Apresentação intercom unisc
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Diana de AZEREDO
Ricardo DÜREN
Vanessa Costa de OLIVEIRA
Daiana Stockey CARPES
Demétrio de Azeredo SOSTER
Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS
Além do hibridismo jornalístico e literário:
reconfigurações narrativas percebidas na
biografia e no livro-reportagem
Resumo
Reconfigurações decorrentes da utilização, por parte do
jornalismo, de recursos literários.
Transformação do que é jornalístico e literário.
O objeto de análise: livros-reportagens e biografias de
natureza jornalística.
Analisa-se: apropriações, processualidades e gerações de
sentido.
PALAVRAS-CHAVE: narrativas; jornalismo; livro-
reportagem; biografias
1 O que nos move
Livros-reportagens são, na categorização de PereiraLima, “(...) veículos de comunicação impressa não-periódicos que apresentam reportagens em grau deamplitude superior ao tratamento costumeiro nos meiosde comunicação jornalística periódicos” (2009, p.26).
O livro-reportagem é diferente do livro convencionalem três aspectos: conteúdo, tratamento e função.
O conceito de livro-reportagem “precisa ser construído”.
Biografias de natureza jornalística debruçam-se sobre o
perfil de determinado personagem, mas utilizam lógicas
operacionais e discursivas jornalístico-comunicacionais.
Bruck (2009, p.39) reconhece a “força que a prática
biográfica ganhou em vários países do mundo,
principalmente nas duas últimas décadas”.
Apesar de interessarem ao público leitor e receberem
destaque no mercado editorial, as biografias carecem do
olhar da comunidade acadêmica.
É necessário reconhecer o momento evolutivo no qual
esse fenômeno ocorre: profunda imersão tecnológica da
sociedade.
Exige novas gramáticas explicativas.
O que se pretende é observar as narrativas estabelecidas
a partir da confluência de textos e técnicas
aparentemente distintas, neste caso a jornalística e a
literária, que, juntas, permitem panoramas
diferenciados.
2 Essência do problema
Questões de cenário e gênero.
Características do jornalismo midiatizado:
autorreferência, correferência, descentralização e
dialogia (quando o jornalismo vai buscar na literatura o
substrato para sua própria manutenção enquanto
jornalismo, o mesmo ocorrendo com a literatura).
Marques de Melo - classificação a partir de dois núcleos:
intenção e estrutura dos relatos.
Inicialmente: informativo e opinativo.
Depois de revisar seus estudos: informativo, opinativo,
interpretativo, diversional e utilitário.
Sob um viés mais recente, diversional é tomado como
sinônimo de jornalismo literário, literatura de realidade
ou não ficcional, jornalismo em profundidade ou
jornalismo de autor
Realidade e Piauí: relatos que, com liberdade estilística,
mas fincados na atualidade, permitem-nos interpretar os
acontecimentos se realizando.
Hiroshima, de John Hersey e A sangue frio, de Truman
Capote: relatos que não têm compromisso como a
realidade imediata e que buscam, sobretudo, emprestar
ao jornalismo características cognitivas outras que não a
informação e a interpretação, caso do entretenimento.
Os textos considerados “jornalísticos” diferem-se dos
de natureza literária à medida que
Baseiam-se na realidade.
Consideram o singular, o universal e o particular.
3 Considerações finais
Buscamos observar algumas complexificações que seestabelecem à prática jornalística quando esta émidiatizada. Entre essas características narrativas, chama-nos atenção, em particular a dialogia.
Mais que uma hibridização entre diferentes campos, tem-se a instauração de uma nova realidade sócio-discursiva,que reconfigura lugares.
Face mais visível e que nos interessa: livros-reportagens ebiografias.
Apesar de serem imbricações existentes há oito séculos, é
notável a intensidade com a qual esses dois fenômenos
aparecem em tempos de sociedade midiatizada.
É necessário compreender essas alterações para possuirmos
condições de observar, com alguma propriedade, o que
ocorre no jornalismo.
Dessa forma, é possível reunir instrumentos para lidar com
tais transformações, que vão além da simples mescla de
jornalismo e literatura.
Perguntas?
Obrigada pela atenção!