Aprendizagem escolar e trabalho pedagógico

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 Aprendizagem escolar e trabalho pedagógico Fórum 1 Após reunião com o grupo de professoras da escola Mizinha, foi consenso a escolha do tema: recuperação paralela, como foco de um trabalho diferenciado e olaborativo, para melhorar essa ação sempre presente na escola sem, contud o, apresentar resultados satisfatórios. Outros temas de importância também foram levantados: recreio compartilhado, infraestrutura da escola, horário da merenda, lixo na escola, tumulto dos alunos na biblioteca, na hora do intervalo, horário da saída tumultuada, para citar os mais importantes. FÓRUM 2 Preparei as duas sessões de estudo com alunos, professoras e núcleo gestor da escola, atravé de conversas informais e questionamentos sobre o tema: recuperação paralela. Os questionamentos me permitiram elaborar um questionário que atendesse às colocações feitas pelos pesquisados. Passo a pontuar essas questões abaixo: 1) Vocês concordam com a 2a. prova ou prova de recuperação paralela a cada bimestre? 2) Vocês estão de acordo que essa prova de recuperção deixe de existir? 3) O núcleo gestor concorda com essa prova? 4) Professores, como vocês veem a prova de recuperção paralela? 5) Vocês pais, preferem que essa prova continue? A partir das respostas a esses questionamentos passamos a elaborar um projeto de interve nção em relação à prova de recuperação dos alunos da escola Mizinha. FÓRUM 3 No fórum anterior já citei a justificativa da temática e as sessões de estudos com alunos, professores, núcleo gestor e pais, através da aplicação de questionário; agora pretendo transcrever o resultado desses questionamentos, onde cada um apresentou respostas diversificadas para as minhas perguntas. Alunos, 1) Vocês concordam com a prova de recuperação paralela? A: Sim, porque dá mais uma chance de recuperar a nota. B: Gostaria que esta prova fosse modificada e tivesse nota máxima valendo dez, assim não me preocuparia com outras provas.

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Aprendizagem escolar e trabalho pedagógico

Fórum 1

Após reunião com o grupo de professoras da escola Mizinha, foi consenso a escolha do tema:recuperação paralela, como foco de um trabalho diferenciado e olaborativo, para melhoraressa ação sempre presente na escola sem, contudo, apresentar resultados satisfatórios.

Outros temas de importância também foram levantados: recreio compartilhado,infraestrutura da escola, horário da merenda, lixo na escola, tumulto dos alunos nabiblioteca, na hora do intervalo, horário da saída tumultuada, para citar os maisimportantes.

FÓRUM 2

Preparei as duas sessões de estudo com alunos, professoras e núcleo gestor da escola, atravéde conversas informais e questionamentos sobre o tema: recuperação paralela.

Os questionamentos me permitiram elaborar um questionário que atendesse às colocaçõesfeitas pelos pesquisados. Passo a pontuar essas questões abaixo:

1) Vocês concordam com a 2a. prova ou prova de recuperação paralela a cada bimestre?

2) Vocês estão de acordo que essa prova de recuperção deixe de existir?

3) O núcleo gestor concorda com essa prova?

4) Professores, como vocês veem a prova de recuperção paralela?

5) Vocês pais, preferem que essa prova continue?

A partir das respostas a esses questionamentos passamos a elaborar um projeto deintervenção em relação à prova de recuperação dos alunos da escola Mizinha.

FÓRUM 3

No fórum anterior já citei a justificativa da temática e as sessões de estudos com alunos,professores, núcleo gestor e pais, através da aplicação de questionário; agora pretendotranscrever o resultado desses questionamentos, onde cada um apresentou respostasdiversificadas para as minhas perguntas.

Alunos,

1)  Vocês concordam com a prova de recuperação paralela?

A: Sim, porque dá mais uma chance de recuperar a nota.

B: Gostaria que esta prova fosse modificada e tivesse nota máxima valendo dez, assim nãome preocuparia com outras provas.

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 C: Para mim não é importante, pois não preciso desta nota acho perda de tempo.

2)  Vocês concordam que esta recuperação deixasse de existir?

A: Não, deveria ser modificada; fariam a prova apenas aqueles alunos de baixo rendimento,embora tenham alunos que dependem dessa nota. Isso porque não estudam, confiam semprena recuperação paralela por isso esta recuperação precisa de novos critério.

Núcleo gestor:

3)  Vocês concordam com essa prova?

A: Sim, de alguma forma ela esta ajudando ao aluno. Reconhecemos sim que precisa denovos critérios.

Professores:

4)  Como vocês veem a prova de recuperação paralela?

A: Com muitas deficiências tanto por parte dos professores como dos alunos. Muitos delesnão levam a sério, outros não querem mesmo estudar.

B: Esta prova não deveria existir, é uma semana de aula pedida.

C: Deveriam ter novos critérios para esta prova.

D: Deveria ser feita apenas pelos alunos de baixo rendimento escolar.

E: A prova deveria ser aplicada para os alunos que não conseguiram a média sem que os

outros alunos tivessem perda de aula.

Estes foram os resultados dos questionamentos que tivemos a partir de conversas em grupos;seguiremos agora com o desenvolvimento do trabalho buscando encontrar uma solução paraa temática escolhida: RECUPERAÇÃO PARALELA BIMESTRAL - SOLUÇÃO PARA MELHORAR AAPRENDISAGEM DOS ALUNOS OU PERDA DE TEMPO PARA OS PROFESSORES?

FÓRUM 4

Após a leitura do relato da professora Maria das Graças Dimas Cabral, contido no livroSeminário (Re) Conhecendo a nossa escola: relatos de vivências, publicação da Secretaria deEducação, Esporte e Lazer do Recife (2008, p. 93-100), responda às seguintes questões:

1. Como esta professora situa a coordenação pedagógica enquanto instrumento de formaçãocontinuada?2. Neste caso, como se articula a formação de coordenadores pedagógicos e a formação deprofessores?3. Que tipo de atividades foram desenvolvidas pela coordenação pedagógica comoestratégias de formação continuada dos docentes no âmbito da escola?

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O COORDENADOR PEDAGÓGICO DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO

RECIFE NO PAPEL DE FORMADOR: RELATOS DE EXPERIÊNCIAS.Maria das Graças Dimas CabralCoordenadora Pedagógica Escola Municipal Chico Mendes³A educação, qualquer que seja ela, é sempreuma teoria conhecimento posta em prática´(Paulo Freire)

IntroduçãoDiante da política educacional adotada pela Prefeitura da Cidade do Recife, a partir de 2001, em umnovo modelo de organização curricular, em que a qualidade na educação é a principal meta, organizar oensino e a aprendizagem de forma competente eeficaz vem sendo um dos objetivos dessa política educacional.A formação continuada se insere como desafio na superação da dicotomia entre saber e experiência,conhecimento e prática, tendo como objetivo instrumentalizar o professor na perspectiva de que eleassuma sua prática mediante a reflexão da experiência vivida (SAUL, 1993 apud FREITAS, 2005).

  Nesse processo de mudanças e reflexões, inicia-se uma política de formação continuada onde oscoordenadores pedagógicos aparecem como importantes atores desempenhando um dos seus principais

  papéis, o de formador. Assim, participam de encontros semanais com seus tutores, tambémcoordenadores pedagógicos, e organizam momentos semanalmente e/ou quinzenalmente na escola emque trabalham junto aos professores, ou seja, são multiplicadores de conhecimentos, onde a articulaçãoentre teoria e prática passa a ser o eixo central da formação de professores como profissionaisreflexivos.Organizar momentos de formação em serviço, no horário de trabalho pedagógico coletivo, com troca de

experiências e reflexões sobre a prática, passou a ser contínuo em nossa escola, pois percebemos eacreditamos que a formação de grupos de trabalho preocupadosem melhorar as ações em sala de aula é viável e necessária.Com a idéia de que, ao se colocar no papel de formador do corpo docente, o coordenador pedagógicoestará assumindo a responsabilidade junto aos professores pela qualidade do ensino na escola(SCARPA, 2007), analisamos o processo de formaçãocontinuada ocorrido na Escola Municipal Chico Mendes, por meio de relatos das professoras.A partir de 2005, a Secretaria de Educação, Esporte e Lazer vem promovendo osencontros para estudono cotidiano das escolas para professores do 1º e 2º Ciclos de Aprendizagem, num processo deorganização e acompanhamento contínuo. Foi nesse contexto que participamos do curso dealfabetização e apropriação do sistema de escrita alfabética, da formação em arte durante o ano letivo2006 e do curso do Pró-Letramento em Matemática e Língua Portuguesa, em 2007. Este último curso,

serviu de referência para os relatos constantes neste trabalho. Nosso objetivo é compartilhar com todos que fazem a Rede Municipal de Ensino do Recife o quanto nosé importante a Formação Continuada como espaço de reflexão, construção e desconstrução de caminhosque nos possibilita organizar a nossa prática pedagógica em função do desenvolvimento permanente denossos alunos e do alcance das competências ainda não atingidas.

1. Relato de experiências do curso de formação em Matemática e Língua PortuguesaOs encontros com os professores do turno da tarde iniciaram em maio de 2007, uma vez por semana, àssegundas-feiras, dia em que as estagiárias de apoio estavam presentes na escola. Essas estagiárias são do

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curso de Pedagogia e fazem parte do Movimento de Aprendizagens Interativas, projeto criado parasubstituição dos professores do 1º e 2º Ciclos de Aprendizagem no momento em que participam daformação continuada.Participaram das discussões cinco professoras do 1º e 2º Ciclos e a coordenadora pedagógica, osencontros tinham duração de 4 horas e foram realizadas na sala da coordenação.

 No início, fomos orientadas a fazer quinze encontros de Matemática e quinze de Língua Portuguesa,sendo cada encontro de duas horas; depois, houve um acréscimo de cinco encontros para cadacomponente curricular. No mês de dezembro de 2007 conseguimos concluir os encontros previstos.Para um melhor desenvolvimento do estudo, procuramos adotar diversas estratégias, entre elas, a deiniciar sempre com uma leitura deleite e/ou dinâmica, algo que pudesse ser fonte de prazer coletivo.Realizamos estudos de textos da seguinte forma: ao recebermos o material, 7 fascículos de LínguaPortuguesa, nós, um grupo de coordenadores, nos reuníamos e procurávamos fazer sínteses de cadafascículo para serem lidas e discutidas com os professores.A cada encontro, pedíamos que o professor fizesse uma leitura prévia dos fascículos para poder enriquecer as discussões. Em Matemática, fizemos a leitura dos nove fascículos na íntegra. Foramleituras compartilhadas e, após a realização das mesmas, era proposta a socialização dos conhecimentos

 para o grande grupo, através de diálogo, discussão, debate, seminário. Sempre procurávamos garantir atroca de saberes entre os professores de maneira a respeitar os diferentes pontos de vista.

  professores, em nossas discussões, se colocavam como sujeitos de uma experiência, mostrando aimportância de fazer uso consciente do saber, saber-fazer e do saber ser.

 Nosso desejo era o de poder articular a teoria e a prática, ação complexa, considerando que esse diálogo passa muitas vezes por uma escolha intencional de nós mesmos, assumindo uma atitude investigativa denossa prática pedagógica no dia-a-dia.intenção articuladora se volta para uma ação pedagógica que, além de identificar os conhecimentos

 prévios dos alunos, reconhece suas possibilidades e estabelece situações que os façam ultrapassar seuslimites, passando dos conceitos espontâneos para os conceitos científicos veiculados pela escola, numa

 perspectiva mais integradora, social e transformadora. Consequentemente, adotar uma ação pedagógicacom esses princípios exige que o professor compreenda a necessidade de ter o suporte teórico comoorientador de sua prática, saiba elaborar, de forma consistente, a transposição didática de seu objeto detrabalho e estabeleça uma constante articulação entre teoria e prática, conhecimento e aprendizagem(Prefeitura do Recife, 2003).

2. A reflexão em focoPara todos nós, profissionais da docência, é um desafio desenvolver a prática do refletir, do pensar, paranão simplesmente dar aulas, mas, acima de tudo, construir conhecimentos. Em nossos estudos reflexivossobre nossa prática, procuramos levar em consideração as necessidades cotidianas de cada professor 

 participante, proporcionando momentos de estudos compartilhados e trocas de experiências. Nosso grupo é bastante diversificado, temos professores novos na educação e também professores maisantigos, ou seja, com mais experiência na docência. Portanto, nossas discussões puderam ser bastantericas, as práticas cotidianas são singulares, logo, cabe a cada professor e a cada realidade escolar ocuidado de discernir entre as práticas, as inovadoras ou não, adotando aquelas que possam caminhar 

 para bons resultados com seus alunos.Tivemos como base a reflexão dos sujeitos sobre sua prática docente, examinando nossas teorias

implícitas, esquemas, funcionamentos. Realizamos também um processo constante de autoavaliação que  pudesse orientar o nosso trabalho, provocando os participantes à reflexão. Nesses momentos os  professores levantavam problemas do seu cotidiano e correlacionavam o que estávamos trazendo deteoria, ou seja, era realizado um confronto entre a teoria e a prática, possibilitando, assim, a construçãode novos conhecimentos. Esses encontros semanais tinham este contexto como fundamento, umaformação continuada por meio de reflexão coletiva, mas também da própria auto-reflexão em que ocurso se desenvolvia. O material selecionado (os fascículos) buscava tratar de assuntos recorrentes aocotidiano da sala de aula e levava a muitas discussões.

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Após cada encontro, era solicitado às professoras que produzissem um pequeno relatório, não só sobre oque ocorreu naquele dia, mas também que pudessem deixar em poucas linhas o que tinham aprendido equal a importância do que foi trabalhado. Vejamosalguns relatos dos professores, bastante significativos, onde falam da importância da formaçãocontinuada:³Para mim o curso de Pró-Letramento foi muito rico e de grande aproveitamento.Muito contribuiu para o processo ensino aprendizado, uma vez queajuda o educador a entender e fazer virem à tona os conhecimentos adquiridosno dia-a-dia do educando. Cria oportunidades para que o educador tenha umaobservação mais atenta sobre as atitudes do aluno durante as aquisições destesconhecimentos. Permite aos professores uma compreensão e uma análise críticada prática pedagógica realizada hoje nas salas de aula. O curso nos ajuda nasbuscas, questionamentos, atitudes e soluções em respostas aos desafios do diaa-dia escolar, relembrando que esta é a tarefa do educador, µajudar a criança aprogredir¶ (Edilza Sotero. Professora do ciclo I, ano II)´³O fascículo 4 de Língua Portuguesa, Possíveis contribuições ao desenvolvimento

lingüístico, afetivo e social do aluno, foi o que mais gostei e o quetrouxe maior contribuição ao meu desempenho em sala de aula, poisconhecendo o pensamento do meu aluno sobre a escrita me facilita escolher os textos que mais o envolvem no processo ensino aprendizagem´

(Edilza Sotero. Professora do ciclo I, ano II)³O processo de formação continuada dos professores proporcionada pela Secretariapossibilita aos educadores ampliar e atualizar seus conhecimentos. Na RedeMunicipal do Recife temos observado grande empenho da Secretaria de Educaçãoem diversificar os temas abordados durante o período destas formações. Aatual proposta contempla e direciona o trabalho para a modalidade de ensinona qual o docente se encontra. Desta forma, contribui nas ações pedagógicas,proporcionando momentos de reflexões, constatação de informações, ou seja,contribui para uma avaliação e possível reorganização da prática.O curso do Pró-Letramento foi pautado em momentos de leitura, onde cada fascículoabordava temas que permitiam reflexões, troca de experiências, produçãoe aplicação de atividades. Acreditamos que dentro de um processo de formação

continuada o curso nos trouxe contribuições significativas. Aguardamos a continuidadedesses encontros e sugerimos a elaboração de um material tão ricoquanto o que nos foi entregue´ (Fátima Paixão. Professora do ciclo II, ano I ePatrícia Torres. Professora do ciclo II, ano II.).

Esta mesma professora faz ainda algumas considerações importantes sobre o fascículo que mais gostou,estabelecendo o diálogo com o objeto de estudo da formação: As professoras analisam a formaçãocontinuada no cotidiano da escola e sua contribuição

  para a prática pedagógica : Formação e conhecimento didático são dois elementos importantes,fundamentais na construção de uma escola competente. Um professor atualizado deixa de ser meroexecutor de planos de aulas elaborados por outros e passa a planejar um ensino coerente com asnecessidades dos alunos. Para isso ser possível, tem que haver uma relação entre o ensino e a

aprendizagem, reflexão, metas e, acima de tudo, avaliação de resultados, compreendendo que ³à medidaque acompanha a construção de seus alunos, o professor tem a oportunidade de refletir sobre sua prática,repensando-a, numa dinâmica ação/reflexão/ ação´ (Prefeitura do Recife, 2003) .

 No cotidiano da sala de aula, aprendemos a importância de compreender sua situação real, observando adinâmica da relação entre os alunos, a nossa postura, o confronto da criança com os conteúdostrabalhados, a importância da informação oferecida

 pelo professor. A partir daí criamos hipóteses, situações de intervenções, confrontamos a teoria com a prática.

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O professor que precisamos na atualidade é aquele que reflita enquanto age, que tome decisões e muderapidamente o caminho de suas ações, um professor sujeito de suas ações.

3. O papel do educador no processo da formação continuadaA valorização dos profissionais do ensino, planos de cargos e carreira, piso salarial, gestão democráticado ensino público e formação para o trabalho, são tratados comomatéria de Lei (LDB 9394/96) e aformação continuada de profissionais da área da educação vem ocupando grande espaço nas políticas degoverno.

 Na LDB 9394/96 consta, em seu Artigo 61, que diz respeito à formação de profissionais da Educação, aassociação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço.Independente dasmodalidades que caracterizem a formação continuada, esta deve ser entendida como um modo dereconstrução coletiva do saber. Ela não é só uma necessidade formal do ponto de vista da carreira

  profissional, mas uma oportunidade de se recriar a prática, daí ser tão importante essa formação emexercício. Nesse sentido, concordamos com a definição de Weisz, quanto ao papel do professor aoafirmar que:

³ A visão que se tem do professor hoje é a de alguém que desenvolve uma práticacomplexa, para a qual contribuem muitos conhecimentos de diferentes naturezas.Ele é mais do que uma correia de transmissão, alguém que simplesmente

serviria de ligação entre o saber constituído e os alunos. Seu papel agora tendea ser mais exigente: precisa se tornar capaz de criar ou adaptar boas situaçõesde aprendizagem, adequar a seus alunos reais, cujo precursor de aprendizagemele precisa saber reconhecer´. (Weisz 2000: 118).³Os encontros do Pró-Letramento foram de grande importância para nós,professores da Rede Municipal de Ensino, pois sempre nos oferecem oportunidadesde rever nossa prática pedagógica no cotidiano escolar. Nos encontrosrealizamos leituras compartilhadas, como também atividades e relatos e, nofinal de cada fascículo, o relatório coletivo do grupo. O que também nos deu aoportunidade de socializarmos nossas experiências vivenciadas em sala de aula.Parabenizamos a Secretaria de Educação, Esporte e Lazer por oferecer formaçõescontinuada de alto nível que nos fornecem subsídios para a nossa prática

no processo de ensino-aprendizagem.(Zélia Carneiro Leão. Professora do ciclo I ano III).  Nesse contexto, é importante analisarmos como os sujeitos vão constituindo-se profissionais daeducação ao longo de sua vida e, como compreendem o seu real papel de educadores no processocontínuo de redefinição da prática pedagógica.Identificamos na fala das professoras o reconhecimento do espaço da formação continuada na escolacomo momento de socialização das práticas:

4. Considerações finaisAcreditamos que as ações desenvolvidas no referido curso de pró-letramento contribuirão para qualificar as práticas pedagógicas desenvolvidas pelos professores e que os conhecimentos estudados passarão aser matéria-prima de todos os educadores junto aos

estudantes, re-significando o ensino-aprendizagem em Matemática, Língua Portuguesa e demais áreasdo conhecimento.É importante que nossos encontros possam contribuir, renovando as práticas pedagógicas, as atitudescotidianas da organização escolar em seu acompanhamento e avaliação do trabalho pedagógico, numa

 permanente vinculação da formação dos professores com a melhoria das aprendizagens dos estudantes.Cabe-nos, pois, afirmar que o

  principal objetivo da formação necessita ser o de construir e consolidar caminhos que permitam aconquista, pelo professor, de sua autonomia nas dimensões intelectual e pedagógica em direção à

 promoção da escola pública de qualidade.

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O nosso maior desejo, e o que acreditamos ser mais urgente e necessário, é que professores e equipetécnica se tornem cada vez mais responsáveis, coletivamente, pelo resultado do trabalho de toda aescola.

Referências BibliográficasBRASIL. Lei Federal nº 9394/96. Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996.FREITAS, A. S. A questão da experiência na formação profissional dos professores. In:FERREIRA, Andrea Tereza Brito; ALBUQUERQUE, Eliana Borges Correia de; LEAL,Telma Ferraz (Org.). Formação continuada de professores: questões para reflexão. BeloHorizonte: Autêntica, 2005.RECIFE, Prefeitura do. Secretaria de Educação. Tempos de Aprendizagem, identidade cidadãe organização da educação escolar em ciclos. Recife: Editora Universitária da UFPE,2003.SCARPA, Regina. A formação em primeiro lugar. Revista Nova Escola. São Paulo. AnoXXII, nº 199, janeiro/fevereiro 2007, págs. 44-45.WEISZ, Telma e SANCHEZ, Ana. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. 2ª ed.São Paulo: Ática, 2000.