalta a importância do desenho para o desenvolvimento da criança, seja como veículo de auto- expressão ou como de desenvolvimento da capacidade criativa e da representativa.

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O DESENHO Garatujas "Sabia que eu sei desenhar um cavalo? Ele está fazendo cocô."

"Vou desenhar aqui, que tem espaço vazio.""O cavalo ficou escondido debaixo disso tudo!" Joana, 3 anos

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Garatuja Desordenada-Realismo Fortuito

Garatuja ordenada

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Pré-esquema

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Esquema-1 fase

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Esquema-2 fase

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Esquema 3 fase- Esquemática

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REALISMO INTELECTUA L

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COM O TEMPO, A CRIANÇA BUSCA REGISTRAR AS COISAS DO MUNDO

Jogo Simbólico "Esse aqui não é um coelho. Não me diga que é um coelho

porque é um boi bebê. Eu estou fazendo uma galinha que foi botar ovo no mato. Quer dizer, uma menina que foi pegar plantas no mato para dar ao marido." Yolanda, 5 anos

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DESENHAR É UMA FORMA DE A CRIANÇA LIDAR COM A REALIDADE QUE A CERCA, REPRESENTANDO SITUAÇÕES QUE LHE INTERESSAM.

"Vou desenhar a minha casa. Aqui é o portão e tem uma janela aqui." Anita, 5 anos "Dá para ver a sua mãe dentro de casa?" Repórter"Não, porque a porta parece um espelho. Só daria se a janela estivesse aberta." Anita

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LEITURA

Morais(86): Este processo inicial da leitura, que envolve a

discriminação visual dos símbolos impressos e associação entre palavra impressa e som, é chamado de decodificação e é essencial para que a criança aprenda a ler. Mas, para ler, não basta apenas realizar a decodificação dos símbolos impressas, é necessário que exista, também, a compreensão e a analise critica do material lido.

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De acordo com Negrine (1980), uma das aprendizagens escolares básicas devem ser os exercícios psicomotores e sua evolução é determinante para a aprendizagem da escrita e da leitura.

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Precisa-se além da capacidade de simbolização, de verbalização e de desenvolvimento intelectual.

Habilidades: capacidade de memorização e acuidade visual, Coordenação ocular, atenção/concentração. Vocabulário/compreensão, noção de lateralidade. Orientação espaço/temporal.

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Para Negrine (1980, p. 61), as dificuldades de aprendizagem vivenciadas pelas crianças “são decorrentes de um todo vivido com seu próprio corpo, e não apenas problemas específicos de aprendizagem de leitura, escrita, etc.”

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ESCRITA

Escrita é um ato motor. Copia: basta que a criança tenha uma

boa acuidade visual. Coordenação motora fina, postura

correta para escrever. Ditado: as palavras devem ser

discriminada e diferenciadas auditivamente, depois são associadas aos significados a sua forma gráfica e a escrita.

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REFERENCIAS

GARDNER, H. Estruturas da mente. A teoria das inteligências múltiplas. Porto Alegre: Ed Artes Médicas, 1994.

LAPIERRE, A. A simbologia do movimento: psicomotricidade e educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986. LE BOULCH, J. Educação psicomotora: psicocinética na idade escolar. Porto

Alegre: Artes Médicas, 1987. MELO, V. Folclore Infantil. Belo Horizonte: Editora Itatiaia Limitada, 1985.

PIAGET, J. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1971. ______; INHELDER, B.

A psicologia da çriança. São Paulo, Difusão Européia do Livro, 1973. PILLAR, A. D. P. Desenho e construção de conhecimento na criança. Porto

Alegre: Artes Médicas, 1996. READ, H. La educación por el arte. Buenos Aires: Paidós, 1977. SCLIAR-

CABRAL, L. Introdução à Lingüística. Porto Alegre: Globo, 1973. VIGOSTSKY, L.A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos

superiores. São Paulo, Martins Fontes, 1988.

VAYER, P . O diálogo corporal . São Paulo: Editora Manole Ltda, 1984