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Trauma Abdominal Ivna Baltazar Ribeiro Filgueiras Medicina - UFC

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Trauma Abdominal

Ivna Baltazar Ribeiro Filgueiras Medicina - UFC

Introdução • Trauma é a principal causa de morte nos indivíduos com idade

inferior a 45 anos; • Traumatismo abdominal é uma das causas mais comuns de morte

nos doentes traumatizados, podendo ser evitada; • O abdome é considerado a terceira região mais frequentemente

afetada em pacientes politraumarizados; • O trauma abdominal pode levar à morte imediata por hemorragia,

choque e, posterior, infecção.

Anatomia

Anatomia • Abdome: - Cavidades: peritoneal,

retroperitoneal e pélvica;

- 4 quadrantes; - 9 regiões.

Baço Fígado Intestino

Pâncreas

Grandes vasos

Rins e trato urinário Diafragma

Ossos: pelve, costelas e coluna.

Mecanismo • Trauma fechado: causado por energia cinética significativa, por

impacto direto ou por desaceleração ou projeção. - Direto: ocorre quando a lesão provoca o impacto contra o cinto de

segurança durante acidentes de viação por exemplo; - Indireto: resulta de lesões por mecanismos de

aceleração/desaceleração durante um acidente. • Trauma aberto: causa lesão intra-abdominal, muitas vezes com

necessidade de exploração abdominal. - Penetrante: invasão da parede abdominal por projéteis, arma branca

ou por esmagamento; - Perfurante: lesão de víscera oca ou maciça.

Mecanismo

Avaliação Primária - ATLS A – via aérea com imobilização de coluna (airway);

B – ventilação/respiração (breathing);

C – circulação (circulation);

D – avaliação neurológica (disability);

E – exposição do doente e prevenção da hipotermia (exposure/environment).

ATLS

• Observação rápida; • Correção dos sinais de compromisso da via aérea (apneia e

estridor); • Estabilização e imobilização total da coluna; • Suplementação de oxigênio.

A – via aérea com imobilização de coluna (airway);

ATLS

B – ventilação/respiração (breathing);

• Observação de sinais clínicos de insuficiência respiratória: - Cianose; - Adejo nasal; - Sons respiratórios ausentes ou diminuídos.

• Preparação para a necessidade de ventilação mecânica.

ATLS

C – circulação (circulation);

• Controle da hemorragia; • Reposição do déficit de oxigênio; • Controle da acidose tecidual; • Manutenção da temperatura corporal.

ATLS

D – avaliação neurológica (disability);

• Apreciação do estado neurológico do paciente: - Escala de Coma de Glasgow; - Avaliação dos sinais de lateralização; - Observação das pupilas.

ATLS

E – exposição do doente e prevenção da hipotermia (exposure/environment).

• Observação cuidadosa do corpo do paciente despido, incluindo região dorsal;

• Manutenção da temperatura corporal: - Temperatura ambiente adequada; - Uso de mantas isotérmicas; - Administração de soro e sangue previamente aquecidos.

Avaliação Secundária • História clínica

A – alergias;

M – medicação habitual;

P – história pregressa;

L – última refeição (last meal);

E – medicações a que o doente foi exposto durante o evento traumático.

Avaliação Secundária • História clínica - Acidente automobilístico: velocidade do veículo, tipo de colisão, intrusão

de partes do veículo para dentro do compartimento de passageiros, acionamento do “air bag” e assento ocupado pela vítima.

- Traumatismo penetrante: momento da agressão, tipo de arma, distância entre vítima e assaltante, número de facadas ou de tiros e volume de sangue perdido.

Avaliação Secundária • Inspeção: escoriações, contusões, hematomas localizados e

ferimentos abertos;

• Ausculta: presença ou ausência de ruídos hidroaéreos;

• Percussão: timpanismo (dilatação gástrica) ou macicez difusa (hemoperitônio);

• Palpação: defesa involuntária (irritação peritoneal), dor superficial ou profunda e dor à descompressão brusca.

Avaliação Secundária • Compressão manual das cristas ilíacas: fratura pélvica; • Toque retal: sangue na luz retal (perfuração de intestino) e

atonia esfincteriana; • Exame do pênis: sangue no meato uretral (lesão de uretra); • Exame vaginal: sinais de violência sexual e sangramentos; • Exame da região glútea. • Medidas auxiliares:

- Sonda gástrica; - Sonda vesical.

Avaliação Secundária • Exames complementares:

- Ecografia ou FAST (Focussed Assessement Sonograph Trauma): elevada precisão na detecção de líquido peritoneal, embora não permite distinção entre sangue, urina, bile ou ascite;

- Lavagem Peritoneal Diagnóstica (LPD): detecção de hemorragia intra-peritoneal e avaliação da presença de líquido livre no espaço hepatorrenal, espleno-renal, fundo de saco de Douglas e no saco pericárdico;

- Tomografia Computadorizada (TC): detecção de ar e líquido livre intraperitoneal, avaliação da extensão da lesão de órgão sólido e detecção de lesões retroperitoneais. Realizada em doentes hemodinamicamente estáveis.

Conduta • Evitar “tríade da morte”:

- Hipotermia: arritmias cardíacas, diminuição do débito cardíaco e aumento da resistência vascular sistêmica;

- Coagulopatia: resulta do desequilíbrio entre tromboxano e prostaciclina;

- Acidose metabólica: causada pelo aumento da produção de lactato.

Conduta • Conceito “Damage Control”:

- Laparotomia inicial: controlar hemorragia e contaminação; - Reanimação secundária: restabelecimento da fisiologia normal do

doente, com estabilização da temperatura, correção do volume, correção da acidose metabólica, manutenção das estabilidades respiratória e metabólica, controle da coagulopatia e suporte ventilatório;

- Cirurgia para tratamento definitivo: regresso ao bloco operatório nas primeiras 12 a 48 horas após a laparotomia inicial em doentes hemodinamicamente estáveis.

Referências • FREITAS, ASG. Trauma Abdominal Fechado. Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina -

Universidade do Porto, 2010. Disponível em: <http://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/50161/2/Trauma%20Abdominal%20Fechado.pdf>. Acesso em: 02 fev. 2013.

• JÚNIOR, GAP, LOVATO, WJ, CARVALHO, JB, HORTA, MFV. Abordagem Geral Trauma Abdominal. Medicina – Ribeirão Preto, v. 40, n. 4, 2007. Disponível em: <http://www.fmrp.usp.br/revista/2007/vol40n4/4_abordagem_geral_trauma_abdominal.pdf>. Acesso em: 02 fev. 2013.

• LUCCHESI, FR, LAGUNA, CB, MONTEIRO, CR, PRADO, CHMA, JÚNIOR, JE. Diagnóstico por Imagem no Trauma Abdominal. Medicina – Ribeirão Preto, v. 32, 1999. Disponível em: <http://www.fmrp.usp.br/revista/1999/vol32n4/diagnostico_imagem_trauma_abd.pdf>. Acesso em: 02 fev. 2013.

• MINISTÉRIO DA SAÚDE. Protocolos da Unidade de Emergência. Hospital São Rafael – Monte Tabor, 10ª ed., 2002. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/3890178/Protocolos-da-Unidade-de-Emergencia-Ministerio-da-Saude>. Acesso em: 02 fev. 2013.

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