Apresentação - Conquista de Direitos Civis, Políticos ... · Capítulo 5 – Mercado de Capitais...

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1 Apresentação O Programa de Certificação de Profissionais do Instituto Educacional BM&FBOVESPA foi lançado em janeiro de 2005 e constitui um dos requisitos básicos do Programa de Qualificação Operacional (PQO). A partir de dezembro de 2009, o Instituto Educacional expandiu o programa oferecendo certificação para as áreas de atuação dos profissionais. Esse novo formato estabelece um processo de atualização contínua no exercício das atividades baseado em conhecimentos técnico e normativo reconhecidos pelo mercado financeiro. Com essa inovação, a Bolsa oferece aos participantes do mercado um programa de desenvolvimento profissional que lhes permita construir carreira na indústria de intermediação. A primeira versão do material de estudo para a prova de Certificação de Profissionais do Instituto Educacional BM&FBOVESPA foi disponibilizada em seu site em maio de 2011. Todas as questões da prova possuem a resposta correta discutida neste material. Em janeiro de 2012, o Instituto Educacional BM&FBOVESPA disponibilizou a segunda versão deste material de estudo que será referência para as provas realizadas após 31 de março de 2012. No rodapé do material, você encontra a informação da última data de atualização. Neste trabalho, além da realização de ajustes ortográficos e padronização de valores e expressões, foram considerados os ofícios circulares e comunicados externos divulgados pela BM&FBOVESPA e instruções normativas, regulamentos, comunicados e decretos emitidos por instituições reguladoras do mercado. A segunda versão do material de estudo é datada em 31 de janeiro de 2012. Não foi alterada a estrutura básica de capítulos e nestes foram mantidas as divisões de itens. No site do Instituto Educacional BM&FBOVESPA, junto ao material de estudo, também é divulgado um quadro descritivo com as principais alterações nos respectivo capítulos, como forma de orientar melhor a diferenciação entre as versões do material de estudo. O objetivo deste material é disponibilizar todo o conteúdo das provas de certificação de todas as áreas. A versão 2 possui 596 páginas, sendo 15 capítulos divididos em 14 macrotemas (Mercados Derivativos A e B), conforme apresentado no quadro a seguir. Cada capítulo está dividido em itens que representam os principais temas de estudo. Na segunda página de cada capítulo, você encontra o quadro de orientações de estudo para a prova de certificação do PQO BM&FBOVESPA. Esse quadro relaciona cada prova da certificação aos itens de cada capítulo. Você deve identificar a prova que irá fazer e estudar os tópicos sugeridos em cada um. Bons estudos e boa prova!!!

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  • 1

    Apresentao

    O Programa de Certificao de Profissionais do Instituto Educacional BM&FBOVESPA foi lanado em janeiro

    de 2005 e constitui um dos requisitos bsicos do Programa de Qualificao Operacional (PQO).

    A partir de dezembro de 2009, o Instituto Educacional expandiu o programa oferecendo certificao para as

    reas de atuao dos profissionais. Esse novo formato estabelece um processo de atualizao contnua no

    exerccio das atividades baseado em conhecimentos tcnico e normativo reconhecidos pelo mercado

    financeiro. Com essa inovao, a Bolsa oferece aos participantes do mercado um programa de

    desenvolvimento profissional que lhes permita construir carreira na indstria de intermediao.

    A primeira verso do material de estudo para a prova de Certificao de Profissionais do Instituto

    Educacional BM&FBOVESPA foi disponibilizada em seu site em maio de 2011. Todas as questes da prova

    possuem a resposta correta discutida neste material.

    Em janeiro de 2012, o Instituto Educacional BM&FBOVESPA disponibilizou a segunda verso deste material

    de estudo que ser referncia para as provas realizadas aps 31 de maro de 2012. No rodap do material,

    voc encontra a informao da ltima data de atualizao.

    Neste trabalho, alm da realizao de ajustes ortogrficos e padronizao de valores e expresses, foram

    considerados os ofcios circulares e comunicados externos divulgados pela BM&FBOVESPA e instrues

    normativas, regulamentos, comunicados e decretos emitidos por instituies reguladoras do mercado. A

    segunda verso do material de estudo datada em 31 de janeiro de 2012. No foi alterada a estrutura

    bsica de captulos e nestes foram mantidas as divises de itens.

    No site do Instituto Educacional BM&FBOVESPA, junto ao material de estudo, tambm divulgado um

    quadro descritivo com as principais alteraes nos respectivo captulos, como forma de orientar melhor a

    diferenciao entre as verses do material de estudo.

    O objetivo deste material disponibilizar todo o contedo das provas de certificao de todas as reas. A

    verso 2 possui 596 pginas, sendo 15 captulos divididos em 14 macrotemas (Mercados Derivativos A e B),

    conforme apresentado no quadro a seguir.

    Cada captulo est dividido em itens que representam os principais temas de estudo. Na segunda pgina de

    cada captulo, voc encontra o quadro de orientaes de estudo para a prova de certificao do PQO

    BM&FBOVESPA. Esse quadro relaciona cada prova da certificao aos itens de cada captulo. Voc deve

    identificar a prova que ir fazer e estudar os tpicos sugeridos em cada um.

    Bons estudos e boa prova!!!

  • 2

    Captulo Pgina

    Captulo 1 Matemtica Financeira 50

    Captulo 2 Introduo Economia e aos Indicadores Financeiros 22

    Captulo 3 Aspectos Institucionais 30

    Captulo 4 Mercado e Ttulos de Renda Fixa no Brasil 18

    Captulo 5 Mercado de Capitais 58

    Captulo 6 Parte A Mercados Derivativos 55

    Captulo 6 Parte B Mercados Derivativos 46

    Captulo 7 Fundos de Investimentos 15

    Captulo 8 Introduo e Gesto de Risco 47

    Captulo 9 Aspectos sobre Tributao no Mercado Financeiro 34

    Captulo 10 Regulamento de Operaes Segmento Bovespa 61

    Captulo 11 Estrutura e Processo de Liquidao na CBLC 79

    Captulo 12 Regulamento de Operaes Segmento BM&F 33

    Captulo 13 Estrutura e Processo de Liquidao na Cmara de Derivativos 19

    Captulo 14 Cadastro, Segmentos BM&F e Bovespa 29

    Nmero total de Pginas 596

  • Captulo 1 Matemtica Financeira

    1.1 Apresentao do captulo

    A matemtica financeira trata da comparao de valores monetrios ao longo do tempo.

    Atravs de seu estudo, podemos analisar e comparar alternativas de investimento e

    financiamento, como:

    qual o valor de R$100.000,00 daqui a um ano?

    como comparar valores no tempo (R$523.000,00 hoje contra R$532.400,00 daqui a um ms ou com R$597.600,00 daqui a um ano)?

    quais as alternativas para tomar dinheiro emprestado, considerando os custos embutidos que voc dever arcar para saldar as suas dvidas futuras?

    O objetivo deste captulo apresentar os conceitos bsicos necessrios para o bom

    entendimento das principais frmulas da matemtica financeira, seus elementos e seus

    respectivos clculos. Ao final, voc ter visto:

    a definio de juro e de taxas de juro;

    os regimes de capitalizao;

    a diferena das taxas de juro nominais, efetivas e reais;

    uma viso geral da anlise dos diferentes fluxos de caixa, do valor presente lquido

    (VPL) e da taxa interna de retorno (TIR).

    Na pgina seguinte, voc encontrar o quadro de orientaes de estudo para a prova de

    certificao do PQO BM&FBOVESPA deste captulo. Identifique a prova que ir fazer e estude

    os tpicos sugeridos.

    Bons estudos!!!

  • Quadro de orientaes de estudo para a prova de certificao do PQO BM&FBOVESPA

    Tipos de provas Item 1.2

    Pg. 1 Item 1.3

    Pg. 4 Item 1.4 Pg. 26

    Item 1.5 Pg. 28

    Item 1.6 Pg. 37

    Item 1.7 Pg. 39

    Operaes BM&FBOVESPA

    Operaes segmento Bovespa

    Operaes segmento BM&F

    Comercial

    Compliance

    Risco

    Back Office BM&FBOVESPA

    Back Office segmento Bovespa

    Back Office segmento BM&F

  • ltima atualizao: 31/01/12 Copyright Associao BM&F Direitos de edio reservados por Associao BM&F. A violao dos direitos autorais crime estabelecido na Lei 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Cdigo Penal.

    1 MATEMTICA FINANCEIRA

    1.2 Juro e taxas de juro

    O juro representa o custo do dinheiro tomado emprestado ou, analogamente, a remunerao

    pelo sacrifcio de adiar uma deciso de gasto/consumo e aplicar o capital (C0) por certo

    nmero de perodos (n).

    Definies

    Capital: valor aplicado por meio de alguma operao financeira. Tambm conhecido como principal, valor atual, valor presente ou valor aplicado. Em geral, o capital costuma ser denotado por C0. Nmero de perodos: tempo, prazo ou perodo em determinada unidade de tempo (dias, meses, anos etc.) em que o capital aplicado. Em geral, o nmero de perodos costuma ser simbolizado por n.

    Suponha que voc resolva vender o seu apartamento pelo valor de R$100.000,00 e receba

    uma proposta de compra por R$98.000,00 a vista quando da emisso do boleto de compra-

    venda ou R$80.000,00 nesse ato e mais R$20.000,00 na escriturao, que ser realizada 30

    dias depois. Qual ser o melhor negcio para voc: receber R$98.000,00 hoje ou as duas

    parcelas sugeridas pelo comprador? Para resolver a questo precisamos entender o que so

    juros.

    Qual a diferena entre juro e taxa de juro? Juro (J): valor expresso em dinheiro (em reais, por exemplo) referente a determinado capital e para determinado perodo. Pode tambm ser definido como a remunerao do capital, ou seja, o valor pago pelos devedores aos emprestadores em troca do uso do dinheiro. Ao fazer uma aplicao financeira, o montante final (Cn) resgatado aps n perodos deve ser igual ao capital inicial (C0) aplicado mais os juros (J) ganhos na operao. Logo, podemos escrever:

    Montante final = Capital inicial + J

    ou: Cn = C0 + J

    Portanto: J = Cn - C0

    Taxa de juro (i): a porcentagem aplicada ao capital inicial que resulta no montante de juros (J). Conceitualmente, a taxa de juro o custo de oportunidade do capital, isto , a taxa paga/recebida para que um capital seja aplicado e resgatado no futuro e no gasto no presente. A taxa de juro pode ser calculada da seguinte forma:

    1

    C

    Ci

    0

    n

    A taxa de juro sempre expressa em porcentagem; para tal, basta multiplicar o resultado por 100%.

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    2 MATEMTICA FINANCEIRA

    A partir do clculo da taxa de juro, possvel calcular diretamente o montante de juros. Observe:

    sendo a frmula da taxa de juro dada por:

    1

    C

    Ci

    0

    n

    esta frmula pode ser escrita como:

    0

    0n

    0

    0

    0

    n

    C

    CCi

    C

    C

    C

    Ci

    sendo o montante de juro calculado como: 0n CCJ

    substituindo J na frmula da taxa de juros:

    0C

    Ji

    Portanto, pode-se obter o montante de juros por: 0CiJ

    Assimilado este conceito, voc optaria por receber R$98.000,00 a vista ou R$80.000,00 hoje e mais R$20.000,00 em um ms? Logicamente, a resposta depender da taxa de juro praticada no mercado. Conforme a taxa vigente, poder ser mais vantajoso receber R$98.000,00 a vista e aplic-los em uma instituio financeira durante um ms ou receber R$80.000,00 hoje, aplic-los por um ms e, no final desse perodo, receber mais R$20.000,00 do comprador. Observe que, para tomar essa deciso, preciso comparar um valor atual com um valor em uma data futura.

    Exemplos de clculos de juros, taxas de juro e do capital

    a) Comprei um ttulo por R$98.039,22 que vai pagar R$100.000,00 em um ms. Qual a taxa mensal da aplicao e o montante de juros recebido?

    Soluo: pelos dados do problema:

    C0 = R$98.039,22

    Cn = R$100.000,00

    n = 1 ms

    i = ?

    J = ?

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    3 MATEMTICA FINANCEIRA

    ms ao 0,0199i

    198.039,22

    100.000,00i 1

    C

    Ci

    0

    n

    Para obter a taxa em porcentagem, basta multiplic-la por 100: 0,0199 x 100% = 1,99% ao ms.

    J = 100.000,00 98.039,22 = 1.960,78

    Ou, pela frmula direta: 1.960,7898.039,220,0199J

    Repare que, ao calcular a taxa de juro, no resultado est especificada a periodicidade da taxa,

    o que muito importante. No caso, como a aplicao foi de um ms, a taxa calculada a taxa

    mensal, ou ao ms.

    b) A taxa de juro igual a 20% ao ano. Qual o valor, hoje (C0), de um ttulo cujo valor de

    resgate R$50.000,00 e que vence daqui a um ano?

    Soluo

    O enunciado do problema nos diz que:

    C0 = ?

    Cn = R$50.000,00

    n = 1 ano

    i = 20% ao ano

    67,666.41C

    1C

    50.000,000,20 1001

    C

    Ci

    0

    00

    n

    Ou seja, se uma aplicao for feita hoje no valor de R$41.666,67 taxa de 20% ano, aps um ano ser resgatado R$50.000,00.

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    4 MATEMTICA FINANCEIRA

    Utilizando a frmula para calcular a taxa de juro,

    1

    C

    Ci

    0

    n , o valor futuro pode ser

    facilmente encontrado:

    i1CC 0n

    Pelos dados do exemplo anterior, tem-se:

    00,000.50C0,20167,666.41C nn x

    O montante final (C0) obtido na aplicao financeira tambm conhecido como VALOR FUTURO (VF).

    Exemplo: se eu aplicar R$50.000,00 por um ano taxa de juro de 13% ao ano, qual o valor

    futuro do resgate?

    00,500.56C0,13100,000.50C nn

    Neste caso, o montante de juros 00,500.600,000.500,13J , que a diferena entre

    o capital aplicado e o valor futuro esperado.

    1.3 Regimes de capitalizao

    As taxas de juro foram calculadas apenas para um nico perodo, entretanto, para resolver problemas de clculo de taxas de juro em dois ou mais perodos necessrio trabalhar com a noo de regime de capitalizao.

    Definies

    Regime de capitalizao: a forma como a taxa de juro incide sobre o capital inicial em vrios perodos de tempo.

    possvel destacar os seguintes regimes de capitalizao:

    Regime de Capitalizao Simples: os juros de cada perodo so sempre calculados em relao ao capital inicial (C0);

    Regime de Capitalizao Composta: os juros de cada perodo so calculados com base no capital inicial (C0), acrescido dos juros relativos aos perodos anteriores.

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    5 MATEMTICA FINANCEIRA

    A taxa de juro do Regime de Capitalizao Simples conhecida como taxa de juro simples. J no Regime de Capitalizao Composta, definida como taxa de juros compostos.

    Algumas caractersticas so iguais nos dois regimes de capitalizao:

    os juros so pagos ou recebidos ao final de cada perodo de capitalizao;

    o capital, aplicado ou emprestado, capitalizado a cada perodo de tempo;

    os perodos de tempo so discretos, isto , so pontuais; por exemplo: dias, meses e anos.

    A seguir, sero detalhados os regimes de capitalizao.

    REGIME DE CAPITALIZAO SIMPLES OU JUROS SIMPLES

    No regime de capitalizao simples, como dito anteriormente, as taxas de juro (i)

    denominadas de juro simples recaem sempre sobre o capital inicial (C0). Dessa forma, ao

    resgatar a aplicao corrigida por juros simples, o montante final (Cn) ou valor futuro (VF)

    ser o capital inicial depositado acrescido do montante de juros ganhos nos n perodos em que

    o capital ficou aplicado.

    Para entender o funcionamento do regime de capitalizao simples, suponha que voc aplicou

    R$10.000,00, taxa de juro simples de 2% ao ms (a.m.), por quatro meses, corrigindo o

    capital sempre no fim de cada ms. Qual o montante final da aplicao? Vamos acompanhar

    esta operao passo a passo:

    Perodo Capitalizao Frmula

    Data 0

    (dia da

    operao)

    C0 = R$10.0000

    i = 2% a.m. = 0,02 a.m.

    n = 4 meses

    No h correo do capital inicial, que

    ocorrer somente a partir do primeiro

    ms da aplicao.

    Ms 1 1C = valor futuro (VF) ao final do ms 1 i11CC

    CiCC

    01

    001

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    6 MATEMTICA FINANCEIRA

    200.1002,1000.10C

    02,011000.10C

    000.100,02000.10C

    1

    1

    1

    Ms 2

    2C = valor futuro (VF) ao final do ms 2

    400.1004,1000.10C

    04,01000.10C

    02,021000.10C

    02,00,02110.000C

    10.00002,010.00002,010.000C

    2

    2

    2

    2

    2

    i

    ii

    ii

    21CC

    1CC

    CCCC

    02

    02

    0002

    Ms 3

    3C = valor futuro (VF) ao final do ms 3

    600.1006,1000.10C

    06,01000.10C

    02,03110.000C

    02,002,02110.000C

    000.1002,002,02110.000C

    3

    3

    3

    3

    3

    i31CC

    ii21CC

    Cii21CC

    03

    03

    003

    Ms 4

    4C = valor futuro (VF) ao final do ms 4

    800.1008,1000.10C

    08,01000.10C

    02,04110.000C

    02,002,03110.000C

    000.1002,002,03110.000C

    4

    4

    4

    4

    4

    i41CC

    ii31CC

    Cii31CC

    04

    04

    004

    Note que, a cada ms, as taxas de juro recaem sempre sobre o capital inicial (i x C0) em

    parcelas que so somadas ao valor futuro do ms anterior, at chegar ao valor final de resgate

    (C4). Assim, a cada ms, o valor do montante de juros novos sempre o mesmo (neste

    exemplo, igual a R$200,00).

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    7 MATEMTICA FINANCEIRA

    Assim podemos definir a expresso matemtica de Capitalizao Simples para um nmero n de perodos como:

    ni1CC 0n

    onde:

    C0 = valor presente (capital inicial)

    Cn = valor futuro aps n perodos

    n = nmero de perodos

    i = taxa de juro

    Importante

    O prazo da operao (nmero de perodos n) e a taxa de juro (i) devem ser expressos na mesma unidade de tempo. Caso, por exemplo, a taxa de juro esteja expressa ao ano, o nmero de perodos deve se referir quantidade de anos.

    Exemplo de regime de capitalizao simples

    Ao aplicar um montante de R$1.000,00, taxa de juro de 3% a.m., por sete meses, qual o

    valor de resgate desta operao?

    Soluo: substituindo os valores dados no problema, na frmula de capitalizao simples,

    temos:

    210.121,1000.1C

    21,01000.1C

    703,01000.1C

    ni1CC

    7

    7

    7

    0n

    Dessa forma, aps sete meses, taxa de juro simples de 3% ao ms, o valor de resgate ser de R$1.210,00.

    O montante de juros somado a cada ms ao capital inicial de:

    J = i x C0 = 0,03 x 1.000 = 30 por ms

    No total dos sete meses:

    J = n x i x C0 = 7 x 0,03 x 1.000 = 210

    que justamente o montante adicionado ao capital inicial para chegar ao valor de resgate.

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    8 MATEMTICA FINANCEIRA

    VARIVEIS DA FRMULA DE JUROS SIMPLES

    A partir da frmula de capitalizao simples, possvel extrair outras trs frmulas muito teis

    para os clculos financeiros. Observe a seguir:

    1) Valor presente

    Para encontrar a frmula do valor presente (ou capital inicial) a partir da frmula do valor

    futuro na capitalizao simples, basta isolar o termo C0 na equao:

    ni1C

    C n0

    2) Taxa de juro

    Conhecendo o valor inicial, o valor final e o prazo da aplicao, possvel encontrar a taxa de juro pela seguinte frmula:

    n

    1C

    C

    i 0

    n

    3) Prazo da operao

    Dada uma determinada taxa de juro, o valor inicial do investimento e o valor final que se deseja alcanar, qual o prazo que o capital deve permanecer na aplicao? Esta pergunta pode ser diretamente respondida pela frmula a seguir:

    i

    1C

    C

    n 0

    n

    Exemplos

    1) Voc fez um emprstimo de R$10.000,00 taxa de juro simples de 1,5% ao ms a ser pago em 12 meses. Qual o montante final do emprstimo?

    11.8001,1810.000C

    0,18110.000C

    120,015110.000C

    n

    n

    n

    Logo, ao final do emprstimo voc ir pagar ao credor R$11.800,00.

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    9 MATEMTICA FINANCEIRA

    2) Qual o valor presente de um emprstimo que deve ser pago em seis meses, cujo valor futuro de R$13.400,00, admitindo uma taxa de juro simples de 2% ao ms?

    Assim, para resgatar R$13.400,00 em seis meses taxa de 2% ao ms, deve-se aplicar, hoje, R$11.964,28.

    3) Se voc aplicar R$50.000,00 taxa de juro simples de 12% ao ano, quantos anos vai esperar para triplicar este valor, atingindo, portanto, R$150.000,00?

    anos67,1612,0

    13

    12,0

    1000.50

    000.150

    n

    n

    Isto , para atingir R$150.000,00, aplicando R$50.000,00 taxa de juros simples de 12% ao ano, o capital deve permanecer aplicado 16,67 anos.

    4) Uma aplicao de R$100.000,00 foi resgatada 13 meses depois, resultando em um valor final de R$123.000,00. Qual a taxa de juro da operao, considerando que foi feita capitalizao simples?

    ms ao 1,77%ms ao 0,017713

    11,23i

    13

    1100.000

    123.000

    i

    Assim, o capital inicial de R$100.000,00 deve ser corrigido taxa de juro simples de 1,77% ao

    ms para que se resgate R$123.000,00 aps 13 meses.

    28,964.11

    12,1

    400.13

    12,01

    400.13

    602,01

    400.13

    0

    0

    0

    C

    C

    C

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    10 MATEMTICA FINANCEIRA

    Importante

    Note que a unidade de tempo dos perodos das aplicaes e da taxa de juro deve ser a mesma. Ou seja, quando os prazos estiverem em meses, a taxa de juro resultante deve ser expressa ao ms. Se o prazo estiver expresso em anos, a taxa de juro deve ser expressa ao ano.

    Taxa proporcional

    No regime de capitalizao simples, duas taxas so ditas proporcionais quando aplicadas a um

    mesmo capital, e por um mesmo prazo, geram o mesmo montante. Pelo mtodo de clculo de

    juros simples, duas taxas de juro, 1i e 2i , sero consideradas proporcionais se, ao aplicar dois

    montantes iniciais iguais ( 0C ), por dois perodos distintos de capitalizao, 1n e 2n , os

    montantes finais resgatados forem iguais aps determinado perodo de tempo, ou seja:

    110 1 niCCn e 220 1 niCCn

    em que:

    0C = valor presente

    nC = valor futuro aps n perodos

    n = nmero de perodos

    i = taxa de juro

    Como os montantes finais ( nC ) so iguais, possvel escrever:

    220110 11 niCniC

    Logo, as taxas 1i e 2i so ditas proporcionais quando:

    2211 nini

    O que pode ser reescrito da seguinte forma:

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    11 MATEMTICA FINANCEIRA

    1

    221

    n

    nii

    Esta ltima frmula mostra que possvel calcular a taxa de juro 1i proporcional taxa de juro

    2i conhecendo-se apenas o prazo de capitalizao 1n e os dados da outra aplicao ( 2i e 2n ).

    Exemplo

    1) Qual a taxa anual proporcional taxa de juro de 1,5% ao ms?

    = taxa proporcional anual a ser encontrada

    = 1 ano

    = 1,5% ao ms

    = 12 meses

    Logo:

    2) Qual a taxa ao dia proporcional taxa de juro de 20% ao ano, considerando-se 360 dias

    corridos?

    = taxa proporcional ao dia a ser encontrada

    = 360 dias corridos

    = 20% ao ano

    = 1 ano

    logo:

    1i

    1n

    2i

    2n

    1i

    1n

    2i

    2n

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    12 MATEMTICA FINANCEIRA

    Regime de Capitalizao Composta ou Juros Compostos

    No regime de Capitalizao Composta, os juros de cada perodo incidem sobre o capital inicial

    ( 0C ) acrescido do montante de juros dos perodos anteriores, e no somente sobre o 0C em

    cada perodo, como na capitalizao simples. Dessa forma, o crescimento do valor futuro passa

    a ser exponencial e no mais linear, como no regime de capitalizao simples.

    Vamos analisar uma aplicao feita sob a capitalizao composta para compreender a

    formao do valor futuro (VF) neste tipo de operao. Suponha que voc aplicou R$10.000,00,

    taxa de juro composta de 2% ao ms, por quatro meses. Qual ser o montante final da

    aplicao? Vamos acompanhar esta operao passo a passo:

    Perodo Capitalizao Frmula

    Data 0

    (dia da

    operao)

    C0 = R$10.0000

    i = 2% a.m. = 0,02 a.m.

    n = 4 meses

    No h correo do capital inicial, que

    ocorrer somente a partir do primeiro

    ms da aplicao.

    Ms 1

    1C = valor futuro (VF) ao final do ms 1

    200.1002,1000.10C

    02,011000.10C

    000.100,02000.10C

    1

    1

    1

    i11CC

    CiCC

    01

    001

    Ms 2

    2C = valor futuro (VF) ao final do ms 2

    10.4041,040410.000C

    1,0210.000C

    0,02110.000C

    0,0210,02110.000C

    2

    2

    2

    2

    2

    2

    202

    02

    02

    i1CC

    i1i1CC

    i1i11CC

    Ms 3 3C = valor futuro (VF) ao final do ms 3

    303

    2

    03

    2

    03

    i1CC

    i1i1CC

    i1i1CC

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    13 MATEMTICA FINANCEIRA

    08,612.101,06120810.000C

    1,0210.000C

    0,02110.000C

    0,0210,02110.000C

    3

    3

    3

    3

    3

    2

    3

    Ms 4

    4C = valor futuro (VF) ao final do ms 4

    32,824.101,08243210.000C

    1,0210.000C

    0,02110.000C

    0,0210,02110.000C

    4

    4

    4

    4

    4

    3

    4

    404

    3

    04

    3

    04

    i1CC

    i1i1CC

    i1i1CC

    Veja, na tabela acima, que a taxa de juro (i) capitalizada sempre sobre o valor inicial, somado

    aos juros do perodo anterior. Isso caracteriza o regime de capitalizao composta. Assim,

    podemos definir a expresso matemtica da capitalizao composta para um nmero n de

    perodos como:

    n0n i1CC

    onde:

    C0 = valor presente (capital inicial)

    Cn = valor futuro aps n perodos

    n = nmero de perodos

    i = taxa de juro em porcentagem

    Esta expresso mostra como um capital inicial (C0), aplicado por n perodos, de juro (i)

    composta, transforma-se no valor futuro (Cn).

    Importante

    Assim como no regime de capitalizao simples, o prazo da operao (nmero de perodos) e a taxa de juro devem ser expressos na mesma unidade de tempo. Caso, por exemplo, a taxa de juro seja expressa ao ano (12% ao ano, por exemplo), o nmero de perodos deve se referir quantidade de anos.

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    14 MATEMTICA FINANCEIRA

    Variveis da frmula de juros compostos

    So quatro (4) as variveis na composio da frmula de juros compostos. Observe:

    n0n i1CC

    Conhecendo trs elementos da expresso, possvel calcular o restante, bastando, para isso, realizar algumas transformaes na frmula bsica.

    1) Valor presente

    Para calcular o valor do capital inicial (valor presente) que deve ser aplicado, a uma dada taxa de juro, para resgatar um determinado montante, basta isolar C0 em um dos lados da equao do valor futuro da capitalizao composta, resultando em:

    nn

    0i1

    CC

    Podemos ainda obter o valor presente a partir dos juros do perodo. Observe abaixo:

    2) Montante de juros

    Considerando que o montante de juros (J) definido pela expresso: J = Cn - C0 , o valor de J encontrado diretamente quando substitumos o valor futuro (Cn) pela sua frmula de clculo. Assim:

    0n

    0 Ci1CJ

    ou: 1i1CJ n0

    1i1C

    1i1C

    Ci1C

    i1

    J

    i1

    CC

    i1

    C

    i1

    C

    n0

    n

    0

    0

    n

    0

    nn

    00

    n

    0

    n

    n

    J

    J

    J

    J

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    15 MATEMTICA FINANCEIRA

    3) Taxa de juro

    O montante de juros tambm pode ser encontrado diretamente pela taxa de juro. A frmula direta da taxa de juro derivada a partir do valor futuro :

    1C

    Ci

    n

    1

    0

    n

    4) Prazo da operao

    Por fim, o prazo da operao pode ser diretamente calculado por1:

    i1ln

    CC

    ln

    n0

    n

    Exemplos

    1) Voc aplicou R$10.000,00 taxa composta de 2,1% ao ms por sete meses. Qual o

    montante, Cn, acumulado ao final desse perodo? Calcule o montante de juros acumulado no

    perodo.

    Soluo

    Valor futuro (montante acumulado):

    92,565.11156592,1000.10C

    021,1000.10C

    021,01000.10C

    n

    7

    n

    7

    n

    Montante de juros:

    92,565.1156592,0000.10

    115692,1000.10

    1021,01000.107

    J

    J

    J

    2) Calcule o capital inicial de uma aplicao que, investida por dois meses taxa de juro de 4%

    ao ms, acumulou o montante final de R$16.000,00.

    1 No Anexo voc encontra os procedimentos para clculo do logaritmo.

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    16 MATEMTICA FINANCEIRA

    Soluo

    89,792.140816,1

    000.16C

    04,1

    000.16C

    04,01

    000.16C

    0

    20

    20

    3) Determine o capital que, aplicado durante seis meses taxa de juro composta de 2% ao

    ms, obteve rendimento de R$20.000,00 de juro.

    Soluo

    85,528.15812616,0

    000.20

    112616,1

    000.20

    102,1

    000.20

    102,01

    000.20

    0

    0

    60

    60

    C

    C

    C

    C

    Logo, ao aplicar R$158.528,85 durante seis meses, taxa de juro de 2% ao ms, o retorno

    obtido total ser de R$20.000,00.

    4) Voc aplicou R$50.000,00 taxa de juro composto de 12% ao ano. Quantos anos sero necessrios para triplicar o valor?

    Soluo

    Ao triplicar o valor aplicado de R$50.000, o valor de resgate ser de 3 x R$50.000 = R$150.000. Com este dado, possvel chegar soluo usando a frmula direta do prazo da operao:

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    17 MATEMTICA FINANCEIRA

    anos 9,690,11333

    1,0986n

    1,12ln

    3lnn

    0,121ln

    50.000

    150.000ln

    n

    Este resultado mostra que so necessrios 9,69 anos para triplicar o capital inicial de R$50.000 aplicados taxa de juro de 12% ano.

    5) Se forem aplicados R$100.000,00 pelo regime de capitalizao composta, obtendo um resgate de R$123.000,00 aps 13 meses, qual a taxa de juro da aplicao?

    Soluo

    ms ao 0,01605101605,1i

    123,1i

    1100.000

    123.000i

    076923,0

    13

    1

    Em porcentagem: 0,01605 x 100% = 1,605% ao ms

    Portanto, a taxa de juro da aplicao de 1,605 % ao ms.

    Importante

    Assim como na capitalizao simples, a unidade de tempo dos perodos das aplicaes e da taxa de juro deve ser a mesma. Ou seja, quando os prazos esto em meses, a taxa de juro resultante deve ser expressa ao ms. Se o prazo est expresso em anos, a taxa de juro deve ser expressa ao ano. No entanto, pode haver a necessidade de alterar a periodicidade da taxa de juro e/ou do prazo. Para que isso seja possvel, ser preciso analisar o conceito de taxas equivalentes no regime de capitalizao composta.

    Taxas equivalentes

    Duas taxas de juro so equivalentes se, ao aplicar um montante inicial 0C , por prazos

    idnticos, mas com periodicidades diferentes, o montante final, capitalizado por cada uma das

    taxas, for o mesmo.

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    18 MATEMTICA FINANCEIRA

    No regime de juros compostos, duas taxas de juro 1i e 2i so consideradas equivalentes se, ao

    capitalizar um montante inicial 0C pelo mesmo prazo, mas com periodicidades distintas 1n e

    2n , resultar em um mesmo montante final nC . Dessa forma, possvel escrever que:

    110 1n

    n iCC e 2

    20 1n

    n iCC

    em que:

    C0 = valor presente

    Cn = valor futuro aps n perodos

    n = nmero de perodos

    i = taxa de juro em porcentagem

    Como os montantes finais nC so iguais, ento:

    21 2010 11nn

    iCiC

    Elevando os dois lados da igualdade por 1

    1

    n e fazendo algumas manipulaes algbricas

    chega-se a:

    11 12

    21

    n

    n

    ii

    Assim, possvel encontrar a taxa 1i , equivalente taxa de juro 2i , conhecendo os perodos de

    capitalizao para cada uma das taxas, 1n e 2n .

    Exemplos de taxa equivalente

    1) Qual a taxa diria equivalente a 6% ao ms, pelo regime de capitalizao composta?

    = taxa equivalente diria a ser encontrada 1i

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    19 MATEMTICA FINANCEIRA

    = 30 dias

    = 6% ao ms

    = 1 ms

    Logo: dia ao 0,0019410,061i 301

    1

    Em porcentagem: 0,00194 x 100% = 0,194% ao dia

    2) Qual a taxa anual equivalente a 1,5% ao ms, pelo regime de capitalizao composta?

    = taxa equivalente anual a ser encontrada

    = 1 ano

    = 1,5% ao ms

    = 12 meses

    Logo: ano ao 0,195610,0151i 112

    1

    Em porcentagem: 0,1956 x 100% = 19,56% ao ano.

    Taxas acumuladas

    A taxa acumulada de juros em um perodo obtida mediante a aplicao da Frmula de

    Fisher. Esta taxa amplamente utilizada no mercado financeiro para clculo do rendimento de

    investimentos que mudam sua remunerao a cada perodo (exemplo: fundos de investimento

    atrelados aos Depsitos Interfinanceiros de 1 dia).

    Frmula de Fisher:

    n321acumulada i1...i1i1i1i1

    1i1...i1i1i1i n321acumulada

    1n

    2i

    2n

    1i

    1n

    2i

    2n

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    20 MATEMTICA FINANCEIRA

    1i = taxa de juro referente ao perodo 1

    2i = taxa de juro referente ao perodo 2

    3i = taxa de juro referente ao perodo 3

    ...

    ni = taxa de juro referente ao perodo n

    Lembrete2

    A frmula da taxa de juro real advm da Frmula de Fisher com a qual se obtm uma taxa

    acumulada em um perodo de tempo a partir das taxas que ocorreram em seus

    subperodos. Assim:

    n321acumulada i1...i1i1i1)i1(

    pode-se definir: laoinfrealefetiva i1i1)i1(

    de onde: 1)i1(

    )i1(i

    laoinf

    efetivareal

    Exemplos

    Caso 1

    Um investidor aplicou dinheiro em um fundo que apresentou as rentabilidades citadas abaixo.

    Conhecendo os dados, calcule a rentabilidade acumulada no trimestre.

    Outubro: 1,65%

    Novembro: 2,01%

    Dezembro: 1,86%

    0186010201010165011 ,,,)i( acumulada

    eaotrimestriacumulada 0562,010186,010201,010165,01

    Em porcentagem: acumuladai = 0,0562 x 100% = 5,62% ao trimestre

    2 Este conceito ser melhor discutido no item 1.4 Taxas nominal, efetiva e real

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    21 MATEMTICA FINANCEIRA

    Caso 2

    Um agente de mercado aplicou certa quantia em ttulos prefixados durante 96 dias, cuja

    rentabilidade era de 18% a.a. Aps o resgate, aplicou novamente em ttulos por 120 dias, que

    garantiram rentabilidade de 18,50%a.a. Calcule a rentabilidade acumulada no perodo.

    Note que, neste caso, preciso calcular a taxa equivalente para as duas aplicaes.

    10596,0105821,1i

    10596,1i1

    1,058211,045124i1

    185,010,181i1

    acumulada

    acumulada

    acumulada

    360

    120

    360

    96

    acumulada

    Em porcentagem: acumuladai = 0,10596 x 100% = 10,596% ao perodo

    Caso 3

    Em certo ano, um indexador registrou as taxas de inflao indicadas abaixo. Calcule a inflao

    acumulada no perodo.

    Janeiro: 2,2%

    Fevereiro: 2,0%

    Maro:1,4%

    Abril: 0,5%

    Maio: 0,3%

    Junho: 0,01%

    0656,010656,1i

    0656,1i1

    0001,1003,1005,1014,102,11,022i1

    0001,01003,01005,01014,0102,010,0221i1

    acumulada

    acumulada

    acumulada

    acumulada

    Em porcentagem: 0,0656 x 100 = 6,56% ao perodo

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    22 MATEMTICA FINANCEIRA

    Taxas contnuas

    Nos regimes de capitalizao simples e composta, os juros so pagos ou recebidos ao final de

    cada perodo. O valor, aplicado ou emprestado, capitalizado e tem aumento a cada intervalo

    de tempo considerado, sendo este discreto.

    diferena dos regimes de capitalizao citados, no regime de capitalizao contnua, existe

    pagamento de juros a cada perodo infinitesimal de tempo. Com isso, o capital cresce

    continuamente no tempo taxa de juro instantnea.

    Veja, a seguir, os conceitos relativos a este tipo de capitalizao, entendendo os

    procedimentos de clculos.

    No regime de capitalizao composta, ao investir um determinado capital (C0), taxa de juro

    (i), pelo perodo de n anos, obteremos um valor igual a:

    n0n i1CC

    Se a capitalizao ocorrer k vezes ao ano, o valor de resgate ser dado por:

    kk

    i1CC

    n

    0n

    Caso o nmero de capitalizaes tenda ao infinito (k ), temos o regime de capitalizao

    contnua. Neste caso, o valor de resgate dado por:

    nr

    0n eCC

    onde: r = taxa de juro instantnea

    Para calcular a taxa de juro instantnea (r) equivalente a uma dada taxa de juro composta (i),

    tem-se:

    )ln(

    )ln(ln

    )ln(ln

    )ln(ln

    )(

    iir

    iier

    iinenr

    iie

    iie

    nnr

    nnr

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    23 MATEMTICA FINANCEIRA

    Exemplos de taxas contnuas

    1) Considerando uma taxa de juro de 16% ao ano, no regime de capitalizao composta, calcule a taxa instantnea de juro para 30 dias.

    Soluo

    A taxa de juro instantnea ao ano igual a:

    r = ln (1 + 0,16) = 0,1484 ao ano

    Em porcentagem: r = 0,1484 x 100 = 14,84% ao ano.

    Para um perodo de 30 dias, a taxa de:

    ms ao 0,0124360

    300,1484r

    Em porcentagem: r = 0,0124 x 100 = 1,24% ao ms

    2) A partir de uma taxa de juro composta de 2% ao ms, qual a taxa instantnea de juro ao semestre?

    Soluo

    Considerando o perodo de um ms, temos a seguinte taxa de juro instantnea:

    r = ln (1 + 0,02) = 0,0198 ao ms

    Em porcentagem: r = 0,0198 x 100 = 1,98% ao ms

    A taxa ao semestre :

    r = 0,0198 6 = 0,1188 ao semestre

    Em porcentagem: r = 0,1188 x 100 = 11,88% ao semestre

    3) Quais so as taxas de juro mensal e anual no regime de capitalizao contnua, sabendo que

    a taxa instantnea de juro semestral de 5%.

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    24 MATEMTICA FINANCEIRA

    Soluo

    r = ln (1 + 0,05) = 0,04879 ao semestre

    Em porcentagem: r = 0,04879 x 100 = 4,879% ao semestre

    A taxa mensal de:

    ms ao 0,008136

    10,04879r

    Em porcentagem: r = 0,00813 x 100% = 0,813% ao ms

    Calculando a taxa anual, tem-se:

    r anual = 0,04879 2 = 0,09758 ao ano

    Em porcentagem: 0,09758 x 100 = 9,758% ao ano

    TAXAS EQUIVALENTES NA CAPITALIZAO CONTNUA

    A razo entre o valor de resgate (Cn) e valor inicial (C0) nos regimes de capitalizao contnua e

    de capitalizao composta dada pelas respectivas frmulas:

    Cn /C0 = e I n = Regime de capitalizao contnua

    Cn /C0 = (1 + r) n = Regime de capitalizao composta

    Sendo r a taxa de juro na capitalizao composta.

    possvel, ento, concluir que:

    e I n = (1 + r) n e I = (1 + r)

    e, portanto:

    i = ln(1 + r)

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    25 MATEMTICA FINANCEIRA

    Exemplos de taxas equivalentes na capitalizao contnua

    a) Dadas as taxas de juro compostas, calcule a taxa de juro contnua equivalente.

    r i

    10% a.m. i = ln (1 + 0,10) = 9,53% a.m.

    21% a.a. i = ln (1 + 0,21) = 19,06% a.a.

    3,5% a.t. i = ln (1 + 0,035) = 3,44% a.t.

    b) Dadas as taxas de juro instantneas, calcule a taxa de juro composta equivalente.

    i r

    5% a.m. r = e0,05 1 = 5,13% a.m.

    17% a.a. r = e0,17 1 = 18,53% a.a.

    2% a.t. r = e0,02 1 = 2,02% a.t.

    Note que os exemplos apresentados consideraram os mesmos perodos de tempo nas duas

    taxas de juro. Podem existir casos, no entanto, em que uma taxa de juro (r) no regime de

    capitalizao composta fornecida para um perodo e solicita-se a taxa instantnea de juro (i)

    equivalente para um perodo diferente do anterior.

    O primeiro passo para este tipo de questo consiste em achar a taxa instantnea de juro,

    considerando o mesmo prazo da taxa de juro composta. Feito isso, obtm-se a taxa de juro

    equivalente quela obtida. Para tanto, fundamental saber que, no regime de capitalizao

    contnua, as taxas de juro equivalentes so linearmente proporcionais. Ou seja, uma taxa de

    juro instantnea de 6% ao semestre equivale a uma taxa anual de 12%. Veja os exemplos a

    seguir.

    Exemplos de taxas contnuas a) Considerando uma taxa de juro de 16% a.a. no regime de capitalizao composta, calcule a

    taxa instantnea de juro para 30 dias.

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    26 MATEMTICA FINANCEIRA

    A taxa de juro instantnea para um ano igual a:

    i = ln (1 + 0,16) = 14,84 % a.a.

    Para um perodo de trinta dias, a taxa de:

    i = 0,1484 30 / 360 = 1,24% a.m.

    b) A partir de uma taxa de juro composta de 2% a.m., qual a taxa instantnea de juro ao

    semestre?

    Considerando o perodo de um ms, temos a seguinte taxa de juro instantnea:

    i = ln (1 + 0,02) = 1,98% a.m.

    A taxa ao semestre de:

    i = 0,0198 6 = 11,88% a.s.

    c) Quais so as taxas de juro mensal e anual no regime de capitalizao contnua, sabendo que

    a taxa instantnea de juro semestral de 5%.

    i mensal = 0,05 1/6 = 0,83% a.m.

    i anual = 0,05 2 = 10% a.a.

    1.4 Taxas nominal, efetiva e real

    Uma taxa de juro definida como nominal quando calculada em relao ao valor nominal da aplicao ou emprstimo, conforme o valor acordado no contrato ou ttulo. Dessa forma, possvel notar que se trata de um valor aparente.

    Em situaes em que a taxa de juro calculada sobre o valor efetivamente emprestado ou aplicado, define-se a taxa como efetiva. Adicionalmente, quando este valor corrigido pela inflao do perodo da operao, a taxa de juro calculada definida como real. Esta ltima obtida pela seguinte frmula:

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    27 MATEMTICA FINANCEIRA

    1)InflaodeTaxa1(

    )EfetivaTaxa1(realTaxa

    Exemplos de taxas nominal, efetiva e real

    Considere que a empresa TNK obtenha um emprstimo do banco com a qual trabalha no valor de R$70.000,00 sendo que ter que pagar R$85.000,00 aps quatro meses da contratao. O banco solicita que o cliente mantenha 10% do valor do emprstimo como saldo mdio durante o perodo da operao. Alm disso, foi cobrada uma taxa de abertura de crdito de R$80,00; a qual foi paga no ato da contratao. Nesses quatro meses, a taxa de inflao acumulada foi igual a 7%. Calcule as taxas de juro nominal, efetiva e real da operao.

    a) Taxa nominal

    .m.a%97,4oup.a%43,21100000.70

    )000.70000.85(100

    inicialCapital

    pagosJurosi

    alminno

    b) Taxa efetiva

    100

    000701008000070

    0007010080000700007010000085

    100

    .,.

    .,..,.

    efetivoinicialCapital

    pagosJurosefetivai

    .m.a%52,5oup.a%97,23iefetiva

    Como o banco cobrou uma taxa para o emprstimo e estipulou que a empresa deixasse 10% do valor do emprstimo como saldo mdio em conta corrente, observe que o valor efetivo do

    emprstimo de R$62.920,00 (= R$70.000,00 0,10 R$70.000,00 R$80,00) e que o valor de resgate igual a R$ 78.000 (o pagamento do emprstimo completado pelos R$7.000,00 mantidos como saldo mdio).

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    28 MATEMTICA FINANCEIRA

    c) Taxa real

    .p.a%86,15i1001)07,01(

    )2397,01(i1001

    )i1(

    )i1(i realreal

    laoinf

    efetivareal

    Lembrete

    Na literatura sobre este assunto, existe outra abordagem relativa ao conceito de taxa

    nominal e efetiva. A taxa nominal de juros consiste na taxa em que a unidade de

    tempo para a qual ela foi definida no coincide com a unidade de tempo para a qual

    foi capitalizada. J para a taxa efetiva, existe tal coincidncia. Observe:

    Suponha que temos uma taxa de juro de 24% a.a. capitalizada mensalmente:

    a) Taxa de juro nominal = i / n de capitalizaes = 0,24 / 12 = 0,02 = 2% a.m.

    b) Taxa de juro efetiva= 2682,0102,01 12 = 26,82% a.a.

    1.5 Anlise dos diferentes fluxos de caixa

    Suponha que voc decida comprar uma televiso de 20 polegadas para o seu filho. Para tanto,

    inicia uma pesquisa de preos em vrias lojas da cidade. Ao observar o nvel dos preos para

    esse eletroeletrnico, chega concluso que no ser possvel realizar a compra a vista. Assim,

    dois oramentos, considerando vendas a prazo, parecem ser os mais atraentes:

    A loja EletroSom est vendendo televisores de 20 polegadas da marca X a R$550,00 a vista ou em 10 parcelas iguais e mensais de R$59,64, sendo o primeiro pagamento feito 30 dias depois da compra;

    A loja MultiSom anuncia o mesmo televisor a R$550,00 a vista ou em 12 parcelas iguais e mensais de R$49,94, sendo o primeiro pagamento feito no ato da compra.

    Qual das alternativas a mais vantajosa?

    Analisando conceitualmente este exemplo, podemos perceber que alguns pontos diferem da

    anlise anterior, quando trabalhamos com a ideia da existncia de um investimento ou

    emprstimo de um montante de capital (ou valor presente VP) por um perodo de tempo (n)

    a uma taxa de juros (i) que resultaria em um valor futuro (VF). Neste captulo:

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    29 MATEMTICA FINANCEIRA

    os pagamentos e os recebimentos sero feitos em determinados prazos;

    as entradas ou sadas tero vencimentos peridicos;

    a primeira prestao ou aplicao pode incidir no comeo do perodo, ou seja, no ato da compra (termos antecipados) ou no final (termos postecipados).

    Esta situao ocorre em vrios tipos de financiamentos e emprstimos credirios, leasing,

    Crdito Direto ao Consumidor (CDC) etc.

    Acompanhe os conceitos apresentados a seguir e ao final voc aprender como avaliar qual a

    melhor opo para a compra do televisor.

    FLUXOS DE CAIXA HOMOGNEOS

    Pagamentos postecipados Fluxos de caixa homogneos

    Em situaes em que a primeira prestao (ou aplicao) paga (ou recebida) em um perodo

    aps a contratao, temos um fluxo de caixa com termos postecipados. Quando as prestaes

    so iguais ao longo do perodo temos um fluxo de caixa homogneo. Veja os esquemas a

    seguir:

    Prestaes Iguais Pagamento Postecipado

    n

    VP

    1 2 3

    PMT = valor das prestaes

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    30 MATEMTICA FINANCEIRA

    Observe que, no primeiro caso, o capital inicial (valor presente VP) ser igual somatria dos

    valores presentes das prestaes (PMT), considerando a taxa de juros (i) praticada. Ou seja:

    n32 )i1(

    PMT

    )i1(

    PMT

    )i1(

    PMT

    )i1(

    PMTVP

    A partir desta expresso, possvel concluir que:

    1)i1(

    ii1VPPMT

    i)i1(

    1i1PMTVP

    n

    n

    n

    n

    No segundo caso, o Valor Futuro (VF) ser igual somatria das aplicaes corrigidas pela taxa

    de juros vigente. Ou seja:

    niPMTiPMTiPMTiPMTVF )1()1()1()1( 32

    Realizando algumas transformaes algbricas, chegamos a:

    Aplicaes Iguais Investimento Postecipado

    n 1 2 3

    PMT = valor das aplicaes

    0

    VF

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    31 MATEMTICA FINANCEIRA

    1)1(

    11n

    n

    i

    iVFPMT

    i

    iPMTVF

    Em cada frmula, verifique que temos quatro variveis: o capital inicial (valor presente VP)

    ou o capital final (valor futuro VF), a taxa de juros (i), o perodo (n) e a prestao (PMT).

    Com isso, uma srie de situaes pode ocorrer, tendo como incgnita uma destas variveis.

    Acompanhe os exemplos a seguir.

    Exemplos de pagamentos postecipados (fluxos de caixa homogneos)

    1) A loja Promocional est anunciando a venda de televisores de 20 polegadas a R$600,00 a

    vista ou em 10 parcelas iguais e mensais, sendo o primeiro pagamento feito 30 dias depois da

    compra. A taxa de juros praticada pela loja de 1,5% ao ms Com base nestas informaes,

    calcule o valor das prestaes.

    Soluo: note que temos o valor presente (VP = R$600,00), a taxa de juros (i = 1,5% ao ms),

    perodo (n = 10 meses) e sabemos que o pagamento postecipado. O objetivo calcular o

    valor das prestaes (PMT), cuja frmula :

    06,65$

    1)015,01(

    015,0015,01600

    1)1(

    110

    10

    RPMTi

    iiVPPMT

    n

    n

    2) O Sr. Endividado obteve um financiamento, na modalidade Crdito Direto ao Consumidor

    (CDC). Restam 20 parcelas mensais para serem amortizadas, inclusive a que vence no final

    deste ms, no valor de R$1.759,03. A taxa de juro praticada pela instituio financeira de

    3,5% ao ms. Com tais dados, calcule o valor presente do financiamento.

    Soluo: foram dados pelo problema: o valor das parcelas (PMT = R$1.759,03), perodo (n = 20

    meses), a taxa de juros (i = 3,5% ao ms) e a informao de que o pagamento postecipado.

    Devemos achar o valor presente da seguinte forma:

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    32 MATEMTICA FINANCEIRA

    04,000.25$

    035,0)035,01(

    1035,0103,759.1

    )1(

    1120

    20

    RVPii

    iPMTVP

    n

    n

    3) A concessionria Bom Passeio est vendendo um carro X a R$30.000,00 a vista ou em 36

    parcelas mensais de R$1.175,10, sendo o primeiro pagamento feito em 30 dias. Calcule a taxa

    de juros mensal praticada pela empresa.

    Soluo: neste caso, temos o Valor Presente (VP = R$30.000,00), o valor das parcelas (PMT =

    R$1.175,10), perodo (n = 36 meses) e sabemos que o pagamento postecipado. Para calcular

    a taxa de juro, necessrio utilizar uma calculadora financeira, pois o resultado deve ser

    alcanado por processo iterativos (pois no possumos uma frmula como no caso de PV, ou

    FV):

    ..%99,1

    1)1(

    1000.3010,175.1

    1)1(

    136

    36

    maii

    ii

    i

    iiVPPMT

    n

    n

    4) Certo cliente necessita fazer um financiamento no valor de R$7.000,00 para a compra de

    um veculo, porm pode apenas dispor de R$555,00 mensais para pagamento. Sabendo que a

    taxa de juros da instituio financeira que realizar o financiamento de 2,25% ao ms e que o

    pagamento postecipado, calcule o perodo de tempo da amortizao da dvida.

    Soluo: foram dados pelo problema: valor presente (VP = R$7.000,00), valor das parcelas

    (PMT = R$555,00), a taxa de juro (i = 2,25% ao ms) e a informao de que o pagamento

    postecipado. Assim, como no caso do clculo da taxa de juros, necessrio contar com uma

    calculadora financeira para encontrar o resultado. Neste caso, o resultado :

    mesesn

    ii

    iPMTVP

    n

    n

    n

    n

    150225,0)0225,01(

    10225,01555000.7

    )1(

    11

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    33 MATEMTICA FINANCEIRA

    5) Sabendo que a caderneta de poupana tem rendimento mdio de 0,9% ao ms, um

    investidor gostaria de saber quanto deve aplicar mensalmente para obter, aps 12 meses, a

    quantia de R$10.000,00. Considere que a primeira aplicao ser feita daqui a 30 dias.

    Soluo: o problema, neste caso, achar o valor das prestaes, PMT. Sabemos o valor futuro

    (VF = R$10.000,00), a taxa de juros (i = 0,9%ao ms) e o perodo de tempo (n = 12 meses).

    Alm disso, temos que o pagamento postecipado. Veja os clculos abaixo:

    88,792$1)009,01(

    009,0000.10

    1)1( 12RPMTPMT

    i

    iVFPMT

    n

    6) O Sr. Econmico aplica todo ms uma quantia de R$2.000,00 em um fundo que vem

    rendendo 1,5% ao ms Considerando que esta aplicao seja efetuada durante 18 meses,

    calcule o valor futuro (ou valor de resgate) deste investimento. Utilize o conceito de termos

    postecipados.

    Soluo: agora, a questo consiste em achar o Valor Futuro, sabendo a taxa de juros (i = 1,5%

    ao ms), a prestao (PMT = R$2.000,00) e o perodo de tempo (n = 18 meses). Observe os

    clculos, considerando que os termos so postecipados.

    40.978,75$

    015,0

    1015,01000.2

    1118

    RVFVFi

    iPMTVF

    n

    Importante

    Observe que esses problemas seguem sempre a mesma lgica. A partir dos princpios apresentados, possvel tambm calcular a taxa de juro e o nmero de prestaes em situaes em que se realizam aplicaes.

    Pagamentos Antecipados Fluxos de caixa homogneos

    Os termos antecipados so caracterizados quando a primeira prestao (ou aplicao) paga

    (ou recebida) no ato da contratao. Observe, a seguir, os respectivos fluxos nos casos em que

    realiza-se o pagamento de prestaes para abater o saldo devedor.

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    34 MATEMTICA FINANCEIRA

    No caso apresentado anteriormente, considerando termos antecipados, temos:

    )1(

    1

    1)1(

    1)1(

    )1(

    11

    ii

    iiVPPMTi

    ii

    iPMTVP

    n

    n

    n

    n

    No caso de aplicaes de certos valores (homogneos) para resgate futuro, temos:

    Em situaes em que se deseja obter o valor futuro de aplicaes iguais e consecutivas, utiliza-

    se:

    )1(

    1

    1)1()1(

    11

    ii

    iVFPMTi

    i

    iPMTVF

    n

    n

    Prestaes Iguais Pagamento Antecipado

    n

    VP

    1 2 3

    PMT = valor das prestaes

    Aplicaes Iguais Investimento Antecipado

    1 2 3

    PMT = valor das prestaes

    VF

    0 n n+1

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    35 MATEMTICA FINANCEIRA

    Da mesma forma que no caso dos pagamentos com termo postecipado, em cada frmula

    temos quatro variveis: capital inicial (valor presente VP) ou capital final (valor futuro VF),

    a taxa de juro (i), o perodo (n) e a prestao (PMT). Neste sentido, os problemas fornecero

    trs variveis e determinaremos a quarta.

    Para efetuar os clculos recomendvel o uso de calculadoras financeiras que tenham vrias

    das funes discutidas at aqui, inclusive a de diferenciar o clculo quando o fluxo

    postecipado ou antecipado.

    Exemplos de pagamentos antecipados (fluxos de caixa homogneos)

    1) Uma pessoa fsica obteve um financiamento na modalidade CDC (Crdito Direto ao

    Consumidor) no valor de R$50.000,00, para ser amortizado em 120 parcelas mensais iguais e

    consecutivas. Sabendo que a taxa de juros praticada de 16% ao ano e que os pagamentos so

    antecipados, calcule o valor das aplicaes.

    Soluo: neste problema, temos: o valor presente (VP = R$50.000,00), o perodo de tempo (n =

    120) e a taxa de juros (i = 16% ao ano). Observe que ser preciso deixar a taxa de juro e o

    perodo com a mesma unidade de tempo. Como necessrio calcular o valor das prestaes

    em termos mensais, passaremos a taxa de juros de anual para mensal.

    i = [(1+0,16)30 / 360 -1] x 100 = 1,2445% ao ms

    Sabendo que os termos so antecipados, aplicamos a frmula:

    794,77$

    )012445,01(

    1

    1)012445,01(

    012445,0012445,01000.50

    )1(

    1

    1)1(

    1

    120

    120

    RPMTPMT

    ii

    iiVPPMT

    n

    n

    2) Calcule o valor presente do financiamento feito por um consumidor para a compra de uma

    geladeira, sabendo que o pagamento deve ser efetuado da seguinte forma: entrada de

    R$185,00 mais 11 prestaes de R$185,00, com taxa de juro de 2,85% ao ms.

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    36 MATEMTICA FINANCEIRA

    Soluo: para obter o valor presente deste financiamento, basta aplicar a frmula:

    1911,04$)0285,01(

    0285,0)0285,01(

    10285,01185

    )1()1(

    11

    12

    12

    RVP

    iii

    iPMTVP

    n

    n

    3) Calcule a taxa de juro mensal de um financiamento no valor de R$35.000,00 para a compra

    de um veculo, sendo que a amortizao ocorrer em 24 parcelas, mensais e consecutivas de

    R$1.636,60, com a primeira delas vencendo no ato da contratao.

    Soluo: sabemos o valor presente, o perodo do financiamento e o valor das parcelas. Para

    calcular a taxa de juros, aplicamos a expresso abaixo; porm, em funo da complexidade dos

    procedimentos de clculo, utiliza-se a calculadora financeira para chegar na taxa de juro.

    )1(

    )1(

    1160,636.1000.35)1(

    )1(

    1124

    24

    iii

    ii

    ii

    iPMTVP

    n

    n

    i = 1,03%ao ms

    4) Um lojista toma um financiamento no valor de R$10.000,00 para realizar alguns reparos em

    seu estabelecimento. Tendo conscincia de que apenas pode honrar parcelas de, no mximo,

    R$400,00 mensais e sabendo que a taxa de juro do banco com o qual trabalha de 1,99% ao

    ms, calcule o perodo de tempo necessrio para quitar a dvida. Considere que o pagamento

    seja com termos antecipados.

    Soluo: neste exerccio, temos o valor presente, o valor das prestaes e a taxa de juro do

    banco. Assim, para achar o nmero de parcelas do financiamento, preciso calcular com ajuda

    da calculadora financeira, o que produz o resultado indicado abaixo.

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    37 MATEMTICA FINANCEIRA

    )0199,01(

    0199,0)0199,01(

    10199,01400000.10)1(

    )1(

    11

    n

    n

    n

    n

    iii

    iPMTVP

    n = 34 meses

    5) Calcule a quantia que devo aplicar hoje (valor da aplicao) em ttulos privados com taxa de

    juros compostos de 1,60% ao ms para obter um valor futuro (ou de resgate), daqui a 24

    meses, de R$30.000,00. Considere que os termos sejam antecipados.

    Soluo

    )016,01(

    1

    1)016,01(

    016,0000.30

    )1(

    1

    1)1( 24

    PMT

    ii

    iVFPMT

    n

    PMT = R$1.018,87

    6) Certo cliente do Banco XLS deseja saber o valor futuro a ser resgatado daqui a 12 meses,

    caso aplique mensalmente 10% de seu salrio de R$3.950,00 em um fundo de renda fixa com

    taxa de juro de 1,3% ao ms.

    Soluo

    )013,01(

    013,0

    1013,01395VF)i1(

    i

    1i1PMTVF

    12n

    VF = R$5.160,26

    1.6 Valor presente lquido (VPL)

    O mtodo do valor presente lquido (VPL) amplamente utilizado para anlise e avaliao de

    projetos de investimento. Seu objetivo consiste em determinar o valor do projeto no instante

    inicial do fluxo de caixa, dados a taxa de juro (i), o perodo de tempo (contnuo ou no), as

    despesas e as receitas futuras.

    Vale ressaltar que a taxa de juro considerada uma taxa mnima de retorno esperada. Ao se

    deparar com a possibilidade de um investimento, o agente de mercado possui outras opes

    que lhe garantem uma taxa de retorno (aplicaes no mercado financeiro, por exemplo).

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    38 MATEMTICA FINANCEIRA

    Dessa forma, o investimento ser vivel se a taxa de retorno obtida no projeto for igual ou

    maior taxa de retorno dessas aplicaes. Ou seja, o retorno esperado pelo investimento

    dever ser maior que o seu custo de oportunidade (neste caso, seria o retorno obtido nas

    outras aplicaes livres de risco), o que, assim, viabilizaria o projeto.

    Para obter o VPL, deduzimos o valor do fluxo inicial, sendo, em geral, um investimento (com

    isso, representa uma sada) dos fluxos futuros de caixa considerados a valor presente. Ou seja:

    nn

    i

    VF

    i

    VF

    i

    VF

    i

    VFVPVPL

    1...

    1113

    3

    2

    2

    1

    1

    sendo:

    VPL = valor presente lquido

    VP = valor presente do fluxo de caixa

    VFt = valor futuro do fluxo de caixa - pode ser tanto negativo (sada) como positivo (entrada)

    i = taxa de juro considerada mnima para o investimento

    Caso:

    VPL 0, conclui-se que a taxa de retorno do investimento menor que a mnima desejada (i). Ou seja, a realizao do projeto no recomendvel.

    VPL 0, conclui-se que a taxa de retorno do investimento maior que a mnima desejada (i). Ou seja, a realizao do projeto recomendvel.

    VPL = 0, conclui-se que a taxa de retorno do investimento igual mnima desejada (i). Ou seja, existe uma indiferena entre realizar ou no o investimento.

    Neste sentido, possvel concluir que quanto maior o VPL, maior ser o retorno de um investimento. Com isso, pode-se avaliar a viabilidade de um projeto em comparao com as alternativas existentes.

    Exemplo de valor presente lquido (fluxos de caixa homogneos)

    1) O Sr. Build est analisando a possibilidade de realizar um investimento que provavelmente

    lhe proporcionar receitas anuais de R$25.000,00 durante trs anos. O fluxo abaixo mostra

    que, ao realizar um investimento inicial de R$45.000,00, projetam-se retornos futuros anuais

    no variveis. Qual o valor presente lquido do fluxo de caixa apresentado abaixo,

    considerando uma taxa de juros anual de 14%? O investimento dever ou no ser realizado?

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    39 MATEMTICA FINANCEIRA

    Soluo

    80,040.13$

    14,01

    000.25

    14,01

    000.25

    14,01

    000.25000.45

    321RVPL

    Sendo VPL> 0, conclui-se que o valor do investimento menor que o valor presente dos retornos futuros. Ou seja, a taxa de retorno obtida no investimento maior que a taxa mnima aceita. Assim, o Sr. Build deve realizar o investimento.

    1.7 Taxa interna de retorno (TIR)

    Outro mtodo para anlise de projetos de investimento e aplicaes financeiras consiste no

    clculo da taxa interna de retorno (TIR). a taxa que equaliza o valor presente de um ou mais

    pagamentos com o valor presente de um ou mais recebimentos. Ou seja, a taxa que zera o

    valor presente lquido. Veja a frmula e o grfico a seguir:

    0

    1...

    1113

    3

    2

    2

    1

    1

    n

    n

    i

    VF

    i

    VF

    i

    VF

    i

    VFVP

    sendo:

    VP = valor presente do fluxo de caixa

    VFt = valor futuro do fluxo de caixa

    i = taxa interna de retorno (TIR)

    R$25.000,00 R$25.000,00 R$25.000,00

    R$45.000,00

    1 2 3

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    40 MATEMTICA FINANCEIRA

    importante ressaltar que VF representa as sadas e as entradas nos fluxos, tendo, portanto,

    valores negativos e positivos, respectivamente.

    Observe que para definir a TIR, preciso obter a raiz que torna a equao polinomial acima

    igual a zero.

    Lembrete

    Por se tratar de uma equao polinomial, possvel encontrar duas ou mais

    razes (existncia de taxas internas de retorno mltiplas). Caso isso ocorra,

    recomenda-se a utilizao do mtodo do valor presente lquido para avaliao

    do projeto de investimento.

    Tal situao pode surgir quando temos mais de uma inverso de sinal no fluxo de

    caixa. Com isso, pode-se concluir que a TIR s aplicvel em projetos de

    investimento com apenas uma inverso de sinal, ou seja, quando temos, por

    exemplo, uma despesa na data inicial e um fluxo de receitas lquidas nas datas

    futuras (como considerada na frmula apresentada anteriormente) ou um valor

    inicial positivo e um fluxo de despesas nas datas posteriores. Nestes casos,

    possvel provar matematicamente a existncia de apenas uma raiz real positiva.

    Ao obter a TIR, compara-se com a taxa de juro mnima aceitvel ao investimento. Caso a TIR

    seja maior que a taxa mnima, o projeto pode ser considerado vivel.

    VPL

    i

    TIR > i

    TIR = i

    TIR < i

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    41 MATEMTICA FINANCEIRA

    Exemplo de taxa interna de retorno (fluxos de caixa homogneos)

    1) O Sr. Jos solicitou um emprstimo de R$90.000,00 que ser pago em trs prestaes

    mensais consecutivas de R$45.000,00. Determine a taxa interna de retorno dessa operao

    sob a tica do credor.

    Soluo: o credor possui o seguinte fluxo de caixa:

    Com o auxlio da calculadora, temos que a TIR corresponde a 23,37%.

    Portanto, sendo a taxa mnima desejada para executar este projeto menor que 23,37%, conclui-se que o Sr. Jos deve realizar o investimento. Se a taxa mnima desejada for maior, o Sr. Jos no deve realizar o investimento.

    FLUXOS DE CAIXA HETEROGNEOS

    Pagamentos postecipados Fluxos de caixa heterogneos

    Os pagamentos postecipados so caracterizados pela prestao (ou aplicao) paga (ou

    recebida) em um perodo aps a contratao. Quando as prestaes possuem valores

    diferentes ao longo do perodo temos um fluxo de caixa heterogneo. Veja os esquemas a

    seguir:

    R$45.000,00 R$45.000,00 R$45.000,00

    R$90.000,00

    1 2 3

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    42 MATEMTICA FINANCEIRA

    Pagamentos antecipados Fluxos de caixa heterogneos

    Os pagamentos antecipados so caracterizados pela primeira prestao (ou aplicao) paga

    (ou recebida) no ato da contratao. Observe, a seguir, o diagrama dos pagamentos

    antecipados em fluxos de caixas heterogneos.

    Exemplos de valor presente lquido (fluxos de caixa heterogneos)

    1) O Sr. Calculista est analisando um determinado projeto de investimento no qual deseja uma rentabilidade mnima de 2,5% ao ms. O quadro a seguir mostra que ao realizar um investimento inicial de R$28.000,00, projetam-se retornos futuros mensais variveis. Calcule o valor presente lquido do fluxo de caixa apresentado abaixo e avalie se o investimento deve ou no ser feito.

    Prestaes Diferentes Pagamento Postecipado

    n

    VP

    1 2 3

    PMT = valor das prestaes

    Prestaes Diferentes Pagamento Antecipado

    n

    VP

    1 2 3

    PMT = valor das prestaes

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    43 MATEMTICA FINANCEIRA

    0 1 2 3 4 5 6

    -28.000 5.000 3.000 7.000 2.000 5.000 7.000

    Soluo

    654321 025,01

    000.7

    025,01

    000.5

    025,01

    000.2

    025,01

    000.7

    025,01

    000.3

    025,01

    000.5000.28

    VPL

    R$1.499,06 - VPL

    Sendo VPL

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    44 MATEMTICA FINANCEIRA

    Soluo: o primeiro passo para calcular este exerccio saber o valor dos juros pagos

    semestralmente ao Sr. Investidor. Temos uma taxa de juro de 10% ao ano. Portanto, preciso

    obter tal taxa ao semestre:

    %a.s.8809,4100110,01 21

    .

    eqi

    Assim, semestralmente, o investidor recebe uma remunerao de R$48,81.

    Para obter o PU da debnture, ainda temos que calcular a taxa de juro ao semestre que o

    investidor considera mnima.

    %a.s.2381,7100115,01 21

    .

    eqi

    Feito isso, vamos calcular o PU com auxlio de uma calculadora financeira, tendo como

    resultado o valor de R$836,25.

    Taxa interna de retorno Fluxos de caixa heterogneos

    Exemplo de taxa interna de retorno (fluxos de caixa heterogneos)

    1) O Sr. No Vermelho solicitou um emprstimo de R$80.000,00 que ser pago em trs

    prestaes mensais consecutivas de R$40.000,00, R$35.000,00 e R$15.000,00. Determine a

    taxa interna de retorno desta operao sob a tica do banco.

    Com auxlio de uma calculadora financeira, chega-se a 7,16% ao ms.

    1.8 Comentrios finais

    Ao terminar este captulo, espera-se que voc tenha compreendido os conceitos de

    capitalizao simples, composta discreta e composta contnua que so constantemente

    utilizadas no mercado financeiro seja para o apreamento de ativos seja para o clculo de

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    45 MATEMTICA FINANCEIRA

    rendimentos, prazos ou taxas de juro implcitas nas operaes. O material apresentado aqui,

    rene de maneira ordenada todos os assuntos que capacitam o leitor para atuar no mercado

    financeiro. Alm da discusso e exemplificao dos clculos nos diferentes regimes de

    capitalizao, foi dada especial ateno anlise dos fluxos de caixa de sries de pagamento

    homogneo e heterogneo e das caractersticas das taxas de juro. No anexo, no final deste

    trabalho, voc encontra uma reviso sobre logaritmos para fortalecer seus estudos.

    Importante

    Revise os principais pontos e BOA PROVA!!!

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    46 MATEMTICA FINANCEIRA

    BIBLIOGRAFIA

    ASSAF NETO, Alexandre. Matemtica financeira e suas aplicaes. 11 ed. So Paulo: Atlas. 2009. VIEIRA SOBRINHO, Jos Dutra. Matemtica financeira. 7 ed. So Paulo: Atlas. 2009. 409 p. INSTITUTO EDUCACIONAL BM&FBOVESPA. Material dos cursos on-line e presenciais.

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    47 MATEMTICA FINANCEIRA

    ANEXO Reviso - Logaritmos

    Obviamente as equaes de soma e subtrao so mais fceis que as equaes de

    multiplicao ou diviso.

    Os logaritmos so, portanto, uma ferramenta para facilitar clculos complicados. Podemos

    definir logaritmos como:

    Sejam a e b nmeros reais e positivos, com 1a , chama-se logaritmo de b na base a, o

    expoente ao qual se deve elevar a base a de modo que a potncia obtida seja igual a b.

    baxblog xa

    onde:

    a base na b de logaritmo o x

    dologaritman o b

    logaritmo do base a a

    0b e 1a0 com Rb,a

    Propriedades mais importantes:

    1) 1a01log 0a

    2) aa1alog 1a

    3) babloga

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    48 MATEMTICA FINANCEIRA

    Exemplos de logaritmos

    a) 5x22322x32log 5xx2

    b) 2x224

    12x

    4

    1log 2xx2

    c) 0x3313x1log 0xx3

    d) 1x77x7log 1x7

    e) 2

    13log

    2

    1x1x2333)3(39x3log 9

    1x21x2x9

    Importante

    O logaritmo natural ou logaritmo neperiano, representado por LN, o logaritmo de base e, sendo que o e chamado de nmero de Euler, muito utilizado em estudos de finanas e possui um valor aproximado de 2,71828... .

  • Captulo 2 Introduo Economia e aos Indicadores

    Financeiros

    2.1 Apresentao do captulo

    O objetivo deste captulo apresentar os conceitos bsicos dos fundamentos da economia, da

    moeda, das variveis macroeconmicas e dos indicadores financeiros. Ao final, voc ter visto:

    funes e caractersticas da moeda;

    conceito de oferta e de demanda;

    definio e impacto da inflao e da deflao;

    conceitos de PIB, de PNB e sua relao;

    viso geral das polticas de renda, fiscal, cambial e monetria;

    principais indicadores financeiros da economia brasileira.

    Na pgina seguinte, voc encontrar o quadro de orientaes de estudo para a prova de

    certificao do PQO BM&FBOVESPA deste captulo. Identifique a prova que ir fazer e estude

    os tpicos sugeridos.

    Bons estudos!!!

  • Quadro de orientaes de estudo para a prova de certificao do PQO BM&FBOVESPA

    Tipos de provas Item 2.2

    Pg. 1 Item 2.3

    Pg. 3 Item 2.4

    Pg. 5 Item 2.5 Pg. 15

    Item 2.6 Pg. 18

    Operaes BM&FBOVESPA

    Operaes segmento Bovespa

    Operaes segmento BM&F

    Comercial

    Compliance

    Risco

    Back Office BM&FBOVESPA

    Back Office segmento Bovespa

    Back Office segmento BM&F

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    INTRODUO ECONOMIA E AOS INDICADORES FINANCEIROS

    1

    2.2 O conceito e o papel da moeda na economia

    A economia de um pas consiste em milhares de pessoas, empresas, instituies financeiras,

    prestadores de servios e, principalmente, o Governo, entre outros agentes, comprando e

    vendendo bens e servios. O principal mecanismo de troca, com o desenvolvimento da

    economia, desde a evoluo das sociedades primitivas que praticavam a atividade do escambo

    (troca), a moeda. Por meio da moeda que ocorre grande parte das transaes econmicas

    e financeiras.

    Voc j parou para pensar quantas vezes usa o seu dinheiro em um dia? Alm disso, voc j

    pensou como ele move praticamente todas as suas atividades? Trabalhamos em troca de um

    salrio; se compramos uma roupa ou um equipamento eletrnico, como pagamos essa

    compra?

    Formalmente, o bem que denominamos como dinheiro definido pelos economistas como

    moeda. Portanto, podemos classificar a moeda como o conjunto de ativos na economia que

    usamos para comprar bens e servios.

    Importante

    Dinheiro a forma mais lquida da moeda.

    LIQUIDEZ

    Liquidez representa a facilidade com que um ativo pode ser convertido em meio de troca na

    economia. Em outras palavras, o grau de facilidade que qualquer indivduo aceitar o bem

    como troca pelo bem que ele est oferecendo.

    Importante

    Voc consegue diferenciar a liquidez de um apartamento, de um carro e do seu

    dinheiro?

    Mesmo entre apartamentos e carros, cada bem apresenta uma liquidez diferente. Se um

    apartamento colocado venda e o negcio concretizado rapidamente, sem que o

    proprietrio tenha de baixar o efetivo valor de mercado para vend-lo, podemos afirmar que

    esse apartamento relativamente lquido.

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    INTRODUO ECONOMIA E AOS INDICADORES FINANCEIROS

    2

    O raciocnio inverso tambm verdadeiro. Se o mesmo apartamento ficasse meses para ser

    vendido e o preo tivesse de ser significativamente reduzido para vend-lo, poderamos

    afirmar que esse imvel tem baixa liquidez.

    O mesmo raciocnio pode ser aplicado para o mercado de aes, por exemplo. Qual ao

    mais facilmente vendida no mercado? H diferena de liquidez entre aes? De uma forma

    resumida, a liquidez pode ser avaliada como a facilidade de negociao do bem, os seus custos

    de transao e a sua aceitao. Entendido o conceito de liquidez, vamos analisar as funes

    das moedas.

    FUNES DAS MOEDAS

    Basicamente, a moeda possui trs principais funes que a distinguem dos demais ativos da

    economia:

    um meio de troca pois a moeda comumente aceita, sem restrio, em todas as

    compras de bens e mercadorias ou servios;

    uma unidade de conta (medida) pois um padro de medida utilizado para definir

    o preo de todos os bens e servios, ou seja, uma forma de exprimir numericamente

    o valor da transao;

    uma reserva de valor pois de posse da moeda, podemos no us-la hoje para

    comprar algo no futuro, transferindo o poder de compra.

    Importante

    verdade que outros ativos possuem uma ou mais dessas categorias, mas a presena

    das trs em um nico bem representa a figura da moeda.

    Outras caractersticas tambm fazem com que a moeda seja utilizada e aceita universalmente

    como fator de troca, tais como: portabilidade, durabilidade, homogeneidade, divisibilidade e

    cunhabilidade. Fica aqui o desafio para voc refletir sobre essas caractersticas e a importncia

    de cada uma.

    Neste ponto, voc deve ter entendido que a moeda o ativo que possui maior liquidez dentre

    os ativos da economia. O papel-moeda a principal forma de moeda utilizada na economia.

    Porm, com o desenvolvimento de tecnologia, outras formas de moedas, tambm de altssima

    liquidez, esto se consolidando como os cartes de crdito e dbito. At pagamentos por

    celular j esto em fase de testes no mercado.

  • ltima atualizao: 31/01/12 Copyright Associao BM&F Direitos de edio reservados por Associao BM&F. A violao dos direitos autorais crime estabelecido na Lei 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Cdigo Penal.

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    Importante

    Veja as opes disponveis no mercado.

    O volume de moeda disponvel na economia fundamental para determinar o grau de

    transao dos bens e servios. Neste momento, essencial inserir o conceito de oferta e

    demanda.

    2.3 Oferta e demanda

    A demanda pode ser entendida como a quantidade de um bem ou servio que desejada por

    um consumidor ou por um grupo, em um determinado nvel de preo, naquele instante do

    tempo. Em outras palavras, a quantidade do bem que seria adquirido por aquele preo

    naquele momento.

    Neste sentido, fica fcil deduzir que quanto mais moeda as pessoas possurem, mais elas iro

    consumir e, por outro lado, quanto menos moeda estiver disponvel, menor ser o nvel de

    consumo.

    Importante

    As pessoas, em um comportamento normal, gostariam que os preos dos produtos

    fossem cada vez menores.

    J a oferta pode ser entendida como a quantidade de um bem ou servio que as empresas

    esto dispostas a produzir e vender naquele nvel de preo, naquele instante.

    Importante

    Neste sentido, tambm fcil deduzir que as empresas ofertantes sempre desejam

    que os preos sejam os mais altos possveis.

    Quando o comprador (demandante) e o vendedor (ofertante) encontram um equilbrio no

    preo do produto, ou seja, no nvel de preo em que interessante para o primeiro comprar e

    para o segundo vender, ocorre a definio de preo do produto na economia, pois a

    quantidade a ser transacionada naquele preo atende expectativa dos dois lados da

    negociao.

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    muito importante entender a dinmica da oferta e da demanda em relao ao nvel de

    preos. Caso o preo sofra reduo, por exemplo, no caso de uma promoo, mais

    consumidores estaro aptos a comprar aquele produto, pois o nvel de preo se enquadra nas

    suas expectativas. Por outro lado, se ocorrer aumento do preo, menos consumidores estaro

    aptos a adquirir aquele produto, sendo consumida uma quantidade inferior anterior. Por

    isso, o equilbrio fundamental.

    MAS QUAL O IMPACTO DA MOEDA NESSA RELAO?

    A disponibilidade de moeda fundamental para esse equilbrio. Como comentado

    anteriormente, o aumento da disponibilidade de moeda em poder do pblico faz com que as

    pessoas queiram consumir mais e, at mesmo, que fiquem mais dispostas a adquirir o mesmo

    produto por um preo mais alto. Portanto, ocorrendo aumento de moeda disponvel, a

    demanda pelo produto ser maior.

    Se os produtores tiverem condies de aumentar a produo para atender demanda, o ciclo

    continuar movimentando a economia de uma forma mais intensa. Por outro lado, se no for

    possvel aumentar a produo, ocorrer um excesso de demanda, o que faz com que falte

    aquela mercadoria para atender a toda a demanda existente e, naquele momento,

    identificado o excesso de demanda, os produtores tendem a aumentar o preo e passam a

    atender apenas os consumidores que esto dispostos a pagar mais.

    Se efetivamente eles aumentarem os preos, ocorrer uma elevao do nvel de preos, ou

    seja, voc precisar de mais dinheiro para comprar aquele produto. Esse fenmeno chamado

    inflao, ou seja, ocorre um aumento do nvel dos preos, quando, para adquirir o mesmo

    produto necessria uma quantidade maior de dinheiro. Seria o mesmo que dizer que o

    dinheiro perdeu o poder de compra.

    Importante

    Inflao o aumento no nvel geral de preos.

    Por outro lado, tambm pode ocorrer o efeito deflao, quando acontece uma reduo do

    nvel de preo. A causa mais comum desse evento o excesso de oferta, onde h muitos

    produtos disponveis e o vendedor obrigado a reduzir o preo para conseguir vender o

    produto. Neste caso, ocorre uma elevao do poder de compra, quando, para comprar o

    mesmo produto, necessria menor quantidade de dinheiro.

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    Importante

    Se a deflao boa para o consumidor, note que ela no favorvel para o produtor,

    pois, cada vez mais, seu lucro ser menor e, se ele no conseguir ajustar seus custos,

    poder ir falncia.

    Portanto, o equilbrio do nvel de preos fundamental para um bom desempenho da

    economia. Uma das grandes vantagens da variao de preos controlada, seja o movimento de

    inflao ou de deflao, a possibilidade mais concreta do planejamento econmico,

    principalmente de longo prazo, pois h maior poder de previsibilidade da economia como um

    todo.

    Neste sentido, uma das principais preocupaes e atuaes da equipe eco